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Aula 2 - Administração de Conflitos e as Técnicas de Negociação

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ADMINISTRAÇÃO DE
CONFLITOS E TÉCNICAS DE
NEGOCIAÇÃO
AULA 2
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Fernando Eduardo Mesadri
Prof.ª Neusa Vítola Pasetto
CONVERSA INICIAL
Nesta aula veremos a origem dos conflitos nos sujeitos, entenderemos que cada fase de
desenvolvimento pela qual ele passa, terá um impacto tanto no seu físico, quanto no seu emocional,
intelectual, social e concluiremos que esses são fatores geradores de conflitos.
Estudaremos que a família também pode ser uma grande geradora de conflitos e, portanto, se
faz necessário compreendermos como administrar e manejar os mesmos para que não tenhamos
problemas advindos de conflitos não resolvidos ou mal resolvidos no contexto familiar.
Verificaremos a diferença que existe entre os conflitos intra e interpessoais, bem como as
tipologias dos mesmos, quando se referem às questões que envolve propriedade, nações,
constituição, comercial, familiar comunitário, criminal, dano e, veremos também, que os conflitos
organizacionais e corporativos possuem diferenças significativas e, assim, não são considerados
sinônimos pelos estudiosos no assunto.
Desejamos a todos bons estudos! E vamos a nossa aula.
CONTEXTUALIZANDO
Desde que existam duas pessoas ainda que sejam do mesmo sexo, mas nascidos em culturas
diferentes tendo uma educação, valores e crenças distintos e pensando diferentemente haverá uma
tendência de divergência e desconhecimento do que outro necessita, tendo assim como
consequência o surgimento do conflito.
Desta forma, segundo CHRISPINO (2002), o conflito é toda opinião divergente ou maneira
diferente de ver ou interpretar algum acontecimento. A partir disso, todos os que vivemos em
sociedade temos uma experiência de conflito. Desde os conflitos próprios da infância, passamos
pelos conflitos pessoais da adolescência e, hoje, visitados pela maturidade, continuamos a conviver
com o conflito intrapessoal (ir/não ir, fazer/ não fazer, falar/não falar, comprar/não comprar,
vender/não vender, casar/não casar etc.). 
Assim podemos perceber que o conflito diz respeito a todas as fases de desenvolvimento de
nossa existência e solicita de nós uma tomada de decisão, é a partir daí que ele se instala, enquanto
a decisão não ocorre o sujeito vive a instabilidade e o desiquilíbrio que ele promove.
TEMA 1 – ORIGENS DOS CONFLITOS NOS SUJEITOS
O ser humano modifica o seu comportamento de acordo com as fases de desenvolvimento
pelas quais ele passa. Esse processo se inicia na concepção e termina somente com a morte. Vejam
o que nos falam os especialistas:
“Desde a concepção no útero materno até ao momento em que morre, o ser humano vive num
processo caracterizado por constantes mudanças. Este processo de mudança, que resulta da
interação entre as características biológicas de cada indivíduo e os fatores contextuais onde o
indivíduo se encontra inserido (sociedade e cultura), é denominado por desenvolvimento humano
(MATTA, 2001; NÚÑEZ, 2005; PAPALIA et al., 2001; PORTUGAL, 2009; TAVARES et al., 2007).
 Para entendermos as origens do conflito deveremos entender o que o indivíduo faz em cada
idade e o que ele deixa para trás para iniciar uma nova fase de sua vida. Quando compreendermos
este processo e seu funcionamento entenderemos que os conflitos fazem parte da vida das pessoas
e que ela chegará a maturidade quando der conta das mudanças e dos conflitos que essas
mudanças geram.
Bem, então vamos entender o que é maturidade.
É o resultado das mudanças comportamentais do ser humano que ocorrem sob a influência de
fatores internos e externos.
Entende-se por:
Fatores internos: A hereditariedade e o próprio processo de maturidade.
Fatores Externos: Ambiente social, alimentação e preservação da natureza.
PORTUGAL (2009 p. 11 da Revista Eletrônica de Educação, v. 7, n. 3, p. 9-24) defende que o
período da infância e as primeiras experiências de vida do ser humano enquanto criança determina
aquilo que o ser humano será enquanto adulto, pois é nesse período que o sujeito aprende sobre si,
sobre os outros e sobre o mundo.
Não poderemos esquecer que os fatores, tanto interno quanto externos, estão em constante
relação.
Nos fala SCHALY (2012 p. 1):
“A relação existente entre a hereditariedade e o ambiente é contínua, pois, no caso da inteligência,
mesmo que sejam definidos aspectos genéticos da mesma, ela só se desenvolverá se houver
algum estímulo externo – vindo do meio. Algumas heranças de padrões temporais podem ser
mudadas em decorrência do estilo de vida e relações sociais do sujeito.”
Ainda nos afirma António M. Fonseca da Universidade Católica Portuguesa (2007) A Psicologia
Desenvolvimental do ciclo de vida dá ênfase à integração histórica e social da vida dos indivíduos e à
influência, no desenvolvimento humano, quer de fatores ligados à idade cronológica, quer de outros
fatores contextuais não ligados à idade (como os acontecimentos de vida, o gênero, a classe social
de pertença ou a etnia).
Agora vamos entender o que acontece em cada fase do desenvolvimento humano e para tanto
vamos verificar o quadro a seguir:
Fase Principais características da fase Tipos de conflitos que poderão surgir
Pré-Natal (da
concepção ao
nascimento)
Grande crescimento físico.
Grande vulnerabilidade às influencias ambientais.
No nascimento ocorre segundo a teoria
Psicanalista, a primeira grande perda. O
que Freud (pai da psicanálise) nomeia
como o primeiro trauma do ser humano e
afirma ser a base de nossas angústias.
Primeira Infância
(do nascimento
aos 3 anos)
Inicialmente o bebê é reflexivo. Pouco controle motor e a
linguagem não se apresenta. Apenas emite sons de choro
ou de prazer.
Acontece um rápido desenvolvimento cognitivo e motor.
O conflito se apresenta quando o bebê
tem que abandonar o egocentrismo
(centrado no seu eu) para aprender que no
mundo há regras e ele precisa obedecê-
las.
Segunda Infância
(dos 3 anos aos
6 anos)
Há um aumento da força física e motora.
A criança desenvolve a capacidade de usar as
representações mentais (números, palavras e imagens).
O altruísmo, a agressão e os medos são frequentes.
O conflito surge quando têm que deixar o
individualismo para tornar-se mais social. 
Deixar a dependência para assumir uma
maior independência e iniciativa. Bem
como, um autocontrole e um maior
cuidado consigo.
Terceira Infância
(dos 6 anos aos
12 anos)
Papel ativo na construção do seu conhecimento.
Necessidade grande de motivação e de reforço positivo.
Necessita de limites e regras claros.
Aceitação dos limites ou a liberdade de
agir conforme seus desejos.
Deixar os seus interesses em prol do
reconhecimento dos sentimentos dos
outros.
Adolescência
(dos 12 anos aos
18/21 anos)
Iniciam-se as mudanças corporais e hormonais.
Procuram a sua própria identidade.
Questionam as regras e os limites.
Aceitar a autoridade dos pais ou viver de
acordo com aquilo que pensa.
Aceitação das regras familiares ou
aquelas do seu grupo social.
Vontade de crescer rápido X crescimento
normal em relação ao físico e social.
Jovem Adulto
(dos 21 anos aos
40 anos)
Nesta fase as responsabilidades aumentam, as pessoas
estão estabilizadas e muitas vezes já são independentes
financeiramente, pois já possuem um emprego. Na fase
adulta as pessoas tendem a traçar suas metas e
objetivos, se casam, constroem uma família e tentam
organizar o futuro de acordo com o que desejam.
Conflitos sobre a escolha profissional.
Entre a carreira e a família.
Entre os seus desejos e os desejos de
seus familiares e a sociedade.
Meia Idade (dos
40 anos aos 65
anos)
Sentimento de que a vida está passando.
Movimento interno da pessoa para resumir e avaliar a sua
própria vida.
Aceitação dos limites impostos pela nova
idade versus o desejo da manutenção da
juventude.
Conflito entre as reais conquistas e os
sonhos e ideias anteriormente
alimentadas. (Progresso profissional e
estabilização das relações afetivas).
 
Terceira Idade
(dos 65 anos em
diante)
Envelhecimentodo corpo, ou seja, a fragilidade do corpo
(pele, músculos, ossos), torna-se aparente.
Aposentadoria. Momento de passar as experiências para
os mais jovens.
Conflitos entre deixar a independência
conquistada ao longo da vida com a
possibilidade de uma dependência de
pessoas mais próximas.
Deixar a vida profissional ativa e passar a
uma vida mais social e familiar.
Viver com os rendimentos da
aposentadoria e conformar-se com a
queda no padrão da vida financeira.
Fonte: Os professores baseados nos trabalhos publicados disponíveis em: http://pt.slideshare.net/alupereira/a-criana-em-
desenvolvimento-2013 e https://grupopapeando.wordpress.com/category/vida-adulta/. Acesso em 15 ago. 2016.
De forma muito ampla e global, esses são os principais conflitos que o ser humano enfrentará
durante as etapas de seu desenvolvimento.
TEMA 2 – A FAMÍLIA COMO GERADORA DE CONFLITOS
É sabido que a maioria das pessoas nasce a partir da constituição de uma família, seja ela
constituída das mais diversas formais aceitas pela sociedade, ou muitas vezes é adotada por uma
família ou por um homem ou mulher solteiros que desejam formar uma família, sendo assim ela
cumpre com um papel importante na vida das pessoas, trata-se de um tipo de estrutura que
possibilita a sobrevivência do ser humano, nela ele se personaliza, lhe é oferecido um nome, um
lugar onde irá aprender a falar, a expressar seus sentimentos e a conviver com outras pessoas
adquirindo hábitos e costumes de uma determinada sociedade.
A família provê a educação moral, possibilita a intimidade, fornece cuidados e, principalmente, o
afeto. Esta dinâmica sendo bem conduzida, em boa parte do tempo, proporciona o equilíbrio para
com os seus membros, as relações estabelecidas são equilibradas e saudáveis, mas o contrário
também pode ocorrer e assim a família é vista como disfuncional sendo também uma fonte
geradora de conflitos, especialmente em relação aos papéis ocupados por seus componentes.
Desta forma, surgem questões como:
Papéis Questões Conflitos
Casal
Há condições econômicas para a constituição de uma família no seu sustento e
manutenção?
Conflito Marital
Casal Gostam de viver a dois? Conflito Marital
Casal Estão satisfeitos com sua relação marital? Conflito Marital
Indivíduos
Casal
A família real está em consonância com a família imaginária? Conflito de Valor
Pais Gostam de exercer o papel de pais? Conflito Parental
Pais Os pais estão satisfeitos com sua função parental? Conflito Parental
Familiar O convívio familiar promove o aprendizado dos valores da boa convivência?
Conflito de
Relacionamento
Familiar As relações familiares dificultam a intimidade entre seus membros?
Conflito de
Relacionamento
Fonte: elaborado pelos professores.
São inúmeras as questões que podem surgir e que provocam os conflitos mediante ao convívio
familiar e que por vezes se refletem uma prática junto aos filhos e esta última, pode promover
desavenças e consequentes conflitos, especialmente os existenciais, que poderão permanecer e ter
reflexos nos mais diversos campos da vida de uma pessoa.
Desta maneira podemos perceber a importância da família para a vida das pessoas, ela
proporciona, dada a sua natureza, um convívio entre duas ou mais pessoas em um mesmo espaço
físico, o que aproxima as pessoas e promove a intimidade por meio do relacionamento interpessoal,
mas agora vamos tentar conceituar “família” apesar de toda a complexidade que o termo envolve,
conforme nos aponta OSÓRIO (1996, p.14), quando nos revela que:
“[...] a família não é uma expressão passível de conceituação, mas tão somente de descrições; ou
seja; é possível descrever as várias estruturas ou modalidades assumidas pela família através dos
tempos, mas não defini-la ou encontrar algum elemento comum a todas as formas com que se
apresenta este agrupamento humano.”  
Já para Caio Mário (2007, p. 19), família em sentido genérico e biológico é o conjunto de
pessoas que descendem de tronco ancestral comum; em senso estrito, a família se restringe ao
grupo formado pelos pais e filhos; e em sentido universal é considerada a célula social por
excelência.
A partir dessas definições, percebemos a amplitude deste sistema nas sociedades, como
também a importância dos papéis que são desempenhados por seus integrantes. É sabido o quanto
a família tem se transformado e o quanto vem adquirindo novas configurações e outras formas de
funcionar a depender do momento histórico, social, econômico e cultural ao qual estejam incluídas,
desta forma as relações familiares sofrem diversas influências e por vezes podem alterar o
comportamento de seus componentes.
Historicamente, a Revolução Industrial, promoveu profundas transformações na vida das
pessoas e nas relações especialmente, os papéis e as funções que são exercidas no interior das
famílias.
Hoje é comum a figura da mulher como sendo a provedora da família, tendo adquirido a
independência ela ocupa um lugar no mercado de trabalho exercendo uma série de funções em um
determinado cargo, o que limita o seu convívio e o exercício  dos papeis que exerce junto aos
familiares, já o homem tendo perdido o seu emprego passa a exercer funções da vida familiar como,
por exemplo, buscar os filhos na escola, realizar as tarefas domésticas, incumbir-se da alimentação
e dos cuidados relativos à criação dos filhos.
Quando estes papéis e as funções são bem definidos, há entendimento e conforto por parte de
quem os exerce não existem grandes dificuldades, caso contrário, há grande probabilidade de
surgirem grandes conflitos, começando pelo casal e a sua relação marital a qual pode ter
consequências na relação parental, ou seja, a relação que se dá entre os pais e os filhos.
A depender de como elas se dão haverá reflexos na prática parental, revelando o funcionamento
das relações dos pais para com os filhos. Pode-se perguntar; qual o tempo dedicado aos filhos pelos
pais? O tempo é de qualidade? Existem cuidados para com os membros da família, sejam materiais,
afetivos ou de dedicação?
O núcleo familiar é visto como sendo de fundamental importância para os sujeitos ao longo de
seu desenvolvimento e principalmente durante a infância, pois sem dúvida promove a formação da
identidade das pessoas, além de garantir o apoio necessário na condução de vários problemas
relacionados a esses estágios.
Logicamente, estamos falando de uma família funcional, a qual efetivamente cumpre com todos
os estágios de desenvolvimento dela mesma de forma natural e dentro de padrões socialmente
aceitos como normais.
Quando isso deixa de existir podemos dizer que a família é disfuncional, ou seja, os papéis
fundamentais que são exercidos por seus membros encontram-se desvirtuados, é o caso, por
exemplo, de um pai ou de uma mãe que se tornou uma alcóolatra ou usuário de drogas e que deixou
de exercer adequadamente suas funções juntos aos filhos e ao cônjuge. Como também, aquele pai
ou mãe que se envolveram em crimes os mais diversos e encontram-se detidos em um sistema
penitenciário, logicamente tais ocorridos resultam em sequelas emocionais nos filhos e nos demais
membros da família, ao longo de toda uma vida.
Assim como a violência doméstica que ocorre entre um casal é promotora de sérias
dificuldades devido à magnitude deste problema, pois a desarmonia entre os membros ocasiona
consequências graves a saúde física e mental de seus componentes do sistema familiar.
Não se pode deixar de mencionar uma função precípua da família no que tange à educação,
especialmente a moral, conceitos do que é certo ou errado e que foram convencionados em uma
determinada sociedade, tal educação ocorre por meio do diálogo afetuoso e verdadeiro, dúvidas
podem ser sanadas, pois existe uma relação de confiança que é estabelecida e que faz com que se
reflita nas mais diversas situações que se apresentam na vida e nas relações, na escola onde se
promove o ensino sistematizado é onde a educação moral é testada, isso pode ser observado
quandouma criança agradece algo que lhe foi feito ou pede licença ao entrar em um local
considerado privado.
Sem dúvida, tais comportamentos irão acompanhar a vida desta criança a vida adulta, podendo
inclusive servir-lhe de destaque em relação a outras pessoas.
Frente ao exposto, percebe-se o quanto a família é relevante na vida dos sujeitos e na sua
formação, sendo que as interações de alta qualidade certamente garantem uma vida saudável e
feliz.
TEMA 3 – OS CONFLITOS INTRAPESSOAIS
Antes mesmo de falarmos sobre os conflitos intrapessoais vamos relembrar o significado da
palavra conflito, ela provém do latim confligere, que significa colidir entrar em choque por se
encontrar em oposição ao outro, comporta um sentido negativo: de desunião, de atrito, de contenda,
de discussão, de antagonismo, de destruição, de violência e de raiva.
Significados preenchidos de emoção e porque não dizer tensão. Nos relacionamentos quase
sempre se busca impedir o seu surgimento por estar associado a um possível problema. Quando de
uma situação de negociação em que uma das partes sinta-se em uma condição inferior ou perceba
que há uma vantagem da outra parte, essa diferença remete ao conflito, pois nenhum ser humano
suporta sentir-se menos, todos querem ser mais e nunca menos. 
Desta feita, os conflitos existem desde os primórdios da humanidade, as disputas entre os
sujeitos surgem pelas mais diversas razões uma delas é a percepção errônea das coisas, uma vez
que os sujeitos captam as situações de uma forma muito diferente, segundo as suas vivências,
valores, preconceitos, limitações e paradigmas o que incorre em uma distorção da realidade.
Há também situações em que se quer igualar as pessoas, ou seja, estabelecer um padrão
socialmente aceito, por vezes julga-se sem aceitar o outro como ele é com suas peculiaridades.
Desta forma, existem atitudes como ordenar, mandar, impor que se faça algo, mas por meio de
ameaças que produzem resistências, onde a obediência ocorre pelo temor e não pela
espontaneidade.
  Outra atitude que provoca conflitos que nem sempre são demonstrados, é o ato de moralizar
quando se dá, por exemplo, um “sermão” ou uma “lição de moral”, em geral o objetivo é fazer com
que o outro se sinta culpado, isso pode suscitar um sentido de “superioridade” daquele que oferece
um conselho ou advertência, em contrapartida verifica-se o sentimento de “inferioridade” parte de
quem recebe.
A crítica muitas vezes ácida e sem critérios claros, o julgamento e a censura transmitem um
sentido de incompetência, a mensagem comporta uma inadequação que necessita de ajuste e da
maneira como é propalada, ridiculariza e envergonha, seu efeito é devastador, pois destrói a imagem
que a pessoa tem de si mesma.
  Ante o exposto, resta definir o que vem a ser os conflitos intrapessoais, eles dizem respeito ao
que se chama de conflitos internos que segundo DILTS (2004, p. 241), ocorrem entre partes da
experiência humana e em vários níveis, iremos exemplificar alguns deles que estabelecem nos
indivíduos a depender de seu histórico de vida e de seu perfil pessoal.
Levando em consideração o estudo realizado por Stuart Atkins e Allan Katcher – Idealizadores
do Programa Lifo e autores do livro: Lifo Trainning & OD Analyst a Program for Better Utilization of
Strengths and Personal Styles: Los Angels (1973), apresentaremos algumas situações que tem
como consequência os dilemas intrapessoais, são elas:
Querer ajudar e, simultaneamente, desejar permitir que as pessoas se desenvolvam ao seu
próprio modo.
Conviver com decisões tomadas por pessoas dominadoras ou agir de acordo com seus
próprios princípios.
Querer ser sincero mesmo não querendo ferir alguém que mereça ser criticado.
Desejar confiar em alguém, mas recear que o explorem.
Querer aproveitar duas diferentes oportunidades ao mesmo tempo.
Querer delegar o trabalho, mas se alguém o fizer, tem medo que não seja realizado de forma
correta.
Querer que as pessoas sejam responsáveis, mas sente-se pouco à vontade quando as coisas
não são feitas do seu jeito.
Querer responder e respeitar o outro, mas evitar erros e esconder-se num silêncio de proteção.
Desejar oportunidades e sentir-se desajeitado.
Desejo de estar minuciosamente preparado, porém sentir que pode perder a oportunidade em
virtude do tempo de preparação.
Saber que precisa agir, mas também por reconhece rum risco alto, preferiria não o fazer.
Querer ser querido, mas descobrir que deve assumir um dos lados entre dois amigos.
Querer estar numa nova situação social, mas não saber como comportar-se, pelas regras não
estarem bem definidas.
Querer ser espontâneo, mas não querer ofender as pessoas.
Sentir que a única coisa que pode fazer é apaziguar as pessoas, mesmo sabendo que se o fizer
elas podem se tornar muito bravas.
Agir com tato e maneiras políticas e evitar a reputação de ser falso.
Querer chegar a uma concessão para reduzir a tensão, mas querer evitar que isso seja
interpretado pelos amigos como uma fuga da raia.
Tais dilemas que podemos tratar como conflitos intrapessoais, fazem parte do dia a dia das
pessoas. Assim como das pessoas que ocupam papéis importantes no interior das organizações,
como os executivos a quem a tomada de decisão acontece a todo o momento, mas que não se
encontra livre de enfrentar um conflito, como nos revela Fela Moscovici (2008), ao expor os conflitos
que afligem o executivo, sendo eles os seguintes:
Dupla atração: ocorre entre duas situações igualmente atraentes quando uma escolha exclui a
outra.
Dupla aversão: quando ambas situações não são desejadas nem oferecem satisfação e a
pessoa é obrigada a ter que escolher uma delas.  
Atração e Aversão simultânea: caracteriza-se por uma situação altamente atraente
(satisfatória), mas que contém um elemento bloqueador de uma ordem valorativa (ética), o que a
torna repulsiva. O conflito é mais intenso quanto mais atraente for à situação.
Agora que já conhecemos um pouco dos conflitos intrapessoais, iremos na sequência
apresentar os conflitos interpessoais, os quais acontecem na relação com o outro nas diversas
esferas da vida, seja no ambiente familiar, social ou profissional.
TEMA 4 – OS CONFLITOS INTERPESSOAIS
Vimos ao longo de nossas aulas que os conflitos são situações em que se apresentam a tensão
que envolve pessoas ou grupos. Quando o conflito é interno, vimos que se trata de um conflito
intrapessoal. Em contrapartida, quando é entre pessoas, estamos nos referindo a um conflito
interpessoal. Neste caso, temos duas ou mais pessoas que divergem na percepção ou na proposta
de ação sobre alguma situação ou problema.
Geralmente o conflito interpessoal passa pela tentativa de uma pessoa manter a sua opinião e
interesse e mostrar que a outra pessoa envolvida está errada. Muitas vezes essa tentativa acaba
desencadeando emoções negativas, ou seja, podem chegar a trocar insultos e/ou palavras ásperas,
humilhações e responsabilizações com o objetivo de mostrar os erros do outro e não a solução para
os problemas.
Até agora abordamos os conflitos entre pessoas e com resultados mais negativos. É por este
fato que os gestores devem se preparar para lidar com os conflitos entre pessoas e para tanto os
especialistas no assunto, já desenvolveram algumas técnicas para o manuseio dos mesmos.
Mas, antes de falarmos das técnicas, é importante frisarmos que nem todo o conflito entre
pessoas é negativo ou disfuncional. Quando se aplicam as técnicas adequadas e os envolvidos já
fazem parte de uma equipe de trabalho, os conflitos gerados são bem-vindos, pois não são focados
nas pessoas e sim nas ideias. Muito positivo ou funcional quando isso ocorre.
Agora vamos às técnicas:
Técnicasde resolução de Conflitos
Solução de Problema
Reunião cara a cara das partes conflitantes com o propósito de identificar o problema e resolvê-
lo através de discussão aberta.
Metas superordenadas
Criação de uma meta partilhada que não possa ser atingida sem a cooperação de cada uma daspartes em conflito.
Expansão de recursos
Quando um conflito é causado pela escassez de um recurso – digamos, dinheiro, oportunidade
de promoção, espaço no escritório –, a expansão de recursos pode criar uma solução ganha-
ganha.
Evitação Retirada ou supressão do conflito.
Suavização Amenizar diferenças enquanto dá ênfase a interesses comuns entre as partes conflitantes.
Compromisso Cada parte do conflito desiste de algo de valor.
Comando autoritário
A administração usa a sua autoridade formal para resolver o conflito e então comunica seus
desejos às partes envolvidas.
Alteração da variável
humana
Uso de técnicas de mudanças comportamentais como treinamento de relações humanas para
alterar atitudes e comportamentos que causam conflito.
Alteração das variáveis
estruturais
Mudança da estrutura organizacional formal e dos padrões de interação das partes conflitantes
através de redimensionamento do cargo, transferências, criação de posições coordenadas e
similares.
Fonte: Figura 12.4 – Técnicas de administração de conflitos, p. 279 do livro de Stephen Robbins. Comportamento
Organizacional - 8. Edição.
Encontramos também organizações que além de desenvolver técnicas para lidar com os
conflitos interpessoais, também estimulam que o conflito ocorra.
Vejamos as técnicas de estimulação de Conflito no quadro a seguir:
Comunicação Uso de mensagens ambíguas ou ameaçadoras para aumentar os níveis de conflito.
Trazer pessoas externas
Adição de empregados a um grupo cujas formações, valores, atitudes ou estilos
administrativos sejam diferentes daqueles dos membros presentes.
Reestruturação da
organização
Realinhamento de grupos de trabalho, alteração de regras e regulamentos, aumento de
interdependência e realização de mudanças estruturais semelhantes para quebrar o status
quo.
Designação de um
advogado do diabo
Designação de um crítico para argumentar propositalmente contra as posições majoritárias
defendidas pelo grupo.
Fonte: Figura 12.4 – Técnicas de administração de conflitos, p.279 do livro de Stephen Robbins. Comportamento
Organizacional - 8. Edição.
Não podemos esquecer que embora, mesmo utilizando de técnicas específicas, para lidar com
os conflitos, a aplicação das mesmas não é garantia de sucesso, uma vez que existe a influência das
variáveis pessoais dos envolvidos. Vamos entender um pouco mais o que isto significa.
Cada pessoa tem as suas características de personalidade, seus sistemas de valores, ou uma
baixa ou uma autoestima muito elevada e isto impactará de sobre maneira na condução, resolução
ou potencialização dos mesmos. Por este fato, os gestores devem conhecer as principais
características de seus subordinados para lançar mão da técnica mais apropriada a cada situação.
Uma coisa é certa, o gestor necessita observar os conflitos para poder administrá-lo e que
também não temos como evitá-los uma vez que esta é uma dinâmica inerente as relações humanas.
Para aprofundarmos o nosso conhecimento vamos ler os capítulos dos livros recomendados na
nossa leitura obrigatória.
TEMA 5 – OS TIPOS DE CONFLITOS
Existe diferentes tipos de conflitos, e, a partir do momento que se consegue identificá-los
corretamente, as chances de resolvê-los serão muito maiores, uma vez que se utilizará a estratégia
adequada àquele tipo de conflito.
Os especialistas no assunto como Christopher Moore (1998), nos dizem que não existe uma
classificação global para o conflito. Entretanto existem várias formas dele se apresentar, e essas
podem ser classificadas quanto ao sujeito, quanto ao objeto quanto ao interesse, quanto à natureza,
quanto aos efeitos ou resultados.
Iremos entender cada uma delas por meio do quadro apresentado a seguir:
Classificação
do conflito
Caracterização/Desenvolvimento
Sujeito
Conflito Intrapessoal. São os choques internos do indivíduo com seus conceitos, normas, princípios, etc.
Com sua realidade. Sua abrangência se restringe à esfera pessoal.
Conflito Interpessoal. São situações que surgem entre indivíduos ou entre grupos de indivíduos onde
existem posições antagônicas com relação a um bem, um direito, ou um benefício.
Conflito intragrupal. Ocorre dentro de uma facção social, política ou do trabalho. Esses conflitos têm
como causa principal disposições divergentes, ideológicas ou metodológicas.
Objeto
Conflito Internacional. Ocorre quando as disposições divergentes incluem questões de política
internacional ou direito público internacional. As pessoas envolvidas são pessoas jurídicas de direito
público externo.
Conflito Constitucional, administrativo e fiscal. Incluem questões relativas à cidadania, ao estado, ais
direitos e às garantias individuais. Problemas envolvendo autoridades políticas e corpo governamental,
tributação, etc.
Conflitos Trabalhistas. São conflitos ocorrentes entre sindicatos de empregados e de empregadores,
questões entre empregados e empregadores, incluindo disputas industriais.
Conflito Organizacional. Envolve questões oriundas de gerenciamento, estruturas empresariais e
procedimentos. São conflitos intraorganizações.
Conflito Comercial. Ocorre em grande escala oriundo de divergências contratuais, em relações
comerciais, sociedades, joint venture e outros campos da atividade comercial, bancária, propriedade
intelectual, construção civil, etc.
Conflito de Consumo. Envolve questões de direito do consumidor, problemas de preços, qualidade e
informações de produtos de mercado etc.
Conflito Corporativo. Envolve questões entre acionistas: dissolução e liquidação de sociedades etc.
Conflitos de Dano. São relativos a problemas de responsabilidade objetiva ou subjetiva envolvendo
negligência, imperícia e imprudência. Nos Estados Unidos são denominados torts e são numerosos e
frequentes entre sinistrados e seguradoras.
Conflito Familiar. Relativo a problemas familiares. Envolve questões de divórcio, separação de casais,
prestação de alimentos, guarda de filhos, divisão de bens da sociedade conjugal, revisão de alimentos,
questões de transmissão legítima e testamentária, transações e outros negócios dentro do grupo familiar.
Conflito Criminal. Questões que envolvem o aspecto criminal do dano, questões quanto a honra, contra a
vida etc.
Conflito Comunitário: Questões relativas à vizinhança.
Interesse
Para que se caracterize o conflito é necessário que o benefício ocorra em relação aos interesses
extraprofissionais. Por exemplo, uma pessoa que decida em nome da empresa a aquisição de um imóvel
e que dentre as ofertas equivalentes recebidas escolhe uma feita pelo seu pai, incorre em conflito de
interesses. Da mesma forma incorre em conflito a pessoa que entre dois candidatos a emprego, com
qualificações equivalentes, escolhe um membro da sua família. Ficará agravado o conflito se a
qualificação do outro candidato for melhor que a do membro da família.
Joaquim Manhães Moreira
Natureza Quanto à natureza podemos ter uma infinidade de conflitos, porém os mais estudados são:
Conflitos familiares: São aqueles que requerem a mediação para resolução das brigas que surgem por
diversos motivos, como; ciúmes, dinheiro, negócios, choque de personalidades etc.
Econômica: Geralmente acontecem por meio dos dissídios coletivos do trabalho e podem ser de natureza
econômica ou jurídica.
Social: São originários das diferenças de opiniões, pensamentos e ações que geram oposições. Existe
uma série de teorias que as explicam, como: teoria materialista, crítica, feminista, pós-moderna, entre
outras.
Efeito e
resultado
Os efeitos ou resultados dos conflitos podem ser positivos ou negativos. Vamos apontar apenas alguns
desses efeitos.
Efeitos positivos: Definição de questões pendentes, aumento da coesão grupal, provoca a discussão de
ideias, as causas e ou motivos dos conflitos são esclarecidos, maior conhecimento entre as pessoas.
Efeitos Negativos: Aumento do ressentimento entre pessoas e entre grupos, aumento da competição em
detrimento a cooperação, consumo de energia e tempo, destruição dosoponentes, entre outros.
De uma forma abrangente, esses são os tipos de conflitos mais comuns que nos deparamos na
vida em sociedade, tais conflitos abrangem áreas como a do Direito Civil, Comercial, Penal, da
Constituição vigente, das Organizações entre outras e a sua tipologia pode ser estudada por meio
das classificações que são propostas.
Para aprofundar o tema leiam os artigos indicados na leitura obrigatória, bem como no saiba
mais.
NA PRÁTICA
Reflita sobre a seguinte questão: O excesso de harmonia em uma empresa pode ser prejudicial
ao seu desenvolvimento?
Vamos ler e analisar um caso verídico trazido pelo autor Robbins (2005, p. 334). 
Como o excesso de harmonia prejudicava a Yahoo!
A Yahoo! nos deu um exemplo de organização que sofreu pelo excesso de harmonia e ausência
de conflitos funcionais. Fundada em 1994, a Yahoo! tornou-se rapidamente uma das marcas mais
conhecidas da internet. Em 1999, as empresas “ponto.com” implodiram e em 2001, observou-se que
os espaços para anunciantes já não eram mais vendidos como antes. As ações da empresa haviam
perdido 92% do valor que tiveram em seu momento de maior alta na Bolsa de Valores. Foi neste
momento que Terry Semel que havia trabalhado na Warner Brothers, trouxe para a Yahoo! sua
habilidade de administrar conflitos. Semel descobriu que a empresa estava “isolada e desprovida de
conflitos funcionais. Ela não conseguia responder à mudança. Chefes e subordinados estavam em
tamanha harmonia que ninguém queria mudar nada”. A fonte do problema, por incrível que pareça,
era seu presidente Tim Koogle que havia estabelecido para a organização uma cultura de não-
confrontação. Ao substituir o presidente por outro executivo que estimulou conflitos funcionais, a
Yahoo! garantiu o estímulo à confrontação, buscando a inovação e reconquistou seu lugar de
destaque entre as organizações “ponto.com”.
Frente à situação vivida, pela Yahoo, podemos concluir que divergências de opinião são
saudáveis e, portanto, esses conflitos são considerados positivos, porém quando a divergência é de
pessoas o conflito passa a ser negativo. Para ampliar o seu conhecimento, faça uma pesquisa sobre
os aspectos positivos e os negativos do conflito.
RESOLUÇÃO DA SITUAÇÃO PROPOSTA
MOSCOVICI (2008, p. 213) nos atenta para o fato de que uma situação de conflito faz parte da
vida em comunidade, sendo que as mesmas têm funções positivas para o aprimoramento pessoal e
individual. Alguns aspectos que a autora aponta como positivos do conflito são: a quebra de
paradigmas levando à inovação; saída da estagnação e busca pela criatividade; ruptura do equilíbrio
da concordância; estímulo ao interesse pelas razões da discordância; emergência de problemas que
poderiam ficar escondidos e a busca de soluções.
Já os aspectos negativos são os seguintes: o conflito pode ocasionar brigas crônicas e a
escalada da violência, o conflito quando destrutivo propicia o que há de pior nas pessoas, a inveja, as
intrigas e a rudeza. As distorções da comunicação são fontes de inúmeros maus entendidos, pode
haver abuso de poder ou estímulo da competição ocasionando irritabilidade, frustração,
ressentimento e insatisfação, podendo provocar transferências demissões e queda da produtividade.
FINALIZANDO
Em nossa aula pudemos entender a origem dos conflitos nos sujeitos, a fase de
desenvolvimento pela qual ele passa e os impactos tanto no seu físico, quanto no seu emocional,
intelectual, social.
Estudamos que a família pode ser uma grande geradora de conflitos, sendo necessário
compreendermos como administrar e manejá-los para que não tenhamos problemas advindos de
conflitos junto ao contexto familiar.
Foi possível apreciar a diferença existente entre os conflitos intra e interpessoais, bem como as
tipologias que os constituem.
REFERÊNCIAS
CAROSELLI, M. Relações Pessoais no Trabalho. São Paulo: Cengage Learning, 2012.
CHRISPINO, A.; CHRISPINO, R. S. P. Políticas educacionais de redução da violência: mediação
do conflito escolar. São Paulo: Editora Biruta, 2002.
DORON, R.; PAROT, F. (orgs.) Psicologia Clínica. Dicionário de Psicologia. Vol. I. São Paulo:
Ática, 1998.
LIMA, A. A. A família no mundo moderno. Rio de Janeiro: Agir Editora, 1960.
MOORE, C. W. O Processo da Mediação: estratégias práticas para a resolução de conflitos.
Porto Alegre: Artmed, 1998.
MOSCOVICI, F. Renascença Organizacional: o resgate da essência humana. 11 ed. Rio de
Janeiro: José Olympio, 2008.
OSÓRIO, L. C. Família Hoje. Porto Alegre: Artmed, 1996.
PEREIRA, C. M. da S. Instituições de Direito Civil. Vol. V - Direito de Família. 16. ed. Rio de
Janeiro: Editora Forense, 2007.
PORTUGAL, G. Desenvolvimento e aprendizagem na infância. In: CONSELHO NACIONAL DE
EDUCAÇÃO (org.). Relatório do estudo – A educação das crianças dos 0 aos 12 anos. Lisboa:
Ministério da Educação, 2009.
ROBBINS, S. Comportamento organizacional. 11 Ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005.

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