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DESENHO E PLÁSTICAS Marina Otte Técnicas de preenchimento: escala de cinzas, luz e sombra Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Definir tonalidade localizada, luz e sombra, hachura e textura. Diferenciar as técnicas de aplicação de luz e sombra. Construir um desenho preenchido. Introdução O preenchimento de um desenho é um item essencial para o entendi- mento da representação. Esse recurso complementa o desenho, que, via de regra, é iniciado pelo contorno das formas, mas aspectos de volume e textura não podem ser representados somente com esse tipo de linha. Utilizar recursos de preenchimento como tonalidades, luz e sombra, sombreados, hachuras e texturas dá ao desenho aspectos mais realísti- cos. Aproximar a representação à sua essência ajuda a quem observa o desenho a entendê-lo melhor e facilmente reconhecer do que se trata. Por isso, neste capítulo, você vai ser apresentado ao significado de conceitos como tonalidades, luz e sombra, hachura e textura. A partir dessas definições, vai conhecer técnicas específicas para a aplicação de luz e sombra e vai ver como produzir seu próprio desenho preenchido. 1 Elementos de preenchimento do objeto Para a realização de um bom desenho, são necessários diversos aspectos que aumentam a capacidade de percepção e o entendimento das formas repre- sentadas. O elemento mais primário é a linha: “Uma linha contínua ou um conjunto de linhas pode representar um formato. Esse formato, por sua vez, pode indicar um plano. E as áreas em quedois planos se tocam, as arestas, também são indicadas por linha” (BAJZEK, 2019, p. 16). A partir do formato, são necessários outros elementos que auxiliam no entendimento das formas e de suas características. Nesse sentido, a nossa percepção é capaz de entender imagens que estimularão os nossos sentidos, como, por exemplo, o tato, mesmo que o espectador do desenho não encoste nele — isso é possível a partir do uso de sombras, que são capazes de conferir um aspecto de materialidade ao desenho (BAJZEK, 2019). Por meio de técnicas de preenchimento, é possível perceber elementos como luz e sombra, que definirão aspectos como volumes e texturas do objeto. O preenchimento é composto por tonalidades, luz e sombra e texturas, que são resultado das hachuras presentes na representação. Na tonalidade localizada, é possível identificar as partes mais claras e mais escuras do objeto: “Cada objeto tem uma claridade ou obscuridade intrínseca, independentemente de sua iluminação. Este fenômeno é conhecido como tom local” (DOYLE, 2007, p. 16). Uma superfície de laca branca e um tijolo de adobe, sob a mesma fonte luminosa, terão tonalidades localizadas diferentes — no tijolo, as partes iluminadas serão mais escuras que as da laca. O sombreado de claro e escuro é capaz de dar a sensação de volume ao objeto e ele é tão importante ao longo da história da pintura que inclusive recebeu um nome específico: chiaroscuro, que significa a variação que aparece em um sombreado, variando de tons claros até tons escuros, resultando em uma sensação de tridimensionalidade do desenho (DOYLE, 2007). Essa técnica de luz e sombra pode ser feita tanto no preto e branco, usando grafites, quanto com a cores, com materiais como lápis de cor, hidrocores, giz pastel, entre outros. Para preto e branco, o ideal é treinar as escalas de cinza capazes de serem produzidas pelos variados tipos de grafites (Figura 1a) — lembrando que eles podem variar de 9H (mais duro e a cor fica mais cinza) até 9B (mais mole de cor mais escura, quase preto). Técnicas de preenchimento: escala de cinzas, luz e sombra2 Em relação às cores, é importante salientar que elas variam sutilmente na produção de partes claras e escuras sobre um objeto. Essa variação pode ser observada em um círculo cromático (Figura 1b). O matiz, a cor propriamente dita, recebe a variação de sua tonalidade acrescentando o branco, cor mais luminosa, ou acrescentando preto, cor mais sóbria. A cor vai depender da tonalidade local de cada superfície e a incidência de luz. Figura 1. (a) Escala tonal dos vários lápis disponíveis no mercado. (b) Círculo cromático e a variação dos matizes mais iluminados (centro) e mais sóbrios (borda). Fonte: Militaru (2012, documento on-line); PicoStudio/Shutterstock.com. Escolhido o material, a luz e a sombra podem ser alcançadas com hachuras ou esfumados. O esfumado é uma técnica que consiste em misturar os tons de modo que não se note a passagem de uma tonalidade para a outra, mas, sim, uma espécie de mancha em degrade. O material que aplicado sobre o papel é borrado em busca dos valores tonais (CURTIS, 2015). Esfumar pode ser mais fácil com carvão (Figura 2) ou grafites, mas também é possível com lápis de cor macios e giz pastel. Para “espalhar” o material, pode-se usar um papel toalha, algodão, limpa-tipos, esfuminhos ou até mesmo o dedo. 3Técnicas de preenchimento: escala de cinzas, luz e sombra Figura 2. Carvão aplicado sobre papel e esfumado. Fonte: Anastasiia Firsova/Shutterstock.com. Hachurar é criar tons de cinza por meio de linhas; os diversos tons aparecem conforme a proximidade ou a distância entre as linhas é exe- cutada. Linhas próximas formam tons mais escuros, enquanto linhas mais distantes formam tons mais claros. “Um método alternativo para a criação de tom que pode ser empregado em qualquer superfície é criar tons de cinza por meio de linhas paralelas (hachuras ou hachuras cruzadas)” (CURTIS, 2015, p. 226). As hachuras também podem variar de intensidade quando se aperta mais ou menos o material para conseguir a variação tonal, e a direção da hachura também pode identificar a direção da luz ou indicar uma textura ou plano (Figura 3). Técnicas de preenchimento: escala de cinzas, luz e sombra4 Figura 3. Hachuras variadas que podem ser usadas para indicação de luz e sombra e ao mesmo tempo indicam texturas. Fonte: Kovalov Anatolii/Shutterstock.com. Nesse ponto, vale ressaltar que as hachuras também podem ser feitas com pontos e linhas irregulares (Figura 4). Essas variações acabam por gerar texturas sobre uma superfície, ajudando a representar outras qualidades dos objetos. Com as texturas, é possível perceber se o objeto é mais liso ou rugoso, mais duro ou macio; além disso, as texturas em um desenho podem ser táteis, com relevos no papel, ou apenas visuais, com a aplicação do preenchimento. 5Técnicas de preenchimento: escala de cinzas, luz e sombra Figura 4. Pontilhado para indicar texturas e variação tonal. Fonte: DarkPlatypus/Shutterstock.com. Tonalidade, luz e sombra, hachura e textura são os elementos básicos de preenchimento e dão todo o diferencial no desenho. Ao utilizá-los, a represen- tação caminha na busca do realismo das formas. Por isso, para usufruir desses princípios, algumas técnicas de aplicação de luz e sombra são necessárias, o que você confere a seguir. 2 Procedimentos para a aplicação da luz e sombra Observar é procedimento básico para o início de qualquer desenho, espe- cialmente no que se refere à aplicação de luz e sombra. Assim, é necessário analisar detalhadamente cada objeto, cada material e como a luz incide sobre eles para reproduzi-la. Para desenhos em preto e branco, a base é a variação tonal produzida com os grafites. Nos primeiros desenhos, pode-se trabalhar com uma gama em torno de seis lápis diferentes para conseguir uma boa variação. Com o tempo, é possível conseguir boas variações com apenas alguns lápis ou até mesmo com apenas um. Técnicas de preenchimento: escala de cinzas, luz e sombra6 O exercício de escala tonal é aparentemente muito simples, mas essencial para repre- sentar sombras, visto que elas precisam dessa variação de tons de cinza para serem executadas. Para realizar o esfumado, começa-se pintando uma camada de grafite sobre o papel. Depois, usa-se algum meio para unificar o grafite e, em seguida, pode-se ir puxando o grafite para as áreasbrancas a fim de criar meios tons. Outra forma é já fazer o degradê nos grafites e depois ir misturando com o meio escolhido, como dedo, papel, algodão, esfuminho — muitos profissio- nais preferem utilizar o esfuminho por ser mais preciso e limpo, visto que o desenhista tem mais controle sobre o material e não suja as mãos. O esfuminho nada mais é que um papel enrolado bem firme em um formato cilín- drico similar a um lápis que pode ser comprado pronto ou ser confeccionado pelo desenhista. Veja a Figura 5. Figura 5. Esfuminhos. Fonte: Poli (2018, documento on-line). 7Técnicas de preenchimento: escala de cinzas, luz e sombra O ideal é passar levemente o esfuminho, ou outro meio para esfumar, sobre o grafite, cuidando para não machucar o papel, em função de muitas vezes o grafite “encerrar” o papel dificultando seu borrado. O segredo do esfumado é ser sutil — inclusive, pode-se, em uma evolução do desenho, eliminar as linhas de contorno usando apenas a variação tonal para perceber os limites do objeto (Figura 6). Figura 6. Variação tonal de luz e sombra com esfumado — note que em algumas partes os contornos foram eliminados. Fonte: JONG23/Shutterstock.com. É importante salientar que as cores ou escalas de cinza não são visualizados de forma isolada. Para aplicar luz e sombra, deve-se considerar sobre qual outra cor está aplicada a variação tonal: “Cores claras e cores fortes e vivas parecem iluminadas ou brilhantes quandocercadas por valores mais escuros, aplicadas sobre fundos tonalizados ou vistas contra eles” (DOYLE, 2007, p. 22). A base da aplicação da técnica de luz e sombra e suas variações é que ocorram contrastes. Nos desenhos conhecidos como PB (preto e branco), o efeito sombre- ado varia de cinza claro até preto. Todavia, para um desenho colorido, o uso de sombreados nesses tons deixará o desenho sem brilho, sem vida (DOYLE, 2007). Por isso, quando o desenho for colorido, deve-se atentar para a composição cromática do matiz. A sombra de desenhos coloridos não é preta ou cinza, mas, sim, a variação tonal da cor. Uma cor com um fundo mais sóbrio representará partes sombreadas, enquanto nas áreas iluminadas o matiz será mais claro. Para conseguir essa variação para o claro em tintas, é só acrescentar o branco. Já sobre o papel branco, é mais fácil: pode-se deixar cada vez mais aparecer o fundo, que é claro e dará a sensação de matiz mais iluminado. Note Técnicas de preenchimento: escala de cinzas, luz e sombra8 que o exercício de escala tonal também vale para as cores, e o domínio de controlar a pressão do lápis sobre o papel é essencial para essa representação. Há uma diferença sutil entre os matizes que representarão o claro e o escuro, e muitas caixas de lápis de cor já trazem essa variação pronta. Entender a mistura das cores também é essencial para luzes e sombras e, mais uma vez, o círculo cromático pode ajudar nessa visualização. Podemos pesnar no exemplo do verde das plantas, que é uma cor secundária, ou seja, originária da mistura do azul com amarelo, duas cores primárias. Para representar a luz e a sombra em uma árvore, pode-se usar mais amarelo na área iluminada e mais azul na parte sombreada (Figura 7). Figura 7. Verdes podem ser mais iluminados com acréscimo de branco ou com o uso de mais amarelo; já para as áreas de sombras, acrescenta-se azul. Fonte: Scott E. Feuer/Shutterstock.com. As hachuras, segundo Ching (2017), podem variar entre: hachuras paralelas, hachuras cruzadas, hachuras com movimentos circulares e pontilhados (Figura 8). Independentemente da técnica escolhida, o foco sempre deve ser o tom que ser quer representar. Já o efeito visual de cada uma pode variar especialmente se analisada a textura que se quer representar. 9Técnicas de preenchimento: escala de cinzas, luz e sombra Figura 8. Tipos variados de hachuras. Fonte: Ching (2017, p. 149). Ching (2017) também estabelece alguns procedimentos de execução para cada hachura. No caso das hachuras paralelas, os traços, relativamente paralelos uns aos outros, podem ser curtos ou longos e executados à mão livre ou com régua. Quando executados à mão livre, recomenda-se traços mais curtos e diagonais, considerando que por esse meio o desenho é mais flexível. A direção da hachura pode seguir alguma linha existente no desenho ou no plano. Já para representar superfícies curvas, pode-se diminuir a pressão do traçado nas suas bordas. Além disso, deve-se tomar cuidado com grafites muitos duros, que podem rasgar o papel, bem como cuidar quando a hachura for feita à caneta, pois com esse material não é possível variar a pressão, somente aproximar ou afastar os traços para conseguir valores tonais diferenciados. Para as hachuras cruzadas, são utilizadas séries de traços em duas ou mais direções e que também podem ser curtos ou longos, feitos com lápis ou caneta, à mão livre ou com o uso de régua. Utilizando-se dois sentidos, a sombra fica mais dura e mecânica, mas facilita a descrição de certos tipos de texturas. No conjunto de três ou mais camadas de hachuras, gera-se mais flexibilidade na representação, sendo mais fácil representar orientação e curvatura das superfícies. Na prática, é comum utilizar em um mesmo desenho dois tipos de hachuras, até para diferenciar os materiais e suas texturas. Técnicas de preenchimento: escala de cinzas, luz e sombra10 Nas hachuras circulares, os movimentos dos traços são aleatórios e multidirecionais, e esse tipo de hachura é executado apenas à mão livre: “Podemos variar a forma, a densidade e a direção dos traços para atingir gamas mais amplas de valores tonais, texturas e expressividade visual” (CHING, 2017, p. 152). Os traços podem ser interrompidos ou contínuos e facilitam a representação de diferentes materiais, como os veios de uma madeira. Por fim, o pontilhado faz uso de uma série de pontos muito pequenos para representar a variação tonal e a luz e a sombra. É um trabalho mais lento e minucioso, sendo recomendado para esse desenho o uso de canetas nanquim de ponta fina. Além disso, essa técnica é ideal para uso em desenho no qual não se tem os contornos dos objetos. A sequência de pontos é que definirá a silhueta das formas. Para um bom resultado, recomenda-se, primeiro, cobrir as áreas sombreadas com pontos distribuídos de maneira uniforme. Somente depois são acrescentados novos elementos para formar a variação tonal desejada — o importante é não variar o tamanho dos pontos, somente a sua quantidade. Vimos, portanto, que existem variadas formas de representar a ação da luz sobre os objetos que serão desenhados e que cada elemento possui uma tonalidade própria que também deve ser representada. A seguir, você verá como iniciar seu próprio desenho preenchido. 3 O desenvolvimento do desenho preenchido O desenho é uma aptidão que é aprimorada conforme se pratica. Por isso, para criar o próprio desenho de preenchimento, é preciso ter em mente o estágio em que se encontra e considerar que, quanto mais exercício é feito, mais se evolui nas representações. Dessa forma, começa-se desenvolvendo formas unitárias mais simples para depois chegar ao desenho de uma cena toda. Inicia-se, então, escolhendo um papel sulfite A4 e uma gama de alguns grafites e, em um segundo momento, treina-se com canetas e materiais coloridos. 11Técnicas de preenchimento: escala de cinzas, luz e sombra Começa-se desenhando formas geométricas simples e planas, como um triângulo, um quadrado, um círculo e um retângulo (Figura 9a). Uma das funções do preenchimento, além de dar luz, sombra e textura, é representar os volumes; então, a partir dos desenhos planos, preenche-se com tonalidades de grafite a fim de transformar os objetos bidimensionais em tridimensionais (Figura 9). Observa-se, assim, como a luz funciona sobre as formas: “será mais fácil se você semicerrar os olhos, pois isso anula as diferenças sutis de valor e permite a você que enxergue as relações tonais genéricas do ‘macrocenário’” (CURTIS,2015, p. 224). Conforme destaca Hallawel (1999), a incidência da luz sobre os objetos causa alguns efeitos, dentre eles (Figura 9b): destaques de luz (A): superfície diretamente iluminada pela fonte luminosa; sombras próprias (B): áreas ainda sobre o objeto que não recebem diretamente a luz e estão sombreadas; zonas de luz refletidas (C): áreas sombreadas, mas que sofrem certa influência das áreas iluminadas — dessa forma, possuem uma sombra não tão intensa e que pode ser representada com um tom médio; sombras projetadas (D): valores tonais escuros que se formam sobre uma superfície que receberia luz caso o objeto não estivesse naquele local. Figura 9. (a) Formas geométricas simples bidimensionais. (b) Preenchimento transfor- mando as formas em elementos tridimensionais. Fonte: Oana_Unciuleanu/Shutterstock.com. Técnicas de preenchimento: escala de cinzas, luz e sombra12 A luz e a sombra também podem ser representadas com hachuras. Começa- -se treinando hachuras mais simples: linhas paralelas. Primeiro, desenha-se o contorno dos objetos da cena, escolhendo algo mais simples. Depois, faz-se o processo de observação das partes mais e menos iluminadas. A partir do entendimento das sobras, preenche-se as áreas escuras. Então, passa-se a diferenciar áreas mais e menos escuras, como, por exemplo, as sombras no próprio objeto e as sombras projetadas no chão. Para as áreas com uma tona- lidade média, as linhas são mais afastadas. Para as sombras projetadas, as linhas são aproximadas para dar a sensação de uma tonalidade mais escura (Figura 10). Figura 10. Desenho com hachuras paralelas: mais distantes nos objetos (tons médios), mais próximas nas sombras projetadas (tons escuros). Fonte: Jackie Irkovich/Shutterstock.com. Quando se domina o desenho individual e depois de hachuras mais sim- ples, começa-se a treinar com cenas mais complexas. Aproveita-se, então, para escolher algo que retrate seu dia a dia profissional. O ideal é realizar o desenho in loco para conseguir observar bem as tonalidades localizadas, a luz, a sombra, bem como as texturas. 13Técnicas de preenchimento: escala de cinzas, luz e sombra Separa-se um papel A4 — ou A3, caso se trate de uma cena maior — e se começa, por um desenho de observação, a delimitar os objetos principais. É importante lembrar de semicerrar os olhos para observar a incidência de luz e, a partir daí, começar a sombrear. Pode-se aproveitar para começar a retratar as texturas, percebendo as rugosas, nas quais se pode usar linhas mais irregulares; metais, que se representa com uma espécie de brilho na parte central; lisas, com linhas mais limpas; tramas com hachuras cruzadas,; superfícies curvas; vidros com transparência, ou seja, mesmo com hachura, aparece o que está por trás do vidro, e assim por diante (Figura 11). Figura 11. Desenho com hachuras representando luz e sombra, texturas, volumes. Fonte: Curtis (2015, p. 34). Neste capítulo, vimos a importância do preenchimento em um desenho. Com essa técnica, podemos compreender e representar a tonalidade localizada, a luz e a sombra que podem ser efetuadas com esfumados ou hachuras. Com o uso de hachuras, sejam elas paralelas, cruzadas, circulares ou pontilhadas, é possível representar as diferentes texturas dos objetos. Esses recursos engrandecem a representação e a trazem para mais perto da realidade do mundo que nos cerca. Técnicas de preenchimento: escala de cinzas, luz e sombra14 BAJZEK, E. Técnicas da ilustração à mão livre: do ambiente construído à paisagem urbana. Osasco: Gustavo Gili, 2019. CHING, F. D. K. Representação gráfica em arquitetura. Porto Alegre: Bookman, 2017. CURTIS, B. Desenho de observação. 2. ed. Porto Alegre: AMGH, 2015. DOYLE, M. E. Desenho a cores: técnicas de desenho de projeto para arquitetos, paisagistas e designers de interiores. Porto Alegre: Bookman, 2007. HALLAWELL, P. C. À mão livre: a linguagem do desenho. 11. ed. São Paulo: Melhora- mentos, 1999. MILITARU, A. Cumparand materiale pentru desen. Aleg As Desenez, 3 nov. 2012. Dis- ponível em: http://alegsadesenez.com/cumparand-materiale-pentru-desen/. Acesso em: 12 mar. 2020. POLI, M. Esfuminho: estou usando ele da forma correta? Desenhos Realistas, 11 abr. 2018. Disponível em: https://desenhosrealistas.com.br/esfuminho/. Acesso em: 12 mar. 2020. 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