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2 EJA - SOCIOLOGIA 2 BIMESTRE

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E. E. PROF. MARIA FERRAZ DE CAMPOS 
PROFESSORA MARINA JENIFER 
E-MAIL: marinajenifer@professor.educacao.sp.gov.br 
 
 
2º EJA – SOCIOLOGIA 
2º BIMESTRE 
 
 
 
Taxas de desemprego no Brasil na era Lula 
Taxas de desemprego no Brasil no governo Dilma e Temer 
Taxa de desemprego no Brasil do atual governo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRABALHO 
mailto:marinajenifer@professor.educacao.sp.gov.br
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Indicação de vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=igRSkgPZwrI 
Indicação de vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=IYBD3fYmfcQ 
 
 
• O que é trabalho? 
O trabalho é todo esforço humano realizado para alcançar um determinado fim. O 
significado de Trabalho possui diversas concepções, mas a definição mais básica da 
palavra tem como objetivo definir qualquer atividade física ou intelectual, que é 
realizado pelo ser humano. Tal atividade tem a finalidade de fazer, transformar ou obter 
alguma coisa. 
 
• Trabalho na Antiguidade: 
Na Antiguidade, o trabalho era associado a esforço físico e ao sofrimento, era visto 
como instrumento de sobrevivência. O trabalho vem da palavra “tripália”, do latim 
tripalium que possui dois significados: 
1º instrumento com a forma de um tridente usado para bater o trigo; 
2º instrumento de tortura utilizado na Roma antiga. 
Na Grécia Clássica, o trabalho era associado ao mito de Prometeu, era considerado 
uma punição, por isso era uma atividade destinada aos escravos. 
Já na Idade Média, o trabalho passou a ser compreendido como algo sacramental, 
que faz parte da função humana. Ou seja, faz parte do nosso processo de libertação, 
passou a ser fonte de disciplina – “Deus ajuda, quem cedo madruga”. 
 
MÓDULO 1 – Trabalho 
https://www.youtube.com/watch?v=igRSkgPZwrI
https://www.youtube.com/watch?v=IYBD3fYmfcQ
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• Trabalho humano X Trabalho animal: 
Muitos antropólogos afirmam que o trabalho é uma atividade própria do ser 
humano, portanto, os animais não realizam trabalho. Toda atividade dos animais pode 
ser considerada instintiva, por exemplo, um castor que constrói represas, mas a sua 
atividade é puro instinto. Ou até mesmo as abelhas que constroem colmeias ou até 
mesmo as formigas operárias não realizam trabalho. Entretanto, essa não é uma visão 
unânime entre os estudiosos do tema, pois há animais, geralmente domesticados, que 
são mantidos por seres humanos e treinados para desempenhar tarefas e que, portanto, 
pode ser considerado trabalho. 
 
• Trabalho e Emprego: 
O trabalho é uma tarefa que não necessariamente confere ao trabalhador uma 
recompensa financeira, é uma atividade empregada para alcançar um determinado fim. 
Já o emprego é um cargo de um indivíduo em uma empresa ou instituição, onde o seu 
trabalho (físico o mental) é devidamente remunerado. O conceito de emprego é bem 
mais recente do que o de trabalho, surgiu por volta da Revolução Industrial e se 
propagou com a evolução do capitalismo. Em suma, o emprego é uma atividade onde o 
indivíduo vende a sua mão de obra para os donos dos meios de produção (o 
empregador). 
RESPONDA: 
1) O que é trabalho? 
2) O trabalho sempre foi visto como esforço físico? 
3) Podemos afirmar que existe trabalho anima? Explique. 
4) Explique por que o emprego é resultado do sistema capitalista: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Indicação de vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=wKVZT6K0AtE 
Indicação de vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=qpxaj1XEPko 
 
 
Durante meados do século XVIII, a Inglaterra foi o berço de um processo que mudaria 
o mundo do nível tecnológico e produtivo até o nível social, econômico e político. De 
forma sintetizada, o que caracterizou esse processo foi a mudança do processo 
produtivo manufatureiro para a indústria mecânica. 
Antes da Revolução Industrial, o processo produtivo era feito de forma manual de 
duas maneiras: uma artesanal, um sistema doméstico de produção, onde o mestre 
artesão era o dono dos meios de produção, do capital (investido e lucrado), da força 
de trabalho além de participar de todo o processo de produção; 
outra manufatureira, com base na economia mercantilista, o burguês era o dono 
dos meios de produção e do capital (investido e lucrado), porém havia o trabalhador, 
dono da força de trabalho em troca de um salário, ou seja, há separação entre o 
capital e o trabalho e uma maior divisão do trabalho, mais etapas/especialização na 
produção. 
Após a Revolução Industrial, o trabalho passou a ser mais disciplinado. O burguês 
continuava dono dos meios de produção e do capital (investido e lucrado), porém a 
uma maior intensificação da divisão do trabalhado, agora feito por proletários, 
donos da força de trabalho e com salários mais baixos. Com a introdução das 
máquinas à vapor, o papel do proletário era controlá-las, principalmente na indústria 
têxtil e na mineração. Além disso, outros impactos são relevantes: surgimento das 
estradas de ferro foi essencial para haver o escoamento da produção além de trazer 
a matéria-prima, ou seja, propiciar a circulação mais rápida das mercadorias; surgem 
também os cortiços, casas precárias para abrigar os proletários nas cidades. 
Texto: Marina Thaler Machado (USP) 
MÓDULO 2 – O trabalho antes e pós Revolução Industrial 
https://www.youtube.com/watch?v=wKVZT6K0AtE
https://www.youtube.com/watch?v=qpxaj1XEPko
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RESPONDA: 
1. A Inglaterra foi a pioneira no processo da Revolução Industrial em sua primeira etapa. Na 
segunda fase da Revolução Industrial, as principais mudanças no processo produtivo são a 
utilização de novas formas de energia, como a elétrica e a derivada do petróleo, alguns 
países representam essa segunda, EXCETO: 
a) Estados Unidos 
b) Índia 
c) França 
d) Alemanha 
 
2. Em relação as características da produção da primeira Revolução Industrial, é CORRETO 
afirmar: 
a) Teve a energia elétrica como inovação para o funcionamento das fábricas 
b) Teve o carvão e o vapor como fontes de energia 
c) Teve apenas o carvão como fonte de energia para o funcionamento das fábricas 
d) Teve apenas o vapor como fonte de energia 
 
3. A Revolução Industrial foi responsável por transformar o mundo em relação a economia 
gerando novas classes sociais, além de transformar consideravelmente o conceito de 
trabalho através do surgimento das indústrias. Antes da Revolução, o trabalhador poderia 
assumir todo o processo de produção, o sistema econômico não era tão complexo, pois 
havia um sistema doméstico de produção realizado de forma manual. Diante disso, assinale 
a questão CORRETA: 
a) Com a Revolução, o trabalho passou a ser regulamentado pela lei, o dono dos meios de 
produção conseguia assumir todo o processo. 
b) Com a Revolução, o trabalho passou a ser assalariado, houve um aumento da divisão do 
trabalho e novas funções surgiram e outras se extinguiram. 
c) Com a Revolução, o trabalho passou a ser manual, o sistema de produção era doméstico 
e, portanto, não havia necessidade de se locomover até as fábricas. 
d) Com a Revolução, o trabalho passou a ser assalariado, mas não houve divisão social do 
trabalho, isso possibilitava que o trabalhador conseguisse assumir todo o processo de produção. 
 
4. Antes da Revolução Industrial, o processo produtivo era feito de forma manual, é 
CORRETO afirmar: 
a) O processo produtivo era realizado através de máquinas a vapor. 
b) O processo produtivo era realizado de forma artesanal e manufatureira. 
c) O processo produtivo era realizado majoritariamente por maquinário e 
minimamente de forma artesanal. 
d) O processo de produção era realizado apenas de forma artesanal. 
 
 
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Hannah Arendt (1906-1975) é responsável por fazer uma distinção 
fenomenológica do tema trabalho, a qual nenhum outro teórico havia feito. Em sua obra 
intitulada “A condição humana” Arendt caracteriza a condição humana como algo mais 
complexo do que as condições nas quais a vida foi dada ao homem na terra e busca nos gregos 
antigos o pontode partida de sua análise. 
A condição humana se divide em labor, trabalho e ação: 
Labor: O labor é toda atividade que assegura a sobrevivência do indivíduo e a conservação da 
vida da espécie, o objeto do labor corresponde ao movimento circular de nascimento, 
desenvolvimento e perecimento, ele é o espaço natural da manutenção da vida, corresponde 
ao processo biológico do corpo humano e suas necessidades. 
Trabalho: O trabalho permite a criação de objetos e a transformação da natureza, 
proporcionando a criação de um habitat distinto ao dos outros animais. Dirigido pela utilidade, 
permite ao homem demonstrar a sua habilidade e inventividade artesanal. O seu objetivo é 
construir um mundo artificial que funcione como uma morada permanente para os homens e 
através das suas criações deixar sua marca no mundo. 
Ação: É por meio da ação que os homens são capazes de demonstrar quem são, bem como se 
relacionar uns com os outros. Considerando que a ação é uma atividade dos homens livres na 
esfera pública, ela é uma expressão da pluralidade humana. A ação é a conduta propriamente 
política, é uma atividade capaz de transformar a sociedade. 
Podemos relacionar essa divisão da condição humana à justificativa dos gregos para a 
existência da escravidão. Para eles, o labor era uma atividade subserviente, portanto, apenas os 
escravos deveriam realizá-la. Enquanto que o trabalho e ação eram atividades destinadas 
apenas para quem era considerado cidadão. 
MÓDULO 3 – Distinção entre Trabalho e Labor 
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RESPONDA: 
1. Qual é a distinção que Hannah Arendt faz entre Trabalho e Labor? 
2. Por que os gregos desprezavam o labor? E como essa teoria era usada para 
justificar a escravidão? 
3. A distinção entre trabalho e labor acaba classificando as atividades humanas em 
superior e inferior. Na sua visão essa distinção dos gregos leva a justiça social? 
 
 
 
 
 
Indicação de vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=Sb9740wDcuQ 
 
FORMAS DE TRABALHO 
O homem sempre trabalhou, isso é próprio da sua condição social, mas as formas de 
trabalho anteriores ao nascimento da sociedade industrial (Séculos XVIII e XIX) podem 
ser assim resumidas: 
• Escravidão: a primeira forma de trabalho foi a escravidão; o escravo não era 
considerado sujeito de direito, mas objeto do direito de propriedade de outrem, ou 
seja, seus direitos fundamentais (como vida, liberdade e dignidade) não eram 
reconhecidos. A escravidão, embora fosse regra na Antiguidade, nunca 
efetivamente deixou de existir em nosso mundo, bastando ver-se que até os dias 
atuais a escravidão vigora em muitos países. 
 
• Servidão: num segundo momento da história, mais precisamente na Idade Média, 
surge o sistema de trabalho denominado servidão; esta é uma das características da 
sociedade feudal, fundada na agricultura e na pecuária e na qual o senhor feudal, na 
qualidade de possuidor da terra, impunha um sistema de trabalho em que o 
indivíduo (sem ter a condição jurídica de escravo, mas que na realidade não 
dispunha de sua liberdade) ficava sujeito a severas restrições em troca de uma 
parcela ínfima da produção capaz de garantir-lhe subsistência e de proteção familiar. 
A servidão começou a desaparecer no final da Idade Média. 
 
• Corporações de Ofício: paralelamente à servidão, surgiram as Corporações de Ofício 
ou “Associações de Artes e Misteres”. A necessidade de fugir dos campos, onde o 
poder dos nobres era quase absoluto ia permitindo aos poucos a concentração de 
massas de população nas cidades; a identidade de profissão, como forma de 
MÓDULO 4 – Formas de Trabalho 
https://www.youtube.com/watch?v=Sb9740wDcuQ
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aproximação entre os homens, obrigava-os a se unir em corporações ou associações 
que possuíam suas próprias leis profissionais. Nessa organização, a figura que 
concentrava o poder, não só profissional, mas também pessoal sobre o trabalhador, 
era o mestre (proprietário das oficinas). Os mestres tinham sob suas ordens e em 
rígido sistema de disciplina, os aprendizes (os primeiros menores que eram 
entregues aos mestres em troca de ensino metódico do ofício ou profissão) e os 
companheiros (segundos trabalhadores que produziam em troca de salário, 
proteção em caso de doença e possibilidade participação do monopólio da 
profissão). As corporações de ofício foram suprimidas, na Europa, a partir da 
Revolução Francesa, já que a igualdade, inclusive de ofício, defendida pela 
Revolução era incompatível com o monopólio e o rigor disciplinar das corporações 
de ofício. 
 
• Locação: a locação de serviço também era uma das formas de trabalho verificadas 
na sociedade pré-industrial. Desdobrava-se em: 
a) Locatio Operarum: era um contrato através do qual uma pessoa se obriga a prestar 
serviços (promessa de atividade) durante certo tempo a outra mediante remuneração. 
b) Locatio Operis Faciendi: era um contrato pelo qual alguém se obriga a executar 
determinada obra (promessa de resultado) a outra pessoa mediante remuneração. 
 
Com a Revolução Industrial e o aumento da produção em larga escala, foram 
aparecendo pequenos aglomerados industriais que reuniam grande número de 
trabalhadores em péssimas condições de vida; a reunião desses trabalhadores 
descontentes gerou o surgimento de grandes movimentos de protesto por melhores 
condições de vida (amparados pelas ideias de justiça social e marxismo). O Estado, que 
até então não intervinha nessas relações de trabalho assalariado, passou a discipliná-
las, garantindo condições mínimas de dignidade nas fábricas. Assim, nasceu o Direito do 
Trabalho e, por consequência, os direitos trabalhistas que conhecemos hoje. 
 
RESPONDA: 
1. Qual é a forma de trabalho característica das sociedades feudais? 
2. Por que o escravo não é considerado sujeito de direito nas sociedades antigas? 
3. Explique qual é a principal característica que pode assemelhar os regimes de 
escravidão e servidão: 
4. Por que as pessoas aceitavam o regime de Corporação de Ofício, já que era um 
regime rígido e desigual? 
5. Como nasceu o Direito do Trabalho e os nossos direitos trabalhistas? 
6. Na sua visão, os direitos trabalhistas que temos atualmente ainda são desiguais 
na relação entre trabalhador e empregador? Justifique. 
 
 
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Indicação de vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=-G0nLJxjQnU 
 
Para Hegel (1770-1831), o senhor não cultiva seu jardim, não faz cozer seus alimentos, não 
acende seu fogo: ele tem o escravo para isso. O senhor não conhece mais os rigores do mundo 
material, uma vez que interpôs um escravo entre ele e o mundo. O senhor, porque lê o 
reconhecimento de sua superioridade no olhar submisso de seu escravo, é livre. Enquanto que 
o escravo se vê numa situação de submissão absoluta. Mas, essa situação vai se transformar 
dialeticamente porque a posição do senhor abriga uma contradição interna: o senhor só é 
senhor em função da existência do escravo. Ou seja, o senhor só existe porque é reconhecido 
como tal pela consciência do escravo e porque vive do trabalho dele. Nesse sentido, ele é uma 
espécie de escravo de seu escravo. 
Segundo Hegel, foi por medo de morrer que o escravo se submeteu ao senhor, mas o escravo 
acaba encontrando uma nova forma de liberdade. O escravo aprende a utilizar as leis da matéria 
e o domínio da natureza por intermédio de seu trabalho e é nesse aspecto que recupera uma 
certa forma de liberdade, uma liberdade que o seu senhor não possui porque só sabe incumbir 
ordens. 
 
RESPONDA 
1) Por que o senhor é uma espécie de escravo de seu próprio escravo? 
2) Qual é o sentido que Hegel tenta dar a essa nova forma de liberdade que os escravos 
encontram? Explique. 
3) A posição do senhor abriga uma contradição interna, qual é essa contradição? Você 
concorda com a visão de Hegel? justifique claramente sua visão. 
MÓDULO 5 – Dialética do Senhor e Escravo 
https://www.youtube.com/watch?v=-G0nLJxjQnU
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Para Martin Heidegger (1889-1976),a técnica possui dois significados: a primeira é que 
a técnica é um meio para um fim e a segunda que a técnica é uma atividade do homem. 
Portanto, estabelecer fins, procurar e usar meios para alcançá-los é uma atividade 
necessariamente humana. Na sociedade moderna, conforme há um avanço das ciências 
e das tecnologias, o homem passa a lançar um olhar de exploração para o mundo e a 
técnica passa a ganhar espaço e reconhecimento. 
Todo o tipo de conhecimento na sociedade moderna passa a ter utilidade e deve ser 
usado para algum fim. Mas esse homem explorador e capitalista que surge com a técnica 
acaba por fazer com que a humanidade deixe de perceber a essência da técnica. O 
homem deixa a experiência de ser no mundo, e a única forma de o homem ter contato 
com o ser é por meio da linguagem poética e filosófica, pois são conhecimentos que não 
visam utilidade e, portanto, lucros. 
 
RESPONDA 
1) A técnica e a essência da técnica são coisas diferentes. Segundo Heidegger, qual é o 
resultado que uma sociedade onde a técnica predomina pode levar? 
2) Conforme a técnica ganha espaço o homem passa a perder a consciência do que seja 
a essência da técnica, ele não vê mais o mundo com uma linguagem poética e filosófica. 
Na sua opinião, todo o tipo de conhecimento deve ter uma utilidade? Justifique sua 
resposta, lembrando que utilidade é no sentido de ter uma finalidade capitalista 
(econômica). 
3) Qual é a sua opinião a respeito da nossa sociedade capitalista/utilitarista, uma 
sociedade onde o interesse é formar cidadãos com conhecimento calculante, ou seja, 
apenas para serem executores e não pensadores? 
 
 
 
 
 
 
 
MÓDULO 6 – Heidegger e a questão da Técnica 
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Indicação de vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=Knm9GPIuewQ 
Indicação de vídeo: https://www.youtube.com/watch?time_continue=1&v=E8tOVi9iFG0&feature=emb_logo 
 
 
SOCIEDADE INDUSTRIAL 
Durante a primeira metade do século XIX, graças ao processo de industrialização 
provocado pela Revolução Industrial, a população de trabalhadores das principais 
cidades da Europa apresentava um crescimento significativo, o que ampliou o contraste 
entre a riqueza e a pobreza. A industrialização do meio urbano acabou por povoar em 
demasia as cidades as europeias, a busca por empregos era ainda maior e aceitar 
trabalhos sub-humanos virou uma constante. 
Nos primeiros anos do século XIX os trabalhadores começaram a se organizar em 
sindicatos, apesar de não serem admitidos pela legislação. Na segunda metade do 
século, vários direitos trabalhistas já haviam sido conquistados graças à força dos 
movimentos sindicais e a adesão de alguns segmentos da sociedade. já no final do 
século, as organizações sindicais passaram a formalizar a sociedade industrial Como 
instrumento de reivindicações, os sindicatos se transformariam em um elemento-chave 
na transformação da sociedade operária. 
A sociedade industrial se evidencia pelos seguintes sistemas industriais: 
Taylorismo: Sistema desenvolvido pelo engenheiro norte-americano Frederick 
Taylor (1856-1915), tinha como objetivo principal dinamizar o trabalho na indústria para 
aumentar a produtividade do trabalhador. O taylorismo tem como característica a 
separação por tarefas, racionalização da produção, controle de tempo e estabelecimento 
de níveis de produtividade. 
Fordismo: Fordismo refere-se ao sistema de produção em massa (linha de produção) 
e gestão idealizados em 1913 pelo empresário estadunidense Henry Ford (1863-1947). O 
fordismo se caracteriza por produção e consumo em massa, extrema especialização do 
trabalho, rígida padronização da produção e linha de montagem. 
MÓDULO 7 – Sociedade Industrial e Sociedade Informacional 
https://www.youtube.com/watch?v=Knm9GPIuewQ
https://www.youtube.com/watch?time_continue=1&v=E8tOVi9iFG0&feature=emb_logo
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Toyotismo: Sistema de produção criado no Japão após a Segunda Guerra Mundial, tinha 
em sua base a tecnologia da informática e da robótica. No Toyotismo os trabalhadores 
atuam em várias áreas do sistema produtivo, também houve a criação do just-in-time 
(produzir a partir de um tempo já estipulado com intenção de regular os estoques e a 
matéria-prima). 
A sociedade industrial é o momento da história em que a indústria começa a se postar 
no mundo do trabalho, tendo a criação e inserção da máquina no processo produtivo e 
uma vasta alteração das relações humanas, diante dos problemas sociais que surgiram. 
 
SOCIEDADE INFORMACIONAL 
A sociedade informacional ou da informação surgiu no século XX no momento 
em que a tecnologia teve grandes avanços. Essa sociedade diz respeito a nossa 
sociedade atual, onde a informação se tornou uma ferramenta de fácil acesso e 
essencial para o desenvolvimento pessoal e coletivo. Esse novo modelo de sociedade 
tem o objetivo de inovação tecnológica, visando tornar os processos de comunicação 
mais ágeis e eficientes. Nessa nova era, onde a informação determina o sistema social e 
econômico, quem tem informação tem poder. 
A era da informacional trouxe diversos benefícios para a nossa sociedade, 
colocando a informação como moeda de troca, entretanto, novas formatações de 
transgressões surgiram, como os chamados crimes virtuais, bem como a criação do 
fenômeno das Fake News, que visa a desinformação e são capazes de interferir na 
estabilidade social. Portanto, é possível perceber que todas as vezes em que há a 
modificação das relações de produção, a sociedade se modifica paralelamente. 
A sociedade informacional alterou drasticamente o mundo do trabalho. Com a 
introdução de máquinas e robôs nas indústrias, diversas profissões surgiram e outras 
desapareceram, diante disso, torna-se necessário se qualificar para o mercado de 
trabalho, mas nem todos podem pagar por essa qualificação, pois a desigualdade social 
é elevada, as taxas de desemprego aumentam cada vez mais e a presença dos sindicatos 
está se extinguindo. Na sociedade industrial foi conquistado diversos direitos sociais e 
trabalhistas pela atuação dos sindicatos, mas na sociedade informacional as pessoas 
estão perdendo direitos pelo enfraquecimento dos sindicatos e outras instituições. 
 
RESPONDA: 
1. Como era o trabalho na Sociedade Industrial? 
2. Como é o trabalho na Sociedade Informacional? 
3. Cite 5 profissões que deixaram de existir 
4. Cite 3 profissões que ainda vão deixar de existir 
5. Qual é a importância dos sindicatos? 
6. Em 2017 o governo brasileiro fez uma reforma trabalhista que retirou a obrigatoriedade da 
contribuição sindical, isso provocou ainda mais o enfraquecimento dos sindicatos. 
Desarticular os sindicatos possibilita a perda de direitos trabalhistas? Explique sua visão. 
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INDICAÇÃO DE FILME 
Tempos Modernos, Charlies Chaplin (1936) 
 
Tempos Modernos narra a vida de um trabalhador comum, um homem que está em busca de 
se estabelecer tanto profissionalmente quanto como indivíduo em uma sociedade cheia de 
inovações tecnológicas e contradições. 
Filme completo no YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=HAPilyrEzC4 
 
Chão de Fábrica: 
Um documentário sobre a história do sindicalismo (2018) 
 
Narrado pelo ator José de Abreu, Chão de Fábrica, sobre a história do Novo Sindicalismo no 
Brasil. Através de uma linguagem clara e objetiva, o filme apresenta um panorama histórico das 
lutas sindicais e políticas dos trabalhadores, fazendo uma ponte com o contexto político 
brasileiro atual. 
Documentário completo no YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=Ww00zrXXrnM 
https://www.youtube.com/watch?v=HAPilyrEzC4
https://www.youtube.com/watch?v=Ww00zrXXrnM
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INDICAÇÃO DE LIVRO 
Manifesto do Partido Comunista (1848) 
Karl Marx e Friedrich Engels

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