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UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI FACULDADE DE MEDICINA JULIANA SILVA DE OLIVEIRA ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA - APS Sistemas Orgânicos III São José dos Campos- SP 2022.2 JULIANA SILVA DE OLIVEIRA ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA - APS Sistemas Orgânicos III Atividade de prática supervisionada da disciplina de Sistemas Orgânicos III, apresentado à Faculdade de Medicina da Universidade Anhembi Morumbi São José dos Campos. São José dos Campos-SP 2022.2 ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS ATIVIDADE 1: Em Sistemas Orgânicos III você está estudando o sistema nervoso e o aparelho locomotor. Ambos funcionam de maneira integrada. Para compreender a integração entre estes sistemas vamos estudar o comportamento motor. Comportamento motor se refere ao conjunto de ações que resultam na execução do movimento, organizado pela interação de elementos neurais que envolvem a sensação, a percepção, a tomada de decisão, a programação e a execução. Após estudar este tema no material recomendado, você deverá criar um MAPA MENTAL. Um mapa mental é uma ferramenta utilizada para organizar, memorizar ou analisar um conteúdo em específico. Ele facilita o aprendizado e o gerenciamento da informação. Veja algumas instruções abaixo para elaborar um bom mapa mental: Iniciar no centro com o assunto: COMPORTAMENTO MOTOR. Use imagens, símbolos, códigos e dimensões em todo o seu mapa mental. Use os termos norteadores oferecidos abaixo e a partir do tema central puxe linhas que conectam os termos norteadores ao tema central. Use várias cores em todo o mapa mental, para a estimulação visual e para codificar ou agrupar. Use ênfases e mostre associações no seu mapa mental. Mantenha o mapa mental claro, usando hierarquia radial, ordem numérica ou contornos para agrupar ramos. No seu mapa mental devem constar os seguintes termos norteadores: − TÍTULO: COMPORTAMENTO MOTOR − AFERÊNCIAS CORTICAIS − PROPRIOCEPÇÃO − FUSO NEUROMUSCULAR − ÓRGÃO NEUROTENDINOSO DE GOLGI − MEDULA ESPINAL − CORNO POSTERIOR − CÓRTEX MOTOR − TRATO CÓRTICO ESPINAL − CEREBELO − CORNO ANTERIOR − NERVO ESPINAL − PLACA MOTORA − ACETILCOLINA − DESPOLARIZAÇÃO − TÚBULOS T − RETÍCULO SARCOPLASMÁTICO − MIOFIBRILAS − TEORIA DOS FILAMENTOS DESLIZANTES ATIVIDADE 2: Faça a leitura do caso clínico de tumor de tronco encefálico e responda as questões. Foi atendido no ambulatório de otorrinolaringologia da Santa Casa de São Paulo paciente de 48 anos de idade, de cor branca e do sexo masculino, com queixa de perda lentamente progressiva da força muscular da hemiface direita há nove meses. Durante a anamnese negou alterações auditivas, modificações na força de outros grupos musculares ou fenômenos desencadeantes. Negou também antecedentes neurológicos ou quadro similar anterior. Ao exame físico, apresentava-se com desvio acentuado da rima bucal para o lado esquerdo, apagamento do sulco nasolabial, dificuldade para fechar o olho e para enrugar a fronte do lado direito da face. Foi observada diminuição do lacrimejamento do lado acometido no teste de Schirmmer. A audiometria tonal revelou limiares auditivos dentro dos padrões da normalidade e à imitanciometria, ausência do reflexo do músculo do estribo na orelha direita. Os exames otorrinolaringológico e neurológico não evidenciaram nenhuma outra anormalidade, havendo a preservação funcional dos demais nervos cranianos. O paciente foi submetido à ressonância magnética de crânio, sendo constatada lesão expansiva acometendo tronco cerebral, se estendendo da porção superior da ponte e pedúnculo cerebelar direito até a junção bulbomedular (Figura 4) Este paciente foi encaminhado ao serviço de neurocirurgia que, diante da localização da lesão, contra-indicou o tratamento cirúrgico. Pelas evidências clínicas e radiológicas, o tumor foi diagnosticado como glioma do tronco encefálico e tratado com radioterapia. Atualmente o paciente encontra-se estável, mantendo ainda a paralisia facial, porém sem apresentar outras manifestações neurológicas. Fonte: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S003472992002000100024 Após a leitura do caso clínico, você deverá cumprir, as etapas a seguir: 1) Pesquisar o tema nas seguintes bibliografias indicadas: GUYTON, A.C.; HALL, J.E. Tratado de fisiologia médica. 12ª Ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011. JUNQUEIRA, Luiz Uchoa, CARNEIRO, José. Histologia Básica, 12ª edição. Guanabara Koogan, 2013. [Minha Biblioteca]. Capítulo: Tecido nervoso DÂNGELO José Geraldo, FATTINI Carlo Américo. Anatomia humana sistêmica e segmentar. 3 ed. São Paulo: Atheneu, 2007. Capítulo: Sistema Nervoso SILVERTHORN, D. U. Fisiologia humana: uma abordagem integrada. 7ª edição. Porto Alegre: Artmed, 2017. MACHADO, A. B.M.; HAERTEL, L. M. Neuroanatomia funcional. 3ª ed. São Paulo: Atheneu, 2006. 2) Responder questões referentes ao tema abordado https://www.scielo.br/j/rboto/a/r7rkxpSRmf6Zy9ffnrqTNRG/?lang=pt http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S003472992002000100024 a. O exame de imagem evidenciou um comprometimento do tronco encefálico. Faça um mapa conceitual da divisão do Sistema Nervoso, detalhando as partes do tronco encefálico e associe funções a cada uma delas. b. Quais as células que constituem o tecido nervoso? No caso do paciente, quais células formam o tumor? O tecido nervoso é composto por dois tipos de células, os neurônios e células da glia. No caso em comento é provável que o tumor seja causado por células da glia, podendo ocasionar o Glioma. c. O paciente apresenta paralisia do nervo facial. Explique do ponto de vista histológico, o que é um nervo e descreva as funções do nervo facial. O nervo é um conjunto de axônios dos neurônios, que conduzem impulsos elétricos a outras estruturas, gerando respostas nas células alvo excitadas. No caso do nervo facial, o sétimo par de nervos craniano, é do tipo misto pois apresenta fibras motoras, sensitivas e ação parassimpática. A sua parte motora tem a função de inervar os músculos da expressão facial, couro cabeludo, músculo estapédio da orelha média, músculo estilo-hioideo e ventre posterior do músculo digástrico. A sua parte sensitiva tem a função gustativa de paladar nos 2/3 anteriores da língua e palato. Por fim, a sua ação parassimpática tem a função de controle das glândulas salivares submandibular, sublingual, lacrimal, glândulas do nariz e palato. d. Analise os sintomas do caso clínico e explique a relação destes sintomas com o tumor no tronco encefálico. Os sintomas são causados pelo deslocamento cerebral ou pela invasão dos feixes de fibras nervosas. No tronco cerebral costumam acometer vários nervos cranianos, mais frequentemente o abducente, o facial e o trigêmeo, além de causar compressão nas fibras do trato corticoespinal, lemnisco medial e feixe espino-talâmico. Porém, nesse paciente ouve o acometimento apenas do sétimo par craniano (nervo facial). e. Para que uma informação seja passada de um neurônio para outro, a transmissão de impulso nervoso, envolve um mecanismo denominado potencial de ação. Explique a fase de despolarização e repolarização da membrana celular, explicando como ocorre o influxo e efluxo de íons em cada uma destas etapas. O neurônio tem o potencial de membrana em repouso, depois acontece estímulo despolarizante. A Célula nervosa, primeiramente, se apresenta em repouso elétrico, a partir do repouso começa a fase da despolarização da membrana, quando um neurônio recebe um impulso elétrico, saindo do repouso até um elevado limiar de despolarização. Com a abertura dos canais de Na+, começa o influxo para dentro da célula, até o limite do potencial de ação. A partir dessemomento, ocorre a abertura dos canais de K+, promovendo o efluxo desses íons das células, representando a fase da repolarização. Com isso, a célula volta ao repouso, com entrada e saída de íons de Na+ e K+. Pode ocorrer durante a repolarização a fase de hiperpolarização, quando mais íons de K+ saem, impedindo ou dificultando um novo impulso elétrico. f. Descreva os componentes anatômicos e como ocorre sinapse química. O neurônio é dividido em dendritos, corpo celular (soma), axônio e terminações nervosas. A sinapse química ocorre com a transmissão através de neurotransmissores (acetilcolina, noradrenalina, serotonina, etc). Elas vesículas do neurônio présináptico são liberadas a partir da entrada de Ca2+ no terminal axonal. Esses neurotransmissores caem na fenda sináptica. Então, se ligam a receptores na membrana do neurônio pós-ganglionar, dando continuidade ao potencial elétrico, a partir da abertura de canais de Na+ no neurônio seguinte.
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