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PRINCÍPIOS DA ANTISSEPSIA E ASSEPSIA E PRINCÍPIOS DA PARAMENTAÇÃO ANTISSEPSIA: uso de agentes antissépticos (microbicidas ou microbiostático) em mucosas e peles em seres animados, a fim de diminuir os microorganismos residentes e transitórios. ASSEPSIA: conjunto de medidas adotadas para impedir agentes microbianos em locais que não possuem. Uso de agentes antissépticos em seres inanimados (materiais) · Desinfecção de unidade, materiais, mobiliários cirúrgicos, equipamentos, piso e áreas externas. FATORES DE RISCO: aumentam a chance de contaminação · Preparação da pele · Erros de técnicas de assepsia e antissepsia · Duração da cirurgia · Fluxo de pessoas na sala de cirurgia · Condições de saude do paciente ESTERILIZAÇÃO: zerar os microorganismos MÉTODO FÍSICO · Calor seco: instrumentos cortantes, não utilizar em materiais sensíveis à calor (estufa). · Calor úmido (autoclave): mais eficiente, temperaturas mais baixas, muito popular na medicina veterinária. MÉTODO QUÍMICO · Gás (óxido de etileno): altera o DNA dos microorganismos, bom para equipamentos sensíveis a altas temperaturas, tóxico para o manipulador, infraestrutura maior. · Gás (formaldeído – proibido hoje): formaliza (pastilhas, pó ou líquido), bom pra equipamentos como furadeiras elétricas e materiais plásticos, cheiro forte e irritante, carcinogênico humano (pulmão e narinas). · Plasma · Radiação gama ou ultravioleta PROCEDIMENTO (compressas cirúrgicas, aventais, panos de campo, instrumental cirúrgico) · Lavagem · Esterilização por meios químicos (óxido de etileno) ou mecânicos (autoclave/estufa) · Armazenamento: o prazo de validade varia de acordo com o método de esterilização e forma de armazenamento · Autoclave: 7 a 15 dias · Óxido de etileno: 3 meses a 5 anos TÉCNICAS DE ASSEPSIA PELE · Pele e pelo são fontes de microorganismos e sujidades · Recomendar banho prévio sempre que possível · Tricotomia ampla (diminui corpos estranhos no ferimento cirúrgico, remove pelos, deve ser feito imediatamente antes da cirurgia) ANTISSEPSIA CIRÚRGICA: CARACTERÍSTICAS DO ANTISSÉPTICO ADEQUADO · Amplo espectro de atividade antibacteriana · Ação rápida e atividade residual prolongada · Atóxico, não irritante e não corrosivo · Colorido (permite visualização dos locais atingidos) · Atividade na presença de matéria orgânica · Incapaz de promover resistência à bactéria · Não interferir no processo de cicatrização · Baixo custo · ANTISSEPSIA PRÉVIA: degermantes (3x) + álcool (3x) · ANTISSEPSIA CIRÚRGICA: produtos alcoólicos (mesma base) TIPOS DE ANTISSEPSIA · Escama de peixe: do centro para as laterais, de forma angulada (simulando escama de peixe mesmo). Primeiro faz uma lateral, posteriormente a outra. Sempre troca lado da gaze entre as laterais. · Linhas paralelas: linhas a partir da central, paralela de um lado, e paralela do outro. Girar as gazes e trocá-las. · Círculo em direção centrifuga: circulo do centro para as laterais. · Membros: isolar a parte mais externa do membro (difícil descontaminação), depois da tricotomia e antissepsia. · A antissepsia cirúrgica é realizada pelo cirurgião após a paramentação. Portanto, deve-se realizá-la com auxílio da pinça de foerster. Atenção para não contaminar o avental e as mãos. TIPOS DE PANO DE CAMPO · Primeira camada: 4 panos de campo (panos entrelaçados e sobrepostos, deixando exposto apenas o local da incisão). · Panos acessórios: sempre que existe exposição de órgãos, para evitar extravasamento de conteúdo para o abdome. Ex.: útero, vesícula urinária. · Pano fenestrado (já vem com o local da incisão). Pode ser usado mas limita o tamanho da incisão (exige planejamento cirúrgico). · Campos adesivos de polietileno. · Oclusão do anus: cirurgias na região perineal para evitar contaminação – sutura bolsa de fumo. Não esquecer de remover as suturas anais posterior à cirurgia (risco de constipação por obstrução). · Deve-se atentar para não contaminar o avental e as mãos. Pegar o pano de campo sempre por dentro (parte estéril) e ter cuidado ao colocar no animal para não esbarrar nas áreas contaminadas. PARAMENTAÇÃO CIRÚRGICA: LAVAGEM DAS MÃOS · Remoção mecânica de sujidades e gordura, diminui população bacteriana transitória e cutânea · Pia especifica, com acionamento diferencial (pé, cotovelo ou joelho) · Ideal ter escova para lavagem (descartável) pois intensifica a limpeza (escarificação / atrito) · Ideal ter espátula específica pra remover sujidades das unhas · Antissepsia prévia: lavar as mãos normalmente antes da lavagem cirúrgica (escarificação) · A lavagem de mãos inclui o antebraço e cotovelo · Método cronometrado anatômico: 2’ em cada mão e 1’ em cada antebraço · Método de contagem de golpes de escova: ponta dos dedos (unhas) – 20 golpes, dividir dedos em 4 quadrantes – 10 golpes em cada, dividir antebraço em 4 quadrantes – 10 golpes cada PARAMENTAÇÃO CIRÚRGICA: SECAGEM DAS MÃOS · Utilizar compressa cirúrgica estéril: um lado pra cada mão, uma ponta pra cada mão. PARAMENTAÇÃO CIRÚRGICA: VESTINDO O AVENTAL · Barreira entre a pele do integrante da equipe cirúrgica e o paciente (proteção mútua) · Resistente a fluidos, estiramento, fogo, pressão e fricção (antebraço, cotovelo e abdome) · Confortável e econômico · Descartável ou reutilizável (higienizar e esterilizar) PARAMENTAÇÃO CIRÚRGICA: CALÇANDO AS LUVAS · Método fechado: as mãos não saem da manga do avental. Calça a luva por cima, pegando-a com os dedos indicadores e polegar em formato de pinça. Menor chance de contaminação · Método aberto: mãos pra fora do avental. Normalmente usado no meio da cirurgia quando se precisa trocar as luvas ou em procedimentos ambulatoriais que exijam esterilização (ex.: punção de acesso central) · Método assistido: alguém já paramentado apresenta a luva para você calcar. Menor risco de contaminação e mais prático. Menos comum na rotina.
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