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EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO DIVISÃO DO TRABALHO E ALIENAÇÃO Prof. Ms. Welington Luis Codinhoto Garcia Prof. Ms. Guilherme Morais DIVISÃO DO TRABALHO E ALIENAÇÃO INTRODUÇÃO A separação social do trabalho está pertinente relacionada aos modos pela qual os trabalhos são dispostos e divididas no ambiente de trabalho, com a intenção de delimitar as funções realizadas, dinamizar o processo de produção como um todo e, consequentemente, garantir que o sistema de produção funcione de forma rápida e eficiente. De forma comum, a divisão do trabalho delimita e define a maneira pela qual os indivíduos, dentro de uma sociedade, se organizam com a finalidade de produzir um objeto, produto ou mercadoria. A especialização da função, principalmente, quando trata-se da estrutura capitalista de produção, transforma o trabalhador em exímio conhecedor de apenas uma parte da produção - a parte na qual ele trabalha, sem, muitas vezes conhecer o processo de produção por completo. DIVISÃO DO TRABALHO E ALIENAÇÃO INTRODUÇÃO Os movimentos dos trabalhadores se tornam muito mais rápido por conta do trabalho repetitivo . Assim sendo , o trabalho na linha de produção torna-se mais ágil. A divisão do trabalho, portanto, aumenta a produtividade por conta da redução de tempo que os trabalhadores levam para produzir a mercadoria final. Em contrapartida, na maior parte das vezes, o trabalhador não conhece integralmente o sistema de produção, já que torna-se especialista em apenas uma parte dele. DIVISÃO DO TRABALHO E ALIENAÇÃO PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS A divisão das atividades tem algumas características que promovem o entendimento amplo do conceito e a relação dele e as atividades cotidianas. Dentre as mais importantes merecem destaque: Aumento da produtividade Distinção de Classes sociais Venda das mercadorias por preços menores Distinção física e intelectual do trabalho DIVISÃO DO TRABALHO E ALIENAÇÃO DIVISÃO DO TRABALHO POR MARX Para o Karl Marx, o trabalho determina as relações sociais , das relações de produção e das mercadorias produzidas, desde as sociedades tribais até as sociedades capitalistas. Para Marx, a divisão do trabalho só concretizou no momento da separação entre trabalho manual e trabalho intelectual. A divisão entre os dois tipos de trabalho aconteceu no momento da segmentação do trabalho na indústria e nas sociedades capitalistas. No trabalho intelectual, os trabalhadores técnico-científicos são os responsáveis pela organização do sistema de produção e pela submissão dos operários ao sistema de produção capitalista. DIVISÃO DO TRABALHO E ALIENAÇÃO DIVISÃO DO TRABALHO POR MARX A divisão entre proletários e donos dos meios de produção é base para as explicações sobre desigualdade social. Os operários, por sua vez, dedicam-se ao trabalho manual, numa relação de troca desigual com o dono da propriedade e com os trabalhadores técnico-científicos. A condição de trabalho dos proletários faz com que eles percam a noção completa do trabalho que realizam e passam a viver momentos de alienação. DIVISÃO DO TRABALHO E ALIENAÇÃO DIVISÃO DO TRABALHO POR MARX O trabalho deixa de ter como objetivo o suprir as necessidades comuns e o bem-estar, para se transformar em um modo de obtenção de lucro a para a manutenção dos privilégios da burguesia. Desse modo, a exploração do trabalho é o ponto fundamental que sustenta o capitalismo. O trabalhador é alienado de todo o processo produtivo e passa a ser dono, apenas, de sua força de trabalho. Sendo assim, o proletariado vende seu único bem, que é a força de trabalho, e essa passa a ser posse do capitalista. O capitalista é o dono da matéria-prima, do maquinário, da força de trabalho (do trabalhador), do produto final e, por conseguinte, do lucro. DIVISÃO DO TRABALHO E ALIENAÇÃO DIVISÃO DO TRABALHO POR MARX A mais-valia é a base do lucro e da dominação da classe trabalhadora pela burguesia. Ela é o resultado da diferença entre o valor produzido e o valor pago ao trabalhador em função de seu trabalho (salário). Essa é uma das principais teses do marximo, é sobre a ideia da mais-valia que diversos teóricos desenvolvem a ideia da exploração da classe trabalhadora pela classe burguesa. O objetivo da burguesia é sempre o de maximizar os seus lucros, o trabalhador, então, é coagido a trabalhar mais, pelo mesmo preço. E, quem precifica, ou seja, diz quanto vale o trabalho, não é o trabalhador, mas o capitalista. DIVISÃO DO TRABALHO E ALIENAÇÃO A DIVISÃO SOCIAL DO TRABALHO NA VISÃO DE DURKHEIM Durkheim afirma que a sociedade só existe e consegue se sustentar a um grau de acordo entre seus membros. Tal acordo social se diferem entre dois tipos de solidariedade: Solidariedade Mecânica: está presente em sociedades primitivas, como tribos, aldeias, clãs ou agrupamentos sociais. Nessas organizações sociais, os membros repartem os mesmos valores sociais, as mesmas crenças religiosas, as mesmas formas de organização e trabalham de forma a suprir as necessidades do grupo como um todo. DIVISÃO DO TRABALHO E ALIENAÇÃO A DIVISÃO SOCIAL DO TRABALHO NA VISÃO DE DURKHEIM Solidariedade Orgânica: é a sociedades modernas e mais complexas. Os indivíduos que compõem essas sociedades não compartilham das mesmas crenças religiosas, das mesmas formas de organização e nem das mesmas crenças. Nessas sociedades, a divisão do trabalho é evidente e crescente, o que aumenta o grau de interdependência dos indivíduos, uma vez que a dependência entre os seres sociais é grande, pois cada um depende diretamente do trabalho realizado pelo outro. Nesse tipo de sociedade, a coesão social é garantida a partir do direito, regras e leis. A SEGUNDA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL Você já reparou como a tecnologia em sua vida ? O computador que você utiliza, os carros que estão passando na sua rua, a luz elétrica, as vacinas que salvam vidas. Há muito tempo a humanidade inventa máquinas. Mas, com Revolução Industrial o mundo pôde viver um enorme salto no desenvolvimento tecnológico. Esses saltos tecnológicos é classificado em três períodos: Primeira Revolução Industrial, Segunda Revolução Industrial e Terceira Revolução Industrial. Vamos aprender sobre a segunda etapa desse processo. A SEGUNDA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL Os ingleses no século XVIII, deram início a um dos processos de transformação da humanidade. Após a Revolução Gloriosa, com os grandes lucros obtidos no comércio e na expansão territorial e com abundância em carvão mineral e ferro, a Inglaterra criou um ambiente favorável à industrialização e deu início à chamada Revolução Industrial. No século XIX foi o início da Segunda Revolução Industrial que se espalhou pela Europa, Estados Unidos e Japão com fim no século XX durante a Segunda Guerra Mundial. As máquinas foram aperfeiçoadas e novas foram criadas, aumentando a capacidade produtiva. A SEGUNDA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL A segunda Revolução Industrial foi um conjunto de novos métodos, tecnologias, produtos fabricados e fontes de energia, que se expandiu por países da Europa, na segunda metade no século XIX. Os avanços tecnológicos proporcionaram um grande conforto para a população, mas, em contrapartida, deixou alguns países (menos desenvolvidos) dependentes de nações mais desenvolvidas tecnologicamente. A Inglaterra foi o país que deu início a primeira revolução industrial. O comércio adquiriu lucro e expandiu a produção com a utilização de matérias-primas, como o carvão e o ferro. Isso criou o cenário ideal para o início de uma industrialização. A SEGUNDA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL A Segunda Revolução Industrial, no entanto, permitiu a expansão dessas descobertas para outros países como os Estados Unidos, a Bélgica e o Japão. Ao longo do texto, você vai entender melhor todas as consequências que envolveram esse período. A SEGUNDA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL A segunda Revolução Industrialfoi um conjunto de novas metodologias, tecnologias, produtos fabricados e fontes de energia, que se expandiu por países da Europa, na segunda metade no século XIX. Os avanços tecnológicos proporcionaram um grande conforto para a população, mas, em contrapartida, deixou alguns países (menos desenvolvidos) dependentes de nações mais desenvolvidas tecnologicamente. Nessa época, as indústrias sentiam a necessidade de melhorar os seus recursos e descobrir matérias-primas capazes de aprimorar o modelo de produção, aumentando a margem de lucro dentro das empresas. Para isso, os empresários precisavam investir em novas tecnologias. A SEGUNDA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL Segunda Revolução Industrial é marcada por diversas características por se tratar de um momento histórico importante para o desenvolvimento da indústria, avanços tecnológicos e aumento da produtividade. Entre as principais características da Segunda Revolução Industrial, destacamos: desenvolvimento tecnológico intenso, principalmente nas indústrias metalúrgica, química, elétrica e farmacêutica; período de grandes invenções que revolucionaram a medicina, a eletricidade, os meios de transporte, as guerras; surgimento dos Estados Unidos como grande potência econômica mundial; migração da população das áreas rurais para os centros urbanos; utilização dos motores à combustão (uso do petróleo como combustível); disputa territorial por países da África, Ásia e América Latina (imperialismo). A SEGUNDA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL DESCOBERTAS DA SEGUNDA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL A Segunda Revolução Industrial foi simbolizada pela criação da locomotiva a vapor (1814), pelo inglês George Stephenson, que carregava vagões a uma velocidade de 26 km por hora — bem mais rápido do que um cavalo faria. Pouco depois, a Europa e os EUA estavam cobertos de ferrovias. O barco a vapor (1807) foi criado pelo norte-americano Robert Fulton. Os navios eram movidos por grandes rodas propulsoras cheias de gás. A SEGUNDA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL DESCOBERTAS DA SEGUNDA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL Os ingleses Faraday e Henry (1831), respectivamente, descobriram o gerador e o motor elétrico, que seriam largamente empregados na indústria no fim do século XIX. As comunicações puderam viajar na velocidade da luz quando o norte-americano Morse inventou o telégrafo (1844). O petróleo foi um recurso que teve grande ascensão durante a Segunda Revolução Industrial. Antes, ele era utilizado somente em sistemas de iluminação, mas, após a invenção do motor a combustão, passou a ser utilizado em um ritmo mais avançado. A SEGUNDA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL DESCOBERTAS DA SEGUNDA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL A utilização do petróleo como combustível do motor à combustão representou um grande avanço no campo da química. Mais tarde, o alemão Karl Benz utilizaria esse motor na criação do primeiro carro (1886). No geral, a química foi um setor de inúmeras descobertas, porque o petróleo permitiu a derivação de outras substâncias, que foram usadas como fonte de energia. Em seguida, cientistas descobriram o plástico e o poder explosivo da nitroglicerina. A SEGUNDA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL DESCOBERTAS DA SEGUNDA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL A medicina também foi beneficiada com as novas descobertas. O estetoscópio — aquele aparelho que aumenta o som, útil para os médicos escutarem o coração — foi criado pelo francês Laënnec (1816). Motor a vapor (movido a carvão), umas das grandes invenções da Revolução Industrial. (Foto: Wikipedia) A SEGUNDA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL DESCOBERTAS DA SEGUNDA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL A criação da lâmpada incandescente aconteceu nesse período de transformação, em 1879. Ela representou um importante marco para os sistemas de iluminação dos grandes centros urbanos e industriais daquela época. Diante disso, o fornecimento de energia elétrica desencadeou uma série de outros processos, como a invenção do telégrafo, o uso do motor a explosão e a descoberta de corantes sintéticos. No setor automobilístico, surgiram as primeiras linhas de montagens com a criação de esteiras rolantes, em 1920. Esse local era usado para a montagem de produtos. A SEGUNDA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL MUDANÇAS NO COTIDIANO No cotidiano, as pessoas deixaram as áreas rurais e foram morar nas cidades. Assim, surgiram as grandes metrópoles. O ritmo da vida passou a ser ditado pelo relógio. O tempo não era mais igual ao da natureza, das estações, do nascer e do pôr do sol, mas sim o tempo do apito das fábricas. No campo dos transportes surgiram sistemas avançados como a navegação por barco a vapor, a criação das ferrovias e do carro. O tempo de viagem encurtou radicalmente. A quantidade de pessoas e cargas transportadas nos trens e nos barcos passou a aumentar radicalmente. A SEGUNDA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL MUDANÇAS NO COTIDIANO A Segunda Revolução Industrial modificou profundamente o mundo, as relações entre as pessoas, a forma de trabalhar e de viver. O trabalho artesanal diminuiu e deu lugar à produção de mercadorias industrializadas. Assim, os produtos passaram a ser feitos em menos tempo. Essa nova realidade fez com que a classe trabalhadora não fosse capaz de consumir tudo que era produzido, o que acabou gerando um grande excedente na produção, diminuindo os lucros e causando diversos prejuízos. A SEGUNDA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL MUDANÇAS NO COTIDIANO Os países capitalistas, como Alemanha e Estados Unidos, necessitavam então ampliar seu mercado consumidor, expandindo-o geograficamente para além dos territórios europeus. Além disso, precisavam também buscar matéria-prima suficiente para suprir a produção. Surge, nesse momento, o que ficou conhecido como: imperialismo. As consequências da Segunda Revolução Industrial podem ser vistas tanto na economia quanto na sociedade. O desenvolvimento tecnológico propiciou a produção em massa e uma nova forma de organização do trabalho, dando origem a novas relações entre os empregadores e empregados. Com o monopólio das grandes empresas, que, sozinhas, dominavam o mercado, houve concentração do capital e desvalorização da mão de obra. A SEGUNDA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL MUDANÇAS NO COTIDIANO Aumentaram o surgimento das doenças e acidentes de trabalhos devido às péssimas condições da salubridade e da extensa jornada. Crianças foram utilizadas como mão-de-obra e o salário de um operário era muito baixo. A SEGUNDA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL Fordismo Entre os setores que mais se sobressaíram, a indústria química e metalúrgica desenvolveram admiravelmente. Isso se deve especialmente ao uso do aço, pois foi com ele que a siderurgia conquistou seu lugar. A Ford, indústria automobilística, surgiu nos Estados Unidos, sendo a primeira a introduzir um modelo de produção em massa baseado na linha de raciocínio do seu criador: Henry Ford. O sistema era composto por linhas de montagens semiautomáticas. As esteiras criadas faziam o chassi andar por toda a fábrica. Dessa forma, os funcionários podiam montar os carros em outra esteira com as peças que chegavam. A SEGUNDA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL Fordismo Esse estilo de montagem criou um paradigma de regulação técnica e de trabalho reconhecido em todo o mundo industrial como modelo “fordista”. O Fordismo, por sua vez, tornou esses produtos mais acessíveis para a economia, pois reduziu o custo da produção e barateou os artigos produzidos. Sua principal característica era o uso de tecnologias envolvendo a metalurgia, a petroquímica, o motor a explosão e a eletricidade. A SEGUNDA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL Taylorismo O Taylorismo propôs a divisão organizacional entre a criação e a execução, ou seja, dividiu melhor as funções, separando o trabalho manual do intelectual. Frederick Taylor, engenheiro e principal fundador desse sistema, aprimorou o modelo de produção do fordismo de uma forma mais racionalizada. Para ele, cada trabalho deveria ser estudado e desenvolvidocientificamente. A SEGUNDA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL Taylorismo Isso permitiu o aperfeiçoamento de processos produtivos e melhorou a capacidade de trabalho dos operários. O objetivo era economizar o máximo em termos de esforço produtivo. A estratégia de organização estimulou o desenvolvimento de grandes indústrias e a geração de grandes concentrações econômicas. Dessa forma, foram geradas as primeiras holdings, trustes, cartéis e com isso Taylor elaborou um sistema que designou de Organização Científica do Trabalho (OIT). REFERENCIAS SOUSA, Rafaela. "Segunda Revolução Industrial"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/historiag/segunda-revolucao-industrial.htm. Acesso em 27 de março de 2021. Segunda Revolução Industrial: como foi, contexto e mais!,2021, Disponível em: < https://www.stoodi.com.br/blog/historia/segunda-revolucao-industrial/>. Acesso em: 27/03/2021, MARÇO e 2021 MENDONÇA. Camila; SEGUNDA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL, Disponível em: < https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/historia/segunda-revolucao-industrial/>. Acesso em: 27/03/2021, MARÇO e 2021.
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