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Psicofármacos

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1 Marcela Oliveira - Medicina UNIFG 2023 
Psicofármacos 
 
1. ANTIDEPRESSIVOS 
Mantem o uso do medicamento por 6 semanas e 
avalia resposta. Se ausência de resposta associar 
medicamento ou trocar. Se resposta parcial 
aumentar a dose e se resposta completa manter 
a dose. 
INIBIDORES SELETIVOS DA RECAPTAÇÃO DE 
SEROTONINA (IRSS) 
Os IRSS atuam inibindo a recaptação do 
neurotransmissor serotonina que se acumula na 
fenda sináptica. 
Não costuma ter ação relevante sobre outros 
neurotransmissores, exceto a Paroxetina que 
exerce efeito anticolinérgico considerável. 
São medicações de primeira linha para quadros 
depressivos e ansiosos, devido ao seu perfil com 
poucos efeitos colaterais, alta tolerabilidade e 
baixa interação farmacológica. 
Efeitos colaterais: aumento de apetite, alterações 
no sono, sedação leve e redução na libido. 
Contudo esses efeitos tendem a desaparecer 
depois de algumas semanas. 
 Citalopram (Cipramil, Alcytan): usado em 
quadros depressivos e ansiosos. 
Praticamente não tem interações 
medicamentosas. Sua dose varia de 10 a 
40mg ao dia e é seguro na gestação e 
amamentação. 
 Escitalopram (Esc): trata-se de uma forma 
ativa do citalopram. Sua dosagem varia 
de 5 a 20mg ao dia. É seguro na gestação 
e amamentação. 
Esses 2 medicamentos em doses elevadas podem 
provocar alargamento de QT. 
 Fluoxetina (Fluxene): é escolha para tratar 
depressão, ansiedade, TOC e transtornos 
alimentares. Tem meia vida longa de até 
duas semanas. Tem um maior número de 
interações farmacológicas. Suas doses 
variam de 10 a 80mg. É segura na 
gestação e amamentação. 
 Paroxetina (Pondera): apresenta intenso 
efeito serotoninérgico e efeito 
anticolinérgico moderado, por isso não é 
ideal para idosos. É o que pior apresenta 
 
prejuízo em relação à libido. Suas doses 
variam de 10 a 60mg. Deve ser evitada na 
gestação, mas é segura na 
amamentação. 
 Sertralina (Assert): é segura do ponto de 
vista cardiovascular, tem poucas 
interações e pode ser usada na gravidez e 
amamentação. Sua dose varia de 50 a 
200mg. 
INIBIDORES DA RECAPTAÇÃO DE SEROTONINA E 
NORADRENALINA (IRSN) 
Também são conhecidos como duais e agem 
inibindo a recaptação desses neurotransmissores 
na fenda sináptica. Tem as mesmas indicações 
dos IRSS. 
 Venlafaxina (Alenthus XR, Venlaxin): 
propriedades antidepressivas e 
ansiolíticas. Interagem pouco com outras 
medicações. Sua dose é de 75mg até 
225mg. Em doses elevadas podem causar 
aumento da pressão arterial. Pode usar na 
gestação e não na amamentação. 
 Desvenlafaxina (Pristiq): é uma forma já 
metabolizada e sua dose varia de 50 até 
200mg. Pode usar na gestação e evitar na 
amamentação. 
 Duloxetina (Velija): tem propriedades 
antidepressivas, ansiolíticas e analgésicas. 
Sua dose varia de 30 a 120mg. E deve ser 
evitada na amamentação. 
ANTIDEPRESSIVOS TRICÍCLICOS 
São os mais antigos antidepressivos e agem 
bloqueando a receptação de serotonina e 
noradrenalina que se acumulam na fenda. Além 
de acetilcolina e histamina, responsáveis pela 
maioria dos efeitos colaterais. 
Sua metabolização é mais complexa e com maior 
risco de interações medicamentosas. 
A amitriptilina possui um importante efeito 
analgésico causado pelo bloqueio de canais de 
sódio, por isso podem ser uteis em pacientes com 
quadros depressivos/ansiosos associado a dores 
crônicas ou cefaleias. 
Efeitos colaterais: 
 Ação anticolinérgica: piora cognitiva, risco 
de delirium, boca seca, constipação 
 
2 Marcela Oliveira - Medicina UNIFG 2023 
intestinal, retenção urinária, risco de 
arritmias cardíacas, visão turva e 
glaucoma. 
 Ação anti-histaminérgica: sedação, risco 
de queda, aumento do apetite, ganho de 
peso e piora metabólica. 
 Bloqueio alfa 1 e 2 adrenérgico: risco de 
hipotensão, queda e síncope. 
 Bloqueio dos canais de sódio: arritmias 
cardíacas, como alargamento do PR ou 
QT. 
INIBIDORES DA MONOAMINA OXIDASE (IMAO) 
Os IMAO agem inibindo a enzima 
monoaminoxidase (MAO) responsável pela 
degradação de neurotransmissores. 
Tem sido cada vez menos utilizado devido aos 
seus efeitos colaterais mais intensos e até 
potencialmente fatais. Além disso, seu uso requer 
o cumprimento de uma dieta especifica com 
baixos níveis de tiamina; 
ANTIDEPRESSIVOS ATÍPICOS 
 Bupropiona: tem ação sobre a recaptação 
de dopamina e noradrenalina. É segura do 
ponto de vista cardiovascular com poucos 
efeitos sobre acetilcolina e histamina. Tem 
um perfil estimulante, sendo útil para tratar 
pacientes com queixa de baixa energia e 
promover perda de peso. Sua dose varia 
de 150 a 450mg. Evitar na amamentação. 
Deve-se evitar em pacientes com histórico 
de epilepsia e traumatismo craniano. 
 Mirtazapina: aumenta a liberação de 
serotonina, noradrenalina, é 
anticolinérgico e anti-histaminico, o que 
causa um aumento do apetite e sedação. 
Apresenta efeito antiemético. Sua dose 
varia de 15 a 60mg. O bloqueio H1 é mais 
potente na dose de 15 mg, o que 
proporciona o uso dessa dose na prática 
clínica para tratamento da insônia. Para 
tratamento da depressão, é recomendado 
que se inicie com 30 mg/dia, amenizando 
o risco de sonolência diurna. 
 Trazodona: é um antidepressivo 
extremamente sedativo. Sua dose varia de 
50 até 600mg. Um efeito colateral raro, mas 
característico é o priapismo. 
 
2. ESTABILIZADORES DE HUMOR 
São aquelas que tratam e previnem tanto 
episódios de depressão quanto episódios de 
mania ou hipomania, mantendo o paciente na 
chamada eutimia. 
LÍTIO 
É uma medicação de primeira linha para o 
transtorno Bipolar, por possuir propriedades 
antimaníacas, andidepressivas e antissuicidas. 
Sua meia vida é entre 18 e 24 horas, sendo 
excretado de forma inalterada pela urina, já que 
não sofre metabolização. 
Sua concentração sérica deve situar-se entre 0,6 e 
1,2 mEq/L para alcançar seu pleno efeito 
terapêutico. Concentrações séricas superiores 
podem causar uma intoxicação aguda. Portanto 
é recomendada uma aferição da litemia após 7 
dias de início do tratamento e 7 dias após cada 
ajuste de dose. 
Durante o tratamento de manutenção, a litemia 
deve ser coletada semestralmente, bem como 
exames como hemograma, função renal, 
eletrólitos, glicemia de jejum e TSH e T4 livre. 
Seus principais efeitos colaterais são acne, 
náuseas, vômitos, diarreia, retenção hídrica, 
queda de cabelo, aumento do apetite, ganho de 
peso e tremores finos. Todos esses sintomas podem 
ser minimizados, ou mesmo neutralizados, com a 
introdução lenta da droga, iniciando com baixas 
doses e realizando aumentos progressivos. 
Seus principais possíveis efeitos colaterais a longo 
prazo são: hipotiroidismo, diabete insípido e 
insuficiência renal. 
O lítio é contraindicado durante a amamentação, 
em pacientes com doença renal crônica e em 
cardiopatas graves. É relativamente 
contraindicado na gestação e em pacientes com 
hipotireoidismo. 
ÁCIDO VALPROICO (DEPAKENE) 
É considerado uma medicação de primeira linha 
para o tratamento da fase aguda ou na 
manutenção do TAB. 
Recomenda-se iniciar com 250 mg/dia, com 
aumentos a cada três dias até se chegar à dose 
de 750 mg/dia 
Seus principais efeitos colaterais são sedação, 
ganho de peso, tremores, queda de cabelo e 
elevação temporária e benigna das 
transaminases. 
É contraindicado em paciente hepatopatas 
graves e em gestantes. 
 
 
 
3 Marcela Oliveira - Medicina UNIFG 2023 
CARBAMAZEPINA (TEGRETOL) 
É um anticonvulsivante com propriedades 
estabilizadoras de humor. É menos utilizado por ser 
mais hepatotóxica e pela grande interação 
medicamentosa. 
Pode ainda ser útil no tratamento de neuralgia do 
trigêmeo e na síndrome da abstinência. 
Seus principais efeitos colaterais são náuseas, 
vômitos, sedação e ataxia. Em casos graves pode 
haver anemia aplasica, hepatite medicamentosa 
e síndrome de steven-johnson.LAMOTRIGINA (LAMITOR) 
É um fármaco estabilizador de humor e 
anticonvulsivante, com ações proeminentes 
antidepressivas e ação discreta sobre episódios 
maníacos. 
É mais indicado em pacientes com TAB que sofrem 
mais episódios depressivos. Por isso dizemos que a 
estabilização de humor ocorre de baixo para 
cima. 
Apresenta poucos efeitos colaterais, contudo sua 
introdução deve ser lenta. É a droga de escolha 
para gestantes. 
 
3. ANTIPSICÓTICOS 
São medicamentos uteis para o tratamento de 
transtornos psicóticos, agitação e agressividade. 
São medicamentos capazes de bloquear os 
receptores dopaminérgicos do tipo D2 nas vias 
mesolímbica e mesocortical, regiões que 
provavelmente são fontes dos sintomas psicóticos. 
No entanto, as vias tuberoinfundibular e 
nigroestriatal também são afetadas pela ação 
desses medicamentos. O bloqueio 
dopaminérgico nessas vias é o responsável por 
grande parte dos efeitos colaterais. 
O excesso de atividade dopaminérgica é 
responsável pela produção psicótica. 
 Efeitos extrapiramidais: 
Os antipsicoticos típicos podem causar sintomas 
extrapiramidais e parkisonianos, como 
discinesias, tremores, distonias e acatisia, 
conhecido como uma “ansiedade nas pernas”. 
Esses efeitos ocorrem porque esses antipsicóticos 
não atuam apenas nas vias dopaminérgicas. Eles 
atuam na via tuberoinfundibular onde a ação dos 
antipsicoticos causa aumento de prolactina e a 
via nigroestriatal causando a síndrome 
extrapiramidal, sendo um dos principais sinais o 
Sinal da Roda denteada; 
ATIPSICÓTICOS TÍPICOS - FORTE BLOQUEIO D2 
São antipsicoticos de primeira geração e atuam 
bloqueando os receptores dopaminérgicos D2. 
 Clorpromazina (AMPLICTIL) 300 – 1000 mg: 
mais sedativo. 
 Haloperidol (HALDOL) 5 – 20 mg 
 Levomepromazina 300 – 1000 mg 
 Periciazina 15 – 300 mg 
 Pimozida 2 – 20 mg 
 Zuclopentixol 20 – 100 mg 
ANTIPSICÓTICOS ATÍPICOS - MENOR BLOQUEIO D2 
São antipsicóticos de segunda geração e tem um 
perfil de ação variado. A maioria dos 
representantes dessa classe realiza ações como 
antagonistas da dopamina e da serotonina e 
alguns agonistas dopaminérgicos parciais. 
Causam menos efeitos extrapiramidais. Apesar 
dessa vantagem, podem causar uma piora no 
perfil metabólico, dislipidemia, aumento de 
triglicerídeos, resistência insulínica, aumento de 
apetite e compulsão por doces, levando ao 
ganho de peso. 
 Aripiprazol 5 mg – 30 mg: tem propriedades 
antidepressivas. 
 Clozapina 100 mg – 900 mg: é o fármaco 
mais eficaz entre os antipsicoticos. 
Importante efeito contra agressividade e 
exerce efeito antissuicida. Causa poucos 
efeitos extrapiramidais e é reservado para 
o tratamento de casos mais graves, isso 
porque um dos efeitos colaterais é a 
agranulocitose. Ela é extremamente 
sedativa. Também deve ser 
 
4 Marcela Oliveira - Medicina UNIFG 2023 
acompanhando a contagem de 
leucócitos semanal. 
 Lurasidona 20 mg – 160 mg 
 Olanzapina (ZAP) 5 mg – 30 mg: risco de 
síndrome metabólica. 
 Paliperidona 3 mg – 12 mg 
 Quetiapina (SEROQUEL) 200 mg – 800 mg: 
tem propriedades antidepressivas e ação 
hipnótica. 
 Risperidona (RISS) 2mg – 16 mg: melhora 
irritabilidade. 
 Ziprasidona 40 mg – 160 mg 
Caso haja duas tentativas adequadas de 
tratamento (levando em consideração a adesão 
do paciente, a dose correta e o tempo 
necessário) dos sintomas psicóticos sem sucesso, 
considera-se o paciente “resistente ao 
tratamento” ou “refratário”. Nesses casos, a 
clozapina poderá ser bem indicada 
SÍNDROME NEUROLÉPTICA MALÍGNA 
A Síndrome Neuroléptica Maligna (SNM) é uma 
reação grave e potencialmente fatal, causada 
como efeito colateral do uso de antipsicóticos, 
principalmente se administrados repetidamente e 
por via intramuscular. 
Seus principais sintomas são hipertermia e rigidez 
intensa. Outros sinais e sintomas possíveis são 
tremores, alterações da consciência, pressão 
arterial flutuante, incontinência esfincteriana, 
dispneia, elevação de fosfocreatinoquinase (CPK) 
e leucocitose sem desvio à esquerda. 
Seu tratamento é baseado no suporte clínico, 
medidas de resfriamento corporal e o uso de 
agonistas dopaminérgicos, como bromocriptina, 
ou relaxantes musculares, como o dantrolene 
PSICOFÁRMACOS NAS EMERGÊNCIAS 
PSIQUIÁTRICAS 
No Brasil, os psicofármacos mais utilizados nesse 
contexto são: 
• Haloperidol (HALDOL): antipsicótico típico de 
alta potência, pode ser administrado pela via oral 
ou intramuscular na dose de 5 mg. Promove 
redução da agitação psicomotora e dos sintomas 
psicóticos, além de sedação moderada, após 30 
minutos de sua administração pela via IM ou 60 
minutos pela via oral. É considerado seguro do 
ponto de vista cardiovascular. Se necessário, 
pode ser administrado, com cautela, a cada 30 
minutos, até a dose somada de 30 mg. 
• Clorpromazina (AMPLICTIL): um antipsicótico 
típico de baixa potência, da classe das 
fenotiazinas, com efeitos sedativos proeminentes 
após 30 minutos da administração. É tão eficaz 
quanto o haloperidol para o controle da agitação 
na emergência, contudo seu uso traz mais riscos 
de delirium, hipotensão grave e arritmias 
cardíacas. Por isso, não é uma medicação de 
primeira linha para essa finalidade, especialmente 
em pacientes idosos. Pode ser utilizada pela via 
oral ou intramuscular, com dose inicial de 25 mg, e 
não deve ser associada a outra droga sedativa. 
• Prometazina (FENERGAN): é um fármaco com 
propriedades anticolinérgicas e anti-histamínicas 
que produz sedação intensa. Pertence à classe 
das fenotiazinas, assim como a clorpromazina, 
mas, apesar disso, não tem efeitos Antipsicóticos 
relevantes. É utilizado em associação com o 
haloperidol para potencializar os seus efeitos 
sedativos e calmantes. Pode ser administrado pela 
via oral ou IM. Sua dose usual é 25 mg, e pode ser 
repetida após 30 minutos. Sua administração 
pode produzir sedação excessiva e efeitos 
anticolinérgicos proeminentes, que podem 
prevenir o aparecimento de sintomas 
extrapiramidais causados pelo haloperidol. 
• Midazolam: um benzodiazepínico de meia-vida 
curta (entre 1 e 3 horas) e início rápido de ação, 
com efeitos surgindo em menos de 15 minutos. Por 
ser hidrossolúvel, pode ser administrado com 
segurança pela via oral ou intramuscular. Sua 
dose inicial varia entre 7,5 mg e 15 mg e, 
normalmente, é associado ao haloperidol. Pode 
ser repetido após 30 minutos se necessário. Em 
caso de intoxicação, pode ocorrer sedação 
excessiva e depressão respiratória. O antídoto 
específico flumazenil poderá ser utilizado para 
reverter seus efeitos. 
• Diazepam: é um benzodiazepínico de meia-vida 
longa (24 a 72 horas). Por ser lipossolúvel, deve ser 
administrado preferencialmente pela via oral, pois 
é absorvido de forma errática pela via IM. Caso 
seja necessária sua administração IM, deve 
ocorrer no músculo deltoide para maximizar sua 
absorção. Sua dose inicial fica entre 5 e 10 mg e o 
início de sua ação ocorre após 15 e 60 minutos. Em 
caso de intoxicação, pode ocorrer sedação 
excessiva e depressão respiratória. O antídoto 
específico flumazenil poderá ser utilizado para 
reverter seus efeitos. É UTILIZADA EM CASOS DE 
AGITAÇÃO POR INTOXICAÇÃO POR COCAINA. 
4. HIPNÓTICOS NÃO BENZODIAZEPÍNICOS 
Os hipnóticos são eficazes para indução do sono. 
Esses medicamentos surgiram em resposta a uma 
busca de tentativa de medicamentos hipnóticos 
que fossem mais seguros em relação aos BZDs. 
 Zolpidem: reduz a latência para iniciar o 
sono, diminui os despertares noturnos e 
 
5 Marcela Oliveira - Medicina UNIFG 2023 
aumenta a duração e qualidade do sono. 
Efeitos colaterais podem ocorrer como 
cefaleia, sonolência diurna, tontura, 
náuseas, mialgia e comportamentos 
complexos durante o sono. 
 
5. BENZODIAZEPÍNICOS 
Exercem funções ansiolíticas e hipnóticos 
sedativos, que comumente são as mais 
importantespara a rotina da psiquiatria. 
Podem ser indicados em transtornos de ansiedade 
e fóbicos, agitação, agressividade, intoxicação 
por drogas estimulantes, síndrome de abstinência 
de álcool, acatisia, insônia, espasticidade, 
epilepsia (e outras condições que cursam com 
convulsões) e em procedimentos médicos que 
necessitam de sedação. 
Tem uma maior eficácia no tratamento a curto 
prazo, podendo beneficiar pacientes em 
agudização e no início do tratamento com 
antidepressivos, enquanto estes ainda não têm 
efeito. 
Os BZDs correspondem ao padrão-ouro para o 
manejo da SÍNDROME DE ABSTINÊNCIA 
ALCOÓLICA. 
Os BZDs são potencialmente capazes de gerar 
efeito de reforço, e o uso prolongado (superior a 
três meses) pode ocasionar síndrome de 
dependência 
 Diazepam 5 a 40mg 
 Clonazepam (Rivotril) 1 a 6mg. 
 Alprazolam (frontal)

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