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A relação do Estado com as instituições sociais

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A relação do Estado com as instituições 
sociais
Apresentação
Na sociedade capitalista, o Estado se legitimou perante a classe dominante e a sociedade, por sua 
vez, passa a ser reconhecida como uma instituição reguladora. Em tempos de neoliberalismo, o 
Estado estabelece relações com as organizações, mas de forma passiva, interferindo pouco na 
economia.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você verá a relação entre o Estado e as instituições sociais. Para 
isso, você irá conhecer o que são instituições sociais e quais foram as principais instituições que 
serviram de base para as relações sociais existentes. Você verá também as formas pelas quais o 
Estado se legitimou perante a sociedade, usando o mecanismo da hegemonia das classes 
dominantes. Por fim, você verá as alternativas de controle social democrático existentes frente ao 
aparelho estatal, ou seja, quais formas de controle social foram sendo estabelecidas para fiscalizar 
as ações do Estado, em especial a partir da Constituição Federal de 1988.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Descrever os conceitos relacionados às instituições sociais.•
Correlacionar o monopólio da força legítima com o poder do Estado e a estratégia de 
hegemonia.
•
Descrever as alternativas de controle social democrático frente ao aparelho estatal.•
Desafio
As instituição sociais são importantes para as relações estabelecidas na sociedade. O Estado possui 
poder dentro dos limites territorias para realizar o seu governo enquanto regulador social, podendo 
se utilizar da força ou não. O Estado mantém o seu poder por meio da hegemonia praticada pelas 
classes dominantes. O assistente social, frente às demandas que são atendidas, percebe a 
fragilidade das políticas sociais residuais diante de um Estado mínimo.
Acerca desse cenário, observe o caso a seguir.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/6e3394fd-25e2-44dd-9865-2112e7914ed3/22c4ecb6-697e-43a0-b8c4-209a27d7a04d.png
Diante desse cenário quais estratégias de ação a ONG deve utilizar para conseguir ir até o local do 
evento?
Infográfico
Instituição é um estrutura lógica que possui leis, normas, hábitos e que ganha materialidade nas 
organizações. As instituições regulam a vida em sociedade para que o corpo social se mantenha 
coeso. 
Neste Infográfico, você verá o conceito de instituição social e quais são as principais instituições 
sociais legitimadas pelas sociedade.
Aponte a câmera para o 
código e acesse o link do 
conteúdo ou clique no 
código para acessar.
https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/f1963182-30fb-4244-800f-738a703e47e5/97e89d69-79ee-4f1f-98df-8372ea9827e3.png
Conteúdo do livro
O Estado, por ser o regulador da sociedade, possui relação direta com as instituições sociais 
existentes, além de contribuir para o estabelecimento delas na sociedade. 
No capítulo A relação do Estado e instituições sociais, do livro Análise institucional e serviço social, 
você irá entender a relação entre o Estado e as instituições sociais, os seus conceitos e os seus 
respectivos papéis na sociedade. 
Boa leitura.
ANÁLISE 
INSTITUCIONAL E 
SERVIÇO SOCIAL
Láis Vila Verde Teixeira
A relação do Estado com 
as instituições sociais
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Definir instituição social.
  Analisar a relação entre o monopólio da força legítima com o poder 
do Estado e estratégias de hegemonia.
  Listar as alternativas de controle social democrático frente ao aparelho 
estatal.
Introdução
Neste capítulo, você vai conhecer e refletir acerca da relação do Estado 
com as instituições sociais. Como você vai ver, uma instituição é uma 
estrutura lógica, que contém regras, leis, normas e hábitos. As instituições 
se materializam nas organizações sociais, acompanhando as transforma-
ções societárias em curso. Por meio das organizações sociais, as normas 
e leis ganham materialidade e conduzem a vida em sociedade, sendo 
aceitas por todos.
Primeiramente, você vai ver o que são e quais são as instituições 
sociais, bem como o papel que desempenham na sociedade. É impor-
tante você notar que existem ao menos quatro instituições principais 
que ajudam a regular a vida em sociedade. Em seguida, você vai verificar 
como o Estado utiliza o mecanismo da hegemonia praticada pela classe 
dominante para obter legitimidade de força perante a sociedade. Por fim, 
você vai conhecer as alternativas de controle social democrático diante 
do aparelho estatal utilizadas por assistentes sociais a fim de fiscalizar as 
ações do Estado.
C02_A_relacao_Estado.indd 1 22/02/2019 16:07:58
Instituições sociais
Uma instituição social corresponde a um conjunto de valores, de normas sociais 
e de práticas comuns a um grupo de indivíduos. Ela engloba um conjunto 
de regras e procedimentos padronizados socialmente, reconhecidos, aceitos 
e sancionados pela sociedade, possuindo grande valor social. As principais 
instituições sociais são: a família, a religião, a educação e o Estado (que 
engloba a política e a economia). As instituições possuem como fi nalidade 
a satisfação das necessidades de indivíduos e grupos sociais, estabelecendo 
padrões, papéis e relações entre os indivíduos.
Tal padrão de comportamento torna os componentes de uma cultura ou 
de um grupo coesos por meio dos valores estabelecidos, contribuindo para 
a elaboração de um código de conduta. Cada instituição possui a sua função 
social, a fim de cumprir um propósito de interesse do grupo social. Afinal, 
o processo de crescimento e desenvolvimento do ser humano está atrelado a 
aprender as regras que devem ser seguidas para a vida em sociedade.
Com o passar do tempo, algumas regras se tornam fundamentais. As insti-
tuições sociais são o principal meio de gerenciamento de demandas sociais, ou 
seja, seu desenvolvimento ocorre para atender às necessidades da sociedade. 
Para alguns pensadores, as instituições sociais servem como instrumento de 
regulação e controle das atividades humanas.
Em síntese, as instituições sociais: são estruturais para a sociedade, têm 
função duradoura, procuram dar conta das carências sociais, seguem normas 
e valores, guiam a conduta dos indivíduos e possuem coesão entre si (BER-
NARDES, [201-?]). A seguir, você vai ver quais são as instituições principais.
Família
A família, em geral, é considerada o fundamento básico e universal das socie-
dades, por se encontrar em todos os agrupamentos humanos, embora variem 
as suas estruturas e o seu funcionamento (LAKATOS; MARCONI, 1990). 
Anteriormente, a família signifi cava um fenômeno biológico que tinha como 
função a manutenção e a reprodução da vida humana. Com o passar do tempo, 
ela se transformou em um fenômeno social, sofrendo uma grande evolução e 
adquirindo outras funções, até regulamentar as bases conjugais conforme as 
leis contratuais, religiosas e morais.
Na definição de Lakatos e Marconi (1990, p. 169), “As sociedades apre-
sentam diferenças na maneira como se organizam ou estruturam seus grupos 
familiares, variáveis no tempo e no espaço. A família pode ser: elementar, 
A relação do Estado com as instituições sociais2
C02_A_relacao_Estado.indd 2 22/02/2019 16:07:58
extensa, composta, conjugada-fraterna [...]”. A família elementar (nuclear) é 
uma unidade formada por um homem, sua mulher e seus filhos, que vivem 
juntos e são reconhecidos pelos membros da sociedade. É a base da estrutura 
social, da qual derivam as relações de parentesco primárias.
Por sua vez, a família extensa é uma unidade composta por duas ou mais 
famílias nucleares, ligadas por laços consanguíneos. Os membros da família 
são ligados entre si por deveres e direitos legitimamente reconhecidos. A 
família composta é uma unidade formada por três ou mais cônjuges e seus 
filhos. Refere-se ao núcleode famílias separadas mas ligadas pela sua relação 
com o pai comum. Por fim, a família conjugada fraternal refere-se a uma 
unidade composta de dois ou mais irmãos, suas respectivas esposas e filhos.
Na sociedade contemporânea, não é possível considerar apenas um modelo 
de família. Hoje, há diversos arranjos familiares. Veja:
Transformações ocorreram, como: o divórcio, os métodos contraceptivos, 
o crescimento das indústrias, a entrada da mulher no mercado de trabalho, 
entre outras tantas mudanças que trouxeram para a família alterações, sendo 
estas responsáveis pela diversidade de tipos familiares. Deve-se ressaltar que 
a família não se encontra enfraquecida, pelo contrário, ela vem deixando de 
ser apenas um único modelo para transformar-se em outros modelos familiares 
(CHRISTIANO; NUNES, 2013, documento on-line).
A concepção de família centrada apenas no casamento foi se modificando 
com o passar do tempo, dando abertura para o aparecimento de novos arranjos 
familiares. Assim, a família vai se adequando ao movimento da sociedade 
e também está relacionada às condições concretas/materiais de vida que os 
indivíduos estabelecem entre si.
No século XXI, manifestam-se diversos tipos de arranjos familiares, como: 
família nuclear, família patriarcal, família monoparental, casais sem filhos, famí-
lias unipessoais, famílias extensas, famílias homoafetivas, famílias consensuais, 
famílias por associação e ainda aquelas que possuem os avós como referência. 
A família é uma instituição que influencia de forma direta a formação da perso-
nalidade e da identidade dos seus membros. Nesse sentido, tem se transformado 
no braço direito do Estado para a disseminação da ideologia dominante.
Mioto (2004, documento on-line) afirma que a família:
[...] independente das formas ou modelos que assume, ainda é o espaço privile-
giado na História da Humanidade onde aprendemos a ser e a conviver. É me-
diadora das relações entre os sujeitos e a coletividade, mediando continuamente 
os deslocamentos dos limites entre o público e o privado, e geradora de formas 
3A relação do Estado com as instituições sociais
C02_A_relacao_Estado.indd 3 22/02/2019 16:07:59
comunitárias de vida. Tudo isso, sem desconsiderar-se que ela se caracteriza 
como um espaço contraditório, cuja dinâmica cotidiana de convivência é mar-
cada por conflitos e geralmente também por desigualdades, além de que nas 
sociedades capitalistas a família é fundamental no âmbito da proteção social.
A família é o primeiro espaço para a construção da cidadania. Ela também 
é central nas políticas de assistência social (matricialidade sociofamiliar), 
sendo responsável pelo cuidado de seus membros. Ainda assim, percebe-se 
certa desproteção familiar, já que não há uma política social que contemple a 
família em sua totalidade, no sentido de protegê-la.
Para a plena realização da família enquanto instituição social, é preciso que 
ela tenha meios para tal, ou seja, meios para efetivamente cuidar e proteger os 
seus membros. Entretanto, diante de um Estado mínimo, a família, atualmente, 
vem sofrendo as diversas expressões da Questão Social: fome, miséria, falta de 
acesso à saúde de qualidade, desemprego, falta de acesso à educação, entre outras.
Religião
É um fenômeno social que pode ser encontrado em qualquer sociedade. Entre 
todas as instituições existentes nas sociedades humanas, a religião é a única que 
não se baseia apenas em necessidades físicas do homem. Considere o seguinte:
A crença religiosa é o aspecto cognitivo da religião que procura explicar 
a natureza e a origem das coisas sagradas. A crença baseia-se em atitudes 
habituais, na fé, e as noções dela derivadas, mesmo quando coincidem com a 
ciência, não se fundamentam nas observações e no tipo de evidência próprios 
desta última (LAKATOS; MARCONI, 1990, p. 181).
Durante o processo de desenvolvimento histórico, surgiram muitas formas 
de manifestação religiosa. Muitas religiões surgiram e desapareceram, e 
outras permanecem vivas há vários séculos. Crer em algo divino e possuir 
um sentimento religioso são fenômenos que ocorrem em todas as sociedades.
Estado
É um mecanismo de controle social coercitivo existente na sociedade. O Estado 
exerce autoridade sobre seu povo por meio de um governo que é soberano, 
dentro da limitação de um território, com direito sobre a regulamentação 
do uso do consenso e da coerção. Para Lakatos e Marconi (1990, p. 185), é 
importante considerar que:
A relação do Estado com as instituições sociais4
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O conceito de Estado implica a inclusão do elemento governo, que mantém 
a ordem e estabelece as normas relativas às relações entre os cidadãos. Nem 
todo governo é sinônimo de Estado, porque existem governos sem Estado 
[...]. O Estado constitui parte essencial, mas não a totalidade da estrutura 
social, com funções externas e importantes, embora limitadas, pois só pode 
supervisionar os aspectos exteriores da vida social.
Você deve ter em mente que o controle exercido pelo Estado se refere à 
manutenção da ordem estabelecida. O Estado utiliza a hegemonia exercida 
pela classe dominante como instrumento viabilizador para a cultura de massas. 
Diferente desse controle, o controle social exercido nos conselhos amplia-se 
para o viés democrático de direito. Assim, a população, por meio de sua par-
ticipação, pode fiscalizar as ações do Estado e propor alternativas e sugestões 
de melhorias nas políticas públicas. O Estado é composto pelo governo e pelos 
governados, incluindo todas as pessoas dentro de um território com limites 
definidos. Essas pessoas são membros de um governo que é soberano, ou seja, 
cidadãos cujas ações são controladas.
Os Estados modernos possuem três poderes: o Executivo — encarregado 
de executar as leis; o Legislativo — encarregado de elaborar as leis; e o Judi-
ciário — encarregado de distribuir a justiça e interpretar a constituição. Por 
fim, há o Ministério Público — incumbido de defender a ordem jurídica, o 
regime democrático e os interesses sociais e individuais indisponíveis.
Educação
Para a sobrevivência da sociedade, os conhecimentos construídos ao longo 
das gerações devem ser repassados às novas gerações. Os primeiros grupos 
sociais deixavam essa tarefa para a família. Com o passar do tempo, essa 
incumbência foi transferida para equipamentos sociais, as escolas.
É importante você diferenciar socialização de educação. A socialização 
é um processo que tem o objetivo de interiorizar os aspectos socioculturais 
do meio em que se vive. Ela contribui para a construção da personalidade 
dos sujeitos sob a influência da experiência de agentes sociais significativos, 
para que eles se adaptem ao meio social em que estiverem. Já a educação é 
uma ação exercida por adultos que tem por objetivo desenvolver na criança 
habilidades intelectuais e morais exigidas pela sociedade política e pelo meio 
em que a criança vive. Além disso, considere o seguinte:
[...] o efeito da educação, visto como um todo, é o de aumentar a rapidez com 
que as várias mudanças, tanto tecnológicas quanto materiais, se expandem 
5A relação do Estado com as instituições sociais
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na sociedade. Ora, este fator é considerado de forma ambivalente pelos com-
ponentes da sociedade: se realmente há o desejo de que a escola estimule a 
mudança no campo material e tecnológico, espera-se, ao mesmo tempo, que 
mantenha inalterados os padrões de relações, as normas e os valores de uma 
sociedade dada (LAKATOS; MARCONI, 1990, p. 219).
O sistema educacional, com o passar do tempo, sofreu grandes transformações. 
A educação, na lógica do sistema capitalista, em vários países, não tem o papel 
de emancipar o indivíduo, mas de manter o viés conservador e os indivíduos 
alienados. Nesses contextos, a educação de qualidade está disponível apenas para 
aqueles que conseguem ter acesso a ela. Como você pode notar, essa relação é 
contraditória. Afinal,nela o interesse do Estado sobre as massas é o de manter 
a ordem estabelecida. Assim, a educação pode ser utilizada como instrumento 
de contra-hegemonia com vistas à fragilização do poder do Estado. Portanto, 
manter a classe dominada alienada impede um levante em grandes proporções. 
A educação pode até ser direito de todos, mas seu acesso continua sendo desigual.
A legitimidade das forças do Estado 
e as estratégias de hegemonia
Desde os primórdios da civilização, o trabalho tem sido o elemento de proteção 
e sobrevivência do homem nas diversas formas de sociabilidade. Assim, o tra-
balho é um determinante das relações humanas sempre presente na vida do ser 
social, visto que ele é um sujeito atuante e elemento modifi cador desse processo.
Com a ascensão da burguesia, o Estado capitalista foi tomando forma e 
força, se consolidando com a Revolução Industrial. Anteriormente, no feu-
dalismo, o regime de governo era diferente e basicamente se dividia entre a 
nobreza e os servos. Com o advento da burguesia, o modo de produção sofreu 
drásticas mudanças e surgiu também a sociedade de classes: burguesia e 
proletariado. Nesse contexto, o Estado continuou com seu papel regulador, 
porém passou a atuar a favor da burguesia.
A Revolução Industrial fez as manufaturas perderem força e trouxe novas 
tecnologias, como a máquina a vapor. O processo de manufatura, como o nome 
já indica, era manual. O trabalhador conhecia todo o processo de trabalho, pois 
era ele mesmo quem pensava e realizava a execução do seu objeto de trabalho. 
No novo modo de produção, o trabalhador não conhece todo o processo de 
produção, já que não participa da criação do seu objeto de trabalho. Além 
de o trabalho se tornar alienado, o trabalhador vende a sua força de trabalho 
para o capitalista, que, em troca de horas de trabalho, lhe paga um salário.
A relação do Estado com as instituições sociais6
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O modo de produção capitalista assentou suas bases nessa sociedade e 
foi se desenvolvendo com o passar do tempo. No atual modo de produção, 
o trabalho é “coisificado” em relação ao homem, que não conhece toda a 
lógica da produção, ou seja, não “integra” o produto que ajuda a criar, não se 
reconhecendo como parte do processo. A base de acumulação do capital é a 
exploração, a expropriação de mais-valia e a apropriação da riqueza socialmente 
produzida. O princípio de totalidade possibilita compreender que a integração 
do trabalho ontológico ao trabalho explorado não permite ao ser humano uma 
realização pessoal, mas responde apenas aos fetiches do capital globalizado.
As transformações ocorridas na sociedade e nas condições de vida da 
população estão relacionadas à ordem econômica, à organização do trabalho, 
à mudança de valores e de hábitos e à afirmação da lógica individualista no 
contexto da sociedade. Esses fatores provocam mudanças radicais nos modos 
de organização da sociedade, inclusive na família.
A partir da década de 1980, o mundo do trabalho sofreu grandes transfor-
mações, principalmente em países de capitalismo avançado. Nesses locais, a 
classe que vivia do trabalho (ANTUNES, 2008) sofreu profundas crises, o que 
afetou seus inter-relacionamentos e até sua forma de ser. Isso provocou um 
grande salto tecnológico, mesclando fordismo e taylorismo, ou seja, provocando 
mudanças nos moldes da produção.
A produção em série e a de massa foram substituídas pela “flexibilização da 
produção”, que adequa a produção à lógica do mercado. Assim, provoca rebatimen-
tos negativos nos direitos trabalhistas até então dificilmente conquistados. Muitos 
trabalhadores padecem das transformações do mundo do trabalho precarizado, 
temporário e terceirizado, tendo seu cotidiano moldado pelo desemprego estru-
tural. As dinâmicas de trabalho contemporâneas possuem várias características 
resultantes das modificações da produção de capital ocorridas nas últimas décadas.
Essa nova lógica fez germinar um mercado de trabalhadores informais, am-
pliando o trabalho desregulamentado sem carteira assinada. Nesta era de infor-
matização do trabalho (em que as capacidades intelectuais são transferidas para a 
máquina), há uma informalização do trabalho, que agrega uma classe desprovida de 
direitos com salários baixos. Nesse cenário, ocorre também uma queda do trabalho 
contratado e regulamentado, que está sendo substituído pelo empreendedorismo, 
pelo corporativismo e pelo trabalho voluntário. Esse cenário tem se desdobrado 
no aumento de instituições do terceiro setor, desenvolvendo atividades ligadas à 
assistência, com ou sem fins lucrativos, à margem do mercado.
Nesse contexto, o Estado não se posiciona de forma neutra, mas de 
forma cautelosa frente à nova ordem societária ditada pelo capital. O novo 
modelo de Estado deveria garantir os meios mínimos de sobrevivência 
7A relação do Estado com as instituições sociais
C02_A_relacao_Estado.indd 7 22/02/2019 16:07:59
para as pessoas. Entretanto, se você analisar minuciosamente, não vai 
encontrar elementos concretos que provem a materialidade do Estado. Ou 
seja, o Estado parece cumprir um papel de ator observador em vez de ser o 
protagonista, no sentido de buscar melhores alternativas para os apelos da 
população. Não garantindo o trabalho, ele acaba por incentivar o trabalho 
informal e precário. A forma assalariada de trabalho desenvolvida pelo 
capitalismo visa à integração das pessoas ao modo de produção. Além 
disso, a concentração de renda e a desigualdade social contribuem para o 
desemprego estrutural.
Como você pode notar, o Estado, enquanto regulador social, foi mudando 
de posicionamento frente à sociedade com o passar do tempo. Na sociedade 
capitalista contemporânea, com a instauração da agenda neoliberal, o Estado 
intermedia as relações entre economia e política e interfere de forma parcial 
na economia. Dessa forma, aos poucos o Estado foi se legitimando perante a 
sociedade e conquistando sua autonomia, sua força.
Um importante instrumento utilizado como mecanismo para a legitimação 
do Estado perante a sociedade é a hegemonia. Para Marx, “hegemonia” é 
um termo empregado nas análises interpretativas da relação entre as classes 
sociais. Ele desvela a dominação ou a hegemonia que uma classe social (no 
caso, a classe dominante) exerce sobre as outras, utilizando recursos como 
coerção, ideologia, cultura, moral ou até mesmo força (MOCHCOVITCH, 
1992 apud DANTAS, 2015). Veja:
O conceito de hegemonia, finalmente, representa talvez a contribuição mais 
importante de Gramsci à teoria marxista. Hegemonia é o conjunto das funções 
de domínio e direção exercido por uma classe social dominante, no decurso 
de um período, sobre outra classe social e até sobre o conjunto das classes 
da sociedade. A hegemonia é composta de duas funções: função de domínio 
e função de direção intelectual e moral, ou função própria de hegemonia 
(MOCHCOVITCH, 1992 apud DANTAS, 2015, p. 42).
Outro elemento utilizado pelas classes dominantes para manter a hegemonia 
e se legitimar frente às demais classes é o consenso alcançado por meio de 
recursos ideológicos. A hegemonia de uma classe não pode ser sustentada 
apenas com recursos políticos, o que dificulta a sua consolidação. Também é 
necessário utilizar recursos culturais, morais e intelectuais a fim de conseguir 
um nível de assimilação ampliado pelos indivíduos.
O que sustenta os interesses comuns da classe dominante é a aceitação dos 
sistemas políticos e da exploração econômica. Muitos estudiosos pensaram 
estratégias que rompessem com a hegemonia instaurada pela classe dominante 
A relação do Estado com as instituições sociais8
C02_A_relacao_Estado.indd 8 22/02/2019 16:07:59
e com a destruição do Estado. Uma das estratégias pensadas para romper com 
a lógica capitalista foi descontinuar o consenso e a legitimidade da classe 
dominante, o que levaria ao conflito das classes sociais, criando uma crise 
orgânica do Estado e dando abertura para o processo revolucionário.Depende 
dos pensadores e da classe operária a criação de estratégias revolucionárias 
para romper com a hegemonia da classe dominante e criar os fundamentos 
para consolidar a hegemonia da classe trabalhadora.
O controle social como mecanismo 
de enfrentamento
A partir da Constituição Federal de 1988, o Brasil iniciou um período de lutas 
a favor da democracia e da viabilização de direitos. O período da Ditadura 
Militar, que teve seu início na década de 1960, foi marcado por violência, 
opressão, desigualdade social, submissão ao governo e repressão da liberdade, 
a fi m de manter a ordem estabelecida e fortalecer o poder militar.
Esse cenário de sofrimento provocou no povo brasileiro, em específico 
nos movimentos de esquerda, um grande descontentamento. Assim, foram 
criadas várias propostas de enfrentamento, como os sindicatos e movimentos 
sociais, que tinham por objetivo defender a classe trabalhadora, visando a uma 
sociedade mais democrática e ao encerramento do Governo Militar.
Nesse período de efervescência social, o Serviço Social se aproximava da 
teoria crítica social. O contato com essa vertente teórica trouxe novos valores e 
elementos para a compreensão da realidade social, possibilitando a adequação 
do Código de Ética Profissional e a adoção de um posicionamento político 
frente ao cenário que se vivenciava. Considere o seguinte:
Se privilegiada a concretização dos interesses das classes subalternas, a função 
de mobilização social desempenhada pelos assistentes sociais direciona-se 
para o fortalecimento dos espaços de luta dessas classes, onde é possível 
gerar e socializar conhecimentos, constituindo sujeitos coletivos capazes de 
participar da construção da hegemonia das referidas classes (CARDOSO, 
1995 apud ABREU; CARDOSO, 2009, p. 697).
A partir do momento em que a profissão optou por atuar a favor da classe 
trabalhadora e da garantia de direitos, foi necessário criar estratégias de ação 
para contrapor o projeto societário hegemônico. Ou seja, foi preciso desenvolver 
estratégias que fortalecessem os movimentos sociais e também construíssem 
9A relação do Estado com as instituições sociais
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junto à classe trabalhadora uma consciência coletiva acerca do funcionamento 
do sistema capitalista.
Essa perspectiva de mobilização social pode ser desenvolvida nos diver-
sos espaços sócio-ocupacionais onde o assistente social está alocado, como 
também nos conselhos de direitos e de políticas, com uma inserção crítica e 
de compromisso político, trazendo para o debate os interesses imediatos das 
classes menos favorecidas. Portanto, nas palavras de Abreu e Cardoso (2009, 
p. 697–698), deve-se pensar que: 
[...] as estratégias de mobilização social e organização referem-se à participação 
na construção dos referidos conselhos, não como mecanismos de colabora-
cionismo de classes, mas como espaços de luta, espaços de enfrentamento 
entre interesses antagônicos [...]. 
Apresentando as demandas das classes subalternas e implementando res-
postas às suas necessidades.
A mobilização social se efetiva a partir dos processo de luta que cercam 
as tendências do movimento de classes a partir dos anos 1990. Duas direções 
circunscrevem a tendência dos processos de mobilização social e organização 
no âmbito do Serviço Social:
  centrar no fortalecimento do poder do usuário, na perspectiva da luta 
pela democratização e da universalização das políticas públicas;
  vincular a prática profissional dos assistentes sociais ao movimento 
dos trabalhadores, contribuindo para ajudar na sua organização autô-
noma, fundamentada na necessidade e na possibilidade de lutas que 
favoreçam a garantia e a ampliação das conquistas sociais e políticas, 
fortalecendo processos de superação da ordem burguesa e a conquista 
da emancipação humana.
No link a seguir, você pode ver um vídeo sobre a intervenção do Serviço Social nos 
processos de mobilização e organização popular. O tema é abordado pela assistente 
social Morena Gomes Eblin Farage.
https://goo.gl/gy9S23
A relação do Estado com as instituições sociais10
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A inserção dos assistentes sociais nas instâncias de controle democrático 
é muito importante, com destaque para os conselhos de políticas e de direitos. 
Portanto, os assistentes sociais podem tanto ocupar posições de conselheiros 
como assessorar os conselhos ou seus segmentos (usuários, trabalhadores e 
poder público). Nesse contexto: 
Pensar o trabalho profissional dos assistentes sociais [...] supõe uma dupla 
dimensão: analisar o controle democrático no contexto macrossocietário 
que vem alterando as políticas sociais com retração dos direitos sociais e as 
respostas técnico-profissionais e ético-políticas dos agentes profissionais 
(BRAVO, 2012, documento on-line).
A fim de corrigir as injustiças sociais históricas que ocorreram ao longo do 
processo de desenvolvimento da sociedade brasileira, a Constituição Federal 
de 1988 trouxe em seu texto alguns mecanismos que representaram avanços 
naquele contexto de mobilização da sociedade civil. Com a descentralização do 
poder e a democratização das políticas, o município passou a ser reconhecido 
como ente federativo autônomo. Assim, foram transferidas “[...] para o âmbito 
local novas competências e recursos públicos capazes de fortalecer o controle 
social e a participação da sociedade civil nas decisões políticas” (BRAVO, 
2012, documento on-line).
Um grande marco da Constituição Federal de 1988 foi a inclusão da par-
tipação da sociedade civil no controle do Estado, por meio do controle social 
na perspectiva democrática. Por muito tempo, o controle social foi entendido 
apenas como um mecanismo exercido pelo Estado sobre a sociedade civil, em 
seu sentido coercitivo. Entretanto, o controle social inscrito na Constituição 
Federal de 1988 se refere à participação da população tanto na elaboração 
quanto na implementação e na fiscalização das políticas sociais. Essa concep-
ção tem como marco histórico o processo de redemocratização da sociedade 
brasileira e o adensamento do debate acerca da democracia. Veja:
A concepção de participação, defendida nos anos oitenta, é a gestão nas polí-
ticas através do planejamento e fiscalização pela sociedade civil organizada. 
Ou seja, a interferência política das entidades da sociedade civil em órgãos, 
agências ou serviços do Estado responsáveis pela elaboração e gestão das 
políticas públicas na área social está relacionada à ampliação dos sujeitos 
sociais na democratização do Estado brasileiro, tendo no horizonte uma nova 
relação Estado-Sociedade, com a ampliação dos canais de participação direta. 
O controle social enquanto direito conquistado pela Constituição Federal de 
1988, mais precisamente do princípio “participação popular”, pretende ampliar 
11A relação do Estado com as instituições sociais
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a democracia representativa para a democracia participativa, de base. Estão 
previstas duas instâncias de participação nas políticas sociais: os conselhos 
e as conferências (BRAVO, 2012, documento on-line).
Os conselhos são espaços em que a sociedade civil e os prestadores de 
serviços públicos, privados e filantrópicos realizam a discussão, a elaboração 
e a fiscalização das políticas de saúde, educação, assistência social, criança e 
adolescente, idoso, entre outros segmentos. Eles têm por base a participação 
social para a universalização dos direitos, a partir de uma nova compreensão do 
caráter e do papel do Estado. A novidade se encontra na questão de que o controle 
é exercido pela sociedade por meio da ação organizada de diversos segmentos.
Os conselhos são espaços de fazer político, contraditórios e orientados 
pela democracia participativa, visando à construção da democracia de mas-
sas. Foram criados na década de 1990, nos três níveis (nacional, estadual e 
municipal), e são posteriores às leis orgânicasdas políticas sociais. Portanto, 
“Os conselhos podem ser espaços de legitimação do poder dominante e de 
cooptação dos movimentos sociais, ou se constituírem em mecanismos de 
participação e controle social na perspectiva de ampliação da democracia 
direta” (CORREIA, 2005 apud BRAVO, 2012, documento on-line).
As conferências são eventos realizados periodicamente para discutir as 
políticas sociais de cada esfera e propor estratégias de ação. O que é deliberado 
nas conferências é entendido como norte para a implantação das políticas e 
para influenciar as discussões que ocorrem nos vários conselhos. Assim:
Na atualidade, com as condições objetivas explicitadas de fragilização das 
lutas coletivas, considera-se como uma estratégia importante o fortalecimento 
da organização popular tais como os conselhos, conferências e movimentos 
sociais, tendo como um dos objetivos o questionamento da cultura política 
da crise gestada pelo grande capital (BRAVO, 2012, documento on-line).
Portanto, você deve conhecer as principais questões relacionadas aos 
mecanismos de controle social sobre o Estado, atentando para alguns desa-
fios a serem enfrentados. Entre eles: conhecer os relatórios das conferências 
e pautas trabalhadas nos conselhos de políticas e de direitos, mobilizar a 
população para ampliar a sua participação nas instâncias de controle social e 
levar as discussões para o âmbito das organizações. A ideia é trabalhar temas 
de relevância social com os usuários para construir a consciência coletiva 
acerca dos direitos sociais, preconizando o que está contido no Código de 
Ética Profissional de 1993.
A relação do Estado com as instituições sociais12
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ABREU, M. M.; CARDOSO, F. G. Mobilização social e práticas educativas. In: CFESS (org.). 
Serviço social: direitos sociais e competências profissionais. Brasília: CFESS, 2009.
ANTUNES, R. Adeus ao trabalho?: ensaio sobre as metamorphoses e a centralidade do 
mundo do trabalho. 13. ed. São Paulo: Cortez, 2008.
BERNARDES, L. Instituições sociais. [201-?]. Disponível em: https://www.todoestudo.
com.br/historia/instituicoes-sociais. Acesso em: 16 fev. 2019.
BRAVO, M. I. S. O trabalho do assistente social nas instâncias públicas de controle 
democrático no Brasil. In: SEMINÁRIO LATINOAMERICANO DE ESCUELA DE TRABAJO 
SOCIAL, 20., 2012, Córdoba. Anais [...]. Córdoba, 2012. Disponível em: http://www.cressrn.
org.br/files/arquivos/K27R5ULO0r1Qq31quL42.pdf. Acesso em: 16 fev. 2019.
CHRISTIANO, R. M.; NUNES, N. R. A. A família na contemporaneidade: os desafios para o 
trabalho do serviço social. Em Debate, nº. 11, 2013. Disponível em: https://www.maxwell.
vrac.puc-rio.br/26982/26982.PDF. Acesso em: 16 fev. 2019.
DANTAS, C. Gilberto Freyre e José Lins do Rego: diálogos do senhor da casa-grande com 
o menino de engenho. Campina Grande: EDUEPB, 2015. 
IBGE. Síntese de indicadores sociais: uma análise das condições de vida da população bra-
sileira 2016. Disponível em: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv98965.
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LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. A. Sociologia geral. 6. ed. São Paulo: Atlas, 1990. 
MIOTO, R. C. T. A centralidade da família na política de assistência social: contribuições 
para o debate. Revista de Políticas Públicas, v. 8, nº. 1, 2004. Disponível em: http://www.
periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/rppublica/article/view/3756. Acesso em: 16 
fev. 2019.
Leituras recomendadas
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Senado Federal, 1988. 
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm. 
Acesso em: 16 fev. 2019.
CFESS. Código de ética do/a assistente social. 10. ed. Brasília: CFESS, 2012. 
IBGE. Indicadores sociais mínimos: conceitos. [200-?]. Disponível em: https://ww2.ibge.
gov.br/home/estatistica/populacao/condicaodevida/indicadoresminimos/conceitos.
shtm. Acesso em: 16 fev. 2019.
13A relação do Estado com as instituições sociais
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Dica do professor
No seu cotidiano de trabalho, você enfrentará muitos desafios para atender às demandas que 
chegam aos espaços socio-ocupacionais. Portanto, é importante você conhecer os mecanismo de 
controle e participação social, a fim de alinhar a sua atuação ao Código de Ética Profisisonal, 
buscando efetivar os direitos sociais.
Na Dica do Professor a seguir, você verá as instituições sociais e as alternativas de controle frente 
ao aparelho estatal. 
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https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/2cd228aec52a89916e0f34e7739650fc
Exercícios
1) Ao observar as normativas que regulamentam a profissão, é possível perceber que o(a) 
assistente social desempenha algumas competências e atribuições a fim de materializar as 
suas ações e o objetivo de seu trabalho, que é a busca pela garatia da efetivação dos diretios. 
Nesse sentido, como se desenvolvem as funções de mobilização social e organização, 
desempenhadas pelo assistente social?
A) O profissional deve construir com os sujeitos a consciência coletiva crítica acerca da 
sociedade.
B) O profissional deve construir com os sujeitos formas de manterem a sua condição social.
C) O profissional deve manter o que está instituído e repassar tais preceitos aos sujeitos.
D) O profissional deve contribuir com a ideologia hegemônica da sociedade.
E) O profissional deve mobilizar os sujeitos para uma revolução radical.
2) Sabendo que o assistente social é um profissional que possui a habilidade de mobilizar 
grupos sociais pela luta de direitos, quais são os principais espaços de controle social que os 
assistentes sociais podem participar?
A) Reunião e entrevista.
B) Conselhos e conferências.
C) Sindicatos.
D) Movimentos sociais.
E) Empresas e ONGs.
3) Aos poucos, o Estado foi se legitimando perante a sociedade e conquistando a sua 
autonomia, sua força. Qual é o mecanismo de força exercido pelo Estado para manter o 
controle social?
A) Conselhos.
B) Dominação.
C) Emancipação.
D) Hegemonia.
E) Conferências.
4) A educação, enquanto instituição social, tem o papel de formar os indivíduos para a vida em 
sociedade.
Ao olhar para o sistema público de educação no Brasil, em especial até o ensino médio, 
percebe-se que ele responde aos interesses do sistema capitalista, de modo a, 
prioritariamente:
A) preparar os indivíduos para se colocarem nos melhores postos no mercado de trabalho.
B) oferecer subsídios para a superação da ordem burguesa.
C) proporcionar o desenvolvimento de potencialidades e habilidades.
D) construir alternativas para a emancipação dos sujeitos.
E) manter os indivíduos aliendados, desprovidos de qualquer consciência crítica.
5) A família é considerada uma importante instituição para o Estado, em especial na atual 
formação da sociedade capitalista, já que influencia, de forma direta, na formação da 
personalidade e identidade dos seus membros. Nesse sentido, a família tem se transformado 
no braço direito do Estado para ser:
A) espaço para partilhar os ideais emancipatórios.
B) lócus privilegiado para a construção da cidadania.
C) Protagonista no desenvolvimento educativo de seus membros.
D) espaço propício para a socialização das ideias dominantes.
E) espaço para compartilhar o conhecimento adquirido das gerações anteriores.
Na prática
Você viu até aqui que as instituições sociais possuem um papel de extrema importância na 
sociedade, contribuindo para o estabelecimento coeso das relações sociais. Com isso, o Estado 
consegue seu poder de regulador das relações sociais, também mantendo certo nível de controle 
social.
Assim, o Estado se utiliza do mecanismo de hegemonia, viabilizado pelas classes dominantes, para 
manter seu status e poder sobre a sociedade.
Veja, Na Prática, como se manifesta esse mecanismo da hegemonia.
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Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
Controle social: entre a contradição e a complementaridade 
Neste artigo, as autoras buscam refletir sobre as contraditórias relações entre Estado e sociedade 
civil na sociedade moderna, com enfoque no controle social da segunda sobre o primeiro. As 
reflexões indicam que os diferentes sentidos e conceitos atribuídos ao controle social são produtos 
das contradições entre capital e trabalho, do contexto histórico, das complexas relações entre 
Estado e sociedade civil, bem como a concepção e o papel atribuídos a essas esferas nos diferentes 
contextos sociais, econômicos e políticos.
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Curso transparência na gestão pública: controle cidadão - o 
controle social no Brasil
Este fascículo busca entender a importância da transparência na gestão pública para o controle 
social, além de ressaltar os mecanismos existentes de transparência na gestão pública.
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http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/ssrevista/article/view/16668/15190
https://www.tce.ce.gov.br/downloads/Controle_Cidadao/fasciculo_6_novo.pdf