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Igreja medieval - fundação, expansão e relação com o Estado

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Igreja Medieval
Pontos abordados: 
1. Surgimento do cristianismo e da Igreja.
2. Ascensão do cristianismo e expansão da Igreja
3. Funcionamento da Igreja primitiva
4. Junção da Igreja com o Estado
5. Cristianismo nas invasões bárbaras 
6. Introdução às cruzadas
Perseguições e institucionalização da Igreja:
O cristianismo surge como vertente dentro do judaísmo. Inicialmente ambos conviviam e os imperadores romanos não davam tanta atenção para a religião, exatamente porque a cristandade se adapta ao Estado, já que Paulo vai pregar que o poder do imperador é dado por Deus e por isso deve ser respeitado.
Com a crise do Império romano e o paganismo dizendo que os cristãos estavam colaborando para a queda do sistema e não sacrificando aos deuses, os imperadores no período da Anarquia militar (235 d.C. e 284 d.C.), vão fazer leis que resultaram na perseguição dos cristãos. No entanto, a intensidade dessas perseguições era local, sendo que não foram muitos os imperadores que fizeram questão de ratificá-las. Quem realmente promove o desenvolvimento e cumprimento dessas leis é Diocleciano (284 a.C. – 305 a. C.) que persegue os cristãos, matando aproximadamente 3000 deles e os obrigando a sacrificar aos deuses da cidade, assim como Valério. A seguir, Galeano vai abolir essas leis, por mais que ainda vigore um certo estigma sobre o cristianismo, as perseguições de forma institucionalizada, vão cessar. Ou seja, essas perseguições duram de 250 a 306.
Constantino que foi o primeiro imperador cristão, se converteu no final de sua vida (310-312) e aboliu as perseguições cristãs assim que chega ao cargo, restituindo os bens da Igreja e acreditando que os cristãos podiam servir de apoio, já que ele precisava ser ratificado como imperador, pois era um usurpador.
Assim, a Igreja vai sofrer uma expansão, com diversas modificações em sua estrutura. A partir de então, o imperador passa a intervir em assuntos eclesiásticos, como a teologia promovida e o desenvolvimento de dogmas (como fez Constantino). Esse movimento de expansão é benéfico, mas ao mesmo tempo vai atar a Igreja ao poder imperial, posteriormente resultando em um cesaropapismo. Entre 429 e 439 são promulgadas diversas leis no império, definido e defendendo as leis católicas (da Igreja e que ainda não eram instituídas no Estado).
A partir dos filhos de Constantino, algumas leis foram estabelecidas em favor da Igreja. Inicialmente os imperadores cristãos apenas proibiram o uso de magia, e posteriormente (em 435) começaram a punir de morte os pagãos (judeus não eram punidos com tortura ou morte, porque era considerava uma religião oficial, no entanto, eram isolados da sociedade).
Obs: Essas mudanças foram amplamente apoiadas por Santo Agostinho.
É dessa maneira que em 380 no Édito de Tessalônica, Teodósio vai transformar o catolicismo na região oficial do Império, concedendo diversos privilégios à Igreja.
Assim, os cristãos passam de minoria a uma instituição estabelecida, muito rica, que recebia imensa quantidade de doações e esmolas (que contribuíam nos seus tesouros) e que era endossada pelo Estado. Isentos de impostos, com bispos sendo árbitros em assuntos do Império – ou seja, mediando as discussões entre o governo central e os as províncias, chegando ao ponto em que membros de alta cúpula eclesiástica, como os bispos, não eram julgados por autoridades seculares, além de se tornarem juízes e magistrados. 
É importante ressaltar que, apesar de nesse período o cristianismo ser institucionalizado e não poder mais desacatar o Estado, não podendo causar tumultos e ir contra a opressão imperial, ainda assim, a Igreja continuou fazendo diversas ações que contemplavam os pobres, como, por exemplo, o direito dos bispos de visitar prisões e ajudar seus encarcerados, ou que indivíduos pudessem buscar asilo dentro das igrejas (em 419 foi estabelecido que não poderiam ser presas pessoas num raio de 50 passos da Igreja, sofrendo acusação de sacrilégio) – igual no Corcunda de Notre Dame) 
Como funcionava a Igreja (principalmente a primitiva):
Inicialmente a Igreja era liderada por apóstolos (principalmente o Paulo de Tarso) que passaram a liderança para bispos. Em províncias muito grandes eles tinham conselhos de patriarcas que se reuniam para tomar decisões. A maior importância era do bispo de Roma (que vai gerar o papado) e foi uma construção gradual, e que diverge no Oriente, onde a Igreja ortodoxa vai ser formada posteriormente.
É no Concílio de Nicéia (325), Constantinopla (381), Éfeso (431) e Calcedônia (451) que são decididos os dogmas da Igreja, assim como a obrigação na crença trinitária e Jesus Cristo como ser humano. A Igreja também era dividida entre clero regular, que eram os que seguiam ordens, como monges (franciscanos, dominicanos, a ordem de cluny etc.) e clero secular, composto por bispos, padres e diáconos.
Esses concílios eram convocados por imperadores, ratificando o cesaropapismo. Essa situação posteriormente gerou conflitos – iniciados principalmente por Ambrósio, bispo de Milão e o imperador Constâncio II – porque era o imperador que nomeava os cargos do bispado, já que para ele era vantajoso, porque uma parte do conselho que coroava e passava a púrpura imperial (afirmando a escolha do imperador por Deus) eram bispos. Então obter esse apoio, colaborava muito para que o monarca pudesse se manter no poder. No entanto, monges como os da ordem de Cluny e o Papa Gregório Magno, defendiam que os cargos eclesiásticos deviam ser nomeados pela própria Igreja (no caso dos monges, principalmente para afastar interesses políticos e pessoais da Igreja, já que a nobreza mandava seus filhos que não eram herdeiros de riquezas, para conseguir cargos elevados dentro da instituição).
A visão da Igreja relacionada às invasões bárbaras:
Os pagãos romanos odiavam os bárbaros, como é mostrado com frequência em seus textos, porque eles estavam aniquilando sua civilização. Esse pensamento vai refletir em diversos autores cristãos, que consideravam o Império Romano berço do cristianismo, vendo assim inimigos nos povos germânicos (o que posteriormente, com a passagem dos anos e também as conquistas, vão mesclando cada vez mais com as populações locais, até a Igreja apoiar os reis francos e a dinastia carolíngia). No entanto, é válido lembrar que os autores cristãos que eram mais ligados a Roma e tinham mais proximidade com sua elite, ou seja, famílias mais ricas e que tinham maior influência, eram os que mais desprezavam os germânicos, já os mais afastados desse convívio social tinham visões mais brandas sobre as invasões, principalmente nas regiões de província.
Santo Ambrósio, bispo de Milão, via os germânicos como desprovidos de humanidade, assim como Sinésio de Cirene.
Já Agostinho – que era bispo africano – via as invasões como apenas mais um infortúnio na série de desgraças que já estavam acometendo a história romana, ressaltando ainda que Alarico (rei visigótico e que tomou Roma em 410), teve consideração pelas Igrejas, ao contrário de diversos generais romanos.
O monge Salviano, que comenta sobre as invasões, alega que a população deveria se questionar se os bárbaros eram tão diferentes dos cristãos e que se havia mesmo tanta desumanidade quanto eles pregavam.
A junção de Estado e Igreja a partir dos Francos:
Com o surgimento do papado, o denominado papa, tinha liberdades em relação aos imperadores romanos orientais, porque o cargo era indicado dentro da própria Igreja. No entanto, ele precisava do apoio dos novos povos que chegavam à península, no caso, os Francos. Clóvis, rei franco e fundador da dinastia merovíngia, foi o primeiro rei católico após a queda do Império. Ele fez questão de se converter e converter sua população, possuindo uma boa relação com os bispos.
Num contexto posterior, a linhagem merovíngia estava com o poder deteriorado e os mordomos (considerados os primeiros ministros e que tinham influência e poder local), estavam planejando tomar o poder, e dentro desse grupo estava quem? Carlos Martel, que é pai de quem? Exatamente, do Pepino, o Breve,que se declara rei e acaba com os merovíngios. Mas pra isso, ele precisava de uma justificativa para que ele fosse legítimo ao invés dos indivíduos da linhagem com sangue de Clóvis, daí qual era a solução?
Pepino vai se aproximar da Igreja buscando legitimidade, colaborando no assunto dos lombardos, e dando ao papa o território do Patrimônio de São Pedro. Em troca ele foi legitimado como rei e ungido pelo próprio papa. É assim também que surgem os carolíngios.
Dessa forma, os carolíngios e a Igreja vão perpetuar uma aliança, que pode ser percebida com o sucessor de Pepino, Carlos Magno – coroado pela Igreja e que expandiu o reino e a dominação da dinastia. “O papa articula a sua consagração como imperador e depois através de diplomacia e cessão de territórios, o imperador bizantino acata e consolida este acerto. Com a aceitação do imperador do Oriente e as bênçãos da Igreja o imperador ocidental, neste caso um rei franco obtinha a legitimação de seu poder. Estava sendo criado o Império Germânico, no qual inicialmente os papas possuíam um papel secundário, mas que logo se definiu como uma parceria entre papas e imperadores” (FELDMAN, 2015).
Carlos Magno era cesaropapista e definia os altos cargos da Igreja, inclusive do bispado, ele era considerado o real maior líder religioso. Seu descendente já teve que lidar com muito mais reclamações da Igreja em relação ao controle do rei nos cargos eclesiásticos, principalmente com o crescente pensamento de que a Igreja, como porta-voz de Deus na Terra, é que devia nomear seus próprios cargos e dizer se o imperador era válido ou não.
“A Igreja tinha o controle do saber, pois a maioria da população era iletrada. Entre os letrados, a maioria absoluta estava nos quadros clericais. Eram monges ou membros das camadas superiores do clero secular. Com isso a Igreja começa a criar elementos teóricos para consolidar seu domínio e justificar sua preeminência na sociedade. Um dos exemplos deste esforço para inverter a posição da Igreja foi a definição da condição de reis e imperadores por vontade divina. Esta construção legitimava as monarquias e o império, mas oferecia a Igreja o importante papel de sacralizar os governantes, visto que “todo poder vem de Deus” e a única intermediária legítima entre Deus e a humanidade seria a Igreja” (FELDMAN, 2015).
Ou seja, a Igreja vai cada vez mais tentar lutar para se afastar da visão de que o imperador era o principal líder clerical.
Expansão cristã:
A construção e expansão de igrejas colaborou para desenvolver o Ocidente, já que com o surgimento de novos ambientes, estimulava a economia pela produção de matéria-prima, mão de obra e financiamento de trabalhos, além de outras obras não necessariamente da Igreja, mas que eram relacionados com suas funções como pontes, celeiros e mercados.
Essa expansão de territórios se relacionava com agora o novo aumento demográfico (principalmente pós os períodos mais graves de guerras e invasões), que foi tanto causa e consequência da mesma.
O aumento demográfico vai expandir ainda mais a cristandade. Já que as maneiras de produção da Idade Média não eram muito eficazes, sendo muito suscetíveis as pragas e efeitos naturais (como chuvas e secas), a solução era possuir grandes territórios para tentar fazer a produção dar conta da necessidade por alimentos. Isso gerava uma grande demanda por explorar novos territórios, para que houvesse sempre novas terras. Os indivíduos que exploravam acabavam levando os cristianismos consigo e construindo novas Igrejas.
Também é importante ressaltar que esses territórios que podiam ser explorados geralmente eram extensões dos antigos que já existiam e que estavam desgastados por usos anteriores, levando em consideração que as florestas não eram muito desmatadas porque eles precisavam de certas provisões que vinham dela, além de ser o ambiente de caça dos senhores. Por isso e que se torna necessária a exploração de algumas áreas, que vão sofrer interferência humana, como a secagem de pântanos ou constituição de pôlderes (diques e muros de contenção). Ou a conquista de novas terras e fundações de novas aldeias.
Ou seja, o cristianismo passou por uma expansão para o exterior, o que obviamente gerou certos conflitos, assim como trouxe um movimento de conquista, expandindo fronteiras e realizando expedições em terras muçulmanas, o que vai resultar nas cruzadas – que eram uma mistura entre objetivos religiosos, econômicos e nacionalistas, que também geram grandes despesas e estagnação do Ocidente.
Cruzadas:
O aumento de igrejas, mesmo que em parte fosse por luxo, também acontecia devido a necessidade de acomodar mais pessoas devido ao aumento demográfico que vai ocorrer ao longo do ano 1 000. Esse crescimento das igrejas, vai trazer mão de obra, matéria prima e trabalho e colaborar no crescimento do Ocidente.
No entanto, para acomodar esse contingente de pessoas (por causa da produção de alimentos que não era muita e precisava de terras etc.), novos territórios vão precisar ser explorados, essas áreas provinham de antigas terras (já desgastadas por uso em outras épocas).
Outra solução era explorar territórios exteriores, uma decisão que não foi pacifica e trouxe diversos conflitos e consequências ao Ocidente. É dessa maneira que vai nascer o movimento de conquista, ampliando as fronteiras ocidentais e com finalidades demográficas, econômicas e religiosas. 
Inicialmente não vão ser chamadas de cruzadas, são apenas movimentos de conquista mesmo, porque as cruzadas vão ter diversas características, mas a sua principal é ser qualquer expedição partida do ocidente com o objetivo de chegar na Terra Santa (mesmo que não chegasse a Jerusalém).
Uma das vitórias da expansão cristã foi a reconquista de quase toda a Espanha que antes estava sob o comando dos muçulmanos. 
É válido lembrar que a reconquista não foi uma série de apenas sucessos, tiveram algumas derrotas como a destruição da basílica de Santiago, algumas grandes vitórias e outros momentos de estagnação. Uma etapa decisiva foi a tomada de Toledo por Afonso de Castela.
A reconquista espanhola vai assumir a imagem realmente de um sistema de repovoamento, valorização e reconstrução do país, que foi devastado devido as continuas guerras para retomar o território. 
É a partir do século XI que a reconquista vai assumir um cunho religioso e vai preparar o caminho para o surgimento das cruzadas. Posteriormente na França e na Prússia que essa reconquista vai assumir o nome de cruzadas.
No entanto, esse crescimento no século XI das cruzadas e também sua deterioração a partir do século XIII, mostraram que no quesito da reconquista da Terra Santa as vitórias foram medíocres e trouxeram muitos gasto, porém trouxeram a mentalidade cruzadista pra o Ocidente, em que as pessoas queriam ter essa perspectiva de aventura, desbravamento e oportunidades de viver de forma diferente da que elas presenciavam na Europa. Mesmo com as consecutivas falhas e tudo que deu errado, o desejo de riquezas e feudos atraía cavaleiros e principalmente uma camada mais pobre.
De acordo com Le Goff, as cruzadas não trouxeram de fato desenvolvimento interno do Ocidente, nem o aumento do comércio, ou técnicas e produtos novos. Na visão dele, as cruzadas trouxeram grandes gastos para o Ocidente, o que a Igreja usou de justificativa para cobrar mais fiscalidades e vender indulgências com mais frequência. 
O empobrecimento principalmente do estamento dos cavaleiros, colaborou para o aumento das rivalidades nacionais, além da violência e excessos ao fazer as pilhagens, como o cerco de Constantinopla e o massacre em Jerusalém.
Um resultado que foi promissor, foi o enriquecimento de Genova e Veneza com as locações de barcos.
O papado também tinha o objetivo de unificar a divisão da Igreja, que era muito fragmentada apesar de seus sucessos em conquista (isso é nítido das cruzadas, que são extremamente descentralizadas e sem o sucesso da Igreja em ser o motivo de coesão), mas esse objetivo fracassou, tendo o único sucesso o novo espírito cruzadista que se instalou noOcidente, dando significação de triunfo e não sofrimento ao cristianismo.
Fatores imediatos que causaram as Cruzadas: 
a. Crise do sistema e marginalização de grande parte da população.
b. Crescimento do poder da Igreja: Querela das Investiduras (Gregório VII e Henrique IV) resulta no fortalecimento do Papado. 
c. Cisma do Oriente: em 1054 há o rompimento entre o Patriarca de Constantinopla e o papa. Igreja Ortodoxa se separa do Ocidente. 
d. Imperador bizantino receia o avanço dos turcos seldjúcidas. As “dificuldades” aos peregrinos que querem visitar o Santo Sepulcro. 
e. Urbano II / Concílio de Clermont - convocação da 1ª Cruzada (1095/1099). 
f. Nobreza europeia organizada e com apoio bizantino toma territórios na Ásia Ocidental e funda reinos e estados feudais semelhantes aos da Europa. 
Observação: as cruzadas ocorriam em parte por interesse de certos agentes e em partes por religião, apesar de terem outras motivações, as pessoas também acreditavam na reconquista de Jerusalém.
Cruzadas datas:
 2ª Cruzada (1147 – 1149) - fracasso do Imperador Conrado III e do rei francês Luís VII, por desunião e acordos divergentes com outros poderes cristãos. 
Obs.: Os franceses se juntam ao imperador, mas obtém poucos resultados.
 3ª Cruzada (1189-1192) – O imperador Frederico Barba Roxa e os reis da França Filipe Augusto e da Inglaterra Ricardo Coração de Leão tomam Acre e assinam acordo com Saladino sultão do Egito – acesso a Jerusalém. 
Obs: o sultão do Egito era do Norte da Mesopotâmia, ou seja, era curdo.
4ª Cruzada (1202-1204) - Nobreza em acordo com venezianos intervém em lutas dinásticas pelo Império Bizantino: duas conquistas de Constantinopla e criação do reino Latino de Constantinopla (1203 -1261). 
Obs.: a rota da seda e das especiarias chegavam até Bizâncio, que fecha o comércio de Veneza, por eles serem muito expansionistas e dão monopólio do comércio a Genova. Então Veneza financia uma excursão das cruzadas, onde no caminho até Jerusalém era pra eles resolverem isso. 
 5ª Cruzada (1217 -1221) – invasão do Egito e fracasso de rei húngaro e duque da Áustria. 
6ª Cruzada (1228 – 1229) – Imperador Frederico II obtém por vias diplomáticas o acesso aos Lugares Santos (Jerusalém, Belém e Nazaré). 
7ª Cruzada (1248 -1250) – São Luís fracassa na campanha no Egito e cai prisioneiro. Perdas humanas por causa do tifo. Resgate do rei é pago. 
8ª Cruzada (1270) – São Luís morre em Tunis. A última Cruzada é suspensa. 
10. Razões do fracasso das Cruzadas:
a) Ocupação superficial sem colonização e integração à região.
b) Anarquia feudal e luta entre grupos e interesses divergentes de nobres, reis e comerciantes italianos. 
c) Falta de unidade militar, cultural entre os grupos + incapacidade da Igreja de criar um agente catalisador através da fé comum. 
Efeitos das Cruzadas: 
1. Crescimento do comércio 
2. Refinamento dos gostos no Ocidente 
3. Expansão das cidades estado italianas pelo Mediterrâneo e recuo dos muçulmanos 
4. Introdução de produtos, saberes e técnicas no ocidente cristão 
5. Reaquecimento da economia aumentou o crescimento urbano, fez aumentar a circulação monetária, e causou o enriquecimento da burguesia.

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