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Escola Pedagógica da Lunda Norte Departamento de Ensino e Investigação de Pedagogia ======================================================== Título: Sistema de Exercícios para o Desenvolvimento da Força de Braços nos Alunos da 5ª Classe do Complexo Escolar Nº 10 do Muanguvo Autores: Abel Cabolito Catxitxi. Mutunda Ngunza ======================================================== Dundo, Janeiro de 2021 Escola Pedagógica da Lunda Norte Departamento de Ensino e Investigação de Pedagogia ======================================================== Título: Sistema de Exercícios para o Desenvolvimento da Força de Braços nos Alunos da 5ª Classe do Complexo Escolar Nº 10 do Muanguvo Monografia apresentada no Departamento de Ensino e Investigação de Pedagogia para a obtenção do título de Licenciado em Ensino Primário . Autores: Abel Cabolito Catxitxi. Mutunda Ngunza Orientador: MSc. José Antonio Tamayo Soler Monografia N.0 ________ ======================================================== Dundo, Janeiro de 2021 DEDICATÓRIA Abel Cabolito Catxitxi Primeiramente a Deus; sem ele eu não teria a saúde e a capacidade, para desenvolver este trabalho. Aos meus pais, pois é graças ao seu esforço que hoje posso concluir o meu curso e a todos os que me fortaleceram no decorrer desta jornada académica. Mutunda Ngunza À minha querida família, que tanto admiro, dedica-se o resultado do esforço realizado ao longo deste percurso. Ao meu pai falecido, a quem agradeço as bases que me deram para me tornar a pessoa que sou hoje e a quem colaborou directamente comigo pois, eu não teria concluído este projecto. V AGRADECIMENTOS Primeiramente a Deus por nos ter mantido na trilha certa durante este projecto de pesquisa com saúde e forças para chegarmos até o final. Somos gratos à família pelo apoio que sempre deram durante toda a vida. Especialmente ao orientador pelo incentivo e pela dedicação do seu escasso tempo ao projecto de pesquisa, que sempre esteve ao lado durante o meu percurso acadêmico. RESUMO A Ginástica Básica como elemento fundamental dentro da aula da Educação Física está concebida com o objectivo de que os alunos alcancem um nível superior de desenvolvimento das capacidades físicas, de conjunto com as habilidades motrizes básicas e desportivas, a formação de interesses para a prática sistemática de actividades físicas, desportivas, recreativas assim como a formação de valores e qualidades do carácter. Persegue-se por tanto propor a presente investigação que tem como objectivo elaborar um sistema de exercícios para desenvolver a força de braços nos alunos da 5ª Classe na Disciplina de Educação Física. Utilizam-se para o desenvolvimento da investigação, métodos de nível teórico como o histórico- lógico analise- síntese e indutivo- dedutivo; sistémico estruturais; métodos de nível empíricos como análise de documentos, entrevista aos professores e directivos, inquérito por questionário; e métodos do nível estatísticos, como o cálculo percentual. A importância do trabalho consolida-se na selecção e a ordem metodológica dos exercícios propostos que vão dirigidos ao melhoramento da força de braços, tendo um carácter dinâmico, educativo, instrutivo, que estão planejados do fácil ao difícil, permitindo que os alunos de dito ensino se motivem pelos mesmos. Este sistema está sustentado na perspectiva da formação permanente do professor do Ensino Primário, como facilitador da disciplina de Educação Física, respondendo aos esboços de trabalho metodológico em Angola. Palavras-chave: Capacidades Físicas, Sistema de Exercícios e Força. ABSTRACT A Basic Gymnastics as a fundamental element in the classroom of Physical Education is conceived as the objective that some of you reach a higher level of development of physical abilities, together with basic and sporty motor skills, to formation of interests for a systematic practice of physical, sporting, recreational activities as well as the formation of values and qualities of character. Therefore, it is necessary to provide this research that aims to elaborate a system of exercises to develop a force some of the 5th Class in the Physical Education Discipline. Methods of theoretical level such as or historical-analytical analysis and inductive-deductive are used for or developing; systemic structure; empirical level methods such as analysis of documents, interview with teachers, questioned by questionnaire; e methods of statistical levels of Descriptive Statistics. As a matter of work, the selection of two exercises on the methodological order that is directed at the moment of the training of braces is consolidated, having a dynamic, educational, and instructive character, which is planned from easy to difficult, allowing some of them to be taught. This system is based on the perspective of the permanent training of the Primary School teacher, as facilitator of the Physical Education discipline, responding to the outlines of methodological work in Angola. Keywords: Physical Capabilities, Exercise System & Strength. ÍNDICE DEDICATÓRIA I AGRADECIMENTOS II RESUMO III ABSTRACT IV ÍNDICE V INTRODUÇÃO 1 CAPÍTULO I: FUNDAMENTOS TEÓRICOS QUE SUSTENTAM O PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DAS CAPACIDADES FÍSICAS E A CAPACIDADE FÍSICA FORÇA NO ENSINO PRIMÁRIO 8 1.1 Processo de desenvolvimento das capacidades físicas e a capacidade física força no Ensino Primário 8 1.2 Critérios sobre os termos capacidades físicas, rendimento motor e eficiência física na Educação Física 13 1.3 Particularidades do processo para o desenvolvimento da capacidade física-condicional da força de braços nos alunos da 5ª Classe 19 CAPÍTULO II: PRINCIPAIS RESULTADOS DO DIAGNÓSTICO E PROPOSTA DO SISTEMA DE EXERCÍCIOS PARA DESENVOLVER A FORÇA DE BRAÇOS NOS ALUNOS DA 5ª CLASSE DO COMPLEXO ESCOLAR Nº 10 DO MUANGUVO 35 2.1 Estado actual enquanto ao desenvolvimento da força de braços nos alunos 35 2.1.1 Caracterização da amostra de estudo para aplicar o diagnóstico 36 2.1.2 Processamento e análises dos resultados segundo os instrumentos aplicados 36 2.2. Sistema de exercícios para desenvolver a força de braços nos alunos da 5ª Classe do Complexo Escolar Nº 10 do Muanguvo 43 2.2.2 Sistema de exercícios para desenvolver a força de braços nos alunos da 5ª Classe 46 CONCLUSÕES 51 RECOMENDAÇÕES 52 BIBLIOGRAFIA 53 ANEXOS INTRODUÇÃO A Educação Física na época contemporânea experimentou um amplo desenvolvimento nos diversos modos de praticar o exercício físico, o qual esteve influenciado por múltiplos factores. O impetuoso desenvolvimento alcançado pela ciência e a tecnologia a escala universal, a necessidade de obter um melhor uso do tempo livre e de lutar contra o sedentarismo. Segundo Jacinto (2017) em sua obra As finalidades educativas da Educação Física em municípios da Huíla (Angola), expressa que: A luta pela melhoria da qualidade de ensino em qualquer instituição escolar deve ser uma preocupação de todos actores do processo educativo; se atendermos que o seu maior objectivo é atingir a formação integral de valores e mudanças de comportamentos e atitudes no seio dos alunos. (Jacinto 2017, p. 23) Por isso o processo docente educativo da escola angolana deve lhe garantir ao menino um desenvolvimento das capacidades físicas e das habilidades motrizes, que lhe permita uma preparação adequada para enfrentar-se os conteúdos de maior complexidade nas primeiras classes do ensino, ao mesmo tempo deve facilitar que os alunos assimilem as habilidades motrizes desportivas e que alcancem um nível de desenvolvimento que propicie cumprir com êxito as exigências do Ensino e da disciplina. Tendo presente que as idades dos alunos da 5ª Classe representam as de maior aprendizagem motor dos alunos, e obriga ao professor à busca das vias, que por uma parte, não alterem a lógica da metodologia e, por outra, queoferecem as possibilidades do ritmo do desenvolvimento que manifestam os alunos. Hoje se necessita em Angola um profissional do Ensino Primário que reparta a Educação Física com um pensamento criativo e capaz de desenvolver uma docência integral a partir das competências requeridas pelos angolanos e a sociedade onde o aluno seja um ente activo no processo de aprendizagem. Conhecendo que nestas idades os alunos possuem facilidade para captar os conhecimentos, dá a possibilidade de poder reduzir o tempo de explicação e demonstração e transitar pelo processo de assimilação até a etapa de exercitação. Tudo isto se obtém através da aula de Educação Física guiada por um profissional capaz de superar um processo de ensino-aprendizagem da disciplina marcado por uma pedagogia tradicional e velhos esquemas onde o professor indica tudo o que terá que fazer e o aluno se limita a reproduzir os modelos técnicos do movimento. Para isto entenda-se então a Ginástica Básica como elemento fundamental dentro da aula da Educação Física, que está concebida com o objectivo de que os alunos alcancem um nível superior de desenvolvimento das capacidades físicas, de conjunto com as habilidades motrizes básicas e desportivas, a formação de interesses para a prática sistemática de actividades físicas, desportivas, recreativas assim como a formação de valores e qualidades do carácter. Segundo Buba (2016) “o professor de Educação Física no contexto de Angola não tem sempre, a infra-estrutura, os recursos e as condições nas que se desenvolve seu labor docente” (p.3). Mesmo assim as capacidades físicas constituem fundamentos para a aprendizagem e aperfeiçoamento de acções motrizes, as quais se dividem em dois: capacidades físicas coordenativas e capacidades físicas condicionais, dentro destas ultimas encontrasse a força muscular. Ozolin (1988) afirma que: A força é possivelmente a mais representativa das capacidades físicas básicas, seu desenvolvimento se faz necessário sob uma perspectiva específica de eficiência ou rendimento desportivo onde os músculos efectuam o trabalho que lhes pede e quanto tempo possam prosseguir em sua actividade com um nível de intensidade, com direcção e sentido. (Ozolin 1988, p.37) Para compreender a essência da capacidade física de força é necessário ter em conta que a mesma constitui uma das capacidades básicas ou fundamentais do homem e que é um dos índices de bom estado de saúde e de um certo grau de desenvolvimento físico e global, por outro lado contribui gradualmente a desenvolver a confiança nas próprias possibilidades do homem e resulta na utilidade da vida diária. Silva (2002) tem outra opinião referente a este tema: A força é um dos principais atributos físicos na promoção da saúde de crianças e adolescentes, pois está directamente relacionada à diminuição de lesões, aumento da autonomia do movimento, podendo-se citar ainda melhorias na anatomia e no desenvolvimento psicológico desses indivíduos. (Silva 2002, p. 24) A importância do treinamento da força nos meninos está dada por melhorias de saúde e qualidade de vida mostrando acções positivas sobre a densidade mineral óssea, a composição corporal, a diminuição do risco de enfermidades cardiovasculares. Muitos são os autores que investigaram o tema da força e que serviram como antecedentes a nossa investigação, entre eles, os trabalhos realizados pelo Nunez (2014). Ele expressa que a força é uma capacidade condicional que possui o homem em seu sistema neura - muscular e que se expressa através das diferentes modalidades manifestas num desporto para resistir, puxar, pressionar e empurrar uma carga externa ou interna de forma satisfatória. (Nunez 2014, p.37) Também temos como antecedentes as investigações do Harre (1989); Weineck (1988); Volkov (1990); Zatsiorky (1990); e Ortega (2015), que coincidem que a força muscular depende fisiologicamente do número de fibras musculares que constituem o músculo em questão e da espessura deste. Ademais das colocações destes autores somos do critério de que bioquimicamente a força depende também das possibilidades e desenvolvimento do metabolismo energético anaeróbio. São escassas as investigações científicas realizadas sobre o desenvolvimento da força no campo da Educação Física, não obstante, os principais problemas actuais estão em jogos de dados na precisão de avaliar o rendimento dos alunos referido a esta capacidade e que a actividade fundamental do menino na aula é o jogo, entretanto esta se avalia por repetições. Considera-se que as investigações realizadas anteriormente têm uma importante significação no processo de ensino-aprendizagem, já que propõem aspectos relacionados com o desenvolvimento da força muscular, apesar disso e do amplo número de actividades que aparecem nos programas e orientações metodológicas da Educação Primária, ainda são insuficientes as propostas para desenvolver a força sem utilizar exercícios com pesos. Além disso, falta de sistematicidade no tratamento da mesma, algo fundamental nas aulas de Educação Física; apesar dos estudos realizados ainda não se obtêm o desenvolvimento integral de capacidades físicas e especificamente da força na aula da Educação Física. Para dar respostas as insuficiências referidas se determina o seguinte problema científico: como contribuir ao desenvolvimento da força de braços nos alunos da 5ª Classe na Disciplina de Educação Física do Complexo Escolar Nº 10 do Muanguvo? Para dar resposta ao problema se determina como objecto de estudo: o processo de desenvolvimento das capacidades físicas na aula de Educação Física no Ensino Primário. Como campo de acção: delimita-se no desenvolvimento da força de braços nos alunos da 5ª Classe na Disciplina de Educação Física do Complexo Escolar Nº 10 do Muanguvo. O objectivo da investigação é: elaborar um sistema de exercícios para desenvolver a força de braços nos alunos da 5ª Classe na Disciplina de Educação Física do Complexo Escolar Nº 10 do Muanguvo. Para desenvolver a investigação se determinam as seguintes perguntas científicas: 1- Quais são os fundamentos teóricos que sustentam o processo de desenvolvimento das capacidades físicas e a capacidade física força no Ensino Primário? 2- Qual é o estado actual que apresenta o desenvolvimento da força de braços nos alunos da 5ª Classe do Complexo Escolar Nº 10 do Muanguvo? 3- Que via utilizar para desenvolver a força de braços nos alunos da 5ª Classe do Complexo Escolar Nº 10 do Muanguvo? Em correspondência com as perguntas, se formularam as seguintes tarefas de investigação. 1- Determinação dos fundamentos teóricos que sustentam o processo de desenvolvimento das capacidades físicas e a capacidade física força no Ensino Primário. 2- Diagnóstico do estado actual que apresenta o desenvolvimento da força de braços nos alunos da 5ª Classe do Complexo Escolar Nº 10 do Muanguvo. 3- Elaboração do sistema de exercícios para desenvolver a força de braços nos alunos da 5ª Classe do Complexo Escolar Nº 10 do Muanguvo. Foram utilizados na investigação diferentes métodos: Método do nível teórico Histórico- lógico: utiliza-se em diferentes momentos da investigação e permitiu argumentar os antecedentes do desenvolvimento da força e o estudo de tendências vinculadas com o tema e seu estado até a data. Analítico- sintético: utiliza-se na revisão e análise da bibliografia, na integração da informação e para aprofundar os elementos teóricos da investigação, assim como os sucessos e fenómenos que aconteceram, permitindo elaborar o diagnóstico, estudo e estabelecimento dos fundamentos do sistema de exercícios que se propõe. Indutivo- dedutivo: possibilitou raciocinar do geral ao particular e vice-versa, e determinar as causas que provocam as deficiências na força de braços a partir da amostra selecionada e a análise dos resultados dos alunos. Sistémico - estrutural: possibilitou estabelecer as relações de dependência, subordinação e hierarquização entre os elementos que conformam o sistema de exercícios. Métodos do nível empíricos Análise de documentos: utiliza-se paraa revisão bibliográfica dos documentos normativos para o trabalho com a Educação Física e a selecção de elementos que possam servir como propostas teóricas do presente trabalho. Entrevista: facilitou conhecer na própria linguagem dos professores e directivos a disposição e conhecimento para tratar sobre o tema da força. Inquérito por questionário aos professores: permite a recompilação de dados relacionados com o trabalho da força de braços nas idades primarias Métodos do nível estatísticos Da estatística descritiva utilizou-se métodos para sistematizar e organizar informações com técnicas analíticas e gráficas, incluindo o analises percentual. A população está conformada por 4 professores que estão a leccionar os alunos da 5ª Classe. Realiza-se uma amostragem não probabilística ou intencional, para o 100% de representatividade da população. O tipo de investigação tem predomínio quantitativo durante o trabalho investigativo e utilizou-se o uso de instrumentos quantitativos e qualitativos. A importância da investigação consolida-se na selecção e a ordem metodológica dos exercícios propostos que vão dirigidos ao melhoramento da força de braços, tendo um carácter dinâmico, educativo, instrutivo, que estão planejados do fácil ao difícil, permitindo que os alunos de dito ensino se motivem pelos mesmos. Este sistema está sustentado na perspectiva da formação permanente do professor do Ensino Primário, como facilitador da disciplina de Educação Física, respondendo aos esboços de trabalho metodológico em Angola Contributo Prático: o contributo prático é o sistema de exercícios para o desenvolvimento da força de braços nos alunos, os quais estão planejados de forma sistémica e tendo em conta os parâmetros da carga física para as idades em que estão compreendidos os alunos da 5ª Classe. A estrutura do trabalho de investigação é a seguinte: Introdução; Capítulo I: Fundamentos teóricos que sustentam o processo de desenvolvimento das capacidades físicas e a capacidade física força no Ensino Primário; Capítulo II: Principais resultados do diagnóstico e elaboração do sistema de exercícios para desenvolver a força de braços nos alunos da 5ª Classe do Complexo Escolar Nº 10 do Muanguvo; Conclusões; Recomendações; Bibliografia e Anexos. 6 CAPÍTULO I: FUNDAMENTOS TEÓRICOS QUE SUSTENTAM O PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DAS CAPACIDADES FÍSICAS E A CAPACIDADE FÍSICA FORÇA NO ENSINO PRIMÁRIO O capítulo contém três epígrafes que relacionam o processo de desenvolvimento das capacidades físicas nas aulas de Educação Física em Ensino Primário e o processo de desenvolvimento da força de braços nos alunos da 5ª Classe. 1.1 Processo de desenvolvimento das capacidades físicas e a capacidade física força no Ensino Primário Na actualidade são muitos os autores que coincidem com a afirmação de que a Educação Física, dado seu desenvolvimento no campo das ciências do movimento humano e em especial, no campo das ciências da educação nos revela como um espaço ideal para gerar aprendizagens perduráveis para a vida, de formar valores sociais e ético morais, assim como desenvolver as capacidades condicionais. Estas capacidades condicionais estão condicionadas pelos factores energéticos que se liberam nos processos de intercâmbio de substâncias no organismo produto do trabalho físico; são qualidades energéticos-funcionais do rendimento, que se desenvolvem como resultado da ação motriz consciente do aluno e que ao mesmo tempo constitui condições dessas acções motrizes e de outras a desenvolver. (Jornal de Angola, s/d) A capacidade física-condicional da força como premissa dentro do desenvolvimento das demais capacidades se trabalha dentro do processo de Ensino-Aprendizagem na Educação Física, quer dizer mediante a interacção aluno-professor, concebidos dentro da aula desta disciplina. É pelo que apoiando nas origens da humanidade, pode-se falar que o exercício físico esteve presente em todo o processo evolutivo e de desenvolvimento sociocultural. Segundo Ruiz (1985) “as capacidades físicas condicionais e coordenativas têm sua origem a partir da ginástica que das primeiras práticas dos exercícios físicos com certa sistematicidade se atribuem a três das civilizações mais antigas da humanidade: China, Índia e egípcia” (p. 20). Na China, segundo documentos antiquíssimos (2600 a.C.) “já se efectuavam exercícios de dança… no livro Kung-fu se relatam movimentos e exercícios respiratórios, assim como certas recomendações terapêuticas. Os chineses pensavam que a enfermidade se produzia como consequência da ausência de movimento”. (Rodríguez1985, p.21) Segundo Neves (1995), enquanto no Egipto, praticavam-se similares exercícios físicos com fins militares e mostravam afeição pelas massagens; seus exercícios eram também misturas, individuais e por casais, com uma ênfase particular na mobilidade da coluna vertebral e o desenvolvimento dos músculos do torso. (Neves, 1995 p. 32.) Além disso segundo Neves (1995) estudos arqueológicos mostram a evidência da utilização de bolas, de maneira geral, para seus jogos, confeccionadas com couro, cheias de argila, de malhas de folhas de palma, entre outros materiais que se conservam actualmente em alguns museus no Cairo, Berlim e Londres. Isto nos leva a entender que o homem evoluiu fundamentalmente pela necessidade de sobreviver, desenvolvendo novas características mentais e físicas. Assim vemos como através do tempo surgem tendências e elementos de julgamento para garantir os benefícios das actividades físicas, onde os movimentos foram necessários ao homem desde que utilizou sua energia cinética como estímulo óptimo para a realização de actividades dirigidas a subsistir em sua luta contra a natureza. Segundo Ortega (2015) “a carreira, o salto, a natação, os escalamentos, a luta, foram manifestações instintivas desenvolvidas na comunidade primitiva” (p.37). Para Pedraza (2011) no Antigo Oriente os movimentos físicos tinham fins guerreiro-religiosos, ele cita que: A palavra Ginástica provém do grego "Gimnos", que significa nu pela forma em que se realizavam os exercícios físicos naquela época. Os gregos diferenciavam a ginástica utilizada como Educação Física geral da agonística que concebia os exercícios físicos com fins competitivos. (Pedraza 2011, p. 47) Na antiga Grécia, a prática do exercício físico tinha um carácter constitucional(palestra) onde aos jovens lhes ensinava a arte militar: saltar, correr, lançar o disco e a lança, a lutar corpo a corpo assim como outras actividades essenciais para a guerra. Também existiam outras instituições como os ginásios, o estádio e o hipódromo. Segundo López (2003) os jogos Olímpicos da antiguidade constituíram a máxima expressão do culto à força, da habilidade, do combate violento e do corpo masculino. Para este mesmo autor a aparição do termo ginástica se atribui ao mundo helénico, no ano 400 a.C., termo que perdurou ao longo da história até nossos dias. Também López (2003) comenta que na Idade Média, com o fim do Império Romano e o início da sociedade feudal, obscurantismo povoou o mundo, o que produziu um rechaço para os exercícios físicos a tal extremo que só a nobreza praticava em alguma medida a caça e os exportes de combate. Com a chegada do renascimento nos séculos XV e XVI se produz um ressurgir da cultura clássica, o mesmo desenvolveu um grande interesse pela ginástica com o fim de manter a saúde e preparar à juventude para a guerra. Para López (2003) nesta época se publica a obra Arte Ginástica do Mercuriais, a qual ele cita como o elo entre a Educação Física grega e a moderna, além de considerar o primeiro manual de Ginástica. Nestes tempos, começa a se formar um pensamento mais educativo do exercício físico que tem uma de suas expressões mais concretas na utilização, pela primeira vez o termo “Educação Física, na Inglaterra John Loke (1693), citado pelo Neves (1995). Esta mesma autora cita também Rousseau (1712-1778) quem fora um filósofo e pedagogo que influiu grandemente na ginástica pedagógica deste período, cuja educação natural abre as portas àEducação Física utilitária, ao expor que o corpo deve exercitar-se para desenvolver os sentidos e ser mais eficaz. Juan Enrique Pestalozzi (1746-1827) citado pelo Ferreira (1999) assinala a necessidade de desenvolver e exercitar as aptidões dos meninos, entre elas a força. Este autor considera-se como um dos fundadores da teoria e metodologia da ginástica pelas contribuições realizadas que se utilizam ainda em nossos dias. Basedow (1723-1790) citado pelo Ferreira (1999) foi um pastor protestante liberal, quem propõe que os exercícios físicos constituam uma parte essencial do plano educativo, lhe considera o precursor da Educação Física alemã. Segundo Ferreira (1999) fala que Guts Mutis (1759-1839), foi o primeiro na elaboração de princípios didácticos gerais com base psicológica e o segundo em compreender a necessidade de que a Educação Física se praticasse de acordo com as leis fisiológicas e os conhecimentos anatómicos, entre outras significativas contribuições. O século XIX está matizado pelo desenvolvimento das grandes escolas ginásticas: a alemã de Jahn (1778-1852), a sueca de Ling (1776-1839) e a francesa de Amorós (1770-1848); assim o desporto, pouco a pouco, foi estendendo-se ao continente europeu e ao resto do mundo. (Neves1995, p.17) Segundo Neves (1995) é o Barão Pierre do Coubertain (1863-1937) nascido em Paris, quem consolida a corrente esportiva, ao restaurar, em 1896, os Jogos Olímpicos da era moderna. Igual ao desporto nas escolas segundo Collazo (2010) surge na Europa nos finais do século XIX três novas correntes de Educação Física, que continuam desenvolvendo-se na primeira metade do século XX, as quais denominamos: expressiva, científica e naturalista. As duas grandes guerras mundiais da primeira metade do século XX e os regimes totalitários da época geram uma corrente que se estende até 1965 denominada etapa higiênico-militar, derivada da profunda trauma das correntes europeias. A partir de 1965 e até 1980 se desenvolve uma nova etapa na Educação Física, onde a ginástica educativa e higiénica se vê deslocada pelo desporto educativo, a psicomotricidade e a expressão corporal, a qual é denominada etapa pedagógica segundo Blázquez (2001) ou etapa psico-educativa segundo Devis e Perio (1992), citados pelo Neves (1995). Collazo (2010) afirma que em 1980 contínua o desenvolvimento de novas tendências as quais têm como base científica centrada, essencialmente, na sociologia e a ecologia, tais como a sócio motricidade, o desporto, recreação ou desporto para todos. Entretanto Forteza (1999) assinala que na época actual, a situação da Educação Física escolar é valorizada na Cúpula Mundial (Berlim, 1999) como em desvantagem, em todas as regiões do mundo. Neste sentido se argumenta como os governos de alguns países retiraram completamente a Educação Física dos planos de estudos ou bem reduziram o número de horas dedicadas a esta disciplina. Em sorte cúpula, o doutor Mo Mackendrick, assinalava como “na década dos 90 a aula de Educação Física deixou de ser algo prioritário”. (Forteza 1999, p.33) Em Angola a Educação Física teve a mesma sorte que todo processo de ensino, durante a Guerra Civil Angolana (1975-2002) aproximadamente metade de todas as escolas foram saqueadas e destruídas, levando o país aos actuais problemas com falta de escolas. O Ministério da Educação contratou 20 mil novos professores em 2005, e continua a implementar treinamento de professores. nesta etapa, os professores tendem a receber um salário baixo, são inadequadamente treinados, e encontram-se sobrecarregados no seu trabalho (às vezes ensinando dois ou três turnos por dia). (Wikipédia 2017). Nesta mesma fonte se afirma que na primeira etapa, há também relatos de professores que recebem subornos directamente dos seus alunos, assim como outros factores, como a presença de minas terrestres nos terrenos onde se desenvolvem as aulas de Educação Física, a falta de recursos e documentos de identificação, e a fraca saúde também afastam as crianças de atender regularmente às escolas. Apesar dos recursos alocados para a educação terem crescido em 2004, o sistema educacional da Angola continua a receber recursos muito abaixo do necessário e a taxa de alfabetização é muito baixa, com 67,4% da população acima dos 15 anos que sabem ler e escrever português. 82,9% dos homens e 54,2% das mulheres são alfabetizados, em 2001. [carece de fontes]. Desde a independência em 1975, uma quantidade considerável de alunos angolanos continua a ir todos os anos para escolas, instituições politécnicas e universidades em Portugal e no Brasil ao abrigo de acordos bilaterais entre os governos. (Wikipédia 2017). Em Angola a Educação Física hoje é um direito de todos os alunos, e no Ensino Primário centra-se e desenvolve-se em estreita vinculação com as necessidades reais dos alunos, com a sua actividade educacional; ela é um processo pedagógico que se fundamenta na formação do homem, capacitando-o para o seu desenvolvimento integral e harmonioso. 1.2 ºçç `’… Segundo Collazo (2010) dentro das ciências Pedagógicas em geral e especialmente na Cultura Física, aparece como um dos problemas mais latentes na actualidade, o uso e abuso de diversas categorias sobre as capacidades físicas, que se empregam para denominar, conceptualizar ou definir um mesmo fenómeno. Ao entrar no complexo mundo da Cultura Física, das ciências pedagógicas, psicológicas e epistemológicas detectamos como uma das situações que mais tende a confundir e por outra parte a preocupar aos estudiosos das diversas ciências mencionadas, são precisamente os problemas que constituem quanto às terminologias utilizadas para referir-se à essência dos fenomenais reflexo da consciência do homem, como parte indispensável de sua vida, ao denominar quantos objectos ou fenómenos rodeia sua própria existência. Na literatura consultada se encontrou termos tais como: Capacidade física, qualidade física, eficiência física, rendimento motor, rendimento físico, potencia física, condição física, capacidades condicionais e coordenativas, preparação física, aptidão física, etc.,e monstra a ampla gama existente para referir-se supostamente ao mesmo fenómeno, o feito de que se utilizem vários termos para definir certa faculdade do homem, traz consigo as muitíssimas confusões que neste campo existe na actualidade. (Collazo 2010, p. 36) A maioria dos autores utilizam dois termos para denominar certa faculdade no homem, o primeiro para reflectir a condição humana e a segunda para especificar o tipo de condição. Geralmente abundam os termos capacidade e rendimento para reflectir as possibilidades do organismo e física para especificar o tipo de qualidade. O termo de capacidades físicas é possivelmente uma das categorias de conceitos mais utilizadas na bibliografia consultada, a seguir se expõe como definem alguns autores. Harre, (1987), expõe que “as capacidades físicas são condicionais e coordenativas, e que as primeiras dependem fundamentalmente da exercitação e as reservas energéticas do organismo, enquanto a segunda, depende da actividade neuromuscular” (p. 39). Israel (1978), citado por Pila Hernández (1989), considera à capacidade física do homem como possibilidades na ordem quantitativa e qualitativa aplicáveis às acções motrizes objectivas. Stendther e Lethel, citado pelo Pila Hernández (1989) caracterizam à capacidade física de rendimento como manifesto dos mecanismos de rendimento, exteriorizando-se na actividade social, constituindo um elemento do comportamento do trabalho humano, atribuindo-a também como componente constante da personalidade. Carzola (1982), citado por Pila Hernández (1989) define por capacidade física “ao conjunto de factores morfológicos, biomecânicos e psicológicos cuja interacção com o meio determina a acção física e motor” (p. 38). Ruiz (1985), define-a como “aquelas condições orgânicas básicas para a aprendizagem e aperfeiçoamento de acções motrizes físicas desportivas”. (p. 52). Manno (1994), a conceptualiza como a “soma de um conjunto de funções implicadas na realizaçãode grupos de habilidades físico-motoras que possuem elementos comuns”. (p. 27). Blázquez (1996) define às capacidades físicas como “a expressão cinética mais simplificada dos três sectores precedentes: o preceptivo cinético, o energético e o biomecânico”. (p.38). Como é apreciável, a diversidade de critérios abunda na literatura especializada; sem embargo, permanece implícito em cada definição um especto comum, o qual se sintetiza em certa condição humana para realizar acções motrizes com elevada eficiência física. Entendesse por este fenómeno como aquelas capacidades bio psíquicas que possui um indivíduo para executar diferentes movimentos corporais com um alto nível de rendimento, que se expressa em diversas faculdades físicas do homem, manifestando-se na prática pela resistência e a rapidez com que o mesmo puxa, empurra, pressiona e suporta uma carga externa ou interna satisfatoriamente. Isto esta dado pela rapidez de seu sistema neuromuscular de reagir ante um estímulo externo, a de accionar um plano muscular ou a de transladar o corpo de um lugar a outro no menor tempo possível e a de resistir por um tempo prolongado à execução de rápidas e intensas contracções musculares, além da capacidade aeróbica de resistir a esforços de larga duração sem a presença de cansaço muscular e a de realizar grandes amplitudes de movimentos de forma rítmica e fluída. Em síntese, poderíamos definir às capacidades físicas como condições orgânicas, funcionais e psíquicas que possui um indivíduo em seu potencial genético para interactuar com o médio e evidenciar certas potencialidades físicas no campo das acções motrizes desportivas. Outra categoria conceptual muito utilizada na literatura especializada é o de rendimento motor. Raymond A. Weiss e Phillips Marjorie (1954) citado por Pila Hernández (1989), definem-no como “uma combinação de atributos (físico, mental, emocional e social) a qual obtém uma qualidade de execução na totalidade das variedades de actividade do corpo humano”. (p. 42). Celikovski (1976) citado por Pila Hernández (1989) expõe que “o rendimento motor é a necessidade de realização de uma tarefa física e motora, produto da manifestação das capacidades motrizes”. (p. 42). Mallerowics (1978) citado por Martínez (1978) e Pila Hernández (1989), define o rendimento motor como a capacidade física e mental do indivíduo fortemente influenciados pelas condições do meio para alcançar o máximo de rendimento individual. Lechman citado por Martínez (1978) e Pila Hernández (1989), define-o de maneira muito sintética, como “o máximo resultado que o homem é capaz de dar”. (p. 42). Hochicin citado por Martínez (1978) e Pila Hernández (1989), definem o rendimento motor como “a quantidade de trabalho realizado em uma unidade de tempo”. (p. 43). Martínez (1978) citado por Pila Hernández (1989), define o rendimento motor como o acumulado paulatino de uma totalidade quantificada de aspectos positivos na preparação do atleta, de acordo aos objectivos projectados e apreciados através do teste. Gracial Gleger (1981) citado por Pila Hernández (1989), expõe que “o rendimento motor reflecte objectivamente as capacidades físicas dos sujeitos, em brindar determinados resultados em concordância a suas potencialidades biológicas”. (p. 43). Outro termo presente nas bibliografias consultadas é o de eficiência física, observemos o que expõem alguns autores a respeito. Larzon (1951) citado por Martínez (1978) e Pila Hernández (1989) define-a como o estado que caracteriza o grau de funcionalidade que o organismo é capaz de ter” (p. 43). Fishbeir citado por Martínez (1978) e Pila Hernández (1989) define a eficiência física como “a capacidade do organismo de trabalhar com efectividade. Wholund citado por Martínez (1978) e por Pila Hernández (1989) expõe ao referir-se à eficiência física como o estado do organismo dirigido fundamentalmente à capacidade de realizar um trabalho forte. Ruiz, citado por Martínez (1978) e Pila Hernández (1989), define-o como “o processo acumulado de valores como velocidade, resistência, força, coordenação, agilidade, destreza, aplicadas em função da vida, em função dos interesses e motivações individuais e do desenvolvimento da sociedade”. (p. 43). Parting citado por Martínez (1978) e Pila Hernández (1989), expõe como a capacidade do organismo de manter o equilíbrio interno, durante um trabalho o mais próximo possível ao estado de repouso, assim como resolver esse equilíbrio depois de terminado o trabalho. Martínez (1978) citado por Pila Hernández (1989), expõe como o produto do acumulado das mudanças quantitativas em certa etapa que transbordam a medida inicial e criam a possibilidade de um trabalho altamente eficaz motivado pela aparição de uma nova qualidade motriz, mais polifacetada e experimentada. Para Leão Cupull (1982) citado por Pila Hernández (1989), define à eficiência física no homem como um factor social, educativo que contribui à formação do objectivo que determina o desenvolvimento de nossos educandos, para ele, seu controle desempenha um papel determinante no cumprimento dos objectivos do programa de cada etapa do ano escolar, com a finalidade de que os resultados nos dêem níveis mais altos de rendimento motor. Segundo Chiu (1982) citado por Pila Hernández (1989), expõe como o resultado final da preparação física e fica de manifesto através da formação dos hábitos e capacidades necessárias na actividade para a qual se dirige a preparação. Ray Maxwell Sterling e o Jonson Patrick (1983) citados por Pila Hernández (1989), afirmam que o nível de eficiência física de um país é um dos índices do desenvolvimento da Cultura Física, é o fundamento principal da parte resultante da mesma. Ruiz (1985) denomina à eficiência física como um resultado, um produto da exercitação, da preparação física e representa um estado satisfatório de desenvolvimento das capacidades e as habilidades motrizes do indivíduo, em correspondência com seu sexo, idade, peso e altura. (Ruiz1985, p.27) Pila Hernández (1989) define à eficiência física ou rendimento motor como a expressão do desenvolvimento das capacidades físicas (aptidões inatas desenvolvidas que se apoiam em particularidades psicofisiológicas e morfológicas do organismo), alcançadas como consequência do fenómeno educativo e formativo, assim como da influência na interação do meio sobre o organismo do homem como ser social. Em resumo, assume-se a definição que expõe Pila Hernández (1989) ao referir-se à eficiência física ou rendimento motor, por considerar que ambos os termos reflectem ao mesmo fenómeno. Em concreto, o termo capacidade física, expressa determinada condição biológica e psíquica do homem para as actividades físico-desportivas, enquanto o termo rendimento motor ou eficiência física, contém implicitamente, o especto descritivo e quantitativo do comportamento físico de um indivíduo como meio de avaliação. Nas publicações digitais “Trabalhosfeitos.com”, afirma que em Angola a Educação Física é o desenvolvimento motor é parte de todo o comportamento humano, “o desenvolvimento cognitivo, o desenvolvimento afectivo e o desenvolvimento motor estão relacionados”. (p.1). Educação Física é uma das áreas do conhecimento humano ligada ao estudo e actividades de aperfeiçoamento, manutenção ou reabilitação da saúde do corpo do ser humano, ela trabalha, num sentido amplo, com prevenção de determinadas doenças. É a área de actuação do profissional formado em uma Faculdade de Educação Física, é um termo usado para designar tanto o conjunto de actividades físicas não-competitivas e exportes com fins recreativos quanto a ciência que fundamenta a correta prática destas actividades, resultado de uma série de pesquisas e procedimentos estabelecidos. (Trabalhosfeitos.com. p 2) 1.3 Particularidades do processo para o desenvolvimento da capacidade física-condicional da força de braços nos alunos da 5ª Classe Segundo o Departamento do Ensino Geral (2012) em seu Programa de Educação Física no Ensino Primário, centra-se e desenvolve-se em estreita vinculação com as necessidadesreais da sociedade, com a sua actividade e sua produção; ela é um processo pedagógico e visa a formação do homem, capacitando-o para o seu desenvolvimento harmonioso e a condução consciente e activa das mais actividades. O ensino da Educação Física no Ensino Primário tem um papel importante no desenvolvimento das diferentes qualidades físicas, assim como das diversas habilidades motoras dos educandos, através da prática sistemática da actividade física, o aluno atinge um estado ótimo que o torna capaz de aplicar o seu talento e potencialidades na missão de transformar a Natureza. No Ensino Primário, os objectivos, métodos e meios de ensino de cada tema devem visar uma unidade de acção suficientemente integradora que permita realmente atingir os objectivos da classe em tempo previsto. As aulas de Educação Física no Ensino Primário (5.ª Classe) desenvolvem-se durante três trimestres do respectivo ano lectivo, em duas sessões semanais de 45 minutos cada. (Departamento do Ensino Geral 2012, p.3) O problema a respeito das capacidades e seu desenvolvimento foi motivo de grande preocupação e estudo de muitos cientistas de diferentes países. O resultado de suas investigações permitiu avançar nesse sentido, mas fica ainda muito por conhecer. Entretanto, na actualidade, pode-se expor que do ponto de vista da Psicologia, o desenvolvimento das capacidades do homem é um processo socialmente fundamentado que tem como base a relação das condições biológicas (internas), e as sociais (externas). Se partir da tese fundamental exposta por Collazo (2010) que expõe: … “as capacidades como realidade são o produto da interacção entre as propriedades psíquicas do indivíduo e as condições sociais nas quais se produz seu desenvolvimento”, o essencial verdadeiramente, radica em quais são as condições sociais que influem sobre o desenvolvimento individual das capacidades. (Collazo 2010, p. 38) Neste sentido, existem diferentes critérios ao analisar o problema das capacidades: o psicológico e o sociólogo, mas tanto um como o outro são coincidentes ao analisar o desenvolvimento individual das capacidades, ao falar das capacidades de um indivíduo real. Entretanto, isto não quer dizer que para a Psicologia e para a Sociologia se fala das mesmas capacidades. A Psicologia fala das capacidades psicológicas do indivíduo e a Sociologia tenta pronunciar as capacidades do indivíduo de “… sair do limite já conhecido, de transformar e desenvolver o patrimônio social, a cultura, etc.”, quer dizer, daquelas capacidades que se desenvolvem sobre a base de diferentes propriedades e processos psíquicos transformando no indivíduo em uma força activa, num sujeito social. Na Psicologia se definem as capacidades segundo Vigostky (1985) como “particularidades psicológicas individuais da personalidade que são condições para realizar com êxitos uma actividade dada e que revelam as diferenças no domínio dos conhecimentos, habilidades e hábitos necessário para ela”. (p. 51). Dentro do marco da Educação Física, é necessário ter em conta que o homem, pode de possuir determinadas aptidões, também possui determinadas condições morfo-fisiológicas que lhe servem de apoio para desenvolver capacidades físicas, por isso podemos expor que todo movimento do homem é o resultado de uma actividade de harmonia entre o sistema nervoso central e a seções periféricas do aparelho locomotor, em particular o sistema muscular. Tendo em conta estas condições morfo fisiológicas que possui nosso organismo podemos considerar, que a força, a rapidez, a resistência, são capacidades físicas, já que elas se desenvolvem sobre a base dessas condições ou propriedades orgânicas. O factor principal do desenvolvimento da capacidade física-condicional da força é o melhoramento da regulação da actividade dos músculos por partes dos centros nervoso. A fisiologia desportiva moderna está estabelecida no grau de tensão muscular e pode variar-se sob a influência do sistema nervoso central. A análise anterior nos permite chegar à conclusão de que as capacidades físicas constituem fundamentos para a aprendizagem e aperfeiçoamento de acções motrizes para a vida, que se desenvolvem sobre a base das condições morfo-fisiológicas que tem o organismo. Tendo em conta o anterior se afirmado pelo Departamento do Ensino Geral. (2012) em seu Programa do Ensino Primário da 5ª Classe, os objectivos gerais da educação física no Ensino Primário: · Aperfeiçoar a aptidão física; · Desenvolver as faculdades mentais; · Desenvolver as habilidades motoras básicas (andar, correr, saltar, lançar) · Fortalecer os sistemas cardiovascular e respiratório; · Conservar a saúde e hábitos de higiene; · Desenvolver a criatividade, o valor, a audácia, a decisão, a tenacidade, a modéstia, a consciência, o espírito desportivo, de iniciativa e de grupo. · Promover o gosto pela prática regular das actividades físicas. Como objectivos específicos da Educação Física na 5.ª Classe emprega-se: · Proporcionar uma aprendizagem motora diversificada; · Iniciar aprendizagens pré-desportivas e aplicá-las nos jogos; · Desenvolver o espírito pré-desportivo durante a execução da actividade física; · Conservar a saúde e hábitos de higiene. Na prática da Educação Física se desenvolvem múltiplas actividades que requerem determinadas capacidades físicas e qualidades motrizes das que se realiza, mas é precisamente no processo de desenvolvimento desta disciplina em que o indivíduo desenvolve as capacidades físicas necessárias para obter um determinado rendimento, tanto físico como desportivo. À medida que o aluno se desenvolve, os rasgos qualitativos do movimento vão variando e aperfeiçoando-se e sua manifestação não segue um esquema rígido, a não ser que evolui de forma diferente em cada indivíduo, e segundo a situação concreta dada. Segundo Chinchilla (1997) as capacidades físicas se subdividem em: 1. Capacidades condicionais. 2. Capacidades coordenativas. 3. Mobilidade. Para este mesmo autor as capacidades condicionais, estão determinadas pelos fatores energéticos que se liberam nos processos de intercâmbio de substâncias no organismo produto do trabalho físico. São qualidades funcionais do rendimento, que se desenvolvem como resultado da acção motriz consciente do aluno e que ao mesmo tempo constituem condições dessas acções motrizes e de outras a desenvolver. Essas capacidades são: · Força. · Rapidez. · Resistência. Segundo Chinchilla (1997) da inter-relação dessas capacidades se derivam outras mais complexas que são: · Força máxima. · Força rápida. · Resistência da rapidez. · Resistência de curta duração. · Resistência de meia duração. · Resistência de larga duração. Neste sentido, existem diferentes critérios de prestigiosos autores, incluindo critério dos autores do presente trabalho, tomando como ponto de partida a análise dos conhecimentos mais importantes relacionados com a capacidade física-condicional da força do ponto de vista metodológico para seu emprego dentro do processo de ensino-aprendizagem com os meninos. Partindo do conceito dado por Ruiz (1985), que força é: “a superação de certa resistência exterior com grande esforço muscular, está considerada dentro do grupo das capacidades condicionais” (p.14). Outros autores como Kuznetsov, (1989); Ehlenz (1990); Manno (1991); Harre e Hauptmann (1994); Zatsiorsky (1995); Tunemann (1996) e Tous (1999) todos citados pelo Carvalho (2004), ofereceram valiosas contribuições que enriqueceram o estudo desta capacidade física-condicional, deve-se conhecer que a mesma é a capacidade mais importante do homem, já que é uma premissa para o desenvolvimento das demais capacidades físicas. Como podemos apreciar, esta é uma capacidade que serviu muito ao homem porque o ajudou a transformar o meio em sua interação com este, utilizando somente a tensão de seus músculos. Para Branco (1994) esta capacidade se desenvolve em ótimas condições entre os 16 e 25 ou 27 anos de idade; com isto não quer dizer que a aplicação dos exercícios de força não é recomendável nas primeiras idades já que o menino doperíodo recentemente nascido realiza este tipo de exercício de forma natural ou de forma passiva, com a ajuda de um adulto, a fim de preparar-se para adoptar a posição bípede e deslocar-se. A existência da capacidade física-condicional da força é uma premissa para o desenvolvimento das demais capacidades físicas, existindo uma estreita relação entre esta e as demais capacidades condicionais, já que as qualidades não se desenvolvem por separado a não ser em conjunto, servindo umas de apoio às outras. A forma em que se realiza essa actividade ou interacção vai responder aos tipos de força. 1. Força Máxima: é o maior esforço que o sistema neuromuscular pode exercer em uma contracção voluntária. 2. Força Rápida: é a capacidade de vencer uma oposição com uma elevada rapidez de contracção, deriva-se da combinação da rapidez e a força. 3. Força Resistência: é a capacidade de resistir ao cansaço do organismo durante um rendimento de força relativamente de larga duração. Além todos coincidem em que para desenvolver a força nos devemos remeter às teorias do treinamento esportivo que constituem os fundamentos científicos e metodológicos para o desenvolvimento físico do indivíduo. A análise anterior nos permite chegar à conclusão de que a capacidade física condicional força constitui a base para a aprendizagem e aperfeiçoamento das acções motrizes dos meninos para toda a vida, que se desenvolvem sobre a base das condições morfo fisiológicas que tem o organismo. Todos os autores que abordaram o tema, concordam que para obter a efectividade pedagógica do controle do rendimento físico dos meninos depende da forma em que este se organize e estruture metodologicamente, fazendo uma correcta selecção dos princípios, métodos e formas organizativas para duma forma didáctica avaliar os resultados que se esperam. Entre os métodos mais utilizados para o desenvolvimento da capacidade física-condicional da força encontramos os seguintes: método de carga padrão, método de carga variada, método de pausa completa, incompleta e método sem pausa. Tendo em conta o critério de Branco (1994) e as regularidades antes mencionadas se fundamentam os princípios que devem ser observados pelo professor durante a direcção do processo de desenvolvimento da força. Entre estes princípios temos: · Princípio da ossificação da carga física interna e externa. · Princípios das variações ondulatórias das cargas. · Princípio do aumento gradual e progressivo da carga. · Princípio da continuidade do processo de exercitação. · Princípios metodológicos para o desenvolvimento de capacidades condicionais ou coordenativas. Os autores do presente trabalho assumem a posição de outros autores que abordaram esta problemática ao expor que, para desenvolver a capacidade física-condicional da força nos meninos, é necessário ter em conta estes aspectos metodológicos na hora de planejar o processo de ensino-aprendizagem. Esta problemática foi motivo de largas discussões e controvérsias até as épocas relativamente recentes nas ciências do exercício por razões que prejudicava o normal crescimento em altura, a produção de lesões no sistema músculo esquelético ou a afirmação de que a força não era possível melhorá-la até chegada a puberdade já que tenha uma dependência hormonal ligada ao sexo, estas foram algumas das causas mais denunciadas que muitos médicos, professores e fisiologistas do exercício invocaram durante dezenas de anos para apagar o treinamento da capacidade física-condicional da força nas etapas infantis; sem dúvida que em alguns aspectos aquelas afirmações eram válidas. A busca de um maior rendimento físico através do treinamento com pesos nos meninos, com objectivo essencialmente estilista, é uma equivocada proposta nas etapas infantis. Sabemos da importância do predomínio do factor lúdico que deve ter o desporto nesta faixa etária, onde os objectivos da socialização, a aquisição de hábitos solidários, o respeito pelas regras que o mesmo jogo impõe, e outra série muito importante de factores que fazem ao crescimento infanto-juvenil, são pilares fundamentais para um adequado desenvolvimento emocional, físico, social e afectivo durante toda sua vida. Mas por outro lado, o não treinar esta capacidade física é tão prejudicial quando o menino não melhora a sua resistência, velocidade, coordenação, flexibilidade, agilidade, etc. Infelizmente, o conhecimento que se tinha faz mais de 30 anos que se limitou principalmente ao estudo de casos que vinham do alto rendimento, onde estes eram submetidos a esforços desmedidos em volume, intensidade e quantidade de horas diárias no treinamento. E no caso pontual da capacidade física-condicional da força, as investigações contribuíram muita informação proveniente de formas especifica de exercícios de levantamento de pesos com técnicas de especialidades dos adultos, que provocaram sérias lesões nos meninos e adolescentes. Tudo isto gerou um alerta entre os médicos, professores e treinadores que acabou literalmente por eliminar os exercícios de sobrecarga dentro dos treinamentos dirigidos nestas idades. Mas a ciência hoje, curiosamente, informa exatamente o contrário quanto ao treinamento da capacidade física-condicional da força. Entidades muito importantes no mundo associadas à investigação das actividades físicas nas idades pediátricas advertem sobre a imperiosa necessidade de treinar a força nos meninos. Assim, a Academia Americana de Pediatria (American Academy of Pediatrics), o Colégio Americano de Medicina do Desporto (American College of Sport Medique), e a Associação Britânica para o Desporto e o Exercício (British Association of exercise and Sport Sciences), entre outras, todas citadas por Branco (1994), reconhecem a importância do desenvolvimento da capacidade física-condicional da força durante a infância e a adolescência. As mesmas afirmam que a prescrição de exercícios apropriados e seguros para o treinamento de sobrecarga mostrou influenciar favoravelmente os aspectos intimamente ligados à saúde e a qualidade de vida. Entre eles se destacam acções positivas sobre a densidade mineral óssea, a composição corporal, a diminuição no risco de enfermidades cardiovasculares, na probabilidade de padecer lesões desportivas e um melhoramento no bem-estar psicossocial. Também advertem que o desenvolvimento da capacidade física-condicional da força, ao incidir positivamente sobre as destrezas físico e motor (saltos, corridas, etc.), possibilita uma melhoria na qualidade do sustento quanto as actividades da vida diária são desempenhadas com melhores posturas, maior energia e economia de esforço. Mas estas entidades também advertem sobre a necessidade de que exista um conhecimento e preparação profissional adequada para o treinamento da capacidade física-condicional da força nas primeiras idades da vida. Por isso, o problema maior não está no treinamento desta capacidade física nas etapas pediátricas a não ser no conhecimento adequado que deve ter um profissional para planejar os treinamentos na idade infantil e obter assim as melhoras desejadas. Segundo Blázquez (1986) o treinamento da capacidade física-condicional da força nos meninos e os jovens foi, tradicionalmente, um tema controvertido. Geralmente, a origem desta controvérsia é um bom número de prejuízos induzidos pela falta de actualização nos conhecimentos sobre desenvolvimento motor humano e sobre as bases da metodologia do treinamento da força. (Blázquez 1986, p.45) A visão estereotipada do “fisioculturista” de ginásio ou o Desportista adulto de halterofilismo contribuem a manter a “lenda negra” sobre o desenvolvimento deste factor motor condicional que, em realidade, requer o mesmo tratamento que qualquer outro: conhecimentos amplos e profundos sobre a matéria e sobre as características individuais dos desportistas, boas doses de sentido comum e finalmente, uma visão geral de todo o processo de marcada orientação “humanista”. A força muscular é a qualidade mais importante do ponto de vista do rendimento esportivo, pois todos os gestos esportivostêm como condição a capacidade física-condicional da força para sua efectividade. Quer dizer, quando corremos ou saltamos necessitamos a capacidade física-condicional da força, também quando nos detemos, quando trocamos de direcção, inclusive para disputar um balão entre dois, necessitamos a força. Nas primeiras investigações sobre os efeitos do treinamento com cargas em meninos de idade pré-púbere não se comunicaram melhorias importantes da força muscular. Entretanto, nestes estudos existiram vários problemas metodológicos em relação com a prescrição do exercício e com o protocolo de ensaio empregado para valorizar o programa de treinamento. Em concreto, estes estudos utilizaram baixas intensidades de treinamento e avaliaram um programa de exercício dinâmico mediante provas isométricas. Abordamos o tema a partir da definição das “Fases Sensíveis” ou “Períodos Sensíveis”: Etapas da vida de um sujeito na qual existe um treino muito favorável para uma capacidade físico e motor, ou fase em que o sujeito se encontra com uma sensibilidade particular para a assimilação de determinado estimulo externo. Para Blázquez (1986) a iniciação, o desenvolvimento e a consolidação de um Desportista, acontece ao longo dos anos, mas começa na infância onde, aparecem as fases sensíveis dos quatro tipos de capacidades que requer o desporto: coordenativas, condicionais, cognitivas e emocionais. Para este mesmo autor os processos de adaptação e de super compensação das capacidades, são heterócronos e sincrónicos, por isso devem considerar-se por cada capacidade e cada fase sensível em forma analítica em sua concepção e em forma sinérgica em sua aplicação metodológica. Os meninos que começam um plano de treinamento, têm uma idade cronológica, uma idade biológica, uma idade esportiva e uma singularidade que os caracterizam e os diferenciam. Ainda são mais duros os comentários que, de forma habitual, escutam-se sobre este tema. Assim, não é estranho ouvir coisas como: · A força muscular não é treinável antes da puberdade. · O treinamento de força diminui a flexibilidade articular. · O treinamento de força interfere no crescimento infantil. · O treinamento com cargas é causa da maioria das lesões. · O treinamento da força afecta negativamente ao coração do menino. Pelo contrário, a National Strengh and Conditioning Association (1985), citada pelo Blázquez (1986) mantém opiniões totalmente encontradas às anteriormente mencionadas. A respeito, Weineck (1988) examinou o efeito do treinamento de força em 16 sujeitos pré-púberes, que foram treinados 3 dias por semana, durante 14 semanas, em uma maquina Hidra-Fitness. O método de trabalho foi o de circuito de “30 em trabalho com 30” de descanso; a análise estatística dos resultados, demonstraram que se produziam modificações significativas da capacidade física-condicional da força, depois do período de treinamento, apesar de ser sujeitos pré-púberes e, com baixos níveis de testosterona. Mas como podemos ver, a magnitude das mudanças neuromusculares é pelo geral mais pequena que os lucros observados na capacidade física-condicional da força, por isso temos que pensar que há outros fatores mais que determinem esses lucros. Segundo Volkov (1990) estes factores são: “idade, maturação, crescimento, sexo” (p. 38). Idade: para este autor tanto em meninos como em meninas, a força aumenta de forma progressiva com a idade. Normalmente, até a idade pré-púbere os níveis de força não variam de forma significativa entre ambos sexos. Embora a capacidade física-condicional da força é uma qualidade relativamente estável durante a infância, sua predição a longo prazo é, quanto menos, aventurada. Um menino forte de 8 anos, não deve ter necessariamente os maiores lucros de força na adolescência, devido à correlação positiva da força com o tamanho muscular. Para Weineck (1988) o máximo desenvolvimento da capacidade física-condicional da força se encontra entre os 13-15 anos, sob a influência dos hormônios masculinas no que diz respeito aos meninos. A diferença entre sexos aumenta no último estádio da adolescência, o qual troca com o treinamento sistemático e este desenvolvimento da capacidade física condicional da força se deve fundamentalmente aos seguintes factores: · À maturação do sujeito (sistema nervoso e sistema endócrino). · Ao crescimento do sujeito (aumento da longitude das estruturas ósseas, aumento da massa muscular). A maturação: ao falar da maturação do sujeito, deve-se fazer menção a dois aspectos diferentes. Por um lado, devemos mencionar a maturação do sistema nervoso, o qual afetará tanto a coordenação intramuscular (recrutamento de unidades motrizes), como a coordenação intermuscular (acção de diferentes grupos musculares que intervêm no movimento, interação entre músculos agonistas e antagonistas. Por outro lado, devemos falar de uma maduração do sistema endócrino, especialmente no referente à maduração do sistema reprodutivo e os hormônios já anteriormente mencionados. A partir da puberdade, no sujeito se produz uma explosão hormonal, tanto em homens como em mulheres, que leva a maduração sexual, e a uma aceleração no crescimento, não só no aspecto lineal, mas também na hipertrofia do aparelho muscular do sujeito. Este desenvolvimento da concentração de testosterona não se deve associar ao valor da idade cronológica, mas sim com o propósito de ser mais rigoroso, devemos relacioná-lo com a maduração do sujeito. Este comportamento da testosterona junto aos hormônios de crescimento, as somatomedinas e outros harmónios, são responsáveis pelo crescimento e do desenvolvimento muscular. Segundo Weineck (1988) com a idade aumenta a percentagem da massa muscular em relação com o peso corporal, até chegar a uns valores aproximados de 42-54% em varões e do 36-42% nas fêmeas. Este mesmo autor afirma que os homens desenvolvem cinco vezes o peso muscular (7.5 a 37 Kg.) entre os 5 aos 18 anos, enquanto que as mulheres o fazem entre três e três vezes e meia (7 a 24 Kg.) nessa mesma fila de idade. (Malina, 1969) Segundo Weineck (1988) “Esta diferença entre os dois sexos não sempre é de igual magnitude, já que até a puberdade, a massa muscular das mulheres é similar à dos homens, sendo a partir dela quando se manifestam as diferenças intersexual” (p.33). Se partirmos do conceito normalmente admitido de que a capacidade física-condicional da força depende da área de seção muscular e de que o músculo é capaz de desenvolver entre 5-10 Kg. por cada 2cm de secção, é lógico compreender que a força em valores absolutos aumentará conforme aumenta a massa muscular. O crescimento de um sujeito vem determinado pela acção de diversos hormônios, especialmente por influência dos hormônios de crescimento. O primeiro que estudou a incidência das cargas físicas nas mudanças que se produziam nos ossos foi Julius Wolf em (1892), citado por Weineck (1988), desenvolvendo o que posteriormente se conheceu como Lei do Wolf. Para estes autores com as cargas mecânicas adequadas, a malha óssea se hipertrofia e reorganiza para reduzir o estresse mecânico interno até os níveis óptimos. Segundo Zatsiorky (1989) o exercício físico actua sobre a malha óssea através de três mecanismos: a modificação de sua composição, influindo sobre sua vascularização e modificando a estrutura e ordenação das trabéculas. Muitos estudos nos mostram uma maior densidade óssea em atletas ou pessoas com alto nível de actividade que na população meia. Segundo este mesmo autor o exercício desenvolve a osteoblastos por tensão ou tracção das cargas de trabalho, da mesma forma que a inactividade e a gravides conduzem a osteopenia. Segundo Zatsiorsky (1990) o desenvolvimento das Capacidades Físicas Condicionais de força transcorre em forma relativamente lenta entre os 7 e os 10 anos, excepto nos casos em que esta é estimulada procazmente. Isto vale especialmente para aqueles grupos musculares que são exigidos na motricidade e nos jogos quotidianos. (Exemplo: braços). Zatsiorsky (1990) considera que é certo que as possibilidades de hipertrofia duranteestas idades se vêem amortecidas por razões endócrinas anteriormente mencionadas, mas que se vêem compensadas pelas adaptações neurais que suportam o trabalho da capacidade física-condicional da força. A incógnita surge ao expor o grau ou nível de trinalidade da força durante estas idades. Possivelmente, o aspecto mais importante que se deve contemplar no treinamento da Capacidade Física-condicional da força com jovens esportistas, é poder determinar que manifestação da força e com que nível e tipo de cargas, deve-se trabalhar em cada etapa do desenvolvimento de um indivíduo. Fleck (1997) “mostra que um programa de treinamento da capacidade física-condicional da força possui um sob risco de lesões, mas terá que ter um carácter conservador” (p.18). Esta é a parte que se pretende enfatizar, o controle do treinamento em meninos posto que se pretenda o objectivo, do treinamento que deve ser seguro. Os aspectos que um treinador ou professor de Educação Física deve controlar são a metodologia do treinamento (cargas, métodos, médios, descanso, intensidade…) e a execução dos exercícios. Segundo Fleck (1997) o planeamento é fundamental e deve estar realizada com coerência e concordância com o objectivo que se busque, tendo o plano de fundo da saúde. Entre as principais generalidades para o desenvolvimento da capacidade física-condicional da força nos meninos têm segundo Harre (1987) que os exercícios para o treinamento de força se devem prescrever exercícios que suponham um mínimo risco para a integridade e segurança dos executantes infantis Para isso terá que treinar procurando posições baixas para evitar as lesões e protegendo as zonas de maior risco, zona lombar, joelho e cintura escapular. Harre (1987) afirma que as lesões e o risco de usar o treinamento de força que se observam no treinamento de jovens, se deve a: · Falta de adaptação condicional necessária. · Escasso aquecimento geral ou especial antes da actividade. · Manejo de cargas mais altas que podem controlar os meninos. · Uso de equipamento em más condições, ou poucos seguros. · Insuficiente domínio das técnicas de execução e padrões de movimentos. Portanto a prescrição e controle dos exercícios por parte do treinador deve ser imprescindível para evitar lesões e vícios na hora de treinar. Para Harre (1989) a consideração a ter pressente na hora de controlar a segurança dos exercícios respondem à atitude tônico postural equilibrada. Os autores assumem os critérios de Harre (1987) sobre os conhecimentos teóricos a respeito da capacidade Física-condicional da força de braços que serviram de plataforma para o desenvolvimento de nossa investigação. Características da carga a empregar nos meninos: Entre as principais orientações metodológicas do programa exposto pelo Almeida (2012) propõe que os exercícios de força vão dirigidos a cada uma das partes do corpo (principalmente os braços, pernas e o tronco) para obter um fortalecimento ósseo muscular integral do organismo. Força máxima: capacidade de superar grandes resistências externas, estáticas ou em movimento; seu desenvolvimento está em dependência das repetições de dito esforço, o que deve realizar-se de forma sistemática durante todo o curso. Para a seleção e ordenamento dos exercícios de força o professor deve ter em conta as possibilidades que apresentam os meninos, para ir graduando-os na medida que o ritmo de desenvolvimento o permita. Para uma correta execução dos exercícios de força o professor deve ter em consideração três aspectos fundamentais: a posição do corpo, a respiração e o lugar que esses exercícios ocupam dentro da aula. · Posição do corpo: deve estar em relação directa com o aproveitamento que desejamos obter dele. Por exemplo, ao flexionar os braços se alcança a máxima tensão quando a articulação chega aos 90 graus. O maior trabalho de força se realiza quando o exercício se executa contra a força de gravidade e com pouca rapidez. · Respiração: é recomendável nestas idades efectuar a inspiração e a expiração a metade do exercício, na forma que a própria tarefa que o exija, quer dizer, sem exagero. · Lugar que ocupam dentro da aula: devem realizar-se ao final da parte principal, pois a execução de exercícios de força traz como consequência a aparição da fadiga, o que dificulta o trabalho das outras capacidades e habilidades. Além disso se deve evitar trabalhar a força e a rapidez em uma mesma aula. · Para o melhoramento da força, os métodos mais utilizados são: de repetições para a força máxima e o de intervalo para a força rápida. O procedimento organizativo que oferece melhores resultados é o circuito. Ao seleccionar os exercícios para o trabalho em circuito o professor deve se ter em conta: · Que os exercícios estejam dirigidos aos principais grupos musculares e que se situem alternadamente. · Que garantam um nível de intensidade media. · A planificação está determinada pela quantidade de repetições, o que está regulada pelo tempo. O circuito planejado por tempo, diferencia-se do circuito planejado por repetições em que não aplica uma quantidade de repetições determinadas, mas sim o professor controla a duração de cada tempo de exercícios. Além disso, o objectivo que é para desenvolver a capacidade física-condicional da força, o método é o de intervalo. No circuito planejado por tempo o trabalho na estação é de 30 segundos, o tempo de pausa é de 10 segundos, entre as séries é de 1 minuto, o ritmo contínuo, tendo como tempo total: 9,30 minutos. A força rápida representa a capacidade do sistema neuromuscular de superar uma resistência com uma grande velocidade de contração CAPÍTULO II: PRINCIPAIS RESULTADOS DO DIAGNÓSTICO E PROPOSTA DO SISTEMA DE EXERCÍCIOS PARA DESENVOLVER A FORÇA DE BRAÇOS NOS ALUNOS DA 5ª CLASSE DO COMPLEXO ESCOLAR Nº 10 DO MUANGUVO O seguinte capítulo desenvolve a situação actual que apresenta o desenvolvimento da força de braços nos alunos, contém também a proposta do sistema de exercícios para desenvolver a força de braços nos alunos da 5ª Classe do Complexo Escolar Nº 10 do Muanguvo. 2.1 Estado actual enquanto ao desenvolvimento da força de braços nos alunos O diagnóstico foi desenvolvido do Complexo Escolar Nº 10 do Muanguvo, com o estado da situação actual que apresenta o desenvolvimento da força dos braços nos alunos da 5ª Classe. Os professores têm que conhecer que os alunos da 5ª Classe se encontram nas idades onde experimentam uma notável mudança, a respeito ao desenvolvimento anatofisiológica, aprecia-se nestes meninos o aumento da altura, peso e volume da musculatura; começam a despontar as desproporções (o tronco com respeito às extremidades) e aumenta a força muscular. Todas estas características é o que o professor de Educação Física deve utilizar para o desenvolvimento de suas aulas de Educação Física. O desenvolvimento das qualidades físicas fundamentais: a força muscular, a rapidez de translação, a resistência, a habilidade e a mobilidade das articulações tem lugar na parte principal da aula, a qual está dirigida ao desenvolvimento harmónico do aluno, para alcançar isto é necessário com a ajuda dos exercícios físicos ao actuar sistematicamente sobre todos os órgãos e sistemas do organismo, sobre todas as partes do corpo que participam da variada actividade físico e motor, aplicando os mais diversos exercícios físicos dos grupos musculares. 2.1.1 Caracterização da amostra de estudo para aplicar o diagnóstico O Complexo Escolar Nº 10 do Muanguvo está localizado no município de Chitato, distrito do Dundo, bairro Camaquenzo 2; tem como característica que é uma construção de carácter definitiva, de cor branco com um pátio a volta da escola pela área interna e 4 quartos de banho. A disponibilidade do Complexo Escolar Nº 10 é de uma sala de professores, uma secretaria e 10 salas de aula além da sala do Director e Subdirector; ela contém algumas disponibilidades matérias e tem um horário de 24 tempos lectivos. O Órgão está composto por: uma directora, dois subdirectores (pedagógico e administrativo) e um chefe de secretaria Em total oComplexo Escolar Nº 10 do Muanguvo tem 38 professores, dentre eles 19 masculinos e 19 femininos; o nível profissional dos professores é: 10 licenciados, 9 bacharéis e 19 técnicos médio. A superação destes professores tem sido em jornadas pedagógicas e seminários. A quantidade total de alunos no Complexo Escolar é: 3005 alunos no Ensino Primário, assim sendo (1292 feminino) e (1713 masculinos); na 5ª Classe há 365 alunos. Em nossa investigação temos a população conformada por 4 professores da 5ª Classe. Realiza-se uma amostragem não probabilística ou intencional, para o 100% de representatividade da população. 2.1.2 Processamento e análises dos resultados segundo os instrumentos aplicados Revisão de documentos: Estudaram-se os documentos existentes no centro escolar que permitiram realizar uma caracterização mais ampla do trabalho que desenvolvem os professores, dentro destes se encontram: · Caracterização psicopedagógica dos alunos. · Estudo do programa de Educação Física vigente segundo a reforma Educativa · Planos de aula. A disciplina em estudo é Educação Física, seu Programa na 5ª Classe forma parte dos documentos importantes para facilitar a confeção do diagnóstico e a proposta de exercícios; na revisão deste documento pode-se constatar como objectivo: · Obter um desenvolvimento no nível de desenvolvimento das capacidades físicas condicionais, coordenativas e flexibilidade, de maneira que junto com a consolidação das habilidades motrizes básicas e os conhecimentos adquiridos possam cumprir com êxito as exigências para sua idade e sexo. · Continuar exercitando as habilidades motrizes desportivas que lhes servirão de preparação para os desportos que se repartirão no grau e em Classes posteriores mediante os jogos pré- desportivos. · Executar com um nível de desenvolvimento grosso ou semi polido as habilidades motrizes desportivas principais estabelecidas para a 5ª Classe nos desportos: atletismo e futebol, de forma que possam as aplicarem em condições de jogos. · Demonstrar com sua conduta e atitude nas actividades físicas e desportivas o respeito às regras, companheiros e professores, assim como honestidade, combatividade e espírito colectivista. · Continuar com o trabalho de formação vocacional e orientação profissional que desperte o interesse para nossa profissão, mediante o desenvolvimento do conteúdo da disciplina. Em analises do programa vigente de Educação Física observarem-se que: · O programa deveria ter objectivos específicos em correspondência com as idades pelas que transita os alunos durante sua vida escolar, assim como seu nível de desenvolvimento das capacidades físicas para definir com objectividade os resultados a obter em cada fase da vida. · Os exercícios elaborados para cada unidade não estão em correspondência com a maneira de aprender de um aluno, e desenvolver as capacidades físicas. Na revisão dos documentos não se encontra escrita uma caracterização psicopedagógica dos alunos embora os professores referem que conhecem as características dos alunos. Na revisão do plano de aulas dos professores não se encontra planejado o sistema de conhecimentos a respeito da capacidade física-condicional da força de braços; não existe um planeamento do tempo dedicado à capacidade física-condicional da força; não estão definidos os objectivos a alcançar na unidade Ginástica do Programa da Disciplina e não se precisam indicadores para controlar e medir o accionar do aluno nas provas de práticas ou flexões de braços. Entrevista ao subdirector pedagógico: Em entrevista ao subdirector pedagógico, na primeira pergunta, acerca de que nível considera que tem a escola segundo as condições materiais para desenvolvimento da força de braços nos alunos da 5ª Classe; ele afirma que o nível é médio, pois, a escola não conta com a sala de aula para o desenvolvimento da Educação Física, mais emprega uma área perto com boas condições como espaço aberto para desenvolvimento das actividades. Em nossa opinião a Disciplina de Educação Física precisa de materiais tais como bolas, apitos, cordas, bancos e bancos suecos, escadas, cones, barreiras, cronometro, etc. Segundo o subdirector pedagógico estes elementos não existem na escola para desenvolver o processo de ensino aprendizagem da Disciplina de Educação Física. Referente à alguns dos meios materiais que a escola tem, ele afirma que só tem duas bolas. Tal como já foi evidenciado, existe défice de materiais na escola para o desenvolvimento da Disciplina de Educação Física, mas é fundamental colocar o aluno em contacto directo com o maior número possível de material diversificado. Em quanto a questão de como avalia a preparação dos professores da escola para desenvolvimento da força de braços nos alunos da 5ª Classe, ele afirma que o nível é médio, já que nem todos os professores que leccionam estas classes não são licenciados no Ensino Primário e precisam seguir aprofundando em sua preparação. A pergunta acerca de que nível consideras que as actividades físicas que faz no Complexo Escolar podem contribuir no desenvolvimento da força de braços nos alunos da 5ª Classe, o subdirector pedagógico expõe que esta disciplina contribui num nível médio, já que os alunos da 5ª Classe gostam, mais de fazer jogos de futebol nas aulas de Educação Física que os exercícios de ginástica para a força. A entrevista aos professores: se realiza aos 4 professores que leccionam na turma da 5ª Classe, com perguntas que aparecem numa guia nos anexos (Anexo Nº.3). O objectivo é conhecer a opinião dos professores sobre o desenvolvimento da força de braços nos alunos da 5ª Classe. Na primeira questão colocada sobre os aspectos negativos que de certa maneira impossibilitam o desenvolvimento da força de braço no âmbito escolar actual dentro da Educação Física; que os professores plantem este aspecto porque não está orientado de forma específica ou precisa no Programa da Educação Física de como desenvolver a qualidade de força nos alunos; também que a falta de meios e de espaços apropriados para essas praticas e a falta de formação especifica, são aspectos negativos neste desenvolvimento. A segunda questão colocada sobre a opinião que lhe merece o plano de provas de eficiência física do programa que eles aplicam normalmente em sua escola para diagnosticar e avaliar os seus alunos; os professores respondem que eles criam fichas dos alunos que contem todos os dados que caracterizam o aluno e que mostram os indicadores positivos e negativos da sua saúde, também fazem a prova de corrida de resistência e corrida de velocidade. Tendo em conta o critério dos professores pode entender-se que não se faz uma prova de eficiência física adequada ás características desta disciplina e as necessidades dos alunos. Na pergunta três, que refere se nos programas e orientações metodológicas actuais se oferecem todos os elementos indispensáveis para levar a cabo o necessário processo do desenvolvimento da força de braço nestas idades; os quatro professores investigados concordam que não se oferece. Inquérito por questionário aos professores: Com o objectivo de diagnosticar o trabalho desenvolvido pelos professores da escola para o tratamento da força de braços nos alunos se fez uma pesquisa por questionário aos quatro professores do Complexo Escolar Nº 10 do Muanguvo que leccionam a 5ª Classe. Figura 1. Resultados do emprego das potencialidades dos exercícios de força Fonte: elaboração própria dos autores (2020) Na primeira questão colocada sobre como utilizam as potencialidades dos exercícios de força de braços no processo de ensino-aprendizagem da Educação Física mostra-se na Figura 1, onde se observa que um professor que significa 25% dos investigados, não utilizam nenhuma vez estas potencialidades; dois professores que significam 50% as empregam algumas vezes; e um professor que significa 25% só utiliza as potencialidades dos exercícios de força no processo de ensino aprendizagem escassas vezes. Estes resultados expostos na figura 1, não se correspondem com os resultados da revisão documental,pois nenhum professor tem planejado estes exercícios em seus planos de aula. Na segunda questão referente á preparação e desenvolvimento das aulas, três professores que significam o 75% tem em consideração algumas vezes as características dos exercícios da força de braços, e só um professor que significa o 25 % não tem em consideração estas características na preparação e desenvolvimento das suas aulas. O expressado pelos professores não está em correspondência com sua prática pois não se encontraram evidencias do trabalho feito por eles no emprego das actividades para o desenvolvimento da capacidade física-condicional da força em suas aulas. Figura 2. Resultados de ter em consideração as características dos exercícios da força na preparação e desenvolvimento das aulas Fonte: elaboração própria dos autores (2020) Como se mostra na tabela 1, os quatro professores investigados que significam o 100% dos investigados, nenhuma vez orientam os seus alunos actividades para desenvolver em casa relacionadas com os exercícios de força. Tabela 1. Resultados da orientação de actividades em casa INDICADORES Prof. % Algumas vezes -- 0% Escassas vezes -- 0% Nenhuma vez 4 100% TOTAL 4 100% Fonte: elaboração própria dos autores (2020) Nas perguntas aos professores, se efectuou se realmente gostam da realização de exercícios de força com seus alunos nas aulas de Educação Física e com quais frequências as realizam; três professores que significam o 75% dos investigados respondem que algumas vezes, e só um professor que significa o 25% responde que não gosta e nenhuma vez realiza esta actividade. (ver tabela. 2). Tabela 2. Resultados da realização de exercícios de força nas aulas de Educação Física INDICADORES Prof % Algumas vezes 3 75 % Escassas vezes -- 0 % Nenhuma vez 1 25 % TOTAL 4 100% Fonte: elaboração própria dos autores (2020) Nos objectivos aos que estão dirigidos os exercícios de força, os professores afirmam que estão dirigidos a melhorar a execução dos elementos nas aulas; criar habilidades e aptidão física nos diferentes movimentos físicos desde modalidades práticas, gestos comunicativos e até na escrita; Na questão acerca das vantagens e desvantagem que os professores apreciam na aplicação dos exercícios de força; um professor que significa o 25% da mostra, não vê nenhuma vantagem na aplicação destes exercícios, e considera como desvantagem do tempo que ocupam na aula de Educação Física que pode ser destinado a jogar Futebol. Os outros três professores que significam o 75% afirmam que o emprego destes exercícios na aula de Educação Física tem como vantagem que contribuem a boa execução dos movimentos, estabilidade corporal e mental, motivam a aula de Educação Física; e expõem como desvantagem a má execução e falta de qualidade quando não é dirigida, assim como a falta de materiais que se precisam para sua execução. 2.2. Sistema de exercícios para desenvolver a força de braços nos alunos da 5ª Classe do Complexo Escolar Nº 10 do Muanguvo O sistema de exercícios que se propõem nesta investigação é elaborado a partir dos fundamentos teóricos assumidos e a realidade contextual do objecto de investigação, encaminhadas a contribuição de propostas para desenvolvimento da força de braços nos alunos da 5ª Classe do Complexo Escolar Nº 10 do Muanguvo 2.2.1 Fundamentos teóricos que sustentam o sistema de exercícios para desenvolver a força de braços O sistema é uma ferramenta importante que permite fazer funcionar na prática as ideias ou critérios que desejem experimentar-se em determinada esfera do conhecimento científico. Sobre este particular De Armas (2003) citado pelo Núñez (2014), oferecem-nos o seguinte critério “um sistema permite o estudo filosófico dos métodos do conhecimento e transformação da realidade prática, a aplicação dos princípios da concepção do mundo ao processo do conhecimento, da criação geral, espiritual e prática” (p.48). Sobre os rasgos e características da imperatividade do instrumento nos diz Leyva (2006) citado pelo Núñez (2014) que o sistema é um modo de realizar a análise sistemática dos princípios racionais que guiam os processos de aquisição de saberes epistemológicos, assim como dos processos de configuração dos conteúdos de uma ciência ou disciplina em suas estruturas, articulações e conexões temáticas. Ortega, (2015), expõe que o termo do sistema de exercícios na investigação pedagógica do desporto e a Educação Física é relativamente novo e sustenta que há autores que equipassem o termo a planos e programas de desenvolvimento e qualidades físicas e, portanto, falam de duas componentes essenciais para ela: os fundamentos teóricos e os fundamentos metodológicos na aplicação destes. Para este autor o esclarecimento do sentido do termo para a ciência começa por sua definição. Então para este autor se define por sistema de exercícios o conjunto de actividades físicas que ajudem à formação e desenvolvimento de capacidades condicionais ou coordenativas e que tem uma relação estreita uns com outros. Para a Ortega, (2015), uma concepção está ligada à explicação do ponto de vista ou de partida que se assume para analisar o objecto ou fenómeno em estudo, e sobre esta base se devem dar os conceitos essenciais ou categorias de partida, assim como os princípios que a sustentam, e uma caracterização daqueles aspectos transcendentes que sofrem mudanças, explicitando os mesmos. Capote (2011) citado pelo Núñez, (2014) assinalou que para a estruturação sistêmica é imprescindível ter em conta alguns requerimentos. · Seu significado como totalidade: devem representar a configuração de elementos integrados para obter um propósito comum. · Suas propriedades devem superar cada um dos seus elementos e partes. · Suas inter-relações devem ser causais. · Ser relativas em sua estrutura interna: o desenvolvimento de seus elementos internos deve implicar o de outros, o da parte que os contempla e o do próprio sistema. · Cada subsistema deve possuir estrutura própria e particular dentro do sistema. · Cada elemento deve cumprir funções particulares como contribui ao propósito do sistema. · Contemplar tipos de relação entre elementos, partes e entre o sistema e o meio externo que o contém. · Ser produtos de uma abstração da realidade, mas projetadas à prática e factíveis de operacionalização nela. · Ser históricas, concretamente próximas e correspondentes com o desenvolvimento científico alcançado em seus fundamentos teóricos. · Devem contemplar harmonicamente, propriedades estruturais, organizacionais e funcionais. Outra definição dada pelo Núñez (2014) refere que: “um sistema de exercícios é um conjunto de métodos, procedimentos, técnicas, que regulados por determinados requerimentos nos permitem ordenar melhor nosso pensamento e nosso modo de actuação para obter, descobrir, novos conhecimentos no estudo dos problemas da teoria ou na solução de problemas da prática”. (Núñez2014, p. 49) O sistema de exercícios proposto para o desenvolvimento da força se apoiou nos argumentos expostos pelo Núñez (2014) quem expõe em sua tese doutoral alguns princípios para o desenvolvimento da força e entre os quais se refere a: · Princípio da sobrecarga. · Princípio da resistência progressiva. · Princípio da especificidade. · Princípio do ordenamento dos exercícios. · Princípio da especialização. · Princípio da multilateralidade · Princípio do consciente · Princípio do gradual · Princípio da repetição · Princípio da individualização Outros fundamentos teóricos a ter em conta e que formam parte do sistema desenhado são os propostos por Cuervo, (2005), quem se refere a elementos (que mais princípios se observam como recomendações) para o desenvolvimento da força, e que tomamos como referentes para a preparação dos planos de aula para o desenvolvimento da força e o melhoramento das medidas antropométricas nos alunos: 1. Passar gradualmente dos exercícios gerais aos específicos. 2. Intensificar a carga até um nível óptimo. 3. Empregar métodos e médios variados. 4. Determinaro tempo óptimo de aplicação dos diferentes meios e métodos. 5.Individualizar a preparação. 6.Controlar sistematicamente o nível de conversão da força. No sistema de exercícios proposto para os alunos da 5ª Classe na Disciplina de Educação Física se emprego fundamentalmente o método das repetições. Parâmetros de carga no sistema de exercícios: · Realizaram-se de 3 a 6 séries por exercícios. · Realizaram-se de 4 a 6 exercícios por aula. · Realizaram-se de 30 a 60 repetições por exercícios em cada aula. · Realizaram-se de 120 a 360 repetições por tempos da aula. · A intensidade de trabalho não excedeu na primeira etapa do 60 % do resultado máximo. · A micro pausa pode ser de 30 segundos ou pode ser compensada; em dependência do critério do professor nessa aula · A macro pausa pode ser de 1 minuto ou pode ser compensada; em dependência do critério do professor nessa aula. Como resultado do trabalho proposto, se elaborou um aplicativo com o emprego das Tecnologias da Informática e Comunicações (TIC), se fez com um aplicativo o sistema de exercícios para ser desenvolvido com o telefone como meio de ensino nas aulas de Educação Física da 5ª Classe. 2.2.2 Sistema de exercícios para desenvolver a força de braços nos alunos da 5ª Classe Classe Nº. 1 · Lugar: área de aulas de Educação Física · Participantes: alunos e professor · Materiais: garrafas de água com areia e bola medicinal. · Método: repetições · Procedimento organizativo: sessões · Desenvolvimento: o professor organiza os alunos em subgrupos ou sessões e fazem os exercícios (ver anexo 5) na mesma ordem que apresentada na rotina. Pode excluir algum exercício segundo tempo da aula, mas deve manter a ordem de realização dos seguintes exercícios. Ultimo exercício se faz em forma de jogo competitivo. · Avaliação: se avaliara a correta execução dos exercícios por parte dos alunos Parâmetros da carga dos exercícios # Exercícios Séries Repetições Micro pausa Macro pausa 1 Flexões de braços 4 8 30’’ 1´ 2 Bíceps Parado 4 10 30’’ 1´ 3 Tríceps Parado 4 10 30’’ 1´ 4 Carreira de carro de mãos 3 2 30’’ 1´ Fonte: https://www.vix.com/pt/fitness/538279/6 Classe Nº. 2 · Lugar: campo de aulas para Educação Física · Participantes: alunos e professor · Materiais: garrafas de água com areia, banco · Método: repetições · Procedimento organizativo: sessões · Desenvolvimento: o professor organiza os alunos em subgrupos ou sessões e fazem os exercícios (ver anexo 5) na mesma ordem que apresentada na rotina. Pode excluir algum exercício segundo tempo da aula, mas deve manter a ordem de realização dos seguintes exercícios. Ultimo exercício se faz em forma de jogo competitivo. Parâmetros da carga dos exercícios # Exercícios Series Repetições Micro pausa Macro pausa 5 Flexões de braços apoiados no banco 4 12 30’’ 1´ 6 Força Parado alternado 4 10 30’’ 1´ 7 Flexões de braços, apoiados de espadua no banco 3 10 30’’ 1´ 8 Derrubo da montanha 3 2 30’’ 1´ Fonte: Coletivo de Professores da ESEF (1975) · Avaliação: se avaliara a correta execução dos exercícios por parte dos alunos Classe Nº. 3 · Lugar: área de aulas de Educação Física · Participantes: alunos e professor · Materiais: garrafas de água com areia · Método: repetições · Procedimento organizativo: sessões · Desenvolvimento: o professor organiza os alunos em subgrupos ou sessões e fazem os exercícios (ver anexo 5) na mesma ordem que apresentada na rotina. Pode excluir algum exercício segundo tempo da aula, mas deve manter a ordem de realização dos seguintes exercícios. Ultimo exercício se faz em forma de jogo competitivo. Parâmetros da carga dos exercícios # Exercícios Séries Repetições Micro pausa Macro pausa 9 Flexões de braços apoiados na parede 4 8 30’’ 1´ 10 Bíceps Parado com uma mão 4 10 30’’ 1´ 11 Tríceps Parado simultâneo 4 10 30’’ 1´ 12 Luta Índia 3 2 30’’ 1´ Fonte: https://www.vix.com/pt/fitness/538279/6 · Avaliação: se avaliara a correta execução dos exercícios por parte dos alunos Classe Nº. 4 · Lugar: área de aulas de Educação Física · Participantes: alunos e professor · Materiais: garrafas de água com areia e bola medicinal. · Método: repetições · Procedimento organizativo: sessões · Desenvolvimento: o professor organiza os alunos em subgrupos sessões e fazem os exercícios (ver anexo 5) na mesma ordem que apresentada na rotina. Pode excluir algum exercício segundo tempo da aula, mas deve manter a ordem de realização dos seguintes exercícios. Ultimo exercício se faz em forma de jogo competitivo. Parâmetros da carga dos exercícios # Exercícios Séries Repetições Micro pausa Macro pausa 13 Elevações laterais dos braços simultâneos 4 12 30’’ 1´ 14 Flexões laterais 4 15 30’’ 1´ 15 Flexões de antebraços 4 15 30’’ 1´ 16 Assalto ao castelo 3 2 30’’ 1´ Fonte: https://www.vix.com/pt/fitness/538279/6 · Avaliação: se avaliara a correta execução dos exercícios por parte dos alunos Classe Nº. 5 · Lugar: área de aulas de Educação Física · Participantes: alunos e professor · Materiais: bolas medicinais. · Método: repetições · Procedimento organizativo: sessões · Desenvolvimento: o professor organiza os alunos em subgrupos ou sessões e fazem os exercícios (ver anexo 5) na mesma ordem que apresentada na rotina. Pode excluir algum exercício segundo tempo de aula, mas deve manter a ordem de realização dos seguintes exercícios. Ultimo exercício se faz em forma de jogo competitivo. Parâmetros da carga dos exercícios # Exercícios Séries Repetições Micro pausa Macro pausa 17 Lançamento de bola medicinal por cima da testa 4 10 30’’ 1´ 18 Lançamento de bola medicinal para atras por cima da testa 4 10 30’’ 1´ 19 Flexões de braços com pernas apoiadas no banco 4 15 30’’ 1´ 20 Cabo de guerra 3 2 30’’ 1´ Fonte: https://www.vix.com/pt/fitness/538279/6 · Avaliação: se avaliara a correta execução dos exercícios por parte dos alunos CONCLUSÕES O estudo dos fundamentos teóricos a respeito do processo de ensino-aprendizagem da Educação Física e a capacidade física de força no Ensino Primário, permitem estabelecer as principais terminologias do trabalho investigativo, conhecer o suceder histórico e os principais enfoques para contribuir ao desenvolvimento da força de braços nos alunos da 5ª Classe. O emprego de métodos na aplicação do diagnóstico revela que existem insuficiências enquanto ao tratamento e desenvolvimento da força de braços nos alunos da 5ª Classe. A elaboração do sistema de exercícios na aula de Educação Física, permite desenvolver a força de braços nos alunos da 5ª Classe, e o resultado proposto se considera factível nas condições da Escola Nº 10 do Muanguvo. RECOMENDAÇÕES Pôr em prática o sistema de exercícios proposto do Complexo Escolar Nº 10 do Muanguvo para favorecer o desenvolvimento da força de braços nos alunos da 5ª Classe. Socializar os resultados da proposta investigativa em eventos desenvolvidos nas instituições educativas de Dundo, para contribuir com desenvolvimento da força de braços nos alunos da 5ª Classe na disciplina de Educação Física. BIBLIOGRAFIA Almeida, A. (2012). A eficácia do Treino em Circuito na melhoria da força em Educação Física. Estudo em alunos de ambos os sexos do 7º e 8º anos de escolaridade, do Complexo Escolar Secundária Braamcamp Freire. 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Portugal universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, Faculdade de Educação Física e Desporto. 1-65. ANEXOS ANEXO 1. Guia de entrevista ao Subdirector Pedagógico do Complexo Escolar Nº 10 do Muanguvo, Objectivo: precisar as dificuldades de maior repercussão para desenvolvimento da força de braços nos alunos. Nome de Subdirector pedagógico: ___________________________________ Anos de experiência na Educação: ______ Escolarização: ________________________Nível Académico: _____________ Licenciado em: Educação Pré-escolar. _____ Educação Primaria: ________ Educação Especial: __________ Perguntas: 1. Que nível consideras que tem a escola segundo as condições materiais para desenvolvimento da força de braços nos alunos da 5ª Classe? 2. Alto________ Médio _______ Baixo: ___________ Mencione alguns dos meios materiais que a escola tem: --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 3. Como avalias a preparação dos professores da escola para desenvolvimento da força de braços nos alunos da 5ª Classe? Alto ____________ Médio __________ Baixo: ___________ 4. Em que nível consideras que as actividades físicas que faz no Complexo Escolar podem contribuir á desenvolvimento da força de braços nos alunos da 5ª Classe? Alto ____________ Médio __________ Baixo: ___________ ANEXO Nº. 2 Guia para a análise dos documentos normativos da Disciplina de Educação Física Objectivo: diagnosticar a concepção de integridade que revelam os documentos normativos da Disciplina de Educação Física. Documentos a observar: · Caracterização psicopedagógico do aluno. · Programa da Disciplina de Educação Física · Planos de aula. Indicadores · Sistema de conhecimentos a respeito da Capacidade Física-condicional da força de braços. · Planeamento do tempo dedicado à Capacidade Física-condicional da força. · Planeamento do tempo dedicado à Capacidade Física-condicional da força de braços. · Objectivos a alcançar na unidade Ginástica do Programa da Disciplina · Precisam de indicadores para controlar e medir o accionar dos alunos nas provas de práticas. · ANEXO 3. Guia de entrevista aos professores Objectivo: conhecer a opinião dos professores sobre o desenvolvimento da força de braços nos alunos da 5ª Classe. Perguntas: 1. Em seu critério, quais são os aspectos negativos que de certa maneira impossibilitam o desenvolvimento da força de braço no âmbito escolar actual dentro da Educação Física? _______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 2- Que opinião merece o plano de provas de eficiência física do Programa que aplicas normalmente em sua escola para diagnosticar e avaliar a seus alunos? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 3- Considera que nos programas e orientações metodológicas actuais se oferecem todos os elementos indispensáveis para levar a cabo o necessário processo do desenvolvimento força de braço nestas idades? Argumente a respeito. ___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ANEXO 4. Inquérito por questionário aos professores Companheiro professor encontramo-nos realizando uma investigação para nosso trabalho do fim de curso para a qual necessitamos de sua ajuda, convidamos-lhe a responder o questionário que lhe apresentamos a seguir, ás respostas serão para o fim simplesmente da investigação. Obrigado. OBJECTIVO: diagnosticar o trabalho desenvolvido pelos professores da escola para o tratamento da força de braços nos alunos da 5ª Classe. 1. Como utiliza as potencialidades dos exercícios de força de braços no processo de ensino-aprendizagem da Educação Física? Algumas vezes ___. Escassas vezes ______. Nenhuma vez ___ 2. Na preparação e desenvolvimento das aulas tem em consideração as características dos exercícios da força de braços? Algumas vezes ___. Escassas vezes ______. Nenhuma vez ___ 3. Orienta, a seus alunos, actividades a desenvolver em casa relacionadas com os exercícios de força? Algumas vezes ___. Escassas vezes ______. Nenhuma vez ___ 4. Gosta da realização de exercícios de força com seus alunos nas aulas de Educação Física? Algumas vezes ___. Escassas vezes ___. Nenhuma vez ___ 5. Com que frequências os realiza? Algumas vezes ___. Escassas vezes ______. Nenhuma vez ___ 6. Para que objectivos estão dirigidos os exercícios de força? ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 7. Que vantagem e desvantagem aprecia na aplicação dos exercícios de força? ___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ANEXO 5. Exercícios das rotinas # Nome do exercício Execução 1 Flexões de braços Com apoio no chão de duas mãos a frente, o corpo completamente estendido, fazer flexões e extensões de braços. 2 Bíceps Parado De pé com braços ao lado do corpo fazer flexões e extensõesde braços á altura do peito 3 Tríceps Parado De pé com braços por cima da cabeça, fazer flexões e extensões do cotovelo, a partir da nuca. 4 Carreira de carro de mãos Colocam-se os alunos de cada equipa em duas fileiras, se traça uma linha de saída e outra de volta, os dois primeiros jogadores de cada equipa estarem em posição de carro de mãos; ao sinal do apito fazem carreira de ida e volta até o lugar assinalado. 5 Flexões de braços apoiados no banco Com apoio no banco de duas mãos a frente, o corpo completamente estendido, fazer flexões e extensões de braços. 6 Força Parado alternado De pé com braços por cima da cabeça, fazer flexões e extensões alternadas a partir do ombro. 7 Flexões de braços, apoiados de espadua no banco De espadua com apoio de duas mãos atrás no banco, o corpo completamente estendido, fazer flexões e extensões de braços. 8 Derrubo da montanha Colocam-se os alunos de cada equipa em duas fileiras uma a frente da outra, se traça uma linha entre as duas fileiras. Os alunos se seguram entre as mãos e puxam. Ganha quem ultrapassar a linha . 9 Flexões de braços apoiados na parede Com apoio na parede de duas mãos a frente, o corpo completamente estendido, fazer flexões e extensões de braços. 10 Bíceps Parado com uma mão De pé com braços ao lado do corpo fazer flexões e extensões de braços á altura do peito alternados 11 Tríceps Parado simultâneo De pé com braços por cima da cabeça, fazer flexões e extensões do cotovelo alternadamente, a partir da nuca. 12 Luta Índia Colocam-se os alunos de cada equipa afrente uma da outra em duas fileiras de trás duma linha a uma distância de 5 metros; cada equipa apresenta um lutador que se pega pela mão direita de lado do oponente. O lutador ganhador será o que tira de balanço ao contrario. 13 Elevações laterais dos braços simultâneos Com braços ao lado do corpo fazer elevações laterais á altura dos ombros e votar á posição inicial 14 Flexões laterais Com apoio no chão duma mão a frente, o corpo completamente estendido, fazer flexões e extensões de braço. 15 Flexões de antebraços Fazendo flexão, levante as mãos, flexionando os pulsos para gerar tensão no antebraço. 16 Assalto ao castelo Tendo duas equipas, um grupo formará castelo por meio de roda com as mãos e o outro será o assaltante. A equipa do castelo tratará de proteger enquanto a equipa assaltante tratará de entrar no castelo. 17 Lançamento de bola medicinal por cima da testa Fazer lançamento de uma bola arremedada ou esfera para o oponente pela frente, e ele fara o mesmo. 18 Lançamento de bola medicinal para atrás por cima da testa Fazer lançamento de uma bola arremedada ou esfera para o oponente por traz, e ele fara o mesmo. 19 Flexões de braços com pernas apoiadas no banco Com pernas apoiadas no banco e duas mãos a frente, o corpo completamente estendido, fazer flexões e extensões de braços. 20 Cabo de guerra Colocam-se os alunos de cada equipa em duas fileiras, uma a frente da outra. Os alunos se seguram em uma corda em ambos os lados entre as mãos e puxam. Ganham quem perder o equilíbrio com a corda. Utilizam as pontecialidade dos exercícios de força Algumas vezes Escassas vezes Nenhuma Vez 50 25 25 Caracteristicas dos exercícios de força Algumas vezes Escassas vezes Nenhuma vez 75 0 25