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2. Embriologia

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Embriologia do Sistema Nervoso
Profa. Caroline Ribeiro de Souza
Na aula de hoje
Filogenética: é a história evolutiva de uma ou mais 
espécies, a qual pode ser representada por meio 
da árvore filogenética
Ontogênese: Embriogênese do SN
Embriologia do SN
Filogenética
Classificação e 
características 
dos Humanos
QUEM SOMOS?
COMO NOS DESENVOLVEMOS?
O QUE NOS DIFERENCIA? 
Classificação e 
características dos 
humanos
A ORIGEM
Homo sapiens 
“homem inteligente”
Os humanos são organismos biológicos que
pertencem ao filo Cordados dentro do reino Animal, e
à família Hominídeos dentro da classe dos Mamíferos
e da ordem dos Primatas.
Quem Somos...
Cordados
• Todos os cordados têm três estruturas em comum:
Notocorda: cordão de tecido flexível que se
estende ao longo do dorso do embrião, que persistirá
no adulto como núcleo pulposo no interior do disco
intervertebral
Tubo neural dorsal: posicionado sobre a
notocorda e forma o encéfalo e a medula espinal →
Sistema nervoso central
Bolsas faríngeas: se desenvolvem, mas apenas
uma das bolsas persiste e se torna a cavidade da
orelha média
Filo
Cordados
• Todos os cordados têm três estruturas em comum:
Notocorda: cordão de tecido flexível que se
estende ao longo do dorso do embrião, que persistirá
no adulto como núcleo pulposo no interior do disco
intervertebral
Tubo neural dorsal: posicionado sobre a
notocorda e forma o encéfalo e a medula espinal →
Sistema Nervoso Central
Bolsas faríngeas: se desenvolvem, mas apenas
uma das bolsas persiste e se torna a cavidade da
orelha média
Filo
Cordados
• Todos os cordados têm três estruturas em comum:
Notocorda: cordão de tecido flexível que se
estende ao longo do dorso do embrião, que persistirá
no adulto como núcleo pulposo no interior do disco
intervertebral
Tubo neural dorsal: posicionado sobre a
notocorda e forma o encéfalo e a medula espinal →
Sistema nervoso central
Bolsas faríngeas: se desenvolvem, mas apenas
uma das bolsas persiste e se torna a cavidade da
orelha média
Filo
Mamíferos
São cordados que apresentam:
▪ Pelo
▪ Glândulas mamárias
▪ Cérebro convoluto: pregueamento complexo
▪ Três ossículos da audição
▪ Dentição heterodôntica (dentes de várias formas)
▪ Articulação da mandíbula
▪ Placenta fixada
▪ Músculos faciais bem desenvolvidos
▪ Músculo diafragma
▪ Coração com quatro câmaras com arco da aorta
para esquerda
Classe
Primatas
• Subdivisão do grupo dos mamíferos
Humanos, chimpanzés, macacos e lêmures
• Características:
Mãos com preensão
Dedos adaptados para pegar
Ordem
Primatas
• Características:
Encéfalos grandes e bem desenvolvidos
Hominídeos
• O Homo sapiens está incluído dentro desta família
• Nós humanos somos os únicos membros vivos da família dos hominídeos.
Família
Humanos
• Encéfalo grande e 
desenvolvido
• Polegar
opositor
• Locomoção 
bipedal
• Estruturas 
vocais bem 
desenvolvidas
Fala articulada devido a
estrutura anatômica dos
nossos órgãos vocais
(laringe, língua e lábios) e
do nosso encéfalo bem
desenvolvido.
Levantam-se e
caminham em
dois membros
Característica compartilhada
com todos primatas. O dedo
polegar humano é
estruturalmente adaptado
para agarrar objetos com
versatilidade. A articulação
selar da base do dedo
polegar permite grande
amplitude de movimento.
Grande em proporção ao peso
do corpo com estruturas
extremamente especializadas
responsáveis pelas emoções,
pesamentos, racíocinio,
memória e coordenação dos
movimentos.
Embriologia do SN
O que mais distingue o cérebro humano não é apenas a
existência da nossa camada neocortical, mas
principalmente a sua dimensão e organização.
No decorrer de milhões de anos, o SNC se desenvolveu
até atingir a complexidade do SNC humano.
Embriologia 
História
• Aristóteles (384-322 a.C.): Pai da Embriologia → observava os seres vivos no seu
meio. Observou as mudanças que ocorrem diariamente nos ovos embrionados de
galinha.
• Hieróglifos de Kom Ombo descreviam os estágios da vida intrauterina como os
antigos os imaginavam
• Idade Média: Pouco avanço
História
• Século XVII: Teoria da Semente Dupla → acreditava-se na existência de uma
semente-fêmea que misturada ao esperma no útero materno originaria o feto
• Segunda metade do século XVII surge a Teoria do Ovismo ou Sistema de Ovos: ovo
era o elemento reprodutor e o macho participava através da emissão de um vapor do
esperma.
História
• Harvey (1961): estudou a formação inicial do feto, chegando à conclusão de que
todos os animais iniciam seu desenvolvimento a partir de uma estrutura primeira que
denominou "ovo“. . Sacrificava fêmeas após o acasalamento e dissecava o aparelho
reprodutor para a observação do feto.
• Sténon (1638 – 1686): demonstrou que ovos dos mamíferos provinham do ovário,
chamado testículo-fêmea e se desenvolvia no útero.
História
• De Graaf (1641 – 1673): descreveu folículos ovarianos. Estabeleceu relação ovário-
útero.
• Teoria da Pré-formação: miniatura de embrião no gameta masculino, que aumentava
após a penetração do espermatozoide no gameta feminino.
• Spallanzzni (1729 – 1799): investigou processo de fecundação em rãs: semente-
macho durante o acasalamento e depositava em ovos virgens → estudos primordiais de
inseminação.
História
• A partir do século XVIII → estudos científicos sobre o desenvolvimento anormal dos
embriões.
• Wolf (1733 – 1794): desenvolvimento da galinha ao microscópio. Neste século nasce
a ideia da transformação lenta e gradual no desenvolvimento.
• Século XIX: Teoria da Evolução, Teoria Celular e Leis de Mendel
História
• Von Baer (1792- 1876): identificou folículos ovarianos
• Pander (1817) estudou os folículos germinais que Remak (1845) denominou de
folhetos embrionários
• Hertwig (1875) descreveu as fases do processo de fecundação
• Século XX: Técnicas de Embriologia Experimental
Vogt (1929); Roux (1850-1924); Driesch (1876 – 1941); Morgan (1866- 1945)
História
• Leonardo da Vinci foi o primeiro a fazer uma representação gráfica do feto humano
(1452-1519)
História
• Wilhelm His (1831-1904): primeiro cientista que estudou o embrião humano de
modo sistemático.
• Herting e Rock (década de 1940) estudaram e obtiveram imagens de embriões
humanos em fases inicias do desenvolvimento
História
• L. Street (1942-1948) lançou as bases do sistema de estagiamento de embriões humanos usado
atualmente e que foi revisado em 1973 e 1987 por O’Rahilly.
• Com advento da fertilização in vitro (anos 1970) os estágios iniciais do desenvolvimento humano
foram analisados.
Embriologia
O ciclo de vida humano
Embriologia do SN
Ontogênese
Embriologia
Tuba uterina
Um dia após a fecundação: divisões mitóticas do zigoto até se formar uma pequena esfera sólida = mórula
Ao atingir o útero a mórula continua se dividindo, formando uma cavidade chamada blastocele
Nesta fase a mórula passa a ser chamada de blástula
No final da 1º semana a blástula está firmemente inserida na parede do útero: blastócito
Forma-se uma nova cavidade, cavidade amniótica
Embriologia
Tuba uterina
Um dia após a fecundação: divisões mitóticas do zigoto até se formar uma pequena esfera sólida = mórula
Ao atingir o útero a mórula continua se dividindo, formando uma cavidade chamada blastocele
Nesta fase a mórula passa a ser chamada de blástula
No final da 1º semana a blástula está firmemente inserida na parede do útero: blastócito
Forma-se uma nova cavidade, cavidade amniótica
Embriogênese
Gastrulação
Uma estrutura plana em forma de fita, constituída por dois folhetos de células, separa agora a cavidade
amniótica da blastocele
Folheto mais interno é o endoderma e externo é o ectoderma que dará origem ao sistema nervoso. O
conjunto dos dois folhetos é a forma mais precoce do embrião.
2º para 3º semana de gestação: células do ectoderma proliferam intensamente e migram para dentro de
um orifício, esta invaginação do ectoderma forma o terceiro folheto embrionário: mesoderma
Embriogênese
Uma região do ectoderma:Neuroectoderma → Adquiriu
identidade neural → NEURULAÇÃO
Interação do mesoderma com neuroectoderma:
proliferação e alongamento das células tornando-as
cilíndricas → região mais espessa = Placa Neural
Dobramento da placa neural em torno do sulco neural
O dobramento da placa acentua-se e ela se fecha
formando o tubo neural, algumas células formam duas
lâminas longitudinais : cristas neurais
Placa neural, tubo neural e cristas: estruturas
precursoras do SN
Folhetos Embrionários
Tubo neural: SNC
Cristas: SNP
1º mês de gestação: Quando o tubo neural completa seu fechamento, a extremidade craniana vai se
dilatando formando as vesículas encefálicas primitivas: a mais anterior= prosencéfalo, a do meio =
mesencéfalo e a posterior rombencéfalo.
O espaço entre as vesículas é ocupado por um fluido orgânico e dará origem aos ventrículos cerebrais.
2ª mês de gestação: o tubo encurva-se e as vesículas subdividem-se passando a ser 5
Tubo neural: SNC
Cristas: SNP
Embriogênese
Posterior ao mielencéfalo o tubo neural
transforma-se gradativamente na medula
espinal primitiva
Sistema Nervoso Central
Essas 
Essas transformações morfogenéticas do SNC ocorrem nos primeiros 4 meses de gestação.
Vesículas primitivas e principais estruturas anatômicas
SNC: Encéfalo e Medula Espinal
Encéfalo: Cérebro (telencéfalo e diencéfalo), cerebelo e tronco encefálico (mesencéfalo, ponte, bulbo)
SNC : encéfalo e medula espinal
Encéfalo: cérebro (telencéfalo e diencéfalo), tronco encefálico (mesencéfalo, ponte e bulbo) e cerebelo
Essas 
Essas 
Essas 
Essas 
4º-5º mês de gestação as principais estruturas
anatômicas já estão constituídas.
Córtex cerebral e córtex cerebelar são lisos e seus
crescimentos ocorrem de forma mais rápida do que da
caixa craniana → formação das dobraduras: giros e folhas
e os sulcos e fissuras.
SNC
Com a medula ocorre o inverso:
A coluna vertebral e o canal ósseo que a envolvem se
alongam mais que a medula, com isso a extremidade
inferior localiza-se na altura das primeiras vértebras
lombares.
Medula Espinal
O SNP tem sua origem a partir das cristas neurais que se
formam ao longo do tubo neural quando ele se fecha.
As cristas também possuem células-tronco, participando
da formação de outros tecidos.
Ao se proliferarem as células das cristas migram para
longe do tubo neural.
Durante o trajeto algumas se agrupam, fixam e formam os
gânglios espinais e autonômicos que emitem axônios
compactados em fascículos, constituindo os nervos.
Também são originadas a partir da crista neural as células
da glia responsáveis pela formação da bainha de mielina
A porção medular da glândula suprarrenal também tem
essa origem embrionária.
Sistema Nervoso Periférico
Quando inicia a atividade do SN
Linha do tempo
o 6ª semana: atividade bioelétrica produzida pelos neurônios jovens ( impulsos de células isoladas, 
sinapses surgem mais tarde)
o 8ª e 9ª semanas: intensa proliferação e migração das células. Córtex cerebral ainda liso sem 
circunvoluções e dois hemisférios permanecem separados.
o 10ª semana: formação comissura anterior
o 12ª semana: formação do corpo caloso
o 13ª semana: primeiros movimentos do feto podem ser sentidos pela mãe sugerindo a entrada e 
funcionamento dos músculos
Linha do tempo
o 16ª semana: surgem primeiros sulcos corticais e após começam a se formar as primeiras sinapses = 
formação dos circuitos neurais 
o 23ª semana: o feto prematuro já pode sobreviver fora do útero desde que assistido em unidades 
hospitalares. Inicio das respostas a estímulos mecânicos: amadurecimento funcional das vias sensitivas
o 28ª semana: registros de respostas cerebrais a sons externos já são possíveis: entrada e funcionamento 
do sistema auditivo
o 32ª semana: começa a controlar de forma autônoma sua respiração e temperatura corporal. Bebês 
prematuros grande probabilidade de sobrevivência
Linha do tempo
Linha do tempo
Quando acaba o desenvolvimento?
O cérebro envelhece?
o Não conseguimos determinar um momento preciso que o SN se torna adulto
o Continua a transforma-se durante toda a vida adulta
o Considera-se o processo de mielinização como estágio final da maturação
o O SN é atingido pelo envelhecimento: gradativa degeneração até
colapso funcional e morte
o Tamanho menor, resultando em menor peso
o Alguns giros são mais finos e separados por sulcos mais abertos e
profundos
o Os ventrículos e demais cavidades cerebrais são mais largos, o que
resulta em menor espessura das regiões corticais. Esses sinais
macroscópicos de atrofia podem ser identificados nos indivíduos
vivos utilizando técnicas de imagem como a tomografia
computadorizada': e a ressonância magnética': e, após a morte, pela
inspeção direta do cérebro.
o As alterações não ocorrem igualmente em todo o cérebro:
geralmente são maiores nas regiões frontais e temporais,
justamente as que estão envolvidas com as funções cognitivas mais
sofisticadas, que necessitam da memória para sua operação normal.
o Presença, no espaço extracelular, de pequenos depósitos de
material denso e fragmentos de neurônios formando as chamadas
placas senis
o Neurônios com novelos de neurofibrilas no
citoplasma: desorganização do citoesqueleto
neuronal.
o Queda no número de neurônios em diferentes
regiões: calcula-se que, aos 90 anos, cerca de 10%
dos neurônios do córtex cerebral foram perdidos
o Densidade sináptica menor (i.e., o número de
sinapses por unidade de volume cerebral).
o Nas diversas regiões da substância branca, o número
de fibras mielínicas declina acentuadamente,
podendo atingir 40% de perda aos 90 anos.
o Diminuição do metabolismo de oxigênio no cérebro,
causado por uma redução do fluxo sanguíneo,
especialmente na substância cinzenta
Implicações clínicas do envelhecimento
o pequenos lapsos de memória,
o menor velocidade de raciocínio e episódios
passageiros de confusão
o dificuldades de locomoção,
o falta de equilíbrio,
o mãos trêmulas,
o insônia noturna com sonolência diurna e
o outras manifestações consideradas naturais da
velhice
Dúvidas?
	Slide 1: Embriologia do Sistema Nervoso Profa. Caroline Ribeiro de Souza
	Slide 2: Na aula de hoje Filogenética: é a história evolutiva de uma ou mais espécies, a qual pode ser representada por meio da árvore filogenética Ontogênese: Embriogênese do SN
	Slide 3: Embriologia do SN Filogenética
	Slide 4
	Slide 5: Homo sapiens “homem inteligente”
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	Slide 7
	Slide 8
	Slide 9
	Slide 10
	Slide 11
	Slide 12
	Slide 13
	Slide 14: Embriologia do SN
	Slide 15: Embriologia 
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	Slide 17
	Slide 18
	Slide 19
	Slide 20
	Slide 21
	Slide 22
	Slide 23
	Slide 24
	Slide 25
	Slide 26: Embriologia do SN Ontogênese
	Slide 27: Embriologia
	Slide 28: Embriologia
	Slide 29: Embriogênese
	Slide 30: Embriogênese
	Slide 31: Folhetos Embrionários 
	Slide 32: Embriogênese
	Slide 33: Sistema Nervoso Central
	Slide 34: Vesículas primitivas e principais estruturas anatômicas
	Slide 35
	Slide 36
	Slide 37
	Slide 38
	Slide 39: SNC
	Slide 40: Medula Espinal
	Slide 41: Sistema Nervoso Periférico
	Slide 42: Quando inicia a atividade do SN
	Slide 43: Linha do tempo
	Slide 44: Linha do tempo
	Slide 45: Linha do tempo
	Slide 46: Linha do tempo
	Slide 47: Quando acaba o desenvolvimento? O cérebro envelhece?
	Slide 48
	Slide 49
	Slide 50
	Slide 51: Implicações clínicas do envelhecimento
	Slide 52: Dúvidas?

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