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1810647_1248286_INFLUENCIA DA MIDIA NO GOLPE DE 1964

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INFLUÊNCIA DA MÍDIA NO GOLPE DE 1964 
 
PAIVA, Eutes Sousa1 
RU: 1810647 
 
RESUMO 
 
Este trabalho de pesquisa tem como propósito discutir o papel e a influência da 
mídia, principalmente da imprensa que atuou de forma efetiva na elaboração do 
golpe de 1964 ocorrido em plena era da informação. Os objetivos específicos são: 
compilar depoimentos referentes à atuação da mídia durante o golpe e ilustrar 
situações relevantes para a pesquisa. A abordagem do tratamento da coleta de 
dados será pesquisa bibliográfica, uma vez que, a pesquisa bibliográfica implica em 
dados e informações necessárias para que sejam obtidos a partir do apuramento 
de autores especializados através de livros, artigos científicos, revistas, sites e 
entre outras fontes. Esse artigo busca explorar o papel da mídia no golpe de 1964, 
ressaltando a relação entre a imprensa e o governo durante a ditadura civil-militar 
brasileira. Entende-se que a ideologia deste regime militar, esteve como uma 
extensão nos grandes jornais, redes de televisão e rádio. Em 1964, tivemos um 
grande marco da história brasileira, aonde João Goulart após um discurso no Rio 
de Janeiro, exigiu a aprovação das reformas de base e a nacionalização das 
refinarias de Petróleo. O Jornalismo da época influenciou no processo histórico e 
nos mecanismos de uma verdadeira legitimação política. 
 
Palavras-chave: Ditadura. Golpe. Mídia. Militar. 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
A mídia e a majoritária imprensa além de ser testemunha foi participante no 
golpe de 1964 para destituir o presidente do poder executivo e a ditadura nela 
incubada, é de suma importância entendermos de que forma eram as 
manifestações, as expressões ideológicas tanto a favor como contra o governo 
naquele momento crítico que o país se encontrava. 
Mas qual seria o papel da mídia no golpe e por que quase toda a imprensa 
apoiou um movimento antidemocrático? Para entender a participação e tal apoio 
precisamos observar algumas características do cenário político que antecedeu o 
golpe. 
Existem vários fatores que contribuíram para esse apoio; primeiro a situação 
da Guerra Fria, o mundo estava muito polarizado entre capitalistas e comunistas, 
 
1 Graduando do Curso de Licenciatura em História pelo Centro Universitário Internacional – 
UNINTER – Vitória da Conquista – BA. E-mail: ssoussa@hotmail.com. 
Comentado [LB1]: Olá Eutes, boa tarde. 
Sou a profa. Lucília Bonfim, orientadora desta U.T.A., 
avaliei seu trabalho em relação ao conteúdo e Normas da 
ABNT. 
Parabéns pelo artigo, ficou bem estruturado e está 
alinhado às orientações do Manual. 
Esta é a versão que será analisada pelos professores da 
Banca. 
Para preparar slides para sua apresentação, peço que leia 
as orientações indicadas ao lado do corpo de texto para 
corrigir o que foi solicitado, antes de elaborá-los. 
Veja nas últimas páginas do Manual as orientações sobre 
a etapa da apresentação. 
Boa sorte para você, profa. Lucília Bonfim. 
Comentado [LB2]: O conteúdo apresentado neste item 
está de acordo com as orientações do Manual. 
 
Comentado [LB3]: O conteúdo apresentado neste item 
está parcialmente de acordo com as orientações do 
Manual. A metodologia e modalidade não foram 
mencionadas. 
Comentado [LB4]: entender 
 2 
entre a influência dos EUA e da URSS, estava muito recente ainda a passagem de 
Cuba para o comunismo e tudo isso assustava um pouco as pessoas. A classe 
média e a mídia nessa época sofriam grande influência da imprensa americana e 
se aproveitando disso os EUA ajudou a criar a ideia de que o Brasil estava a mercê 
de uma ameaça comunista e esse medo do comunismo acabou pesando para que 
parte da sociedade apoiasse o golpe, mas pesou também o conservadorismo 
exacerbado dos donos dos meios de comunicação que além de caírem na 
armadilha da ameaça comunista não se conformavam com as reformas de base de 
Jango, que eram reformas muito importantes para a sociedade naquele momento 
e isso acabou despertando forte oposição da grande imprensa que se tornaria o 
principal meio para a preparação do golpe. 
O Presente trabalho tem como base trazer o verdadeiro papel da mídia no 
golpe de 1964, que acarretou grande marco na história brasileira, e ainda hoje é 
citado em livros de História, tornando referência de conquista para a mídia 
Brasileira. 
A Ditadura Militar foi instalada no Brasil, durante 21 anos, vindo de um golpe 
de Estado: tivemos durante este período uma verdadeira transição muito lenta e 
segura que foi executada pelos “donos do poder” da época que insistiram para a 
sua concretização em todo o território nacional. 
Os militares que assumiram o poder do governo procuraram manter-se fortes 
ao longo deste período de transição, procurando ter um reforçado poder de 
policiamento e investigação para a construção de uma ideologia para a sociedade 
Brasileira. De acordo com Weber (2000, p. 156) “governar de modo autoritário exige 
o controle da sociedade. Se for preciso obter seu consenso, será necessário 
recorrer ao apoio e à linguagem das mídias”. O governo militar buscou nas mídias 
(Televisão e Rádio), a sua propaganda oficial, para assegurar o total controle de 
seu sistema político e apresentar ao povo brasileiro seu modo de pensar e de reger 
o país. 
Diante deste contexto tem-se como problemas de pesquisa: a mídia é 
realmente politicamente isenta? A política governa a mídia ou é a mídia quem a 
governa? Como manter o papel social da imprensa contemporânea se ela é 
imprescindível à manutenção do capitalismo? Que tipo de relação ideológica e 
econômica os conglomerados de comunicação mantêm entre eles e com a política 
 3 
brasileira? Há isenção no jornalismo nomeado independente? Há independência 
no jornalismo? 
O principal objetivo desse trabalho é expor e discutir o papel e a forte 
influência da mídia e da grande imprensa em geral na elaboração do golpe. 
Os objetivos específicos são: compilar depoimentos referentes à atuação da 
mídia durante o golpe de 1964; ilustrar situações relevantes para a pesquisa. 
 
 
2 JORNALISMO POLÍTICO 
 
 
Timothy Cook (2011) concebe o jornalismo político tendo por base a mídia 
como instituição social singular, onde produz-se a notícia por meio de um processo 
coletivo norteado pelas rotinas mesmas do jornalismo que é uma instituição e 
também pelas escolhas implícitas nessas rotinas. Afirma o autor: 
A independência parcial do jornalismo em relação à política não impede, 
no entanto, que ele atue como instituição política e governamental. Além 
de disseminar as informações políticas, definindo o que é importante e o 
que é interessante, os jornalistas dão relevância aos atores políticos e 
certificam sua autoridade. O noticiário é o resultado de negociações 
conflituosas entre jornalistas e fontes, nas quais ganham peso, 
simultaneamente, as fontes oficiais e os valores inerentes às rotinas 
jornalísticas. (COOK, 2011, p. 203) 
 
Os jornalistas são atores políticos que, apesar de suas posturas partidárias 
e ideologias que aceitam precisam estabelecer seu papel político mediante a 
adesão a determinados princípios de objetividade e deferência aos fatos e estar 
conscientes de que seus atos terão consequências sociais e políticas. (COOK, 
2011) 
O processo acima descrito envolve uma realidade sempre presente no 
trajeto relacional entre jornalista e fonte e diz respeito à ideologia que o perpassa 
como um todo, desde a coleta de informações, até a notícia como sua 
consequência. É nesse território que se insere a relação jornalismo e política, 
quando se encontram os atores em cena: jornalistas e/ou governos, bem como 
representantes de partidos, sejam detentores ou não de mandato. (BARRETO, 
2006, p. 13) 
Políticos e jornalistas fazem parte de uma teia informativa perante um público 
que exige informações e despreza as informações ou escamote amento da 
Comentado [LB5]: O conteúdo apresentado é pertinente 
ao tema proposto e está de acordo com as orientaçõesdo 
Manual. 
 4 
verdade. Mas o jogo entre os interesses mercadológicos da mídia é permeado por 
fontes, preferencialmente, que prestam informações continuadas e que conta com 
a proteção do anonimato. Dessa forma, a mídia pode informar e não infirmar com 
base em fontes fidedignas, que, protegidas pelo anonimato, continuam ilesas das 
críticas do público ou dos sujeitos objetos da notícia como explica Miguel (apud 
BARRETO, 2006, p. 14): 
É importante lembrar ainda que “mídia” e “política” são, a rigor, abstrações. 
A relação entre elas toma a forma concreta de relações interpessoais entre 
agentes dos dois campos. Desejo orientar o foco [...] para os contatos 
entre jornalistas, de um lado, e líderes políticos, de outro. De maneira 
esquemática, é possível distribuí-lo em três categorias. Em primeiro lugar, 
os jornalistas “testemunham” eventos políticos que, ainda que possam ser 
pensados para divulgação na mídia, em princípio ocorreriam mesmo na 
ausência dela: debates e votações parlamentares, assinaturas de 
decretos e nomeações, atas de posse, reuniões partidárias. Depois, 
existem interações relativamente formalizadas entre repórteres e políticos, 
na forma de entrevistas (coletivas e individuais). Por fim, há a relação 
cotidiana entre os profissionais de imprensa e aqueles que, no jargão do 
meio, são chamados de suas “fontes”. Qualquer indivíduo que proporcione 
dados para a elaboração de uma reportagem é uma fonte. Quem interessa 
aqui, porém, é aquela fonte mais ou menos permanente, que fornece 
informações continuadas e, em algum grau, exclusivas ao mesmo 
repórter, muitas vezes com a garantia do anonimato na publicação da 
notícia. 
 
Os laços entre o jornalista e o político decorrem do consenso de “que a 
publicização de um acontecimento é a melhor maneira para que se demonstre que 
cada um cumpriu com o seu papel: o político em sua função de personagem da 
notícia, o jornalista como agente que relata o que se passou no cenário do poder”, 
conclui Barreto (2006, p. 13). 
2.1 A MÍDIA 
Estudando a imprensa da época que antecedeu ao golpe podemos perceber 
que havia uma luta ideológica e midiática ao se analisar como eram produzidas 
algumas notícias dentro daquele contexto, e podemos ver como a imprensa em 
geral foi golpista. Um exemplo disso são as capas de jornais e suas manchetes: 
Comentado [LB6]: O conteúdo apresentado neste 
subitem é pertinente ao tema proposto. 
 
As correções indicadas devem ser retificadas. 
 5 
 
Figura 1 – Jornal Ultima Hora; Correio da Manhã e Jornal do Brasil 
Fonte: Borges, 2011 
 
Na figura 1 à esquerda vemos na capa do Jornal Última Hora (pode-se dizer 
que foi o único jornal que não aderiu ao golpe) que havia uma mobilização política 
e ideológica de classes populares e trabalhadoras como nunca tinha se visto 
história social do Brasil. 
As outras duas figuras ilustram as capas do Correio da Manhã e do Jornal 
do Brasil, jornais que apoiavam o golpe e clamavam pela deposição do presidente 
João Goulart. Outros jornais como O Globo, Estado de São Paulo, Folha de São 
Paulo, O Dia, Tribuna da Imprensa e programas de Rádio também tiveram 
importante papel na elaboração do golpe. 
Isso nos mostra como a mídia no Brasil teve o poder de derrubar um 
presidente da República eleito democraticamente. 
A política moderna usa os meios de comunicação cada vez mais como meio 
de existência. Os governos buscam fazer-se notícia, do contrário suas ações caem 
no esquecimento. A mídia é o veículo principal de divulgação política. Essa política 
midiática vem transformando governantes em atores. 
Diante da espetacularização da política e de uma mídia cada vez mais 
partidária, viu-se a necessidade de pesquisar os limites de interdependência entre 
ambas como forma de entender o funcionamento da imprensa no Brasil. 
 
Comentado [LB7]: Indique o nome da figura na parte 
superior, em arial 12, espaço simples. 
 
Abaixo dela indique, em arial 10, espaço simples, a fonte 
de onde foi extraída. 
 
Quando for extraída de em site: 
Fonte: disponível em: www.XXXX 
Acesso em: dia/mês/ano. 
 
 
É NECESSÁRIO RETIFICAR TODAS AS INDICAÇÕES QUE 
CONSTAM NO ARTIGO. 
 6 
2.2 O GOLPE DE 1964 
O crescimento econômico gerou novos problemas, como inflação e 
problemas com a urbanização. Em 1964, o Brasil enfrentou outra derrota militar do 
governo devido à incerteza econômica. Em 1º de abril de 1964, os militares 
assumiram o governo brasileiro. Ao contrário da tomada militar de Vargas, não 
havia dúvidas de que este era um regime ditatorial desde o seu início. 
A melhor contribuição do trabalho é chamar a atenção para importância 
das questões parlamentares, do Congresso, dos partidos políticos. Tal 
foco foi sistematicamente desprezado pela maioria dos analistas do 
regime militar. De fato, a literatura especializada, tendo enfatizado o papel 
dos empresários ou dos militares no golpe de 1964, tendeu, salvo raras 
exceções, a não considerar a dimensão político- institucional das crises 
do período no plano parlamentar. (FICO, 2004, p. 10) 
 
Estas análises marxistas apresentadas por Fico (2004) são as 
determinações econômicas de estrutura e a condição da expressividade do golpe 
de 1964, tendo como um grande desfalque uma análise detalhada de Jacob 
Gorender, em que determinava uma grande eclosão para o golpe, que encontrava 
no capitalismo brasileiro da época a necessidade da existência de um forte 
governo, que controlaria não apenas os brasileiros, mas internacionalmente, 
alavancando um impulso para a vinculação do Programa do Presidente João 
Goulart. Fico (2004) prestigia o trabalho de René Dreifuss, que foi considerado uma 
das maiores lideranças políticas para o domínio do capital multinacional. 
O movimento político-militar de abril de 1964 representou, de um lado, um 
golpe contra as reformas sociais que eram defendidas por setores 
progressistas da sociedade brasileira e, do outro, um golpe contra a 
incipiente democracia nascida em 1945. (TOLEDO, 2004, p. 13) 
 
A realização do Golpe de 1964 contra Jango, não seria possível sem a 
participação dos militares, que mesmo tendo um governo golpista, observa-se em 
meio à prepotência das lideranças militares golpistas civis proeminentes. 
Comentado [LB8]: O conteúdo apresentado neste 
subitem é pertinente ao tema proposto. 
 
As correções indicadas devem ser retificadas. 
 7 
 
Figura 2 – O povo saudando Jango em sua vitória 
Fonte: Outras palavras, 2013 
 
Os movimentos e lideranças partidários das reformas, que haviam 
originalmente construído sua força na luta pela posse de Jango e, em 
seguida, pelo restabelecimento dos plenos poderes presidenciais – em 
outras palavras, na defesa da ordem constituída e da legalidade – tinham 
evoluído, progressivamente, para uma linha ofensiva em que inclusive se 
contemplava o recurso à violência “revolucionária”... Enquanto isso, do 
outro lado, notórios conspiradores de todos os golpes... encontravam-se 
defendendo a Constituição e a legalidade da ordem vigente. (REIS, 2000, 
p. 8) 
 
Conforme Soares (1994), o golpe, porém, foi essencialmente militar, pois não 
foi idealizado ou realizado pela burguesia ou pela classe média, 
independentemente do apoio que estes lhes prestavam. As razões que os militares 
tinham para derrubar Jango foram o caos administrativo e uma verdadeira 
desordem política que contribuiu para o enfraquecimento de seu governo. 
De acordo com Fernandes (1975), podemos classificar o golpe de 1964, 
sendo uma conta revolução, que teve um rompimento com a ordem, “democrática”, 
colocando um poder de burguesia nacional e “interesses extensos”. Portanto, o 
ideal democrático da cúpula militar era um golpe coberto para uma autocracia de 
uma burguesia oligárquica nacional. 
A Burguesia com o seu papel interno e externo, implantou no governo de 
João Goulart, um movimento que acabou com a concretização social, de cunho 
socialista, que ameaçava uma ordem instituída, devidoao período da Guerra Fria 
e o evidente avanço comunista no governo implantado pelos militares para um 
Brasil totalmente contrarrevolucionário. 
A democracia era tomada pelos militares e civis que conduziram o 
movimento de 1964 como um regime político que não tinha que ser, 
 8 
necessariamente, controlado pelos civis. Ou seja, a sua suposta 
democracia seria revigorada através da restauração de uma legalidade, 
de uma paz e de um progresso com justiça social a partir da atuação de 
um determinado grupo que estaria incumbido desta tarefa em nome de um 
todo abstrato definido como povo (REZENDE, 2001, p. 68). 
 
Dessa forma, a ambição militar era que a sociedade aceitasse um governo 
totalmente renovado, de acordo com os parâmetros e as ordenanças dos militares, 
para uma ideia totalmente social comunista, desaparecendo a democracia. 
De acordo com Wood (2011), se faz necessário, em primeiro lugar, não ter 
certas ilusões acerca do significado e dos efeitos da democracia no capitalismo. 
Isso representava não somente uma compreensão dos limites da democracia 
capitalista da época, mas o fato de que até mesmo um Estado capitalista 
democrático pode ser restringido pelas exigências de acumulação de capital, e o 
fato de que a democracia liberal deixa essencialmente intacta a exploração 
capitalista, mas também, e ainda mais particularmente, uma verdadeira 
desvalorização da democracia no Brasil. 
Uma primeira etapa iria de 1964 ao Ato Institucional nº 5, de dezembro 
de1968. Nela se observa um enfrentamento de tendências dentro da “área 
revolucionária”. O foco principal de divergência era representado pelo 
caráter atribuído à “revolução”. Seria ela uma intervenção 
transitória,cirúrgica, por assim dizer, do tipo “devolver e limitar”, para uns 
restauradora da ordem constitucional, para outros reformadora dessa 
ordem, mas destinada a refluir como processo? Ou essa intervenção seria 
o início de um processo revolucionário permanente, que não deveria ser 
enquadrado nos limites da legalidade convencional? O Ato Institucional nº 
5, ao cabo do período assinalou a vitória da segunda opção. Com o AI-5, 
as força armadas se tornaram o Poder Dirigente sobre a nação.” 
(DREIFUS; DULCI, 1983, p.93-94) 
 
Uma grande ferramenta dos militares era a censura estampada em todo 
Território Nacional veiculada pela mídia, apenas o que iria ser transmitido à 
sociedade Brasileira, tendo apenas notícias aos civis, que satisfizessem aos 
interesses dos militares. 
A censura começou em 1972, lá pelo mês de maio, no começo do mês. 
Recebemos um telefonema da Superintendência da Polícia Federal, 
avisando que a censura prévia iria começar no dia seguinte, com a visita 
do censor na redação. Foi respondido que ninguém faria censura no jornal, 
a não ser com comunicado oficial por escrito ao sr. Cardeal Arns... Ele 
exigia este oficio por escrito e declarasse quem em Brasília se 
responsabilizava por essa medida e em São Paulo também, quem é que 
assumiria essa responsabilidade (OSP, junho de 1978, lauda 1) 
 
 9 
Neste relato do Jornal O SÃO PAULO da época, o Diretor, relatou que a 
censura no ano de 1972 se concretizou nos meios de comunicação, com um aviso 
prévio dos militares para barrar informações que não lhes interessavam, passando, 
assim, a exibir programações que primeiro tinham que passar pelo governo, para 
que depois fossem exibidas ou divulgadas nos meios brasileiros de comunicação. 
 
 
Figura 3 – O que acontecia com o Meio de comunicação que não respeitava uma ordem dos 
militares da época 
Fonte: Magalhães, 2014 
 
Um editorial do Carta Maior assinado pelo jornalista Altamiro Borges (2011) 
traz uma série de trechos veiculados na mídia no período em que se deu o golpe 
militar de 1964, demonstrando a preparação ideológica para que tal evento 
ocorresse. 
Borges (2011) aponta o jornal O Globo como um simpatizante do golpe que 
derrubou o presidente eleito democraticamente, João Goulart (Jango); foi o 
imperialismo estadunidense, concomitantemente com os interesses dos 
latifundiários e burguesia nativa que coadunaram forças para derrubar o governo 
de João Goulart. A imprensa ficou marcada por uma ampla participação para 
preparar o golpe e para disseminar a ideologia dos golpistas, apoiando sua 
escalada de perseguição política, tortura e mortes pela causa. 
 10 
Calcados na crítica ao comunismo que atribuíam a Jango, os meios de 
comunicação assumiram uma postura contrária ao presidente e intensificaram os 
noticiários denegrindo a figura de Jango como podemos ver no comentário a seguir: 
O ex-presidente João Goulart foi vítima da intensa polarização entre direita 
contra esquerda – capitalismo contra comunismo – da década de 1960. 
Naquela década, quem não era capitalista era comunista e vice-versa, não 
tinha meio termo. Era o auge da Guerra Fria entre EUA e União Soviética, 
a Corrida Armamentista. 
Tudo piorou com o assassinato do presidente americano John F. 
Kennedy. Os americanos queriam vingança e começaram a fazer uma 
limpa nos países propensos a se unir ao bloco comunista. Começaram no 
“seu quintal”, como alguns americanos chamam as Américas do sul e 
central. Arquitetaram Golpes de Estado para derrubar presidentes que 
tinham alguma ligação com a União Soviética mesmo que por apenas 
diplomacia. Os americanos pretendiam varrer o comunismo das Américas. 
Os Estados Unidos da América deram todo suporte para as Forças 
Armadas de vários países sul-americanos derrubarem os governos 
democráticos. Há fortes indícios que a Operação Condor contou com forte 
apoio americano. (JANGO, 2014) 
 
O Jornal O Globo exaltava as atitudes dos militares, colocando-os como 
heróis que resgataram a ordem, protegendo os brasileiros de seus inimigos. 
“Salvos da comunicação que celeremente se preparava, os brasileiros 
devem agradecer aos bravos militares que os protegeram de seus 
inimigos. Este não foi um movimento partidário. Dele participaram todos 
os setores conscientes da vida política brasileira, pois a ninguém 
escapava o significado das manobras presidenciais”. O Globo, 2 de abril 
de 1964. 
 
Colocam o exército como salvador da ameaça vermelha, ou seja, comunista 
que estaria infiltrada no governo. 
“Fugiu Goulart e a democracia está sendo restaurada..., atendendo aos 
anseios nacionais de paz, tranquilidade e progresso... As Forças Armadas 
chamaram a si a tarefa de restaurar a nação na integridade de seus 
direitos, livrando-a do amargo fim que lhe estava reservado pelos 
vermelhos que haviam envolvido o Executivo Federal". O Globo, 2 de abril 
de 1964. 
 
O ufanismo do resgate da democracia não coaduna com a figura dos 
militares. O Jornal O Globo apresenta o regime militar como resgate da democracia, 
distorcendo as definições dos regimes, pois ditadura é ausência de democracia e 
não o contrário. 
“Ressurge a democracia! Vive a nação dias gloriosos... Graças à decisão 
e ao heroísmo das Forças Armadas que, obedientes a seus chefes, 
demonstraram a falta de visão dos que tentavam destruir a hierarquia e a 
disciplina, o Brasil livrou-se do governo irresponsável, que insistia em 
arrastá-lo para rumos contrários à sua vocação e tradições. Como 
Comentado [LB9]: Não ocorre divisão de parágrafo em 
citação longa, mesmo que tenha no texto lido. 
Comentado [LB10]: sem aspas 
 
retificar as demais citações que estão indicadas da mesma 
forma 
 11 
dizíamos, no editorial de anteontem, a legalidade não poderia ter a 
garantia da subversão, a âncora dos agitadores, o anteparo da desordem. 
Em nome da legalidade não seria legítimo admitir o assassínio das 
instituições, como se vinha fazendo, diante da Nação horrorizada”. O 
Globo, 4 de abril de 1964. 
2.3 JORNAIS QUE APOIARAM O GOLPE 
Os jornais O Estado de São Paulo, Tribuna da Imprensa, Jornal do Brasil, O 
Estado de Minas apoiou incondicionalmente o golpe militar e tais posturas podem 
ser checadas na Tabela 1: 
 
Tabela 1: Notícias dos principais jornais da épocaFonte: Elaboração própria (baseado em Jango, 2014) 
 
Os jornais Folha de São Paulo e Jornal do Brasil prestaram apoio aos 
ditadores que praticavam tortura e assassinatos em nome da causa. 
Comentado [LB11]: O conteúdo apresentado neste 
subitem é pertinente ao tema proposto. 
 
As correções indicadas devem ser retificadas. 
 
 12 
“Um governo sério, responsável, respeitável e com indiscutível apoio 
popular, está levando o Brasil pelos seguros caminhos do 
desenvolvimento com justiça social – realidade que nenhum brasileiro 
lúcido pode negar, e que o mundo todo reconhece e proclama”. Folha de 
S. Paulo, 22 de setembro de 1971. 
 
Em 1973, o Jornal do Brasil anuncia que após quase uma década do golpe 
militar, o país encontrava-se em amplo desenvolvimento, destacando-se entre 
outros países. 
“Vive o País, há nove anos, um desses períodos férteis em programas e 
inspirações, graças à transposição do desejo para a vontade de crescer e 
afirmar-se. Negue-se tudo a essa revolução brasileira, menos que ela não 
moveu o país, com o apoio de todas as classes representativas, numa 
direção que já a destaca entre as nações com parcela maior de 
responsabilidades”. Jornal do Brasil, 31 de março de 1973. 
 
Desse modo, vimos que os jornais destacam o empenho dos militares para 
gerar o desenvolvimento do Brasil, pois optaram por apoiar o regime militar 
instaurado em 1964 que durou 20 anos, sendo interrompido com o movimento das 
Diretas Já em 1984. 
 
 
3 A IMPRENSA E OS MILITARES 
 
 
A Imprensa da época estava sob censura, podendo apenas mostrar ao povo 
brasileiro o que realmente seria do interesse do governo, muitos dos empresários 
destas mídias, eram obrigados a cumprir a ordem, e davam as notícias, com a 
linguagem e as imagens, que eram exigida pelos militares, informando somente o 
que interessavam, caso tivesse um descumprimento, a rede de comunicação era 
colocada fora do ar. 
Em 1964 (...), jornais, rádio e televisão, trabalhando unidos para a tarefa, 
levaram o presidente Goulart ao exílio, já deposto, em “operação” 
realizada em menos de um mês. Os dois editores de primeira página do 
Correio da Manhã, do Rio de Janeiro, assinalaram, nos últimos dias de 
março, os termos finais da ofensiva. A imprensa (...), acolitando o rádio e 
a televisão (...) foi a alavanca que destruiu (...) presidentes eleitos. 
(SODRÉ, 1999, p. XIV). 
 
A imprensa dava-se este comportamento, por causa da aliança que tinha 
com o governo da época, tendo nas principais mídias como jornais, rádio e 
televisão, como os verdadeiros meios de propaganda e programação, baseadas 
Comentado [LB12]: O conteúdo apresentado neste item 
é pertinente ao tema proposto. 
As correções indicadas devem ser retificadas. 
 13 
conforme estabeleciam a ideologia em que os militares exigiam para divulgar a 
população Brasileira. 
Em agosto, a censura começou a ser feita, todas as quintas feiras, depois 
de todo material, à noite, depois da composição, paginação pronta, 
quando o pessoal do jornal se retirava, terminando seu trabalho, tirando 
as matérias das máquinas. Chegavam ai os censores, as vezes um a 
vezes dois, e faziam seus cortes. A princípio nós conseguimos, uma vez 
apenas, deixar espaços em branco. Depois também isso foi proibido 
(OSP, junho de 1978, lauda 1). 
 
A censura prévia ao semanário ter durado até 8 de junho de 1978 – 
Conforme Pereira (1982) termina-se da mesma forma em que havia começado: 
pelo telefone e sem nenhum documento que dissesse respeito ao assunto - “Em 
1977, O São Paulo tentou, sem êxito, acabar com a censura com processo na 
justiça sob o argumento de que era inconstitucional” (SERBIN, 2001, p. 349). 
Um dos documentos enviados para publicação no seminário, vetado pelos 
censores da ditadura militar, consiste no Diário do Congresso Nacional Dos 
Miliares, datada de 6 de agosto de 1977, narrando uma discussão a respeito de 
término da imposição da censura prévia do semanário O São Paulo. Tendo em vista 
que outros meios de comunicação o término da imposição da censura prévia, por 
parte dos militares, iniciou a partir de 1975, com a chegada de Geisel à presidência. 
Conforme Gorender (1987), a ditadura militar alcançou o ápice do 
fechamento, o que trouxe consequências imediatas. Essa censura foi um ato 
inflexível impôs o controle total da imprensa. Deixaram de circular publicações de 
oposição nos principais meios de comunicação como Jornais, Rádio e Televisão, 
algumas pessoas foram presas e forçadas a sair do país e se asfixiou a vida social 
de uma nação. Educadores universitários sofreram uma persevera punição da 
aposentadoria compulsória e emigraram para ensinar no exterior. 
 14 
 
Figura 4 – Tanques ocupam a Avenida Presidente Vargas 
Fonte: Commons, 2016 
 
Embora o jornal “O Povo” fosse, no Inveterado [primeiro período, de 1963 
a 1966, em que o governador Virgílio Távora esteve no poder no Estado 
do Ceará], alinhado a um partido político, a UDN, em função dos laços de 
seu proprietário, Paulo Sarasate, com esse partido e, consequentemente 
com Virgílio Távora, não se pode deixar de observar o crescimento do 
jornal durante essa fase: compra de equipamentos mais modernos, 
elevação do número de páginas, etc. Era a lenta transição do jornal “O 
Povo” de “jornal-político” a “jornal-empresa” que se iniciava com o 
Inveterado. (NUNES, 1994, p. 65) 
 
A aliança com os militares “os donos do poder” interessava aos proprietários 
das grandes redes de comunicações brasileiras, pois o acordo firmado como 
grande negócio, que se eram expandia e tinha uma verdadeira modernização na 
estrutura de suas empresas. Conforme Weber (2000), o Governo foi o propulsor do 
crescimento e da modernização das mídias, tendo como ideal o crescimento 
econômico para o seu negócio; os militares faziam propostas irrecusáveis aos 
grandes proprietários, que não tendo outra alternativa mais viável aceitavam para 
que sua emissora não fosse impedida de executar suas comunicações. 
A censura teve um papel fundamental no sistema de controle ideológico 
e, consequentemente da propaganda. Todo os assuntos, temas e dúvidas 
em relação às afirmações da propaganda oficial tinham sua divulgação 
proibida (GARCIA,1990, p.91) 
 
 15 
A censura englobava a mídia de um modo geral como: Rádio, Jornal e 
Televisão, mas também era nos livros publicados pela editora que exercia uma 
exigência no vocabulário para que o leitor pudesse ler de forma que não colocasse 
o Regime Militar como um perigo para a sociedade; as músicas brasileiras não 
ficavam de fora, também era confiscadas para ter a certeza que suas letras não 
atingiriam o poder político militar. 
O Cantor Chico Buarque foi um dos que foram perseguidos pelo regime 
militar, aonde a ditadura colocava em seu disco as músicas que o cantor iria cantar 
em seus shows. 
 
 
Figura 5 – Chico Buarque sendo barrado em seu show por cantar músicas que desagradavam o 
regime militar da época 
Fonte: Observatório da Imprensa 
 
Os artistas Brasileiros também sofriam com as perseguições políticas em 
que os militares exerciam; alguns não poderiam cantar suas músicas, antes que o 
regime olhasse a letra; para assim ser lançado nacionalmente em todo território 
Nacional, os que se recusavam eram detidos pela polícia local, sendo até presos 
por desacato a autoridade. 
 
 
 
 
 16 
4 METODOLOGIA 
 
De acordo com a metodologia, este estudo se classifica como descritivo 
devido pelos seus objetivos, porque descreve características de um objeto de 
estudo específico. Pela natureza dos dados, é classificado como qualitativa por 
buscar a compreensão e a interpretação de fenômenos. (GONSALVES, 2012) 
Köche (2011) concebe várias formas de conhecer, no entanto, a ciência 
moderna trouxe um método prático e eficaz na busca da verdade, compreendido 
pelo experimento, em formular hipóteses, repetir a experimentação para averiguar 
as hipóteses e formular generalizações ou leis ou teorias.Para a produção desse trabalho foi realizado um estudo qualitativo, por meio 
de revisão bibliográfica sistematizada, utilizando artigos publicados nacional e 
internacional mente, no período compreendido entre 2007 a 2019, abordando o 
tema aspectos o papel da mídia no golpe de 1964. A pesquisa foi realizada em 
plataformas digitais, tais como: Scielo, sendo utilizados os seguintes termos para a 
pesquisa: “Ditadura”; “Golpe”; “Mídia”. O levantamento foi realizado nos meses de 
abril a outubro de 2019; os critérios de inclusão foram coerência com o tema, desta 
forma, foram utilizados 20 artigos. 
 
 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Ao final deste trabalho, podemos apresentar alguns raciocínios à guisa de 
conclusão, sem, no entanto, ter o intuito de esgotar o assunto, mas sim, de gerar 
uma reflexão acerca da tomada do poder pelos militares em abril de 1964. 
O Golpe de 1964 foi um grande movimento que anulou o processo de 
eleições diretas que foi realizada no ano 1960, tendo um resultado histórico no 
governo Brasileiro; os militares estavam procurando provas para trabalhar no 
processo de tomada de poder e análises como base, constando razões que 
incentivassem o grande desmoronamento da eleição democrática, tendo a 
sociedade desamparada pelo grande declínio do governo. 
Faz-se também necessário ressaltar que o plano dos militares era também 
de proibir ou censurar a imprensa, para não passar a sociedade Brasileira, uma 
imagem de crueldade e ao mesmo tempo de poder por parte dos militares que 
estavam no poder da Pátria. Os atos destes militares simbolizaram a face mais 
Comentado [LB13]: O conteúdo apresentado neste item 
está de acordo com as orientações do Manual. 
 
Comentado [LB14]: O conteúdo apresentado neste item 
está de acordo com as orientações do Manual. 
 17 
emblemática de disputas de poder que o Brasil já presenciou durante o Golpe de 
1964. 
O processo noticioso é um jogo praticado por equilibristas, onde a notícia é 
resultado de imbricações socioeconômicas, políticas complexas e múltiplas. Desse 
jogo, participam o jornal, o jornalismo, o poder agregado e ainda interesses 
mercadológicos inerentes ao veículo midiático. 
Entendemos que o objetivo geral dessa pesquisa que era “expor e discutir o 
papel e a forte influência da mídia e da grande imprensa em geral na elaboração 
do golpe” foi atingido ao revelarmos que jornais como O Globo, Jornal do Brasil 
criticavam ferrenhamente o presidente João Goulart, atribuindo-lhe o caráter de 
comunista. 
 18 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
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<http://institutojoaogoulart.org.br/noticia.php?id=12532>. Acesso em: 20 Nov. 
2019. 
Comentado [LB15]: Indicar os sobrenomes dos autores 
seguindo a ordem alfabética do sobrenome. 
Os títulos devem ser digitados em negrito. 
Espaço simples nas indicações dos autores, inserir dois 
espaços simples entre cada uma delas. 
 
 
As indicações deste item estão de acordo com as Normas 
da ABNT 
 
 19 
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	1. INTRODUÇÃO
	2 JORNALISMO POLÍTICO
	2.1 A mídia
	2.2 O Golpe de 1964
	2.3 Jornais que apoiaram o golpe
	3 A IMPRENSA E OS MILITARES
	4 METODOLOGIA
	5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
	REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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