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TRECHO RETIRADO DO LIVRO METROLOGIA & INCERTEZA DE MEDIÇÃO – CONCEITOS E APLICAÇÕES. EDITORA LTC. AUTORES: ALEXANDRE MENDES E PEDRO PAULO NOVELINO ROSARIO. CAPITULO 3. a) Distribuição Retangular ou Uniforme Quando a distribuição de probabilidade for constante num intervalo definido, estaremos diante de uma distribuição uniforme ou retangular. Gráfico 3.3: Distribuição Uniforme ou Retangular A distribuição uniforme tem uma função densidade de probabilidade definida por: 1 ; f x a x b b a Eq. 3.7 Obs: f (x) = 0 quando x < a ou x > b. A média de uma variável aleatória contínua uniforme X é definida pela equação 3.5. . x x µ E X x f x dx Integrando a equação 3.4 nos limites entre a e b e adotando 𝑓(𝑥) = 1 (𝑏−𝑎) ; temos: 2 2 b a bx x dx ab a b a 2 a b x Eq. 3.8 Usando a definição de variância dada pela equação 3.6, temos: 22 V X x f x dx TRECHO RETIRADO DO LIVRO METROLOGIA & INCERTEZA DE MEDIÇÃO – CONCEITOS E APLICAÇÕES. EDITORA LTC. AUTORES: ALEXANDRE MENDES E PEDRO PAULO NOVELINO ROSARIO. CAPITULO 3. 2 2 a b a b x V X dx b a 2 2 3 a b x b V X ab a 2 12 b a V X Eq. 3.9 Como o desvio-padrão é a raiz quadrada da variância, então temos: 12 b a X s X Eq. 3.10 Adotamos a expressão 𝑠(𝑋) para o desvio-padrão amostral e a expressão 𝜎(𝑋) para o desvio-padrão da população. No caso da distribuição uniforme, é dada pela mesma equação. Exercício resolvido 3.4 Suponha que o valor da massa de um objeto seja 25,9 g e que a balança digital utilizada para essa medição tenha uma resolução de leitura de 0,1 g. Isto significa dizer que a balança lê incrementos de 0,1 g em 0,1 g. Considerando o algoritmo existente na balança digital, responsável pela digitalização dos valores indicados, o “valor verdadeiro” da massa estará compreendido entre o intervalo 25,85 g a 25,95 g. Valores como 25,96 g, ou maiores, deverão ser arredondados pelo instrumento para 26,0 g; da mesma forma que valores como 25,84 g, ou menores, para 25,8 g. Com base nessas informações determine a média e o desvio-padrão dessa distribuição. Solução: Considerando que a balança tem uma limitação de leitura de 0,1 g (resolução), sabemos que toda vez que a balança indicar 25,9 g teremos uma dúvida do “verdadeiro valor” da massa em questão, ocasionada pela sua limitação de resolução. Considerando que a probabilidade de o “valor verdadeiro” estar compreendido entre 25,85 g a 25,95 g é a mesma dentro deste intervalo, é razoável adotar uma distribuição estatística que reflita este comportamento, ou seja, a distribuição retangular ou uniforme. No gráfico a seguir temos: TRECHO RETIRADO DO LIVRO METROLOGIA & INCERTEZA DE MEDIÇÃO – CONCEITOS E APLICAÇÕES. EDITORA LTC. AUTORES: ALEXANDRE MENDES E PEDRO PAULO NOVELINO ROSARIO. CAPITULO 3. Gráfico 3.4: Distribuição estatística do exercício resolvido 3.2 Observe que a área sob o gráfico vale 1, como era de se esperar. Deste modo, a média será: 25,95 25,85 2 2 a b g g x 25,9 x g O desvio-padrão é dado pela equação 3.9 25,95 25,85 0,1 12 12 12 b a g g g s x 0,028867513 s x g Veremos mais adiante que esse resultado é considerado como a incerteza da resolução de leitura dos instrumentos com distribuição de leitura retangular. b) Distribuição Triangular Quando a distribuição de probabilidade for maior na parte central, num intervalo definido, e decair linearmente nas extremidades, estaremos diante de uma distribuição triangular. Em muitos casos, é mais realista esperar que valores perto dos limites fossem menos prováveis do que os que estejam perto do ponto médio. É então razoável substituir a distribuição retangular simétrica por uma distribuição triangular. TRECHO RETIRADO DO LIVRO METROLOGIA & INCERTEZA DE MEDIÇÃO – CONCEITOS E APLICAÇÕES. EDITORA LTC. AUTORES: ALEXANDRE MENDES E PEDRO PAULO NOVELINO ROSARIO. CAPITULO 3. Gráfico 3.5: distribuição triangular Obs: f (x) = 0 quando x < a ou x > b. Para a distribuição triangular com a média �̅� no centro do intervalo a,b, temos: 2 a b x Eq. 3.11 E desvio-padrão dado pela expressão: 24 b a X s X Eq. 3.12 Adotamos a expressão 𝑠(𝑋) para o desvio-padrão amostral e a expressão 𝜎(𝑋) para o desvio-padrão da população. No caso da distribuição triangular, é dada pela mesma equação. Exercício Resolvido 3.5 Suponha que na calibração de um manômetro, com intervalo de medição (0 a 40) bar e resolução 1 bar, ao utilizarmos uma bomba comparadora fixamos os pontos de calibração no manômetro objeto em: 10 bar, 20 bar, 30 bar e 40 bar (Figura 3.2). TRECHO RETIRADO DO LIVRO METROLOGIA & INCERTEZA DE MEDIÇÃO – CONCEITOS E APLICAÇÕES. EDITORA LTC. AUTORES: ALEXANDRE MENDES E PEDRO PAULO NOVELINO ROSARIO. CAPITULO 3. Figura 3.2. Calibração de manômetro Fonte: Os autores Esses valores são fixados, de forma a apresentar uma probabilidade de ocorrência maior do que qualquer outro. Por exemplo, para o ponto 30 bar, o “valor verdadeiro” da pressão estará compreendido no intervalo 29,5 bar a 30,5 bar. Valores como 30,5 bar, ou maiores, serão arredondados para 31 bar, da mesma forma que valores como 29,4 bar, ou menores, para 29 bar. Considerando a probabilidade do “valor verdadeiro” ser maior no ponto 30 bar do que em qualquer outro ponto, porque fixamos neste valor. Com base nessas informações determine a média e o desvio-padrão dessa distribuição no ponto 30 bar. Solução: Considerando que a probabilidade do “valor verdadeiro” é maior no ponto 30 bar do que em qualquer outro ponto, porque fixamos neste valor, é razoável adotar uma distribuição estatística que reflita este comportamento, ou seja, a distribuição triangular. Na figura abaixo temos: Gráfico 3.6: Distribuição estatística do exercício resolvido 3.5 Para o cálculo da média adotaremos a equação 3.10. 29,5 30,5 2 bar bar x TRECHO RETIRADO DO LIVRO METROLOGIA & INCERTEZA DE MEDIÇÃO – CONCEITOS E APLICAÇÕES. EDITORA LTC. AUTORES: ALEXANDRE MENDES E PEDRO PAULO NOVELINO ROSARIO. CAPITULO 3. 60,0 2 bar x 30,0 x bar Para o cálculo do desvio-padrão adotaremos a equação 3.12. 30,5 29,5 24 bar bar s X 1 24 bar s X 0,0416666666 s X bar Esse resultado é considerado a incerteza da resolução de leitura dos instrumentos com distribuição de leitura triangular.
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