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aula de complicacoes 2022 2

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COMPLICAÇÕES CLINICAS EM CIRURGIA
Eventos que interferem com o curso normal esperado
Prejuízo físico – emocional
Aumento dos custos 
Perda parcial ou total de uma função
Evolução imprevisível
 Classificação das complicações
 Inerentes a doença - motivou a cirurgia (específicas)
 Decorrentes do ato operatório- passíveis de evitar
Como evitar?
Conhecer o estado clínico prévio/ medicações 		
Privação do tabagismo
Adequação nutricional 
Mobilização precoce
Pós-operatório imediato avaliar sinais vitais e hidratação= corrigir perdas e excessos
Prevenção do Tromboembolismo
Compensar doenças sistêmicas (diabetes, hipertensão, asma…)
Protocolos de antibioticoterapia profiláticos
Fisioterapia
Complicações Clínicas em Cirurgia
Fatores de Risco
Idosos
Tabagistas
Obesos
Desnutridos
Paciente oncológico
Doenca cardiovascular
Drogas 
A Atenção Rigorosa reduz 
os índices de Complicações
Protocolos = abordagens multidisciplinares
Tecnica cirúrgica perfeita
Anestésicos de curta duração
Evitar sobrecarga hídrica
Correção de volemia e equilíbrio hidroeletrolítico
Cir minimamente invasivas
Manter a normotermia= aquecer
Recuperação pós- operatória e anestésica (RPA)
Controle da dor/
Sinais vitais
Protocolos de otimização da recuperação
pós-operatória ERAS... ACERTO (no Brasil)
Pré-operatório
Aconselhamento e educação do paciente
Parar fumo e álcool 4 semanas 
Jejum reduzido- fornecer liquidos 2 hs antes e sólidos ate 6 hs
Evitar ansiolíticos (para não retardar o despertar)
Nutrição prévia – liquidos claros 2 hs antes e solidos 6 hs
Enhanced Recovery After Surgery
(melhorada) *
Protocolo
É um conjunto de medidas perioperatórias destinadas a melhorar a recuperação
ERAS … ACERTO 
Intra-operatório:
Aquecimento corporal/normotermia
Preferir cir videolaparoscópicas
Analgesia epidural e/ou anestésicos de curta duração
SNG e vesical somente no intra-operatório
Balanço Hídrico rigoroso, manter diurese
Pós-operatório
Alimentação precoce (evolutiva)
Mobilização precoce
Tromboprofilaxia (anticoagulantes, se necessário)
Anti-eméticos/procinéticos
Evitar opiáceos, mas promover analgesia adequada (um ou dois analgésicos)/ cateter epidural
Imediatas- 24hs
Mediatas- 24hs a 7º dia
Tardias – após a alta 
 Choque
 Hemorragia
 
72 hs
24 hs
48 hs
Distúrbios hidroeletrolíticos
> 72hs
5 dia
Atelectasia
Deiscência de Suturas Anastomoses
Choque, Sepses, Discrasias sanguineas, Tromboembolismo
Podem ocorrer a qualquer tempo
Pneumonias
Infecção de ferida operatória
Complicações clínicas mais comuns
Tromboflebite
Infecção urinária
Infecção ferida 
Atelectasia 
Tromboflebite
Hemorragia
Ulcera de estresse
Abscesso intracavitário
Infarto
Íleo paralítico
Arritmias cardícas
Hemorragia
Choque
Sepse
Tromboflebite
HEMORRAGIA
Tratamento: reposição e revisão da cirurgia
Suspeitar quando:
Hipotensão mantida, palidez, taquicardia 
Condição clínica prévia – Anemia, Distúrbios de Coagulação
Hemostasia ineficiente
 Ruptura de ligadura
Tem relação direta com a doença e magnitude da cirurgia
 Leva a Anemia aguda e exacerba a resposta ao trauma cirúrgico
CHOQUE
Diretamente relacionada com a doença e a magnitude da cirurgia
Perdas pré-op. x Trauma cirúrgico
Desidratação pré-operatória
Ingesta hídrica deficiente
 Preparo de colon
 Diarréia
 Fístulas; Inflamação
Tempo de cirurgia 
Técnica cirúrgica: Abertas( >) Videol (fechadas) ( < )
TROMBOEMBOLISMO PULMONAR
Obesos
Cancer 
História prévia de tromboembolia
Cardiopata
Cateter venoso central 
 Cirurgia Ortopédica ( quadril e fêmur)
Contraceptivos 
Insuficiência Venosa-Varizes
5 a 10% das mortes pós operatórias 
TROMBOEMBOLISMO
.
Obstruçao da artéria pulmonar/ramos
Dor torácica/pleurítica/ Tosse/Taquipnéia/Crepitação/Taquicardia/ Hemoptoicos/Febre/ Cianose
Diagnóstico:
 D-Dímero > 500
TC / Angiotomografia Pulmonar
Cintilografia Pulmonar/Doppler de MMII
Angiotomografia de Tórax
Angiotomografia de Tórax
TROMBOEMBOLISMO TRATAMENTO GERAL E ESPECÍFICO
O2 suplementar
Analgesia
Suporte ventilatório
Suporte hemodinâmico 
Estabilização do trombo com Heparina e outros anticoagulantes
Trombolítico – estreptoquinase
Altaplase 
Embolectomia- Endovascular
Reperfusão cirúrgica aberta e/ou enxertia
Filtro de veia cava: de acordo
Com o risco do paciente
 refazer novos episódios
RESPIRATÓRIAS
25% DAS MORTES NO PÓS OPERATÓRIO 
ATELECTASIA
 PNEUMONIA
 TROMBOEMBOLISMO P.
 SARS 
Dor
Cirurgias torax e andar superior do abdomem
Disfunção cardiopulmonar pré-existente
Tabagista/Dpoc
Uso de depressores do Sistema Nervoso Central
Idoso/Criança
ATELECTASIA
Febre
 Taquipneia
 Taquicardia
 É a causa mais comum de febre 48hs DPO
Atelectasia de Lobo médio D
ATELECTASIA : prevenção e tratamento
Analgesia adequada
Cirurgias minimamente invasivas
Mobilização precoce
Parar de fumar
Fisioterapia Respiratória *						*
*Espirometria de incentivo
*
Vibrocompressão
Cpap 
PNEUMONIAS POR ASPIRAÇÃO
Pneumonite por aspiração que evolui para
Pn. Complicada
Tratamento : suporte+antibióticos+ fisioterapia
Facilmente evolui para insuficiência respiratória e ventilação mecânica
Importancia do jejum pré-operatório
Evitar deixar o paciente muito sedado no pós
CARDIOVASCULARES
Arritmias 
Hipovolemia
Dor 
Desequilíbrio hidroeletrolítico
Hipóxia
IAM
Doença coronária prévia
Hipotensão, dor torácica
 
Hipertensão
Sobrecarga Hídrica
Dor
Hipóxia
Hipotermia
Hipertenso mal controlado
Complicações Gerais
Dor Limiar é imensurável,
 Febre mantida
Cefaléia – relacionada com perda de líquor
Nauseas e Vômitos
 Anestésicos, manipulação, alimentação precoce, ou tempo excessivo de jejum se grave pensar em obstrução intestinal
Soluços – irritação frênica ou acidose respiratória
Pirose – Refluxo gastroesofageano
Oligúria – manter débito entre 30 a 50ml/hora
48 HS – Reação à agressão cirúrgica
 
72 hs : Atelectasia
Depois de 72 hs pensar em outras causas
Infecção de cateter vascular
Infecção urinária
Infecção na incisão
Peritonite
Tromboflebite
FEBRE
Hemograma
Eas e Cultura de Urina
Hemocultura
		IMAGEM
 Radiografia de Tórax
Ultrassom ou
Tomografia de abdome - nas cir abdominais
Caso persista e não encontre nada: antibioticoterapia empírica e troca de cateteres
CONDUTA NA FEBRE
 Mecanismos
Infusão rápida de sangue e de líquidos não aquecidos
Irrigação intracavitária de líquidos não aquecidos
Cirurgia longa e paciente não aquecido ( sala fria)
 Fármacos anestésicos-gases
Consequências
Deficiência na perfusão tecidual
Hemorragia
Taquiarritmias ventriculares
Deficiência na cicatrização
PROFILAXIA
Sala aquecida, uso de mantas
Aquecimento e umidificação de gases inalados
Infusão de líquidos e sangue aquecidos
HIPOTERMIA
COMPLICAÇÕES RELACIONADA A FERIDA OPERATÓRIA COM REPERCUSSÃO CLÍNICA
TÉCNICA
IMUNIDADE 
DOENÇA PRÉVIA
COMPLICAÇÕES NA FERIDA
HEMATOMA
SEROMA
Risco de infecção
AAS e heparina
Hipertensos 
Pouco apreço a hemostasia cirúrgica
Plasma/linfa
Risco de infecção
Profilaxia
Tratamento – punção/drenagem.
Locais: deficiência de cicatrização, aumento da pressão intrabdominal, fechamento inadequado, infecção local
DEISCÊNCIA = NUTRICIONAL E TÉCNICA
Sistêmicos: idade>60, câncer, diabetes, insuficiência renal, imunodepressão
 
.
DEISCÊNCIA DE ANASTOMOSE
5 DIA
INFECÇÃO DA FERIDA 
PACIENTE 
IMUNIDADE,COMORBIDADES 
PROCEDIMENTO
TRAUMA, HEMORRAGIA, TÉCNICA CONTAMINAÇÃO DO INSTRUMENTAL, AMBIENTE
AGENTE
PATOGENICIDADE 
FERIDA EVISCERAÇÃO		 ANASTOMOSE		ANASTOMOSE	
DEISCÊNCIA
ANASTOMOSE
Sistêmicos: idade>60, Cancer, Diabetes, Insuficiência Renal, Imunodepressão
Locais: deficiência de cicatrização, aumento da pressão intrabdominal, fechamento inadequado, Infecção local
INFLAMAÇÃO DO PERITÔNIO
 DECORRENTE DE 
Deiscência de anastomose de cirurgia 
Da própria causa cirúrgica- ex apendicite com abscesso
Iatrogenia ex: lesão de via biliar PO
Antibioticoterapia
Drenagem e limpezaPeritoneostomia
PERITONITE
ÍLEO E OBSTRUÇÃO INTESTINAL
FUNCIONAL
Inibição da atividadepropulsiva : não- mecânica
Manipulação, alterações eletrolíticas, uso de opióides
MECÂNICA 
 Obstrução por bridas, tumor, abscesso, hérnia interna
COMPLICAÇÕES URINÁRIAS E RENAIS
Insuficiência renal aguda 
Causas mais freqüentes
Sepses
Antinflamatórios
Hipovolemia
Isquemia renal
Retenção Urinária
Anestésicos na medula espinhal
 Infecção por manipulação 
Importância das medidas profiláticas 
CATETERES VENOSOS E DRENOS
NEUROLÓGICAS
DELÍRIO:
Idoso, overdose ou abstinência de drogas abstinência,
 anti-histamícos,
 cefalosporinas
, esteróides,
 diazepam, edema cerebral, AVE, hipoxemia, hipoglicemia, tireotoxicose, distúrbios respiratórios, trauma cir,etc
DISTÚRBIO COGNITIVO 
Idoso , uso de drogas ilícitas e lícitas prescritos por médicos, demência pré-existente ou não						
Idosos são mais sensíveis
CONDUÇÃO
Reconhecer e tratar as causas desencadeantes + suporte familiar, medicamentoso, psiquiatrico
BIBLIOGRAFIA
1-Sabiston - Tratado de Cirurgia - Townsend, Courtney; Beauchamp,Daniel - 2 Volumes - 18ª Ed. CAPITULO 15….
2-Lars Tue Sørensen, MD-Wound Healing and Infection in Surgery The Clinical Impact of Smoking and Smoking Cessation: A Systematic Review and Meta-analysis ARCH SURG/VOL 147 (NO. 4), APR 2012 WWW.ARCHSURG.COM 
3-Agnaldo J. Lopes11, . Bessa E. J. C. Avaliação do Risco Cirúrgico em Pacientes com DPOC Pulmão RJ 2013;22(2):30-3
4-Malbouisson, Luiz Marcelo Sá, Humberto F., Rodrigues,R. R.- Atelectasias durante Anestesia: Fisiopatologia e Tratamento Rev Bras AnestesiolOGIA 2008; 58: 1: 73-83
5- Ávila ,Ana carolina, Fenili,R. Incidencia e fatores de complicações pulmonares pós-operatórias em pacientes submetidos a cirurgias de tórax e Abdome Rev. Col. Bras. Cir. 2017; 44(3): 284-292
6- Stracieri ,Luís Donizeti da Silva CUIDADOS E COMPLICAÇÕES PÓS-OPERATÓRIAS Medicina (Ribeirão Preto) 2008; 41 (4): 465-8.
Stracieri LDS http://www.fmrp.usp.br/revista

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