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Mapa Conceitual 1 - Urinálise

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Etapa com maior incidência de erros (46-68%)
EAS/Urinálise
Etapa pré-analítica
Etapa analítica
Requisição
Preparação do paciente
Coleta
Analista
Metodologia
COAN, Etienne Wessler. Fase pré-analítica: coleta e envio de amostras. Secretaria de Estado da Saúde/Laboratório Central do Estado do Paraná (LACEN/PR). 2015.
CONCENT. Conheça as três fases dos exames laboratoriais [Internet]. 2021 [cited 2022 Jan 8]. Available from: https: //blog.concentsistemas.com.br/tres-fases-exames-laboratoriais/
MUNDT, L.A.; SHANAHAN, K. Exame de Urina e de Fluidos Corporais de Graff. 2 Ed. Porto Alegre: Editora Artmed, 2012. 352 p.
SBPC/ML. Recomendações da SBPC/ML para exames em urina. Disponível em: <http: //www.sbpc.org.br/noticias-e-comunicacao/recomendacoes-da-sbpcml-para-exames-em-urina/>. Acesso em:
14 jan. 2022.
Identificação
Equipamentos, reagentes e instrumentos
Os erros mais comuns são: requisição incorreta, perda
da requisição, transporte inadequado, identificação
errada do paciente, interpretação errônea da
requisição, orientação inadequada ao paciente,
utilização de aditivo inadequado e centrifugação
inadequada
Os principais erros consistem em falha no
equipamento, perda da amostra, troca na
identificação da amostra e contaminação
entre amostras
Finalidade
Fornecer informações suficientes para identificação do paciente e
requisitante, dos dados clínicos e medicamentos em uso, da amostra/
material a ser coletado e suas respectivas análises
Clínica
Garante que a demanda do paciente seja atendida corretamente
Finalidade
Fornecer ao paciente informações necessárias para que ele se prepare para
coleta de acordo com exames solicitados
Clínica
Assegura que paciente compreendeu quais são os cuidados para que os
resultados sejam fidedignos da situação clínica
Orientações
Verificar quantas amostras de urina são necessárias para exame, bem como
realizar higienização e colheita da urina
Clínica
Quando coletada corretamente, a amostra tem menor risco de apresentar
contaminação
Orientações
Amostras devem ser identificadas adequadamente e individualmente
Amostras com identificação inadequada não devem ser analisadas
Finalidade
Atesta que requerente receberá os resultados corretos relacionados à sua
demanda
Armazenamento e transporte
Orientações
Deve-se respeitar o tempo de armazenamento e condições de temperatura
para preservar integridade e estabilidade da amostra
Finalidade
Garantir que amostra estará íntegra para análise
O analista deve ter conhecimento da técnica a ser realizada, bem como
cumprir os Procedimentos Operacionais Padrão e utilizar Equipamentos de
Proteção Individual
Desejável Reduz chances de execução e interpretação dos resultados incorretamente
Deve garantir a precisão e especificidade do resultado
Acordo com os POPS 
Verificados pelo Controle de Qualidade
Finalidade
Necessário
A urina é um produto da fisiologia renal
A urina é o espécime de obtenção mais conveniente para o uso em testes
laboratoriais e os resultados dos testes frequentemente dependem da coleta e da
manipulação das amostras
A coleta é uma importante etapa pré-analítica
Em uma situação ideal, a amostra para exame é examinada fresca. Entretanto,
quando não é possível deve ser refrigerada
O início das etapas analíticas iniciam com o exame físico da urina
Após o exame físico, ocorre a análise química
A terceira etapa analítica consiste no exame microscópico do sedimento urinário
Os principais constituintes da urina são água, ureia, ácido úrico, creatinina, sódio,
potássio, cloreto, cálcio, magnésio, fosfatos, sulfatos e amônia
Indicações clínicas: diagnostico de infecções urinarias, investigação funções
metabólicas, desidratação, distúrbios no equilibrio ácido-base e equilibrio eletrolítico 
Ponto -chave, passível de erro, pode ser feita em residência ou lab. Paciente deve ser
bem orientado (higienização, jato médio, primeira urina da manha...)
A Conservação e transporte devem realizado em ate 2h ap´s a coleta,amostra não
deve ser exposta a luz e deve ficar em recipiente isotérmico e bem fechado. Deve ser
manuseado de acordo com a biossegurança. Se urina não é bem conservada, pode
haver comprometimento da amostra (como alteração da cor, aspecto, aumento do
pH, degeneração de células e cilindros...)
colocar gota entre lamina e lamínula → examinas área em aumento de 100x →
passar para 400x → contar 20 campos (hemácias, leucócitos e celulas epiteliais) →
avaliar presença de cristais e microbiota
Urina
Fisiologia Renal
Componentes principais: fim, ureteres, bexiga e uretra
Função renal
Influenciada por volume, pressão, composição sanguínea e hormônios das glândulas
adrenal e pituitária 
Manutenção da homeostase, regulação de fluidos corporais, balanço ácido-base,
balanço eletrolítico, excreção de resíduos, manutenção da pressão sanguínea e
eritropoeiese
Formação da urina
Ultrafiltrado apresenta mesma composição do plasma sanguíneo (normalmente livre
de proteínas)
Mais de 80% do filtrado formado é reabsorvido no túbulo proximal
Processo de secreção tubular remove produtos finais exógenos indesejáveis que não
são filtrados pelo glomérulo (medicamentos e toxinas) e promove a secreção de íons
que auxiliam na regulação do balanço ácido-base e de eletrólitos
Volume urinário
Anúria - Supressão da formação de urina. < 100 mL/24h/2-3 dias consecutivos 
Oligúria - < 500 mL/24h ou < 300 mL/m²/24h 
Poliúria - > 2500 mL/24h
Constituintes
Em algumas condições patológicas, corpos cetônicos, proteínas, glicose, porfirinas e
bilirrubina estão presentes em grandes quantidades.
A urina pode também conter cilindros, cristais, células sanguíneas e células
epiteliais. Alguns destes são considerados normais, ao passo que outros são
observados em distúrbios renais e metabólicos.
As células epiteliais podem ser:
a) Escamosas: revestem a uretra e a vagina de mulheres e a porção distal da uretra
de homens. Mais comuns e mais numerosas observadas na urina (contaminação
vaginal)
b) Uroteliais (de transição): revestem os cálices renais, a pelve renal, os ureteres, a
bexiga e, nos homens, a maior porção da uretra. Observadas em pacientes normais
ou que passaram por cateterização. Números aumentados são observados em
infecções do trato urinário e em carcinoma de células de transição
c) Tubulares renais: observadas ocasionalmente em um indivíduo sadio e em
números aumentados ou em fragmentos, ou em cilindros de diversas células na
isquemia tubular aguda, na doença tubular renal tóxica ou na necrose tubular. Na
síndrome nefrótica, essas células absorvem e tornam-se ingurgitadas de gordura
(corpúsculos gordurosos ovais)
URINÁLISE
Exame físico da urina inclui observação do aspecto e da concentração da urina e,
emmor extensão, odor e presença de espuma
Exame Físico da urina + Análise Química → varredura e diagnóstico de doenças
Coleta de amostras
Coleta de toda amostra excretada - amostra não pode ser utilizada para exame
bacteriano e amostra do sexo feminino frequentemente encontra-se contaminada por
secreções vaginais
Coleta com cuidados de higiene - Obtenção de amostras não contaminadas.
Realização simples e fornece amostra que pode ser utilizada em exames
bacteriológicos e EAS. Antes da coleta, a genitália externa deve ser higienizada com
solução antisséptica suave. Durante a coleta, o jato inicial de urina é rejeitado, sendo
o jato médio coletado em um frasco estéril. As mulheres devem abrir os lábios
vaginais durante a micção. A porção final do fluxo de urina também é descartada
Coleta do jato médio, sem higienização prévia ou uso de recipiente estéril, fornece
uma amostra satisfatória para testes rotineiros de urina
Coletas em três frascos - Utilizadas para determinar a presença de infecção de
próstata. Todas as porções da urina são coletadas em três recipientes distintos.
Infecções do trato urinário revelarão contagens aumentadas de leucócitos e bactérias
no segundo e no terceiro recipientes, ao passo que infecções de próstata revelarão
maiores contagens de leucócitos e bactérias no terceirorecipiente do que no
segundo
Preservação da amostra
Etapa pré-analítica
Amostras mantidas em temperatura ambiente rapidamente sofrem decomposição,
principalmente devido à presença de bactérias 
Alguns componentes urinários, como células sanguíneas e cilindros, ainda tendem a
sofrer deterioração quando mantidos em repouso
Produção de amônio
↑pH = decomposição de cilindros
Falso-negativo de gliosúria
Preservantes
Ácido bórico - interfere na leitura do pH e preserva elementos formados
Clorexidina - impede crescimento bacteriano → preservante de glicose
Clorofórmio - provoca alterações nas características do sedimento celular
Formalina - preserva sedimentos urinários, mas em concentração alta provoca
precipitação de proteínas
Timol - interfere o teste de precipitação ácida de proteinas
Tolueno - preserva cetonas, proteínas e substâncias redutores. Não eficaz contra
bactérias já presentes na urina
Amostra de escolha é a primeira urina (+ concentrada)
Exame de características físicas
Cor - pode variar de amarelo pálido a âmbar escuro, dependendo da concentração
dos pigmentos urocromo e, em menor extensão, urobilina e uroeritrina. Fatores
capazes de alterar cor incluem dieta, medicamentos e produtos químicos presentes
em doenças
Transparência - urina normal em geral é transparente, porém pode tornar-se turva em
virtude da precipitação de fosfatos amorfos em urina alcalina ou de uratos amorfos em
urina ácida
Espuma - branca e estável, formada pela agitação da amostra, pode ser observada
em urina que contém quantidades moderadas ou elevadas de proteínas. A espuma
presente em amostras de urina agitadas pode apresentar coloração amarela a
amarelo-esverdeada, se houver presença de quantidade suficiente de bilirrubina 
Odor - presença prolongada de qualquer odor forte incomum pode ser associada a
distúrbios hereditários
Concentração - indicador da concentração de matéria dissolvida na urina; entretanto,
não depende apenas do número de partículas, mas também do peso das partículas
na solução. A gravidade específica é utilizada para medir a capacidade de
concentração e diluição do rim em seu esforço para manter a homeostase corporal
Análise Química
EAS inclui testes químicos para pH, proteínas, glicose, cetonas, sangue oculto,
bilirrubina, urobilinogênio, nitrito, esterase leucocitária, e um método com tira
reagente para gravidade específica
Tira reagente - tira estreita de plástico com pequenos campos afixados que contém
reagentes para uma reação distinta, permitindo assim a realização simultânea de
vários testes. Para que resultados precisos e confiáveis sejam obtidos com as tiras,
estas não devem ser expostas a umidade, luz solar direta, calor ou substâncias
voláteis e devem ser armazenadas em sua embalagem original. A embalagem não
deve ser mantida em refrigerador ou exposta a temperaturas superiores a 30ºC
pH - para manter um pH constante no sangue, o rim deve variar o pH da urina para
compensar a dieta e os produtos do metabolismo. O pH da urina pode variar de 4,6 a
8,0, porém a média é cerca de 6,0, de modo que em geral apresenta-se ligeiramente
ácido
Proteínas - presença de quantidades aumentadas de proteínas na urina pode indicar
doença renal. Condições fisiológicas também podem levar à excreção aumentada 
Glicose e outras substâncias redutoras - quantidade de glicose na urina depende da
concentração de glicose no sangue, da taxa de filtração glomerular e do grau de
reabsorção tubular. Em geral, não haverá presença de glicose na urina até que o nível
sanguíneo exceda 160 a 180 mg/dL, que corresponde ao limiar renal normal para
glicose
Cetonas - acetona difunde-se para o ar quando a amostra é deixada em temperatura
ambiente. Portanto, a urina deve ser testada imediatamente ou refrigerada em
recipiente fechado até ser analisada 
Comprimidos acetest - nitroprussiato de sódio, glicina, fosfato dissódico e lactose.
Aproximadamente 10 vezes mais sensível ao ácido diacético do que à acetona.
Detecta valores baixos de ácido diacético e 20 a 25 mg/dL de acetona 
Sangue oculto - procedimentos detectam hemoglobina livre oriunda de hemácias
lisadas 
Bilirrubina e urobilinogênio - bilirrubina conjugada é facilmente filtrada através do
glomérulo e excretada na urina sempre que o nível plasmático está elevado. Em
geral, não são encontradas quantidades detectáveis na urina. Pequena quantidade de
urobilinogênio é excretada pelos rins com uma concentração normal de
aproximadamente 1 a 4 mg/24h
Nitrito - método rápido e indireto para a detecção precoce de bacteriúrias
significantes e assintomáticas
Estearase leucocitária - leucócito mais comumente observado em uma amostra de
urina corresponde ao neutrófilo, normalmente em baixos números. Números
aumentados em geral indicam infecção do trato urinário
Exame microscópico do sedimento urinário
Valiosa ferramenta diagnóstica para detecção e avaliação de distúrbios dos tratos
renal e urinário, bem como de outras doenças sistêmicas. Deve ser realizado em
uma amostra centrifugada
Cristais, bactérias, parasitas e outros sedimentos raros podem ser relatados como
presentes, raros, ocasionais, moderados ou diversos
Células que podem estar presentes na urina incluem hemácias, leucócitos e células
epiteliais, oriundas de qualquer região do trato urinário, desde os túbulos à uretra ou
como contaminantes da vagina ou da vulva
Células epiteliais podem ser originárias de qualquer sítio do trato geniturinário, do
túbulo convoluto proximal até a uretra, ou da vagina. Aumento acentuado é indicativo
de inflamação daquela porção do trato urinário da qual as células são derivadas
Cristais: quando urina encontra-se supersaturada por um composto cristalino em
particular, ou quando as propriedades de solubilidade daquele composto estão
alteradas, há a formação de cristais. Cristais mais importantes consistem em cistina,
tirosina, leucina, colesterol e sulfa
Urina alcalina tem cristais diferentes da urina ácida
Cilindros: formados no lúmen dos túbulos renais. Fatores envolvidos na formação de
cilindros incluem estase urinária (redução acentuada no fluxo de urina), acidez
aumentada, alta concentração de solutos e presença de constituintes iônicos ou
proteicos anormais
Estruturas variadas: bactérias, leveduras, cilindroides, espermatozoides, muco e
gordura
Artefatos e contaminantes: variedade de objetos estranhos pode penetrar na amostra
de urina durante a coleta, o transporte, a análise, ou quando depositada sobre a
lâmina de microscopia
Outros artefatos: outros tipos de fragmentos ou materiais estranhos que podem ser
encontrados no sedimento urinário incluem pelos, fragmentos de vidro, bem como
riscos na lâmina de microscopia, bolhas de ar, grânulos de pólen e talco
Parasitas: podem ser ocasionalmente observados na urina, quer por serem derivados
do próprio trato urinário, ou por contaminação vaginal ou fecal
COAN, Etienne Wessler. Fase pré-analítica: coleta e envio de amostras. Secretaria de Estado da Saúde/Laboratório Central do
Estado do Paraná (LACEN/PR). 2015.
CONCENT. Conheça as três fases dos exames laboratoriais [Internet]. 2021 [cited 2022 Jan 8]. Available from: https://
blog.concentsistemas.com.br/tres-fases-exames-laboratoriais/
MUNDT, L.A.; SHANAHAN, K. Exame de Urina e de Fluidos Corporais de Graff. 2 Ed. Porto Alegre: Editora Artmed, 2012. 352 p.
SBPC/ML. Recomendações da SBPC/ML para exames em urina. Disponível em: <http://www.sbpc.org.br/noticias-e-comunicacao/
recomendacoes-da-sbpcml-para-exames-em-urina/>. Acesso em: 14 jan. 2022.

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