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Psicologia Social

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Psicologia Social 
 
A Resolução 014/00 do Conselho Federal de Psicologia (CFP) institui o título de 
especialista em Psicologia Social. Porém, seu reconhecimento como especialidade 
ocorreu somente na Resolução 005/2003. 
Atribuições do psicólogo especialista em Psicologia Social: 
I. Atua fundamentado na compreensão da dimensão subjetiva dos fenômenos sociais e 
coletivos, sob diferentes enfoques teóricos e metodológicos, com o objetivo de 
problematizar e propor ações no âmbito social. 
II. Desenvolve atividades em diferentes espaços institucionais e comunitários. 
III. Envolve proposições de políticas e ações relacionadas à comunidade em geral e 
aos movimentos sociais de grupos, com vistas à realização de projetos da área social 
e/ou definição de políticas públicas. 
IV. Realiza estudo, pesquisa e supervisão sobre temas pertinentes à relação do 
indivíduo com a sociedade, com o intuito de promover a problematização e a 
construção de proposições que qualifiquem o trabalho e a formação no campo. 
 
A Psicologia Social consiste em uma subárea da psicologia, na qual, há interseção 
de conhecimentos entre a disciplina psicologia e sociologia. Algumas definições: 
 
I. “Estudo Sistemático da natureza e das causas do comportamento social humano.” 
(MICHENER, DELAMATER & MYERS, 2005). 
II. “Estudo das condutas humanas modificadas pela presença atual ou implicada de 
uma pessoa.” (KRÜGER, 1986). 
III. “Estudo científico das manifestações comportamentais suscitadas pela interação de 
uma pessoa com outras pessoas, ou pela mera expectativa de tal interação.” 
(RODRIGUES, ASSMAR & JABLONKI, 2000). 
 
Objeto de estudo: nós mesmos enquanto participantes de interações sociais.Métodos e 
técnicas de pesquisa: 
I. Pesquisa de levantamento ou survey: coleta de dados, geralmente realizada através 
de questionários ou entrevistas, com uma amostra representativa de participantes de 
uma população claramente definida. Sendo, o método por excelência voltado para a 
obtenção de dados generalizáveis. 
II. Observação: tem como objetivo descrever comportamento. Para isto, o pesquisador 
escolhe um comportamento social e observa um contexto buscando sua ocorrência. 
 
Tipos de observação: 
 
A) Naturalística: pesquisador como expectador atento. 
B) Participante: pesquisador se insere no contexto em que o fenômeno é observado. 
C) Documental: obtenção de conclusões acerca do comportamento por meio da 
análise de documentos. 
III. Experimentação: estudo que realiza manipulação intencional de variáveis 
independentes (supostas causas antecedentes), para analisar as consequências sobre 
variáveis dependentes (supostos efeitos-consequentes), dentro de uma situação de 
controle para o pesquisador. 
 
Características da Psicologia Social contemporânea: 
 Ausência de modelo teórico unificador com predomínio de microteorias. 
 Intensa especialização teórica, conceitual e metodológica. 
 
Modelos de Psicologia Social: 
 Psicologia Social Psicológica/ Americana/ Clássica 
 Plano teórico: 
 I. Individualismo: Estuda os processos psicológicos individuais relacionados a 
estímulos sociais. Ênfase nos processos cognitivos e afetivos. Ex.: Estereótipos e 
preconceito. 
 II. Microteorização: Teorias muito restritas, de médio e curto alcance. 
 III. Cognitivismo: Visão de homem como ser ativo na busca de conhecimento e 
capaz de controlar as suas próprias condutas de forma racional. 
 
 Plano metodológico: 
 I. Experimentalismo: utilizam o método experimental. 
 II. A-historicismo: desconsidera a história de vida dos indivíduos. 
 
 Plano Cultural 
 I. Etnocentrismo: Os conceitos e teorias refletem as preocupações e os valores da 
cultura americana, muitas vezes irrelevantes para as necessidades de países distintos 
que replicam essas pesquisas. 
 II. Utilitarismo: Forte tendências em atender as expectativas sociais. 
 
 Psicologia Social Sociológica 
 Foco de estudo: Reciprocidade entre estrutura social e comportamento do 
indivíduo. 
 Metodologia: survey ou autorrelato. 
 Interacionismo Simbólico 
 Foco de estudo: Compreender as realidades subjetivas construídas pelos 
indivíduos nas variadas situações; como os símbolos são construídos e 
partilhados. 
Metodologia: pesquisador normalmente escolhe estar diante do seu participante de 
pesquisa (interação face a face). 
 Observação participante; 
 Entrevistas informais; 
 Preservação dos ambientes naturais; 
 
Representações Sociais (RS) - Teoria de Moscovici 
Definições: 
“Sistema de valores, noções e práticas que proporcionam ao indivíduo os meios pra 
orientá-los no contexto social.” 
“Corpo organizado de conhecimento que integra o homem a um grupo ou em uma 
relação cotidiana de intercâmbios”. (Moscovici, 1961/79, p. 18, apud Álvaro e Garrido). 
“Formas pelas quais o senso comum expressa seu pensamento” (Jodelet,1993). 
 Processos de ancoragem: tornar familiar o não familiar. 
 Objetivação: existência objetiva daquilo que foi subjetivamente elaborado e depois 
compartilhado. “Reproduzir um conceito em uma imagem” (Moscovici, 2003). É 
transformar o abstrato em concreto. 
 
Funções da RS 
I. Explanatória possibilita a compreensão e explicação da realidade; 
II. Identidade define identidade e permite a proteção das especificidades dos grupos; 
situa os indivíduos e os grupos dentro do campo social permitido; 
III. Orientação serve como guia de comportamentos e práticas sociais; 
IV. Justificação preserva e justifica a diferenciação social. 
Condições de produção e de circulação das RS 
I. Contexto ideológico e histórico as representações sociais variam conforme o 
contexto; 
II. Inserção social do sujeito é necessário estar inserido a um grupo social. As 
representações sociais não surgem do nada e nem são exclusivas. 
III. Dinâmica das instituições e grupos as representações variam de acordo com as 
instituições e grupos. 
 
O que é grupo? 
 “Conjunto de pessoas que possuem objetivos comuns ou que compartilham 
valores”. (Lewin, 1948). 
 “Um grupo existe quando há pessoas conscientes de ser seus membros, 
portanto, a consciência do pertencimento ao grupo seria a única condição suficiente e 
necessária a realidade do grupo”. (Tajfel e Turner, 1981) 
 
 Por que a psicologia social se interessa pelo estudo dos grupos? 
 Porque grupos são necessários e estão presentes em todos os lugares. 
 
Motivos para afiliação grupal (teorias): 
I. Instinto gregário (McDougall, 1926): inato, geneticamente transmitido. *Crítica: Não 
explica intensas variações comportamentais. 
II. Teoria da comparação social (Festinger, 1954): possuímos tendência a procurar grupos 
em busca de critérios que permitam julgar nosso próprio comportamento. 
III. Redução da ansiedade/medo (Schachter, 1966): para tentar lidar com situações que 
envolvam medo e ansiedade (microteoria). 
IV. Formação da identidade social: concretização de ideais e valores de justiça e bem-
estar. 
Função dos grupos 
I. Orientados para a tarefa: quando existe um objetivo comum. Ex: grupos de estudo, 
linha de montagem, associações de caridades. 
II. Sócio-emocionais: estão ligados a relações sociais menos estruturadas onde não 
existe uma tarefa específica. Ex: festas, amigos, encontros sociais, clubes. 
 
Evolução histórica] 
Nas 3 primeiras décadas do sec. XX os estudos psicossociais sobre os grupos estavam 
centrados no conceito de facilitação social. 
Facilitação social > Na execução de tarefas o grupo é superior ao indivíduo 
sozinho? 
Ponto de partida: Efeito de estimulação sobre o comportamento. 
Exemplo: Pessoas em grupo tendem por exemplo a beber mais. 
Experimento Norman Tripplet/ Efeito do espectador 
 Quando as tarefas em execução são aquelas que o indivíduo tem domínio, a 
presença de um observador normalmente eleva seu desempenho. 
 Quando são novas tarefas ou as quais não domino, a presença de um observador 
tende a dificultar a execução. 
 
Vadiagem social 
 O esforço individual tende a decrescer quandoaumenta o número de membros 
do grupo. 
Dinâmica de grupo 
 Campo dominado pelas investigações em torno da estrutura e dos processos 
que têm lugar nos grupos humanos. 
 Grupo é diferente da soma das partes, por isso, necessita ser estudado como 
entidade com vida própria. 
 Pessoas podem apresentar diferenças de características de personalidade quando 
fazem parte de um determinado grupo. 
 
Processos grupais 
Coesão grupal: Quantidade de pressão exercida sobre os membros do grupo para que 
nele permaneçam. 
Tipos de pressões que os grupos sociais estão sujeitos: 
I. Compartilhamento de atributos; 
II. Comportamento uniforme. 
 
 A pressão do grupo sobre o indivíduo não pode ser muito acentuada, pois 
pode levar a perda da individualidade. 
 
Razões que levam à coesão grupal: 
I. Atração exercida pelo grupo; 
II. Atração exercida por algum membro do grupo; 
III. Alcançar algum objetivo através do grupo; 
IV. Similaridade; 
V. Cooperação; 
VI. Uma ameaça comum. 
Quanto maior a coesão grupal: 
I. Maior a satisfação experimentada pelos membros; 
II. Melhor a comunicação; 
III. Maior a influência exercida pelo grupo sobre seus membros. 
IV. Maior a sua produtividade. 
V. Maior a conformidade aos padrões grupais. 
VI. Maior a similaridade entre os membros. 
VII. Maior tendência a sentimentos positivos em relação aos outros membros do grupo. 
 
Formação de normas sociais 
 Para funcionar de forma adequada, o grupo precisa estabelecer normas. 
 Normas sociais são padrões ou expectativas de comportamento partilhados. 
 Existem em grupos de todos os tamanhos. 
 Geralmente se tornam salientes quando são violadas. 
 
Conformidade 
 Segundo Weiten (2006) ocorre quando as pessoas se rendem a uma pressão real 
ou imaginária. 
 Comportamentos conformistas = concordância. 
 Crenças conformistas = aceitação. 
 
A) Concordância e aceitação: quando eu tenho um comportamento conformista e uma 
crença conformista. 
B) Concordância e não-aceitação: quando eu tenho um comportamento conformista, 
mas eu não acredito neste. 
 C) Não-concordância e aceitação: quando eu não tenho o comportamento 
mesmo tendo a crença. 
D) Não-concordância e não-aceitação: quando eu não tenho o comportamento 
conformista nem a crença. 
A conformidade pode ser valiosa ou alvo de objeção, dependendo das 
consequências. 
Motivos por quais nos conformamos 
I. Ameaças e pressões externas – complacência. 
II. Influência exercida por outras pessoas – identificação. 
III. Crença no que se faz – internalização. 
 
Impacto do tamanho do grupo e da unanimidade 
 Quando o indivíduo é confrontado por apenas uma pessoa tende a manter sua 
resposta. 
 Quando há presença de mais de um dissidente este tende a questionar sua 
resposta (diminui a conformidade). 
 
Instituição 
 “ Instituição é um valor ou regra social produzida no cotidiano com estatuto de 
verdade, que serve como guia básico de comportamento e de padrão ético para as 
pessoas, em geral” (Bock, Furtado e Teixeira, 2009). 
 Organização: é o aparato que reproduz o quadro de instituições no cotidiano da 
sociedade. Ex: igrejas, conselhos de classe. 
 
São nas organizações que as instituições sociais são mantidas e reproduzidas. 
I. Instituição = Campo abstrato 
II. Organização = base concreta 
III. Grupo = onde a instituição se realiza 
Categorização 
“Os objetos são classificados como membros de um grupo e passam a ser vistos 
como elementos que compartilham um mesmo conjunto de atributos como os demais 
objetos que pertencem à mesma categoria” (Pereira, 2008). 
 Categorizamos para: lidar com a complexidade do mundo; adaptação; tratar o novo 
e o inesperado a partir de crenças mais antigas e gerais. 
 
Categorização social 
“Descrever a totalidade de informações que os percebedores possuem na mente sobre 
uma classe particular de indivíduos” (Moskowitz, 2006 apud Pereira, 2008). 
 Pensamento acerca da pessoa não como única, mas como membro de um 
grupo baseando-se em suas características. 
 
Atitudes 
Cognitivo Estereótipos 
= 
“Crenças sobre atributos típicos de um grupo compartilhadas socialmente” (Pereira, 
2002). 
 Estereotipização: julgamento estereotipado a uma pessoa de modo a apresenta-la 
como possuidora de traços característicos de outros membros de uma mesma categoria. 
 
 Características dos estereótipos: 
 
I. Consenso => são produtos amplamente compartilhados; 
II. Homogeneidade => membros do grupo-alvo considerados como 
12 
possuidores de traços comuns; 
III. Distintividade =>fácil distinção dos membros do grupo alvo; 
IV. Descritivos => pode-se elaborar uma descrição relativamente precisa dos atributos 
comuns aos membros; 
V. Avaliativos => os atributos podem ser positivos ou negativos. 
Afetivo Preconceito 
= 
“Atitude injusta e negativa frente a indivíduos membros de um grupo socialmente 
desvalorizado, motivada somente pela pertença a determinado grupo” (Allport, 1954; 
Fiske, 1998). 
Comportamental Discriminação 
= 
 “É um ato, um comportamento injusto, determinado unicamente pela 
afiliação a uma categoria social” (Pereira, 2002). 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 
Allport, G. W. (1954/1979) The Nature of Prejudice. New York. Basic Books. 
Álvaro, J. L. e Garrido, A. (2006). Psicologia Social: Perspectivas Psicológicas e 
Sociológicas. São Paulo: McGraw-Hill. 
BOCK, Ana B.; FURTADO; Odair; TEXEIRA, M. de L. Psicologias: uma introdução ao 
estudo de psicologia. São Paulo: Saraiva, 2009. 
CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA (Brasília). Resolução CFP Nº 005/2003. 
Disponível em: <https://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2006/01/resolucao2003_5.pdf>. 
Acesso em: 23 abr. 2019. 
Jodelet, D. (1993). La representación social: Fenómenos, concepto y teoría. Em S. 
Moscovici (Org.), Psicología social (Vol. 2, pp. 469-494). Barcelona: Paidós. 
KRÜGER, H. Introdução à Psicologia Social. SP: EPU, 1986. 
LEWIN, K. Problemas de dinâmica de grupo. São Paulo: CULTRIX LTDA, 1948. 
MICHENER, H. A.; DELAMATER, J. D. e MYERS, D. J. Psicologia Social. São Paulo: 
Pioneira Thomson Learning, 2005. 
MOSCOVICI, S. O fenômeno das representações sociais. In S. Moscovici (Ed.), 
Representações sociais: investigações em psicologia social. Editora Vozes: Petrópolis, 
2003. p. 29- 87. 
PEREIRA, M. E. (2002). Psicologia Social dos Estereótipos. São Paulo: EPU. 
PEREIRA, M. E. (2008). Cognição, categorização, estereótipos e vida urbana. Ciência e 
Cognição, Vol. 13 (3), 280-287. 
RODRIGUES, A ; Assmar, E. Jablonski, B. Psicologia social. Petrópolis: Vozes, 2000. 
Tajfel, H. (1981). Human groups and social categories: Studies in social psychology. 
Cambridge: Cambridge University Press. 
Turner, J. C. (1981). The experimental social psychology of intergroup behaviour. Zn J. C. 
Turner e H. Giles (eds) Zntergroup behaviour. Oxford: Blackwell 
 Weiten, W. (2006). Introdução à Psicologia: Temas e variações. São Paulo: 
Pioneira Thomson Learnig.

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