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As Tendências Da Gestão Do Conhecimento

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@laismazzini 
 
AS TENDÊNCIAS DA GESTÃO DO CONHECIMENTO 
da socialização, de acordo com Takeushi e Nonaka (2008), na qual o 
compartilhamento é do conhecimento tácito. Isso significa que o know-how – o saber como se 
faz, o conhecimento mais específico – é transmitido de pessoa para pessoa. Na próxima 
conversão, , é criado o conhecimento explícito ou conceitual. Nessa etapa, é 
fundamental a descrição em forma de relatórios, manuais, procedimentos. Esse é o momento 
de documentar o que é feito e de que forma é realizado. Pode ser em forma de passo a passo, 
esquemas, entre outros. A etapa da externalização é tão importante quanto a da socialização, 
pois muitas ideias implantadas, quando não registradas, caem no esquecimento e aos poucos 
vão deixando de ser realidade, o que acarreta um prejuízo no desenvolvimento do conhecimento 
organizacional e, segundo os autores, é quando o 
conhecimento fica sistêmico, ou seja, ele é facilmente encontrado na organização. Para isso se 
lança mão de banco de dados, redes de comunicação e transmissão de conhecimento por meio 
de reuniões, conversas telefônicas. E, finalmente, 
 que é o aprender fazendo, a aplicação do que foi desenvolvido nas fases 
anteriores. Esse processo é dinâmico e, sendo assim, não é possível determinar em que 
momento o conhecimento se constrói, mas ao novo conhecimento adquirido cada pessoa pode 
agregar suas próprias percepções, sensações, experiências e, desta forma, dar um formato novo 
e especial a este conhecimento. Desta maneira, a inovação acontece. 
 que permite que a empresa consiga obter as tão desejadas 
melhorias contínuas, que resultam em posições mais vantajosas perante os concorrentes. Assim, 
, estimulando a inovação, faz parte de ações 
estratégicas para a manutenção do negócio. Empresas que investem em capital intelectual, em 
conhecimento, voltando-se para a aplicação prática deste, tornam-se sempre diferenciadas e, 
muitas vezes, referência. Com o objetivo de valorizar esse tipo de empresa, o prêmio MAKE 
(Most Admirated Knowledge Enterprise) é distribuído desde 1997 na Europa, Ásia e nos Estados 
Unidos. Há também uma versão brasileira do prêmio. 
estabelecer uma cultura do conhecimento; desenvolver liderança e suporte para a 
gestão do conhecimento; atender o cliente em termos de serviços e produtos voltados para o 
conhecimento e inovação; sensibilizar colaboradores a respeito da importância de compartilhar 
conhecimento; gerir o capital intelectual; criar e sustentar o aprendizado organizacional; criar 
valor na corporação; criar valor na corporação para os acionistas. Segundo a autora, as empresas 
candidatas ao prêmio recebem um relatório com os resultados em que são sinalizados quais os 
pontos que poderão ser aperfeiçoados, de forma a buscar a excelência em gestão do 
conhecimento (GC). 
As empresas voltadas para a aprendizagem conseguem que a GC seja feita de maneira mais 
integrada e com menos barreira. 
 aquisição, formalização (registro), aplicação e 
disseminação (compartilhamento) e explica que são tomadas iniciativas em todos os processos. 
Para , por exemplo, existem planos de capacitação institucional, 
programas de estágio e de incentivo à pós-graduação, contratação de especialistas em áreas 
específicas, além da participação de profissionais em eventos externos, nacionais e 
internacionais. estimulada pelo mapeamento de carreira, 
programa de reconhecimento e pela retenção de talentos, entre outros. 
@laismazzini 
 
, existem programas de pesquisa e desenvolvimento, portfólio de serviços e 
soluções, criação de empresas de base tecnológica, o programa de empreendedorismo e 
proteção da propriedade intelectual por intermédio de patentes, marcas e registros de software. 
Já passa pelos diversos canais de comunicação da 
organização, chegando a todos os stakeholders. 
 “[...] 
à medida que a globalização permite que se compartilhe toda e qualquer informação em tempo 
real em todas as partes do mundo, a importância do conhecimento para a criação de riquezas é 
cada dia maior e está prestes a atingir um nível ainda mais relevante”. 
Inovação envolve e gera conhecimento, e conhecimento não tem fronteira. Pode ser 
compartilhado com as mais diferentes áreas como filosofia, psicologia, artes, religião, entre 
outras. São infinitos os saberes que podem ser compartilhados. Além disso, não encontra 
barreiras geográficas. Rapidamente o conhecimento se amplia e perpassa as nações por meio 
dos intercâmbios, dos compartilhamentos que ocorrem favorecidos pela internet, das trocas por 
meio de palestras e cursos on-line. Mas é preciso investimento em conhecimento para 
acompanhar as tendências mundiais. Para demonstrar isso, foi realizado um estudo por Terra 
(2012) que comparou as produções do Brasil e da China em gestão do conhecimento e inovação 
e encontrou os seguintes números. Foram analisados 36.280 artigos, sendo 15.291 sobre gestão 
do conhecimento e 20.989 a respeito de inovação, no período de 2009 a 2011. Quanto à gestão 
do conhecimento, houve grande incidência das palavras-chave design e mobile e, neste tema, o 
Brasil teve a participação em 1,6 do total de artigos publicados pelo mundo. Já a China ficou em 
primeiro lugar com 21% de publicação. Em números absolutos foram 3.331 da China somados 
os três anos. O Brasil produziu 257 artigos no mesmo período. No que se refere à gestão da 
inovação, as palavras-chave encontradas foram e-learning e performance. Em inovação, o Brasil 
teve 1,5 de participação, enquanto que a China ficou novamente em primeiro lugar com 18% dos 
documentos publicados. Os números referentes aos três anos somados foram 3.759 para a China 
e 319 para o Brasil. Encontra-se uma grande diferença entre os dois países analisados e sem 
dúvidas encontramos empresas e instituições brasileiras, especialmente as de ensino, que se 
destacam em inovar e cuidar de seu patrimônio intelectual, mas parece bastante pertinente 
lembrar que o conhecimento é volátil e exige constantes esforços e investimentos para a sua 
aquisição, manutenção e ampliação. Aqueles que compreendem isso, com certeza estão um 
passo à frente. 
 
 
 
 
 
 
 
Referência: Gestão do conhecimento - Yaeko Ozaki e Marcia Eloisa Avona

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