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1 RN a termo: Nasce antes da 37ª semana de gestação; *OBS: Segundo o manual de Neonatologia (Cloherty, John, P. et al. 2015) Os recém-nascidos devem ser classificados pela IG, se possível, pois esta é, geralmente, mais fisiologicamente importante do que o peso ao nascimento. Peso do RN a termo: Geralmente é menor ou igual a 2500g Classificação quanto ao peso: PIG: Pequeno para a idade gestacional: Peso abaixo do percentil 10 GIG: Grande para a idade gestacional: Peso acima do percentil 90 AIG: Adequado para a idade gestacional: Entre os percentis 10 e 90 Os RNPT poderão ser acompanhados com as curvas de crescimento pós-natal do Intergrowth, que estão disponíveis em português para peso, comprimento e perímetro cefálico. Estas curvas são prescritivas, multiétnicas, utilizaram a melhor metodologia antropométrica e se ajustam perfeitamente às curvas da OMS. FONTE: Atenção à Saúde do Recém-Nascido Guia para os Profissionais de Saúde. Ministério da Saúde. Brasilia-2012. • Método introduzido em 1953 pela anestesista Virginia Apgar, que objetiva avaliar condições fisiológicas e de resposta do neonato. • Método de avaliação vital do RN traduzindo a adaptação imediata do feto à vida extrauterina • Normal o resultado igual ou superior a 7. • O principal interesse deste critério é orientar quem assiste o parto sobre a eventual necessidade de executar manobras de reanimação. • É considerado um marco na neonatologia. Até hoje, não foi criado outro método sistemático para a avaliação da vitalidade do neonato. • Considera frequência cardíaca, esforço respiratório, tônus muscular, coloração da pele e irritabilidade reflexa. • Avaliação no 1º e nos 5º minutos de vida. • Se pontuação < 7 no 5º minuto, o MS recomenda reavaliações a cada cinco minutos, até os 20 minutos de vida. Um Apgar baixo no 20º minuto é compatível com mau prognóstico, como mortalidade ou alguma disfunção neurológica. Desconforto respiratório: Avalia o esforço e ritmo respiratório. A presença de dificuldade respiratória pode revelar tanto comprometimento pulmonar (doença de membrana hialina, aspiração de mecônio, pneumotórax, etc.) como extrapulmonar (acidose, malformação cardíaca, hérnia diafragmática, atresia de coanas, etc.). - Resultado da avaliação APGAR: 8 e 10, o que representa bebês saudáveis e que não passaram por asfixia entre 6 e 7, significa que o recém-nascido passou por asfixia leve entre 3 e 5, uma asfixia moderada de 0 a 3, é considerado grave. - O resultado do primeiro minuto geralmente está relacionado com o pH do cordão umbilical e traduz asfixia intraparto. - Já o Apgar do quinto minuto se relaciona com eventuais sequelas neurológicas - O escore deixou de ser usado com o objetivo de determinar a reanimação neonatal e passou a ser usado para avaliar a resposta do RN às manobras realizadas FONTE: Hiperbilirrubinemia neonatal. Por Kevin C. Dysart. 2021. Manual da MSD para profissionais de saúde. UNIFG – BRUMADO-BA S.P 1.2: Nasceu e agora? NCS 3- TUTORIA OBJETIVO 1: CARACTERIZAR O RN À TERMO, QUANTO AO PESO, COMPRIMENTO (PIG, GIG E OUTROS), IDADE GESTACIONAL OBJETIVO 2: DEFINIR O APGAR, DESCREVER SEUS CRITÉRIOS E INTERPRETÁ-LOS OBJETIVO 3: RECONHECER AS CAUSAS, AS CARACTERÍSTICAS DA ICTERÍCIA NEONATAL, SEU DIAGNÓSTICO E SEU TRATAMENTO. https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/authors/dysart-kevin https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/authors/dysart-kevin 2 DEFINIÇÃO: caracterizando-se pela cor amarelada da pele e mucosas. Essa mudança na coloração ocorre pelo excesso de bilirrubina no organismo, denominado de Hiperbilirrubinemia. EFEITOS DA HIPERBILIRRUBINA: Podem provocar toxicidade no SNC: lesões das células do sistema nervoso central e morte celular. Não está diretamente relacionada com o valor total de bilirrubina sérica. Acredita-se que os efeitos neurotóxicos da bilirrubina são devidos à bilirrubina livre. Hiperbilirrubinemia superior a 25-30 mg/dl está associada a um risco aumentado de disfunção neurológica, devido à passagem da bilirrubina através da barreira hemato- encefálica e deposição nas células do cérebro, conduzindo à apoptose e necrose. Pode causar Encefalopatia aguda seguida de deficiências neurológicas, incluindo paralisia cerebral e deficits senso-motores. A bilirrubina pode atravessar a barreira hemoencefálica e causar icterícia nuclear (forma grave). Devido a: • Alta concentração de Bilirrubina sérica e baixa concentração de albumina • Quando a Bilirrubina se desliga da albumina devido a ligadores competitivos como: Fármacos e ácidos graxos CAUSAS: • Aumento na produção de bilirrubina (2-3X maior que no adulto); • Diminuição da clearance da bilirrubina por imaturidade enzimática; • Aumento da circulação entero-hepática. (Hiperbilirrubinemia fisiológica) • Icterícia da amamentação: A amamentação aumenta a circulação êntero-hepática da bilirrubina devido a diminuição da ingestão de leite ou desidratação. • Icterícia pelo leite do peito: É diferente de icterícia pela amamentação. Aparece após os primeiros 5 a 7 dias de vida: Aumento da concentração da enzima beta-glucuronidase no leite do peito, causando aumento da desconjugação e reabsorção da bilirrubina. • Algumas das causas patológicas mais comuns são: Anemia hemolítica, Sepse e Hipotireoidismo. FISIOPATOLOGIA: A bilirrubina é produzida através da quebra da molécula da hemoglobina (heme). Forma-se a bilirrubina não conjugada, essa liga-se à albumina e transportada para o fígado, entra nos hepatócitos, onde é conjugada com o ácido glucurônico tornando-se hidrossolúvel. A bilirrubina conjugada é excretada para o duodeno através da bile. Nos adultos, a bilirrubina conjugada é reduzida por bactérias intestinais a urobilina e, então, excretada. No RN a quantidade de bactérias intestinais é menor, e menos bilirrubina é reduzida e excretada. Eles também têm uma enzima que desconjuga a bilirrubina, e assim, a bilirrubina não conjugada é reabsorvida e reciclada na circulação. Essa via é chamada de circulação êntero-hepática da bilirrubina. Entre a primeira e segunda semana habitualmente há resolução da hiperbilirrubinemia. DIAGNÓSTICO: - A avaliação deve focar a diferenciação da icterícia fisiológica da patológica. - A icterícia que aparece nas primeiras 24 a 48 h ou que persiste por > 2 semanas tem maior probabilidade de ser patológica. - Avaliação dos níveis de bilirrubina sérica total e bilirrubina sérica conjugada. - Bilirrubina total > 18 mg/dL (> 308 micromol/L) no a termo e > 10 mg/dL (> 171 micromol/L) no recém- nascido pré-termo. Esses achados podem sugerir exames adicionais para investigar a causa. hematócrito, contagem de reticulócitos, teste de Coombs indireto se mãe Rh(-), culturas (afastar sepse), teste de função hepática, função tireoidiana (TSH e T4). TRATAMENTO: De acordo com o tipo de doença de base. Icterícia fisiológica costuma não ser clinicamente significativa e se resolve em 1 semana. Icterícia do leite do peito pode ser prevenida ou reduzida aumentando-se a frequência das mamadas. Em recém-nascidos a termo com icterícia precoce associada ao leite materno, se o nível de bilirrubina continuar a subir > 18 mg/dL (> 308 micromol/L), a troca temporária do leite materno por fórmulas pode ser apropriada; em níveis mais elevados, pode-se indicar a fototerapia. Tratamento definitivo Fototerapia e Exsanguinotransfusão (forma grave). • A adaptação do recém-nascido à vida extrauterina é favorecida pelo trabalho de parto. O neonato precisa assumir funções vitais que antes eram realizadas pela placenta. Passa por um período de transição que compreende a adaptação do neonato da vida intrauterina para a vida extrauterina, engloba alterações em TODOS os OBJETIVO 4: COMPREENDER AS ADAPTAÇÕES FISIOLÓGICAS DO SISTEMA CARDIOLÓGICO E RESPIRATÓRIONO RN Á TERMO. https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/pediatria/dist%C3%BArbios-neurol%C3%B3gicos-em-crian%C3%A7as/s%C3%ADndromes-de-paralisia-cerebral-pc 3 sistemas corporais e expõe o RN a estímulos externos. • Devido ao estresse do nascimento, observa-se um considerável aumento dos níveis sangüíneos de catecolaminas (epinefrina e norepinefrina), onde se acredita que esse aumento seja responsável por algumas alterações que ocorrem durante o período de transição, como aumento do débito cardíaco e da contractilidade miocárdica, liberação de surfactante pulmonar, inibição da secreção de líquido pulmonar e promoção de sua reabsorção, estimulação da glicogenólise e indução da lipólise ADAPTAÇÃO CARDIOVASCULAR A circulação do feto é diferente da circulação do recém-nascido porque existem 3 shunts fetais - canal venoso, forame oval e canal arterial - que desviam o sangue do fígado e dos pulmões, separando as circulações pulmonar e sistêmica. Desde o início do desprendimento materno, com o pinçamento do cordão umbilical, as principais modificações são: o desaparecimento da circulação placento-fetal, aumento do fluxo sangüíneo pulmonar e fechamento dos shunts fetais. quando o neonato tem sua primeira respiração, a resistência vascular sistêmica aumenta e o fluxo de sangue através do ducto arterioso declina. A maior parte do débito ventricular direito flui através dos pulmões favorecendo o retorno venoso pulmonar para o átrio esquerdo. Em resposta a um volume sanguíneo aumentado no coração e nos pulmões, a pressão atrial esquerda se eleva. Combinada com a resistência sistêmica elevada, essa elevação de pressão resulta em fechamento funcional do forame oval. A instalação do esforço respiratório e os efeitos do aumento da pressão parcial de oxigênio arterial causam uma constrição do ducto arterioso, que fecha funcionalmente 15 a 24 horas após o nascimento. Em torno da terceira a quarta semana, esse desvio sofre fechamento anatômico. O clampeamento do cordão umbilical para o fluxo sangüíneo através do ducto venoso, fechando funcionalmente essa estrutura. O ducto venoso se fecha anatomicamente em torno da primeira ou segunda semana. Após o nascimento, a veia e as artérias umbilicais não mais transportam o sangue e se obliteram. O fechamento funcional das estruturas cardíacas fetais (forame oval, canal arterial e ducto venoso), acontece progressivamente, e completa-se em torno de um a dois dias de vida, sendo que o fechamento anatômico pode durar semanas. ADAPTAÇÃO RESPIRATÓRIA: • Durante a gravidez, o feto tem seu sangue oxigenado e gás carbônico eliminado através da placenta (pulmões estão inativos). Após o parto, o RN deve estabelecer sua respiração através dos alvéolos, substituindo o líquido pulmonar por ar atmosférico de maneira apropriada no primeiro minuto de vida. • No decorrer da 24ª e 30ª semana de gestação, é produzido surfactante pelas células alveolares, que diminui a tensão superficial, evitando o colabamento dos alvéolos ao término da expiração. Por esse processo, o surfactante faz com que as trocas gasosas sejam facilitadas, a pressão para a insuflação necessária para abertura das vias respiratórias diminuída, a complacência pulmonar melhorada e o esforço respiratório reduzido. Antes do evento do nascimento, o pulmão permanece repleto de líquido e recebe de 10 a 15% do débito cardíaco total. O início da função respiratória é estabelecida por estímulos químicos, térmicos, físicos e sensoriais, como dor e luminosidade, sendo que a primeira respiração deve ocorrer dentro de 20 segundos após o parto. Após os primeiros minutos de vida, com a expulsão e reabsorção do líquido presente nos pulmões, este enche-se de ar e o fluxo sangüíneo aumenta consideravelmente, cerca de oito a dez vezes. Com a compressão do tórax ao passar pelo canal vaginal, cerca de um terço do líquido pulmonar, é expelido pela boca e nariz, e os dois terços restantes são absorvidos pela circulação pulmonar e sistema linfático, dentro de 6 a 24 horas após o nascimento. Após o nascimento, com a compressão mecânica do tórax e expulsão do líquido pulmonar, ocorre uma descompressão do tórax, criando-se assim, uma pressão negativa que traz o ar para dentro dos pulmões. A completa expansão pulmonar e distribuição do ar pelos alvéolos ocorre quando o recém-nascido chora, porque o choro cria uma pressão intratorácica positiva, mantendo os alvéolos abertos e forçando o restante do líquido pulmonar para os capilares pulmonares e sistema linfático. Após as primeiras respirações, o recém- nascido assume sua atividade ventilatória e de oxigenação, com a substituição do espaço antes ocupado pelos fluidos pulmonares por ar atmosférico. O organismo materno é responsável pela manutenção da temperatura fetal, e ao nascer, o OBJETIVO 5:CARACTERIZAR OS MECANISMOS DE CONTROLE DE TEMPERATURA DO RN A TERMO ( ESTRATÉGIAS PARA GARANTIR A MANUTENÇÃO DA TEMPERATURA) 4 neonato sofre um brusco impacto térmico, tendo que se ajustar ao novo ambiente através da termogênese. Quando em quadro de Hipotermia: Sua taxa metabólica elevará para gerar calor, podendo ocasionar angústia respiratória que pode evoluir para um quadro de acidose metabólica. A TERMO: Possuem depósitos de gordura marrom, esses depósitos são muito vascularizados e enervados, e quando sofrem estresse pelo frio, aumentam a produção de noradrenalina, que atua nesses depósitos, estimulando a lipólise e gerando calor. Os tipos de mecanismos de perda de calor nos neonatos são: condução, evaporação, convecção e radiação. • Condução: Superfície de baixa temperatura que entra em contato com o RN • Evaporação: Provém do suor e perdas insensíveis de água. • Convecção: ocorre da superfície da pele para o ar ambiente e depende da velocidade do ar e temperatura ambiente, onde quanto mais resfriado for o ambiente, maior será a perda de calor por convecção. • Radiação:A transferência de calor da pele do recém-nascido para o ambiente, devido a diferença de temperatura entre eles, Ocorre principalmente em grandes áreas de superfície, como a cabeça. O Neonato tenta compensar a perda de calor através dos mecanismos: • Controle vasomotor: Vasoconstrição periférica, conservando o calor, ou uma vasodilatação periférica, dissipando o calor; • Isolamento térmico: favorecida pela presença de gordura subcutânea; • Atividade muscular: que aumenta a produção de calor. • Termogênese sem calafrios: através da lipólise da gordura marrom CUIDADOS COM O RN: Garantir um ambiente termicamente neutro, evitando a instabilidade térmica e para que o consumo de oxigênio seja suficiente para a manutenção da temperatura corporal. A criança deve ser colocada em um berço de calor radiante e ser completamente enxuta, principalmente na cabeça, uso de uma touca. Umedecer e aquecer o oxigênio administrado, quando este for necessário, e na necessidade de transporte da criança, usar uma incubadora para o transporte. Deve-se manter sempre a criança vestida, com uma touca. A radiação representa a fonte de perda de calor mais significativa. FONTE: Maria Aparecida Mezzacappa e Bruna Gil Ferreira. Perda de peso excessiva em recém-nascidos a termo amamentados exclusivamente ao seio materno em um Hospital Amigo da Criança. Rev Paul Pediatria. 2016 PERDA FISIOLÓGICA DO PESO: Corresponde, principalmente, à reducão de fluidos, mas também é consequência do uso, pelo RN, de tecido adiposo como fonte de energia. Nos primeiros 2-3 dias de vida, RN amamentados exclusivamente perdem, em média, entre 5%-7% do peso do nascimento. A evolucão do peso do recém-nascido, nos primeiros dias de vida, é usada como um indicador da adequacão da amamentacão. Uma parcela da diurese, em recém-nascidos a termo e pré-termo durante os primeiros dias de vida, deve ser considerada fisiológica. Essa diurese leva à perdaponderal de 5 a 10% em neonatos a termo e de até 15% em neonatos prétermo. Água corporal total (ACT) = líquido intracelular (LIC) + líquido extracelular (LEC). O LEC é formado pelos líquidos intravascular e intersticial. PRÉ-TERMO: o LEC representa maior proporção do peso ao nascer. Por isso, perdem maior porcentagem para manter as proporções do LEC equivalentes às de neonatos a termo. A perda de peso aumentada é benéfica para o recém-nascido pré-termo, pois a administração excessiva de líquido e sódio (Na) aumenta o risco de doença pulmonar crônica (DPC) e persistência do canal arterial (PCA). A recuperação do PN ocorre em média no período de 10 a 14 dias, podendo chegar até 21 dias em RN prematuros. FONTE: Alexandre de Faria Silva e Colaboradores. A importância da triagem neonatal: cartilha educativa teste do pezinho. Periódicos da UFJF. 2020. É um programa de rastreamento populacional que tem como objetivo geral identificar distúrbios e doenças no RN, em tempo oportuno, para intervenção adequada, garantindo tratamento e acompanhamento contínuo às pessoas com diagnóstico positivo, com OBJETIVO 6: CARACTERIZAR OS PRINCÍPIOS DA PERDA DE PESO FISIOLÓGICA NO RN A TERMO E PRÉ-TERMO OBJETIVO 7: EXPLICAR A IMPORTÂNCIA DA TRIAGEM NEONATAL 5 vistas a reduzir a morbimortalidade e melhorar a qualidade de vida das pessoas. • Tem por objetivo desenvolver ações preventivas e terapêuticas, além de identificar problemas precocemente. • Identificação de doenças por testes específicos, pode-se iniciar o tratamento adequado visando minimizar riscos ou complicações advindas da condição identificada. • Triagem Neonatal: Para a população com idade de 0 a 28 dias de vida. • A triagem neonatal contempla o diagnóstico presuntivo, o diagnóstico de certeza, o tratamento, o acompanhamento dos casos diagnosticados e a incorporação e uso de tecnologias voltadas para a promoção, prevenção e cuidado integral. • O diagnóstico presuntivo: Interpretação e correlações entre exames de triagem e a clínica, indicando impressão, suspeita ou probabilidade, para os distúrbios ou doenças específicas; • O diagnóstico definitivo: Refere-se à constatação da presença do distúrbio ou doença, nos casos previamente suspeitos à triagem, por meio de testes confirmatórios e/ou avaliação clínica. LEGISLAÇÃO: O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA): Além de garantir amplos direitos de proteção às crianças e aos adolescentes, tornou obrigatório que os hospitais e demais estabelecimentos de atenção à saúde de gestantes, públicos e particulares, realizem exames para diagnóstico e tratamento de anormalidades no metabolismo dos recém-nascidos e orientação. No Brasil, a TN foi instituída no âmbito do SUS através da Portaria nº 22/1992, que tornou obrigatória a inclusão no planejamento das ações de saúde dos estados, Distrito Federal (DF) e municípios, públicos e particulares contratados em caráter complementar, do teste de triagem para fenilcetonúria e hipotireoidismo congênito em todos os nascidos vivos. TESTE DO PEZINHO: É um exame gratuito, realizado em qualquer unidade de saúde. É um conjunto de ações preventivas, responsável por identificar precocemente indivíduos com doenças metabólicas, genéticas, enzimáticas e endocrinológicas, para que estes possam ser tratados em tempo oportuno, evitando as sequelas e até mesmo a morte. Além disso, propõe o gerenciamento dos casos positivos por meio de monitoramento e acompanhamento da criança durante o processo de tratamento. - A idade da criança no momento da coleta é um fator restritivo na triagem da fenilcetonúria, pois crianças com menos de 48 horas de vida ainda não ingeriram proteína suficiente para serem detectadas de forma segura na triagem da fenilcetonúria, assim sendo, o período ideal para coleta deve ser superior a 48 horas de vida. PESQUISA: Um estudo realizado no interior do Paraná em 2011, com o objetivo de analisar o conhecimento de puérperas sobre a importância da realização do “teste do pezinho” concluiu que as mães conhecem a finalidade e a importância, mas não demonstraram conhecimento sobre as enfermidades, suas etiologias e suas manifestações. Diante do exposto, destaca-se a importância e necessidade de orientação das gestantes durante o pré-natal e também o preparo e educação continuada dos profissionais de saúde, fortalecendo o conhecimento sobre a triagem neonatal. (Abreu IS, Braguini WL. Triagem neonatal: o conhecimento materno em uma maternidade no interior do Paraná, Brasil. Rev Gaúcha Enferm., Porto Alegre (RS) 2011. - A formação do vínculo mãe-filho é essencial na infância e sua importância é maior nessa idade do que nos períodos posteriores. A atitude emocional da mãe orienta o bebê, conferindo qualidade de vida à sua experiência e servindo como organizador da sua vida psíquica, por possibilitar identificações que poderão influenciar seu desenvolvimento. - O período da gestação ao puerpério é um período que a mulher se depara com inúmeras mudanças físicas e emocionais, que estão diretamente relacionadas à qualidade do vínculo que será formado entre a mãe e filho. - A mãe necessita estar apta a estabelecer este vínculo, a partir de uma boa vivência de suas experiências relacionadas à gestação e ao puerpério. - A relação da mãe com seu filho já começa na gestação e será a base da relação mãe-filho, a qual se estabelecerá depois do nascimento e ao longo do desenvolvimento da criança. - SISTEMA DE APEGO: Estruturas neuropsicológicas que conduzem a ligação do bebê com seu cuidador. Esse sistema emocional e comportamental foi definido como inato e instintivo, constituindo-se num sistema organizador dos processos de memória do bebê, que o direciona a procurar proximidade e comunicação com sua mãe ou cuidador. • Etapas de vinculação mãe-bebê: OBJETIVO 8: DESCREVER A IMPORTÂNCIA DA RELAÇÃO MÃE/FILHO NO PUERPÉRIO 6 1- Vinculação pré-natal: Durante a gravidez (primeira ultrassonografia obstétrica, a audição dos batimentos cardíacos e a percepção dos movimentos do bebê); 2- Vinculação perinatal: Momentos de parto e pós- parto imediato (trabalho de parto, encontro com o bebê real). A experiência positiva do parto pode ser um facilitador da ligação mãe-bebê 3- Vinculação pós-natal: Capacidade da mãe em responder às necessidades do seu filho e do feedback deste ser satisfatório para ela. ***Em relação às questões psicológicas: o puerpério é o período mais crítico do ciclo gravídico-puerperal- Confronto com a maternidade e paternidade. Vivência com certos tipos de “LUTO”. *** - A existência de prejuízos nesta relação pode gerar alterações nos níveis cognitivo, emocional e social. • O tipo de parto pode interferir na relação mãe- filho; • problemas de saúde mental materna; • Menor escolaridade; • Gravidez não planejada; • Consumo de bebida alcóolica durante a gestação. FONTE: ARTIGO: Relação mãe-filho e fatores associados: análise hierarquizada de base populacional em uma capital do Brasil- Estudo BRISA. Milady Cutrim Vieira Cavalcante e colaboradores. Ciência & Saúde Coletiva, 22(5):1683-1693, 2017. - POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DA CRIANÇA: Traz aspectos relacionados com: • A Atenção Humanizada e Qualificada à Gestação, ao Parto, ao Nascimento e ao Recém-Nascido. • Incentivo ao aleitamento materno; • Vigilância e Prevenção do Óbito Infantil, Fetal e Materno; - SAÚDE DA CRIANÇA NA REDE DE ATENÇÃO MATERNA, NEONATAL E INFANTIL – REDE CEGONHA - PLANO NACIONAL DE PROMOÇÃO, PROTEÇÃO E DEFESA DO DIREITO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES À CONVIVÊNCIA FAMILIAR E COMUNITÁRIA: • Aborda sobre a proteção e importância da convivência familiar; • Defende a autonomia da criança; • Tem como objetivo: O cuidado individualizado da criança ou do adolescente, proporcionado pelo atendimento em ambientefamiliar; • Aspectos contra o trabalho infantil e violência familiar; - MÉTODO CANGURU: • Modelo de assistência perinatal voltado à melhoria da qualidade do cuidado. Apresenta como premissas a humanização da assistência, a redução da separação entre mãe e RN e o favorecimento do vínculo afetivo - ESTATUTO DA CRIANÇA E ADOLESCENTE: • Do Direito à Convivência Familiar e Comunitária; - Para que os vínculos se estabeleçam, os adultos devem ser fontes de segurança e acolhimento para as crianças, de modo que elas construam uma base segura. - Boas experiências afetivas iniciais têm influência positiva no desenrolar da vida do indivíduo. Nesse sentido, programas e políticas públicas voltados para a primeira infância são essenciais, como oferta de uma rede de apoio às famílias e ênfase no processo de vinculação com seus filhos. - O apoio dos familiares e do companheiro são fatores facilitadores do vínculo mãe/filho. - Quanto mais a mãe for amparada afetivamente pelo ambiente social mais é capaz de realizar as necessidades da criança. Além disso, o apoio social funciona como protetor de sintomas depressivos maternos - Em relação as mães adolescentes, observou-se que a presença da rede de apoio auxilia que a adolescente assuma seu papel de mãe e se dedique ao filho. Além do apoio familiar, a estabilidade financeira também é um dos fatores que influencia os estados emocionais maternos. - O apoio dado à mulher por familiares, amigos e vizinhos durante o processo gravídico-puerperal pode ser considerado um determinante na adesão e manutenção da amamentação. Entretanto, além do sistema familiar, outros sujeitos também exercem papel fundamental para o sucesso da amamentação, entre estes, os profissionais de saúde, os quais também compõem a rede de apoio social da puérpera. OBJETIVO 9: Descrever as políticas públicas oferecidas pela atenção primária a saúde (incentivo ao vínculo mãe/filho/família). OBJETIVO 10: Identificar a importância da rede de apoio familiar (pai, amigos e familiares), no processo anterior e posterior ao parto
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