Buscar

APOSTILA COMPLETA - Evolução e Psicologia do Trabalho

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 96 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 96 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 96 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

2 
Sumário 
Evolução do Trabalho ............................................................................................................................... 5 
CONCEITO DE EVOLUÇÃO DO TRABALHO ................................................................................... 7 
Regime de trabalho Primitivo ................................................................................................................... 8 
Regime de trabalho Feudal ..................................................................................................................... 10 
Regime de trabalho Capitalista ............................................................................................................... 10 
Regime de trabalho Socialista Comunista .............................................................................................. 13 
Revolução Industrial ............................................................................................................................... 15 
A Primeira etapa da Revolução Industrial .............................................................................................. 15 
A Segunda Etapa da Revolução Industrial ............................................................................................. 16 
A Terceira Etapa da Revolução Industrial .............................................................................................. 16 
Pioneirismo Inglês .................................................................................................................................. 16 
As Máquinas a Vapor ............................................................................................................................. 17 
As Fábricas e os Trabalhadores .............................................................................................................. 19 
Impactos Sociais da Automação ............................................................................................................. 23 
Automação e Crise .................................................................................................................................. 24 
Automação e Emprego: o Debate ........................................................................................................... 25 
Breve Reflexão sobre o Caso Brasileiro ................................................................................................. 28 
Definição Tipos de Empresas ................................................................................................................. 30 
1.Sociedade em nome coletivo ............................................................................................................ 32 
2.Sociedade em comandita simples ..................................................................................................... 32 
3.Sociedade limitada ........................................................................................................................... 32 
3.1.ME – Microempresa ................................................................................................................... 33 
3.2.EPP – Empresa de Pequeno Porte ............................................................................................. 33 
3.3.Empresa individual ..................................................................................................................... 33 
4.Sociedade em comandita por ações ................................................................................................ 34 
5.S/A – Sociedade Anônima ................................................................................................................ 34 
6.EIRELI ................................................................................................................................................ 34 
Saúde e Segurança do Trabalhador ........................................................................................................ 37 
O SESMT - Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho .................. 39 
O SESMT - Profissionais Integrantes ..................................................................................................... 42 
Engenheiro em Segurança do Trabalho............................................................................................... 42 
CBO Nº 2149 – 15 ............................................................................................................................... 42 
Médico em Segurança do Trabalho ..................................................................................................... 43 
 
 3 
CBO Nº 2251 – 40 ............................................................................................................................... 43 
Enfermeiro em Segurança do Trabalho ............................................................................................... 44 
CBO Nº 2235 – 30 ............................................................................................................................... 44 
Auxiliar de Enfermagem em Segurança do Trabalho ......................................................................... 45 
CBO Nº 3222 – 35 ............................................................................................................................... 45 
Técnico em Segurança do Trabalho ................................................................................................... 46 
CBO Nº 3516 – 05 ............................................................................................................................... 46 
Acidente do Trabalho ............................................................................................................................. 47 
Ato Inseguro x Condição Insegura ......................................................................................................... 51 
A Personalidade ...................................................................................................................................... 53 
A PERSONALIDADE ........................................................................................................................ 54 
Estrutura da Personalidade .................................................................................................................. 54 
ID, EGO E SUPEREGO – Relações entre Três Sistemas ...................................................................... 55 
Estereótipos ............................................................................................................................................ 58 
Estereótipos de gênero ........................................................................................................................ 59 
Estereótipos raciais e étnicos ............................................................................................................... 60 
Estereótipos sócio-econômicos ........................................................................................................... 61 
Preconceito ............................................................................................................................................. 61 
Comunicação .......................................................................................................................................... 63 
História da Comunicação .................................................................................................................... 65 
Formas e Componentes da Comunicação ........................................................................................... 66 
A comunicação Profissional ................................................................................................................ 67 
Trabalho em Equipe ................................................................................................................................71 
O que é trabalho em Equipe ................................................................................................................ 71 
Trabalho em Equipe e Liderança ........................................................................................................ 73 
Dicas para o sucesso do trabalho em equipe: ................................................................................... 73 
Rejeitar o trabalho em equipe .............................................................................................................. 75 
Qualidade de Vida .................................................................................................................................. 79 
Qualidade de vida no Trabalho ........................................................................................................... 80 
Programas de Promoção de Qualidade de vida no Trabalho (QVT) ...................................................... 83 
A qualidade de vida no trabalho (QVT) .............................................................................................. 83 
Exercício Físico ................................................................................................................................... 84 
Treinamento e desenvolvimento dos trabalhadores ............................................................................ 85 
Ergonomia ........................................................................................................................................... 86 
Ginástica Laboral ................................................................................................................................ 87 
Benefícios ............................................................................................................................................ 88 
 
 4 
Avaliação de Desempenho .................................................................................................................. 89 
Higiene e Segurança do Trabalho ....................................................................................................... 90 
Estudos de Cargos e Salários .............................................................................................................. 91 
Controle de Álcool e Drogas ............................................................................................................... 92 
A importância da Ética e da Postura Profissional ................................................................................... 93 
Ética ..................................................................................................................................................... 95 
A Vontade é o Combustível da Ética .................................................................................................. 95 
Ética e Postura Profissional como um Código .................................................................................... 95 
Código de Ética Profissional ............................................................................................................... 96 
 
 
 
 
 
 5 
Evolução do Trabalho 
 
 
Ao longo da história da humanidade, variando com o nível cultural e com o estágio evolutivo 
de cada sociedade, o trabalho tem sido percebido de forma diferenciada. Como lembra Peter Drucker, 
o trabalho é tão antigo quanto o ser humano. No ocidente, a dignidade do trabalho foi falsamente 
louvada por muito tempo. 
 
 
O segundo texto grego mais antigo, cerca de cem anos 
mais novo que os poemas épicos de Homero, é um poema de 
Hesiodo (800 a.c.) intitulado “Os trabalhos e os dias”, que 
canta o trabalho de um agricultor. Porém, tanto no ocidente 
como no oriente esses gestos de louvor eram puramente 
simbólicos. Nem Hesíodo, nem Virgílio, nem ninguém da 
época, estudou de fato o que um agricultor faz e, menos 
ainda, como faz. O trabalho era o que os escravos faziam. 
Mas o trabalho é mais do que um instrumento criador de 
riqueza (posição dos economistas clássicos). 
 
 
 
Além do valor intrínseco, serve também para expressar muito da essência do ser humano (o 
homo faber¹). O trabalho está intimamente relacionado a personalidade. (Quando dizemos que fulano é 
um carpinteiro um médico ou um mecânico, estamos, de certa forma, definindo um ser a partir do 
trabalho que ele exerce). 
 
¹Homo Faber – (Do latim) Conceito do ser humano como ser capaz de fabricar ou criar 
ferramentas com inteligência. E tem a Capacidade de fabricar utensílios que transformam a 
natureza. 
 
 
 
No começo dos tempos, o trabalho era a luta constante para 
sobreviver (acepção bíblica), A necessidade de comer, de se 
abrigar, etc. era que determinava a necessidade de trabalhar. 
O avanço da agricultura, de seus instrumentos e ferramentas 
trouxe progressos ao trabalho. O advento do arado 
representou uma das primeiras revoluções no mundo do 
trabalho. 
 
 
 
 
Mais tarde, a Revolução Industrial viria a 
afetar também não só o valor e as formas de trabalho, 
como uma organização e até o aparecimento de 
politicas sociais. A necessidade de organizar o 
trabalho, principalmente quando envolve muitas 
pessoas e/ou muitos instrumentos e muitos processos, 
criou a idéia do “emprego”. 
 
 
 
 
 
 6 
 
Com o advento da Revolução Industrial, êxodo rural, concentração dos meios de produção, a 
maior parte da população não tinha nem ferramentas para trabalhar como artesãos. Sendo assim, 
restava as pessoas oferecer seu trabalho como moeda de troca. É nessa época que a noção de emprego² 
toma sua forma. O conceito de emprego é característico da Idade Contemporânea. 
 
²Emprego - Refere-se à ação e ao efeito de empregar. Este verbo significa ocupar alguém (na medida 
em que lhe é oferecido um posto de trabalho e delegadas determinadas responsabilidades). 
 
Temos motivos para crer que esse fim de Século XX é o inicio de um período de transição de 
onde passaremos da idade contemporânea para uma Idade Pós- Contemporanea. As mudanças que vêm 
ocorrendo graças à tecnologia, principalmente, a tecnologia da computação-telecomunicação, estão 
modificando as relações econômicas entre empresas, empregados, governos, países, línguas, culturas e 
sociedades. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 7 
CONCEITO DE EVOLUÇÃO DO TRABALHO 
 
 
 
 
O trabalho que faz parte de uma das necessidades humanas tem sua origem com o 
aparecimento do ser humano, a partir daí com o desenvolvimento de pequenas ferramentas de pedra o 
homem começa a buscar meios para sua alimentação. 
Podemos dividir a história do trabalho através do modo de produção que o homem desenvolveu 
ao longo da historia que são os regimes de trabalho primitivo, escravo, feudal, capitalista e comunista. 
As variantes políticas, culturais e econômicas da história e que transformou o modo de como 
surgiu o trabalho e foi transformado ao longo da história, o desenvolvimento da intelectualidade 
humana na construção do materialismo ajudou a formar o homem que temos hoje. As transformações 
do trabalho e passada de geração para geração através da cultural que gera homem, transformando a 
natureza com o seu trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 8 
Regime de trabalho Primitivo 
 
Este que e o primeiro modo de produção que surge 
através das comunidades primitivas com o avanço das 
primeiras ferramentas, estas que eram construídas de 
pedra, espinhos, e pedaços de lascas de arvore, a partir daí 
o homem buscava saciar suas necessidades básicas, todo 
trabalho era na busca de melhorias voltadas para a 
atividade do dia a dia, como alimentar-se, e abrigar-se 
combater seus inimigos. 
 
 
 
Neste momento a sociedade primitiva estava em relações iguais de trabalho, pois cada um 
desenvolvia uma atividade para o bem de toda a relação de trabalho era simples, pouca eeram a 
alternativa de trabalho. A partir do momento em que o homem começa a plantar e a estocar alimentos e 
riquezas aparece a queda do sistema primitivo surgindo novas formas sociais de interação, e começa 
aparecer a hierarquia. 
 
 
 
Regime de trabalho Escravo¹ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Com o avanço de novas formas de 
trabalho surge relações de poder onde os que 
detinham o poder ficaram sendo os senhores dos 
escravos, este ultimo fazia o mais diversificado 
trabalho desde de construir palácios a ser 
empregado domestico na casa do seu senhor, este 
tipo de modo de trabalho perdurou até o fim do 
período antigo quando o império romano do 
ocidente, cai e com os anos este modo de trabalho 
perde sua força e legitimidade no ocidente europeu, 
sendo a escravidão não mais viável 
economicamente como também socialmente. 
 
 9 
¹Trabalho escravo - De acordo com o artigo 149 do Código Penal brasileiro, são elementos que 
caracterizam o trabalho análogo ao de escravo: 
- Condições degradantes de trabalho (incompatíveis com a dignidade humana, caracterizadas pela 
violação de direitos fundamentais coloquem em risco a saúde e a vida do trabalhador); 
- Jornada exaustiva (em que o trabalhador é submetido a esforço excessivo ou sobrecarga de 
trabalho que acarreta a danos à sua saúde ou risco de vida); 
- Trabalho forçado (manter a pessoa no serviço através de fraudes, isolamento geográfico, ameaças 
e violências físicas e psicológicas); e 
- Servidão por dívida (fazer o trabalhador contrair ilegalmente um débito e prendê-lo a ele). 
 
Os elementos podem vir juntos ou isoladamente. 
 
 O termo “trabalho análogo ao de escravo” deriva do fato de que o trabalho escravo 
formal foi abolido pela Lei Áurea em 13 de maio de 1888. 
 Até então, o Estado brasileiro tolerava a propriedade de uma pessoa por outra não mais 
reconhecida pela legislação, o que se tornou ilegal após essa data. 
 Não é apenas a ausência de liberdade que faz um trabalhador escravo, mas sim de 
dignidade. Todo ser humano nasce igual em direito à mesma dignidade. E, portanto, nascemos todos 
com os mesmos direitos fundamentais que, quando violados, nos arrancam dessa condição e nos 
transformam em coisas, instrumentos descartáveis de trabalho. Quando um trabalhador mantém 
sua liberdade, mas é excluído de condições mínimas de dignidade, temos também caracterizado 
trabalho escravo. 
 A Organização Internacional do Trabalho (OIT) e a Conselho de Direitos Humanos das 
Nações Unidas, através de sua relatora para formas contemporâneas de escravidão, apoiam o conceito 
utilizado no Brasil. 
Fonte.: http://reporterbrasil.org.br/trabalho-escravo/ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 10 
Regime de trabalho Feudal 
 
Com o avanço de tribos bárbaras na Europa e 
também com a queda do império romano do ocidente a 
escravidão perde sua força, a igreja medieval surge sendo 
um grande controlador social, e com o avanço da 
ruralizarão na Europa o campo ganha força sendo com isto 
o aparecimento de uma nova ordem social o feudalismo 
onde o trabalho do servo estava preço ao senhor feudal que 
provia para o seu servo proteção militar, os trabalhadores 
eram servos que cuidavam das terras do senhor feudal. 
 
 
 
 
 A função de cada um na sociedade era bem definida o servo em geral trabalha com trabalhos 
braçais, o clero cuidava da espiritualidade e intelectualidade e os nobres governavam e davam proteção 
aos servos, sendo esta uma sociedade estamentos sociais definidos o servos mantinham o sistema na 
base a onde com sua pouca tecnologia davam a maior parte de suas colheitas ao senhor feudal este era o 
sistema de trabalho que ocorre ate o começo das caravanas, onde muitos desses senhores 
iam para guerras ao oriente e de lá traziam mercadorias construindo um comercio em volta dos 
palácios feudais surgindo ai a primeira força de capitalismo. 
 
 
Regime de trabalho Capitalista 
 
O capitalismo é um sistema que passa por evoluções constantes, foi o que mais gerou formas e 
meios de trabalho para os homens, o capitalismo inicial começa no fim da Idade Média com as 
caravanas que desenvolveram nos tempos das cruzadas entre o oriente, surge ai a busca de 
mercadorias e o começo de trocas comerciais das mais variadas mercadorias trazendo para a Europa 
produtos que eram utilizados pela nobreza, aos poucos em torno dos grandes castelos o conhecido 
“burgos” surgiam, bancas onde ocorria o comercio de venda desses produtos, este comercio foi 
aumentadas e com eles novas técnicas e oficinas surgindo, corporações de oficio criadas por ferreiros 
e outros artesãos, desta forma surge as cidades, e com isto o capitalismo mercantil, novas e varias 
formas de trabalho surgem, bancos e capitalistas para fomentar este novo sistema e impulsionar a nova 
classe “a burguesia”. 
Com guerras no oriente o comercio para estas regiões estavam com dificuldades de acontecer, 
portugueses fomentam novos meios de buscar novas rotas para a Ásia surge neste tempo o avanço 
ultramarino, surgem novas e variadas formas de trabalho o estamentos sociais¹ não servia mais para 
 
 11 
este novo sistema além de ter nobre, clero surge a burguesia e comerciantes, marinheiros, banqueiros 
entre outras tantas profissões em pequenas manufaturas a expansão ultramarina que começa com 
Portugal avança para espanhóis, ingleses entre outros povos europeus o mundo já não era mais restrito 
a Europa. 
 
¹ Estamento - Antes do nascimento da 
Sociedade Industrial, a qual como se 
sabe foi consequência direta das 
Revoluções Industrial e Francesa, o tipo 
de estrutura social vigente era a que 
caracterizava uma sociedade estamental. 
Nessa sociedade, aqueles que nascessem 
nos estamentos mais baixos estariam 
condenados à neles permanecerem, uma 
vez que não havia a possibilidade de 
ascensão social. 
 
 
 
 
 
 
 
A segunda fase do capitalismo aparece com o 
grande avanço da indústria na Inglaterra as 
forças de trabalho começam a aparecer cada 
vez mais desiguais entre patrão e empregado, 
as pequenas manufaturas dos mais variados 
produtos que surgiam começam a ganhar força 
e surge grande indústrias a onde trabalhadores 
que estavam no campo iam trabalhar na cidade 
recebendo um salário muito baixo. 
 
 
 O trabalhador do campo perde suas terras pelo grande avanço dos grande e 
poderosos senhores que começam a utilizar estas para o cultivo em grande escala com o 
aparecimento de novas técnicas de cultivo aumentando a produtividade dos alimentos e 
também com o avanço do uso desta para ovelhas. 
 
 
 12 
Aparece ai entre o trabalhador braçal que 
mantinha a sociedade ele pouco tinha alem 
da sua prole, o historiador Marx começa a 
partir deste período a fazer suas criticas ao 
trabalho capitalista e suas varias formas de 
exploração a onde o trabalhador ficava 
pobre e ignorante e sem suas ferramentas 
necessárias para a produção vendendo 
apenas o seu trabalho braçal para o 
burguês este que era a grande classe de 
ricos e poderosos eles detinham a indústria 
o comercio e controlava com sua 
influência o poder político a religião 
começa a ser inibida por sua força. 
 
 
Com o avanço dos estados nacionais o processo de independência da América o 
trabalho modifica-se em varias categorias, empresarial, bancário, comercial, indústria e 
campo entre essas categorias existem inúmeras formas de trabalho o avanço do meio 
social com novas tecnologias e o aumento dessas no mundo, vendo sua exploração 
diante dos burgueses os trabalhadores que são a maioria da sociedade começa a 
conscientizar de sua ação política na sociedade e de sua exploração através do manifesto 
comunista surge na Rússia a primeira revolução do trabalhador que ficou conhecida 
como a revolução russa na busca de uma nova sociedade mais justa através dasideias de 
Marx. 
 
 
 
A terceira e ultima forma de capitalismo aparece 
na século XX, é o chamado capitalismo financeiro mantido 
através de grande corporações multinacionais e bancos e de 
um sistema financeiro que sustenta a pirâmide social, 
através de credito consumo gerando um ciclo de consumo 
que entrou em crise recentemente através da bolha 
imobiliária dos Estados Unidos quebrando diversos bancos 
por falta de liquides no processo de empréstimo. 
 
 
 
 
 13 
Regime de trabalho Socialista Comunista 
 
Através das idéias de Karl Marx, que critica o capitalismo e que busca através dos seus estudos 
uma sociedade a onde o que mais trabalha, no caso o trabalhador, possa de fato utilizar dos benefícios 
que o próprio criou no campo e fabricas. Sendo estes sempre explorados ao longo da história, o 
proletariado¹ se uniu através de comitês para derrubar o governo Monárquico que existia na Rússia, 
que detinha como política econômica o capitalismo industrial. 
 
¹Proletariado - É o conjunto de trabalhadores que necessitam vender a sua força-de-trabalho a um 
empresário capitalista. 
 O proletariado é a classe trabalhadora urbana basicamente formada de operários, 
operadores repetitivos de máquinas, surgidas na Revolução Industrial. 
 
 Ficou conhecido pelo nome 
de bolchevique o grupo político russo formado 
por ex-integrantes do Partido Operário Social-
Democrata Russo (POSDR), fundado em 1898. 
O termo bolchevismo é de origem russa e 
significa, literalmente, "maioria" (em russo, 
bolscinstvó). 
 A utilização do termo para se referir a 
tal grupo se deve à divisão ocorrida no POSDR, 
cujos integrantes eram defensores do ideal 
marxista. Em seu segundo congresso, realizado 
em Londres, em 1903 (pois a liderança do 
partido estava banida da Rússia), surgiram duas 
novas correntes políticas: bolcheviques 
e mencheviques. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Os bolcheviques constituíam a maioria 
do antigo partido, daí o termo com que ficaram 
conhecidos. Sob o comando de Vladimir Lênin, 
ocorrerá em torno do Partido Bolchevique a 
aglomeração de várias lideranças políticas 
visivelmente influenciadas por ideais 
revolucionários e interessadas em dar fim às 
imposições do governo vigente por meio de uma 
completa reforma na sociedade russa. 
Os bolcheviques defendiam a revolução socialista, a instalação da ditadura do proletariado, 
com a aliança de operários e camponeses, enfim, acreditavam que o governo deveria ser diretamente 
controlado pelos trabalhadores. O segundo grupo, a minoria do antigo POSDR ficou conhecido como 
"mencheviques", ou minoria, (em russo: menscinstvó) e era um grupo que acreditava em uma fórmula 
mais moderada de socialismo, que deveria ser implantado após o pleno amadurecimento do 
capitalismo em terras russas. 
 
 14 
 
Com a força política de Lenin e Stalin criou na união soviética o partido comunista, e 
conseguiu derrubar o sistema capitalista e a política que estava implantada. 
 
 O sistema Socialista que busca através de sua força de distribuição dos meios de 
produção, acaba também com a luta de classes, começa com a ideia socialista dos meios de produção 
pelo controle do estado em seu ultimo estagio, implantado o comunismo que seria o ultimo estagio 
dessa evolução, aonde o estado nem estaria mais determinando a vida econômica e tudo estaria 
acontecendo por sua alto evolução natural das coisas. Esta ideia cabe muito bem a um estado 
desenvolvido como é a ideia de Karl Marx, mas não evitou a queda do sonho socialista das classes 
igualitárias. 
 
 
 
 
 
 O sistema gerou grandes desigualdades e atrasos 
em alguns setores da vida industrial, mas durante metade 
do século XX rivalizou com o capitalismo de igual para 
igual até o seu fim. Produzindo uma das fases mais 
temidas da sociedade, o conhecido período da Guerra 
Fria. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 15 
Revolução Industrial 
 
 A Revolução industrial foi um conjunto de mudanças que aconteceram na Europa nos 
séculos XVIII e XIX. A principal particularidade dessa revolução foi a substituição do trabalho 
artesanal pelo assalariado e com o uso das máquinas. 
 
 Até o final do século XVIII a maioria da população europeia vivia no campo e produzia o que 
consumia. De maneira artesanal o produtor dominava todo o processo produtivo. 
 
 Apesar de a produção ser predominantemente artesanal, países como a França e a Inglaterra, 
possuíam manufaturas. As manufaturas eram grandes oficinas onde diversos artesãos realizavam as 
tarefas manualmente, entretanto subordinados ao proprietário da manufatura. 
A Revolução Industrial é um divisor de águas na história e quase todos os aspectos da vida 
cotidiana da época foram influenciados de alguma forma por esse processo. A população começou a 
experimentar um crescimento sustentado sem precedentes históricos, com uma boa renda média. 
 
 A Inglaterra foi precursora na Revolução Industrial devido a diversos fatores, entre eles: 
possuir uma rica burguesia, o fato do país possuir a mais importante zona de livre comércio da Europa, 
o êxodo rural e a localização privilegiada junto ao mar o que facilitava a exploração dos mercados 
ultramarinos. 
 
 Como muitos empresários ambicionavam lucrar mais, o operário era explorado sendo forçado a 
trabalhar até 15 horas por dia em troca de um salário baixo. Além disso, mulheres e crianças também 
eram obrigadas a trabalhar para sustentarem suas famílias. 
 
 Diante disso, alguns trabalhadores se revoltaram com as péssimas condições de trabalho 
oferecidas, e começaram a sabotar as máquinas, ficando conhecidos como “os quebradores de 
máquinas“. Outros movimentos também surgiram nessa época com o objetivo de defender o 
trabalhador. 
 
 O trabalhador em razão deste processo perdeu o conhecimento de todo a técnica de fabricação 
passando a executar apenas uma etapa. 
 
A Primeira etapa da Revolução Industrial 
 
 
 Entre 1760 a 1860, a Revolução Industrial ficou limitada, primeiramente, à Inglaterra. Houve o 
aparecimento de indústrias de tecidos de algodão, com o uso do tear mecânico. Nessa época o 
aprimoramento das máquinas a vapor contribuiu para a continuação da Revolução. 
 
 
 
 
 
 16 
 
A Segunda Etapa da Revolução Industrial 
 
 
 
 A segunda etapa ocorreu no período de 1860 a 1900, ao contrário da primeira fase, países como 
Alemanha, França, Rússia e Itália também se industrializaram. O emprego do aço, a utilização da 
energia elétrica e dos combustíveis derivados do petróleo, a invenção do motor a explosão, da 
locomotiva a vapor e o desenvolvimento de produtos químicos foram as principais inovações desse 
período. 
 
A Terceira Etapa da Revolução Industrial 
 
 Alguns historiadores têm considerado os avanços tecnológicos do século XX e XXI como a 
terceira etapa da Revolução Industrial. O computador, o fax, a engenharia genética, o celular seriam 
algumas das inovações dessa época. 
 
 
 
Pioneirismo Inglês 
 
Coalbrookdale, cidade britânicaconsiderada um dos 
berços da Revolução Industrial. 
 
 
 
 
 
 A Inglaterra foi pioneiro no 
processo da Revolução Industrial por 
diversos fatores: 
Pela aplicação de uma política econômica liberal desde meados do século XVIII. Antes da 
liberalização econômica, as atividades industriais e comerciais estavam cartelizadas pelo rígido 
sistema de guildas¹, razão pela qual a entrada de novos competidores e a inovação tecnológica 
eram muito limitados. Com a liberação da indústria e do comércio ocorreu um enorme progresso 
tecnológico e um grande aumento da produtividade em um curto espaço de tempo. 
 
¹Guildas - Recebiam o nome de guildas ou corporações de ofício as associações formadas porartesãos profissionais e independentes, em igualdade de condições, surgidas na Baixa Idade 
Média (séculos XII ao XV) destinadas a proteger os seus interesses e manter os privilégios 
conquistados. 
 
 17 
 
 
 O processo de enriquecimento 
britânico adquiriu maior impulso após 
a Revolução Inglesa, que forneceu ao 
seu capitalismo a estabilidade que faltava 
para expandir os investimentos e ampliar 
os lucros. 
Revolução Inglesa (1640) 
 A Grã-Bretanha firmou vários acordos comerciais vantajosos com outros países. Um desses 
acordos foi o Tratado de Methuen, celebrado com a decadência da monarquia absoluta portuguesa, 
em 1703, por meio do qual conseguiu taxas preferenciais para os seus produtos no mercado 
português. 
A Grã-Bretanha possuía grandes reservas de ferro e de carvão mineral em seu subsolo, 
principais matérias-primas utilizadas neste período. Dispunham de mão-de-obra em abundância 
desde a Lei dos Cercamentos de Terras, que provocou o êxodo rural. Os trabalhadores dirigiram-se 
para os centros urbanos em busca de trabalho nas manufaturas. 
A burguesia inglesa tinha capital suficiente para financiar as fábricas, adquirir matérias-primas 
e máquinas e contratar empregados. 
Para ilustrar a relativa abundância do capital que existia na Inglaterra, pode se constatar que a 
taxa de juros no final do século XVIII era de cerca de 5% ao ano; já na China, onde praticamente 
não existia progresso econômico, a taxa de juros era de cerca de 30% ao ano. 
 
As Máquinas a Vapor 
 
As primeiras máquinas a vapor foram 
construídas na Inglaterra durante o século 
XVIII. Retiravam a água acumulada nas 
minas de ferro e de carvão e 
fabricavam tecidos. Graças a essas máquinas, 
a produção de mercadorias aumentou muito. 
E os lucros dos burgueses donos de fábricas 
cresceram na mesma proporção. Por isso, os 
empresários ingleses começaram a investir na 
instalação de indústrias. 
Máquina de Newcomen, para 
bombeamento da água. 
 
 
 18 
 
 
 
O motor a vapor de James Watt, alimentado 
principalmente com carvão, impulsionou a 
Revolução Industrial noReino Unido e no 
resto mundo. 
As fábricas se espalharam 
rapidamente pela Inglaterra e provocaram 
mudanças tão profundas que 
os historiadores atuais chamam aquele 
período de Revolução Industrial. O modo 
de vida e a mentalidade de milhões de 
pessoas se transformaram, numa velocidade 
espantosa. 
O mundo novo do capitalismo, da cidade, da tecnologia e da mudança incessante triunfou. 
 As máquinas a vapor bombeavam a água para fora das minas de carvão. Eram tão importantes 
quanto as máquinas que produziam tecidos. 
 
As carruagens viajavam a 12 km/h e os 
cavalos, quando se cansavam, tinham de ser 
trocados durante o percurso. Um trem da época 
alcançava 45 km/h e podia seguir centenas de 
quilômetros. Assim, a Revolução Industrial 
tornou o mundo mais veloz. Como essas 
máquinas substituíam a força dos cavalos, 
convencionou-se em medir a potência desses 
motores em HP (do inglês horse power ou 
cavalo-força). 
 
 
Trem movido a vapor, Revolução Industrial. 
 
 
 
 
 
 
 
 19 
 
As Fábricas e os Trabalhadores 
 
 
A Revolução Industrial foi um marco 
para desvalorização do trabalho manual, pois 
muitos foram substituídos por máquinas, e os 
que trabalhavam na fábrica, só participavam de 
determinada fase da produção. O trabalho se 
tornava algo contínuo, repetitivo, mecanizado, 
por exemplo, se a função era bater um prego 
em determinado local do produto, era só isso 
que se fazia o dia inteiro, na mesma velocidade 
e ritmo. Muitos não sabiam nem qual era o 
produto final, e essa função muitas vezes não 
correspondia ao valor do que ele era capaz de 
produzir. 
 
 
 
Linha de Produção na Fabrica 
 
Mas não haviam opções, o trabalho nas fábricas era o que dominava nas cidades da Inglaterra, e 
aos artesãos que desejavam continuar seu trabalho manual, não era mais possível, pois não tinham 
condições de concorrer no mercado com os capitalistas. As relações entre os indivíduos começou a ser 
controlada pelo mercado, não haviam mais laços e relações comunitárias. A divisão de classes era 
fundamental para a operação do sistema, ou seja, a classe dos proprietários, e a classe dos 
proletariados. 
 
 
Filme Tempos Modernos de Charles Chaplin 
 
 
 As fábricas não eram ambientes adequados de 
trabalho, tinham péssimas condições de iluminação e 
ventilação. Não haviam medidas nem equipamentos de 
segurança para os operários, muitos se acidentavam e 
contraíam graves doenças. A média de vida dos 
trabalhadores era muito baixa comparada à de hoje. A 
jornada de trabalho chegava até 16 horas por dia, sem 
direito a descansos e férias. Os salários eram 
baixíssimos, garantindo ainda mais lucros aos 
proprietários, e a disciplina era rigorosa para manter o 
aumento da produção. 
 
Os trabalhadores não tinham direitos e nem o amparo social. Mulheres e crianças trabalhavam 
da mesma maneira que os homens, nas mesmas condições, mas o salário pago a eles era bem mais 
baixo. Portanto, era muito mais lucrativo contratá-los. E pelos baixos valores oferecidos, era 
fundamental que todos da família trabalhassem. 
 
 20 
 
As condições de vida e de trabalho eram precárias, e por serem submetidos à tantas situações 
difíceis e sem escolha, os operários se uniram e começaram a organizar movimentos e revoltas. 
 
 
 
Por tantas adversidades, os trabalhadores chegaram à conclusão que precisavam começar a 
lutar por seus direitos. 
 
Ludismo 
O Ludismo estourou em 1811, foi 
uma das primeiras revoltas dos operários 
que eram contra os avanços tecnológicos, 
que substituíam homens por máquinas, e o 
nome deriva de um dos líderes, Ned Ludd. 
Eram revoltas radicais, onde os 
trabalhadores invadiam as fábricas, e 
destruíam as máquinas, ficando conhecidos 
como “quebradores de máquinas”. 
 
 
Ilustração do Movimento de Ludismo (1811) 
 
Existiam esquadrões luditas, que andavam armados com martelos, pistolas, lanças, e durante a 
noite, andavam de um distrito ao outro, destruindo tudo que encontravam. Porém, muitos 
manifestantes foram condenados à prisão, à morte, à deportação e até à forca. 
O Ludismo ocorreu durante alguns anos, mas aos poucos os manifestantes constataram que não 
eram contra as máquinas que deveriam reagir, e sim ao uso que os proprietários faziam delas, 
abusando da mão-de-obra dos operários. 
 
 
 21 
 
 
 
 
Ilustração do Movimento Cartista (1836) 
Cartismo 
De maneira mais organizada, em 1836 
surgiu o Cartismo, constituído pela 
“Associação dos Operários” e liderado por 
Feargus O’Connor e William Lovett. 
Reinvidicavam direitos políticos, como o 
sufrágio universal (direito de voto), o voto 
secreto, melhoria das condições e jornadas de 
trabalho. Redigiram a “Carta da Povo”, onde 
pediam um conjunto de reformas junto ao 
Parlamento. 
 
 
Inicialmente, as exigências não foram aceitas pelo Parlamento, havendo grandes movimentos e 
revoltas por parte dos operários. 
Depois de muitas tentativas e lutas, o Cartismo foi se dissolvendo até chegar ao fim. Porém, o 
espírito do movimento não se perdeu e ganhou maior presença política depois de um tempo, fazendo 
com que algumas leis trabalhistas fossem criadas. 
 
 
 
 
Dessa forma, o Cartismo 
teve seu direcionamento focado na 
política, por meio da qual 
conseguiu conquistar diversos 
direitos políticos para o grupo de 
trabalhadores 
 
 
Cartismo voltado a Política 
 
 
 
 22 
 
 
 
 
 
 
Primeiros Movimentos Sindicais 
 
Trade Unions 
(Formação de Sindicatos) 
Os operários chegaram à conclusão de 
que a união era fundamental para se contrapor 
ao poder burguês, então criaram os “trade-
unions”, associações formadas pelos operários, 
mas que possuíam uma evolução muito lenta 
nas reinvindicações que faziam. Porém, 
evoluíram e formaram os sindicatos,que eram 
sistemas de organização que defendiam seus 
direitos, eram os focos de resistência à 
exploração capitalista. Mas diferente dos 
sindicatos de hoje, tinham muita dificuldade de 
atuação. 
 
A burguesia via um grande perigo 
nessas associações e os sindicatos eram 
ameaçados pela violência. Portanto, as 
reuniões tinham que ser secretas, não 
havendo sedes sindicais. Mas aos poucos 
foram se organizando e realizando greves e 
protestos. E os proprietários levavam 
prejuízo, pois não tinha quem trabalhasse 
durante as manifestações. 
 
 
 
Conflitos em movimentos Sindicais 
 
Em 1824, diante de todo esse crescimento das lutas operárias, a Inglaterra acabou aprovando a 
primeira lei, que permitiu a organização sindical dos trabalhadores. Depois dessa conquista, o 
sindicalismo se fortaleceu ainda mais. 
A partir desse momento, começaram a surgir organizações de federações que unificavam várias 
categorias dos trabalhadores e em 1830 foi fundada a primeira entidade geral dos operários ingleses. 
Chegou a ter cerca de 100 mil membros. 
Em 1866, ocorreu o primeiro congresso internacional das organizações de trabalhadores de 
vários países, que representou um grande avanço na unidade dos assalariados, onde surge a fundação 
da Associação Internacional dos Trabalhadores (AIT). 
Mas a burguesia sempre achava novos meios de interferir e reprimir os sindicatos. A história da 
legislação trabalhista dependeu de muitas lutas, os operários e sindicatos resistiram à muita pressão 
para que hoje, todos pudessem ter os direitos trabalhistas. 
 
 
 
 
 
 
 23 
Impactos Sociais da Automação 
 
A palavra Automação, vem do latim Automatus, que significa mover-se por si, é um sistema 
automático de controle pelo qual os mecanismos verificam seu próprio funcionamento, efetuando 
medições e introduzindo correções, sem a necessidade da interferência do homem. 
 
 
Linha de Produção Automatizada 
 
Automação é a utilização de 
técnicas computadorizadas ou mecânicas 
para diminuição do uso de mão de obra em 
qualquer processo, incentivando o uso de 
robôs nas linhas de produção, a automação 
visa diminuir os custos e aumentar a 
velocidade da produção. 
 
 
 
 . Também pode ser definida 
como um conjunto de técnicas que podem 
ser aplicadas sobre um processo 
objetivando torná-lo mais eficiente, ou 
seja, maximizando a produção com menor 
consumo de energia, menor emissão de 
resíduos e melhores condições de 
segurança, tanto humana e material quanto 
das informações inerentes ao processo 
 
 
 
 
 
 
 
 24 
 
 
 
Automação e Crise 
 
Vale de início lembrar que a questão do desenvolvimento da automação industrial - e, mais 
exatamente, das formas avançadas de automação está intimamente ligada à evolução da tecnologia da 
microeletrônica e de suas aplicações produtivas. Por outro lado, a chamada "revolução 
microeletrônica" vem sendo considerada por alguns autores contemporâneos como um dos principais 
vetores de uma nova revolução tecnológica que se estaria processando e que deverá forjar uma base 
técnica renovada para a produção capitalista. Ainda de acordo com essa visão, a nova base técnica em 
processo de formação dotará o sistema dos meios materiais necessários para vencer os obstáculos que 
presentemente se interpõem à retomada da expansão da acumulação. 
 
Ou seja, concretamente, ao promover uma forte elevação da produtividade, essa revolução 
tecnológica abriria o caminho para a superação da crise atual, desencadeando uma nova fase de 
crescimento para o capitalismo. 
 
No rol das tecnologias (ou "grupos" de inovações técnicas) de ponta que poderão constituir o 
núcleo central dessa nova base técnica, em geral são incluídas: 
 
 a) as biotecnologias (dentre estas, a engenharia genética); 
 
b) as inovações ligadas às novas formas de produção de energia (energia solar, fusão 
termonuclear, etc); 
 
c) a microeletrônica. 
 
Dentre essas inovações tecnológicas, são aquelas ligadas ao desenvolvimento da 
microeletrônica que vêm apresentando os melhores resultados em suas aplicações produtivas 
(notadamente, em termos de rentabilidade); nessa perspectiva, é a microeletrônica que parece oferecer 
o maior potencial no que concerne à capacidade de polarizar uma dinamização das atividades 
econômicas. Segundo G. Friedrichs 
 
 "O advento da microeletrônica oferece uma nova 
dimensão às mudanças tecnológicas e à automação. 
Existem, no mínimo, cinco fatores que fazem da 
microeletrônica a tecnologia-chave da nossa época". 
 (Friedrichs, 1983, p.81) 
 
Os fatores apontados pelo autor ressaltam: o amplo espectro de aplicações dessa tecnologia, 
afetando direta ou indiretamente todos os setores da atividade econômica (produção, administração 
pública e privada e serviços); o acelerado processo de difusão dessas inovações; o seu caráter, ao 
mesmo tempo, "labor-saving" e "capital-saving" e a sua flexibilidade, adaptando-se tanto à produção 
em larga escala como em pequenas e médias séries. 
 
 
 25 
Cabe ainda levantar, mesmo que de passagem, uma objeção a um tipo de visão estreitamente 
mecanicista desse processo. A constituição de uma base técnica revolucionada não pode determinar, a 
saída de uma crise estrutural como essa que o capitalismo atravessa na atualidade; ela não representa 
condição suficiente para tanto. 
 
Essa ótica incorre, na verdade, em um certo determinismo tecnológico que deve ser 
questionado; é necessário que o processo de introdução e difusão desse conjunto de tecnologias de 
ponta seja acompanhado de transformações estruturais de natureza sócio-econômica, de modo a 
engendrar as condições de rentabilização das novas técnicas. 
 
Uma análise em perspectiva histórica da evolução do capitalismo confirmaria a procedência 
dessa observação. O amplo processo histórico — transcorrido durante a primeira metade do século — 
de formação e consolidação das condições estruturais dos regimes de acumulação sobre uma base 
intensiva constitui um exemplo eloquente nesse sentido. 
 
As transformações que ocorreram durante esse período resultaram na constituição de novas 
normas de produção (nesse contexto é que se situa a nova base técnica de produção), novas normas de 
consumo (o consumo de massa), novos procedimentos no que concerne à gestão monetária e financeira 
da acumulação bem como mudanças expressivas nos padrões de concorrência intercapitalística.'' No 
entanto nem por isso se deve cair no erro oposto, que consistiria em subestimar o papel das novas 
tecnologias de ponta como resposta à crise atual. "Isoladas, a revolução da microeletrônica ou a 
redução do tempo de trabalho não podem trazer soluções para a crise. Em contrapartida, 
 
 . . . através de transformações profundas nos modos de 
produção e nos modos de vida, as novas tecnologias 
constituem um dos elementos importantes de resposta à crise 
atual" 
(Richonnier, 1983). 
 
 O que importa reter dessa discussão é que as perspectivas para o futuro apontam claramente no 
sentido de um desenvolvimento cada vez mais acelerado da automação dos processos produtivos, 
disseminando e aprofundando, em consequência, seu impacto sobre as estruturas econômicas e sociais. 
 
Automação e Emprego: o Debate 
 
O tema automação/emprego remete a um velho debate: os efeitos do progresso técnico sobre o 
nível de emprego; a criação e destruição de empregos em decorrência da utilização (e do 
aperfeiçoamento) de máquinas na produção. 
 Essa problemática remonta, como se sabe, à época da Revolução Industrial e à obra de autores 
clássicos da Economia Política (Ricardo e Marx, em primeiro plano). Como naquela época, pode-se 
detectar atualmente, a grosso modo, duas grandes teses a respeito. 
Para alguns autores, a automação, ao provocar uma elevação substancial da produtividade, 
acarreta redução do nível do emprego: 
 
"Mas, no conjunto, parece necessário esperar da 
revoluçãoeletrônica (e notadamente dos 
microprocessadores) antes uma forte supressão de empregos 
do que uma retomada do crescimento" 
 
 26 
 
(Real, 1981, p.305) 
 "No período atual, efetivamente o progresso técnico 
está destruindo inúmeros empregos anteriormente estáveis e 
propiciando a criação de otitros de características 
freqüentemente distintas e em quantidade insuficiente para 
absorver a população ativa" 
 
(Gaspard, 1981, p.30) 
 
 Já para outros, a automação engendra efeitos estimulantes sobre o emprego, e isso basicamente 
em função dos efeitos de encadeamento cumulativos por ela suscitados sobre o conjunto da economia, 
o que se traduziria, a termo, em um saldo líquido positivo em termos de emprego. 
 
 "Assim, as relações entre a automação e emprego 
parecem se opor às crenças populares que emergem neste 
período de subemprego. A análise dos fatos corrobora nossa 
tese. Os ganhos de produtividade exercem, a longo prazo, 
um efeito estimulante sobre o emprego" 
 (Fourçans & Tarondeau, 1981, p.201) 
 
 É relevante assinalar inicialmente que, ao nível micro, isto é, ao nível de cada unidade 
produtiva afetada diretamente pela automação, o aumento da produtividade deverá implicar uma 
supressão de postos de trabalho (como fica ilustrado abaixo pelos estudos de caso). Contudo esse nível 
de análise, embora necessário, é insuficiente: o fenômeno deve ser examinado no âmbito setorial e, de 
forma mais ampla, no plano macroeconômico e macrossocial, de modo a captar não somente os efeitos 
diretos e imediatos, mas também toda a gama de efeitos indiretos e secundários desencadeados pela 
introdução e difusão do uso de dispositivos automáticos de produção. Especificamente, esse estudo 
global deverá investigar os possíveis efeitos induzidos, no que concerne: 
 
a) à indústria de bens de capital, notadamente o segmento que produz equipamentos 
automatizados; 
b) à elevação da demanda pelas mercadorias produzidas com a nova tecnologia, em decorrência 
de uma queda dos seus preços relativos (a possibilidade de transferência dos ganhos de produtividade 
para os preços); 
 
c) ao aparecimento e/ou expansão de atividades — produção de bens de serviços — ligadas à 
automação (e aqui a análise deverá incorporar também o Setor Terciário, onde importantes efeitos 
induzidos podem ser gerados). 
 
 Além disso, alguns autores observam que esse estudo não deve-se limitar apenas a uma 
dimensão nacional; ele deve extrapolar o espaço produtivo nacional, contemplando inclusive as 
repercussões da automação no plano da divisão internacional do trabalho. Concretamente, é preciso ter 
em conta a possibilidade do crescimento das exportações e portanto do emprego em função de um 
aumento de competitividade dos setores automatizados no contexto do mercado mundial. 
Por outro lado, um atraso na adoção dessas mudanças tecnológicas poderia ter consequências 
negativas sobre o nível de emprego: 
 
 
 27 
"Se certos países exploram mais rapidamente a nova 
tecnologia do que outros, seus mercados internacionais 
(incluindo sua parcela no mercado doméstico dos países 
tecnologicamente em atraso) ampliar-se-ão em detrimento dos 
demais países ...Embora não se possa dizer com certeza que 
uma bem sucedida adaptação tecnológica resume em pleno 
emprego, pode-se afirmar seguramente que o atraso na 
mudança tecnológica face aos competidores leva a um 
desemprego mais considerável" 
 (Sleigh et alii, 1983, p.92) 
 Segundo a tese "otimista" que encontramos nas chamadas teorias da compensação do emprego, 
os efeitos positivos do incremento da produtividade sobre a economia devem, a médio e a longo prazo, 
mais do que compensar a supressão imediata de postos de trabalho no interior da unidade ou mesmo 
do ramo de produção atingido pela automação. Contudo podemos, de imediato, levantar alguns reparos 
a essa tese. Esse questionamento é bom esclarecer não significa que essa tese da transferência de 
empregos seja absolutamente equivocada. O que se deseja refutar é o pretendido automatismo desses 
mecanismos compensatórios, alertando para a existência de alguns fatores que inibem a flexibilidade 
do sistema, conferindo a este uma certa "viscosidade". Dentre esses fatores, destacaremos os seguintes: 
 
 a) a correspondência entre empregos suprimidos e criados é problemática, a adaptação da 
estrutura de qualificações da força de trabalho existente aos novos tipos de ocupação criados pela 
automação está longe de se verificar sem uma certa "fricção". Isto significa que a efetiva realização da 
transferência de mão-de-obra depende de uma considerável maleabilidade do mercado de trabalho e 
forçosamente exigirá vultosos gastos para adaptar a qualificação da força de trabalho à evolução das 
oportunidades de emprego (em retreinamento da mão-de-obra por exemplo); 
 
b) a hipótese de queda dos preços, relativos dos produtos dos ramos atingidos pela automação 
nem sempre é realista; as estruturas monopolistas ou oligopolistas de grande número de mercados 
podem reduzir e mesmo obstruir esse efeito; 
 
c) há que se levar necessariamente em conta na análise a posição que o País ocupa na 
competição internacional e sua forma de inserção na divisão internacional do trabalho, em particular, 
deve ser considerado o grau de internação da produção de bens de capital, especialmente no que tange 
à capacidade de produção interna de bens de equipamento automatizados (como veremos em seguida, 
essa questão é de relevância no caso brasileiro). 
Em síntese, vemos que, dada a diversidade e a complexidade dos fatores envolvidos, se torna 
extremamente difícil avaliar e prognosticar o impacto real da automação sobre o nível geral do 
emprego. As tentativas de avaliação quantitativa desse impacto não são, via de regra, satisfatórias. 
Essa dificuldade explica, em certa medida, o julgamento pessimista formulado em alguns trabalhos 
acerca da possibilidade de se chegar a conclusões definitivas a respeito dos efeitos da automação sobre 
o emprego: 
"O resultado comum de todos os estudos científicos é o 
seguinte: é impossível formular prognósticos macroeconômicos 
quantitativos conclusivos em relação à influência da 
microeletrônica sobre a oferta de oportunidades de trabalho 
disponíveis" 
 (Krupp apud Pastré, 1981, p.56) 
 
 
 
 28 
Entretanto, apenas à guia de ilustração, podemos mencionar um exemplo que ganha um 
interesse especial na medida em que se refere a um país que é considerado por muitos como o 
paradigma do capitalismo do futuro, o novo "modelo" de economia capitalista. País onde o grande 
dinamismo verificado no desenvolvimento da automação vem sendo, pelo menos é o que se afirma 
com frequência, assimilado de maneira perfeitamente harmoniosa por parte da organização econômica 
e social. Os resultados de uma pesquisa realizada no Japão, envolvendo 106 casos de automação na 
indústria daquele país, revelaram que: 
 "as supressões de empregos produtivos registrados 
variam entre 40% e 70% segundo as diferentes aplicações 
(montagem, usinagem, soldagem, controle de qualidade, etc.)" 
 (Geze, 1981, p.225) 
 Mas, evidentemente, apesar da amplitude da amostra, trata-se de uma percepção apenas parcial 
do fenômeno, na medida em que esse levantamento não capta os possíveis efeitos indiretos e 
secundários desses casos de automação. 
 
Breve Reflexão sobre o Caso Brasileiro 
 
No que concerne ao caso brasileiro, convém antes de mais nada registrar duas observações. 
 A primeira refere-se ao estágio ainda incipiente do processo de difusão do uso de 
equipamentos automatizados na indústria brasileira: 
"Como já realçamos no início desse relatório, o 
processo de automação da manufatura no Brasil é 
recente e ainda com difusão limitada" 
(Secretaria Especial de Informática, 1983, p.8) 
A seguida diz respeito ao precário conhecimento que se tem atualmente em relação a esse 
fenômeno. Escassas e deficientes são asinformações e raros, os estudos realizados sobre a difusão da 
automação na indústria do País e suas consequências; 
"O trabalho da subcomissão revelou o incipiente 
conhecimento existente no país sobre os impactos sociais da 
automação não só sobre a indústria como também em relação a 
outros setores sócio-econômicos. Daí a sugestão da 
subcomissão no sentido de que se empreenda pesquisas nesta 
área, já que o aprofundamento dos conhecimentos nestas 
matérias abrirão possibilidades de uma maior quantificação e 
qualificação dos impactos sociais da automação". 
(Secretaria Especial de Informática, 1983, p.39). 
 Apesar dessas limitações, uma breve reflexão sobre o impacto do desenvolvimento da 
automação na indústria brasileira pode conduzir à opinião de que, provavelmente, esse movimento 
viria reforçar a tendência em relação ao aumento do desemprego, tendência essa que já se faz sentir de 
forma bastante vigorosa, no momento, em função da conjuntura de profunda crise econômica do País. 
Algumas constatações dão respaldo a essa opinião. No caso brasileiro, os possíveis efeitos 
positivos de encadeamento (geradores de emprego) seriam consideravelmente arrefecidos. Isso porque 
grande parte dos equipamentos automatizados (e, principalmente, aqueles que incorporam as 
tecnologias mais sofisticadas) devem ser obtidos via importação. 
Além do mais, mesmo dentre aqueles equipamentos cuja produção interna já foi viabilizada, 
uma grande parcela é produzida mediante utilização de tecnologias e/ou peças e componentes 
importados. Com efeito, uma pesquisa realizada recentemente sobre a difusão de Máquinas-
Ferramenta com Controle Numérico (MFCN) no Brasil verificou que: 
 
 29 
 a) em sua maior parte, esses equipamentos instalados no País foram importados: "Estimamos 
que hoje existam cerca de 680 MFCN em uso no parque industrial brasileiro (importadas até dezembro 
de 1979 e produzidas aqui até junho de 1980) . . . Destas, aproximadamente 130 foram fabricadas no 
Brasil" (Tauile, s.d., p.169); 
 b) por outro lado, a presença do capital estrangeiro era dominante na produção local desses 
equipamentos: "A oferta interna total de MFCN, em 1980, era feita por 8 firmas, das quais 6 são de 
propriedade de capital alemão" (Tauile, 1982, p. 18); 
c) além disso, mesmo em relação às MFCN montadas no País, constatou-se que suas partes e 
componentes mais sofisticados eram importados: "De qualquer modo, o que nos interessa registrar é 
que as partes e componentes mais sofisticados são ainda importados mesmo nos melhores casos, pois a 
indústria (micro) eletrônica no Brasil ainda está em seus estágios iniciais de formação e consolidação" 
(Tauile, 1982, p.l9). 
 É bom ressaltar que a questão não se restringe à produção direta do equipamento automatizado 
e seus componentes. Há que se considerar também toda a constelação de atividades ligadas à 
concepção-produção dessa tecnologia (pesquisa básica, pesquisa e desenvolvimento, engenharia, etc); 
Atividades essas capazes de gerar empregos altamente qualificados. Como se sabe, essas atividades 
estão igualmente concentradas em determinadas economias centrais do sistema capitalista. Diante 
desse quadro, evidencia-se a necessidade da criação de mecanismos no sentido de se exercer um 
controle efetivo sobre o processo de automação na indústria brasileira, evitando o agravamento do 
problema do desemprego que já adquire proporções bastante sérias no presente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 30 
Definição Tipos de Empresas 
 
Uma empresa é uma unidade econômico-social, integrada por elementos humanos, materiais e 
técnicos, que tem o objetivo de obter utilidades através da sua participação no mercado de bens e 
serviços. Nesse sentido, faz uso dos fatores produtivos (trabalho, terra e capital). 
As empresas podem ser classificadas de acordo com a atividade econômica que desenvolvem. 
A partir da seguinte separação setorial: 
 
 
 
 
 
- Setor primário (que obtêm os recursos a 
partir da natureza, como é o caso das 
agrícolas, pesqueiras ou pecuárias); 
 
 
 
 
- Setor secundário (dedicadas à transformação 
de matérias-primas, como acontece com as 
industriais e as da construção civil); e 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Setor terciário (empresas que se 
dedicam à prestação de serviços ou ao 
comércio). 
 
 
 
 
 
 
 31 
Outra classificação igualmente possível para as empresas é de acordo com a sua constituição 
jurídica: 
 
- Empresas Individuais (que pertencem a uma única pessoa); e 
 
- Societárias (constituídas por várias pessoas). 
 
Neste último grupo, as sociedades, por sua vez, podem ser anônimas, de responsabilidade 
limitada e de economia social (as chamadas cooperativas), entre outras. 
 
 Há várias classificações possíveis para sistematizar as empresas, tudo dependendo do aspecto 
desejado. Na área jurídica, o Código Civil (lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002) relaciona seistipos 
de empresas ou sociedades empresárias, entre seus artigos 980-A e 1039 a 1092: 
1. sociedade em nome coletivo, 
2. sociedade em comandita simples, 
3. sociedade limitada, 
4. sociedade em comandita por ações 
5. sociedade anônima, que continua a ser regulada pela lei nº 6.404-76, acrescida das 
modificações feitas pelas Leis nºs 9.457-97 e 10.303-01. 
6. há ainda a empresa individual de responsabilidade limitada – EIRELI – inovação do direito 
brasileiro, buscando sintonia com a realidade do empreendedorismo local - prevista no artigo 
980-A do código civil e em lei própria, a 12441/11. 
A atividade econômica pode ser exercida individualmente ou de forma coletiva. Caso a opção seja 
a de empresário individual, o patrimônio particular se confunde com o da empresa. 
É importante lembrar que o ordenamento jurídico prevê a figura da sociedade simples. Trata-se de 
um novo tipo societário criado em substituição ao tradicional modelo de sociedade civil. Sociedades 
simples não podem exercer qualquer atividade econômica organizada, com a finalidade de produção 
ou circulação de bens ou serviços. Sua finalidade deve se concentrar em atividades profissionais de 
natureza científica, literária e/ou artística. 
O código anterior previa ainda a sociedade de capital e indústria, que foi extinta. Já a sociedade 
cooperativa, que antes era sociedade civil, agora é sociedade simples, e conta com novas 
características. Continua a ser inscrita na Junta Comercial, pois é regida por lei especial. 
 
 32 
Apesar da lei brasileira trazer seis tipos diferentes de empresas, na prática apenas duas delas são 
amplamente utilizadas: a sociedade limitada, estatisticamente a preferida, e a sociedade anônima. As 
demais espécies são raramente encontradas. 
1.Sociedade em nome coletivo 
É constituída necessariamente por pessoas físicas. Há igualdade entre os seus sócios, que respondem 
solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais. 
A administração da sociedade cabe exclusivamente aos sócios, sendo vedada a nomeação de terceiros 
para tal função. Seu nome comercial obrigatório é firma ou razão social, composta pelo nome de 
qualquer sócio, acompanhado da expressão & CIA. 
Neste tipo de sociedade não é necessário contribuir com dinheiro ou bens para a integralização do 
capital social. A contribuição poderá ser efetivada com prestação de serviços. 
A sociedade em nome coletivo pode exercer atividade econômica, comercial e civil, podendo ser 
empresário individual ou não, e responsáveis solidários pelas obrigações sociais. A exploração de 
atividade econômica por esse tipo de associação de esforços não preserva nenhum dos sócios dos 
riscos inerentes ao investimento empresarial. 
2.Sociedade em comandita simples 
Sociedade em comandita simples é aquela constituída por dois tipos de sócios: 
1. pessoas físicas, responsáveis solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais, denominados 
comanditados. 
2. comanditários, que respondem somentepelo valor de suas respectivas cotas; 
A sociedade deve ser administrada pelo sócio comanditado. Na ausência do comanditado, os sócios 
comanditários devem nomear um administrador provisório para realizar os atos de administração sem 
assumir a condição de sócio, no prazo de cento e oitenta dias. O sócio comanditário que praticar atos 
de gestão e fizer uso da firma social assume responsabilidades de modo solidário e ilimitado. 
3.Sociedade limitada 
Sociedade limitada é aquela dedicada à atividade empresarial, composta por dois ou mais sócios que 
contribuem com moeda ou bens para a formação do capital social. A responsabilidade dos sócios está 
limitada à sua proporção no capital da empresa. Cada sócio, porém, tem obrigação com a sua parte do 
capital social, podendo ser chamado a integralizar quotas dos sócios que deixaram de integralizá-las. 
 
 33 
Sua administração é exercida por uma ou mais pessoas estipuladas em contrato ou ato separado. O 
termo LTDA ou sociedade limitada é usado para designar o tipo de empresa que exige uma escritura 
pública ou contrato social que define entre outras coisas quem são os sócios da empresa, quantos são e 
como as quotas de capital estão distribuídas entre eles. O nome empresarial pode ser de dois tipos: 
denominação social ou firma social. 
De constituição mais simples, este tipo de sociedade é a mais adotada pelas pequenas empresas, em 
função da limitação da responsabilidade dos sócios e da simplicidade dos seus atos. Contudo em face 
das modificações introduzidas pelo novo Código Civil, que aumentou seu formalismo (em especial 
para as empresas com mais de dez sócios), e o grau de responsabilidade dos sócios, é possível que haja 
uma migração desta modalidade para a de sociedade por ações, de formalismo semelhante, mas cuja 
responsabilidade dos sócios é restrita ao valor das ações por eles subscritas. 
A sociedade limitada pode assumir a forma de Microempresa (ME) ou Empresa de Pequeno Porte 
(EPP), mediante declaração. É importante que ela atenda aos requisitos da lei complementar 123, de 14 
de dezembro de 2006. 
3.1.ME – Microempresa 
São consideradas micro e pequena empresa a sociedade empresária, a sociedade simples e o 
empresário individual regularizados perante a junta comercial do estado e que corresponda a 
determinados requisitos específicos. A mais importante, de acordo com a Lei Geral da Micro e 
Pequena Empresa, é que uma empresa será considerada microempresa quando, no ano-calendário, (ano 
em que houve operações) a receita bruta for igual ou inferior a R$ 240.000,00. 
3.2.EPP – Empresa de Pequeno Porte 
Na mesma Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, para ser considerada microempresa ou Empresa de 
Pequeno Porte, a mesma deve ter faturamento bruto anual superior a R$ 240.000,00 e igual ou inferior 
a R$ 2.400.000,00. 
 
3.3.Empresa individual 
A empresa individual ou empresário individual também pode ser considerado microempresa, com a 
diferença de que não há sociedade e, portanto, não há contrato social. Esse tipo é ideal para algumas 
atividades, em particular no campo de prestação de serviços onde o profissional pode exercer 
individualmente a atividade sem precisar estabelecer uma sociedade limitada com outra pessoa. 
 
 34 
4.Sociedade em comandita por ações 
Este tipo de empresa tem o capital dividido em ações e é regulado pelas mesmas normas relativas às 
sociedades anônimas. Possui duas categorias de acionistas semelhantes aos sócios comanditados e aos 
comanditários das comanditas simples. 
Trata-se de uma sociedade comercial híbrida, pois mistura aspectos da comandita e da sociedade 
anônima. Será regida pelas normas correspondentes às sociedades anônimas, nos pontos que forem 
adequados. Poderá comerciar sob firma ou razão social, e o uso de denominação não lhe é vedado. A 
denominação ou firma deve ser complementada pelas palavras comandita por ações, por extenso ou de 
forma abreviada. 
5.S/A – Sociedade Anônima 
A sociedade anônima (S/A) ou empresa jurídica de direito privado, abriga a maioria dos 
empreendimentos de grande porte no Brasil e sua regulamentação se encontra na lei 6.404/76. 
Seu capital está dividido em partes iguais chamadas ações, que podem ser negociadas em bolsa de 
valores sem a necessidade de uma escritura pública. Tais ações podem ser adquiridas pelo público em 
geral, que desse modo torna-se sócia da empresa, sem com que passe a fazer parte do contrato social, 
como no caso das LTDA. 
As S/A podem ser de capital aberto ou capital fechado. Sua constituição difere caso seja aberta ou 
fechada, sendo sucessiva ou pública para a primeira, e simultânea ou particular para a segunda. 
A estrutura organizacional da S/A é composta de: assembléia geral, conselho de administração 
(facultativo no caso de companhia fechada), diretoria e conselho fiscal, com atribuições fixadas na Lei 
6.404/76, além das determinadas no estatuto social. 
A sociedade pode participar de outras sociedades, e será designada por denominação acompanhada das 
expressões companhia ou sociedade anônima, escritas por extenso ou abreviadamente, sendo vedada a 
utilização da abreviação "cia" ao final da denominação. 
6.EIRELI 
 A empresa individual de responsabilidade limitada (EIRELI) é constituída por uma única 
pessoa, titular da totalidade do capital social, devidamente integralizado, não inferior a cem vezes o 
maior salário-mínimo vigente. A EIRELI será regulada, no que couber, pelas normas aplicáveis às 
sociedades limitadas. 
 
 35 
Existem duas formas de se instituir uma EIRELI: 
a) originária: quando decorre de ato de vontade da criação específica desta modalidade de pessoa 
jurídica; 
b) superveniente: na forma do §3° do art 980-A, quando “resultar da concentração das quotas de outra 
modalidade societária num único sócio, independentemente das razões que motivaram tal 
concentração”. 
O titular não responde com seus bens pessoais pelas dívidas da empresa, diferentemente do que 
acontece com o empresário individual, cuja responsabilidade pelas dívidas contraídas recai em seu 
próprio patrimônio pessoal (pessoal física). Caso não possua patrimônio suficiente para liquida-las, o 
titular torna-se insolvente e se sujeita ao regime falimentar, respondendo por suas dívidas, 
exclusivamente, o patrimônio que tiver obtido e defasado ao longo de sua existência. Existe a 
possibilidade do dono da EIRELI ter o seu patrimônio pessoal atingido, seguindo, assim, os termos 
aplicados à desconsideração da personalidade jurídica. 
Foi a partir das necessidades e vantagens que a regulamentação desse tipo de empresa traria à 
realidade jurídica e econômica que surgiu a lei 12.441/11, que consagrou a criação da EIRELI, 
permitindo que uma única pessoa natural possa, sem precisar formar sociedade com outra, constituir 
uma pessoa jurídica com responsabilidade limitada ao capital integralizado. O código civil recebeu 
ainda a adição de um artigo, o 980-A, dotado de seis parágrafos, que estabeleceu diretrizes gerais para 
a existência de uma EIRELI. 
A pessoa natural que constituir uma EIRELI poderá figurar somente em uma única empresa desta 
modalidade. Ao nome empresarial, de acordo com o art.980-A, deverá ser adicionada a expressão 
"EIRELI" após a firma ou a denominação social da empresa individual de responsabilidade limitada. 
 
 
 36 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 37 
Saúde e Segurança do Trabalhador 
 
 
 A Saúde e Segurança do trabalhador pode ser 
entendida como os conjuntos de medidas que são 
adotadas, visando minimizar os acidentes de 
trabalho, doenças ocupacionais, bem como proteger 
a integridade e a capacidade de trabalho do 
trabalhador. 
 
 
 O quadro de Segurança do Trabalho de 
uma empresa compõe-se de uma equipe 
multidisciplinar composta por Técnico de 
Segurança do Trabalho, Engenheiro de 
Segurança do Trabalho, Médico do 
Trabalho e Enfermeiro do Trabalho. Estes 
profissionaisformam o que chamamos 
de SESMT - Serviço Especializado em 
Engenharia de Segurança e Medicina do 
Trabalho. 
 
Órgão integrante da NR – 4 
 
 
 38 
 
 
 
 
Órgão Integrante da NR – 5 
 
 
 
 Também os empregados da empresa constituem 
a CIPA - Comissão Interna de Prevenção de 
Acidentes, que tem como objetivo a prevenção de 
acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo 
a tornar compatível permanentemente o trabalho com 
a preservação da vida e a promoção da saúde do 
trabalhador. 
 
 
 
 A Segurança do Trabalho faz com que a empresa se organize, aumentando a produtividade e a 
qualidade dos produtos, melhorando as relações humanas no trabalho, procurando evitar o Acidente de 
trabalho (é aquele que acontece no exercício do trabalho a serviço da empresa, provocando lesão 
corporal ou perturbação funcional podendo causar morte, perda ou redução permanente ou temporária, 
da capacidade para o trabalho). 
 
 
 39 
 
O SESMT - Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e 
Medicina do Trabalho 
 
Toda movimentação em relação a 
Segurança do Trabalho no Brasil começou 
timidamente em 1981 com a lei de 
proteção ao trabalho do menor. 
Com a criação da OIT 
(Organização Internacional do Trabalho) 
em 1919 a prevenção de acidentes no 
Brasil ganha um novo impulso, é criado 
então, a Lei n° 3724 de 15 de Janeiro de 
1919, essa foi à primeira de lei acidente 
de trabalho no Brasil 
 
 
 Em 1967 foi criado o SESMT a partir do Decreto-Lei Nº 229 de 28 de 
Fevereiro de 1967. 
 E posteriormente foi regulamentado, mais precisamente em 1972 pela Portaria Nº 3237. 
Em 1990 o quadro do SESMT foi alterado, sendo introduzidos todos os 
profissionais que participam dele atualmente. 
Compete ao SESMT esclarecer os empregados dos riscos no ambiente de 
trabalho e promover ações para neutralizá-los ou eliminá-los. Sempre visando a 
promoção da saúde, prevenção de acidentes de trabalho e de doenças ocupacionais. 
 
 40 
 
Segundo a NR-4 em seu item 4.4.1, os profissionais abaixo compõem o SESMT: 
 
– Médico do Trabalho: Médico portador de curso em nível 
de pós graduação em Medicina do Trabalho ou portador de 
certificado de residência médica em área relacionada á saúde 
do trabalhador. 
 
 
– Engenheiro de Segurança do 
Trabalho: Engenheiro, Arquiteto portador do curso 
em nível de pós graduação em Engenharia de 
Segurança do Trabalho conforme lei 7410 de 
29/11/85. 
 
– Enfermeiro do Trabalho: É o Enfermeiro que 
possui especialização em nível de pós-graduação 
em Enfermagem do Trabalho. 
 
 
 
 
 41 
 
– Técnico em Segurança do Trabalho: Profissional com 
registro no Ministério do trabalho. Profissional formado em 
nível Técnico conforme lei 7410 de 29/11/85. 
 
 
 
– Auxiliar de Enfermagem do 
Trabalho: Portador de certificado de 
conclusão de curso de qualificação de 
auxiliar de enfermagem do trabalho, 
ministrado por instituição especializada 
reconhecida e autorizada pelo Ministério da 
Educação. 
 
 
 
 
Veja a descrição das atividades dos profissionais de Saúde e Segurança do Trabalho, de acordo 
com a Classificação Brasileira de Ocupações - (CBO). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 42 
O SESMT - Profissionais Integrantes 
 
 
 
Engenheiro em Segurança do Trabalho 
CBO Nº 2149 – 15 
 
 
 
Atribuições: 
Engenheiro de segurança é o engenheiro ou arquiteto, que possui curso de especialização 
em Engenharia de Segurança do Trabalho. 
Atua na gestão de segurança e saúde ocupacional, em médias e grandes empresas dos mais 
diversos segmentos. 
Visando reduzir as perdas decorrentes de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais. Essas 
perdas podem ser humanas, de maquinários e equipamentos, multas e meio ambiente. 
No Brasil, a profissão é regulamentada pela lei 7.410, de 27 de novembro de 1985 que dispôs 
sobre a especialização, em nível de pós-graduação, de engenheiros e arquitetos em engenharia 
de segurança do trabalho. 
 
 
 43 
 
Médico em Segurança do Trabalho 
CBO Nº 2251 – 40 
 
 
Atribuições: 
Realizam consultas e atendimentos médicos; 
Tratam pacientes e clientes; 
Implementam ações de prevenção de doenças e promoção da saúde tanto individuais 
quanto coletivas; 
Coordenam programas e serviços em saúde, efetuam perícias, auditorias e sindicâncias 
médicas; elaboram documentos e difundem conhecimentos da área médica no trabalho. 
Fonte CBO do Ministério do Trabalho . 
Vale lembrar, que o Médico do Trabalho é responsável pelo PCMSO (Programa de 
Controle Médico e Saúde Ocupacional). Programa esse que anda junto com o PPRA 
(Programa de Prevenção de Riscos Ambientais) da empresa. 
O Médico do Trabalho também tem participação na CAT (Comunicação de Acidente de 
Trabalho), LTCAT (Laudo Técnico de Condições Ambientais de Trabalho), e várias 
outras atividades. 
 
 
 
 
 44 
 
 
 
Enfermeiro em Segurança do Trabalho 
CBO Nº 2235 – 30 
 
 
 
 
Atribuições: 
O enfermeiro do trabalho normalmente é o líder da equipe de enfermagem do trabalho. 
Atua na assistência ao paciente, em ambulatórios, hospitais, ambulâncias, setores de trabalho e em 
domicílio. 
Atua em procedimentos de enfermagem de maior complexidade e prescreve ações, realiza a rotina 
receitada pelo médico. 
Cabe a ele juntamente com o médico a realização de coleta de dados sobre doenças ocupacionais, 
realização de inquéritos sanitários, coleta de dados estatísticos de morbidade e mortalidade de 
trabalhadores e etapas antecedentes aos estudos epidemiológicos. 
Executa, avalia programas de prevenções de acidentes de trabalho e de doenças profissionais, faz 
análise dos fatores geradores de insalubridade, para propiciar a preservação de integridade física e 
mental do trabalhador. 
É sua função participar do processo de treinamento e instrução dos trabalhadores no uso 
de equipamento de proteção individual (EPI), na prevenção de doenças do trabalho em harmonia e 
concordância com os outros profissionais de saúde do trabalho e Segurança do Trabalho. 
 
 
 
 
 45 
 
 
Auxiliar de Enfermagem em Segurança 
do Trabalho 
CBO Nº 3222 – 35 
 
 
Atribuições 
Desempenham atividades técnicas de enfermagem em empresas públicas e privadas como: 
Hospitais, clínicas e outros estabelecimentos de assistência médica, embarcações e domicílios. 
Atuam em cirurgia, terapia, puericultura, pediatria, psiquiatria, obstetrícia, saúde ocupacional e 
outras áreas. 
Prestam assistência ao paciente zelando pelo seu conforto e bem estar, administram medicamentos e 
desempenham tarefas de instrumentação cirúrgica, posicionando de forma adequada o paciente e o 
instrumental. Organizam ambiente de trabalho e dão continuidade aos plantões. 
Trabalham em conformidade às boas práticas, normas e procedimentos de biossegurança. 
Realizam registros e elaboram relatórios técnicos. 
Desempenham atividades e realizam ações para promoção da saúde do trabalhador. 
 
 
 
 
 
 46 
 
Técnico em Segurança do Trabalho 
CBO Nº 3516 – 05 
 
 
 
 
Convido você aluno a participar e preencher SEU ESPAÇO ! 
http://www.mtecbo.gov.br/cbosite/pages/pesquisas/BuscaPorCodigo.jsf 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 47 
Acidente do Trabalho 
De acordo com a Legislação Brasileira, acidente do trabalho é definido como “aquele que 
ocorre pelo exercício da função a serviço da empresa”, podendo provocar lesão corporal ou até 
mesmo a morte. Ele também poderá causar “ a perda ou redução, permanente ou temporária, da 
capacidade para o trabalho”. 
 
 Há, porém, 03 (três) tipos de acidentes de 
trabalho. Conforme descrito abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Atípico (ou doença do trabalho): doença 
sofrida em razão do trabalho, também 
conhecida como doença ocupacional ou 
profissional (como adquirir deficiencia 
auditiva pelo barulho

Outros materiais