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DIREITO PENAL CONDUTA A conduta pode ser analisada sob dois primas – teoria finalista ou teoria causalista. TEORIA FINALISTA Conduta é a ação ou omissão humana, consciente e voluntária, dirigida a um fim. TEORIA CAUSALISTA Conduta é o movimento corporal voluntário que produz um resultado no mundo exterior. A ação, neste caso, é mera exteriorização do pensamento. São elementos da conduta: → A exteriorização do pensamento; → A consciência; → A voluntariedade. A conduta pode ser omissiva, comissiva ou mista. → A ação é conduta positiva (comissiva), que se manifesta por um movimento corpóreo. Viola uma proibição. A norma penal nesses crimes é proibitiva. → A omissão é conduta negativa (omissiva), que consiste na indevida abstenção de um movimento. Descumpre uma ordem. Nestes tipos de ação, a norma penal é mandamental, ou seja, a norma determina que, em determinadas circunstâncias, tal conduta deve ser tomada. Não se censura o ato de pensar. Não serão punidos os atos realizados sem consciência. A conduta punível será sempre reflexo da vontade do agente. Sem a presença de uma vontade consciente, não há ação penalmente relevante. Devem ser excluídas do Direito Penal as ações que não mostram relevância penal. → A conduta mista é aquela em que o tipo penal descreve uma conduta positiva, mas a consumação do crime se da por omissão, como o crime do art. 169, parágrafo único, II, do CP). SOBRE A CONDUTA OMISSIVA: Importante ressaltar que, em relação aos crimes omissivos, o CP adotou a teoria normativa, a qual indica que a omissão consiste em deixar de fazer algo imposto pela lei que fosse feito, independentemente se for omissão própria ou imprópria. SOBRE A CONDUTA COMISSIVA: A conduta comissiva ocorre quando há uma ação. TEORIAS DA OMISSÃO TEORIA NATURALÍSTICA -> A omissão será punível sempre que o resultado se deu em razão dela. TEORIA NORMATIVA -> A omissão será punível quando o agente tinha a obrigação de agir mas não o fez. ESPÉCIES DE CRIMES OMISSIVOS CRIMES OMISSIVOS PRÓPRIOS -> O próprio tipo penal descreve uma conduta omissiva. O verbo nuclear contém um não fazer. São crimes de mera conduta. CRIMES OMISSIVOS IMPRÓPRIOS -> São crimes comissivos por omissão. Ou seja, o tipo penal descreve uma conduta positiva, mas o sujeito responde pelo crime porque estava juridicamente obrigado a impedir a ocorrência do resultado e, mesmo podendo fazê-lo, omitiu-se. Os crimes omissivos impróprios apenas ocorrem quando existe dever legal de agir (art. 13,§2º, CP). As hipóteses em que existe tal dever são: ❖ Dever legal ou imposição legal; ❖ Dever de garantidor; ❖ Ingerência da norma. TEORIAS DA AÇÃO – RESUMO TEORIA NATUALISTA – A ação é uma exteriorização do pensamento, uma movimentação que produz efeitos no mundo exterior. TEORIA FINALISTA – A ação é uma conduta humana consciente e voluntária dirigida a uma finalidade. TEORIA SOCIAL – A ação é uma conduta socialmente relevante. TEORIA NATURALISTA DA AÇÃO → Beling → A ação é uma modificação causal no mundo exterior produzida por uma manifestação da vontade, seja por ação ou omissão → O conteúdo da vontade constitui a culpabilidade → Ocorre uma separação entre os aspectos objetivos (movimento corporal e resultado e subjetivos (conteúdo da vontade – culpabilidade) da ação TEORIA FINALISTA DA AÇÃO → Welzel → A ação é o exercício da atividade final, com a antecipação de um resultado e a escolha dos meios para isso. → A vontade integra a ação final → Não se adequa aos crimes culposos TEORIA SOCIAL DA AÇÃO → Eb Schmidt → A ação deve ser analisada de forma objetivamente genérica → Apenas será uma ação punível aquela relevante socialmente TEORIA DA AÇÃO SIGNIFICATIVA → Wittgenstein → A ação é o significado do que as pessoas fazem, devendo ser interpretadas de acordo com as normas e as regras. → Não existe um conceito concreto de ação, devendo ela ser analisada de acordo com o caso concreto. OBSERVAÇÃO: O Brasil adotou a teoria finalista da ação.
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