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MBA EM GESTÃO DE PROJETOS Escritório de Gerenciamento de Projetos (PMO) Resolução de caso (N1) Camila Souza Bomfim Matrícula: 2022321084 SÃO PAULO – SP 2023 O estudo de caso proposto através do exemplo da BETA S.A, grande empresa do ramo de abate de aves, que durante décadas teve seus projetos gerenciados de forma intuitiva e com responsáveis sem conhecimento no tema. Devido ao seu crescimento, a BETA decide criar um escritório de gerenciamento de projetos, que inicialmente iria coordenar cerca de 70 projetos da empresa. Na primeira tentativa de implementação de PMO, a empresa cometeu alguns erros que foram determinantes para o fracasso desse projeto. A escolha de funcionários não capacitados para criação do escritório foi um deles. Tendo em vista que a decisão da criação do PMO nesta empresa, partiu do princípio de que o método que eles estavam utilizando anteriormente (gerenciamento por intuição e sem pessoal capacitado) não estava sendo efetivo, acaba nos demostrando que esse erro era previsível, pois escolheram uma estratégia que já era usada e não trazia resultados esperados. Outro erro cometido pela equipe de gerenciamento, foi não ter realizado um planejamento prévio. De acordo com Vargas (2018), um escritório de gerenciamento de projetos pode ser implementado a partir de uma sequência de 8 passos, e neste caso, observa- se que esses passos não foram seguidos. Juntamente com essas oito etapas de criação, se torna indispensável a elaboração de um plano de gerenciamento, que engloba mais dez áreas do conhecimento. Esses erros iniciais vão na contramão de outro pilar da gestão de projetos, que é o “Tripé do Gerenciamento de Projetos”, sendo as partes desse tripé: o escopo, o cronograma e o custo. Como podemos observar, um cronograma eficiente e um escopo detalhado não foram criados inicialmente, aliando a esses problemas ainda teve o curto prazo dado para a realização de uma atividade complexa e de grande porte. O custo também foi um empecilho no desenvolvimento desse EGP, pois não tivemos informações referentes a números, mas é passada a informação de usar o “menor custo possível”, essa informação é muito vaga, e não dá referência e um norte ao pessoal envolvido no projeto, devido a isso também, impede a contratação de pessoal competente e com experiencia no mercado para realização dessas atividades. Outro fator negativo desse projeto que podemos ressaltar, é que durante todo o processo, apenas uma reunião foi realizada, isso demonstra que a falta de comunicação e planejamento foram pontos ausentes nesse projeto. Nesta nova etapa da criação do PMO na BETA S.A, considero importante a contratação de pessoas capacitadas para todos os processos de planejamento, mas a contratação de um gerente capacitado é indispensável nessa nova fase. Juntamente com esse gerente deve ser definido alguns pontos de partida desse EGP, por exemplo o tipo de escritório que será implementado, que nesse caso considero o Diretivo o mais assertivo, que é indicado de acordo com PMI (2017), para empresas que não possuem práticas em gerenciamento de projetos, que é o caso da BETA S.A. De acordo com Vargas (2018), existem ainda três níveis de escritório de projetos e o que a empresa estudada se enquadra melhor seria o “Enterprise Project Support Office”, que tem como objetivo coordenar todos os projetos da empresa, de forma interdepartamental. Adotando as medidas mencionadas, acredito que a BETA S.A terá sucesso na criação do seu Escritório de Gerenciamento de Projetos. BIBLIOGRAFIA PMI. Project Management Institute. Guia do Conhecimento em Gerenciamento de Projetos (Guia PMBOK). 6. Ed. Newton Square: Project Management Institute, 2017. VARGAS, R. Gerenciamento de Projetos: estabelecendo diferenciais competitivos. 9. Ed. Rio de Janeiro: Brasport, 2018.