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PANCREATITE AGUDA- SP 3 1

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PANCREATITE AGUDA
Pancreatite aguda é um processo inflamatório agudo decorrente da auto digestão do pâncreas, causado pelas próprias enzimas pancreáticas, podendo ou não envolver subsequentemente outros tecidos regionais, órgãos ou tecidos à distância.
FISIOPATOLOGIA
Não há certeza sobre o mecanismo patogênico inicial da pancreatite aguda. Sabe-se que o processo inflamatório se inicia pela lesão das células acinares, que passam a liberar enzimas pancreáticas ativas para o interstício, ocorrendo a auto digestão do órgão.
CAUSAS
Principais: litíase biliar (60%) e 
 etilismo (30%).
Outras: hiperlipidemia, medicamentos (furosemida, metronidazol, etc).
 
INCIDÊNCIA
No Brasil, 19 casos por 100.000 habitantes/ano. A incidência é maior com envelhecimento e em homens. Pacientes com cálculos biliares menores que 5 mm (micro cálculos) ou “barro biliar” são considerados de alto risco para desenvolver pancreatite aguda, em função do risco de impactação.
Sintomas
Dor abdominal localizada no andar superior do abdome, em faixa, irradiada para o dorso, de intensidade fraca de início, evoluindo (de minutos a horas) para forte intensidade, que não apresenta posição antiálgica e não melhora com analgésicos comuns. 
É frequentemente acompanhada de náuseas e vômitos. 
Os sinais clínicos podem incluir febre, desidratação, taquicardia, hipotensão arterial, dor leve à palpação abdominal até irritação peritoneal.
Diagnóstico
História clínica e exame físico.
Elevação sérica de lipase e amilase. 
A lipase é mais específica para pancreatite, mas ambas podem elevar-se na insuficiência renal, úlcera perfurada, oclusão vascular mesentérica e obstrução intestinal. 
A amilase e a lipase séricas ↑ no primeiro dia do quadro de pancreatite aguda e voltam ao normal em 3 a 7 dias.
 Leucocitose pode estar presente.
Tomografia computadorizada ou ressonância nuclear magnética podem colaborar no diagnóstico, determinar complicações, avaliar a evolução e auxiliar no diagnóstico diferencial. 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL inclui cólica biliar, doença péptica, perfuração intestinal, isquemia mesentérica, obstrução intestinal, IAM, aneurisma dissecante de aorta e gravidez ectópica.
ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO 
Pancreatite leve- menos de 3 critérios de Ranson.
Pancreatite grave- 3 ou mais critérios de Ranson. 
SINAL DE CULLEN 
É caracterizado por equimoses azuis-pretas na região periumbilical devido à hemorragia retroperitoneal, associada principalmente à ruptura de gravidez ectópica, mas também presente na pancreatite aguda.
Na PANCREATITE AGUDA, este sinal leva 24 a 48 horas para aparecer e prediz um quadro grave com taxa de mortalidade crescendo de 10% para 40%. 
SINAL DE GREY-TURNER
Caracterizado por equimose em flancos. 
Tanto o Sinal de Cullen quanto o de Grey-Turner, se devem à drenagem de líquido ascítico hemorrágico ao longo dos planos das fáscias, infiltrando o tecido subcutâneo.
Ambos os sinais são de mal prognóstico.
O TRATAMENTO BÁSICO DA PANCREATITE AGUDA LEVE é feito por:
1- Reanimação volêmica precoce com meta de volume, 250-500 ml/hora de Ringer lactato nas primeiras 12-24 horas.
2- Analgesia
3- Suporte nutricional
 TRATAMENTO DA PANCREATITE AGUDA GRAVE e complicações é por meio de:
1- Cuidados na unidade de terapia intensiva (UTI)
2- A nutrição enteral é preferível à nutrição parenteral
3- Antibióticos para infecções extra pancreáticas e necrose infectada
4- Necrosectomia (remoção de tecido necrótico) para necrose infectada
5- Colangiopancreatografia retrógrada endoscópica para pancreatite aguda provocada por cálculo biliar impactado.
6- Drenagem dos pseudocistos
 
 
 
 
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