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A indissociabilidade do cuidar e educar

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22/03/2023, 16:36 SU-BL2-EDU_ORGAPE_19_E_2
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Unidade 2: A indissociabilidade do
cuidar e educar
Adriana Pinto da Silva
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Introdução
Olá, seja bem-vindo!
É com muito prazer que daremos continuidade aos nossos estudos. Iniciamos aqui a Unidade II
deste curso. Com apenas um clique você dará um passo para conhecer o primeiro assunto em
foco, que é a indissociabilidade do Cuidar e Educar, relacionando-os com a prática educativa.
Logo após, estudaremos as rotinas na Educação Infantil, suas características e objetivos que
permitem colaborar com uma sala de aula construtivista.
Destacaremos ainda a importância do brincar e suas possibilidades de aprendizagem e
desenvolvimento, gerando assim a autonomia da criança a partir das experiências e interações
com outras crianças. Posteriormente, �nalizaremos esta unidade descrevendo a organização
dos espaços internos e externos das instituições escolares, de�nindo-os como elemento do
currículo e promotores de aprendizagens para as crianças da Educação Infantil. Vamos
mergulhar neste “mar” de conhecimentos?  Bons estudos!
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1. A indissociabilidade do cuidar e
educar
Caro(a) aluno(a), voltaremos a estudar um tema de extrema relevância em seu curso, que é a
prática do Educar e Cuidar no contexto da Educação Infantil. Como já vimos, trata-se de uma
relação que envolve diversos atores, como por exemplo a instituição escolar, os professores e a
família, com o objetivo de proporcionar o desenvolvimento integral da criança. Atente para o
comentário de Campos e Vieira (1994):
“Se torna muito importante reconhecer quais são os objetivos que se deseja alcançar com a criança, pois
eles orientarão as ações: se são os objetivos de cuidar e educar, a formação de seus pro�ssionais deve
também assegurar essas facetas, aliando as questões pedagógicas com as questões ligadas à higiene,
alimentação e cuidados em geral (...) e ambas se relacionam às dimensões afetivas, ética e estética da
prática educativa.” ( apud VIEIRA, p.36 ).
Você concorda com o comentário acima? Se sim, vamos fazer uma pausa para re�etir sobre
alguns pontos importantes neste contexto. Você, como professor ou futuro pro�ssional da
Educação Infantil, re�ita e responda às seguintes perguntas: Por que escolheu esta pro�ssão?
Como você se vê no trabalho que desenvolve? O que considera grati�cante e cansativo no
cotidiano?
Como é o seu relacionamento com outros colaboradores, as crianças e as famílias? Veja a
imagem para se inspirar!
Figura 1 - Fonte: Escola em Movimento
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Conseguiu responder todas as perguntas? Parabéns. Você acaba de traçar o seu per�l
pro�ssional no campo da Educação infantil. A partir destas respostas, é possível também
entender a relação entre professores, assistentes e famílias na prática do Cuidar e Educar, onde
cada um tem que executar a parte que lhe cabe!
Quais documentos norteiam a prática do Cuidar e Educar na Educação Infantil? Você sabe?
Primeiramente temos a LDB de 1996. Ela trouxe algo novo, que foi a inclusão da Educação
Infantil como a primeira etapa da educação básica. No que isto consiste? Ora, na integração do
Cuidar e Educar. A creche, por exemplo, que estava na responsabilidade da Secretaria de
Assistência passa para o setor educacional. Um avanço, não é mesmo?
Outro documento importante é o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Ele
foi criado em 1998 através do Ministério da Educação. É neste momento que se propõe a
indissociabilidade das ações Cuidar e Educar para crianças na faixa etária de 0 a 6 anos idade,
sem hierarquizar os pro�ssionais que desenvolvem o trabalho com os pequenos.  Vamos
entender de que forma este referencial traduziu, deu um signi�cado para os termos Educar e
Cuidar, respectivamente:
“(...) propiciar situações de cuidados, brincadeiras e aprendizagens orientadas de forma integrada e que
possam contribuir para o desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal, de ser e estar
com os outros em uma atitude básica de aceitação, respeito e con�ança, e o acesso, a educação poderá
auxiliar o desenvolvimento das capacidades de apropriação e conhecimento das potencialidades corporais,
afetivas, emocionais, estéticas, na perspectiva de contribuir para a formação de crianças felizes e
saudáveis.” ( RCN/I, vol. I, 1998, p.23 ).
“(...) parte integrante da educação, embora exigir conhecimentos, habilidades e instrumentos que
extrapolam a dimensão pedagógica, ou seja, cuidar de uma criança em um contexto educativo demanda
integração de vários campos de conhecimentos e a cooperação de pro�ssionais de diferentes áreas.” (
RCN/I, vol.I, 1998, p.24 ).
Aqui iremos reforçar ou relembrar o que vem a ser o desenvolvimento integral de uma criança.
Você se arrisca a dar palpite do que vem a ser? Pois bem, só para dar uma forcinha, vamos
desmembrá-lo em dois aspectos: Cuidados relacionais (relações afetivas da criança), cuidados
com os aspectos biológicos (qualidade da alimentação e com a saúde). Para entender melhor,
vamos acompanhar vários signi�cados do termo cuidar sob outros olhares:
“Para cuidar é preciso antes de tudo estar comprometido com o outro, com sua singularidade, ser solidário
com suas necessidades, con�ando em suas capacidades. Disso depende a construção de um vínculo entre
quem cuida e quem é cuidado”. ( RCN/I, vol. I, 1998, p.24/25 ).
Sobre o enunciado acima, percebe-se que o Cuidar sai de uma conotação assistencialista para
um caráter educativo, num envolvimento criança-criança e criança-adulto, bem como o ato de
educar perde o caráter escolar, que é aquela visão exagerada do intelecto. (SILVA, 1999).
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O que diz as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil em relação ao trato
Cuidar e Educar? Será que sua proposta é integrar o cuidar e o educar na Educação Infantil?
Acompanhe o que está escrito em um trecho da resolução:
“As instituições de Educação Infantil devem de�nir em suas propostas pedagógicas, práticas de educação e
cuidados, que possibilitem a integração entre os aspectos físicos, emocionais, afetivos,
cognitivos/lingüísticos e sociais da criança, entendendo que ela é um ser completo, total e indivisível.” (
Resolução nº022/98, artigo 3º inciso III ).
Diante de todos os conceitos relembrados e re�exões acerca deste assunto, podemos chegar à
conclusão de que o Cuidar e o Educar de crianças na Educação Infantil resulta em:
Uma visão integrada do desenvolvimento da criança;
Os pro�ssionais precisam estar preparados para que suas práticas educativas não se
transformem em ações mecanizadas;
O Cuidar e o Educar são duas práticas indissociáveis, ou seja, precisam “caminhar” juntas;
É preciso que haja ações conjuntas, integradas, desde o planejamento até a realização das
ações;
Possibilita que as ações construam a identidade da criança, cultura, sentimento de
pertencimento e autonomia.
2. Atividades da rotina infantil
A infância é uma etapa da vida relevante na formação do indivíduo. É nesta fase que a criança
tem o direito de brincar, explorar os espaços com seu corpo, movimentar-se, conhecer o
território, a família, ela precisa ser ouvida, participar de decisões, e, inclusive, desenvolver-se
integralmente. Mas, para que ela se torne um adulto com capacidade de organização,
consciente de que há momentos certos para a realização de suas atividades, é imprescindível
estabelecer uma Rotina na EducaçãoInfantil.
Antes de criar as rotinas na Educação Infantil, é preciso, primeiramente, reconhecer que a
criança é um sujeito histórico e social, capaz de desenvolver suas curiosidades, afetos,
sentimentos, amizades e sua identidade cultural. Para complementar, podemos acrescentar o
conceito do autor Dias (2010).
A idéia central é que as atividades planejadas devem contar com a participação ativa das crianças
garantindo às mesmas a construção das noções de tempo e de espaço, possibilitando-lhes a compreensão
do modo como as situações são organizadas e, sobretudo, permitindo ricas e variadas interações sociais. (
DIAS, 2010 ).
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Diante do que já dialogamos, está interessado (a) em continuar conceituando o que vem a ser
Rotina na Educação Infantil? Segundo Barbosa (2006) ela é compreendida como uma categoria
pedagógica da Educação Infantil que opera como uma estrutura básica organizadora da vida
cotidiana diária em certo tipo de espaço social, creches ou pré-escola. Devem fazer parte da
rotina todas as atividades recorrentes ou reiterativas na vida cotidiana coletiva, mas nem por
isso precisam ser repetitivas.
Viu o quanto a rotina é importante na educação infantil? Agora vamos re�etir sobre suas
características. Vamos pontuar cada uma. Segue:
Gera um sentimento de estabilidade e segurança;
Proporciona maior facilidade de organização do espaço e tempo;
Liberta a criança do sentimento de estresse visto que gera uma rotina estruturada;
Apresenta hábitos bem estruturados;
Capacidade de desenvolver o aprendizado de forma segura;
Consciência das etapas de uma atividade;
Disciplina no dia-a-dia.
Já vimos as características da rotina na educação infantil. Agora, vamos saber para que serve no
cotidiano da sala de aula. Ora, o planejamento traz segurança, facilidade em estruturas as
aulas. A partir do momento que o professor estabelece a sequência das atividades ele organiza
não apenas a aula, mas também o projeto didático de cada assunto. Em resumo, podemos
a�rmar que a rotina norteia a prática do professor.
2.1. Rotinas da educação infantil baseada no
método de ensino construtivista
Re�etindo sobre as rotinas do educador, outro ponto importante é sobre o método de ensino
construtivista. O que é isto? Esta linha pedagógica entende que o aprendizado acontece em
Você quer ler?
Para saber mais sobre a importância da criação da rotina no cotidiano da educação
infantil, clique aqui e tenha acesso ao texto A rotina no cotidiano da educação
infantil: o que indicam as crianças? , de Silmara Parreiras.
https://pantheon.ufrj.br/bitstream/11422/4218/1/SParreiras.pdf
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conjunto, ou seja, é um processo de interação entre professor e aluno. Qual o papel do
professor? Ele é um mediador do conhecimento.
No processo do Construtivismo o que cabe ao aluno? vivenciar situações e atividades interativas
a �m de que ele mesmo construa os saberes. Em síntese, podemos entender que este é um
novo olhar sobre a maneira de como a criança aprende, é um método que ensina a criança
Aprender a Aprender. Veja o conceito do autor Becker (1993) para complementar ainda mais
nosso aprendizado sobre este assunto:
A ideia de que nada, a rigor, está pronto, acabado, e de que, especi�camente, o conhecimento não é dado,
em nenhuma instância, como algo terminado. Ele se constitui pela interação do indivíduo com o meio físico
e social, com o simbolismo humano, com o mundo das relações sociais; e se constitui por força de sua ação
e não por qualquer dotação prévia, na bagagem hereditária ou no meio, de tal modo que podemos a�rmar
que antes da ação não há psiquismo nem consciência, e, muito menos, pensamento. ( Becker, 1993 )
Quais as características deste método de ensino?
2.2. A importância do brincar e as possibilidades
de aprendizagem e desenvolvimento da
autonomia da criança
Iniciamos este tópico trazendo mais alguns conceitos importantes para o desenvolvimento de
nossos estudos. Desta vez, é sobre a importância do Brincar. Segundo o dicionário Aurélio
✔ Sala de aula com menos alunos:
✔ Método de avaliação diferenciada:
✔ Sala de aula organizada em círculos:
✔ Menor interferência do professor:
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(2003), brincar é "divertir-se, recrear-se, entreter-se, distrair-se, folgar", também pode ser
"entreter-se com jogos infantis". Avançando um pouco mais temos Oliveira (2000) quando diz
que o brincar não signi�ca apenas recrear, é muito mais, caracterizando-se como uma das
formas mais complexas que a criança tem de comunicar-se consigo mesma e com o mundo. Até
aqui já entendemos que brincar se traduz em desenvolvimento que acontece através de trocas
recíprocas.
Figura 2 - . Fonte: Cresça e Apareça
É através do brincar que a criança desenvolve capacidades importantes como, por exemplo, a
atenção, a memória, a imitação, a imaginação, propicia o desenvolvimento de áreas da
personalidade como a afetividade, inteligência, motricidade, sociabilidade e a criatividade.
Acrescentamos a essas de�nições o conceito de Zanluchi (2005) onde ele a�rma que
“Quando brinca, a criança prepara-se a vida, pois é através de sua atividade lúdica que ela vai tendo
contato com o mundo físico e social, bem como vai compreendendo como são e como funcionam as
coisas.” Zanluchi (2005 )
Diante de tudo que vimos, vamos �nalizar este tópico de�nindo a importância do brincar para o
desenvolvimento infantil:
À medida que a criança brinca ela transformar e produz novos signi�cados o que expressa
seu caráter ativo, no curso de seu próprio desenvolvimento;
Se ela for estimulada, é possível que provoque o rompimento das relações de
subordinação ao objeto;
Ao brincar, a criança se parece mais madura, pois, mesmo de forma simbólica, ela entra no
mundo adulto para que ela lide com diversas situações e con�itos do cotidiano.
2.3. Indissociabilidade entre o educar e o cuidar
e suas implicações na rotina da educação
infantil
Revisando os termos Cuidar e educar, eles são indissociáveis, ou seja, na educação infantil esta
prática não se separa, andam juntos para que possa proporcionar o desenvolvimento integral
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da criança. Para explicar melhor, a autora Massena (2011) aborda este assunto relatando que
as atividades que ocorrem na Educação Infantil, precisam estar entrelaçadas, articulando o
educar e o cuidar. Neste caso, a rotina é a “mola mestra” dessas instituições de ensino.
Massena (2011) vai além em suas palavras esclarecendo um pouco mais sobre este assunto. Ela
diz que a rotina é uma prática com diferentes ações que ocorrem no cotidiano do professor
visto que possibilita que a criança oriente-se na relação espaço/tempo, reconheça seu
andamento, dê sugestões e proponha mudanças. É preciso também levar em consideração as
necessidades da criança, ou seja, é fundamental que esteja atento aos elementos que
compõem a rotina para que faça parte dos diversos momentos da criança, na perspectiva do
desenvolvimento dela. Acompanhe o quadro com os horários imprescindíveis, que precisam ser
respeitados:
Figura 3 - . Fonte: Massena (2011)
3. A hora da atividade, da roda e do
lanche
Para você entender melhor, vamos dar o próximo passo que é entender de que forma podemos
estruturar uma rotina adequada para a educação infantil. Vamos conhecer? São diversas as
atividades que compõem a rotina na Educação Infantil. Cada uma possui suas �nalidades e suas
formasde organização. Antes de começar a estudá-las, vamos relembrar as funções da rotina
escolar! Por que ela é importante no cotidiano das atividades? Leia atentamente as informações
abaixo:
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Figura 4 - Fonte: slideshare
Agora que você já sabe as funções da rotina escolar, partiremos para o detalhamento de cada
atividade. Vamos iniciar?
✔ Hora da Roda: É um momento de extrema importância. É nele que o professor acolhe as
crianças de forma que elas se sintam seguras e com a sensação de pertencimento àquele
grupo. Como deve ser a dinâmica na sala de aula? Cabe ao pro�ssional de educação infantil se
utilizar da música, jogos de mímica ou até mesmo das brincadeiras tradicionais para que a
chegada da criança, ao espaço, seja agradável. Logo após, é necessário organizar a roda de
conversa para as trocar de ideias e o momento de vivências. Não resta dúvida o quanto todas
essas ações contribuem, signi�cantemente, para a moralidade infantil.
Figura 5 - Fonte: pinterest
Quais tipos de atividades podem são desenvolvidas na roda? Vamos relacionar cada uma?
Atividades que visam a construção do conhecimento sobre códigos e linguagens. Como
assim? Tipo brincadeiras com crachás com os nomes das crianças, jogos diversos
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(apresentar a criança para que ela possa brincar sozinha, entre outras);
Atividade de marcação do dia no calendário;
Discussões acerca dos projetos que estão sendo trabalhados pela classe, além de
apresentar às crianças as atividades do dia, abrindo, também, um espaço para que elas
possam participar do planejamento diário.
Artes plásticas estimula a capacidade da criança em expressar-se através da arte, bem
como estimulando o senso estético e crítico.
✔ Hora das Atividades: Este é o momento em que o professor propõe as atividades, o
conteúdo da aula para toda sala. Pode ser uma atividade de forma coletiva ou individual, bem
como deverá ser desenvolvida tanto dentro ou fora da instituição de ensino.  Tudo isto
contribui para o desenvolvimento da autonomia da criança.
Figura 6 - Fonte: Atividades para professores
✔ Hora do Lanche : Este também é um dos momentos de extrema importância para a criança
visto que contribui para o desenvolvimento saudável da criança, além de fazer parte do
processo educativo. Vamos desmembrar este momento para entender melhor? Em pequenas
frases e períodos demonstraremos o quanto este momento é importante. Acompanhe:
Figura 7 - Fonte: Pinterest
Comer não consiste em apenas uma necessidade do organismo. É mais que isto. É uma
necessidade psicológica e social;
É no momento das refeições que a criança tem a oportunidade de se relacionar com os
coleguinhas, trocar ideias, adquirir conhecimentos e, inclusive, desenvolver sua autonomia.
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O momento do lanche deve ser proporcionada com muita alegria. Por que? Porque a
criança aprender a preparar e cuidar do alimento com independência, bem como adquirir
boas maneiras durante as refeições.
SUGESTÃO: Vamos �nalizar este tópico cantando uma música muito conhecida na educação
infantil? É importante exercitar para cantar bonito com os seus pequenos!
Figura 8 - Fonte: Pinterest
✔ Hora da Brincadeira: A brincadeira é uma das atividades mais valiosas para as crianças. Por
que será? É nesses momentos que os pequenos aprendem a conviver com pessoas diferentes,
compartilham ideias, regras, objetos, brinquedos, enfrentam desa�os, montam estratégias,
exploram ambientes e praticam sua concentração! O que é mais importante nisso tudo é a
contribuição dessas ações! Que tal conhecer? Ela proporciona o desenvolvimento motor, físico,
emocional, cognitivo e intelectual.
Na Educação Infantil, as brincadeiras fazem parte da rotina diária da instituição escolar. Elas são
agregadas em diferentes momentos do dia. Mas, o que signi�ca trabalhar com o movimento e
expressão corporal? Signi�ca proporcionar à criança o conhecimento do próprio corpo e
experimentar as possibilidades que ela oferece. Cabe ao professor incluí-las no planejamento
de suas atividades diárias.
Figura 9 - Fonte: slideshare
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Cada atividade deverá ser adequada à realidade da criança;
O professor precisa estar atento ao tempo de duração das brincadeiras para não
atrapalhar o andamento das demais atividades.
4. Prática de observação em
instituição de educação infantil
As instituições de educação infantil precisam tornar seus espaços em um ambiente de
socialização e construção de saberes para as crianças. Um espaço escolar sem o mínimo de
estrutura, desorganizado e sem acolhimento não possibilita o desenvolvimento e
aprendizagem. Quando o ambiente proporciona boas experiências, certamente contribuirá no
processo educativo da criança.
A organização dessas instituições: traduz as concepções de criança, de educação, de ensino e
aprendizagem, bem como uma visão de mundo e de ser humano do educador que atua nesse cenário.
Horn ( 2007 )
Falando neste assunto, logo uma pergunta nos vem à mente: Qual a responsabilidade do
professor neste contexto da organização do espaço? Ora, cabe a ele colaborar no processo de
ensino e organização do espaço. Quem reforça isto é Tiriba (2008) quando fala que “do ponto
de vista das crianças, não importa que a escola seja um direito, importa que seja agradável,
interessante, instigante, que seja um lugar para onde elas desejem retornar sempre”. Perfeita
esta de�nição do autor, não acha?
A organização do espaço educativo na Educação Infantil precisa estar a serviço do
desenvolvimento e da aprendizagem da criança, visando assim, o seu pleno desenvolvimento.
Mas, antes de qualquer coisa precisamos entender se existe diferença entre as palavras Espaço
Escolar e Ambiente. Será que as duas quer dizer a mesma coisa ou possuem diferenças de
signi�cado? Vamos acompanhar através dos conceitos de vários autores:
[...] o termo espaço se refere aos locais onde as atividades são realizadas, caracterizados por objetos,
móveis, materiais didáticos, decoração. O termo ambiente diz respeito ao conjunto desse espaço físico e às
relações que nele se estabelecem ( HORN, 2007, p.35 ).
Neste sentido, o espaço escolar proporciona a construção de conhecimento. Segundo Moura
(2009) ele o caracteriza como sinônimo de grandes e diversas possibilidades de formação das
crianças. Já os autores Edwards, C.; Forman, G. e Gandini, L. (1999), eles dizem que o espaço
re�ete a cultura das pessoas que nele vivem de muitas formas e, em um exame cuidadoso,
revela até mesmo camadas distintas dessa in�uência cultural.
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Outro conceito interessante é o de Horn (2007). Ele diz que o espaço nunca é neutro e a forma
como é organizado transmite uma mensagem. Como assim? Vamos pensar: Se o ambiente
transmite determinada mensagem, ela será uma re�exão cultural, relacionada ao contexto
social da criança. Aqui trazemos uma nova informação: É preciso que as instituições de
Educação Infantil repensem sobre seus espaços escolares já que eles são detentores de cultura,
ou seja, os pequenos precisam se sentir seguros e alegres na escola.
No planejamento do ambiente deve levar em consideração o tamanho do espaço da sala de aula, a área
de lazer, a higiene, a iluminação, a segurança, a climatização,se há espaços para as atividades livres, se é
agradável o visual físico, dentre outros. SOUSA ( 2006 )
Organizar o espaço escolar tem alguma coisa a ver com proposta pedagógica? Se você
respondeu que sim está correto. É neste espaço que as crianças constroem seus
conhecimentos. Neste contexto, o professor assume o papel de mediar sua organização, bem
como dar apoio no desenvolvimento das atividades. Por isso, a partir de hoje quando resolver
organizar o espaço pense nas crianças. Imagine de que forma elas utilizarão o espaço e
produzirão conhecimentos, aprendizagens! Para completar a ideia, acompanhe os conceitos
abaixo:
A prática pedagógica nas instituições de Educação Infantil implica a re�exão de que o estabelecimento deve
oferecer um sequência básica de atividades diárias que são referenciadas pelas necessidades das crianças.
Sendo a brincadeira, uma das atividades mais importantes realizadas nas instituições infantis. HORN (
2007 )
A organização do espaço deve ser feita em cooperação com a criança que brinca, pois na organização dos
brinquedos e espaços a criança já está imprimindo a sua personalidade, seus desejos e sonhos, mas
também reconstruindo em pequena escala sua representação de mundo.  O brincar se faz importante,
tanto em casa como no ambiente escolar. As instituições de Educação Infantil devem oferecer espaços
adequados de atividades lúdicas. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil ( 1998 )
Como vimos anteriormente, a organização do espaço deve ser feita em cooperação com a
criança. Avançando um pouco mais nesta discussão, trazemos outros ricos conceitos que
tratam deste assunto, como, por exemplo, o de Vygotsky
É na brincadeira que a criança se comporta além do comportamento habitual de sua idade, além de seu
comportamento diário. A criança vivencia uma experiência no brinquedo como se ela fosse maior do que a
realidade, o brinquedo fornece estrutura básica para mudanças das necessidades e da consciência da
criança. VYGOTSKY ( 1992 )
Já de acordo com o artigo 8º das DCNEI, leva-se em consideração que as interações e as
brincadeiras são os eixos norteadores da proposta Curricular da Educação Infantil. Nesse
contexto, o espaço escolar tem um papel essencial visto que é nele que acontecem as
brincadeiras. Neste momento, ele entra numa dimensão física que possibilita que as atividades
de imaginação sejam concretizadas, na prática.
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Tiriba (2008) fecha esse assunto com chave de ouro relembrado que é preciso inserir a criança
no contexto da organização do espaço escolar. Estamos falando da parceria com a criança.
Será necessário buscar a parceria das crianças nas decisões sobre a organização e na decoração da escola,
pois, se as crianças são sujeitos de conhecimento e também de desejo, se crescem e modi�cam seus
interesses e possibilidades, também os espaços podem ser por elas permanentemente modi�cados. (
TIRIBA, 2008 )
E sobre os espaços externos, o que vem a ser? Eles não se restringem às paredes da sala de
aula. Quem irá de�ni-lo é o autor Horn. Veja!
Os espaços externos são considerados prolongamentos dos espaços internos e precisam ser utilizados
numa perspectiva pedagógica. Sendo assim, outros todos os espaços escolares devem ser considerados.
Horn ( 2007 )
Como muitos sabem, os espaços externos, na maioria das vezes, é pouco considerado. Ao invés
de ignorá-lo o transforme em uma extensão do espaço interno. Um exemplo bem prático é o
parque. Ele proporciona diversas formas de aprendizagens e interações sociais. Você concorda?
Que tal você como professor planejar uma aula no parque? Se imagine nessa foto abaixo.
Certamente será uma aula bastante produtiva, não é mesmo?
Figura 10 - Fonte: Parque do Sabiá
Chamamos sua atenção para os pisos e os brinquedos dos parques. Segundo os Parâmetros
Básicos de Infraestrutura para instituições de Educação Infantil (2006) eles precisam ter pisos
variados, como, por exemplo, grama, terra e cimento. Outro ponto importante é, se possível,
insira outros elementos como, por exemplo, bancos, an�teatro, casa em miniatura, brinquedos
diversos como escorregador, balanços, túneis, entre outros.
Caro aluno (a) podemos concluir esta etapa de�nindo os espaços para a Educação Infantil com
3 frases. Segue:
Precisam ser cultivados numa relação de aprendizagem;
É necessário estar voltado para o desenvolvimento da criança;
Ser organizado e planejado em conjunto com as crianças.
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Síntese
Chegamos ao �nal da Unidade II. Gostou dos conteúdos apresentados? Espero que sim! Neste
módulo, você teve acesso a diversos referenciais teóricos, exercícios que abordaram temas
relevantes para seu curso. Um deles foi a indissociabilidade dos termos Cuidar e Educar
associando-o com a prática na Educação Infantil! E as rotinas da Educação Infantil?
Baseado em diversas de�nições e exemplos, foi possível:
conhecer os detalhes de cada rotina educativa;
fazer um link com a prática educativa através de exemplos do cotidiano da educação;
compreender a relação entre Cuidar e Educar;
identi�car a importância do estabelecimento de uma rotina para as crianças na Educação
Infantil;
perceber a prática da observação em Instituição de Educação Infantil como fator fundamental
para a organização do espaço e adequação das atividades.
Com isso, você teve acesso a um importante conteúdo do curso. Na próxima unidade falaremos
do Relatório da prática de observação em Instituição de Educação Infantil. Até breve!
Download do PDF da unidade
Bibliografia
Você quer ler?
Para saber mais sobre a prática de observação na Educação Infantil, clique aqui e leia
o artigo A importância da observação de aulas na Educação Infantil .
http://revistas.unisinos.br/index.php/calidoscopio/article/view/cld.2016.141.01
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