Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Direito do Trabalho é um conjunto de princípios, normas e instituições atinentes à relação de trabalho subordinado e situações análogas, visando a assegurar melhores condições sociais e de trabalho ao trabalhador, de acordo comas medidas de proteção que lhe são asseguradas. PRINCÍPIOS 1. Da proteção – É uma forma de compensar a superioridade econômica do empregador em relação ao empregado, dando a este uma superioridade jurídica. Desmembra-se em três outros princípios: a) In dubio pro operario: na dúvida, aplica-se a regra mais favorável ao empregado; b) Da norma favorável ao trabalhador: havendo conflito de interesses, terá aplicações a norma que atenda melhor aos interesses do empregador; c) Da condição mais benéfica: uma vantagem já conquistada não pode ser reduzida; devem-se respeitar os direitos adquiridos. 2. Da irrenunciabilidade dos direitos – Leis de ordem pública ou imperativas não podem ser objetos de renúncia ou transação. 3. Da primazia da realidade – Não importam as cláusulas de um contrato de trabalho, mas sim o que o empregado faz. OS fatos é que são relevantes. 4. Da continuidade da relação de empregado – Presume-se que o contrato de trabalho terá validade por tempo indeterminado, exceto aqueles por prazo determinado. FONTES NORMATIVAS a) Constituições Federal – estipula as principais normas; b) Leis – a principal é a Consolidação das Leis do Trabalhado (CLT); c) Convenções e acordos coletivos – firmados entre sindicatos e empresas; d) Sentenças normativas dos Tribunais Regionais do Trabalho ou do TST; e) Atos do Poder Executivo; f) Regulamentos da empresa e disposições contratuais; g) Usos e costumes. SUJIEITOS DO CONTRATO Trabalho é todo esforço físico ou intelectual destinado à produção. Empregado é o trabalho subordinado, não eventual, sob dependência e renumerado. EMPREGADO Todo empregado é um trabalhador, mas nem todo trabalhador é empregado. De acordo com o art. 3°, é toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário. Exclusividade não é requisito do contrato de trabalho. Empregado em domicílio – É a pessoa que presta serviços em sua própria residência ao empregador, que o renumera estando presentes todos os elementos da condição de empregado (art. 6°). EMPREGADOR É a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviços (Art. 2°). Equiparam-se ao empregador os profissionais liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas e outras instituições em fins lucrativos (S1°). Sucessão de empresas – Alterações na estrutura jurídica da empresa não afetarão os direitos adquiridos por seus empregados (art.10). Grupo econômico – Quando uma ou mais empresas estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, serão solidariamente responsáveis a empresa principal e cada uma das subordinadas (at. 2°, S2°). TERCEIRIZAÇÃO De acordo com o Enunciado 331 do TST, a contratação irregular por meio de empresa interposta não gera vínculo de emprego com os órgãos da administração pública direta, indireta ou fundacional (art. 37, II, CF). TRABALHADORES COM REGULAMENTAÇÃO PRÓPRIA Empregado doméstico Presta serviços de natureza contínua e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à família, no âmbito residencial destas. Tem seus direitos previstos no parágrafo único do art. 7° da CF e na Lei 5.859/72: salário-mínimo, irredutibilidade de salário, 13° salário, repouso semanal remunerado, férias anuais mais um terço (férias anuais de 20 dias úteis), licença-gestante, licença-maternidade e aposentadoria. É facultada a inclusão do empregado doméstico no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), mediante requerimento do empregador (Lei 10.208, de 23/3/2001). Trabalhador avulso Prestador de serviços na orla marítima, controlado pelo sindicato da respectiva categoria ou por órgão gestor de mão-de-obra (OGMO). Tem os mesmos direitos que os empregados, conforme determina o inciso XXXIV do art. 7° da CF. Trabalhador temporário Empresas de trabalho temporário colocam mão-de-obra à disposição de outras empresas, por meio de um contrato de prestação de serviço, que não poderá exceder três meses, salvo autorização d Ministério do Trabalho. Somente se justifica pela necessidade transitória dos serviços. Tem suas regras previstas na Lei 6.019/74 e no Decreto 73.841/74. Empregado rural É a pessoa física que, em propriedade rural ou prédio rústico, presta serviços com continuidade a empregador rural, mediante dependência e salário. A norma que cuida do trabalhador rural é a Lei 5.889/73. A CF igualou seus direitos aos do trabalhador urbano no caput do art. 7°. Trabalhador autônomo Não há subordinação. A CLT não se aplica ao trabalhador que exerce por conta própria. Trabalhador eventual Presta serviços de natureza urbana ou rural, em caráter eventual, a uma ou mais empresas, sem relação de emprego. Estagiário Exerce atividades de aprendizagem social, profissional e cultural, sob a responsabilidade e coordenação de instituição de ensino (Lei 6.494/77 e Decreto 84.497/82). Não há vínculo empregatício. É facultativa a inscrição na Previdência Social e não é obrigatória a anotação na Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS). O estagiário tem direito a seguro contra acidentes pessoais. Trabalhador voluntário Pessoa física que presta atividade não remunerada a entidade pública ou privada de fins não lucrativos, que tenha objetivo cívico, culturais, educacionais, científicos, reercativos ou de assistência social, inclusive mutualidade. Não gera vínculo empregatício nem obrigação trabalhista. Está previsto na Lei 9.608/98. Cooperativas de trabalhos Celebram contrato de cooperativa as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir com bens ou serviços para o exercício de uma atividade econômica, de proveito comum, sem objetivo de lucro (art. 3°, Lei 5.764/71). RESPONSABILIDADE a) Subsidiária – Pelo Enunciado 331 do TST, inciso IV, o inadimplemento das obrigações trabalhistas por parte do empregador implica a responsabilidade subsidiária do tomador dos serviços. b) Solidária (empreitada) – Responderá o subempreiteiro pelas obrigações derivadas do contrato de trabalho que celebrar (art. 455). CONTRATO FR TRABALHO Contrato individual de trabalho é o acordo tácito ou expresso correspondente à relação de emprego (art. 442). Requisitos – Consensual, sinalagmático (dependência recíproca de obrigações), continuidade, subordinação, onerosidade, pessoalidade, alteridade (prestação de serviço por conta alheia, não há qualquer risco do trabalhador). Anotação do contrato de trabalhado – O empregador terá o prazo de 48 horas para anotar na carteira de trabalho, especificamente, a data de admissão, a remuneração e as condições especiais (art. 29). Pelo art. 443, o contrato individual de trabalho poderá ser escrito tácita ou expressamente, verbalmente ou por escrito e por prazo determinado ou indeterminado. PRAZO INTERMINADADO É todo contrato que suceder, dentro de seis meses, a outro contrato por prazo determinado (art. 452). PRAZO DETERMINADO É o contrato de trabalho cuja vigência dependa de termo prefixado, da execução de serviços especificados ou da realização de certo acontecimento suscetível de previsão aproximada (art. 443, S1°). Não poderá ser estipulado por mais de dois anos. CONTRATO DE EXPERIÊNCIA O contrato de experiência não poderá exceder 90 dias (art. 455, parágrafo único). ALTERAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO Nos contratos individuais de trabalhos, só é lícita a alteração das respectivas condições por mútuo consentimento e, ainda assim, desde que nãoresultem, direta ou indiretamente, em prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade (art. 468). A lei admite exceções: a) Retorno ao cargo efetivo anteriormente ocupado, deixando o exercício de função de confiança; b) Substituição eventual ou temporária; c) Readaptação do trabalhador em nova função. Transferência do empregado – É vedado transferir o empregado, sem sua anuência, para localidade diversa da que resultar do contrato, acarretando a mudança de seu domicílio (art. 469). Não estão compreendidos na proibição desse artigo os empregados que exerçam cargos de confiança e aqueles cujos contratos tenham a transferência como condição. É lícita a transferência quando ocorrer extinção do estabelecimento. O empregador ficará obrigado a um pagamento suplementar, nunca inferior a 25%, enquanto durar essa situação. SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO (art.471) Não há trabalho. Não há pagamento de salário. Não há contagem do tempo de serviço. INTERRUPÇÃO Não há trabalho. Há pagamento de salário. Há contagem do tempo de serviço. REMUNERAÇÃO E SALÁRIO Salário – É o valor econômico pago diretamente pelo empregador ao empregado em função da prestação dos serviços. Integram salário não só a importância fixa estipulada, como também as comissões, porcentagens, gratificações ajustadas, diárias para viagens e abonos pagos pelo empregador (art. 457, S1°). Remuneração – Compreende, além do salário, as gorjetas que receber (art. 457). Considera-se gorjeta a que é dada pelo cliente e também a cobrada pela empresa ao cliente. Formas a) Por tempo: mês, semana, quinzena, hora. b) Por produção: calculada com base no número de unidades produzidas pelo empregado. c) Por tarefa: com base na produção; a economia de tempo traz vantagem ao empregado. d) Por comissão: geralmente estipulada pelos empregados no comércio, podendo ser um valor determinado por unidade vendida (ex.: R$ 5,00 por unidade) ou um percentual sobre as vendas (ex.: 3% sobre as vendas). Salário in natura “Além do pagamento em dinheiro, compreende-se no salário, para todos os efeitos legais, a alimentação, habitação, vestuário ou outras prestações in natura que a empresa, por força de contrato ou do costume, fornecer habitualmente ao empregado. Em caso algum será permitido o pagamento com bebidas alcoólicas ou drogas nocivas” (art. 458). a) Não serão consideradas como salário as seguintes utilidades concedidas pelo empregador: b) Vestuários, equipamentos e outros acessórios para a prestação do serviço; c) Educação; d) Transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno; e) Assistência médica; f) Seguros de vida e de acidentes pessoais; g) Previdência privada. A habitação e alimentação fornecidas como salário-utilidade não poderão exceder, respectivamente, 25% e 20% do salário contratual. CARACTERÍSTICAS Salário é impenhorável Salvo para pagamento de prestação alimentícia, Salário é irredutível É direito dos trabalhadores urbanos e rurais. Só será possível a redução salarial em caso de: a) Acordo coletivo deliberado em assembleia por maioria de votos: b) Empresa que se encontre comprovadamente em dificuldades; c) Redução da jornada ou dias de trabalho pelo prazo não superior a três meses. d) A redução do salário mensal não poderá ser superior a 25% do salário contratual, respeitando o salário-mínimo. Salário é intangível Ao empregador é vedado efetuar qualquer desconto nos salários do empregado, salvo quando este resultar de adiantamentos, de dispositivos de lei ou de contrato coletivo. Em caso de dano causado pelo empregado. O desconto será lícito, desde que essa possibilidade tenha sido acordada ou na ocorrência de dolo do empregado (art. 462). É vedado o salário complessivo – Enunciado 91 do TST. Equiparação salarial Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao mesmo empregador, na mesma localidade, corresponderá igual salário, sem distinção de sexo, nacionalidade ou idade. Trabalho de igual valor será o que for feito com igual produtividade e com a mesma perfeição técnica, entre pessoas cuja diferença de tempo de serviço não for superior a dois anos. O trabalhador readaptado em nova função por motivo de deficiência física ou mental atestada por órgão competente da Previdência Social não servirá de paradigma para fins de equiparação salarial (art. 461). 13° salário Ou gratificação natalina. É direito dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social, 13° salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria (art. 7° VIII, CF). A fração igual ou superior a 15 dias será havida como remuneração integral. O pagamento será feito em duas parcelas, a primeira até 30/11 e a segunda até 20/12. Fundo de Garantia Os trabalhadores urbanos e rurais têm direito ao Fundo de Garantia de Tempo de Serviço (FGTS) – art. 7°, III, CF -, que é o depósito bancário efetuado pelo empregador, a favor do empregado, no montante de 8% sobre todas as parcelas que integram a remuneração. Comprovação de pagamento O pagamento do salário deverá ser efetuado contrarrecibo, assinado pelo empregado; terá força de recibo o comprovante de depósito em conta bancária (art. 464). Verbas rescisórias incontroversas Em caso de rescisão do contrato de trabalho, havendo controvérsia sobre o montante das verbas rescisórias, o empregador é obrigado a pagar ao trabalhador, à data de seu comparecimento à Justiça do Trabalho, as verbas incontroversas, sob pena de pagá-las acrescidas de 50% (art. 467). DURAÇÃO DO TRABALHO O art. 7°, inciso XIII, da CF assegura “a duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e 44 semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho”. Jornada in itinere O tempo despendido pelo empregado até o local de trabalho e para seu retorno não será computado na jornada de trabalho, salvo se for local de difícil acesso ou não servido por transporte público e o empregador fornecer a condução (art. 58, S2°). Horas extraordinárias A duração normal do trabalho não poderá exceder duas horas, mediante acordo escrito entre empregador e empregado ou mediante contrato coletivo de trabalho (art. 59). Acordo de compensação de horas Poderá ser dispensado o acréscimo de salário se, por força de acordo ou convenção coletiva de trabalho, o excesso de horas não exceder, no período máximo de um ano, a soma das jornadas semanais de trabalho previstas, nem for ultrapassado o limite máximo de dez horas diárias. Exceções quanto á limitação da jornada de trabalho são, pelo art. 62: a) Os empregados que exercem atividade externa; b) Os gerentes. Descanso interjornada Entre duas jornadas de trabalho haverá um período mínimo de 11 horas consecutivas para descanso (art. 66). Também é assegurado um descanso semanal de 24 horas consecutivas (art. 67). Descanso intrajornada Em qualquer trabalho contínuo cuja duração exceda seis horas, é obrigatória a concessão de um intervalo para repouso ou alimentação, o qual será, no mínimo, de uma hora, não podendo exceder duas horas salvo acordo escrito ou contrato coletivo em contrário (art. 71). Se o trabalho não exceder seis horas, será obrigatório um intervalo de 15 minutos quando a duração ultrapassar quatro horas. Os intervalos de descanso não serão computados na duração do trabalho. O limite mínimo de uma hora para repouso ou refeição poderá ser reduzido por ato do ministro do Trabalho. Jornada noturna O trabalho realizado entre as 22 horas de um dia e as 5 horas do dia seguinte terá remuneração acrescida de no mínimo 20% sobre a hora diurna. A hora do trabalho noturno será computada como de 52 minutos e 30 segundos. Turnos de revezamento Os trabalhadores urbanos e ruraistêm garantido o direito a jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva (art. XIV, CF). Sobreaviso Considera-se de sobreaviso o empregado efetivo que permanecer em sua própria casa, aguardando a qualquer momento o chamado para o serviço. As horas de sobreaviso serão contadas à razão de um terço da hora normal (art. 244, S2°). Jornada especiais a) Advogado: quatro horas contínuas e 20 semanais (art. 20, Lei 8.906 – Estatuto da Advocacia e da OAB); b) Bancário: seis horas contínuas nos dias úteis, com exceções dos sábados, num total de 30 horas semanais (art. 224 e 225). c) Telefonista: seis horas diárias ou 36 semanais (art. 277); d) Professores: em um mesmo estabelecimento de ensino, não poderá o professor dar, por dia, mais de quatro aulas consecutivas nem mais de seis intercaladas (art. 318 a 320); e) Jornalistas profissionais: cinco horas diárias (art. 303); f) Médicos: quatro horas diárias (art. 8°, Lei 3.999/61). PERÍODO AQUISITIVO Período aquisitivo Após cada período de 12 meses de vigência do contrato de trabalho, o empregado terá direito a férias de 30 dias corridos, quando não houver faltado ao serviço mais de cinco vezes (art. 130). Período concessivo As férias serão concedidas por ato do empregador, em um só período, nos 12 meses subsequentes à data em que o empregado tiver adquirido o direito. Aviso da concessão – O empregado será avisado com antecedência mínima de 30 dias (art. 135). Época da concessão – A época será a que melhor consulte os interesses do empregador (art. 136). Remuneração das férias O empregado perceberá, durante as férias, a remuneração que lhe for devida na data de sua concessão e um terço a mais (art. 142). Abono pecuniário “É facultado ao empregado um terço do período de férias a que tiver direito em abono pecuniário, no valor da remuneração que lhe seria devida nos dias correspondentes” (art. 143). Férias coletivas Poderão ser concedidas férias coletivas a todos os empregados de uma empresa ou de determinados estabelecimentos ou setores da empresa, em dois períodos anuais, desde que nenhum deles seja inferior a dez dias corridos. Os empregados contratados há menos de 12 meses gozarão, na oportunidade, férias proporcionais, iniciando-se novo período aquisitivo (art. 139 a 141). Perda do direito a férias (art. 133) a) Não terá direito a férias o empregado que: b) Deixar o empregado e não for admitido dentro de 60 dias; c) Permanecer de gozo de licença remunerada por mais de 30 dias; d) Deixar de trabalhar por mais de 30 dias em virtude de paralisação parcial ou total dos serviços; e) Estiver em auxílio-doença ou acidente de trabalho por mais de seis meses, mesmo que descontínuos. Será iniciado novo período aquisitivo após o retorno do emprego aos serviços. MEDICINA E SEGURANÇA DO TRABALHO Atividade insalubres (art. 192 a 198) São aquelas que, por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde. O fornecimento de aparelhos protetores, aprovados pelo órgão competente do Poder executivo, exclui a percepção do adicional respectivo. O simples fornecimento do aparelho de proteção pelo empregador não o exime do pagamento do adicional de insalubridade, cabendo-lhe tomar as medidas que conduzem à diminuição ou eliminação da nocividade, dentre as quais as relativas ao uso efetivo do equipamento pelo empregado. O exercício de trabalho em condições insalubres assegura a percepção de adicional de determinada porcentagem do salário-mínimo: a) 40% para o grau máximo; b) 20% para o grau médio; c) 10% para o grau mínimo. O adicional de insalubridade devido a empregado que, por força de lei, convenção coletiva ou sentença normativa, percebe salário profissional será sobre este calculado (Enunciado 17, TST). Atividades perigosas (art. 193) São aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem o contato permanente com: a) Inflamáveis ou explosivos b) Eletricidades O trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado um adicional de 30% sobre o salário, sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa. O direito cessará com a eliminação do risco a sua saúde ou integridade física (art. 194). A caracterização e classificação de insalubridade e periculosidade serão feitas por meio de perícia a cargo de médico ou engenheiro do trabalho (art. 195). PROTEÇÃO DA MULHER O art. 7° da CF estipula os seguintes direitos: “XX – Proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei; [...] XXX – Proibição de diferença da salários, de exercício de funções e de critérios de admissão por motivos de sexo, idade, cor ou estado civil”. Licença-maternidade Será concedida licença à gestante sem prejuízo do emprego e do salário, com duração de 120 dias (art. 7°, XVIII, CF). PROTEÇÃO DO MENOR Determina o art. 7° da CF: “XXX – proibição de diferença de salários, de exercícios de funções e de critério de admissão por motivos de sexo, idade, cor ou estado civil; [...] XXXIII – proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de 18 e de qualquer trabalho a menores de 16 anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de 14 anos”. ESTABILIDADE E GARANTIA DE EMPREGO São direitos dos trabalhadores: “I- relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos: II – Fundo de Garantia do Tempo de Serviço" (art. 7°, CF). Diz o art. 10 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias: “Até que seja promulgada a lei complementar a que se refere o art. 7°, I da Constituição: I – fica limitada a proteção nele referida ao aumento, para quatro vezes, da porcentagem prevista no art. 6°, caput e S1°, da Lei 5.107, de 13 de setembro de 1966”. Dirigente sindical É vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro da candidatura a cargo de direção ou representação sindical e, se eleito, ainda que suplente, até um ano após o final do mandato, salvo se cometer falta grave nos termos da lei (art. 543, S3°). Membro da Cipa É vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa de empregado eleito para cargo de direção de Comissão Interna de Prevenção de Acidentes, desde o registro de sua candidatura até um ano após o mandato (art. 10, b, I, ADCT). Gestante “Fica vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa da empregada gestante, desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto” (art. 10, b, II, ADCT). Acidentado Tem a garantia, pelo prazo mínimo de 12 meses, da manutenção de seu contrato de trabalho na empresa, após a cessão do auxílio-doença acidentário, independentemente de percepção de auxílio-acidente (art. 118, Lei 8.213/91). Membros da Comissão de Conciliação Prévia É vedada a dispensa dos representantes dos empregados membros da Comissão de Conciliação Prévia, titulares e suplentes, até um ano após o final do mandato, salvo se cometerem falta grave, nos termos da lei (art. 625-B, S1°). Extinção da estabilidade Ocorre por: morte do empregado, aposentadoria espontânea, ocorrência de força maior, falta grave praticada pelo empregado ou pedido de demissão. AVISO PRÉVIO O art. 7°, inciso XXI, da CF garante aos trabalhadores “aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de 30 dias, nos termos da lei”. A parte que, sem justo motivo, quiser rescindir o contrato deverá avisar a outra de sua resolução com a antecedência mínima de 30 dias. Se a parte notificante reconsiderar o ato antes de seu termo, a outra parte é facultado aceitar ou não a reconsideração. Horário de trabalho durante o aviso prévio (art. 487) Será reduzido de duas horas diárias, sem prejuízodo salário integral. É facultado ao empregado trabalhar sem a redução das duas horas diárias. RECISÃO DO CONTRATO Dispensa do empregado sem justa causa Art. 7°, CF – “São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: I – relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa [...]”. Verbas rescisórias a) Saldo de salário; b) Aviso prévio; c) 13° salário proporcional; d) Férias proporcionais adicionadas de um terço do abono constitucional; e) Guias para liberação do FGTS; f) Guias para o seguro-desemprego. Dispensa do emprego por justa causa Caracteriza-se por: a) Ato típico: o fato não poderá extrapolar os limites fixados pelo art. 482. b) Reação imediata: não afasta o decurso de tempo razoável para reflexão e apuração, variável com a complexidade da empresa; na falta, haverá o perdão tácito ou expresso. c) Ato grave: gravidade tal que impossibilite a normal continuação do vínculo. d) Relação de causa e efeito: o fato é efetivamente o determinante da rescisão, não podendo ser substituído. Verbas rescisórias a) Saldo de salário; b) Férias vencidas adicionadas de um terço do abono constitucional. Motivos para justa causa (art. 482) Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo empregador: Ato de improbidade – Atentado contra o patrimônio do empregador, de terceiros ou de companheiros de trabalho. Incontinência de conduta ou mau procedimento – Ligada ao desagregamento do empregado no tocante a vida sexual, obscenidades e pornografia. Negociação habitual, por conta própria ou alheia, sem permissão do empregador, e quando constituir ato de concorrência á empresa para qual trabalha o empregado ou for prejudicial ao serviço. Condenação criminal do empregado passada em julgado, caso não tenha havido suspensão da execução da pena. Desídia no desemprego das respectivas funções. É a negligência, caracterizada pela prática ou omissão de vários atos, comparecimento impontual, ausências, produção imperfeita. Embriaguez habitual do empregado ou em serviço. Violação de segredo da empresa. Ato de indisciplina ou de insubordinação. Abandono de emprego. Ato lesivo da honra ou da boa fama praticado no serviço contra qualquer pessoa ou ofensas físicas, na mesmas condições, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem. Ato lesivo da honra ou da boa fama ou ofensas físicas praticadas contra o empregador e superiores hierárquicos, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem. Prática constante de jogos de azar. Pedido de demissão O empregado deverá trabalhar durante o aviso prévio, salvo se for liberado pelo empregador. Verbas rescisórias a) 13° salário proporcional; b) Férias proporcionais adicionadas de um terço do abono constitucional (Enunciado 171, TST). Rescisão indireta O empregado poderá considerar rescindido o contrato e pleitear a devida indenização (art. 483) quando: a) Forem exigidos serviços superiores a suas forças, defesos por lei, contrários aos bons costumes ou alheios ao contrato. b) For tratado pelo empregador ou por seus superiores hierárquicos com rigor excessivo; c) Correr perigo manifesto de mal considerável; d) Não cumprir o empregador as obrigações do contrato; e) Praticar o empregador ou seus prepostos, contra ele ou pessoas de sua família, ato lesivo da honra e boa fama; f) O empregador ou seus prepostos ofenderem-no fisicamente, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem; g) O empregador reduzir seu trabalho, sendo este por peça ou tarefa, de forma a afetar sensivelmente a importância do salário. Verbas rescisórias a) Saldo de salário; b) Aviso prévio indenizado; c) 13° salário proporcional; d) Férias proporcionais adicionadas de um terço do abono constitucional; e) Multa de 40% sobre o FGTS; f) Guias para liberação do FGTS; g) Guias para o seguro-desemprego. Culpa recíproca Reconhecida a culpa recíproca na rescisão do contrato de trabalho (art. 484), o empregado tem direito a 50% do valor do aviso prévio, do 13° e das férias proporcionais (Enunciado 14, TST). Prescrição e decadência Art. 7°, inciso XXXIX, CF: “ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho”. Não corre prescrição contra os menores de 18 anos. Prescrição de FGTS É trintenária a prescrição do direito de reclamar contra o não-recolhimento, observado o prazo de dois anos após o término do contrato de trabalho. Comissões de Conciliação Prévia (art. 625 A-H) As empresas e os sindicatos podem instituir Comissões de Conciliação Prévia, de composição paritária, com a atribuição de tentar conciliar os conflitos individuais do trabalho. Poderão ser constituídas por grupos de empresas ou ter caráter intersindical. A comissão de Conciliação Prévia será composta de, no mínimo, dois e, no máximo, dez membros. É vedada a dispensa dos representantes dos empregados até um ano após o final do mandato, salvo se cometerem falta, nos termos da lei. Não prosperando a conciliação, será fornecida ao empregado e ao empregador declaração da tentativa conciliatória frustrada. O termo de conciliação é título executivo extrajudicial e terá eficácia liberatória geral, exceto quanto às parcelas expressamente ressalvadas. As Comissões de Conciliação Prévia têm prazo de dez dias para a realização da sessão de tentativa de conciliação. PROCESSO DO TRABALHO São órgãos da Justiça do Trabalho (art. 111, CF; EC 45/2004): a) O Tribunal Superior do Trabalho (27 ministros); b) Os Tribunais Regionais do Trabalho (mínimo 7 Juízes); c) Os Juízes do Trabalho (Varas do Trabalho). Competência (art. 114, CF – EC 45/2004) Compete à Justiça do Trabalho Processar e Julgar: a) As ações oriundas das relações de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; que envolvam exercício do direito de greve; sobre representação sindical; os mandados de segurança. Habeas corpus e habeas data; os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista; as ações de indenização por dano moral ou patrimonial; as ações relativas ás penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho. b) A execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a, e II e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir. Competência em razão do local (art. 651) A competência das Varas do trabalho é determinada pela localidade onde o empregado prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado em outro local ou no exterior. Disposições preliminares (art. 765) Os Juízos e Tribunais do Trabalho terão ampla liberdade na direção do processo e velarão pelo andamento rápido das causas, podendo determinar qualquer diligência necessária ao esclarecimento delas Atos, termos e prazos processuais (art. 771 a 775) Os atos processuais serão públicos salvo quando o contrário determinar o interesse social, e realizar-se-ão nos dias úteis das 6 ás 20 horas. A penhora poderá realizar-se em domingo ou dia feriado, mediante autorização expressa do juiz ou presidente. Os atos termos processuais, que devam ser assinados pelas partes interessadas, quando estas, por motivo justificado, não possam faze-lo, serão firmados a rogo, na presença de duas testemunhas, sempre que não houver procurador legalmente constituído. Tratando-se de notificação postal, no caso de não ser encontrado o destinatário ou no de recusa de recebimento, o Correio ficará obrigado, sob pena de responsabilidade do servidor,a devolvê-lo, no prazo de 48 horas, ao tribunal de origem. Os prazos estabelecidos neste título contam-se com exclusão do dia do começo e inclusão do dia do vencimento, e são contínuos e irreleváveis, podendo, entretanto, ser prorrogados pelo tempo estritamente necessário pelo juiz ou tribunal, ou em virtude de força maior, devidamente comprovadas. Os prazos que se vencerem em sábado, domingo ou feriado terminarão no primeiro dia útil seguinte. O vencimento dos prazos será certificado nos processos pelos escrivães ou chefes de secretaria. Juntada de documentos – A juntada de documentos na fase recursal só se justifica quando provado o justo impedimento para sua oportuna apresentação ou se referir a fato posterior à sentença (Enunciado 8, TST). Partes (art. 778 a 781) As partes, ou seus procuradores, poderão consultar, com ampla liberdade, os processos nos cartórios ou secretarias. Os documentos juntos aos autos poderão ser desentranhados somente depois de findo o processo, ficando translado. As partes poderão requerer certidões dos processos em curso ou arquivados as quais serão lavradas pelos escrivães ou chefes de secretaria. As certidões dos processos que correrem em segredo de justiça dependerão de despacho do juiz ou presidente. Distribuição (art. 783 a 787) A reclamação escrita deverá ser formulada em duas vias e desde logo acompanhada dos documentos em que se fundar. Custas e emolumentos (art. 790) Nas Varas do Trabalho, nos Juízos de Direito, nos Tribunais e no Tribunal Superior do Trabalho, a forma às instruções que serão expedidas pelo Tribunal Superior do Trabalho (redação dada pela Lei 10.537/02). S1° - Tratando-se de empregado que não tenha obtido o beneficio da justiça gratuita, ou isenção de custas, o sindicato que houver intervindo no processo responderá solidariamente pelo pagamento das custas devidas.] GARANTIAS CONSTIUCIONAIS Segundo o art. 7° da CF, são direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: I. Relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos; II. Seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário; III. Fundo de Garantia do Tempo de Serviço; IV. Salário-mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado e as de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim; V. Piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho; VI. Irredutibilidade do salário, nunca inferior, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo; VII. Garantia do salário, nunca inferior ao mínimo, convenção ou acordo coletivo; VIII. 13° salário com base na renumeração integral ou no valor da aposentadoria; IX. Remuneração do trabalho na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa; X. Proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa; XI. Participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e, excepcionalmente, participação na gestão da empresa, conforme definido em lei; XII. Salário-família para seus dependentes; XIII. Duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e 44 semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho; XIV. Jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva; XV. Repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos; XVI. Remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo. Em 50% á do normal; XVII. Gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal; XVIII. Licença á gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de 120 dias; XIX. Licença-maternidade, nos termos fixados em lei; XX. Proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei; XXI. Aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de 30 dias, nos termos da lei; XXII. Redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança; XXIII. Adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei; XXIV. Aposentadoria; XXV. Assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 6 anos de idade em creches e pré-escolas; XXVI. Reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho; XXVII. Proteção em face da automação, na forma da lei; XXVIII. Seguro contra acidentes de trabalho, a carga do empregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa; XXIX. Ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho; XXX. Proibição de diferença de salários, de exercícios de funções e de critérios de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil; XXXI. Proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critério de admissão do trabalhador portador de deficiência; XXXII. Proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os profissionais respectivos; XXXIII. Proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre aos menores de 18 e de qualquer trabalho a menores de 16 anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de 14 anos; XXXIV. Igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso. São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os direitos previstos nos incisos IV, VI, VIII, VX, XVIII, XIX, XXI, XXIV, bem como sua integração à Previdência Social. S2° - No caso de não-pagamento das custas, far-se-á execução da respectiva importância, segundo o procedimento estabelecido no capítulo V deste título (acrescentado pela Lei 10.537/02). Art. 790-A – São isentos do pagamento de custas, além dos beneficiários de justiça gratuita (acrescentado pela Lei 10.288/01): I – a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e respectivas autarquias e fundações públicas federais, estaduais ou municipais que não explorem atividade econômica; II. O Ministério Público do Trabalho. Art. 790-B – A responsabilidade pelo pagamento dos honorários periciais é da parte sucumbente na pretensão objeto da perícia, salvo se beneficiária de justiça gratuita (acrescentado pela Lei 10.288/01). Nulidades (art. 794 a 796) Nos processos sujeitos á apreciação d Justiça do Trabalho só haverá nulidade quando resultar dos atos inquinados manifesto prejuízos às partes litigantes. As nulidades não serão declaradas senão mediante provocação das partes, as quais deverão argui-las à primeira vez em que tiverem de falar em audiência ou nos autos. Deverá, entretanto, ser declarada ex officio a nulidade fundada em incompetência de foro. Nesse caso, serão considerados nulos os atos decisórios. O juiz ou tribunal que se julgar incompetente determinará, na mesma ocasião, que se faça remessa do processo, com urgência, à autoridade competente, fundamentando sua decisão. A nulidade não será pronunciada: a) Quando for possível suprir-se a falta ou repetir-se o ato; b) Quando arguida por quem lhe tiver dado causa. EXCEÇÕES (art. 800 a 802) Apresentada a exceção de incompetência, abrir-se-á vista dos autos ao exceto, por 24 horas improrrogáveis, devendo a decisão ser proferida na primeira audiência ou sessão que se seguir. O Juiz, presidente ou juiz classista, é obrigado a dar-se porsuspeito, e pode ser recusado, por algum dos seguintes motivos, em relação à pessoa dos litigantes: a) Inimizade pessoal; b) Amizade intima; c) Parentesco por consanguinidade ou afinidade até o terceiro grau civil; d) Interesse particular na causa. Apresentada a execução de suspeição, o juiz ou tribunal designará audiência dentro de 48 horas, para instrução e julgamento da exceção. Provas (art. 818 a 830) A prova das alegações incumbe à parte que as fizer. Cada uma das partes não poderá indicar mais de três testemunhas, salvo quando se tratar de inquérito, caso em que esse número poderá ser elevado a seis. As testemunhas não poderão sofrer qualquer desconto pelas faltas ao serviço, ocasionadas por seu comparecimento para depor, quando devidamente arroladas ou convocadas. As testemunhas comparecerão à audiência independentemente de notificação ou intimação. As que não comparecerem serão intimadas, ex officio ou a requerimento da parte, ficando sujeitas a condução coercitiva, além das penalidades. Testemunhas. Ação contra a mesma reclamada. Suspeição – Não torna suspeita a testemunha o simples fato de estar litigando ou de ter litigado contra o mesmo empregador (Enunciado 357, TST). Decisão e sua eficácia (art. 831 e 832) A decisão será proferida depois de rejeitada pelas partes a proposta de conciliação. No caso de conciliação, o termo que for lavrado valerá como decisão irrecorrível, salvo para a Previdência devidas (alterado pela Lei 10.035/00). AÇÃO TRABALHISTA DISSÍDIOS INDIVIDUAIS A ação vem a ser um direito de provocar um exercício da tutela jurisdicional pelo Estado, para solucionar dado conflito existente entre certas pessoas. Elementos da ação Sujeitos: empregado e empregador – leva-se em consideração sempre a primazia da realidade. Pedido: obtenção de um pronunciamento jurisdicional. Causa de pedir: Pressupõe a existência de um direito material assegurado. Forma de reclamação e notificação (art. 840 a 843) A reclamação poderá ser escrita ou verbal. Recebida e protocolada a reclamação, o escrivão ou chefe de secretaria, dentro de 48 horas, remeterá a segunda via de petição, ou do termo, ao reclamado, notificando-o, ao mesmo tempo, para comparecer à audiência de julgamento, que será a primeira desimpedida, depois de cindo dias. Na audiência de julgamento deverão estar presentes o reclamante o reclamado, independentemente do comparecimento de seus representantes, salvo nos casos de reclamatórias plurinas ou ações de cumprimentos, quando os empregados poderão fazer-se representar pelo sindicato de sua categoria. É facultado ao empregador fazer-se substituir pelo gerente, ou qualquer outro preposto que tenha conhecimento do fato, e cujas declarações obrigarão o proponente. Se por doença ou qualquer outro motivo poderoso, devidamente comprovado, não for possível ao empregado comparecer pessoalmente, poderá fazer-se representar por outro empregado que pertença à mesma profissão ou por seu sindicato. Audiência de julgamento (art. 844 a 852) O não comparecimento do reclamante à audiência importa o arquivamento da reclamação, e o não comparecimento do reclamado importa revelia, além de confissão quanto à matéria de fato. O reclamante e reclamado comparecerão à audiência acompanhados de suas testemunhas, apresentando, nessa ocasião, as demais provas. Lida a reclamação, ou dispensada a leitura por ambas as partes, o reclamado terá 20 minutos para aduzir sua defesa. Terminada a defesa, o juiz ou presidente proporá a conciliação. Não havendo acordo, seguir-se-á a instrução do processo. Serão, a seguir, ouvidas as testemunhas, os peritos e os técnicos, se houver. Terminada a instrução, poderão as partes aduzir razões finais, em prazo não excedente de dez minutos para cada uma. Os trâmites de instrução e julgamento da reclamação serão resumidos e ata, de que constará, na integra, a decisão. Da decisão serão os litigantes notificados, pessoalmente ou por seu representante, na própria audiência. No caso de revelia, a notificação far-se-á pela forma estabelecida no S1° do art. 841. Procedimento sumaríssimo (art. 852 A-I) É procedimento nos processos trabalhistas cujo valor não ultrapasse 40 salários- mínimos. Nesses casos, os dissídios individuais devem ser resolvidos no prazo máximo de 15 dias, em audiência única. Se houver interrupção da audiência, a solução deve ser dado no prazo máximo de 30 dias. Se houver recurso, este terá tramitação também especial e rápida no tribunal. As testemunhas serão no máximo duas para cada parte. Inquérito para apuração de falta grave (art. 853) Para a instauração do inquérito para apuração de falta grave contra empregado garantido com estabilidade, o empregador apresentará reclamação por escrito à junta ou juízo de direito, dentro de 30 dias, contados da data da suspensão do empregado. EXECUÇÃO Disposições preliminares (art. 876 a 879) As decisões passadas em julgado ou das quais não tenha havido recurso com efeito suspensivo; os acordos, quando não cumpridos; os termos de ajuste de conduta firmados perante o Ministério Público do Trabalho; e os termos de conciliação Prévia serão executados. A execução poderá ser promovida por qualquer interessado, ou ex officio pelo próprio juiz ou presidente do tribunal competente. Sendo ilíquida a sentença exequenda, ordenar-se-á previamente, sua liquidação, que poderá ser feita por cálculo, por arbitramento ou por artigos. Impugnação – Elaborada a conta e tornada líquida, o juiz poderá abrir às partes prazo sucessivo de dez dias para impugnação fundamentada com a indicação dos itens e valores objeto da discordância, sob pena de preclusão. Mandado e penhora (art. 880 e 881) O juiz, requerida a execução, mandará expedir mandado de citação ao executado, a fim de que cumpra a decisão ou o acordo no prazo, pelo modo e sob as cominações estabelecidas, ou, em se tratando de pagamento em dinheiro, incluídas as contribuições socias devidas ao INSS, para que pague em 48 horas, ou garantia a execução, sob pena de penhora. A citação será feita pelos oficiais de Justiça. Embargos à execução e sua impugnação Garantida a execução ou penhora dos bens, terá o executado cinco dias para apresentar embargos, cabendo igual prazo ao exequente para impugnação. A matéria de defesa será restrita às alegações de cumprimentos da decisão ou do acordo, quitação ou prescrição da dívida (art. 884). Concluída a avaliação, dentro de dez dias, contados da data da nomeação do avaliador, seguir-se-á a arrematação, que será anunciada por edital afixado na sede do juízo ou tribunal e publicado no jornal local, se houver, com a antecedência de 20 dias (art. 888). RECURSOS Art. 893 – Das decisões são admissíveis os seguintes recursos: I. Embargos; II. Recurso ordinário; III. Recurso de revista; IV. Agravo. Decisão interlocutória. Irrecorribilidade – Na Justiça da Trabalho, as decisões interlocutórias somente ensejam recurso imediato quando suscetíveis de impugnação mediante recurso para o mesmo tribunal ou na hipótese de acolhimento de exceção de incompetência, com a remessa dos autos para Tribunal Regional distinto daquele a que se vincula o juízo excepcionado, consoante o disposto no art. 799, S2° (Enunciado 214, TST). 1. Embargos (Lei 7.701/88) Cabem embargos infringentes, de nulidade e de divergência, no tribunal Superior do Trabalho. 2. Recurso ordinário (art. 895) a) Das decisões definitivas das varas e juízes, no prazo de oito dias; b) Das decisões definitivas dos Tribunais Regionais, em processos de sua competência originária, no prazo de oito dias, quer nos dissídios individuais, quer nos dissídios coletivos. c) Nas reclamações sujeitas ao procedimento sumaríssimo, o recurso ordinárioserá imediatamente distribuído, uma vez recebido no Tribunal, devendo o relator liberá-lo no prazo máximo de dez dias e a Secretaria do Tribunal ou Turma colocá-lo imediatamente em pauta para julgamento, sem revisor. 3. Recurso de revista (art. 896 e 896 A) Cabe recurso de revista para Turma do Tribunal Superior do Trabalho: a) Das decisões proferidas em grau de recurso ordinário, em dissídio individual, pelos Tribunais Regionais do Trabalho; b) O recurso de revista, dotado de efeito apenas devolutivo, será apresentado ao presidente do tribunal recorrido, que poderá recebê-lo ou denegá-lo, fundamentando, em qualquer caso, a decisão. O Tribunal Superior do Trabalho, no recurso de revista, examinará previamente se a causa oferece transcendência com relação aos reflexos gerais de natureza econômica, política, social ou jurídica. 4. Agravo (art. 897 a 900) Cabe agravo, no prazo de oito dias: a) De petição, das decisões do juiz ou presidente, nas execuções; b) De instrumento, dos despachos que denegarem a interposição de recursos. Art. 897-A – Caberão embargos de declaração de sentença ou acórdão, no prazo de cinco dias, devendo seu julgamento ocorrer na primeira audiência ou sessão subsequente a sua apresentação, registrado na certidão, admitido efeito modificativo da decisão nos casos de omissão e contradição no julgado e manifesto equívoco no exame dos pressupostos extrínsecos do recurso. Art. 898 – Das decisões proferidas em dissídio coletivo poderão recorrer, além dos interessados, o presidente do tribunal e a Procuradoria da Justiça do Trabalho. Art. 899 – Os recursos serão interpostos por simples petição e terão efeito meramente devolutivo, salvo as exceções previstas neste título, permitida a execução provisória até a penhora. Art. 900 – Interposto o recurso, será notificado o recorrido para oferecer suas razões, em prazo igual ao que tiver o recorrente. AÇÃO RESISÓRIA Conceito A ação rescisória tem por finalidade rescindir, ou seja, desconstruir ou anular uma sentença transitada em julgado. A ação rescisória não suspenderá a execução. Decadência – O prazo de decadência, na ação rescisória, conta-se do dia imediatamente subsequente ao trânsito em julgado da última decisão proferida na causa, seja de mérito ou não (Enunciado 100, TST). Defesa e provas – Distribuída a ação ao relator, este mandará citar a parte contrária para responder num prazo entre 15 e 30 dias. Sentença – Na ação rescisória, não estão impedidos juízes que participaram do julgamento rescindendo (súmula 252, STF). Recurso – DA decisão de Tribunal Regional do Trabalho, em ação rescisória, é cabível recurso ordinário para o Tribunal Superior do Trabalho, em face da organização judiciária trabalhista (Enunciado 158, TST). DISSÍDIO COLETIVO (Art. 856 a 868) Art. 114, CF-EC 45/2004 – Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é facultado a elas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica, podendo a Justiça do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as convencionadas anteriormente (S2°). Em caso de greve em atividade essencial, com possibilidade de lesão do interesse público, o Ministério do Trabalho poderá ajuizar dissídio coletivo, competindo à Justiça do Trabalho decidir o conflito (S2°_. Norma coletiva. Categoria diferenciada. Abrangência – Empregado integrante de categoria profissional não tem direito de haver de seu empregador vantagens previstas em instrumento coletivo no qual a empresa não foi representada por órgão de classe de sua categoria (TST – SDI-1, Orientação Jurisprudencial 55). AÇÃO DE CUMPRIMENTO (Art. 872) Conceito É a ação individual proposta visando ao cumprimento das decisões em dissídio coletivo. Quando os empregadores deixarem de satisfazer o pagamento de salários, na conformidade da decisão proferida, poderão os empregados ou seus sindicatos, independentemente de outorga ou seus sindicatos, juntando certidão de tal decisão, apresentar reclamação à vara do trabalho ou juízo competente, sendo vedado, porém, questionar sobre matéria de fato e de direito já apreciada. As ações de cumprimento estendem-se a quaisquer outras condições de trabalho que foram previstas nas sentenças normativas e não cumpridas pelo empregador. Cabem também no cumprimento de convenções e acordos coletivos (Enunciado 286,TST). É dispensável o trânsito em julgado da sentença normativa para propositura de ação de cumprimento (Enunciado 246, TST). Dispõe o Enunciado 350 do TST: “O prazo de prescrição com relação à ação de cumprimento de decisão normativa flui apenas a partir da data de seu trânsito em julgado”. Prazos Devolução de notificação postal: 48 horas (art. 774). Contestação em audiência: 20 minutos (art. 847). Razões finais: dez minutos (art. 850). Ajuizamento de inquérito contra estável: 30 dias (art. 853). Impugnação de cálculo de liquidação: dez dias (art. 872). Garantia de juízo: 48 horas (art. 880). Embargos à execução ou impugnação na liquidação: cinco dias (art. 884). Intimação de praça: 20 dias de antecedência (art. 888). Complementação da arrematação: 24 horas (art. 885, S4°). Recursos: Oito dias (art.893). Prazos para propor inquérito judicial para apuração de falta grave: decadencial de 30 dias (art. 853). Prazos no procedimento sumaríssimo Apreciação da reclamação: 15 dias do ajuizamento (art. 852-B, III). Manifestação sobre laudo pericial: comum de cinco dias (art. 852-H, S6°). Audiência em prosseguimento: 30 dias (art. 852-H, S7°). Embargos declaratórios: cinco dias. É livre a associação profissional ou sindical (art. 8°, CF), observado o seguinte: a) Não há exigência de autorização – A lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato, ressalvo o registro no órgão competente, vedadas ao Poder Público a interferência e a intervenção na organização sindical. b) Unicidade sindical – É vedada a criação de mais de uma organização sindical, em qualquer grau, representativa de categoria profissional ou econômica, na mesma base territorial, que será definida pelos trabalhadores ou empregadores interessados, não podendo ser inferior à área de um município. c) Defesa dos interesses da categoria – Ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusive em questões judiciais ou administrativas. Contribuições 1. Contribuição confederativa – A assembleia geral fixará a contribuição que, em se tratando de categoria profissional, será descontada em folha, para custeio do sistema confederativo, independentemente da contribuição prevista em lei. 2. Contribuição sindical – As contribuições devidas aos sindicatos pelos que participem das categorias econômicas ou profissionais ou das profissões liberais representadas pelas referidas entidades serão recolhidas sob a denominação de “contribuição sindical” (art. 578). A contribuição sindical será recolhida, de uma só vez, anualmente, e consistirá na importância correspondente à remuneração de um dia de trabalho, para os empregados, qualquer que seja a forma da referida remuneração (art. 580). 3. Contribuição assistencial – São prerrogativas dos sindicatos impor contribuições a todos aqueles que participam das categorias econômicas ou profissionais ou das profissões liberais representadas (art. 513, e). Fixada em assembleia. 4. Mensalidade sindical ou contribuição associativa – É paga apenas pelos associados, os quais beneficiam-se dos serviços prestados, como atendimento médico, dentário, assistência judiciária, colônia de férias, etc. Estabelecidas em estatutos ou pelas Assembleias Gerais (art. 548, b). Filiação Ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-sefiliado a sindicato. O aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas organizações sindicais. Negociações coletivas É obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de trabalho. Convenção coletiva de trabalho É o acordo de caráter normativo, pelo qual dois ou mais sindicatos representativos de categorias econômicas e profissionais estipulam condições de trabalho aplicáveis, no âmbito das respectivas representações, às relações individuais de trabalho (art. 611). As federações e, na falta destas, as confederações representativas de categorias econômicas ou profissionais poderão celebrar convenções coletivas de trabalho para reger as relações das categorias a elas vinculadas, inorganizadas em sindicatos, no âmbito de suas representações (art. 611, S2°). Acordo coletivo de trabalho É facultado aos sindicatos representativos de categorias profissionais celebrar acordos coletivos, com uma ou mais empresas da correspondente categoria econômica, que estipulem condições de trabalho, aplicáveis no âmbito da empresa ou das empresas acordantes às respectivas relações de trabalho (art. 611, S1°). Dirigentes sindical É vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro da candidatura a cargo de direção ou representação sindical e, se eleito, ainda que suplente, até um ano após o final do mandado, salvo se cometer falta grave nos termos da lei (Art. 8°, VIII, CF). A administração do sindical será exercida por uma diretoria constituída, no máximo, de sete e, no mínimo, de três membros e de um conselho fiscal composto de três membros, eleitos esses órgãos pela assembleia geral (art. 522). Associação sindical de grau superior (art. 533 a 535). Constituem associação sindicais de grau superior as federações e confederações organizadas nos termos da CLT. É facultado aos sindicatos, quando em números não inferior a cinco, desde que representem a maioria absoluta de atividades ou profissões idênticas, similares ou conexas, organizarem-se em federação. Se já existir federação no grupo de atividades ou profissões em que deva ser constituída a nova entidade, a criação desta não poderá reduzir a menos de cinco o número de sindicatos que àquela devam continuar filiados. As federações serão constituídas por Estados. É permitido a qualquer federação, para o fim de lhes coordenar os interesses, agrupar os sindicatos de determinado município ou região a ela filiados, mas a união não terá direito de representação das atividades ou profissões agrupadas. As confederações organizar-se-ão com o mínimo de três federações e terão sede na capital da República. GREVE Art. 9°, CF – É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender. S1° - A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá sobre o atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade. S2° - Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas da lei. Lei de Greve (Lei 7.783, de 28 de junho de 1989) Definição – Para os fins desta Lei, considera-se legitimo exercício do direito de greve a suspensão coletiva, temporária e pacífica, total ou parcial, de prestação pessoal de serviços a empregador (art. 2). Lockout – Fica vedada a paralização das atividades, por iniciativa do empregador, com o objetivo de frustrar negociação ou dificultar o atendimento de reivindicações dos respectivos empregados. Parágrafo único – A prática referida no caput assegura aos trabalhadores o direito à percepção dos salários durante o período de paralisação (art. 17). Art. 42, S5°, CF – Ao militar são proibidas a sindicalização e a greve.
Compartilhar