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Geografia 1 – aula 7 1 Geografia 1 Fichamento Aula7 – A Nova Ordem Mundial “alguns elementos são marcantes na globalização, dentre eles o binômio globalização-fragmentação[...] Seus impactos variam de lugar para lugar, produzindo efeitos positivos para alguns e fragilizando cada vez mais a vida de outros.” (p.111) “O sociólogo MANUEL CASTELLS (1999), por sua vez, acredita que a globalização é um fenômeno resultante da revolução tecnológica da informação e da reestruturação do capitalismo. Segundo ele, a globalização caracteriza o que denominou sociedade em rede.” (p.112) “Milton Santos, como vimos na aula anterior, caracteriza esse período, a partir da ideia de meio técnico-científico- informacional. Segundo ele, a revolução dos meios de informação e comunicação, aliada ao desenvolvimento da ciência, teria levado à globalização dos mercados.” (p.112) “O que estamos vendo é que a globalização caracteriza-se pela intensificação das relações entre os lugares, cuja principal característica é o crescente volume de transações comerciais. Esse processo, no entanto, ocorre em função das possibilidades postas pelo desenvolvimento dos meios de transporte e comunicação.” (p.112) “As trocas comerciais intensificadas com a globalização refletem-se não apenas na economia dos países, mas também em sua organização social, política e cultural.” (p.112) “Isso significa que não havia uma simbiose entre os instrumentos criados pelo homem e a Natureza. Não havia, também, meios de transporte e comunicação eficientes o bastante para que a ligação entre os lugares se desse de forma imediata. Assim, cada localidade conseguia manter suas características globais praticamente intactas” (p.114) “O que vem ocorrendo atualmente, contudo, é um crescente processo de intensificação das relações entre os lugares, o que faz com que a região em seus moldes tradicionais seja algo completamente difícil de existir.” (p.114) “Isso significa que a região, quando é uma unidade “autônoma” tal qual a concebia a Geografia Tradicional, é algo que não faz sentido no mundo atual. Isso porque, atualmente, a região e qualquer outra localidade têm muito de suas características e dinâmicas definidas a partir do exterior” (p.115) “A abordagem tradicional levava em conta aspectos ligados às dinâmicas locais. A relação entre os lugares, embora presente, não era o fator determinante para a caracterização dos lugares, que eram definidos, em última instância, a partir de si próprios. Com a dinâmica atual do mundo contemporâneo, a antiga noção de região perde sentido, e ideias como a de gênero de vida, cunhada por La Blache, perdem sentido em função da interação cada vez maior entre os povos e suas culturas” (p.116) “No período atual, há uma prevalência do global sobre o local, mas, ao mesmo tempo, esse global é comandado por poucos atores, tais como grandes empresas, grandes bancos e países como os Estados Unidos, que fazem uso de seu poder militar, econômico e político para facilitar a realização dos interesses desses grupos” (p.116) “Pode-se afirmar, sem dúvida, que o principal vetor da globalização foi o capitalismo. [...] o. O mundo hoje é o que é em função do que o capitalismo fez dele.” (p.118) “R E S U M O Como é a Geografia do mundo contemporâneo? A dinâmica atual do mundo é impulsionada pela globalização dos mercados, e isso também tem implicações de ordem política e cultural. O binômio “globalização- fragmentação” se faz presente em diferentes aspectos. Por exemplo, ao mesmo tempo que se acompanha uma globalização da produção de produtos, observa-se uma fragmentação do trabalho. Da mesma forma acontece quando as economias se globalizam e grupos de países buscam se unir para se proteger dos efeitos nocivos da globalização. A globalização tem provocado impactos de ordem cultural nos locais onde se faz presente. Muitos grupos – religiosos, nacionalistas – vêm buscando se defender da tendência homogeneizadora da cultura “global”, como é o caso dos muçulmanos. Outros, entretanto, buscam dar um novo significado a suas culturas, à luz do contato com outras culturas, propiciado pela globalização.” (118)
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