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reclamação trabalhista

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CENTRO UNIVERSITÁRIO CATÓLICO SALESIANO AUXILIUM 
NÚCLEO DE PRÁTICA DE CIÊNCIA JURÍDICA 
 
 
Acadêmico (a) RA 
Araçatuba, de de 2.023 
TERMO 9º 
NATUREZA PEÇA PROCESSUAL 
ESPÉCIE RECLAMAÇÃO TRABALHISTA 
DISCIPLINA PRÁTICA TRABALHISTA II 
CARGA HORÁRIA 02 (DUAS) HORAS / ATIVIDADE 
DATA DE ENTREGA 
ENUNCIADO 
Após juntar durante alguns anos suas economias e auxiliado por seus 
familiares, Tito comprou uma motocicleta e começou a trabalhar em 
15/12/2018 como motoboy na Pizzaria Gourmet Ltda., localizada no Município 
de Parauapebas, Estado do Pará, realizando a entrega em domicílio de pizzas 
e outros tipos de massas aos clientes do empregador. A carteira de trabalho 
de Tito foi devidamente assinada, com o valor de 1 salário mínimo mensal. Em 
razão da atividade desempenhada, Tito poderia escolher diariamente um item 
do cardápio para se alimentar no próprio estabelecimento, sem precisar pagar 
pelo produto. Tito fazia em média 10 entregas em seu turno de trabalho, e 
normalmente recebia R$ 1,00 (um real) de bonificação espontânea de cada 
cliente, gerando uma média de R$ 260,00 (duzentos e sessenta reais) mensais. 
Tito exercia suas funções durante seis dias na semana, com folga na 2ª feira, 
sendo que, uma vez por mês, a folga era em um domingo. A jornada cumprida 
ia das 18h às 3h30, com intervalo de 40 minutos para refeição. No mês de 
agosto de 2019, Tito fez a entrega de uma pizza na casa de um cliente. Ocorre 
que o cozinheiro da pizzaria se confundiu no preparo e assou uma pizza de 
calabresa, sendo que o cliente era alérgico a esse produto (linguiça). Ao ver a 
pizza errada, o cliente foi tomado de fúria incontrolável, começou a xingar e a 
ameaçar Tito, e terminou por soltar seus cães de guarda, dando ordem para 
atacar o entregador. Tito correu desesperadamente, mas foi mordido e 
arranhado pelos animais, sendo lesionado gravemente. Em razão disso, ele 
precisou se afastar por 30 dias para recuperação, recebendo o benefício 
previdenciário pertinente do INSS. Tito gastou R$ 30,00 na compra de vacina 
À Secretaria do NPCJ 
Encaminhe-se à orientação para análise e 
atribuição de hora(s)/atividade. 
 
Araçatuba, _________/__________/2023 
Profª. .Cibele Rodrigues 
Coordenadora do NPCJ 
À Secretaria do NPCJ 
Atribua(m)-se _____(______) hora(s) atividade. 
 
Araçatuba, _________/_________/2023 
Prof. Orientador 
antirrábica, que por recomendação médica foi obrigado a tomar, porque não 
sabia se os cachorros eram vacinados. Em 20 de setembro de 2019, após obter 
alta do INSS, Tito retornou à empresa e foi dispensado, recebendo as verbas 
rescisórias. Nos contracheques de Tito, constam, mensalmente, o pagamento 
do salário mínimo nacional na coluna de créditos e o desconto de INSS na 
coluna de descontos, sendo que no mês de março de 2019 houve ainda 
dedução de R$ 31,80 (trinta e um reais e oitenta centavos) a título de 
contribuição sindical, sem que tivesse autorizado o desconto. Tito foi à CEF e 
solicitou seu extrato analítico, onde consta depósito de FGTS durante todo o 
contrato de trabalho. Considerando que, em outubro de 2019, Tito procurou 
você, como advogado(a), para pleitear os direitos lesados, informando que 
continua desempregado, elabore a peça processual pertinente. (Valor: 5,00) 
 
Obs.: a peça deve abranger todos os fundamentos de Direito que possam ser 
utilizados para dar respaldo à pretensão. A simples menção ou transcrição do 
dispositivo legal não confere pontuação. Nos casos em que a lei exigir 
liquidação de valores, não será necessário que o examinando a apresente, 
admitindo-se que o escritório possui setor próprio ou contratado 
especificamente para tal fim. 
OBSERVAÇÕES 
Acrescentar jurisprudência e doutrina sobre o desconto de contribuição sindical 
 
 
 
 
 
Nome: William Barboza de Oliveira. RA:214678 
 
AO JUÍZO DA... VARA DO TRABALHO DE PARAUBEBAS/PA. 
 
 
 
 
 
TITO, nacionalidade..., estado civil..., motoboy..., portador do RG sob 
n° ..., inscrito no CPF sob n° ..., CTPS n°..., PIS...., residente e domiciliado à Rua...., 
Bairro...., Município e Comarca de...., endereço eletrônico ..., vem, respeitosamente, à 
presença de Vossa Excelência, por intermédio seu advogado(a) ao final firmado(a), com 
procuração anexa e endereço eletrônico ..., com fulcro nos artigos 769 e 840, §1º, da CLT 
c/c artigos 15 e 319 do CPC , propor a presente 
 
 
 RECLAMAÇÃO TRABALHISTA 
 
 Em face de PIZZARIA GOURMET LTDA, pessoa jurídica de 
direito privado, inscrita no CNPJ n° ..., endereço ..., endereço eletrônico ..., pelas razões 
de fato e de direito (causa de pedir) que passa a expor: 
 
 
I - DA JUSTIÇA GRATUITA (art. 790, §§3º e 4º, CLT) 
 
 Inicialmente, requer-se, desde já, a concessão do benefício da 
Gratuidade de Justiça, consoante disposto no artigo 5º, LXXIV, da CF/88, eis que não 
dispõe de meios financeiros para suportar as custas processuais sem prejuízo do seu 
próprio sustento e da sua família, visto que se encontra desempregado, nos termos dos §§ 
3º e 4º do art. 790 da CLT e item I da Súmula 463 do TST. 
 
 
II. DA COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA (art. 625 A, 
CLT) 
 
Considerando que o entendimento doutrinário e jurisprudencial 
majoritário (ADIs 2.139, 2.160 e 2.237) dispõe que os conflitos trabalhistas deverão ser 
submetidos à comissão de conciliação prévia, prevista na CLT em seus artigos 625 A e 
seguintes, sendo uma faculdade do trabalhador a sua submissão, vem o reclamante a este 
juízo para buscar a solução de seu conflito. 
 
 
III. DOS FATOS 
 
 
 
O reclamante Tito foi contratado na data de 15.12.2018, para exercer a 
função de motoboy para a empresa reclamada, sendo que cumpria jornada de trabalho das 
18h às 03h30min, durante seis dias na semana, com 40 minutos de intervalo intrajornada. 
 
Em determinada ocasião, no exercício de suas atividades laborativas, o 
reclamante foi atacado por um cachorro ao realizar uma entrega para um cliente, em 
agosto de 2019. 
 
Por decorrência do infortúnio, precisou se manter afastado do trabalho 
durante o lapso de 30 dias, gozando do recebimento de benefício previdenciário pago pelo 
INSS. Consequentemente, Tito também despendeu determinados valores pecuniários em 
gastos com medicação. 
 
Todavia, quando o reclamante finalmente pode retornar ao trabalho, foi 
dispensado pela empresa reclamada com o pagamento das verbas rescisórias. 
 
Assim, o reclamante pretende a reintegração aos quadros funcionais do 
empregador, bem como a indenização decorrente da supressão do intervalo extra jornada, 
da ausência de pagamento de horas extras, adicional noturno e reconhecimento das 
bonificações por gorjetas, tudo com reflexos nas verbas rescisórias. Ainda, requer a 
indenização da empresa pelos danos morais e materiais sofridos no exercício das funções 
laborativas. 
 
Por todo o exposto, esgotadas as tentativas de resolução extrajudicial 
do conflito, não resta outra alternativa ao reclamante senão buscar a tutela jurisdicional 
para a garantia dos direitos ora violados. 
 
 
IV. DA FUNDAMENTAÇÃO JURÍDICA 
 
IV.I. Da reintegração (art. 496, CLT) 
 
Consoante descrição fática, em decorrência do acidente sofrido pelo 
reclamante, este precisou se manter afastado de suas atividades laborativas durante o 
lapso de 30 (trinta) dias, período durante o qual gozou do recebimento de benefício 
previdenciário oferecido pelo INSS. Apesar do acidente de trabalho, o obreiro foi 
dispensado pela empresa reclamada, quando retornou para suas atividades, na data de 
20.09.2019. 
 
Logo, denota-se flagrante ofensa ao que disciplinam os artigos 21-A, 
caput, e artigo 118 da lei n.º 8.213/91, bem como à Súmula 378, I, do TST, dispositivos 
que conferemao empregado o direito à estabilidade provisória por ocasião de acidente 
sofrido em função do exercício laboral, durante o período de 12 (doze) meses após o 
auxílio-doença. 
 
Por conseguinte, é impositiva a reintegração do trabalhador, por meio 
de tutela antecipada, do reclamante ao trabalho, de acordo com o que prescreve o artigo 
294 e 300 do CPC, bem como a OJ 64 da SBDI-2. Subsidiariamente, pugna-se pela 
indenização por tempo de estabilidade devida, consoante estabelece o artigo 496 da CLT. 
 
 
IV.II. Da indenização pelos danos materiais e morais (art. 223-C, 
CLT) 
 
O reclamante teve sua integridade física ofendida durante o exercício 
de suas atividades laborativas, visto que ficou significativamente lesionado em 
decorrência de um ataque provocado pelo cachorro de um cliente. 
Via de consequência, por recomendação médica, o reclamante teve o 
ônus de comprar uma vacina antirrábica, medicamento cuja compra lhe custou o valor de 
R$ 30,00 (trinta reais). 
 
De mais a mais, é inequívoco o dano moral sofrido em decorrência dos 
fatos, decorrente do abalo psicológico provocado no trabalhador, seja em razão do 
acidente de trabalho, seja pela indevida dispensa ao retornar as suas funções. 
 
Nesse sentido, aplicam-se à reparação de danos de natureza 
extrapatrimonial decorrentes da relação de trabalho apenas os dispositivos do respectivo 
Título da CLT, conforme consta do artigo 223-C do diploma legal. Logo, deve a 
reclamada indenizar o reclamante conforme se dispõe no artigo 223-E, 223-C e 223-G da 
CLT, e, subsidiariamente, no artigo 186 e 927 do CC. 
 
Finalmente, o artigo 6º da Lei 12.009/09 preconiza que os danos 
suportados pelo reclamante são de total responsabilidade da reclamada, cabendo o 
ressarcimento dos valores gastos com medicação, conforme disciplina o artigo 223-F da 
CLT. 
 
 
IV.III. Das Horas Extras (artigo 58, caput, da CLT) 
 
O reclamante trabalhava durante seis dias da semana, das 18h às 
03h30min, com intervalo de apenas 40 minutos, ou seja, mais de 08 horas diárias 
trabalhadas, tudo sem o recebimento das horas extras equivalentes. 
 
Nesse contexto, verifica-se ofensa à disposição mandamental do artigo 
7º, inciso XIII, da CF e do artigo 58, caput, da CLT, que disciplinam que a jornada de 
trabalho não deve exceder a razão de 8 horas diárias. 
 
Destarte, o horário trabalhado além das 08 horas diárias impõe o 
pagamento de indenização ao obreiro, com o acréscimo de 50% do valor da remuneração 
da hora normal de trabalho, nos termos do artigo 59, caput, e 1§º da CLT, importe que 
também causa reflexo nas verbas rescisórias. 
 
IV.IV. Do Adicional Noturno (artigo 73, §2º, da CLT) 
 
 
 
O reclamante exercia suas atividades laborativas no horário 
compreendido das 18h às 03h30min, logo, no período noturno. 
 
Não obstante, o empregador nunca adimpliu ao reclamante qualquer 
valor a título de adicional do período noturno, em manifesta violação à disposição do 
artigo 73, §2º, da CLT. 
 
Assim, impõe-se o pagamento de indenização ao reclamado, no valor 
do pagamento de adicional noturno com o acréscimo de 20% sobre a hora noturna 
trabalhada, com reflexos nas verbas rescisórias, em obediência ao artigo 7º, inciso IX, da 
CF e artigo 73, caput da CLT. 
 
 
 
IV.V. Do Adicional de Periculosidade (artigo 193, §4º, CLT) 
 
 
 
Consoante preconiza o artigo 193, §4º, da CLT, o trabalhador que se 
utiliza de motocicleta para exercer suas atividades funcionais enquadra-se na condição de 
periculosidade, exatamente como ocorre no caso em apreço, já que reclamante exercia 
função de motoboy. Apesar disso, o obreiro não recebeu qualquer valor a título de 
adicional de periculosidade. 
 
Por conseguinte, pugna-se pelo pagamento de indenização no valor de 
30% sobre seu salário, consoante dispõe o artigo 193, § 1º da CLT, a Súmula 132, inciso 
I, do TST e a Súmula 132, inciso I, do TST, impondo-se os reflexos sobre as verbas 
rescisórias. 
 
 
IV.VI. Do Intervalo Intrajornada (art. 71, caput, CLT) 
 
 
 
Considerando que o horário de labor do trabalhador ultrapassava o 
período de 08 horas diárias, este possuía direito ao intervalo intrajornada de 01 hora 
diária, conforme estabelece o artigo 71, caput, da CLT. 
 
Contudo, o obreiro somente realizava intervalo intrajornada para 
alimentação e repouso durante 40 minutos, o que acarretava a supressão de 20 minutos 
do horário devido, circunstância que viola o artigo 71, §4º, da CLT. 
 
Logo, ante a ilegalidade apontada, o reclamante fazer jus ao 
percebimento do valor de 50% de acréscimo sobre o período suprimido (20 minutos). 
 
 
IV.VII. Da integração salarial das gorjetas (art. 457, caput, CLT) 
 
O reclamante percebia mensalmente, a título de bonificação 
espontânea, o valor de R$ 260,00 (duzentos e sessenta reais) de seus clientes, importe que 
não estava compreendido na remuneração total. 
 
Logo, cabe ao reclamante, consoante disciplinam os artigos 457, caput, 
da CLT e súmula 354 do TST, a integração das gorjetas recebidas em sua remuneração. 
 
Finalmente, é impositiva a anotação do valor total em sua carteira de 
trabalho, em conformidade ao que dispõe o artigo 29, §1º, da CLT, com a aplicação dos 
reflexos no 13º salário e nas férias. 
 
 
IV.VIII. Da devolução do desconto da contribuição sindical (artigo 
578 da CLT) 
 
Preconiza o artigo 578 da CLT que a possibilidade do desconto de 
contribuição sindical deve se dar com a previa e expressa autorização do empregado, 
assim como esclarece o entendimento abaixo: 
“A Lei da Reforma, dentre várias outras mudanças, modificou a redação do 
artigo supracitado, transformando a contribuição sindical obrigatória em 
facultativa, dependente de autorização expressa e prévia do destinatário, o 
que enfraqueceu significativamente a atuação dos sindicatos.” MORTHY, 
Juliana. A Reforma Trabalhista e o fim da Contribuição Sindical Obrigatória. 
2018. Disponível em: . Acesso em 20 de junho de 2019. 
 
E ainda jurisprudência a seguir: 
 
"RECURSO DE REVISTA REGIDO PELA LEI Nº 13.467/2017, PELO 
CPC/2015 E PELA IN Nº 40/2016 DO TST. CONTRIBUIÇÃO 
SINDICAL. CARÁTER FACULTATIVO. NECESSIDADE DE 
AUTORIZAÇÃO EXPRESSA DOS EMPREGADOS. LEI Nº 
13.467/2017. A Lei nº 13.467/2017 alterou o artigo 579 da CLT, dando-lhe a 
seguinte redação: “O requerimento de pagamento da contribuição sindical está 
condicionado à autorização prévia e voluntária dos que participarem de uma 
determinada categoria econômica ou profissional, ou de profissão liberal, em 
favor do sindicato representativo da mesma categoria ou profissão ou, 
inexistindo este, na conformidade do disposto no art. 591 desta Consolidação". 
Assim, com a alteração da legislação, não se pode mais admitir que a 
contribuição sindical seja imposta a trabalhadores e empregadores, ainda que 
aprovada em assembleia geral, sendo necessária a autorização individual da 
parte para o seu recolhimento. Ainda que o referido dispositivo legal não tenha 
feito referência expressa à necessidade de a autorização ser dada de forma 
individualizada, essa interpretação se coaduna com o espírito da lei, que, ao 
transformar a contribuição sindical em facultativa, dependente de autorização 
prévia e expressa, pretendeu resguardar o princípio constitucional da liberdade 
de associação sindical, previsto nos artigos 5º, inciso XX, e 8º, inciso V, da 
Constituição Federal. Ressalta-se a declaração de constitucionalidade pelo 
Supremo Tribunal Federal do ponto da Reforma Trabalhista que extinguiu a 
obrigatoriedade da contribuição sindical, mediante julgamento em 29/6/2018, 
da ADI nº 5.794 MC/DF e outras 18 ADIs ajuizadas (precedentes). Decisão 
regional que não merece reparos. Recurso de revista não conhecido". (RR-
XXXXX-23.2018.5.02.0715, 2ª Turma, Relator Ministro JOSE 
ROBERTO FREIRE PIMENTA, DEJT 29/05/2020). 
 
 
Não obstante, o reclamante que nunca autorizou qualquer desconto 
sindicaltinha debitado de seu salário o valor mensal de R$ 31,80 (trinta e um reais e 
oitenta centavos). 
 
Destarte, pugna-se a devolução do valor descontado a título de 
contribuição sindical, ante a ausência de consentimento do trabalhador, o que caracteriza 
violação ao disposto nos artigos 578, 579 e 582 da CLT. 
 
 
IV.IX. Dos Honorários advocatícios (art. 791-A, §2º, da CLT) 
 
Os artigos 791-A e 791-A, parágrafo 5º, da CLT, asseguram que ao 
advogado serão devidos honorários de sucumbência, fixados entre o mínimo de 05% e o 
máximo de 15 % sobre o valor que resultar da liquidação da sentença, do proveito 
econômico obtido, ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa. 
 
Pugna o reclamante pela fixação dos honorários de sucumbência em 
razão deste estar sendo representado por advogado particular, conforme se observa do 
artigo 791-A, §2º, da CLT. 
 
 
V. DOS PEDIDOS 
 
 
 
Por todo o exposto, pugna-se a procedência dos pedidos constantes 
nessa ação, com a consequente condenação da reclamada à(ao): 
 
 
a) Reintegração do reclamante, ou, alternativamente, ao pagamento da 
indenização pelo tempo da estabilidade, importe que totaliza R$....; 
 
b) Pagamento de indenização pelos danos materiais e morais sofridos 
pelo reclamante, no montante de R$...; 
 
c) Pagamento das horas extras trabalhadas no valor de 50% da hora 
normal, no valor de R$...; 
 
d) Pagamento de 20% do acréscimo do adicional noturno sobre as horas 
noturnas trabalhadas, com os devidos reflexos rescisórios, verbas que totalizam o importe 
de R$...; 
 
e) Pagamento do adicional de periculosidade em 30%, com os reflexos 
devidos e integração salarial no valor de R$...; 
 
f) Indenização sobre o tempo suprimido no intervalo intrajornada, no 
montante de R$..; 
 
g) A integração das gorjetas percebidas no salário do reclamante, no 
numerário de R$..., , com reflexos no 13º e anotação na carteira; 
 
h) A concessão dos benefícios da justiça gratuita de acordo com a forma 
disciplinada pelo art. 5º, inc. XXXIV, alínea "a", da Carta Magna em vigor e leis 1.060/50 
e 7.115/83; 
 
i) Pagamento de honorários advocatícios de sucumbência, fixado em 
15% sobre o valor da liquidação da sentença, consoante justificativa em tópico próprio; 
 
 
Pugna, por fim, pela notificação da reclamada, sob as penas da lei, para 
responder a presente reclamação trabalhista. 
 
VI. DAS PROVAS 
 
 
 
Protesta o requerente pela produção de provas por todos os meios em 
direito admitidos. 
 
 
VII. DO VALOR DA CAUSA 
 
Dá-se à causa o valor de R$ .... 
 
 
 
Nestes termos, 
 
Pede deferimento. 
 
 
 
Paraopebas/PA 
 
04 de março de 2023 
 
 ADVOGADO 
 
OAB...

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