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Artigo GESTÃO EM SEGURANCA PÚBLICA E PRIVADA - ADONAI

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ – UNESA 
CURSO SUPERIOR TECNÓLOGICO EM SEGURANÇA PÚBLICA – CSTSP 
 
 
 
ADONAI DO ESPIRITO SANTO MENDONÇA DA SILVA 
 
GESTÃO EM SEGURANCA PÚBLICA E PRIVADA. 
 
 
Artigo a ser apresentado à Banca do Exame do Curso 
Superior de Tecnólogo em Segurança Pública da 
Universidade Estácio de Sá – CSTSP/UNESA, como 
requisito para aprovação na disciplina de TCC em 
Segurança Pública. 
 
 
 
ORIENTADORA 
Professora Katia de Melo Santos 
 
 
 
 
Castanhal – PA 
Agosto de 2022. 
2 
 
GESTÃO EM SEGURANCA PÚBLICA E PRIVADA. 
 
 
 
[Adonai do Espirito Santo Mendonça da Silva]
1
 
[Katia de Melo Santos]
2
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
O tema pode-se conceituar segurança pública como uma das responsabilidades dada ao Estado, a 
mesma consiste em promover a segurança de todos os cidadãos brasileiros utilizando todos os 
recursos e meios necessários para isso. A democratização da segurança pública, logo, deve ser 
respaldada pela transparência e pelo controle público do poder. Valores democráticos e formas 
eficientes de gestão devem ser conceitos intrínsecos a todas as instituições do Sistema Criminal de 
Justiça, composto, basicamente, pelo Ministério Público, pelo Judiciário, pelo Sistema Penitenciário 
e pelas instituições policiais (civil e militar) que, por sua vez, são peças fundamentais no 
funcionamento da Segurança Pública. A construção histórica, socioeconômica e política do Brasil 
não priorizou a internalização de tais valores e a necessidade de reformas sobre essas instituições 
defasadas, qual a importância da segurança pública no Brasil. 
 
 
Palavras-chave: Segurança. Policiais. Violências. 
 
 
 
 
 
 
 
1 
 Graduando em Tecnólogo em Segurança Pública pela UNESA – Universidade Estácio de Sá. 
 
2 
 Professora orientadora Katia de Melo Santos UNESA – Universidade Estácio de Sá. 
 
3 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
 
 Para alcançar essas mudanças na perspectiva política brasileira, é necessário definir uma 
ampla agenda de segurança pública a partir do consenso que pode ser alcançado no campo do 
progresso a fim de levantar objeções (no discurso e na prática) ao sujeito, que agora é Direitos 
autoritários absolutamente colonizados com base no ódio, opressão e violência. Estabelecer uma 
nova agenda é fundamental para que “contra a violência” não seja mais desculpa para a violência 
reproduzir a exclusão e a desigualdade social, para apoiar a elite branca, para que possamos formular 
políticas de segurança pública para quem efetivamente faz políticas que dela precisam. 
 Ao longo do trabalho são ressaltadas também as principais dificuldades encontradas pelos 
órgãos de segurança, assim como onde são destacados os altos índices de criminalidade. Com maior 
ênfase nas favelas, as mesmas acabaram se tornando um sério problema social, porém sua forma de 
atuação criminosa anda sendo compartilhada por mais estados. O alto do número de organizações 
criminosas e as multiplicações das favelas pode ser considerado um fator impactante no que se refere 
a segurança pública. Por parte do estado observa-se certa dificuldade de planejamento e execução 
das possíveis medidas de combate ao crime, além de uma certa dificuldade financeira para obter os 
recursos necessários a certos materiais ou meios para que a criminalidade venha a ser combatida. 
A pesquisa descrita ao longo do trabalho pode ser considerada exploratória, onde por meio de 
levantamento bibliográfico e analise dos pontos já destacado por alguns dos principais estudiosos da 
área fundamentou-se o assunto abordado. O tema foi descrito em tópicos visando facilitar a 
compreensão dos leitores, dando uma linguagem mais clara e objetiva. 
 O objetivo geral do presente trabalho tem por principal objetivo destacar o conceito de 
segurança pública, apresentando os principais problemas sociais no que se refere a violência que 
persistentemente atingi nosso país. O objetivo específico é realizar as análises e pontos apresentados 
visa-se compreender melhor quais as obrigações relativas à segurança pública e como o estado tem 
procurado combater os altos índices de violência nos estados brasileiros. Levantar pontos sobre a 
segurança pública, discutir a respeito das políticas públicas voltadas para a segurança, debater o 
assunto da violência dos principais problemas sociais, e abordar o sentimento da insegurança da 
sociedade brasileira. 
4 
 
 O estudo se caracteriza como uma pesquisa bibliográfica, elaborada a partir da em consulta 
livros, jornais e dados históricos elaborados, buscando sempre apresentar uma compreensão 
fundamentada na importância do ensino de segurança pública. (MATTOS; ROSSETO JR; 
BLECHER; 2004). Thomas e Nelson (2002), por sua vez, denominam este tipo de pesquisa de 
revisão. A revisão bibliográfica torna-se necessária para que haja uma fundamentação adequada em 
pesquisas futuras. 
 A coleta de dados foi desenvolvida a partir de uma base de dados anexados no catálogo de 
teses e dissertações da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior e a base de 
dados SCIELO. A busca foi realizada utilizando-se os termos: ensino; metodologia de ensino 
público; segurança pública. Além disso, vale ressaltar que as pesquisas foram conduzidas a partir da 
seguinte questão norteadora: a construção histórica, socioeconômica e política do Brasil não 
priorizou a internalização de tais valores e a necessidade de reformas sobre essas instituições 
defasadas, qual a importância da segurança pública no Brasil? 
 
 
2. DESENVOLVIMENTO 
 
 
2.1- SEGURANÇA PUBLICA 
 
 A agenda política nacional merece críticas sobre a abordagem conferida ao debate 
sobre a segurança e defesa da cidadania, uma vez que a finalidade prioritária de todas as ações 
e políticas públicas nesta área devem estar focadas em assegurar a chamada “paz social”, 
conforme preceitua o art. 136 da Constituição Federal (BRASIL, 1988). Esta mesma Carta 
Magna estabelece que as instituições responsáveis pela segurança pública, em sentido estrito, 
são as polícias, no caso, a Polícia Federal, a Polícia Civil e a Polícia Militar dos Estados da 
Federação, além do Corpo de Bombeiros Militar e até as Guardas Municipais, mantidas pelos 
municípios com capacidade financeira para tal (BRASIL, 1988). 
 Porém nos últimos anos o debate acerca do tema vem ganhando maior destaque e isso 
se deve ao aumento significativo da violência em nossa sociedade, muitos estados brasileiros 
hoje são considerados violentos e promovem a violência como uma forma de combater o 
5 
 
estado, em geral a violência destacada em nosso país se deve as organizações criminosas que 
vem crescendo cada vez mais. Como foco principal desse alto índice de violência em nosso 
país pode-se destacar o estado do Rio de Janeiro que por conta da quantidade de favelas acaba 
tendo maior dificuldade de combate aos criminosos. (DAVIS, 2016) 
 Souza (2018) enfatiza que o medo parece estar enraizado na população das grandes 
metrópoles violentas, provocando consequências comportamentais e psicológicas diversas. A 
“fobópole”, um conceito cunhado e desenvolvido pelo autor, é uma cidade em que boa parte 
de seus habitantes sofre de estresse crônico e outras psicopatologias por causa da violência, do 
medo da violência e da sensação de insegurança. 
 As práticas ou medidas adotadas por parte dos profissionais e órgãos de segurança para 
promover a segurança dos cidadãos se tornaram fontes inesgotáveis de debates e críticas, uma 
vez que grande parte das pessoas considera que os profissionais, assim como os responsáveis 
por promover as táticas e medidas de segurança não sabem como agir em determinadas 
situações. (CRUZ, 2013) 
 
2.2 - POLITICAS PÚBLICAS VOLTADAS PARA SEGURANÇA 
 
 As políticas públicas são de acordo com a necessidade dos cidadãos, o Estado atua para 
amenizar os conflitos e desigualdades sociais, sãodesenhadas a partir do relacionamento e dos 
interesses existentes entre várias camadas da sociedade. Nesse processo, os atores políticos 
possuem importante participação para a priorização e destinação de recursos públicos para 
determinada política pública. Além disso, é importante salientar que a implementação das 
políticas públicas nas sociedades capitalistas também está sujeita a interferência de cenários 
macroeconômicos de crise ou estabilidade (MOTA, 2014). 
 Por meio do desenvolvimento de projetos ou organizações voltadas a minimização da 
desigualdade, assim como conceder as pessoas que residem em situações de risco no que se 
refere as práticas de violência as políticas públicas vem sendo um importante alinhada das 
medidas ou procedimentos de segurança adotado por parte do estado. Concedendo aos 
governantes uma orientação do que deve ser realizado ou promovido como uma forma de 
amenizar e combater o desenvolvimento da violência social. 
6 
 
 Uma política pública pode tanto ser parte de uma política de Estado ou uma política de 
governo. Uma política de Estado é toda política que independente do governo e do governante 
deve ser realizada porque é amparada pela constituição. Já uma política de governo pode 
depender da alternância de poder. Cada governo tem seus projetos, que por sua vez se 
transformam em políticas públicas. (POLITIZE, 2016). 
 
2.3 - VIOLÊNCIA UM DOS PRINCIPAIS PROBLEMAS SOCIAIS 
 
 A violência e o crime como fenômenos sociais instituem uma “sociabilidade violenta” 
como formula Machado da Silva (2004) e Misse (2006), que destacam que ela se manifesta na 
sociedade brasileira e se insere nos diversos espaços da vida cotidiana como práticas 
agressivas e hostis que anunciam novas formas de sociabilidades, marcadas pela insegurança e 
pelo medo, proclamando uma “cultura do medo”, compreendida como uma consequência de 
um regime de práticas sociais circunscritas pela sociedade de “massas” ou por um regime de 
impunidades. 
 Ao longo dos anos a violência tem se tornado algo muito comum dentro da sociedade 
brasileira, promovendo alguns ajustes dentro das práticas jurídicas e legislativas do país. 
Assim como exigindo por parte dos governantes uma verificação das medidas que poderiam 
ser adotadas como forma de combater as atividades ou ações criminosas mais recorrentes. 
(PERALVA, 2015) 
Vivenciamos um mundo marcado por várias formas de violência, porém, defini-la é uma tarefa 
complicada. Observamos no processo civilizatório, muitos tipos e formas de violências que 
serviram (e servem) de justificativa para a libertação (ou dominação) dos povos. Por ser o 
termo violência amplo e complexo, existem algumas definições, como a adotada pela 
Organização Mundial de Saúde (OMS) (2002, p. 33) onde essa diz que a violência é 
[...] o uso intencional da força física ou do poder real ou em ameaça contra si próprio, contra 
outra pessoa, ou contra um grupo ou uma comunidade, que resulte ou tenha grande 
possibilidade de resultar em lesão, morte, dano psicológico, deficiência de desenvolvimento 
ou privação. 
 Dentre as bases da violência observada dentro da sociedade se destacam as facções 
criminosas que ao longo do tempo foram se desenvolvendo e ganhando cada vez mais espaço 
7 
 
e força junto principalmente das cidades ou regiões mais fragilizadas pela desigualdade social 
cada vez mais forte dentro do Brasil. Os criminosos são considerados muitas vezes como uma 
oportunidade de os cidadãos em situações mais críticas obterem os recursos necessários para 
seu sustento. (PORTO, 2016) 
 
2.4 - O SENTIMENTO DE INSEGURANÇA NA SOCIEDADE BRASILEIRA 
 
 O sentimento de insegurança desenvolvido no subconsciente dos indivíduos e 
proveniente do crime, conforme a literatura sobre esse tema, podemos afirmar que ela engloba 
uma mistura de sentimentos, pensamentos e comportamentos que estão entrelaçados, de forma 
evidente, à ameaça de vitimização criminal (CRUZ, 2013). 
 Diante dessa perspectiva apresentada pelos autores supracitados, podemos delimitar o 
significado do termo “insegurança”, que em um contexto social no qual torna-se evidente, 
pode ser delimitado como uma reação emocional a uma situação de violência, ou, como os 
autores apresentados acima preferem, a uma ameaça. 
 De acordo com Davis (2016), o problema relacionado ao contexto de insegurança 
pública entrelaçado com a violência e o alto índice de crimes nas sociedades contemporâneas, 
tem-se tornado um dos principais problemas sociais do mundo, demandando entendimento 
científico sobre esse contexto, além de inúmeras reações sociais. 
 Jones (2012) desenvolveu uma das primeiras obras científicas sobre o tema “a sensação 
de insegurança”, o autor realizou uma pesquisa exploratória no Distrito de Columbia, nos 
Estados Unidos da América, com cerca de 511 indivíduos selecionados aleatoriamente e com 
faixa etária de 18 anos ou mais. Como resultado da pesquisa, o autor conseguiu perceber que 
crenças públicas sobre a sensação de insegurança se devem, em grande parte, aos sinais 
altamente visíveis do que é considerado um comportamento desordenado e de má reputação. 
 Destarte, Lewis e Salem (1980), indicam que, fundamentados em suas pesquisas 
realizadas a partir da discussão do tema, o processo de vitimização torna-se fundamental para 
a compreensão das razões que fundamentam o desenvolvimento do sentimento de insegurança 
nos sujeitos. 
 Porém, já de acordo com Davis (2016), o processo de vitimização analisado pelos 
autores citados anteriormente contribui, mas de forma superficial, para a construção e 
8 
 
internalização da reação sentimental relacionada a insegurança, uma vez que a experiência 
direta com o crime não responde por toda a insegurança vivenciada atualmente pela sociedade. 
Contudo, é importante ressaltar que, mesmo havendo divergência entre alguns autores que 
constroem a discussão sobre esse tema, é notório que o processo de vitimização direta, em 
conjunto com mais algumas variáveis, esteja diretamente relacionado com a insegurança 
desenvolvida nos sujeitos. Diante dessa perspectiva, é possível compreender que existem 
outros determinantes, além da criminalidade e da violência, para explicar a sensação de 
insegurança no contexto nacional. 
 De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), o desenvolvimento da 
sensação de insegurança que atinge cerca de 70% do corpo social da atual sociedade brasileira, 
fundamentado no relatório Glabal Study On Homicide, colocou o Brasil, no decorrer das 
últimas décadas, no topo do ranque desenvolvido. Ainda, de acordo com o relatório, é 
importante destacar que uma das cidades mais industrializadas do país, São Paulo, contribui 
com cerca de 1% nos dados sobre homicídios do planeta, mesmo tendo apenas 0,17% da 
população mundial. Dessa forma, percebe-se que a reação sentimental desenvolvida nos 
sujeitos se fundamenta, além da grande contribuição das características apresentadas acima, 
nos dados que mostram a realidade do país. 
 É importante destacar, de acordo com o coordenador de análise e planejamento da 
Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, o senhor Túlio Khan, a construção do contexto 
violento que a cidade está inserida e que serve como base para o processo de insegurança ser 
fundamentado, pode ser explicado pelo uso excessivo de bebidas alcoólicas e pelo porte de 
arma de fogo. 
 Entrelaçado a essa perspectiva, o relatório destaca que mais de 100 pessoas são mortas 
por arma de fogo todos os dias nas diversas áreas do país, sendo que, em cidades como o Rio 
de Janeiro, por exemplo, a taxa de mortes diárias supera a média nacional, o que implica ainda 
mais no fomento da insegurança. 
 
2.5 - SEGURANÇA PRIVADA 
 
 Ao longo dos anos devido à instabilidade da segurança pública algumas medidas foram 
adotadas por parte do poder legislativo, almejado estabilizar ou melhorar os procedimentos de 
9 
 
segurança aplicadojunto a sociedade. Dessa forma, surgiu a segurança privada, a mesma é 
apresentada como uma forma de empresas privadas concederem ou realizarem determinadas 
atividades de cunho policial junto a sociedade. 
 A instituição de uma legislação voltada para essa nova modalidade de serviços de 
segurança é considerada de extrema importância, uma vez que ao longo dos anos muitos 
empreendimentos ou mesmo indivíduos tem se utilizado dos serviços concedidos pelas 
empresas de tal segmento, buscando uma maior segurança em suas rotinas ou junto aos seus 
bens. (PAIXÃO, 2011) 
 O fato da legislação que regulamenta o setor de Segurança Privada encontrar-se 
obsoleta diante da realidade desse importante segmento de serviço no Brasil é questão 
inconteste, mormente no tocante à exigência do grau de escolaridade exigido do profissional 
vigilante, que se limita ao ínfimo patamar da 4ª série do ensino fundamental, qualificação esta 
já completamente insuficiente para atender às exigências desse mercado. 
 Apesar de essas mudanças parecerem bastante evidentes, pela entrada de um conjunto 
significativo de novos atores nas tarefas de policiamento, seu significado está longe de atingir 
um consenso entre os estudiosos do tema. Diante da visão dessas mudanças, o que para uns é 
sinal de uma verdadeira ruptura qualitativa com o passado,1 com o fim do monopólio público 
do policiamento, a sua pluralização – que significaria uma ampla proliferação de setores e 
agentes atuando na autorização e na provisão desses serviços – e a busca do policiamento 
público por uma identidade,2 para outros seria, na realidade, sinal de continuidade de 
importantes mudanças na sociedade e nas formas de controle social por ela exercidas, sendo a 
ideia da ruptura qualitativa um “exagero da novidade” das mudanças que estariam de fato 
ocorrendo no policiamento (JONES; NEWBURN, 2012). 
 Dentre as múltiplas questões pertinentes à problemática da violência e da 
criminalidade, a disseminação dos serviços de segurança privada tem chamado cada vez mais 
a atenção, nos últimos anos, da sociedade e de especialistas do assunto. Há muitas evidências 
sobre o fenômeno, como a visível ampliação de guardas privados e do número de veículos de 
segurança patrimonial circulando nas ruas das cidades, porém poucos estudos que abordam de 
forma objetiva a densa rede atualmente existente do mercado de segurança privada, 
cristalizando uma grande ausência de pesquisas voltadas ao dimensionamento detalhado do 
10 
 
setor, que possam consolidar uma tipologia abrangente sobre as formas com que a segurança 
privada atua hoje. 
 Isso pode ser considerado um forte reflexo da instabilidade apresentada pelos órgãos de 
segurança pública, assim como dos governantes que ao longo dos anos não conseguem 
apresentar procedimentos de qualidade junto aos seus cidadãos, ou mesmo desenvolver um 
plano eficiente quanto as necessidades de cada região do país. 
 
2.6 - SEGURANÇA PÚBLICA: APARATO GERAL SOBRE A TEMÁTICA 
 
 A segurança pública é um estado normal que permite às pessoas gozar de direitos e 
cumprir deveres. Esta é uma modificação ilegal da mesma e uma violação dos direitos básicos. 
Geralmente é acompanhada de violência, resultando em insegurança e ocorrências criminais. 
Trata-se de um processo, ou seja, uma sequência contínua de fatos ou operações, que mostram 
certa unidade ou reaparecem com certa regularidade, possuem uma visão que privilegia a 
prevenção, a repressão, a justiça, a saúde e os componentes sociais. Este é um processo 
sistemático devido à necessidade de integrar um conjunto de ferramentas de conhecimento e 
status que devem interagir com a mesma visão, promessa e objetivo (FÓRUM BRASILEIRO 
DE SEGURANÇA PÚBLICA, 2014). 
 Também devem ser otimizados, pois dependem de decisões rápidas, medidas corretivas 
e resultados imediatos. Estando a ordem pública em estado de tranquilidade, segurança e 
tranquilidade pública, cumpre as leis, regulamentos e costumes que regulam a convivência 
social, pelo que só com a aplicação do conceito de segurança pública é que a proteção dos 
direitos dos cidadãos pode ser alargada (ROSE, 1999). A segurança pública não pode ser vista 
apenas como um meio de vigilância e repressão, mas também como um sistema abrangente e 
otimizado envolvendo prevenção, fiscalização, justiça, proteção de direitos, saúde e meios 
sociais. O processo de segurança pública começa com prevenção e termina com indenização 
por danos, causa tratamento e reinserção dos criminosos na sociedade (SANTOS, 1987). 
 Nos últimos dez anos, a questão da segurança pública tem sido considerada uma 
questão fundamental e um grande desafio ao Estado de Direito no Brasil. A segurança tem 
recebido grande atenção do público. Em nossa história recente, a segurança nunca apareceu 
em debates entre especialistas e o público (FÓRUM BRASILEIRO DE SEGURANÇA 
11 
 
PÚBLICA, 2014). Questões relacionadas ao aumento dos índices de criminalidade e aumento 
da insegurança, especialmente no coração das grandes cidades, onde a insegurança das pessoas 
está aumentando, o espaço público está se degradando, dificuldades relacionadas à reforma 
das instituições de gestão da justiça criminal, violência policial, prevenção Ineficiência sexual. 
As instituições, superlotação nas prisões, rebeliões, fugas, deterioração das condições de 
jovens em conflito com a lei, corrupção, aumento dos custos operacionais do sistema, questões 
relacionadas com a eficiência das investigações criminais, policiais e atrasos judiciais, exceto. 
Entre outras coisas, eles desafiaram o sucesso do processo de consolidação da democracia 
política no Brasil (COSTA, 2003). 
 A amplitude de temas e questões relacionadas à segurança pública alerta para a 
necessidade de limitar as qualificações para os debates sobre segurança e a necessidade de 
incluir novos participantes, cenários e exemplos nas políticas públicas. Portanto, as questões 
de segurança não podem mais ficar confinadas aos sistemas jurídicos e judiciais tradicionais, 
especialmente justiça criminal, prisões e polícia. Em suma, os novos gestores de segurança 
pública (não apenas policiais, promotores, juízes e burocratas da administração pública) 
também devem enfrentar esses desafios, além de tornar os debates nacionais generalizados um 
verdadeiro controle sobre a política de segurança. Além disso, os órgãos governamentais são 
incentivados a estabelecer parcerias com a sociedade civil para a busca pela segurança e 
qualidade de vida dos cidadãos brasileiros (CALDEIRA, 2000). 
 Em óbvia contradição, apesar do dramático panorama da área de segurança no Brasil 
nos últimos anos, não podemos deixar de reconhecer os grandes avanços em alguns territórios 
que, se não trouxeram mudanças efetivas no modelo de segurança pública, representam uma 
mudança gradativa. melhoria. E gerou discussões mais qualificadas sobre o tema na agenda de 
políticas públicas. Eles representam novos temas e novos participantes no debate sobre 
segurança pública brasileira, com foco nas universidades e na sociedade civil (BUENO, 2014). 
No entanto, por melhores que sejam esses métodos de gestão, se não houver mudanças 
substanciais na estrutura normativa da polícia e dos sistemas de justiça criminal, a atual 
insegurança tenderá a ser perceptível. Uma das lições aprendidas com países como a Irlanda e 
a África do Sul, que reformaram com sucesso sua polícia, é que, quando as atividades policiais 
deixam de ser autônomas e passam a responder à lógica das políticas públicas, muito pode ser 
aprendido. Além de soluções puramente técnicas, fica claro que quando as políticas estão 
12 
 
efetivamente comprometidas com a nova postura do país em relação à sociedade, os 
problemas da região podem ser amenizados (COSTA, 2003). 
 Com o pretexto de fortalecer a segurança pública para responder à violência crescente 
e desempenhar essas funções tão necessárias, rapidamente expandimosnossa “agência de 
controle”, tornando cada vez mais policiais militares mais fortes na agência e respondendo à 
polícia (SPAGNOL, 2003). Enfraquecimento social e do poder público - Os governadores 
costumam ficar reféns de suas polícias militar e civil, com pouca ou nenhuma capacidade de 
direcionar as ações dessas agências e/ou implementar reformas institucionais. Também estão 
promovendo o uso de novas tecnologias de controle, como as tornozeleiras eletrônicas, que 
estão totalmente expandidas na China (BUENO, 2014). 
 Uma política de segurança pública eficaz voltada para salvar vidas, além da ação 
policial, inclui também a implantação de uma política de prevenção à violência no país - 
atualmente, as iniciativas são pontuais e, na maioria das vezes, iniciais. Não se trata apenas de 
construir escolas, hospitais ou campos desportivos (ZAVERUCHA, 1998). Ou melhor: essas 
estratégias (ou algumas delas na cultura e na educação) podem fazer parte integrante das 
medidas de prevenção da violência, identificando e intervindo nos locais mais violentos para 
determinar se aumentam ou diminuem a vulnerabilidade dos jovens. Fatores sexuais, status de 
risco (vitimização e/ou prisão). Programas de mediação de conflitos, empoderamento de 
líderes comunitários e fortalecimento de laços sociais e familiares também podem ter efeitos 
relacionados. Nesse caso, uma política voltada para o desarmamento da população também é 
fundamental para a redução das mortes violentas intencionais (CALDEIRA, 2000). 
 
 
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 
 A segurança é um dos principais direitos assegurados a todos os brasileiros por meio da 
Constituição, porém ao longo do ano a mesma vem sendo alvo de muitas críticas e ataques. O 
aumento dos crimes no território nacional nos leva a uma reflexão principalmente no que se 
refere a comunidade carentes, como por exemplo as favelas, onde os criminosos se instalam e 
13 
 
comandam todas as ações. O problema da violência não é somente dos órgãos de segurança 
mais sim de todos os órgãos governamentais, sendo preciso uma resposta rapidamente. 
 Se analisar profundamente os últimos 5 anos pode-se perceber que a dificuldade 
relacionada ao estabelecimento da segurança por parte dos órgãos governamentais ocorre 
principalmente pela falta de recursos, são muitos os materiais e meios necessários para que se 
tenha um combate mais efetivo aos criminosos ou aos grupos de criminosos. 
 Outra questão muito importante destacada ao longo do trabalho se refere a comunidade 
mais carente como as pessoas residentes em favelas, atualmente grande parte dos cidadãos 
residentes em alguns estados estão inseridas dentro das favelas, sendo dessa forma impossível 
realizar uma ação mais efetiva nas favelas sem que ocorram danos aos cidadãos de bem 
inseridos dentro das mesmas. As pessoas mais impactadas por ambos os lados acabam sendo 
as carentes, que de alguma forma estão inseridas dentro de ambientes violentos ou propicio a 
violência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
CRUZ, G. A historicidade da Segurança Pública no Brasil e os desafios da participação 
popular. Revista Eletrônica Instituto de Segurança Pública. Rio de Janeiro, n.4, p. 02-07, 
mar.2013. 
 
DAVIS, Mike. Planeta Favela. São Paulo: Boitempo, 2016. 
 
JONES, Trevor; NEWBURN, Tim. Private security and public police. Oxford: Clarendon 
Press, 2012. 
 
MOTA, Leonardo de Araújo (Org.). Capitalismo contemporâneo: olhares multidisciplinares. 
Campina Grande: Eduepb, 2014. 
 
PAIXÃO, A. L. Segurança privada, direitos humanos e democracia. Novos Estudos Cebrap, n. 
31, p. 130-141. São Paulo, 2011. 
 
PERALVA, Angelina. Violência e democracia: o paradoxo brasileiro. São Paulo: Paz e Terra, 
2015. 
 
POLITIZE! Políticas públicas: o que são e para que existem. 2016. 
 
PORTO, Maria Stela Grossi. A violência entre a inclusão e a exclusão social. Tempo Social, 
São Paulo, v. 12, n. 1, p. 187-200, maio 2016. 
 
Souza, M. L. (2018). Fobópole. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil.

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