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EXMO. SR. DR. JUIZ DO TRABALHO DA 0ª VARA DO TRABALHO DE xxx – xx
PROCESSO: xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
JOELMA, já qualificada nos autos da Ação Trabalhista nº 0000000-00.0000.0.00.0000, que tramita nesse Juízo, por seus procuradores infrafirmado, vem mui respeitosamente à presença de V. Exa., para dizer que, inconformado com a sentença de fls., quer da mesma recorrer para a superior instância.
REQUER assim que as RAZÕES DE RECURSO ORDINÁRIO em anexo, sejam recebidas, processadas e encaminhadas à superior apreciação.
Nestes termos, pede deferimento.
Cidade/xx, 00 de xxx do ano 0000.
ADVOGADO
OAB/XXXXX
RECURSO ORDINÁRIO – RAZÕES DO RECORRENTE
EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA xx REGIÃO
PROCESSO: xxxxxxxxxx
RECORRENTE: XXXXXXXXXX
RECORRIDO: MUNICÍPIO XXX
RAZÕES DE RECURSO ORDINÁRIO
Doutos Julgadores,
A sentença de primeiro grau haverá de ser reformada visto que não aplicou, ao caso concreto, a justiça requerida.
Em síntese, na exordial, o apelante pleiteou ‘adicional de insalubridade’ e ‘pagamento de férias em dobro’.
O Juízo de primeiro grau julgou o feito ‘totalmente improcedente’; negando o pedido de insalubridade retroativo, e também, o pagamento da dobra das férias.
O Juízo de primeiro grau aplicou a ‘honorários de sucumbência’, condenando a apelante ao pagamento de honorários advocatícios, que deverão ser fixados em 10% sobre o valor indicado na petição inicial. Algo flagrantemente inconstitucional e que inclusive, se dirige ‘contra’ o objetivo que norteia o instituto da assistência judiciária gratuita.
Desta forma, o Juízo de primeiro grau prolatou a sentença com os fundamentos abaixo:
ADICIONAL DE INSALUBRIDADE
Pleiteia a Recorrente a percepção de adicional de insalubridade em grau médio de fevereiro/2015 a setembro/2017, já que passou a receber o referido adicional somente a partir de outubro/2017.
O Réu contesta o pedido, aduzindo que a Autora não exerceu atividade exposta a agentes insalubres.
Incontroverso o pagamento espontâneo do adicional de insalubridade a partir de outubro/2017.
A fim de corroborar a sua tese, o Réu juntou aos autos laudos periciais, produzidos nos processos 0000000-00.0000.0.00.0000, 0000000-00.0000.0.0.0000 e 000000-00.0000.0.00.0000, em casos idênticos analisados por este juízo, onde todos eles atribuíram condição salubre ao desempenho da função de agente de endemias.
Tais documentos permitem concluir que a atividade de agente de endemias, função desempenhada pela Autora, não está sujeita a condição de trabalho insalubre.
O fato de o Réu proceder ao pagamento da rubrica espontaneamente torna incontroversa a atividade insalubre somente enquanto paga a parcela, por aplicação extensiva da Súmula n. 453 do TST, que trata dessa situação em relação ao pagamento do adicional de periculosidade.
Diante disso, com base nos laudos apresentados pelo Réu, os quais constituem elemento de convicção do Juízo, indefere-se o pedido de pagamento de adicional de insalubridade de fevereiro/2015 a setembro/2017.
DOBRA DAS FÉRIAS
Alega a Autora que gozou férias nos períodos de 11/05/2015 a 30/05/2015, 02/05/2016 a 21/05/2016 e 12/05/2017 a 31/05/2017, as quais não foram quitadas corretamente, tendo ocorrido apenas “adiantamento de férias” no mês anterior à sua fruição, razão pela qual pleiteia a dobra das férias.
O Réu aduz que a penalidade prevista no art. 137 da CLT e na súmula 450 do TST não pode ser aplicada à administração pública ante o princípio da legalidade, bem como que a existência de eventual diferença paga fora do prazo não é suficiente para atrair a pretensa dobra.
A Autora exerce o cargo de agente de combate às endemias, tendo sido admitida sob o regime celetista, como visto anteriormente. Portanto, são aplicáveis ao seu contrato de trabalho os dispositivos da CLT, bem como o disposto na citada súmula.
Assim, superada a discussão quanto à aplicação da legislação invocada pela Autora, cumpre verificar se o pagamento levado a efeito pelo Réu de forma adiantada é capaz de afastar o dever do pagamento da dobra de férias pretendida.
Da análise das folhas de pagamento de abril/2015 (fl. 23), abril/2016 (fl. 25) e abril/2017 (fl. 17), percebe-se que os adiantamentos, registrados sob a rubrica “505 - Adiantamento de Férias”, deram-se em valores até superiores àqueles relativos ao terço constitucional devido. Cita-se, por exemplo, o primeiro período de férias em análise, em que adiantado o valor de R$ 642,02 na folha de pagamento de abril/2015, embora o terço constitucional das aludidas férias correspondeu a R$ 328,34.
O adiantamento do valor relativo às férias tem por finalidade proporcionar ao empregado o seu gozo com recursos que viabilizem desfrutar do período de descanso.
O adiantamento levado a efeito pelo Réu, em valor superior ao terço constitucional, por certo, atinge tal finalidade. Isso porque, em última análise, é o terço constitucional a parcela destinada a custear os gastos extras no período de férias, haja vista que é a única parcela que excede o que normalmente a Autora percebe pelos serviços prestados.
Logo, entende-se que a finalidade das férias não restou frustrada, vez que adiantado valor superior ao terço constitucional, juntamente com o salário devido no mês que os valores foram adiantados.
Injustificável, portanto, a aplicação da penalidade prevista no art. 137 da CLT.
Pleitos rejeitados.
DO REQUERIMENTO
REQUER então, diante do exposto e tudo o mais que dos autos consta, se digne essa corte em conhecer o presente apelo e, no mérito, se haja por bem em DAR-LHE PROVIMENTO para o fim de reformar a sentença de primeiro grau e conceder o pagamento em dobro das férias juntamente com o adicional de insalubridade, como pleiteado em exordial, bem ainda para, invertendo o ônus da sucumbência, condenar o reclamado ao pagamento dos honorários advocatícios previsto na Legislação, tudo a fim de que seja feita JUSTIÇA.
Nestes termos, pede deferimento.
xxx/xx, 00 de xxx do ano 0000.
ADVOGADO
OAB XXX

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