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Geo 1 - Aula 10

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Geografia 1 – aula 10 
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Geografia 1 
Fichamento Aula10 – Por que estudar Geografia? 
“a Geografia estuda o espaço procurando entendê-lo, para poder usar, manter ou modificar. Tudo isso feito pelo 
homem. Ele como agente organizador desse espaço e também como parte integrante dele” (p.157) 
“O objetivo maior da Educação é transformar o aluno em cidadão capaz de exercer seus deveres e direitos políticos, 
civis e sociais, respeitando o outro e fazendo-se respeitar” (p.159) 
“O homem é o sujeito, o construtor e o usuário do espaço onde vive, tem responsabilidades para com ele. Esse espaço, 
vivido por ele, não foi construído nesse momento, mas veio sendo construído ao longo do tempo por todos que o 
habitaram e imprimiram nele suas marcas e seus valores sociais, culturais, políticos e econômicos.” (p.160) 
ISSO É CIDADANIA 
“Cidadania é um valor e como tal não pode ser ensinado. O aluno deve incorporar esse conceito por ele próprio, cabendo 
ao professor estimulá-lo.” (p.160) 
“O que queremos é fazer o aluno perceber que é responsável pelo espaço em que vive e que a relação dele com esse 
espaço só se concretiza quando conhece, estuda e vive esse espaço e assim sente-se parte dele.” (p.160) 
FORMAR CIDADÃOS, META DA EDUCAÇÃO, META DA GEOGRAFIA 
“Sabemos que os estudos de Geografia atualmente estão apoiados na reflexão e no pensar o espaço do homem, vivendo 
seus conflitos e seus desafios, e contribuindo para que ele seja um ser ativo e participante – um cidadão.” (p.161) 
O ENSINO DA GEOGRAFIA AO LONGO DO TEMPO, NO BRASIL 
“No final do século XIX e início do século XX, não se podia falar em ensino de Geografia pois ainda não existiam no país 
professores licenciados na matéria. a. Isso só aconteceu na década de 1940, com a criação do Departamento de 
Geografia da Faculdade de Filosofia da Universidade de São Paulo.” (p.161) 
“Era uma explicação do espaço, abordando as relações do homem com a natureza de forma objetiva, neutra , apolítica, 
sem valorizar ou analisar o papel do Homem” (p.161) 
“Essa Geografia, chamada tradicional, com fortes raízes positivistas, promovia um estudo das paisagens enfatizando a 
descrição e a memorização” (p.161) 
“A necessidade de explicar o mundo pós-guerra, em um novo contexto político e social, mundo dividido e competidor, 
levou ao surgimento de uma Geografia Crítica” (p.162) 
“Deve-se lembrar que, aqui no Brasil, viveu-se um período de autoritarismo (1964), que não permitia a livre expressão, 
o que fez com que a Geografia, e outras disciplinas sociais fi cassem impedidas de trabalhar conforme seus princípios. 
Era proibido estimular a análise e o questionamento. Bastava um conhecimento repetitivo e memorizante. Foi assim 
com a Geografia” (p.163) 
“a Geografia Crítica vem renovar a Geografia Tradicional. E uma outra abordagem da Geografia Crítica, que valoriza mais 
o indivíduo e sua subjetividade, permite a leitura e compreensão do espaço segundo a percepção do leitor, valorizando 
sua cultura e seus valores. Uma Geografia humanista.” (p.163) 
“Na área da Educação, o século XX foi marcado por inúmeros pensamentos renovadores que se opunham às atitudes 
opressoras da escola tradicional” (p.164) 
Algumas ideias desses pensadores ligadas à Pedagogia. 
Dewey (1859-1052) – Para ele, a escola não é uma preparação para a vida, é a própria vida. Foi o criador da Escola Nova. 
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Freinet (1896-1966) – Segundo Freinet, o conhecimento deve ser adquirido de forma prazerosa. Ele questionava a 
realização dos trabalhos pedagógicos em lugares específicos. 
Piaget (1896-1980) – Seus estudos baseavam-se na formação de indivíduos criativos, descobridores e construtores de 
seu conhecimento. Estudou os níveis mentais de aprendizagem. 
Anísio Teixeira (1900-1971) – Queria um programa de reconstrução educacional para o Brasil. Era defensor da escola 
universal, pública e laica. 
Paulo Freire (1921-1997) – Criou um método próprio de ensino, considerando a realidade cultural do educando. 
“O pensamento desses cientistas considerou a participação do aluno fundamental no processo ensino-aprendizagem, 
(aluno ativo e atuante). A presença do professor seria como orientador e estimulador do processo. Valorizou-se mais os 
objetivos da Educação, o que se queria alcançar, colocando os conteúdos em posição de instrumentos para se chegar a 
essas metas” (p.164) 
“Essa renovação que atingiu a Educação também chegou a várias disciplinas. A concepção de Geografia, já na década de 
1980, passa a uma abordagem mais subjetiva, fruto das experiências individuais e culturais. O fato de considerar essas 
experiências resultou em diferentes espaços que devem ser analisados e explicados. A Geografia assim renovada 
interage com outras disciplinas para poder “pensar o espaço”. Os PCN apontam para a necessidade de uma 
interdisciplinaridade” (p.165) 
“Os Parâmetros Curriculares Nacionais propõem a interdisciplinaridade porque a Educação é vista como um processo 
global, e o conhecimento não pode ser isolado e compartimentado. O ser humano é total, e como tal a Educação 
também deve ser. Nenhuma disciplina tem sentido isoladamente.” (p.165) 
“Em uma abordagem mais atual, a Geografia vem buscando se utilizar de práticas que levem os alunos a desenvolver 
certas habilidades como: identificar, refletir, compreender, analisar, criticar” (p.165) 
R ESUMO 
• O ensino de Geografia vem acompanhando as mudanças em Educação. 
• A Geografia é corresponsável no objetivo maior da Educação – o de formar cidadãos críticos da sociedade, daí ter um 
importante papel na escola. 
• Cidadania é um valor que precisa ser trabalhado para ser incorporado. 
• Apesar das mudanças, ainda persistem as maneiras tradicionais de se ensinar Geografia. 
• Com a interdisciplinaridade, é possível um estudo conjunto da Geografia com as outras ciências, o que beneficia a 
construção do conhecimento pelos alunos. 
“A mente humana se desenvolve de forma global e em etapas, não existe a compartimentação do conhecimento na 
forma como é apresentado na escola. É necessário desenvolver as diferentes etapas do desenvolvimento mental e isso 
é feito por todas as ciências, gerando a interdisciplinaridade.” (p.169)

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