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Maria Eduarda Cabral Clínica Médica de Animais de Companhia Apostila com base nas anotações realizadas em sala de aula e com os slides. O presente conteúdo não é de minha autoria. Nome:________________________________________ SUMÁRIO Fluidoterapia em Animais de Companhia p.1 Exercícios ----------------------------------------------------------p.6 Afecções Pancreáticas Exócrina p.9 Abordagem do Paciente com Vômito p.16 Abordagem do Paciente com Diarreia p.20 Afecções Hepatobiliares p.23 Nefrologia p.31 Endocrinologia p.45 Doença do Sistema Respiratório em Cães e Gatos p.66 Cardiologia em Pequenos Animais p.74 Abordagem do Paciente com Crise Epiléptica p.85 Dermatologia em Pequenos Animais p.90 Medicina Felina p.97 Página 1 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Marcelo Soares Prof.º Marcelo Soares Administração de fluidos em um organismo! É a reposição de líquidos. em pouquíssimos casos a fluidoterapia será um tratamento primário, na maior parte é um tratamento suporte. ex. paciente desidratado por vômito e diarreia deve reidratá-lo com fluidoterapia, porém, essa fluidoterapia não irá tratar o vômito e a diarreia, então é necessário descobrir a causa da hipovolemia. Doença primária deve ser diagnosticada e tratada adequadamente. A fluidoterapia pode auxiliar na administração de fármacos se for realizada pela via intravenosa. A água está dividida em 3 compartimentos: intravascular. intracelular. líquido intersticial. O volume intravascular é o mais importante devido à maior parte das reposições serem feitas nesse compartimento. Intravascular: cães: 8-9% gatos: 4-6% Expandir a volemia, ou seja, expandir o volume de líquido circulante. Corrigir desequilíbrios hídricos (desidratação) e eletrolíticos (reposição de eletrólitos, como potássio). Auxiliar no tratamento da doença primária. Na hemorragia o animal está perdendo o volume sanguíneo, sendo necessário realizar a reposição desse volume. Muitas vezes o início da reposição é com fluidos, se for uma hemorragia intensa que gera uma anemia irá precisar realizar uma transfusão sanguínea para repor os hemoderivados, mas muitas vezes a fluidoterapia é o suficiente para manter a volemia até que seja corrigida a hemorragia Por exemplo, animal com trauma abdominal que teve ruptura esplênica com hemorragia ativa, coloca o paciente na fluidoterapia intensa até fazer a esplenectomia e eliminar a causa da hemorragia. as vezes não é tempo suficiente para necessitar de uma transfusão sanguínea, porém a fluidoterapia auxilia na manutenção do volume circulante no animal, não deixando a pressão cair, não acarretando em uma lesão renal pela baixa de volume circulante e etc. É a perda de volume intravascular, ou seja, basicamente é a perda de todos os componentes sanguíneos. Perdas gastrintestinais. vômito e diarreia intensa. Sangramento. Poliúria intensa. principalmente em casos de doenças renais e endocrinopatias, como diabetes, hipoadrenocorticismo... Vasodilatação. processo inflamatório é uma das principais causas de vasodilatação, fazendo o paciente entrar em hipovolemia, sendo os pacientes com sepse, choque séptico, pancreatites, pacientes com qualquer Página 2 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Marcelo Soares processo inflamatório intenso acontecendo no organismo. Perda de água e eletrólitos, sendo a perda do plasma sanguíneo. Poliúria. pode desidratar se não for tão intensa. Diarreia. Vômitos. Peritonite. Traumatismo grave. Obstrução intestinal. Uma desidratação intensa leva ao quadro de hipovolemia. Sempre que diagnosticar a desidratação tem que pensar em corrigir o quanto antes para não levar a uma hipovolemia, um paciente hipovolêmico é de emergência, precisando fazer uma reposição de líquidos de uma forma mais agressiva. faz uma pinça com os dedos e estica a pele do animal, quanto mais a pele demorar para voltar ao seu estado normal, mais desidratado o animal estará. quanto mais ressecada a mucosa do animal mais desidratado estará, maior o tempo de TPC maior será a desidratação idem. pulsos acelerados tendem a sugerirem uma desidratação mais intensa, porém pulsos fracos e lentos podem remeter a uma hipovolemia. o humor aquoso e humor vítreo são líquidos oculares, em casos de desidratações graves tem a perda de parte do líquido e tem retração do globo ocular, sendo a . consegue ser vista em pacientes com desidratação grave. líquido mais concentrado o coração tem que trabalhar mais para bombear, com isso, o animal apresenta uma taquicardia. gatos com desidratação intensa podem apresentar uma frequência cardíaca normal. normohidratado sem alterações 5% - leve perda mínima de turgor cutâneo, mucosas levemente ressecadas, TPC <2, olhos normais. 8% - moderada perda moderada do turgor cutâneo, mucosas Página 3 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Marcelo Soares ressecadas, TPC >2-3”, pulso rápido e fraco, enoftalmia. >10% - severa perda considerável do turgor cutâneo, enoftalmia grave, taquicardia, mucosas extremamente secas, TPC >3”, pulso fraco, hipotensão, alteração no nível de consciência. 5%: muitas vezes uma fluidoterapia subcutânea e aumentar a ingestão hídrica do paciente se ele não tiver vômito será o suficiente. 10%: emergência. 1. Reanimação: emergência. paciente chegou com desidratação grave ou hipovolêmico faz a reanimação, se não chegou com desidratação maior que 10% e hipovolêmico não precisa fazer reanimação. 2. Reidratação ou reposição: repor perdas dos compartimentos intra e extracelular. para fazer essa etapa é necessário o grau de desidratação. 3. Manutenção: quantidade de líquido que o animal precisa para manter as funções fisiológicas, como função cardíaca, renal, hepática, produção de líquidos importantes para o organismo, como líquor, humor aquoso e etc. dentro dessa fluidoterapia precisa verificar se o animal apresenta perdas contínuas, como vômito e/ou diarreia. Via oral É a via fisiológica, mas é limitada. Se o animal tem vômito não irá ingerir água, se o animal tiver anorexia em muitos casos não fará a ingestão de água também, muitas vezes não consegue fazer uma reidratação eficiente pela via oral. Paciente com diarreia que não deixou de se alimentar, está bebendo água, não está crítico, conseguimos fazer um tratamento suporte orientando o proprietário a aumentar a ingestão hídrica, com o aumento da disponibilidade de água, oferta de água de coco, gatorade e entre outros para auxiliar na reidratação. Se não está se alimentando (hiporexia ou anorexia) não conseguimos fazer a reidratação pela via oral. Via intravenosa É a via de eleição, faz uma reidratação mais rápida por colocar o líquido direto no vaso sanguíneo do paciente e também consegue utilizar para fazer a administraçãode fármacos por ela. Prefere vasos mais calibrosos, seguindo a ordem: inicia a tentativa pela veia cefálica. segunda veia se não conseguir é a veia safena. por último é a veia jugular. A cefálica é mais fácil fazer a fixação do cateter, a safena é mais complicada e a jugular precisa fazer uma fixação envolta de toda a região cervical do paciente, sendo mais complicada. Via subcutânea É uma via de fluidoterapia excelente, utiliza muito a via subcutânea em pacientes renais crônicas, sendo uma das metas manter o paciente hidratado, com isso, utiliza a via subcutânea para manter a hidratação do paciente e ajudar na função renal. Pode ser usado para desidratações leves. Página 4 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Marcelo Soares Via bastante utilizada, muitas vezes essa via evita um internamento indesejável se for possível controlar as perdas contínuas em casa. Via intraóssea Essa via geralmente é utilizada em filhotes pequenos que tem o acesso venoso dificultado, conseguindo fazer a introdução do cateter intraósseo em ósseos longos, como fêmur e úmero. Cristaloides A preferência é pelos cristaloides, basicamente os cristaloides são água e eletrólitos. Os coloides contêm moléculas de alto peso molecular, antigamente era bastante utilizado, mas começou a questionar que por serem moléculas grandes poderiam causar lesões renais importantes, com isso, os coloides não são muito utilizados. RINGER COM LACTATO Não é administrado quando o animal está recebendo transfusão sanguínea ou quando acabou de receber, nesse caso preferimos a solução fisiológica (NaCL), caso contrário, é preferível ringer com lactato. RINGER SIMPLES NACL GLICOFISIOLÓGICA Quanto maior a numeração do cateter mais calibroso será. Cães e gatos geralmente utiliza-se o amarelo, azul ou rosa. O cristaloide mais utilizado é o ringer com lactato. É considerado a solução mais fisiológica, ou seja, sua composição é mais parecida com a composição sanguínea em questão de pH, eletrólitos e líquidos. É uma solução alcalinizante. / Mais difícil de ser encontrado. Pode ser utilizado para a reposição. Mais caro que o ringer com lactato. É chamado de soro fisiológico, mas não é mais fisiológico que o ringer com lactato. Amplamente utilizado, contém apenas sódio, cloro e água e é uma solução acidificante. É a solução fisiológica mais a glicose, sendo um fluido de reposição. Pacientes em jejum prolongado ou com hipoglicemia pode optar pela administração da glicofisiológica ou adicionar glicose no ringer com lactato. Página 5 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Marcelo Soares Se precisa fazer 200ml em 24h consegue programar na bomba de infusão para que o animal receba essa quantidade de fluido em 24h. Grau de desidratação: >10% - severa ou pacientes hipovolêmicos. – Exemplo Cão, 10kg. = Essa fluido pode repetir quantas vezes forem necessárias, mas se não responder a essa fluidoterapia é preciso achar outra maneira de expandir esse volume, podendo optar pela administração de fármacos. + Manutenção FÓRMULA 50mL/kg/dia. 50mL/kg/dia. 40mL/kg/dia. 40mL/kg/dia. Dentro da manutenção tem que considerar se tem perdas contínuas, como vômito e/ou diarreia, se tiver essas perdas contínuas a manutenção será alterada. Faz primeiro o cálculo de manutenção e acrescenta as perdas contínuas, se não tiver vômito e nem diarreia não precisa fazer o cálculo de perdas contínuas. PERDAS CONTÍNUAS fórmula 40mL/kg/dia. 40mL/kg/dia. 60mL/kg/dia. manutenção + perdas contínuas Taxa para o animal manter seus parâmetros fisiológicos. % = volume em ml/24h. manutenção + perdas contínuas + reposição Manutenção + perdas contínuas + reposição, esse cálculo dará a quantidade em mL que o animal precisa receber em 24 h. Página 6 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Marcelo Soares Canino, Shi-tzu, 3 anos, 6kg chegou ao atendimento com queixa de vômito e diarreia com início a um dia. Durante o exame clínico do paciente, definiu-se que o grau de desidratação era de 7%. Foram coletados exames de sangue e realizado ultrassom abdominal. Enquanto os resultados dos exames não saem, optou-se por já colocar o animal em fluidoterapia para iniciar a hidratação. Quanto de fluido esse animal necessita receber para reestabelecer a hidratação em 24hrs? Cão adulto = 50mL/kg/dia. Cão adulto = 50 x 6 = 300mL/24h. Vômitos e diarreias = 60mL/kg/dia. Vômitos e diarreias= 60 X 6 = 360mL/24h. + 300 + 360 = 660mL/24h. % Desidratação x Peso (Kg) x 10 7 X 6 X 10 = 420mL/24h. + 660 + 420 = 1080mL/24h. 1080mL/24h = 45mL/h bomba de infusão. equipo microgota 60 gotas/mL. 45mL/h X 60 gotas = 2.700 gotas/h. 2.700 gotas/3.600 segundos = 0,7 gotas/segundo. Com isso, teremos a cada dois segundos 1,4 gotas, a fim de facilitar a contagem no equipo, aproximamos esse valor, sendo: 1 gota a cada 2 segundos. Exame físico frequente. Pesagem diária. é normal em pacientes que estão iniciando a fluidoterapia ganhe peso, mostrando que a fluidoterapia está funcionando. Recalcular sempre que preciso. Após reidratação, manter em taxa de manutenção. 1. Um cão shih-tzu, macho, 3 anos, 7kg, castrado chegou ao atendimento com histórico de ter comido um pedaço de pizza no dia anterior, após isso teve 3 episódios de vômito. Animal está alerta, sem alterações em FC, FR e TºC. Apresente leve ressecamento de mucosas, TPC menor que 2”. leve (6%). Cão adulto = 50mL/kg/dia Cão adulto = 50 X 7 = 350mL/24h. Vômitos = 40mL/kg/dia. Vômitos = 40 X 7 = 280mL/24h. + 350 + 280 = 630mL/24h. % de desidratação X peso (kg) X 10 6 X 7 X 10 = 420mL/kg + 630 + 420 = 1.050mL/24h. 980mL/24h = 43,75mL/h = 43mL/h. equipo microgota 60 gotas/mL. 43mL/h X 60 gotas = 2.580 gotas/h. 2.580 gotas/3.600 segundos = 0,71 gotas/segundo. 1 gota a cada 2 segundos. subcutânea. 2. Um felino, Persa, fêmea, 6 anos, 3,5kg, castrada está a 3 dias apresentando quadro de vômito e diarreia, a diarreia não apresenta sangue e é de alto volume e 4-5 episódios por dia. Animal está prostrado, FC e FR normais, TºC discretamente aumentada. Animal com TPC 2-3”, mucosas ressecadas e discreta enoftalmia. moderada (9%). Gato = 40mL/kg/dia Página 7 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Marcelo Soares Gato = 40 X 3,5 = 140mL/24h. Vômitos + diarreia = 60mL/kg/dia. Vômitos + diarreia = 60 X 3,5 = 210mL/24h. + 140 + 210 = 350mL/24h. % de desidratação X peso (kg) X 10 9 X 3,5 X 10 = 315mL/24h. + 350 + 315 = 665mL/24h. 665mL/24h = 27mL/h. equipo microgota 60 gotas/mL. 27mL/h X 60 gotas = 1.620 gotas/h. 1.620 gotas/3.600 segundos = 0,45 gotas/segundo. 1 gota a cada 3 segundos. intravascular. 3. Um cão, macho, 12 anos, SRD, 16kg, castrado foi diagnosticado com Doença Renal Crônica a 2 anos. Animal manteve-se estável, porém, a 3 dias iniciou quadros de vomito, prostração, poliúria e polidipsia. Animal ingere água e vomita logo em seguida. Paciente chegou para atendimento prostrado, decúbito lateral preferencial, FC aumentada, hiperventilando, hipotenso, aumento do turgor de pele e TPC4”. severa (10%). 15 X 16 = 240mL em 10 minutos. intravenosa. Cão idoso = 40mL/kg/dia Cão idoso = 40 X 16 = 640mL/24h. Vômitos = 40mL/kg/dia. Vômitos = 40 X 16 = 640mL/24h. + 640 + 640 = 1280mL/24h. % de desidratação X peso (kg) X 10 10 X 16 X 10 = 1600mL/24h. + 1.280 + 1.600 = 2880mL/24h. 2.880mL/24h = 120mL/h. equipomacrogota 20 gotas/mL. 120mL/h X 20 gotas = 2.400 gotas/h. 2.400 gotas/3.600 segundos = 0,66 gotas/segundo. 1 gota a cada 2 segundos. intravenosa. 4. Um filhote de gato acabou de ser resgatado, o mesmo aparenta ter menos de 2 meses de idade e pesou 300g. Animal com espirros, secreção nasal e um episódio de diarreia quando estava vindo ao hospital veterinário. Animal magro, prostrado, aumento considerável do turgor de pele, TPC 2-3” e mucosas levemente ressecadas. FC e FR normais moderada (8%). Gato = 40mL/kg/dia Gato = 40 X 0,3 = 12mL/24h. 300g = 0,3kg. Vômitos = 40mL/kg/dia. Vômitos = 40 X 0,3 = 12mL/24h. + 12 + 12 = 24mL/24h. % de desidratação X peso (kg) X 10 8 X 0,3 X 10 = 24mL/24h. + 24 + 24 = 48mL/24h. 48mL/24h = 2mL/h. equipo microgota 60 gotas/mL. 2mL/h X 60 gotas = 120 gotas/h. 120 gotas/3.600 segundos = 0,03 gotas/segundo. 1 gota a cada 30 segundos. Página 8 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Marcelo Soares intraóssea. 5. Um cão, Rottweiler, 3 meses, 19kg iniciou com quadro de diarreia com sangue, vômitos intensos, anorexia e prostração a 2 dias. Animal chegou ao atendimento em decúbito lateral, mucosas ressecadas, aumento do turgor de pele, TPC>3 e em esturpor. O pulso femural está fraco e rápido e com 35ºC de temperatura. Não foi possível aferir a pressão arterial. grave (10%). 15 X 19 = 285mL/10min. intravenosa. Cão jovem = 50mL/kg/dia Cão jovem = 50 X 19 = 950mL/24h. Vômitos + diarreia = 60mL/kg/dia. Vômitos + diarreia = 60 X 19 = 1.140mL/24h. + 950 + 1.140 = 2.090mL/24h. % de desidratação X peso (kg) X 10 10 X 19 X 10 = 1.900mL/24h. + 2.090 + 1.900 = 3.990mL/24h. 3.990mL/24h = 166mL/h. equipo macrogota 20 gotas/mL. 166mL/h X 20 gotas = 3.320 gotas/h. 3.320 gotas/3.600 segundos = 0,9 gotas/segundo. 1 gota a cada 1 segundo. intravenosa. 6. Um cão, Golden Retriever, 48kg, macho castrado deu entrada apresentando quadro de anorexia a 24hrs e prostração. Ao exame clínico foi notado ressecamento de mucosas, discreto aumento do turgor de pele e mucosas ressecadas. Demais parâmetros todos dentro da normalidade. leve (5%). Cão adulto = 50mL/kg/dia Cão adulto = 50 X 48 = 2.400mL/24h. % de desidratação X peso (kg) X 10 5 X 48 X 10 = 2.400mL/24h. + 2.400 + 2.400 = 4.800mL/24h. 3.990mL/24h = 200mL/h. equipo macrogota 20 gotas/mL. 200mL/h X 20 gotas = 4.000 gotas/h. 4.000 gotas/3.600 segundos = 1,11 gotas/segundo. 10 gotas a cada 9 segundo. intravenosa. 7. Um felino macho, 14 anos, 3,1kg faz tratamento para doença renal crônica a 5 anos, como parte do manejo da doença, o animal faz fluidoterapia pela via subcutânea uma vez na semana, esse procedimento já vem sendo realizado a 6 meses. O animal faz retornos mensais para pesagem e recalcular a quantidade de fluido a ser administrado. O peso anterior era 2,9kg. Visto isso, a quantidade deverá ser recalculada. Para isso, deve-se calcular apenas a taxa de manutenção, visto que ao exame físico o animal não apresenta alterações. Gato = 40mL/kg/1h. Gato = 40 X 3,1 = 124ml/1h. equipo microgota 20 gotas/mL. 124mL/h X 60 gotas = 2.480 gotas/h. 2.480 gotas/3.600 segundos = 0,68 gotas/seg. 1 gota a cada 2 segundos. 8. Um cão poodle, fêmea, 8 anos, 10,5kg apresenta quadro de vômito e diarreia desde a noite anterior. Animal está ativo, FC e FR normais, mucosas ressecadas e TPC<2. Proprietária é resistente quanto a deixar animal internado, portanto, deverá ser realizado as medicações e correção da desidratação durante o atendimento ambulatorial. leve (7%). Cão idoso = 40mL/kg/dia Página 9 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Marcelo Soares Cão idoso = 40 X 10,5 = 420mL/24h. Vômitos + diarreia = 60mL/kg/dia. Vômitos + diarreia = 60 X 10,5 = 630mL/24h. + 420 + 630 = 1.050mL/24h. % de desidratação X peso (kg) X 10 7 X 10,5 X 10 = 735mL/24h. + 1.050 + 735 = 1.785mL/24h. 1.785mL/24h = 74mL/h. equipo macrogota 20 gotas/mL. 74mL/h X 20 gotas = 1.480 gotas/h. 1.480 gotas/3.600 segundos = 0,4 gotas/segundo. 1 gota a cada 3 segundo. subcutâneo. Prof.º Marcelo Soares Está aproximado anatomicamente do estômago e duodeno, além disso, por cima teremos o fígado. O pâncreas está próximo de outros órgãos importantes, sendo necessário lembrar dessa aproximação. 98% do tecido pancreático. enzimas digestivas. as enzimas digestivas compõem o suco pancreático que é responsável pela digestão de proteínas, gorduras e carboidratos. as enzimas digestivas são produzidas nos ácinos, sendo as principais a amilase, tripsina e protease. se o pâncreas produzisse as enzimas na forma ativa iria começar a degradar o próprio tecido pancreático, por conta disso, a produção das enzimas ocorre na forma inativa. as enzimas são ativadas ao chegar no duodeno para começar a realizar a degradação do bolo alimentar. 2% do tecido pancreático, sendo importante para a produção de hormônios. insulina. glucagon. somatostatina. É uma doença inflamatória do pâncreas exócrino. Podemos dividir em pancreatite ou , sendo definida pela presença de lesão histopatológica permanente. só afirma com 100% de segurança qual a fase da pancreatite depois de coletar o tecido pancreático e o patologista confirmar a presença de lesão histopatológico permanente, quando isso ocorre teremos uma pancreatite crônica. dificilmente é feito a coleta do tecido inflamado em um paciente com pancreatite, pois se realizar essa coleta iremos produzir uma nova lesão e aumenta a inflamação, devido a isso, muitas vezes o diagnóstico definitivo é quando o animal vem a óbito pela necropsia, definindo se é uma pancreatite aguda ou crônica. Página 10 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz Aguda 1. Necrotizante: necrose pancreática. 2. Supurativa: infiltrado predominante. Se tiver neutrófilo é agudo, se tiver linfócitos é crônico. Crônica Fibrose, atrofia, infiltração e dilatação cística. Crônica ativa Alterações histopatológicas AGUDAS e CRÔNICAS. Ex. teremos fibrose, atrofia, neutrófilos e linfócitos, quando achar esse material no pâncreas teremos uma . Todo paciente que teve pancreatite na sua vida pode apresentar recidivas. O é uma enzima secretada inativa e produzida pelos ácinos pancreáticos, quando o tripsinogênio chega no duodeno ele será convertido em , que é a enzima ativa que realiza a digestão do bolo alimentar. Quando tem os teremos uma alteração no momento da conversão do tripsinogênio em tripsina. dieta rica em gordura. isquemia. toxinas, drogas. obstrução ductal (pode ocorrer por tumores, cálculos e afins). trauma abdominal. endocrinopatias (principalmente diabetes e hiperadrenocorticismo). tumores pancreáticos (não são muito frequentes, mas podem predispor a inflamação pancreática). Quando tem algum dos fatores etiológicos no organismo animal, teremos a conversão do tripsinogênio em tripsina dentro do pâncreas. Ao ter essa começará a ocorrer a digestão do pâncreas, ou seja, inicia o processo de . Esse processo acarreta em efeitos locais e posteriormente efeitos sistêmicos. Os são a necrose e peritonite localizada, esse processo inflamatório libera os , a partir desse momento iniciará os , sendo eles o choque, CID e SIRS (síndrome da resposta inflamatória sistêmica). Se as enzimas pancreáticas começam o processo de autodigestão de forma intensa e não iniciar o tratamento, o animal pode vir a óbito. Não há . 5 meses – 20 anos. algumas raças são mais predispostas a pancreatite. cães: Yorkshire terriere Schnauzer (sempre em Schnauzer com vômitos temos que colocar o diferencial de pancreatite). gatos: persa e siamês. persa é predisposto a várias outras doenças. Página 11 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz Cães Letargia. Anorexia. VÔMITO. Desidratação. DOR ABDOMINAL. Diarreia. Massa. Gatos Letargia. ANOREXIA. VÔMITO. Desidratação. Dor abdominal (é questionável). Diarreia. Massa. Pancreatite aguda DOR ABDOMINAL – ABDOME CRANIAL Os cães ficam na posição de prece, sendo uma posição que demonstra uma dor abdominal. É uma posição que alivia a dor, mas ao manipular os cães é notável uma dor abdominal intensa. Os gatos não costumam demonstrar a dor, quando demonstram é porque estão totalmente debilitados, sendo que a dor abdominal em felinos é relativa. Pancreatite crônica CÃES Diarreia. Letargia. ANOREXIA – apetite seletivo. paciente que intercala fases que não come, fases que come o que apenas quer e fases que está nauseado para comer. VÔMITOS ESPORÁDICOS. Dor abdominal. GATOS ASSINTOMÁTICO. Letargia. Anorexia. VÔMITOS ESPORÁDICOS. Diarreia. pode apresentar diarreia intermitente. Para o diagnóstico temos os métodos até os métodos , sendo 4 métodos que gradativamente se tornam mais invasivos. 1. Histórico e sinais clínicos. 2. Achados laboratoriais. hemograma e bioquímica sérica. mensuração de enzimas pancreáticas específicas. 3. Exames de imagem. ultrassom abdominal. 4. Histopatológico. Achados laboratoriais Hemograma + bioquímica sérica. O hemograma e bioquímica sérica . anemia. hemoconcentração. Página 12 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz aumento das células sanguíneas, das hemácias e PTP decorrente da desidratação pelo vômito, diarreia e processo inflamatório. leucocitose. principalmente na fase aguda da doença. leucopenia. principalmente nos animais que estão com o processo inflamatório ativo a algum tempo e o organismo começou a entrar em esgotamento na produção de leucócitos. trombocitopenia. aumento de enzimas hepáticas. aumento de bilirrubina. diminuição da glicose. aumento do colesterol. diminuição da albumina. diminuição do potássio e cálcio ionizado. Se o pâncreas inflama pode favorecer a uma inflamação hepática pela lesão, ocorrendo aumento de todas as enzimas hepáticas, aumento de bilirrubina, diminuição do potássio pelo vômito e quanto mais baixo o cálcio ionizado pior será o prognóstico do paciente. Podem estar todos os parâmetros do hemograma e bioquímica sérica dentro da normalidade. ENZIMAS PANCREÁTICAS Fazem 5 décadas que estudam as enzimas pancreáticas. Lipase e amilase. os gatos produzem mais amilase que o cão, então muitas vezes a interpretação é difícil. também estarão aumentadas em doenças renais, doenças hepáticas, doença gastroentérica, doenças neoplásicas e administração de corticoides Tripsina e tripsinogênio. são as outras enzimas mensuradas para a detecção da pancreatite. mais específica e sensível que a amilase e lipase, entretanto, sua limitação é que precisa ser coletada nas primeiras 48h da pancreatite. tem excreção renal e pode estar aumentada em pacientes com doença renal crônica, com doença inflamatória intestinal e com linfoma. Lipase pancreática específica. Lipase pancreática específica Mensurada através de um teste ELISA. IDEXX Laboratories. semiquantitativo. resultado em 10 minutos. interpreta a cor. quantitativo. resultado em 7 a 10 dias. o laboratório nos dá um número. SNAP TEST Com o conta gotas coloca 3 gotas de sangue e 4 gotas do reagente no eppendorf e homogeneíza com calma, após isso, deposita no fosso da amostra essa diluição. Quando a amostra chegar no ponto de ativação, o teste é iniciado. Se a coloração da bolinha direita for menor que do lado esquerdo, significa que está normal. Se as duas bolinhas estão da mesma cor significa que está elevado. Se a bolinha direita estiver mais corada que a esquerda significa que é consistente para pancreatite. Página 13 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz → % → % Exames de imagem RAIO-X Pouca sensibilidade. ULTRASSOM Sensibilidade de 68%. O exame de imagem solicitado é o ultrassom, lembrando que sensibilidade irá depender da experiência do veterinário ultrassonografista e do aparelho usado. Pâncreas hipoecóico. Maior que 0,7mm. Mesentério peripancreático hiperecóico. Pâncreas hiperecóico sugere uma pancreatite crônica. Histopatologia Diferencia pancreatite aguda da pancreatite crônica. PANCREATITE AGUDA Ausência de fibrose e atrofia acinar. Infiltrado de (supurativa). PANCREATITE CRÔNICA Fibrose e atrofia acinar. Infiltrado de (linfocítica). Avaliar a gravidade do caso e enfermidades concomitantes. Não existe um tratamento para a pancreatite curativo, o tratamento é de suporte e sintomático. Na pancreatite NÃO pode utilizar anti-inflamatório porque irá piorar a situação do pâncreas. Correção de distúrbios hidroeletrolíticos. Controle da êmese e náusea. Controle da dor. Antibioticoterapia. Nutrição. Cirurgia. Não são feitos todos os pilares em todos os pacientes, o tratamento irá variar em cada paciente. Controle da êmese e náusea (Cêrenia): dose: 1 mg/kg SID. pode prescrever por até 5 dias consecutivos, se os vômitos persistirem é feito uma pausa no sexto dia e no sétimo dia volta com o Cerênia. : 0,5-1 mg/kg BID-TID. vômitos muito intensos que o Maropitant não consegue segurar, é prescrito a Ondansetrona. 2-3 mg/kg BID-TID. é um protetor de mucosa estomacal, não funciona em gatos. 0,7 mg/kg BID. o omeprazol é o protetor de mucosa escolhido na maioria dos casos para cães e gatos, unindo o Página 14 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz omeprazol com o antiemético (Cêrenia ou Ondansetrona). Controle da dor 25 mg/kg SID- BID. pode associar dipirona + tramadol. dipirona tem uma ação mais analgésica do que anti- inflamatória. se for uma dor mais branda pode usar apenas a dipirona, dores mais intensas associa a dipirona + tramadol e dependendo da dor utiliza apenas o tramadol. 2-4 mg/kg BID-TID. 0,1-0,3 mg/kg TID-QID. dor abdominal intensa pode fazer a metadona. MLK (morfina, lidocaína e ketamina), FLK (fentanil, lidocaína e ketamina), Fentanil. fentanil: preferível nas infusões contínuas, pois a junção da ketamina e lidocaína pode diminuir a pressão do paciente resultando no quadro de hipotensão. Nutrição Algumas literaturas antigas sugerem o jejum total, porém, atualmente não é feito o jejum mais. Nesse paciente fazemos o controle do vômito e náusea, logo após, inicia-se o tratamento nutricional, em muitos casos esse animai não irá querer se alimentar, sendo necessário fazer a sondagem (esofágica ou nasoesofágica). É extremamente importante alimentar o animal, se o gato não estiver se alimentando irá desenvolver um quadro de lipidose hepática, sendo que alguns estudos mostraram que se o gato permanecer 12h em jejum já começa a apresentar um certo grau de lipidose hepática. Se o gato não está se alimentando, ele não está ingerindo proteína para produzir energia, com isso, começa a ocorrer a mobilização de lipídios para gerar energia. Essa gordura degradada começa a se depositar nos hepatócitos, desenvolvendo o quadro de lipidose hepática, é importante realizar o tratamento e reverter o quadro de lipotoxicidade. Alémdisso, no cão e no gato o jejum prolongado causa um decréscimo da espessura da mucosa intestinal e do tamanho das vilosidades, resultando no aumento da permeabilidade intestinal que predispõe a uma translocação bacteriana. A bactéria se aproveita desse aumento da permeabilidade intestinal e cai na corrente sanguínea, gerando o quadro de choque séptico. Antibioticoterapia + 22mg/kg BID. 20mg/kg BID. 7,5-15mg/kg BID. Se o animal está sem se alimentar e está com anorexia, inicia a antibioticoterapia pela translocação, o antibiótico de eleição é a amoxicilina mais clavulanato, em quadro mais grave pode associar metronidazol + amoxicilina. Cirurgia Pouco provável o cirurgião aceitar fazer uma cirurgia em quadros de pancreatite. Em casos de: peritonite severa. cistos/abcessos pancreáticos. Cálcio ionizado diminuído o prognóstico é ruim. Cálcio ionizado dentro da normalidade o prognóstico é bom. Pode ocorrer por 3 causas, sendo elas: 1. Atrofia acinar pancreática: mais comum em animais jovens, sendo que em muitos casos o animal nasce com essa insuficiência pancreática exócrina. raças predispostas: pastor alemão e border collie. Página 15 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz 2. Pancreatite crônica: mais associada em animais mais velhos. 3. Tumores pancreáticos: menos frequentes. Na IPE temos uma diminuição da produção das enzimas digestivas, isso ocorre devido ao fato de não ter ácino suficiente para produzir as enzimas, resultando em má digestão que carreta em má absorção e diarreia, pois, basicamente tudo o que o animal come irá passar direto pelo intestino. aumento de volume, fezes gordurosas e acólicas, presença de alimentos não digeridos. animal começa a perder peso ficando caquético, pelagem sem brilho e polifagia. a polifagia é devido ao fato de o animal não estar conseguindo se alimentar e absorver os nutrientes para saciá-lo. Alguns animais podem apresentar vômito também porque está se alimentando em grandes quantidades, esse aumento faz com que ele vomite. TLI – Imunoreatividade para Tripsina sérica Resultado: aumentado: sugestivo de pancreatite. normal. diminuído: IPE. Suplementação com enzimas pancreáticas. Pancreatina: 25.000UI BID junto com alimento. mistura a pancreatina com o alimento, geralmente fazemos a manipulação desse suplemento. O pâncreas do bovino também pode ser ofertado junto com a alimentação, mas não é tão efetivo quanto a suplementação com a pancreatina. Para tutores que não tem condição de realizar o diagnóstico, podemos entrar com o diagnóstico terapêutico, iniciando a suplementação de pancreatina sem o diagnóstico definitivo de IPE. Importante mensurar a vitamina B, essa vitamina tende a estar baixa em doenças intestinais e atua como regenerador das células intestinais. Vitamina B diminuída começa a suplementação por pelo menos um mês para conseguir regenerar as células intestinais. O vômito é um sinal inespecífico rotineiramente atendido na clínica. Página 16 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz Tanto quimiorreceptores e mecanorreceptores estão envolvidos nesse desenvolvimento do reflexo do vômito que vem até a zona quimiorreceptora no tronco encefálico. A parede do estômago é repleta de quimiorreceptores e mecanorreceptores que recebem o sinal e enviam para o tronco encefálico. conteúdo estomacal ou intestinal. conteúdo da boca, faringe ou esôfago. - + - + não digerido digerido 7 5 ou 8 - + - Espécie, sexo, idade, raça. idade: direciona a doenças infecciosas, congênitas e entre outras, cães mais novos tendem a ter parvovirose ou coronavirose. Descrição, quantidade, conteúdo, episódios, momento. Anormalidades sistêmicas. o vômito em si é inespecífico, precisando encontrar essas anormalidades para os diferenciais. Cinetose → passeio de carro. comum. quando o animal passeia de carro e fica nauseado. Dieta → indiscrição/intolerância. Fármacos digoxina. quimioterápicos: ciclofosfamida, doxorrubicina, cisplastina. antibioticoterapia: doxiciclina, amoxicilia + clavulanato. de K. anti-inflamatórios não esteroidais. morfina. morfina é utilizada além da analgesia para fazer o animal vomitar em algumas situações de intoxicação. Substâncias tóxicas. metais pesados. Obstrução do fluxo gástrico. estenose pilórica. corpo estranho (CE). neoplasias (extra ou intramural). Obstrução do fluxo intestinal CE. neoplasias (extra ou intramural) intussuscepção (**parvovirose). Página 17 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz animais com parvovirose e com muita diarreia acabam desenvolvendo intussuscepção, ou seja, uma alça intestina adentra na outra. Gastrite úlceras, erosões. CE. Enterite (*agudo). parvovirose. GEH (gastroenterite hemorrágica): diarreia com sangue inespecífica. parasitas (agudo ou crônico). doença intestinal inflamatória. Pancreatite – aguda ou crônica. Colite. Esplenite. Causas extra trato gastrointestinal. uremia. pela doença renal é até comum de ocorrer, paciente em idade avançada que chega com vômito e diarreia pode ter uma uremia lesionando o trato gastrointestinal. insuficiência/doença hepática. doença: quando a estrutura está acometida por uma determinada enfermidade, mas a função do órgão está mantida. insuficiência: quando a função do órgão não está mantida mais. colecistite. cetoacidose diabética. endotoxemia/toxemia. Causas diversas. alimentação excessiva. hipomotilidade (ex. íleo paralítico). SNC – neoplasias, meningite, ↑ PIC. Dependente de diversos fatores. Avaliação sistêmica. importante para encontrar a causa do vômito. Avaliação física minuciosa. Exames laboratoriais. hemograma, bioquímica sérica. Exames de imagem. radiografia abdominal/torácica. ultrassonografia. **pesquisar corpos estranhos, avaliar rins, fígado, pâncreas! Maropitant (Cerênia) Antagonista da neuroquinina-1. Página 18 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz Extremamente efetivo. Biodisponibilidade oral afetada por alimentação. 1 mg/kg SC SID para cães e gatos. 2 mg/kg PO SID para cães. 1 mg PO SID para gatos. Custo alto, 1 ml de uma aplicação está em torno de 40 a 60 reais. É um antagonista da neuroquinina-1 que é um receptor, devido a isso possui uma ação central. Ondansetrona Bons resultados. 0,5 a 1 mg/kg IV ou PO BID ou TID. Não indicado utilizar com opioides. devido ao antagonismo que ela faz com o opioide. Metoclopramida Plasil. 0,2 a 0,5 mg/kg PO, IM, IV SID a TID. Ação procinética! → → → Cuidado! não utilizar em animais com obstrução, intussuscepção, diarreias em filhotes! pela ação procinética ela irá aumentar a motilidade do trato gastrointestinal. Clorpromazina 0,3 a 0,5 mg/kg IM, IV, SC TID. É um fármaco de controle especial, sendo um sedativo. Não é muito utilizado para controle de vômito. Vômito com sangue digerido ou fresco. Sangramento oral nem tosse com sangue são hematêmese, a hematêmese advém do trato gastrointestinal. Se tem pontos de sangue no vômito não chega a chamar de hematêmese, agora o sangue no vômito é uma hematêmese. Pontos de sangue no vômito vs Sangue no vômito. Resenha Espécie, sexo, idade, raça Anamnese Descrição, quantidade, conteúdo, episódios, momento. Exame clínico Anormalidades sistêmicas. Lesão em trato gastrointestinal Ulceração/erosão. neoplasias. choque hipovolêmico/séptico – ulceração por estresse. Excesso de acidez. mastocitoma. Página 19 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz Mastocitoma causa muita ulceração gástrica, nesses animais não aplica opioides por degranular mastócitos que causam essa sintomatologia gastrointestinal, usa protetor gástrico para prevenir o aparecimento de úlceras. Iatrogênicas. AINEs. corticosteroides. Gastrites. aguda, crônica, GEH. Doenças esofágicas. neoplasias. esofagite. trauma. Choque e abdome agudo trata imediatamente o animal. Outras causas Doença hepática. Pancreatite. Corpo estranho. Identificar causa de base. Tratamento e remoção da causa. Tratar vômitos. Utilização de protetores gástricos. Antagonista de receptores H2 RANITIDINA Mais utilizada atualmente. 1 a 2 mg/kg PO ou IV de BID a TID. Não é efetivo para gatos. Está fora do mercado no momento. alguns lugares ainda tem a via oral para utilizar, mas a IV não encontra mais. CIMETIDINA 5 a 10 mg/kg PO, IM ou IV TID ou QID. FAMOTIDINA 0,5 a 2 mg/Kg PO SID ou BID. Muito utilizada para gatos. Inibidores da bomba de prótons OMEPRAZOL Bloqueio não competitivo a via final da produção de ácidos gástricos. 0,7 a 2 mg/kg PO, IV SID ou BID. Custo aumentou pela retirada da ranitidina do mercado. Página 20 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz Protetor gastrointestinal SUCRALFATO Indicado em caso de erosões e ulcerações. Formação de um filme protetor. animal com hematêmese ou diarreia com sangue utiliza sucralfato, formando um filme protetor no trato gastrointestinal. 0,5 a 1 g/cão e 0,25 a 0,5 g/ gato TID ou QID. Fornecer de uma a duas horas após outras medicações → impede a absorção. impede a absorção de outras medicações, por isso tem que ser fornecido apenas depois. procurar identificar a causa do vômito ou da hematêmese. Queixa principal Vomito? Regurgitação? Hematêmese? Anamnese Vomito? Agudo? Crônico? Aparência? Hematêmese? Identificar possíveis causas. Evitar induzir o tutor ao erro, Exame físico Sinais sistêmicos!! Exames laboratoriais Auxiliares. Exames de imagem Podem ter valor diagnóstico. Exames específicos Podem ter valor diagnóstico. Má absorção Perda do epitélio gastrointestinal. Ex. doenças virais. Acontece a perda do epitélio gastrointestinal como nas doenças virais (parvovirose e coronavirose). As vilosidades se perdem e sem a sua presença íntegra não tem a absorção de nutrientes de forma adequada. Secretora Volume de secreção supera a capacidade de absorção. Toxinas produzidas por bactérias, ligadas às vilosidades. Acontece em casos que tem toxinas que se ligam nas vilosidades causando a hipersecreção. Página 21 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz Resenha. Anamnese. Exame físico. Exames laboratoriais. Exames de imagem. Exames específicos. MÁ DIGESTÃO: acontece principalmente nos casos de insuficiência pancreática exócrina, se tem essa IPE tem deficiência nas enzimas digestivas estando a digestão inadequada, apresentando a diarreia com aspecto aquóico. MÁ ABSORÇÃO: ex. enteropatia com perda proteica leva a uma hipoalbuminemia, para esse diagnóstico precisa excluir causas de hipoalbuminemia. sem perda proteica precisa de testes adicionais. Página 22 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz → origem em cólon, reto, região do períneo → TGI alto (estômago, duodeno) Necessário grande quantidade de sangramento para produzir melena! Tenesmo: insuficiência ou esforço doloroso na micção ou defecação. Disquezia: dor ou dificuldade em eliminar fezes do reto. Reidratação. Manutenção. Reposição de perdas. Se está perdendo muito conteúdo pela diarreia terá um quadro de desidratação. Omeprazol. Ranitidina. Sucralfato. indispensável em casos de melena para conseguir proteger estômago e duodeno. diarreia de intestino grosso pode fazer o enema de sucralfato, introduz uma sonda oronasal ou uretral mais grossa no ânus, usa uma seringa mais cheia e o enema com sucralfato. procinético! não indicado. Exemplo PARASITOSES: vermífugos, tratamento do ambiente. precisa fazer o vermífugo no animal, em todas as pessoas e ambiente da casa e limpar o ambiente com amônia quaternária. DIETA: alergia alimentar? Dieta hipoalergênica. DII: uso de corticosteroides. Página 23 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz 6 lobos: lateral esquerdo. medial esquerdo. quadrado. lateral direito. medial direito. caudado. Está localizado no gradil intercostal, o bordo fica um pouco para fora e consegue sentir na palpação, principalmente quando está aumentado de tamanho. Podemos dividir o abdômen em 3 regiões: , e . Metabolismo. proteínas, carboidratos, lipídios, hormônios. Controle e manutenção da glicemia. importante para gatos nos casos de lipidose hepática. Sintetização da bile. Digestão de gorduras. na vesícula biliar tem a sintetização da bile importante para a digestão de gordura. Excreção. metabólitos e substâncias tóxicas. Funções hematológicas. fatores de coagulação e proteínas plasmáticas (principalmente a albumina). Elevação de enzimas (ALT, FA) por mais de 4 meses. ALT está mais voltada para a função dos hepatócitos. FA está mais aumentada em razão de processos infecciosos ou inflamatórios da vesícula biliar. se essas enzimas estão aumentadas por mais de 4 meses já considera um paciente hepatopata crônico. Jovens de meia idade. Pode ter influência genética. cães da raça Sharpei são predispostos a terem amiloidose. Etiologia Infecções virais e bacterianas. podem causar uma hepatite aguda e se tornar uma hepatite crônica posteriormente. Intoxicação. Autoimune. Acúmulo de metais (cobre principalmente, pois o fígado não consegue metabolizá-lo corretamente.). Tóxicas. fármacos, infecções. Página 24 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz O fenobarbital é um dos principais fármacos tóxicos. Animal epiléptico que faz o tratamento com fenobarbital tem que fazer o exame das enzimas hepáticas a cada 3 meses para dosagem do fenobarbital sérico, nessa consulta colhe o sangue para fazer a avaliação das enzimas de função hepática. Tem a perda de massa hepática, perda de função e sinais clínicos mais evidentes. Ocorre a fibrose do tecido hepático, consequentemente tem hipertensão portal, o sangue que está vindo da veia porta para ir para o fígado tem sua passagem dificultada devido a fibrose. A hepatite crônica piora com o tempo causando desvios portossistêmicos, esses shunts portossistêmicos é comum de ocorrer em filhotes de até 5 anos. Esse desvio leva a alterações neurológicas importantes, animal fica magro e com pelagem feia. Sinais clínicos Os sinais clínicos surgem quando cerca de 75% da função se foi. A evolução da hepatite crônica é a insuficiência hepática. Sinais inespecíficos, brandos e intermitentes. vômito, diarreia, anorexia, poliúria/polidipsia, perda de peso. icterícia, ascite. icterícia: visualizamos a mucosa oral e ocular amareladas, em casos de icterícias graves até a pele do paciente fica alterada. em gatos, para visualizar a icterícia é na região de palato. ASCITE Acúmulo delíquido abdominal, a classificação do líquido é pela análise. Em casos de hipertensão portal. Prognóstico ruim. Ascite em casos mais graves, pode ocorrer pela hipertensão portal ou pela hipoalbuminemia decorrente do fígado afuncional. SHUNT PORTOSSISTÊMICO Desvio venoso da veia porta para veia cava caudal. Metabolismo não ocorre! Tem o desvio venoso da veia porta para a veia cava caudal. Os nutrientes são absorvidos e pela absorção enterohepática vão para o fígado e sofrem metabolismo, sendo encaminhado para o restante do organismo. Quando tem a presença desse desvio, invés de ir para o fígado, vai diretamente para a veia cava caudal, inclusive componentes tóxicos, como ácidos biliares. Os ácidos biliares ao caírem na corrente sanguínea podem atingir o sistema nervoso central, fazendo com que o animal apresente convulsão e até coma, pelagem opaca, perda de perda de massa hepática perda de função sinais clínicos fibrose hipertensão portal desvio portossistêmico Página 25 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz peso, quando ocorre em ninhadas normalmente é o filhote menor. Geralmente, os sinais aparecem logo após a alimentação por ter uma liberação maior de ácidos biliares que agem na digestão e pelo desvio portossistêmico conseguem atingir a circulação, após passar por toda a circulação esses ácidos passam pelo fígado, sendo removidos. A problemática é que para conseguir corrigir o desvio portossistêmico precisa diagnosticar de forma adequada, fazendo a dosagem de ácidos biliares em jejum e duas horas após a alimentação, FA e ALT normalmente não estarão muito aumentadas. Desvio portossistêmico adquirido devido a hepatite crônica, teremos por conta do comprometimento hepático o aumento dessas enzimas, dependendo do comprometimento não teremos a produção adequada de ALT. Algumas técnicas de ultrassom tornam possível visualizar esse desvio. A correção é cirúrgica, colocando um anel ameróide envolta do vaso anômalo, conforme é colocado não podemos causar a oclusão do vaso de uma única vez, pois se ocluir irá causar hipertensão portal e o animal pode vir a apresentar convulsões mais graves vindo a óbito. Esse anel se hidrata com o líquido abdominal e com isso começa a ocluir o lúmen aos poucos. Alguns lugares utilizam o celofane no lugar do anel ameróide. Diagnóstico AVALIAÇÃO BIOQUÍMICA ↑ ALT. ↑ FA. Para chegar no diagnóstico sempre realizar uma avaliação bioquímica, sendo fundamental dosar ALT e FA. A ALT está mais associada a lesões do próprio hepatócito e a FA mais associada com processos da vesícula biliar, mas também pode estar associada a processos hepáticos, com esses parâmetros visualizamos se tem lesão. ↓ureia, albumina, glicose. o fígado faz o metabolismo da ureia, da albumina e a gliconeogênese, quando a ureia, albumina e glicose estão diminuídas temos perda da função hepática. ↑ bilirrubina, ácidos biliares. FASE TERMINAL ALT normal. podemos ter a ALT normal porque o fígado não tem massa suficiente para ter esse extravasamento de ALT e dessa forma não resulta na avaliação bioquímica esse aumento. considera aumentado quando está 3 vezes acima do valor de referência. ↑ amônia e ácidos biliares. é importante esse aumento da amônia, pois ela é absorvida e metabolizada em ureia, quando o fígado não está fazendo a metabolização de ureia, a amônia estará aumentada pelo fato da ureia estar diminuída, a amônia faz a encefalopatia hepática, essa toxicidade causada pela amônia gera convulsões e coma. encefalopatia hepática: chega ao diagnóstico pensando na função hepática, um fígado pode ser analisado seu comprometimento pelo ultrassom, além disso, a ureia estará muito baixa e a glicose idem, apresenta sinais neurológicos e chegamos ao diagnóstico de encefalopatia. Icterícia. RAIO-X Inespecífico. Possível ver ascite. ULTRASSONOGRAFIA ABDOMINAL Micro-hepatia. fígado diminuído. tamém é possível ver no ultrassom o fígado aumentado. Página 26 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz Hiperecóico. Sinais de fibrose. Sinais de neoplasia → biópsia (ideal). BIÓPSIA EXCISIONAL HEPÁTICA Diagnóstico definitivo. Obrigatório: perfil hemostático pré-operatório: para analisar o tempo de coagulação. é interessante deixar separado para a cirurgia uma bolsa de sangue com reação cruzada negativa. Tratamento Paciente com doença hepática não é indicado prescrever muitos medicamentos porque estará forçando o fígado a funcionar. DIETA Proteínas de alto valor biológico. peixe, frango, tofu, ricota, queijo cottage. Reposição de vitaminas B, E e K. Carboidratos de alto valor biológico. arroz, batata. Fibras. reduzem o risco de encefalopatia hepática. FARMACOLÓGICO Podem ser considerados em doses anti-inflamatórias no início da doença. Pode pensar em usar corticoides no início da doença como Prednisona ou Prednisolona, após a fase inicial não tem motivos para usar os corticoides. Ação antioxidante, anti-inflamatória e imunomoduladora. Favorece a drenagem da bile. 10 a 15 mg/Kg PO SID. Sinais de obstrução da vesícula biliar não é indicado realizar esse medicamento porque pode causar a ruptura dessa vesícula. 20 mg/kg PO SID. 20 a 50 mg/kg PO SID. é um fitoterápico. 5 a 10 mg/kg PO SID. 22 mg/kg BID/TID IV/PO. 5 mg/kg BID PO. 10 a 20 mg/kg BID/TID PO/IV. 10 mg/kg SID PO/SC. 7,5 mg/kg BID. Amoxicilina ou Ampicilina associado ao Metronidazol é o mais utilizado, a Doxiciclina geralmente é a última escolha e o Metronidazol é seguro utilizar nessa dosagem baixa. Prognóstico Reservado: animal sem processo de fibrose ou cirrose. Ruim: animal com fibrose, cirrose e/ou desvio. Etiologia Leptospirose → muito comum. comum em casos de leptospirose devido ao tropismo pelas células hepáticas e pelo processo sistêmico que ela causa, como anemia e hipóxia. Adenovírus canino tipo 1 (CAV-1): hepatite infecciosa. animal fica com um olho azulado. Drogas: Fenobarbital. entra com um tratamento de proteção hepática. Antifúngicos. Carprofeno. Página 27 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz Lomustina. Sinais clínicos Variáveis. Anorexia, vômito, desidratação, encefalopatia hepática. Icterícia, febre, dor abdominal epigástrica, petéquias, hematêmese. Ascite, melena. Diagnóstico Anamnese. Exame físico. Exames laboratoriais: ALT: aumento de 10 a 100 x o valor de referência. FA e bilirrubina: aumentadas devido a colestase. Hipoglicemia. Histopatológico. Diagnóstico definitivo, porém, demora! se for fazer uma biópsia o diagnóstico é definitivo, entretanto tem uma demora no resultado. CID Trombocitopenia. Tempos de coagulação aumentados. A doença pode causar CID. ULTRASSONOGRAFIA Hepatomegalia. Alterações difusas de ecogenicidade. Ascite. quando a ascite é grave é interessante realizar a drenagem do líquido, após isso, o envio para a análise e até para o histopatológico porque alguns tumores podem realizar isso. após a drenagem faz o ultrassom de forma adequada. Tratamento suporte FLUIDOTERAPIA GF (glicofisiológica) 5%, RL? por muitos anos o ringer lactato (RL) foi banido em animais com hepatopatias, atualmente, sabe-se que não é contraindicado ser utilizado porque a dosagem de lactato é baixa. o ringer com lactato enriquece com glicose porque geralmente os animais estão hipoglicêmicos. TRANSFUSÕES DE PLASMA Coagulopatias, hipoalbuminemia. 20 a 40 ml/kg em 2 horas. Transfusão de plasma fresco congelado nos casos de coagulopatias e hipoalbuminemia,se necessário, repete a transfusão. ENCEFALOPATIA HEPÁTICA Enemas com lactulose (1 mg/kg) junto com solução fisiológica. pode fazer o uso de lactulona para o esvaziamento do trato gastrointestinal TRATAMENTO DE ÚCLERAS GASTROINTESTINAIS Sucralfato. ANTIEMÉTICOS ASCITE Diurese!! 2 mg/kg BID/TID, IV, SC, IM, PO 1 a 2 mg/kg BID PO. Furosemida ou Espironolactona em casos de ascite, toda vez que entra com Furosemida precisa fazer o acompanhamento renal do paciente, por ser um diurético a Furosemida pode fazer hipocalemia, a Espironolactona idem. DIETAS DE ALTO VALOR BIOLÓGICO Suplementar albumina (inclusive nos casos de hepatite crônica). a albumina carreia até a bilirrubina. Página 28 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz ANTIBIOTICOTERAPIA Sepse!! pacientes que fazem hepatite aguda é comum entrar em sepse, devido a isso utilizamos antibiótico de amplo espectro. Utilizar de amplo espectro. Cefalosporinas, amoxicilina + clavulanato, enrofloxacina. Metronidazol: 7,5 mg/kg BID IV ou PO. Colangite. Colangio-hepatite. Lipidose. Ocorre deposição de gordura nos hepatócitos. Normalmente, ocorre com gatos obesos. Estresse, anorexia. Procurar a causa base. Temos diversos fatores associados, como por exemplo, gato obeso que ficou 2 a 3 dias sem se alimentar pode desenvolver a lipidose hepática. Estresse, anorexia e outras doenças que fazem com que o gato pare de se alimentar pode levar ao quadro de lipidose hepática. O organismo começa a captar a gordura de outros lugares levando ao fígado, o fígado perde a função e junto a isso temos a colestase associada. Fatores envolvidos Obesidade. Estresse. Doença concomitante. Gato que está sem se alimentar pode desenvolver a lipidose hepática, principalmente gatos obesos, nesses casos, se não tem muito tempo de anorexia pode entrar com medicações para estimular o apetite do paciente (Cobavital e Mirtazapina), se estiver mais tempo sem se alimentar faz a sondagem esofágica. Diagnóstico AVALIAÇÃO BIOQUÍMICA ↑ ALT e AST. ↑ FA. GGT. pode estar aumentada em causas primárias e muito altas em causas secundárias. RAIO-X Hepatomegalia. ULTRASSONOGRAFIA Alterações no parênquima hepático. Alterações biliares. Aumento da ecogenicidade. O fígado estará brilhoso. BIÓPSIA Definitivo. Risco anestésico. tratamento suporte identificar causa base tratar causa base anorexia deposição de gordura nos hepatócitos perda de função colestase anorexia Página 29 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz PAAF Punção Aspirativa por Agulha Fina. Opção mais segura. Pode não ser conclusiva. Não precisa anestesiar, pode apenas sedar o paciente, entretanto pode não ser conclusiva. Tratamento DIETA!!! repouso + metabólica. alto teor de proteína se houver encefalopatia hepática: menores quantidades em maior frequência quase em todos os casos. sonda esofágica ou nasoesofágica -> sonda nasoesofágica estressa muito o animal e fica espirrando, o melhor é a sondagem esofágica. gastrostomia? é um procedimento mais invasivo, geralmente não é feita. No momento só consegue fazer sangue total no gato. Tratar coagulopatias. vitamina K: 0,5 mg/kg SC/IM BID 3 dias. Antioxidantes vitamina E. SAME. Fluidoterapia: SF? GF? RL? Antieméticos. maropitant, ondansetrona, metoclopramida. Antiácidos. omeprazol. Estimuladores de apetite. cobavital: 2 mg/gato PO BID 7 dias. mirtazapina: 3,75 mg/gato PO q. 24/48 horas. As medicações embora estejam disponíveis no mercado, normalmente são manipuladas, não é ideal colocar na forma de líquido e com sabor, o ideal é fazer em cápsulas e dividi-las para facilitar a ingestão. Prognóstico Péssimo sem suporte alimentar. alta mortalidade. Reservado com suporte alimentar. Se termina em it? inflamação se estende do trato biliar para o parênquima hepático. Extremamente comum em gatos. Etiologia desconhecida. Sinais clínicos de hepatopatia com ou sem febre e letargia. sinais clínicos inespecíficos. Gatos obstruem a vesícula facilmente, quando ocorre a obstrução da vesícula no cão funciona o tratamento clínico, no gato esse tratamento clínico não funciona, sendo o tratamento cirúrgico, é um tratamento complicado. Diagnóstico HEMOGRAMA Neutrofilia com desvio a esquerda. Página 30 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz BIOQUÍMICA ↑ ALT, FA, GGT*** e bilirrubina. GGT aumentada e quando está muito aumentada se refere a processos obstrutivos da bile. ULTRASSOM Pode ter dilatação de canais biliares. Pode não ter alterações por ser agudo. Avaliação da bile Coleta de material possível através de cirurgia. Cultura/antibiograma. Avaliação histológica. Tratamento ANTIBIOTICOTERAPIA Os mesmos citados anteriormente. 4 a 6 semanas. Amplo espectro antes do resultado da cultura. URSACOL Deixa a bile mais fluída. 15 a 20 mg/kg PO SID. Se não houver obstrução da vesícula biliar. se romper a vesícula é sepse e peritonite grave, apresentando uma alta letalidade. DIETA Rica em proteínas. ANTIOXIDANTES PRAQUIZANTEL Suspeita de Platynosomum. Pode ser intra ou extra luminal. Intra colelitíase. cistos. Platynosomum. Secundária → tecido cicatricial/inflamatório comprimindo as vias de saída. pancreatite. hepatite. colangite. pancreatite, hepatite e colangite seria a tríade felina. Sinais clínicos Início: inespecíficos. Vômito, letargia, perda de peso, diarreia, hepatomegalia, icterícia, dor. Diagnóstico Anamnese + sinais clínicos + exames complementares. Elevação de bilirrubina direta. ↑ ALT, FA, GGT. Ultrassonografia: dilatação das vias biliares. sinais de obstrução. Tratamento OBSTRUÇÃO PARCIAL Ursacol. Antioxidantes. Tratar doença base. OBSTRUÇÃO TOTAL Cirúrgico → sempre mandar biópsia hepática. Colecistoenterostomia. Colecistojejunostomia. Colecistoduodenostomia. Prognóstico Péssimo!!!! Página 31 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz Em casos de cirurgia a equipe precisa estar preparada e a monitoração pós-cirúrgica por 24 horas: sepse. monitorar o paciente pelo risco de sepse ou infecção bacteriana secundária ascendente. hipotensão grave. óbito transoperatório e pós! Filtração do sangue. Excreção de resíduos metabólicos, como a ureia e creatinina (são as mais importantes). Reabsorção de substâncias necessárias, como eletrólitos. ex: sódio, potássio, cloreto.... Manutenção da volemia. Controle ácido-base. Manutenção da pressão sanguínea. Estimula a produção de glóbulos vermelhos. O rim direito se posiciona mais cranialmente do que o rim esquerdo, acima do rim encontramos as adrenais. O rim é envolto por uma cápsula que o delimita e protege a região do parênquima. Temos a região do córtex renal e da medula. Quando o animal está recebendo fluidoterapia a pelve renal estará dilatada. em casos de obstrução de ureter, que pode ser causado por cálculos ou obstruções extraluminais, a pelve pode dilatar desenvolvendo a hidronefrose, sendo visível na imagem. O néfron é a unidade funcional do rim, sendo dividido em glomérulo, túbulo contorcido proximal, alça de Henle, túbulo contorcido distal e ducto coletor. o glomérulo é o local que ocorre a maior parte da filtração do sangue. a alça de Henle é o local que age a furosemida. no ducto coletor ocorre a reabsorção de água controladapor hormônios, como o ADH. Quando o animal está em diurese ou possui uma doença renal e o mesmo não está mais concentrando a urina, o animal fica hipocalêmico pela perda de potássio. Página 32 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz Controle do ritmo de filtração glomerular. Controle do fluxo sanguíneo renal. Problemas cardíacos ativam o sistema renina- angiotensina-aldosterona, esse sistema faz o controle do ritmo da filtração glomerular e do fluxo sanguíneo renal. Renina Produção estimulada pela diminuição da perfusão renal. Angiotensinogênio Produzido pelo fígado. Transformada pela renina em angiotensina I. ECA Enzima conversora de angiotensina. A renina é estimulada pela diminuição da perfusão renal fazendo com que o rim secrete, o angiotensinogênio é produzido no fígado e é transformado pela renina em angiotensina 1, a ECA é a Enzima Conversora de Angiotensina produzida parte pelo rim e parte pelo pulmão, gatos produzem em outras vias a ECA. O rim quando percebe a diminuição da pressão renal libera a renina, ao jogar a renina na circulação irá transformar o angiotensinogênio produzido pelo fígado em angiotensina 1, a ECA irá converter a angiotensina I em angiotensina 2. A aumenta a ativação simpática, ou seja, aumenta a frequência cardíaca, aumenta a reabsorção tubular de sódio e cloreto e a excreção de potássio, além de aumentar a retenção de água. no córtex da adrenal estimula a produção de aldosterona que atua reabsorvendo sódio e cloreto, excretando potássio e retendo água, com isso, retém mais líquido e aumenta a pressão sanguínea. Página 33 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz nas arteríolas causam uma vasoconstrição para direcionar o fluxo de sangue para os órgãos mais importantes e aumenta a pressão devido a isso. na pituitária estimula a secreção de ADH que vai no ducto coletor e aumenta a reabsorção de água, aumentando ainda mais o volume circulante. Se for um caso de hemorragia e o rim fizer isso, esse mecanismo irá funcionar bem. Quando tem uma doença cardíaca, o coração irá trabalhar menos e consequentemente diminui o débito cardíaco, se esse volume está diminuído, o rim irá entender que tem uma baixa na perfusão e irá ativar o SRAA. Essa ativação faz com que tenha as alterações, aumenta a pressão sistólica e causa a retenção de líquido, essa retenção leva a um quadro de ICC e ao edema pulmonar se for insuficiência cardíaca congestiva esquerda. Estímulo para produção de eritrócitos. Mecanismo da eritropoetina Quando tem baixos níveis de oxigênio, seja por anemia ou por qualquer outra patologia, como em alguns desvios cardíacos congênitos, irá diminuir o oxigênio circulante. O rim percebe essa hipóxia e libera eritropoetina que irá estimular a medula óssea a produzir mais células vermelhas. Em situações de anemia isso é válido, em situações em que o problema não é anemia terá um excesso de hemácias na circulação, fazendo com que o sangue fique mais denso. Forma ativa da vitamina D. Aumenta absorção de cálcio intestinal. Diminui excreção de cálcio pelo rim. 7-desidrocolesterol clivado na pele em pré-vit D3 pela ação dos raios ultravioletas. Pré-vit. D3 sofre rearranjo em Vit. D3 No fígado sofre hidroxilação pelo citocromo P- 450 No rim sofre hidroxilação adicional no túbulo contorcido proximal formando o calcitriol Importantes para diversos processos fisiológicos. Estão interligados. Precisa dosar o cálcio e o fósforo porque o rim perde cálcio e retém fósforo. Página 34 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz Cálcio Contração muscular. Atividade das células do sistema nervoso. Liberação hormonal. Coagulação. Manutenção de membranas celulares e ligação entre células. Fosfato Orgânico ou inorgânico. INORGÂNICO Estrutura de ossos e dentes. Tampão para o hidrogênio. ORGÂNICO Constituinte da membrana plasmática e componentes celulares. Azotemia: aumento de creatinina e ureia. Creatinina: advém do metabolismo muscular → creatina + fosfocreatina filtrada pelos glomérulos e não reabsorvida. Ureia: advém do metabolismo da amônia. filtrada pelos glomérulos e reabsorvida pelos túbulos. em excesso causará a síndrome urêmica, intoxicando o organismo do animal. Ureia e creatinina aumentada causa lesões orais, lesões gastrointestinais e afins. Pré-renal desidratação. hemorragias. cardiopatias. anestesia. aórtico. artéria renal. Aumento da creatinina e ureia. Aumento da densidade urinária. Fácil corrigir. exceto nos casos de trombo. Pós-renal ureteral. uretral. ureteral. vesical. uretral. Aumento da creatinina e ureia. Densidade urinária variável (depende da hidratação). um gato obstruído não estará conseguindo excretar a urina, essa urina retida está ficando mais concentrada e a densidade tende a estar aumentada, junto a isso, a inflamação também aumentará a densidade. Rins normais em quadros iniciais. abdominocentese. solicitar creatinina do líquido. creatinina do líquido > creatinina sérica = uroabdomên!!! compara a creatinina do líquido e a sérica do paciente, se a creatinina do líquido estiver mais aumentada do que a sérica, provavelmente será uroabdômen. Renal perda do parênquima renal. Página 35 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz agentes infecciosos (leptospirose e erliquiose). agentes tóxicos (AINE e paracetamol). evolução de causas pré e pós não tratadas. Aumento da creatinina e ureia. Densidade urinária: hipostenúrina. isostenúria. Não se corrige completamente. DRC/DRA ou IRC/IRA. Sempre observar hidratação do paciente!!! sempre importante avaliar a hidratação do paciente. paciente desidratado pode estar com uma urina mais concentrada devido a um mecanismo compensatório. Ideal = colher ANTES da hidratação. depois da hidratação perde os parâmetros ideais se o paciente for renal. paciente que a suspeita é renal, deve coletar a urinálise antes da hidratação. pacientes que chegam grave colocamos na fluido, mas sempre que possível colher antes da hidratação. ≥ 1.025. < 1.025. Shih-tzu, Lhasa Apso → displasia renal. incontinência urinaria? jovem: ureter ectópico. incontinência urinária pode desconfiara de um ureter ectópico, invés de se implantar no trígono vesical pode estar se implantando na uretra. adulto: distúrbio hormonal. fêmeas castradas adultas podem ter esse distúrbio. cor, odor, aspecto, quantidade. micção: posição, frequência. gatos obstruídos ou a ponto de obstruir adotam uma posição mais álgica e ficam saindo e voltando. ingestão hídrica: volume, frequência. histórico anterior. pelagem, escore corporal, escore de massa corporal. palpação abdominal: rins, bexiga, próstata → tamanho, contorno, sensibilidade. avaliação oral: coloração de mucosas, hálito (normalmente é urêmico), presença de úlceras. hemograma, bioquímicos, urinálise, ultrassonografia abdominal, radiografia abdominal. ultrassom abdominal para conseguir visualizar esse rim, classificando em agudo ou crônico. IRA DRC Perda abrupta da função renal Perda crônica da função renal Animal com pelagem e escore corporal normais Animal com pelagem sem brilho, fraca e escore corporal baixo ativando o catabolismo muscular. Pouca ou nenhuma alteração ultrassonográfica Rins com sinais de perda de definição cortico- medular, alterações estruturais Causas desidratação grave. esse período de isquemia lesiona o rim. Página 36 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz AINES. gentamicina (fármaco nefrotóxico, ao utilizar o animal deve receber fluidoterapia). Leptospirose. Erliquiose. Fatores de risco diminuição do débito cardíaco. anestesia. desidratação grave. Leptospirose, Erliquiose, piometra, SEPSE! piometra principalmente por infecção bacteriana ascendente secundária. hepatite, diabetes mellitus, pancreatite. liberam muitas ocitocinas inflamatórias que podem lesionar o rim. AINES! Lesão tubular ETAPA 1 Nesse momento não temos a perda de função ainda. células epiteliais e cilindros. Terapia precoce → reduz lesão e impede IRA. ETAPA 2 Com o túbulo danificado não teremos a função renal normal, então tem a sua diminuição gerando azotemia e alterações na densidade (geralmente produz menos urina). Terapia: boa resposta ou nenhuma resposta. ETAPA 3 Teve a lesão e essas lesões começam a ser reparadas, desenvolvendo a cicatriz, dependendo do grau da lesão pode recuperar o túbulo ou não. Se não tem a recuperação do túbulo, os néfrons que sobraram sofrem hipertrofia pelo rim forças os néfrons que estavam sadios a trabalhar mais, levando o néfron a um desgaste maior e fazendo com que eles parem progressivamente. Terapia: boa resposta ou nenhuma resposta. Aspectos clínicos Sinais variáveis. Lesão tubular Função preservada Túbulos danificados Diminuição da função renal Azotemia e alterações de densidade Reparo das lesões Pode haver reversão de danos ou não Não produção de novos néfrons Hipertrofia de néfrons remanescentes Página 37 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz Vômito, diarreia, letargia, anorexia, desidratação, halitose urêmica, úlceras orais. halitose urêmica e úlceras orais são as mais observadas. Sinais relacionados à doença base. pelagem, escore... Diagnóstico Somatória de sinais Azotemia + isostenúria + hipostenúria. Imagem: rins normais ou aumentados e hiperecogênicos. Hemoconcentração (desidratação). não tem hemoconcentração se a doença que o paciente tinha causou anemia Leucositose (dependendo da causa). Urinálise: cilindros, células epiteliais, proteínas UPC: relação proteína : creatinina urinária. microprotéinúria. Obtém um valor que indica se tem microproteinúria ou não, sendo importante fazer para classificar a doença renal ou nos casos iniciais que não teve o aumento da creatinina e ureia. Biópsia renal. Hipercalemia. é o aumento do potássio circulante. o potássio é fundamental para a contração muscular, porém, é um fármaco utilizado para fazer eutanásia, excesso de potássio circulante faz o coração parar (fibrilação cardíaca). Hiperfosfatemia acidose metabólica hiperfosfatêmica!!!! Em excesso causa acidose metabólica hiperfosfatêmica, com isso, o metabolismo não ocorre pois todo o metabolismo precisa acontecer dentro da faixa de pH fisiológico, causas de acidose e alcalose fazem com que o metabolismo não ocorra. Pacientes podem estar de 6 a 10x com o fósforo acima do valor de referência. Hipocalcemia. Tratamento OBJETIVOS Recuperar homeostase. Tratar a causa base. Manutenção da produção urinária. diminuir creatinina e aumentar o débito urinário. OBS: maior produção de urina não indica maior TFG. pode indicar diminuição da reabsorção tubular. HIDRATAÇÃO RL, SF. Reidratar nas primeiras 6 a 12 horas. faz o cálculo da hidratação mais a manutenção para 12 horas. Pesar o animal → grande indicativo de hidratação! conforme for sendo feita a fluidoterapia, o peso tem que ir aumentando. Reposição de K. ideal: dosar eletrólito. se hipercalêmico não repor! repor apenas após diurese intensa! Se tiver hipercalemia não repõe o potássio se precisar repô- lo é necessário dosar ele antes e repor apenas após a diurese intensa. OLIGÚRIA, ANÚRIA? < 0,5 ml/kg/hora. Se está produzindo pouca urina está em oligúria, se não está produzindo urina está em anúria. Gaiolas metabólicas. Tapete higiênico. pesa o tapete antes, coloca dentro da baia, após uma hora pesa de novo e assim por diante, calculando o débito urinário. Sondagem. Página 38 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz Caixas de areia. Fluitoterapia de choque!!! cuidado para não causa uma hiper-hidratação ou edema pulmonar. Fluidoterapia de choque não funcionou? repete novamente. Está hidratado? diurético: Furosemida: 2 a 6 mg/kg IV. Manitol: 0,5 a 1 g/kg em 20 minutos. HIPERCALEMIA 0,1 a 0,25 ui/kg fazer glicose 50% 1 a 2 g/UI de insulina administrada. a insulina regular capta o potássio e o leva para dentro da célula, é a mais usada. 1 mEq/kg. 1 ml/kg IV lentamente não diminui potássio, neutraliza os efeitos. CORREÇÃO DA ACIDOSE METABÓLICA Normalmente a fluidoterapia com RL resolve. Hiperfosfatemica → não resolve!! Se necessário: peso x BE x 0,3 = mEq necessários. bicarbonato de sódio 8,4% = 1 mEq/ml. fazer 1/3 lentamente e repetir a gasometria. Paciente desidratado que fez gasometria e está em acidose, não irá resolver repor bicarbonato, hidrata primeiro, repete a gasometria e se for necessário, utiliza. A única forma de resolver é fazer o fósforo ser eliminado, o bicarbonato pode ajudar momentaneamente. TRATAR GASTROENTERITE Vômitos. se tiver sangramento utiliza-se o sucralfato. Antiácidos. Protetor de mucosa. DIETA Restrição de proteína e fósforo. dieta com restrição de proteína porque é metabolizada aumentando a creatinina e o fósforo. Diversas dietas comerciais disponíveis. OUTRAS OPÇÕES invasivo, demanda tempo e risco de contaminação alto. é uma opção. introduz um líquido no peritônio do paciente e o drena, faz isso por 24 horas e mensura a creatinina, porém, o risco de contaminação é alta e é extremamente invasivo. indicado apenas para causas onde há possibilidade de reversão do quadro. doença renal crônica não se cura com hemodiálise. custo elevado!!! indicada para pacientes que fazem anúria. Prognóstico Variável. Dependente: da causa base. da gravidade da azotemia. oligúria/anúria. É a doença que o animal tem creatinina e ureia elevada por mais de 4 meses (azotemia) e provém de algumas causas mais específicas do rim, não estando elucidado o mecanismo para a ocorrência da DRC. Causas Lesões glomerulares. Leptospirose, autoimune, PIF. leptospirose: causa uma IRA, ocorre uma inflamação grave de todo o organismo, a bactéria possui tropismo Página 39 de 101 Conteúdo com base nas aulas do Prof.º Patrick Eugênio Luz pelo tecido renal, além de ocorrer deposição de imunocomplexos na região tubular que leva a uma lesão aguda, quando ocorre a cicatrização o néfron perde a função. Obstruções, cálculos, neoplasias. obstrução: felino é comum, dependendo do tempo que o animal fica obstruído sem receber o tratamento adequado, pode desenvolver uma doença renal. Rins policísticos (Persas). Displasia renal. raças predispostas são Shihtzu e Lhasa Apso. Lesões isquêmicas. ex. hipotensão durante a anestesia, o aporte sanguíneo diminuído causa uma necrose na região e posteriormente, fibrose. Intoxicações. Fisiopatologia Ocorre a perda de néfrons e diminuição da taxa de filtração glomerular (TFG). Diminuição da excreção de substâncias. Diminuição da eritropoetina e calcitriol. Aspectos clínicos Os sinais aparecem progressivamente com o decorrer
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