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RN a termo: Nasce antes da 37ª semana de gestação; 
*OBS: Segundo o manual de Neonatologia (Cloherty, 
John, P. et al. 2015) Os recém-nascidos devem ser 
classificados pela IG, se possível, pois esta é, 
geralmente, mais fisiologicamente importante do que 
o peso ao nascimento. 
 
Peso do RN a termo: Geralmente é menor ou igual a 
2500g 
 
Classificação quanto ao peso: 
PIG: Pequeno para a idade gestacional: Peso abaixo do 
percentil 10 
GIG: Grande para a idade gestacional: Peso acima do 
percentil 90 
AIG: Adequado para a idade gestacional: Entre os 
percentis 10 e 90 
 
Os RNPT poderão ser acompanhados com as curvas de 
crescimento pós-natal do Intergrowth, que estão 
disponíveis em português para peso, comprimento e 
perímetro cefálico. Estas curvas são prescritivas, 
multiétnicas, utilizaram a melhor metodologia 
antropométrica e se ajustam perfeitamente às curvas 
da OMS. 
 
 
 
 
FONTE: Atenção à Saúde do Recém-Nascido Guia para 
os Profissionais de Saúde. Ministério da Saúde. 
Brasilia-2012. 
• Método introduzido em 1953 pela anestesista 
Virginia Apgar, que objetiva avaliar condições 
fisiológicas e de resposta do neonato. 
• Método de avaliação vital do RN traduzindo a 
adaptação imediata do feto à vida extrauterina 
• Normal o resultado igual ou superior a 7. 
• O principal interesse deste critério é orientar quem 
assiste o parto sobre a eventual necessidade de 
executar manobras de reanimação. 
• É considerado um marco na neonatologia. Até 
hoje, não foi criado outro método sistemático para 
a avaliação da vitalidade do neonato. 
• Considera frequência cardíaca, esforço 
respiratório, tônus muscular, coloração da pele e 
irritabilidade reflexa. 
 
• Avaliação no 1º e nos 5º minutos de vida. 
• Se pontuação < 7 no 5º minuto, o MS recomenda 
reavaliações a cada cinco minutos, até os 20 
minutos de vida. Um Apgar baixo no 20º minuto é 
compatível com mau prognóstico, como 
mortalidade ou alguma disfunção neurológica. 
 
Desconforto respiratório: Avalia o esforço e ritmo 
respiratório. A presença de dificuldade respiratória 
pode revelar tanto comprometimento pulmonar 
(doença de membrana hialina, aspiração de mecônio, 
pneumotórax, etc.) como extrapulmonar (acidose, 
malformação cardíaca, hérnia diafragmática, atresia de 
coanas, etc.). 
- Resultado da avaliação APGAR: 
8 e 10, o que representa bebês saudáveis e que não 
passaram por asfixia 
entre 6 e 7, significa que o recém-nascido passou por 
asfixia leve 
entre 3 e 5, uma asfixia moderada 
de 0 a 3, é considerado grave. 
 
- O resultado do primeiro minuto geralmente está 
relacionado com o pH do cordão umbilical e traduz 
asfixia intraparto. 
- Já o Apgar do quinto minuto se relaciona com 
eventuais sequelas neurológicas 
- O escore deixou de ser usado com o objetivo de 
determinar a reanimação neonatal e passou a ser 
usado para avaliar a resposta do RN às manobras 
realizadas 
 
 
 
 
 
FONTE: Hiperbilirrubinemia neonatal. Por Kevin C. 
Dysart. 2021. Manual da MSD para profissionais de 
saúde. 
 
UNIFG – BRUMADO-BA 
S.P 1.2: Nasceu e agora? 
NCS 3- TUTORIA 
OBJETIVO 1: CARACTERIZAR O RN À TERMO, 
QUANTO AO PESO, COMPRIMENTO (PIG, GIG E 
OUTROS), IDADE GESTACIONAL 
 
OBJETIVO 2: DEFINIR O APGAR, DESCREVER SEUS 
CRITÉRIOS E INTERPRETÁ-LOS 
 
OBJETIVO 3: RECONHECER AS CAUSAS, AS 
CARACTERÍSTICAS DA ICTERÍCIA NEONATAL, SEU 
DIAGNÓSTICO E SEU TRATAMENTO. 
 
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/authors/dysart-kevin
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/authors/dysart-kevin
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DEFINIÇÃO: caracterizando-se pela cor amarelada da 
pele e mucosas. Essa mudança na coloração ocorre 
pelo excesso de bilirrubina no organismo, denominado 
de Hiperbilirrubinemia. 
 
EFEITOS DA HIPERBILIRRUBINA: Podem provocar 
toxicidade no SNC: lesões das células do sistema 
nervoso central e morte celular. Não está diretamente 
relacionada com o valor total de bilirrubina sérica. 
Acredita-se que os efeitos neurotóxicos da bilirrubina 
são devidos à bilirrubina livre. Hiperbilirrubinemia 
superior a 25-30 mg/dl está associada a um risco 
aumentado de disfunção neurológica, devido à 
passagem da bilirrubina através da barreira hemato-
encefálica e deposição nas células do cérebro, 
conduzindo à apoptose e necrose. Pode causar 
Encefalopatia aguda seguida de deficiências 
neurológicas, incluindo paralisia cerebral e deficits 
senso-motores. 
A bilirrubina pode atravessar a barreira 
hemoencefálica e causar icterícia nuclear (forma 
grave). Devido a: 
• Alta concentração de Bilirrubina sérica e baixa 
concentração de albumina 
• Quando a Bilirrubina se desliga da albumina devido 
a ligadores competitivos como: Fármacos e ácidos 
graxos 
CAUSAS: 
• Aumento na produção de bilirrubina (2-3X maior 
que no adulto); 
• Diminuição da clearance da bilirrubina por 
imaturidade enzimática; 
• Aumento da circulação entero-hepática. 
(Hiperbilirrubinemia fisiológica) 
• Icterícia da amamentação: A amamentação 
aumenta a circulação êntero-hepática da 
bilirrubina devido a diminuição da ingestão de leite 
ou desidratação. 
• Icterícia pelo leite do peito: É diferente de icterícia 
pela amamentação. Aparece após os primeiros 5 a 
7 dias de vida: Aumento da concentração da 
enzima beta-glucuronidase no leite do peito, 
causando aumento da desconjugação e reabsorção 
da bilirrubina. 
• Algumas das causas patológicas mais comuns são: 
Anemia hemolítica, Sepse e Hipotireoidismo. 
FISIOPATOLOGIA: A bilirrubina é produzida através 
da quebra da molécula da hemoglobina (heme). 
Forma-se a bilirrubina não conjugada, essa liga-se à 
albumina e transportada para o fígado, entra nos 
hepatócitos, onde é conjugada com o ácido 
glucurônico tornando-se hidrossolúvel. A bilirrubina 
conjugada é excretada para o duodeno através da 
bile. Nos adultos, a bilirrubina conjugada é reduzida 
por bactérias intestinais a urobilina e, então, 
excretada. No RN a quantidade de bactérias 
intestinais é menor, e menos bilirrubina é reduzida e 
excretada. Eles também têm uma enzima que 
desconjuga a bilirrubina, e assim, a bilirrubina não 
conjugada é reabsorvida e reciclada na circulação. 
Essa via é chamada de circulação êntero-hepática da 
bilirrubina. Entre a primeira e segunda semana 
habitualmente há resolução da hiperbilirrubinemia. 
 
DIAGNÓSTICO: 
- A avaliação deve focar a diferenciação da icterícia 
fisiológica da patológica. 
- A icterícia que aparece nas primeiras 24 a 48 h ou que 
persiste por > 2 semanas tem maior probabilidade de 
ser patológica. 
- Avaliação dos níveis de bilirrubina sérica total e 
bilirrubina sérica conjugada. 
- Bilirrubina total > 18 mg/dL (> 308 micromol/L) no a 
termo e > 10 mg/dL (> 171 micromol/L) no recém-
nascido pré-termo. Esses achados podem sugerir 
exames adicionais para investigar a causa. 
hematócrito, contagem de reticulócitos, teste de 
Coombs indireto se mãe Rh(-), culturas (afastar 
sepse), teste de função hepática, função tireoidiana 
(TSH e T4). 
 
TRATAMENTO: De acordo com o tipo de doença de 
base. 
Icterícia fisiológica costuma não ser clinicamente 
significativa e se resolve em 1 semana. 
Icterícia do leite do peito pode ser prevenida ou 
reduzida aumentando-se a frequência das mamadas. 
Em recém-nascidos a termo com icterícia precoce 
associada ao leite materno, se o nível de bilirrubina 
continuar a subir > 18 mg/dL (> 308 micromol/L), a 
troca temporária do leite materno por fórmulas pode 
ser apropriada; em níveis mais elevados, pode-se 
indicar a fototerapia. 
Tratamento definitivo Fototerapia e 
Exsanguinotransfusão (forma grave). 
 
 
 
 
 
• A adaptação do recém-nascido à vida extrauterina 
é favorecida pelo trabalho de parto. O neonato 
precisa assumir funções vitais que antes eram 
realizadas pela placenta. Passa por um período de 
transição que compreende a adaptação do 
neonato da vida intrauterina para a vida 
extrauterina, engloba alterações em TODOS os 
OBJETIVO 4: COMPREENDER AS ADAPTAÇÕES 
FISIOLÓGICAS DO SISTEMA CARDIOLÓGICO E 
RESPIRATÓRIONO RN Á TERMO. 
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/pediatria/dist%C3%BArbios-neurol%C3%B3gicos-em-crian%C3%A7as/s%C3%ADndromes-de-paralisia-cerebral-pc
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sistemas corporais e expõe o RN a estímulos 
externos. 
 
• Devido ao estresse do nascimento, observa-se um 
considerável aumento dos níveis sangüíneos de 
catecolaminas (epinefrina e norepinefrina), onde 
se acredita que esse aumento seja responsável por 
algumas alterações que ocorrem durante o 
período de transição, como aumento do débito 
cardíaco e da contractilidade miocárdica, liberação 
de surfactante pulmonar, inibição da secreção de 
líquido pulmonar e promoção de sua reabsorção, 
estimulação da glicogenólise e indução da lipólise 
ADAPTAÇÃO CARDIOVASCULAR 
 
A circulação do feto é diferente da circulação do 
recém-nascido porque existem 3 shunts fetais - canal 
venoso, forame oval e canal arterial - que desviam o 
sangue do fígado e dos pulmões, separando as 
circulações pulmonar e sistêmica. 
Desde o início do desprendimento materno, com o 
pinçamento do cordão umbilical, as principais 
modificações são: o desaparecimento da circulação 
placento-fetal, aumento do fluxo sangüíneo pulmonar 
e fechamento dos shunts fetais. 
quando o neonato tem sua primeira respiração, a 
resistência vascular sistêmica aumenta e o fluxo de 
sangue através do ducto arterioso declina. A maior 
parte do débito ventricular direito flui através dos 
pulmões favorecendo o retorno venoso pulmonar 
para o átrio esquerdo. Em resposta a um volume 
sanguíneo aumentado no coração e nos pulmões, a 
pressão atrial esquerda se eleva. Combinada com a 
resistência sistêmica elevada, essa elevação de 
pressão resulta em fechamento funcional do forame 
oval. A instalação do esforço respiratório e os efeitos 
do aumento da pressão parcial de oxigênio arterial 
causam uma constrição do ducto arterioso, que fecha 
funcionalmente 15 a 24 horas após o nascimento. Em 
torno da terceira a quarta semana, esse desvio sofre 
fechamento anatômico. O clampeamento do cordão 
umbilical para o fluxo sangüíneo através do ducto 
venoso, fechando funcionalmente essa estrutura. O 
ducto venoso se fecha anatomicamente em torno da 
primeira ou segunda semana. Após o nascimento, a 
veia e as artérias umbilicais não mais transportam o 
sangue e se obliteram. 
O fechamento funcional das estruturas cardíacas fetais 
(forame oval, canal arterial e ducto venoso), acontece 
progressivamente, e completa-se em torno de um a 
dois dias de vida, sendo que o fechamento anatômico 
pode durar semanas. 
ADAPTAÇÃO RESPIRATÓRIA: 
• Durante a gravidez, o feto tem seu sangue 
oxigenado e gás carbônico eliminado através da 
placenta (pulmões estão inativos). Após o parto, 
o RN deve estabelecer sua respiração através dos 
alvéolos, substituindo o líquido pulmonar por ar 
atmosférico de maneira apropriada no primeiro 
minuto de vida. 
 
• No decorrer da 24ª e 30ª semana de gestação, é 
produzido surfactante pelas células alveolares, 
que diminui a tensão superficial, evitando o 
colabamento dos alvéolos ao término da 
expiração. Por esse processo, o surfactante faz 
com que as trocas gasosas sejam facilitadas, a 
pressão para a insuflação necessária para 
abertura das vias respiratórias diminuída, a 
complacência pulmonar melhorada e o esforço 
respiratório reduzido. 
Antes do evento do nascimento, o pulmão 
permanece repleto de líquido e recebe de 10 a 15% 
do débito cardíaco total. O início da função 
respiratória é estabelecida por estímulos químicos, 
térmicos, físicos e sensoriais, como dor e 
luminosidade, sendo que a primeira respiração deve 
ocorrer dentro de 20 segundos após o parto. Após os 
primeiros minutos de vida, com a expulsão e 
reabsorção do líquido presente nos pulmões, este 
enche-se de ar e o fluxo sangüíneo aumenta 
consideravelmente, cerca de oito a dez vezes. 
Com a compressão do tórax ao passar pelo 
canal vaginal, cerca de um terço do líquido 
pulmonar, é expelido pela boca e nariz, e os dois 
terços restantes são absorvidos pela circulação 
pulmonar e sistema linfático, dentro de 6 a 24 horas 
após o nascimento. Após o nascimento, com a 
compressão mecânica do tórax e expulsão do líquido 
pulmonar, ocorre uma descompressão do tórax, 
criando-se assim, uma pressão negativa que traz o ar 
para dentro dos pulmões. A completa expansão 
pulmonar e distribuição do ar pelos alvéolos ocorre 
quando o recém-nascido chora, porque o choro cria 
uma pressão intratorácica positiva, mantendo os 
alvéolos abertos e forçando o restante do líquido 
pulmonar para os capilares pulmonares e sistema 
linfático. Após as primeiras respirações, o recém-
nascido assume sua atividade ventilatória e de 
oxigenação, com a substituição do espaço antes 
ocupado pelos fluidos pulmonares por ar 
atmosférico. 
 
 
 
 
 
 
O organismo materno é responsável pela 
manutenção da temperatura fetal, e ao nascer, o 
OBJETIVO 5:CARACTERIZAR OS MECANISMOS DE 
CONTROLE DE TEMPERATURA DO RN A TERMO ( 
ESTRATÉGIAS PARA GARANTIR A MANUTENÇÃO 
DA TEMPERATURA) 
 
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neonato sofre um brusco impacto térmico, tendo que 
se ajustar ao novo ambiente através da termogênese. 
Quando em quadro de Hipotermia: Sua taxa 
metabólica elevará para gerar calor, podendo 
ocasionar angústia respiratória que pode evoluir para 
um quadro de acidose metabólica. 
A TERMO: Possuem depósitos de gordura marrom, 
esses depósitos são muito vascularizados e 
enervados, e quando sofrem estresse pelo frio, 
aumentam a produção de noradrenalina, que atua 
nesses depósitos, estimulando a lipólise e gerando 
calor. 
Os tipos de mecanismos de perda de calor nos 
neonatos são: condução, evaporação, convecção e 
radiação. 
• Condução: Superfície de baixa temperatura que 
entra em contato com o RN 
• Evaporação: Provém do suor e perdas insensíveis 
de água. 
• Convecção: ocorre da superfície da pele para o ar 
ambiente e depende da velocidade do ar e 
temperatura ambiente, onde quanto mais 
resfriado for o ambiente, maior será a perda de 
calor por convecção. 
• Radiação:A transferência de calor da pele do 
recém-nascido para o ambiente, devido a 
diferença de temperatura entre eles, Ocorre 
principalmente em grandes áreas de superfície, 
como a cabeça. 
 
O Neonato tenta compensar a perda de calor através 
dos mecanismos: 
• Controle vasomotor: Vasoconstrição periférica, 
conservando o calor, ou uma vasodilatação 
periférica, dissipando o calor; 
• Isolamento térmico: favorecida pela presença de 
gordura subcutânea; 
• Atividade muscular: que aumenta a produção de 
calor. 
• Termogênese sem calafrios: através da lipólise da 
gordura marrom 
 
CUIDADOS COM O RN: Garantir um ambiente 
termicamente neutro, evitando a instabilidade 
térmica e para que o consumo de oxigênio seja 
suficiente para a manutenção da temperatura 
corporal. A criança deve ser colocada em um berço de 
calor radiante e ser completamente enxuta, 
principalmente na cabeça, uso de uma touca. 
Umedecer e aquecer o oxigênio administrado, 
quando este for necessário, e na necessidade de 
transporte da criança, usar uma incubadora para o 
transporte. Deve-se manter sempre a criança vestida, 
com uma touca. A radiação representa a fonte de 
perda de calor mais significativa. 
 
 
 
 
 
FONTE: Maria Aparecida Mezzacappa e Bruna Gil 
Ferreira. Perda de peso excessiva em recém-nascidos 
a termo amamentados exclusivamente ao seio 
materno em um Hospital Amigo da Criança. Rev Paul 
Pediatria. 2016 
 
PERDA FISIOLÓGICA DO PESO: Corresponde, 
principalmente, à reducão de fluidos, mas também é 
consequência do uso, pelo RN, de tecido adiposo 
como fonte de energia. Nos primeiros 2-3 dias de 
vida, RN amamentados exclusivamente perdem, em 
média, entre 5%-7% do peso do nascimento. A 
evolucão do peso do recém-nascido, nos primeiros 
dias de vida, é usada como um indicador da 
adequacão da amamentacão. Uma parcela da 
diurese, em recém-nascidos a termo e pré-termo 
durante os primeiros dias de vida, deve ser 
considerada fisiológica. Essa diurese leva à perdaponderal de 5 a 10% em neonatos a termo e de até 
15% em neonatos prétermo. 
 
Água corporal total (ACT) = líquido intracelular (LIC) 
+ líquido extracelular (LEC). O LEC é formado pelos 
líquidos intravascular e intersticial. 
 
PRÉ-TERMO: o LEC representa maior proporção do 
peso ao nascer. Por isso, perdem maior porcentagem 
para manter as proporções do LEC equivalentes às de 
neonatos a termo. A perda de peso aumentada é 
benéfica para o recém-nascido pré-termo, pois a 
administração excessiva de líquido e sódio (Na) 
aumenta o risco de doença pulmonar crônica (DPC) e 
persistência do canal arterial (PCA). 
 
A recuperação do PN ocorre em média no período de 
10 a 14 dias, podendo chegar até 21 dias em RN 
prematuros. 
 
 
 
 
FONTE: Alexandre de Faria Silva e Colaboradores. A 
importância da triagem neonatal: cartilha educativa 
teste do pezinho. Periódicos da UFJF. 2020. 
 
 É um programa de rastreamento populacional 
que tem como objetivo geral identificar distúrbios e 
doenças no RN, em tempo oportuno, para intervenção 
adequada, garantindo tratamento e acompanhamento 
contínuo às pessoas com diagnóstico positivo, com 
OBJETIVO 6: CARACTERIZAR OS PRINCÍPIOS DA 
PERDA DE PESO FISIOLÓGICA NO RN A TERMO E 
PRÉ-TERMO 
 
OBJETIVO 7: EXPLICAR A IMPORTÂNCIA DA TRIAGEM 
NEONATAL 
 
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vistas a reduzir a morbimortalidade e melhorar a 
qualidade de vida das pessoas. 
 
• Tem por objetivo desenvolver ações preventivas e 
terapêuticas, além de identificar problemas 
precocemente. 
• Identificação de doenças por testes específicos, 
pode-se iniciar o tratamento adequado visando 
minimizar riscos ou complicações advindas da 
condição identificada. 
• Triagem Neonatal: Para a população com idade de 
0 a 28 dias de vida. 
• A triagem neonatal contempla o diagnóstico 
presuntivo, o diagnóstico de certeza, o tratamento, 
o acompanhamento dos casos diagnosticados e a 
incorporação e uso de tecnologias voltadas para a 
promoção, prevenção e cuidado integral. 
• O diagnóstico presuntivo: Interpretação e 
correlações entre exames de triagem e a clínica, 
indicando impressão, suspeita ou probabilidade, 
para os distúrbios ou doenças específicas; 
• O diagnóstico definitivo: Refere-se à constatação 
da presença do distúrbio ou doença, nos casos 
previamente suspeitos à triagem, por meio de 
testes confirmatórios e/ou avaliação clínica. 
LEGISLAÇÃO: 
O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA): Além de 
garantir amplos direitos de proteção às crianças e aos 
adolescentes, tornou obrigatório que os hospitais e 
demais estabelecimentos de atenção à saúde de 
gestantes, públicos e particulares, realizem exames 
para diagnóstico e tratamento de anormalidades no 
metabolismo dos recém-nascidos e orientação. 
 
No Brasil, a TN foi instituída no âmbito do SUS através 
da Portaria nº 22/1992, que tornou obrigatória a 
inclusão no planejamento das ações de saúde dos 
estados, Distrito Federal (DF) e municípios, públicos e 
particulares contratados em caráter complementar, do 
teste de triagem para fenilcetonúria e hipotireoidismo 
congênito em todos os nascidos vivos. 
 
TESTE DO PEZINHO: É um exame gratuito, realizado em 
qualquer unidade de saúde. É um conjunto de ações 
preventivas, responsável por identificar precocemente 
indivíduos com doenças metabólicas, genéticas, 
enzimáticas e endocrinológicas, para que estes possam 
ser tratados em tempo oportuno, evitando as sequelas 
e até mesmo a morte. Além disso, propõe o 
gerenciamento dos casos positivos por meio de 
monitoramento e acompanhamento da criança 
durante o processo de tratamento. 
- A idade da criança no momento da coleta é um fator 
restritivo na triagem da fenilcetonúria, pois crianças 
com menos de 48 horas de vida ainda não ingeriram 
proteína suficiente para serem detectadas de forma 
segura na triagem da fenilcetonúria, assim sendo, o 
período ideal para coleta deve ser superior a 48 horas 
de vida. 
PESQUISA: Um estudo realizado no interior do Paraná 
em 2011, com o objetivo de analisar o conhecimento 
de puérperas sobre a importância da realização do 
“teste do pezinho” concluiu que as mães conhecem a 
finalidade e a importância, mas não demonstraram 
conhecimento sobre as enfermidades, suas etiologias e 
suas manifestações. Diante do exposto, destaca-se a 
importância e necessidade de orientação das gestantes 
durante o pré-natal e também o preparo e educação 
continuada dos profissionais de saúde, fortalecendo o 
conhecimento sobre a triagem neonatal. (Abreu IS, 
Braguini WL. Triagem neonatal: o conhecimento 
materno em uma maternidade no interior do Paraná, 
Brasil. Rev Gaúcha Enferm., Porto Alegre (RS) 2011. 
 
 
 
 
 
- A formação do vínculo mãe-filho é essencial na 
infância e sua importância é maior nessa idade do que 
nos períodos posteriores. A atitude emocional da mãe 
orienta o bebê, conferindo qualidade de vida à sua 
experiência e servindo como organizador da sua vida 
psíquica, por possibilitar identificações que poderão 
influenciar seu desenvolvimento. 
 
- O período da gestação ao puerpério é um período que 
a mulher se depara com inúmeras mudanças físicas e 
emocionais, que estão diretamente relacionadas à 
qualidade do vínculo que será formado entre a mãe e 
filho. 
- A mãe necessita estar apta a estabelecer este vínculo, 
a partir de uma boa vivência de suas experiências 
relacionadas à gestação e ao puerpério. 
 
- A relação da mãe com seu filho já começa na gestação 
e será a base da relação mãe-filho, a qual se 
estabelecerá depois do nascimento e ao longo do 
desenvolvimento da criança. 
 
- SISTEMA DE APEGO: Estruturas neuropsicológicas 
que conduzem a ligação do bebê com seu cuidador. 
Esse sistema emocional e comportamental foi definido 
como inato e instintivo, constituindo-se num sistema 
organizador dos processos de memória do bebê, que o 
direciona a procurar proximidade e comunicação com 
sua mãe ou cuidador. 
• Etapas de vinculação mãe-bebê: 
OBJETIVO 8: DESCREVER A IMPORTÂNCIA DA 
RELAÇÃO MÃE/FILHO NO PUERPÉRIO 
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1- Vinculação pré-natal: Durante a gravidez 
(primeira ultrassonografia obstétrica, a audição 
dos batimentos cardíacos e a percepção dos 
movimentos do bebê); 
2- Vinculação perinatal: Momentos de parto e pós-
parto imediato (trabalho de parto, encontro com o 
bebê real). A experiência positiva do parto pode ser 
um facilitador da ligação mãe-bebê 
3- Vinculação pós-natal: Capacidade da mãe em 
responder às necessidades do seu filho e do 
feedback deste ser satisfatório para ela. 
***Em relação às questões psicológicas: o puerpério é 
o período mais crítico do ciclo gravídico-puerperal- 
Confronto com a maternidade e paternidade. Vivência 
com certos tipos de “LUTO”. *** 
- A existência de prejuízos nesta relação pode gerar 
alterações nos níveis cognitivo, emocional e social. 
• O tipo de parto pode interferir na relação mãe-
filho; 
• problemas de saúde mental materna; 
• Menor escolaridade; 
• Gravidez não planejada; 
• Consumo de bebida alcóolica durante a gestação. 
FONTE: ARTIGO: Relação mãe-filho e fatores associados: análise 
hierarquizada de base populacional em uma capital do Brasil-
Estudo BRISA. Milady Cutrim Vieira Cavalcante e colaboradores. 
Ciência & Saúde Coletiva, 22(5):1683-1693, 2017. 
 
 
 
 
 
- POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO INTEGRAL À 
SAÚDE DA CRIANÇA: Traz aspectos relacionados com: 
• A Atenção Humanizada e Qualificada à Gestação, 
ao Parto, ao Nascimento e ao Recém-Nascido. 
• Incentivo ao aleitamento materno; 
• Vigilância e Prevenção do Óbito Infantil, Fetal e 
Materno; 
- SAÚDE DA CRIANÇA NA REDE DE ATENÇÃO 
MATERNA, NEONATAL E INFANTIL – REDE CEGONHA 
- PLANO NACIONAL DE PROMOÇÃO, PROTEÇÃO E 
DEFESA DO DIREITO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES À 
CONVIVÊNCIA FAMILIAR E COMUNITÁRIA: 
• Aborda sobre a proteção e importância da 
convivência familiar; 
• Defende a autonomia da criança; 
• Tem como objetivo: O cuidado individualizado da 
criança ou do adolescente, proporcionado pelo 
atendimento em ambientefamiliar; 
• Aspectos contra o trabalho infantil e violência 
familiar; 
- MÉTODO CANGURU: 
• Modelo de assistência perinatal voltado à melhoria 
da qualidade do cuidado. Apresenta como 
premissas a humanização da assistência, a redução 
da separação entre mãe e RN e o favorecimento do 
vínculo afetivo 
- ESTATUTO DA CRIANÇA E ADOLESCENTE: 
• Do Direito à Convivência Familiar e Comunitária; 
 
 
 
- Para que os vínculos se estabeleçam, os adultos 
devem ser fontes de segurança e acolhimento para as 
crianças, de modo que elas construam uma base 
segura. 
- Boas experiências afetivas iniciais têm influência 
positiva no desenrolar da vida do indivíduo. Nesse 
sentido, programas e políticas públicas voltados para a 
primeira infância são essenciais, como oferta de uma 
rede de apoio às famílias e ênfase no processo de 
vinculação com seus filhos. 
- O apoio dos familiares e do companheiro são fatores 
facilitadores do vínculo mãe/filho. 
- Quanto mais a mãe for amparada afetivamente pelo 
ambiente social mais é capaz de realizar as 
necessidades da criança. Além disso, o apoio social 
funciona como protetor de sintomas depressivos 
maternos 
- Em relação as mães adolescentes, observou-se que a 
presença da rede de apoio auxilia que a adolescente 
assuma seu papel de mãe e se dedique ao filho. Além 
do apoio familiar, a estabilidade financeira também é 
um dos fatores que influencia os estados emocionais 
maternos. 
- O apoio dado à mulher por familiares, amigos e 
vizinhos durante o processo gravídico-puerperal pode 
ser considerado um determinante na adesão e 
manutenção da amamentação. Entretanto, além do 
sistema familiar, outros sujeitos também exercem 
papel fundamental para o sucesso da amamentação, 
entre estes, os profissionais de saúde, os quais também 
compõem a rede de apoio social da puérpera. 
OBJETIVO 9: Descrever as políticas públicas 
oferecidas pela atenção primária a saúde 
(incentivo ao vínculo mãe/filho/família). 
 
OBJETIVO 10: Identificar a importância da rede 
de apoio familiar (pai, amigos e familiares), no 
processo anterior e posterior ao parto

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