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UNIDADE 01 - CUIDADO INTEGRAL À SAÚDE DO ADULTO I EDUCAÇÃO EM SAÚDE E ALTERAÇÕES RESPIRATÓRIAS

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UNIDADE 01 - CUIDADO INTEGRAL À SAÚDE DO ADULTO I
EDUCAÇÃO EM SAÚDE E ALTERAÇÕES RESPIRATÓRIAS
Wendel Mombaque dos Santos
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Olá,
Você está na unidade Educação em Saúde e Alterações Respiratórias. Conheça aqui as estratégias de acolhimento ao adulto, educação em saúde, alterações do sistema respiratório, técnicas de ventilação mecânica e gasometria na prática assistencial do enfermeiro.
Aprenda ainda aspectos importantes, tais como: papel do enfermeiro no acolhimento, educação em saúde, adesão ao regime terapêutico, e as diferentes doenças do aparelho respiratório. Você já pensou como esses fatores podem impactar a saúde dos pacientes? Aqui você terá respostas para este e para outros questionamentos.
Bons estudos!
1. Estratégias de acolhimento ao adulto
A capacidade de avaliar o paciente é uma das habilidades mais importantes do enfermeiro, por isso, em todas as situações em que os enfermeiros interagem com os pacientes e prestam cuidados, deve-se obter um histórico completo de saúde e usar habilidades de avaliação apropriadas para identificar problemas físicos, psicológicos e preocupações vivenciadas pelo paciente (SMELTZER; BARE, 2012; TAKEMOTO et al., 2007; TAYLOR et al., 2014). Como primeira etapa do processo de enfermagem, a avaliação do paciente é necessária para obter dados que permitam ao enfermeiro fazer um diagnóstico, identificar e implementar intervenções de enfermagem e avaliar sua eficácia, assim como fazer o paciente se sentir acolhido (LIMA NETO et al., 2013; SMELTZER; BARE, 2012).
1.1. Papel do enfermeiro do acolhimento
O papel do enfermeiro na avaliação da saúde inclui a obtenção do histórico de saúde do paciente e a realização de uma avaliação física (SMELTZER; BARE, 2012). Esse papel pode ser desempenhado em uma variedade de contextos, incluindo ambiente de atendimento agudo, consultório clínico ou ambulatorial, escola, centro de cuidados de longo prazo e a própria casa do paciente (BRAGA; DA SILVA, 2011; SMELTZER; BARE, 2012; TAYLOR et al., 2014).
Como o foco de cada membro da equipe de saúde é único, vários formatos de histórico de saúde e exame físico foram desenvolvidos (SMELTZER; BARE., 2012). Independentemente do formato, o banco de dados obtido pelo enfermeiro é complementar aos bancos de dados obtidos por outros membros da equipe de saúde, e se concentra na preocupação exclusiva da enfermagem com o paciente. Neste banco de dados, deve-se reunir todas as informações necessárias para compreender a situação de saúde do paciente e atender as suas demandas de forma centrada no cuidado integral (SMELTZER; BARE, 2012; TAYLOR et al., 2014).
1.2. Cuidados básicos
As pessoas que procuram assistência médica para um problema específico geralmente se sentem ansiosas, e essa ansiedade pode ser aumentada pelo medo de possíveis diagnósticos e interrupção do estilo de vida (LEITE et al., 1999; ROSSI; LIMA, 2005; SMELTZER; BARE, 2012; TAKEMOTO; SILVA, 2007). Com isso em mente, o profissional deve estabelecer um relacionamento pessoal, deixar o paciente à vontade, e realizar uma comunicação honesta. Para isto, é preciso realizar contato visual e ouvir atentamente as respostas e perguntas do paciente (COSTA et al., 2017; DE LIMA NETO et al., 2013; LEITE et al., 1999; ROSSI; LIMA, 2005; SMELTZER; BARE, 2012; TAKEMOTO; SILVA, 2007).
Ao obter o histórico de saúde ou realizar o exame físico, deve-se estar atento à comunicação não verbal do paciente, bem como à de quem o atende (SMELTZER; BARE, 2012). Adicionalmente, é necessário levar em consideração a origem educacional e cultural, bem como a proficiência linguística do paciente em questão (SMELTZER; BARE, 2012; TAYLOR et al., 2014). As perguntas e instruções devem ser realizadas de uma forma compreensível para quem está sendo atendido, por isso termos técnicos e jargões médicos devem ser evitados (SMELTZER; BARE, 2012; TAKEMOTO E SILVA, 2007; TAYLOR et al., 2014). Por fim, o profissional deve estar ciente das limitações do paciente e levar isso em consideração durante a consulta de enfermagem. No final da avaliação, o(a) enfermeiro (a) pode resumir e esclarecer as informações obtidas e esclarecer eventuais dúvidas do paciente (LEITE et al., 1999; SMELTZER; BARE, 2012).
2. Educação em saúde como estratégia para promover a saúde do adulto e contribuir para a aderência ao tratamento clínico
As mudanças nos sistemas de saúde exigem o uso de uma abordagem organizada da educação em saúde, para que os pacientes possam ter suas necessidades específicas de saúde atendidas (MACHADO et al., 2007; SCHALL; STRUCHINER, 1999). Nesse sentido, o enfermeiro deve considerar a disponibilidade de cuidados de saúde fora do ambiente hospitalar convencional, o emprego de diversos prestadores de cuidados de saúde para atingir as metas de gerenciamento de cuidados e o aumento do uso de alternativas estratégicas em lugar de abordagens tradicionais de atendimento (MACHADO et al., 2007; SCHALL; STRUCHINER, 1999; SMELTZER; BARE, 2012).
A consideração cuidadosa desses fatores pode fornecer aos pacientes informações abrangentes, essenciais para a tomada de decisões informadas sobre cuidados de saúde (MACHADO et al., 2007; SCHALL; STRUCHINER, 1999 ; SMELTZER; BARE, 2012). As demandas dos consumidores por informações abrangentes sobre seus problemas de saúde, ao longo do ciclo de vida, acentuam a necessidade de uma educação em saúde ocorrer em todos os encontros paciente-enfermeiro, fator que será estudado a seguir, em conjunto com o seu impacto frente à adesão ao tratamento (MACHADO et al., 2007; SCHALL; STRUCHINER, 1999; SMELTZER; BARE, 2012).
2.1. Educação em saúde
O enfermeiro é desafiado na sua atuação profissional não apenas a fornecer educação específica ao paciente e à família, mas também a se concentrar nas necessidades educacionais das comunidades (SMELTZER; BARE, 2012). Nesse sentido, a educação em saúde é importante para o cuidado de enfermagem, pois pode determinar o quão bem indivíduos e famílias são capazes de realizar comportamentos que favoreçam o autocuidado ideal (SCHALL; STRUCHINER, 1999; SMELTZER; BARE, 2012). 
#PraCegoVer: A imagem mostra ilustrações dos perfis de três pessoas enfileiradas e seguidas por setas, indicando uma sequência. No primeiro, existe uma interrogação; no segundo, uma engrenagem e, no terceiro, uma lâmpada acesa, dando a ideia de que uma lição foi aprendida.  
 Ainda que a educação em saúde seja uma função independente da prática de enfermagem, ela é uma responsabilidade primária dessa profissão (SCHALL; STRUCHINER, 1999; SMELTZER; BARE, 2012; TAYLOR et al., 2014). Todo cuidado de enfermagem é direcionado à promoção, manutenção e restauração da saúde, prevenção de doenças, bem como a ajudar as pessoas a se adaptarem aos efeitos colaterais de diferentes patologias (SMELTZER; BARE, 2012).
Grande parte das atividades de Enfermagem são realizadas por meio da educação em saúde ou do ensino ao paciente/familiar. Todo contato estabelecido entre um enfermeiro e um usuário do serviço de saúde deve ser considerado uma oportunidade para o ensino da saúde . Embora a pessoa tenha o direito de decidir se deve ou não aprender, o profissional deve apresentar informações que motivarão o paciente a reconhecer a necessidade de aprender (SMELTZER; BARE, 2012). Portanto, o enfermeiro deve aproveitar oportunidades dentro e fora do ambiente de assistência médica para facilitar o bem-estar, levando em consideração que os ambientes educacionais podem incluir casas, hospitais, centros de saúde comunitários, locais de negócios, organizações de serviços, abrigos e grupos de ação ou apoio ao consumidor (MACHADO et al., 2007; SCHALL; STRUCHINER, 1999; SMELTZER; BARE, 2012).
2.2  Proposta da educação em saúde
A educação em saúde decorre do direito do público à assistência médica abrangente, na qual estão inseridas informações atualizadas sobre saúde, tendo como consequência o surgimento de um público informado que está fazendo perguntas mais significativas sobre a saúde e os serviços de saúde que recebe (MACHADO et al., 2007; SCHALL; STRUCHINER,1999; SMELTZER; BARE, 2012).
Deve-se ter consciência de que, sem conhecimento e treinamento adequados em habilidades de autocuidado, os usuários dos serviços de saúde não podem tomar decisões eficazes sobre sua saúde, principalmente pessoas com doenças crônicas que estão entre as que mais precisam de educação em saúde (SMELTZER; BARE, 2012).
O envelhecimento populacional observado ao longo dos últimos anos tem levado ao aumento de pessoas com doenças crônicas, as quais precisam de informações sobre cuidados com a saúde para participar ativamente do seu tratamento e assumir a responsabilidade por grande parte de seus próprios cuidados . Desta forma, a educação em saúde pode ajudar esses indivíduos a se adaptarem a doenças, prevenir complicações, realizar a terapia prescrita e resolver problemas quando confrontados com novas situações (MACHADO et al., 2007; SMELTZER; BARE, 2012; TAYLOR et al., 2014).
O objetivo principal da educação em saúde é ensinar as pessoas a viver a vida da maneira mais saudável possível. Além do direito e do desejo do público pela educação em saúde, a educação do paciente em saúde também é uma estratégia para reduzir os custos com assistência médica, prevenindo doenças, evitando tratamentos médicos caros, diminuindo longas estadias no hospital e facilitando a alta precoce. Os sistemas de saúde estão realizando ofertas de programas de medicina preventiva, visto que é uma ferramenta para aumentar a satisfação do paciente e desenvolver uma imagem positiva da instituição. A educação do paciente em saúde é ainda uma estratégia de prevenção de custos para aqueles que acreditam que relacionamentos positivos entre equipe e paciente evitam ações por negligência (MACHADO et al., 2007; SCHALL; STRUCHINER, 1999; SMELTZER; BARE, 2012; TAYLOR et al., 2014).
2.3  Adesão ao regime terapêutico
Um dos objetivos da educação do paciente em saúde é incentivar as pessoas a aderirem ao seu tratamento (ANDRADE et al., 2018; SILVA et al., 2016; TAVARES et al., 2016; ZUGE et al., 2017). A adesão a este tratamento requer que a pessoa faça uma ou mais mudanças no estilo de vida, para realizar atividades específicas que promovam e mantenham a saúde. O fato de muitas pessoas não aderirem aos regimes prescritos não pode ser ignorado ou minimizado, principalmente porque as taxas de adesão são geralmente baixas, especialmente quando os regimes são complexos ou de longa duração (ANDRADE et al., 2018; SILVA et al., 2016; SMELTZER; BARE, 2012; TAVARES et al., 2016; ZUGE et al., 2017). Algumas vaiáveis podem influenciar tanto a adesão ao tratamento, quanto o seu sucesso, sendo elas:
· variáveis ​​demográficas
idade, gênero, raça, status socioeconômico e nível de educação;
· variáveis ​​de doença
gravidade da doença e alívio dos sintomas proporcionados pela terapia;
· variáveis ​​do regime terapêutico
complexidade do regime e efeitos colaterais desconfortáveis;
· variáveis ​​psicossociais
inteligência, disponibilidade de pessoas importantes e de apoio (principalmente familiares), atitudes em relação aos profissionais de saúde, aceitação ou negação de doença e crenças religiosas ou culturais;
· variáveis ​​financeiras
custos diretos e indiretos associados a um regime prescrito.
O sucesso da atuação do enfermeiro na educação em saúde é determinado pela avaliação contínua das variáveis ​​que afetam a capacidade do paciente de adotar comportamentos específicos. Os programas de ensino têm maior probabilidade de sucesso se as variáveis ​​que afetam a adesão do paciente forem identificadas e consideradas por ele, visto que o problema da não adesão a esquemas terapêuticos deve ser remediado antes que os pacientes possam atingir suas capacidades máximas de autocuidado e potencial de saúde (ANDRADE et al., 2018; SMELTZER; BARE, 2012; TAVARES et al., 2016).
A necessidade de conhecimento por parte do paciente não foi considerada um estímulo suficiente para a aquisição de conhecimento, permitindo assim a adesão completa a um regime de saúde (SILVA et al., 2016; SMELTZER; BARE, 2012; ZUGE et al., 2017). O uso de um contrato de aprendizado, por sua vez, pode ser um motivador para o aprendizado, sendo ele baseado na avaliação das necessidades do paciente, dados de cuidados de saúde e objetivos específicos e mensuráveis. Um contrato de aprendizado bem projetado é realista e positivo e inclui também metas mensuráveis, com um período de tempo específico e um sistema de recompensa para o alcance das metas (SMELTZER; BARE, 2012). Em um contrato típico de aprendizado, uma série de objetivos são estabelecidos, começando com objetivos pequenos, facilmente alcançáveis, ​​e progredindo para objetivos mais avançados, lembrando que o reforço positivo e frequente é fornecido à medida que a pessoa atinge um objetivo (ANDRADE et al., 2018; SILVA et al., 2016; SMELTZER; BARE, 2012; TAVARES et al., 2016; ZUGE et al., 2017). 
3. Alterações do sistema respiratório 
O Enfermeiro deve avaliar o impacto de sinais e sintomas na capacidade do paciente de realizar atividades da vida diária e de participar das atividades habituais de trabalho e da família. Nesta avaliação, podem estar inseridas doenças respiratórias crônicas e agudas. Desta forma, é necessária uma avaliação contínua das habilidades físicas, dos apoios psicossociais e da qualidade de vida do paciente para planejar intervenções apropriadas (SMELTZER; BARE, 2012).
É importante que o paciente com distúrbio respiratório compreenda sua condição e esteja familiarizado com as intervenções necessárias de autocuidado, bem como o profissional de saúde deve avaliar esses fatores ao longo do tempo e fornecer educação em saúde conforme necessário (SMELTZER; BARE, 2012). 
Os principais sinais e sintomas de doenças respiratórias são os seguintes:
Dispneia
Tosse 
Produção de escarro
Dor no peito
Chiado no peito 
Pancadas nos dedos 
Hemopitise
Cianose
Essas manifestações clínicas estão relacionadas à duração e gravidade da doença (SMELTZER; BARE 2012). Veja a seguir alguns exemplos de alterações respiratórias mais comuns.
3.1 Rinite 
A rinite é um grupo de distúrbios caracterizados por inflamação e irritação das membranas mucosas do nariz, e pode ser classificado como não alérgico ou alérgico. Além disso, a rinite pode ser uma condição aguda ou crônica (CAMELO-NUNES;; SOLÉ, 2010; CAMPANHA et al., 2008; IBIAPINA et al., 2006; LEMOS et al., 2009; SMELTZER; BARE, 2012).
O termo resfriado comum é frequentemente usado quando se refere a uma infecção do trato respiratório superior, que é autolimitada e causada por um vírus (rinite viral). Congestão nasal, rinorreia, espirros, dor de garganta e mal-estar geral  o caracterizam (IBIAPINA et al., 2006;  SMELTZER; BARE, 2012). O termo também pode ser usado quando o vírus causador é influenza ("gripe"). Esses resfriados são altamente contagiosos, porque o vírus é eliminado por cerca de 2 dias antes que os sintomas apareçam e durante a primeira parte da fase sintomática. Os seis vírus conhecidos por produzir os sinais e sintomas da rinite viral são rinovírus, vírus parainfluenza, coronavírus, vírus sincicial respiratório, vírus influenza e adenovírus. Cada um desses vírus pode ter várias cepas.
A incidência de rinite viral segue um padrão específico durante o ano, dependendo do agente causador e, embora a rinite viral possa ocorrer em qualquer época do ano, no Brasil, há predomínio no inverno e nas regiões sudeste e sul (CAMELO-NUNES; SOLÉ, 2010; CAMPANHA et al., 2008; IBIAPINA et al., 2006; LEMOS et al., 2009; SMELTZER; BARE, 2012).
3.2 Sinusite 
Na sinusite, os seios e cavidades nasais estão revestidas de muco e cheias de ar, que drenam normalmente para o nariz. Além disso, estão envolvidas em uma alta proporção de infecções do trato respiratório superior. Se sua drenagem for obstruída por um desvio de septo ou por cornetos, esporas ou pólipos ou tumores hipertrofiados, a infecção sinusal pode persistir como uma infecção secundária ou progredir para um processo supurativo agudo (SMELTZER; BARE, 2012).
A sinusite afeta mais de 14% da população e respondepor bilhões de dólares em custos diretos de assistência médica. Algumas pessoas são mais propensas à sinusite por causa de suas ocupações. A sinusite crônica é uma inflamação dos seios que persiste por mais de três semanas em um adulto e duas semanas em uma criança e estima-se que 32 milhões de pessoas por ano desenvolvam sinusite crônica (SMELTZER; BARE, 2012).
3.3  Faringite, tonsilite, traqueobronquite, adenoidite e laringite
A faringite aguda é uma inflamação ou infecção na garganta, geralmente causando sintomas de dor de garganta. É uma inflamação persistente da faringe, uma infecção comum em adultos que trabalham ou vivem em ambientes com poeira, usam a voz em excesso, sofrem de tosse crônica e costumam usar álcool e tabaco (SMELTZER; BARE, 2012).
Atualmente, podemos classificar a faringite crônica em hipertrófica, caracterizada por espessamento geral e congestão da membrana mucosa da faringe; atrófica, provavelmente um estágio tardio do primeiro tipo; e granular crônico, caracterizado por numerosos folículos linfáticos inchados na parede da faringe.
As amígdalas são compostas de tecido linfático e estão situadas em cada lado da orofaringe, e frequentemente servem como local de infecção aguda, chamada de tonsilite ou amigdalite. A forma crônica é menos comum e pode ser confundida com outros distúrbios, como alergia, asma e sinusite (SMELTZER; BARE, 2012).
Traqueobronquite aguda é uma inflamação aguda da mucosa das membranas da traqueia e da árvore brônquica, geralmente segue infecção do trato respiratório superior. Um paciente com infecção viral tem sua resistência diminuída e pode prontamente desenvolver uma infecção bacteriana. Assim, o tratamento adequado das infecções do trato respiratório é um dos principais fatores na prevenção de bronquite aguda. Além da infecção, a inalação de irritantes físicos e químicos, gases e outros contaminantes do ar também pode causar irritação brônquica aguda (SMELTZER; BARE, 2012).
As adenoides ou amígdalas faríngeas consistem em tecido linfático próximo ao centro da parede posterior da nasofaringe. A infecção das adenoides frequentemente acompanha a tonsilite aguda, o estreptococo do grupo A é o organismo mais comum associado à amigdalite e adenoidite (SMELTZER; BARE, 2012).
A laringite, uma inflamação da laringe, geralmente ocorre como resultado do abuso de voz ou exposição à poeira, produtos químicos, fumaça como parte de uma infecção do trato respiratório superior. Também pode ser causada por infecção isolada envolvendo apenas as cordas vocais, na qual a causa da infecção é quase sempre um vírus. Esta infecção é geralmente associada à faringite, e o início da infecção pode estar associado à exposição a mudanças bruscas de temperatura, deficiências alimentares, desnutrição e imunossupressão (SMELTZER; BARE, 2012).
3.4 Atelectasia 
A atelectasia refere-se ao fechamento ou colapso dos alvéolos e é frequentemente descrita em relação aos achados radiológicos e sinais, bem como sintomas clínicos. Ela pode ser aguda ou crônica e pode envolver alterações fisiopatológicas, além disso pode evoluir de microatelectasias para macroatelectasias, com perda de volume pulmonar segmentar, lobular ou global (BALTIERI et al., 2016; PUBLIO et al., 2004; SMELTZER; BARE, 2012).
A forma de apresentação mais comum é a atelectasia aguda, que ocorre frequentemente no pós-operatório ou em pessoas que estão imobilizadas. Excesso de secreções e tampões de muco também podem causar obstrução ao fluxo de ar e resultar em atelectasia em uma área do pulmão (BALTIERI et al., 2016; PUBLIO et al., 2004; SMELTZER; BARE, 2012).
Atelectasia também é observada em pacientes com uma obstrução crônica das vias aéreas que impede ou bloqueia o ar, devemos lembrar que esse tipo de atelectasia é mais grave e mais lento no início (BALTIERI et al., 2016; PUBLIO et al., 2004; SMELTZER; BARE, 2012).
3.5 Tuberculose pulmonar 
A tuberculose é uma doença infecciosa que afeta principalmente o parênquima pulmonar e pode ser transmitida para outras partes do corpo, incluindo as meninges, rins, ossos e linfonodos (ALBUQUERQUE et al., 2001; BERTAZONE et al., 2005; BOLLELA et al., 1999; SMELTZER; BARE, 2012). Trata-se de um problema de saúde pública mundial e apresenta elevada taxa de mortalidade (SMELTZER; BARE, 2012).
O bacilo de tuberculose infecta aproximadamente um terço da população do mundo e continua a ser a principal causa de morte por doenças infecciosas no planeta, sendo a principal causa de morte entre pessoas infectadas pelo HIV. Esta doença está intimamente associada à pobreza, desnutrição, superlotação, habitação abaixo do padrão e inadequados cuidados de saúde (ALBUQUERQUE et al., 2001; BERTAZONE et al., 2005; BOLLELA et al., 1999; SMELTZER; BARE, 2012). 
3.6 Abcesso pulmonar 
Um abscesso pulmonar é uma lesão necrótica localizada no parênquima pulmonar contendo material purulento que entra em colapso e forma uma cavidade, geralmente é causada pela aspiração de bactérias anaeróbicas. Por definição, a radiografia de tórax demonstrará uma cavidade de pelo menos 2 cm, os pacientes que apresentam reflexos de tosse comprometidos e não conseguem fechar a glote, ou pessoas com dificuldades de deglutição, correm o risco de aspirar material estranho e desenvolver um abscesso pulmonar (ARAÚJO, 2004; GONÇALVEZ et al., 2008; MAGALHÃES et al., 2009; SMELTZER; BARE, 2012 ).
Outros riscos incluem aqueles com distúrbios do sistema nervoso central (convulsão, acidente vascular cerebral), dependência de drogas, alcoolismo, doença esofágica ou função imunológica comprometida, além de pacientes sem dentes, recebendo alimentação por sonda nasogástrica e com estado alterado de consciência da anestesia (ARAÚJO, 2004; GONÇALVEZ et al., 2008; MAGALHÃES et al., 2009; SMELTZER; BARE, 2012).
3.7 Edema Pulmonar 
O edema pulmonar é definido como acúmulo anormal de líquido no tecido pulmonar e/ou espaço alveolar, trata-se de uma ameaça grave à vida. O edema pulmonar ocorre mais comumente como resultado do aumento da pressão microvascular de função cardíaca anormal, desta forma o retorno de sangue na vasculatura pulmonar resultante da função ventricular esquerda inadequada causa um aumento da pressão microvascular e o líquido começa a vazar para o espaço intersticial e para os alvéolos (AULER JÚNIOR et al., 1986; BRITO et al., 1995; MURRAY, 2011; SMELTZER; BARE, 2012).
            Outras causas de edema pulmonar são hipervolemia ou aumento repentino da pressão intravascular no pulmão. Às vezes, o edema é denominado edema pulmonar instantâneo. O paciente apresenta desconforto respiratório crescente, caracterizado por dispneia, falta de ar e cianose central. O paciente geralmente fica ansioso e agitado, de forma que o fluido vaza para os alvéolos e se mistura com o ar, fazendo com que o paciente tenha problemas respiratórios agudos, angústia e possa ficar confuso (AULER JÚNIOR et al., 1986; BRITO et al., 1995; MURRAY, 2011; SMELTZER; BARE, 2012).
3.8 Insuficiência respiratória aguda 
A insuficiência respiratória é uma deterioração súbita e com risco de vida, ocasionada pela alteração da função de troca gasosa do pulmão. Ela acontece quando a troca de oxigênio por dióxido de carbono nos pulmões não consegue acompanhar a taxa de consumo de oxigênio e produção de dióxido de carbono pelas células do corpo (SMELTZER; BARE, 2012).
Os mecanismos do sistema respiratório que levam à insuficiência respiratória aguda incluem hipoventilação alveolar, anormalidades por difusão, incompatibilidade ventilação-perfusão. É importante distinguir insuficiência respiratória aguda e doenças respiratórias crônicas. Insuficiência respiratória crônica é definida como uma deterioração na função de troca gasosa do pulmão que tem ocorrido insidiosamente ou persistiu por um longo período após um episódio de insuficiência respiratória aguda (SMELTZER; BARE, 2012).
A ausência de sintomas agudos e a presença de acidose respiratória crônica sugerem a cronicidade das vias respiratórias. Duas causas de insuficiência respiratória crônica são doença pulmonarobstrutiva crônica e doenças neuromusculares, visto que pacientes com esses distúrbios desenvolvem tolerância à hipoxemia e hipercapnia que gradualmente são agravadas (SMELTZER; BARE, 2012). 
A insuficiência respiratória aguda é definida como uma queda na tensão de oxigênio a menos de 50 mm Hg, e aumento da tensão arterial de dióxido de carbono para mais de 50 mm Hg, com pH arterial inferior a 7,35. Na insuficiência respiratória aguda, os mecanismos de ventilação ou perfusão no pulmão são prejudicados.
3.9  Doença pulmonar obstrutiva crônica
A DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica) é um estado de doença caracterizado pela limitação do fluxo de ar e que não é totalmente reversível. A DPOC pode incluir doenças que causam obstrução do fluxo aéreo ou uma combinação desses distúrbios (DOURADO et al., 2004, 2006; SMELTZER; BARE, 2012). As pessoas com DPOC geralmente se tornam sintomáticas durante a meia idade adulta, e a incidência de DPOC aumenta com a idade (DOURADO et al., 2004, 2006; SMELTZER; BARE, 2012).
A DPOC pode coexistir com a asma, visto que ambas as doenças têm os mesmos sintomas principais, no entanto, os sintomas geralmente são mais variáveis na asma do que na DPOC (CAMPANHA et al., 2008; DOURADO et al., 2004, 2006; SMELTZER; BARE, 2012). 
A DPOC é a quinta principal causa de morte para todas as idades em ambos os sexos e, embora certos aspectos da função pulmonar normalmente diminuam com a idade, a DPOC acentua e acelera essas alterações fisiológicas (DOURADO et al., 2004, 2006; SMELTZER; BARE, 2012).
4. Demais alterações respiratórias 
Devemos compreender que as alterações respiratórias podem englobar uma diferente gama de doenças e distúrbios, que podem ter implicações sistêmicas no organismo (SMELTZER; BARE, 2012). Desta forma, iremos abordar agora algumas alterações que têm implicações agudas e crônicas.
4.1. Síndrome do desconforto respiratório agudo
A Síndrome do desconforto respiratório agudo é uma síndrome clínica caracterizada por um edema pulmonar repentino e progressivo, apresentando aumento de infiltrados bilaterais na radiografia de tórax, hipoxemia refratária, necessidade de suplementação de oxigênio e redução da complacência pulmonar (AMATO et al., 2007; GALHARDO; MARTINEZ, 2003; ROTTA et al., 2003; SMELTZER; BARE, 2012).
Os pacientes com síndrome do desconforto respiratório agudo geralmente requerem ventilação mecânica com pressão positiva das vias aéreas. Uma ampla gama de fatores está associada com o desenvolvimento desta alteração, incluindo lesão nos pulmões ou lesões indiretas aos pulmões (AMATO et al., 2007; GALHARDO; MARTINEZ, 2003; ROTTA et al., 2003; SMELTZER; BARE, 2012). Esta síndrome tem sido associada a uma taxa de mortalidade de 50% a 60% dos pacientes, tendo como principal causa de morte a insuficiência orgânica não-pulmonar de múltiplos sistemas, geralmente com sepse (AMATO et al., 2007; GALHARDO; MARTINEZ, 2003; ROTTA et al., 2003; SMELTZER; BARE, 2012).
4.2 Hipertensão pulmonar 
A hipertensão pulmonar é uma condição que não é clinicamente evidente até sua progressão, visto que existe hipertensão pulmonar quando a pressão da artéria pulmonar sistólica exceder 30 mm Hg ou a pressão média da artéria pulmonar exceder 25 mm Hg (GUIMARÃES et al., 2005; LAPA et al., 2006; SMELTZER; BARE, 2012). Estas pressões não podem ser medidas indiretamente, assim como o sangue sistêmico por meio de pressão, eles devem ser medidos mediante cateterismo cardíaco (GUIMARÃES et al., 2005; LAPA et al., 2006; SMELTZER; BARE, 2012). 
Existem dois tipos de hipertensão pulmonar: primária e secundária. A hipertensão pulmonar primária é uma doença incomum na qual o diagnóstico é feito excluindo todas as outras causas possíveis, cuja causa exata é desconhecida. Ela Ocorre mais frequentemente em mulheres de 20 a 40 anos de idade e geralmente é fatal dentro de 5 anos após o diagnóstico (GUIMARÃES et al., 2005; LAPA et al., 2006; SMELTZER; BARE, 2012).
A hipertensão pulmonar secundária é mais comum e resulta de doença cardíaca ou pulmonar existente. O prognóstico depende da gravidade do distúrbio subjacente e da mudança vascular pulmonar. Uma causa comum de hipertensão pulmonar secundária é a constrição da artéria pulmonar, devido à hipoxemia da DPOC (GUIMARÃES et al., 2005; LAPA et al., 2006; SMELTZER; BARE, 2012).
4.3 Cor Pulmonale 
Cor pulmonale é uma condição na qual o ventrículo direito do coração aumenta como resultado de doenças que afetam a estrutura ou função do pulmão ou de sua vasculatura. Qualquer doença que afete os pulmões e esteja acompanhada por hipoxemia pode resultar em cor pulmonale (JARDIN et al., 1997; MACNEE, 1994; MENASHE et al., 1965; SMELTZER; BARE, 2012; SWANK et al., 1982; WEITZENBLUM, 2003; WEITZENBLUM et al., 2009).
A causa mais comum dessa doença é a DPOC grave, porque as alterações nas vias aéreas e secreções retidas reduzem a ventilação alveolar. Causas adicionais incluem condições que restringem ou comprometem a função da ventilação, levando à hipoxemia, acidose ou condições que reduzem a pressão vascular pulmonar. Certos distúrbios do sistema nervoso (respiratório, músculos respiratórios, parede torácica e pulmonar) também podem ser responsáveis pela cor pulmonale (JARDIN et al., 1997; MACNEE, 1994; MENASHE et al., 1965; SMELTZER; BARE, 2012; SWANK et al., 1982; WEITZENBLUM, 2003; WEITZENBLUM et al., 2009).
5. Técnicas: Ventilação Mecânica e Gasometria 
A ventilação mecânica pode ser necessária por vários motivos, incluindo a necessidade de controlar as respirações do paciente durante cirurgia ou durante o tratamento de lesões graves, para oxigenar o sangue quando os esforços ventilatórios do paciente são inadequados, e para descansar os músculos respiratórios (BARBAS et al., 1998; CARVALHO et al., 2007; DAMASCENO et al., 2006; SMELTZER; BARE, 2012). Muitos pacientes colocados em um ventilador mecânico podem respirar espontaneamente, mas o esforço necessário para fazê-lo pode ser cansativo (SMELTZER; BARE, 2012). 
5.1 Ventilação mecânica 
Um ventilador mecânico é um dispositivo de respiração com pressão positiva ou negativa que pode manter a ventilação e o fornecimento de oxigênio por um período prolongado. Desta forma, cuidar de um paciente em ventilação mecânica tornou-se parte integrante dos cuidados de enfermagem em hospitais, instalações de cuidados prolongados e em casa (SMELTZER; BARE, 2012).
Os resultados positivos do paciente dependem de uma compreensão dos princípios da ventilação mecânica e das necessidades de cuidados da parte do paciente, bem como de uma comunicação aberta entre os membros da equipe de saúde sobre os objetivos da terapia, planos de desmame e tolerância do paciente a alterações nas configurações do ventilador (SMELTZER; BARE, 2012).
5.2 Indicações para ventilação mecância 
Se um paciente tiver uma diminuição contínua da oxigenação, um aumento nos níveis de dióxido de carbono arterial e uma acidose persistente, pode ser necessária ventilação mecânica (SMELTZER; BARE, 2012).
As condições como cirurgia torácica ou abdominal, overdose de medicamentos, distúrbios neuromusculares, lesão por inalação, doença pulmonar obstrutiva crônica, trauma múltiplo, choque séptico e coma podem levar à insuficiência respiratória e à necessidade de ventilação mecânica. Um paciente com apneia que não é prontamente reversível também é candidato à ventilação mecânica (SMELTZER; BARE, 2012).
5.3  Classificação dos ventiladores mecânicos
Existem vários tipos de ventiladores mecânicos, tendo como as principais categorias os ventiladores de pressão negativa e os de pressão positiva. A categoria mais usada hoje é a de pressão positiva (SMELTZER; BARE, 2012).
Os ventiladores de pressão negativa exercem uma pressão negativa no peito externo. A diminuição da pressão intratorácica durante a inspiração permite que o ar flua para o pulmão, preenchendo seu volume (SMELTZER; BARE, 2012). Fisiologicamente, esse tipo de ventilação assistida é semelhante à ventilação espontânea, utilizada principalmente na insuficiência respiratória crônica associadaa condições neuromusculares, como poliomielite, distrofia e esclerose lateral amiotrófica (CARVALHO et al., 2007; SMELTZER; BARE, 2012).
Esse tipo de ventilador é inadequado para o paciente instável, complexo ou cuja condição requer alterações ventilatórias frequentes. Os ventiladores de pressão negativa são simples de usar e não requerem intubação das vias aéreas; consequentemente, são especialmente adaptáveis para uso doméstico. Existem vários tipos de ventiladores de pressão negativa: ferro pulmão, envoltório do corpo e couraça no peito (SMELTZER; BARE, 2012).
            Vale destacar ainda o pulmão de aço, que consiste em uma câmara de pressão negativa usada para ventilação, foi usado extensivamente durante epidemias de poliomielite no passado e atualmente é usado por sobreviventes da poliomielite e pacientes com outros distúrbios neuromusculares (SMELTZER; BARE, 2012).
            O pneumowrap trata-se de um dispositivo para criar uma pressão negativa em torno do tórax e abdômen. É utilizado somente em pacientes minuciosamente selecionados, uma vez que é frequente a ocorrência de vazamentos e problemas no encaixe (SMELTZER; BARE, 2012).
Os ventiladores de pressão positiva inflam os pulmões exercendo pressão nas vias aéreas, semelhante a um mecanismo de fole, ou seja, forçando os alvéolos a expandir durante a inspiração, e a expiração ocorre passivamente. A intubação endotraqueal ou a traqueostomia são necessárias na maioria dos casos e esses ventiladores são frequentemente utilizados no ambiente hospitalar.
Existem três tipos de ventiladores mecânicos de pressão positiva os quais são classificados pelo método de finalização da fase da inspiração, podem ser denominados ciclo de pressão, ciclo de tempo e ciclo-volume. Outro tipo de ventilador de pressão positiva usado para pacientes selecionados é a ventilação com pressão positiva não invasiva (SMELTZER; BARE, 2012).
O ventilador com ciclo de pressão termina a inspiração quando uma pressão predefinida foi atingida, ou seja, o ventilador emite um fluxo de ar até atingir uma pressão predeterminada e depois desliga (SMELTZER; BARE, 2012). Sua principal limitação é que o volume de ar ou o oxigênio podem variar conforme a resistência ou conformidade das vias aéreas do paciente, e como resultado o volume corrente entregue pode ser inconsistente. Consequentemente, em adultos, os ventiladores com ciclo de pressão destinam-se apenas ao uso a curto prazo (SMELTZER; BARE, 2012).
Os ventiladores com ciclo de tempo terminam ou controlam a inspiração após um período predefinido. O volume de ar que o paciente recebe é regulado pelo comprimento da inspiração e a vazão do ar (SMELTZER; BARE, 2012).
Os ventiladores com ciclo de volume são os mais comumente utilizados. Com este tipo de ventilador, o volume de ar que será entregue a cada inspiração está predefinido e, depois que esse volume predefinido é entregue ao paciente, o ventilador desliga e a expiração ocorre passivamente. O volume de ar fornecido pelo ventilador é relativamente constante, garantindo respirações consistentes e adequadas, apesar da variação das  pressões das vias aéreas (SMELTZER; BARE, 2012).
A ventilação com pressão positiva pode ser realizada através de máscaras faciais que cobrem nariz e boca, máscaras nasais ou outros dispositivos nasais, desta forma elimina a necessidade de intubação endotraqueal ou traqueostomia e diminui o risco de infecções. O ventilador pode ser ajustado com uma taxa de backup mínima para pacientes com períodos de apneia. Os pacientes são considerados candidatos à ventilação não invasiva se tiverem insuficiência respiratória aguda ou crônica, insuficiência pulmonar aguda e edema, doença pulmonar obstrutiva crônica ou insuficiência cardíaca crônica com distúrbio respiratório (SMELTZER; BARE, 2012).
Este dispositivo também pode ser usado em casa para melhorar oxigenação tecidual e para descansar os músculos respiratórios enquanto o paciente dorme à noite. É contraindicado para quem sofreu parada respiratória, disritmias graves, alterações cognitivas, comprometimento ou traumatismo craniano ou facial (SMELTZER; BARE, 2012).
A ventilação não invasiva pode ser usada para pacientes em cuidados paliativos e para os que não desejam intubação endotraqueal, mas necessitam de suporte ventilatório de longo prazo. Adicionalmente, cada inspiração pode ser iniciada pelo paciente ou pela máquina (SMELTZER; BARE, 2012).
5.4  Gasometria
As medições do pH do sangue, do oxigênio arterial e carbono são obtidas ao gerenciar pacientes com problemas respiratórios e objetivam ajustar a oxigenoterapia conforme necessário (MOTA; QUEIROZ, 2010; SMELTZER; BARE, 2012; SOLER et al., 2012). A tensão arterial de oxigênio indica o grau de oxigenação do sangue, e a tensão arterial de dióxido de carbono indica a adequação da ventilação alveolar (SMELTZER et al., 2012).
As avaliações dos gases no sangue ajudam a medir a capacidade dos pulmões de fornecer oxigênio adequado, remover o dióxido de carbono e a capacidade dos rins para reabsorver ou excretar íons bicarbonato para manter pH normal do corpo (SMELTZER et al., 2012). A análise seriada de gases no sangue também é um indicador de se o pulmão foi danificado após o trauma, e os níveis de gases no sangue arterial são obtidos através de uma punção na artéria radial, braquial ou femoral ou através de cateter arterial de permanência (SMELTZER et al., 2012). 
É ISSO AÍ!
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
· identificar fatores que interferem no acolhimento ao paciente adulto;
· compreender o processo de educação permanente na enfermagem;
· identificar as principais alterações do sistema respiratório;
· identificar as técnicas de ventilação mecânica;
· compreender o processo de gasometria.
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