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M M A T 1 8 a – R E V E S T IM E N T O S P R O T E T O R E S REVESTIMENTOS PROTETORES Especialização em Soldagem UFPR – Prof. Scheid M M A T 1 8 a – R E V E S T IM E N T O S P R O T E T O R E S Recobrimentos - Abordagem O Recobrimento dos Aços Limpeza e Preparo das Superfícies Aços Aluminizados Aços Galvanizados Pintura Outros Problemas na soldagem dos aços com revestimento Revestimentos M M A T 1 8 a – R E V E S T IM E N T O S P R O T E T O R E S Recobrimentos Introdução A maioria dos métodos de controle da corrosão consiste em intercalar uma camada protetora entre o metal e o meio corrosivo. As camadas protetoras podem ter formação natural ou artificial e, em alguns casos, simultânea. A boa resistência à corrosão de metais comuns está associada à formação de uma película, normalmente invisível, impermeável, contínua e insolúvel. Essas películas se originam de transformações químicas em meios atmosféricas convencionais e resultam na formação de compostos que aderem ao metal-base, como no caso de aços inoxidáveis (Cr2O3) e alumínio (Al2O3). Na maior parte dos ambientes industriais não há formação de filmes conforme descrição anterior, requerendo proteção, em especial por revestimentos. Revestimentos M M A T 1 8 a – R E V E S T IM E N T O S P R O T E T O R E S Recobrimentos Limpeza e Preparo das Superfícies Os objetivos da limpeza e preparo de superfícies, para aplicação de revestimento, são: 1- Remoção das impurezas, 2- Promover aderência adequada ao revestimento. Tipos de impurezas: 1- Oleosas - principalmente óleos minerais, graxos, emulsões, óleos de laminação, estampagem, trefilação, óleos protetores. 2- Semi-sólidas - protetivos pesados de natureza altamente polar, são de difícil remoção e causam sérios problemas de aderência. Torna-se necessário o uso de detergentes fortemente alcalinos aliados a solventes orgânicos. Revestimentos M M A T 1 8 a – R E V E S T IM E N T O S P R O T E T O R E S Recobrimentos Limpeza e Preparo das Superfícies Tipos de impurezas: 3- Sólidas - massas de polimento, cloretos, sulfatos e carbonatos. 4- Óxidos e produtos de corrosão – carepas de laminação, forjameto, tratamento térmico, entre outros. Formas de remoção: 1- Detergência – Desengraxamento Alcalino Visa a remoção de filmes e sujidades aderidas na superfície, mas sem reação química entre estas e o substrato metálico. Existem quatro variáveis importantes: Tempo, temperatura, concentração e ação mecânica). Revestimentos M M A T 1 8 a – R E V E S T IM E N T O S P R O T E T O R E S Recobrimentos Limpeza e Preparo das Superfícies Formas de remoção: 1- Detergência – Desengraxamento Alcalino Para limpeza de aços, usam-se alcalinos pesados, com pH na faixa de 12,4 a 13,8. Na limpeza de alumínio, zinco e latões, usam-se alcalinos médios, com pH na faixa de 11,2 a 12,4. Em casos de contaminação de fácil remoção, alcalinos leves com pH entre 10,5 a 11,2 são suficientes. 2- Solubilização Solventes são usados para a remoção de óleos de natureza simples ou graxas com contaminação leve. São eles: Hidrocarbonetos aromáticos, alifáticos, clorados, cetonas, álcoois,... Revestimentos M M A T 1 8 a – R E V E S T IM E N T O S P R O T E T O R E S Recobrimentos Limpeza e Preparo das Superfícies Formas de remoção: 2- Solubilização Formas de aplicação dos solventes: 1- Imersão das peças, 2- Jateamento das peças com o solvente, 3- Desengraxamento por vapor de solvente, 4- Desengraxamento associando imersão e vapor. 3- Decapagem (ação química) Os dois tipos de decapagem são: ácida e alcalina. A decapagem visa a remoção de óxidos (carepas) e produtos de corrosão, entre outros compostos. Revestimentos M M A T 1 8 a – R E V E S T IM E N T O S P R O T E T O R E S Recobrimentos Limpeza e Preparo das Superfícies Formas de remoção: 3- Decapagem (ação química) A decapagem ácida pode ser realizada por meio da: - Aplicação de ácido sulfúrico em concentração de 5 a 25% e temperatura de 60 a 800C. - Aplicação de ácido clorídrico em concentrações entre 25 e 50% e com temperatura de cerca de 900C. A decapagem alcalina pode ser aplicada a: - Alumínio e zinco, tendo como etapa inicial o desengraxe e em seguida a decapagem em meio alcalino. Revestimentos M M A T 1 8 a – R E V E S T IM E N T O S P R O T E T O R E S Recobrimentos Limpeza e Preparo das Superfícies Formas de remoção: 4- Tratamento mecânico O tratamento mecânico envolve o uso de escovas de aço manual, folha de lixa, espátula, lixadeira rotativa, entre outros. 5- Jateamento com abrasivo seco (ação mecânica) Os principais abrasivos usados no jateamento são: areia, escória de fundição de cobre, granalha de aço, bauxita sinterizada. 6- Jateamento com abrasivo úmido Este modo de jateamento surgiu em 1980 como conseqüência de algumas restrições ao uso de jateamento seco. Os equipamento são os mesmos, com adição de água antes ou após o bico de jato. A oxidação é minimizada pela adição de inibidores de corrosão. Revestimentos M M A T 1 8 a – R E V E S T IM E N T O S P R O T E T O R E S Recobrimentos Limpeza e Preparo das Superfícies (Gentil) Revestimentos M M A T 1 8 a – R E V E S T IM E N T O S P R O T E T O R E S Recobrimentos Limpeza e Preparo das Superfícies (Gentil) Revestimentos M M A T 1 8 a – R E V E S T IM E N T O S P R O T E T O R E S Recobrimentos Limpeza e Preparo das Superfícies (Gentil) Revestimentos M M A T 1 8 a – R E V E S T IM E N T O S P R O T E T O R E S Recobrimentos Limpeza e Preparo das Superfícies Formas de remoção: 7- Hidrojateamento Em meados da década de 90, um novo método de limpeza foi introduzido comercialmente. Este processo utiliza água em alta pressão (34 a 170 MPa) ou hiperalta pressão (>170 MPa) para a limpeza da superfície. Características: - É eficiente na remoção de sais solúveis, - Não gera pó ou faíscas - Não é nocivo ao meio ambiente ou à saúde - Não altera a rugosidade da superfície, sendo muitas vezes uma desvantagem. Revestimentos M M A T 1 8 a – R E V E S T IM E N T O S P R O T E T O R E S Revestimentos Metálicos Os revestimentos metálicos são usados com diferentes propósitos: 1- Função decorativa (ouro, prata, níquel, cromo) 2- Resistência à oxidação em contatos elétricos (estanho, prata, ouro) 3- Endurecimento superficial (cromo) 4- Resistência à corrosão (cromo, níquel, alumínio, zinco, zinco- alumínio Os revestimentos anti-corrosivos podem ter suas ações protetoras explicadas por fatores como: 1- Formação de películas protetoras de óxidos, hidróxidos e outros compostos, pela reação com oxidantes do meio corrosivo (alumínio, níquel, cromo, zinco). 2- Os metais usados nos revestimentos apresentam resistência ao ataque ácido em meios não-aerados (estanho, chumbo, zinco e cádmio) Revestimentos M M A T 1 8 a – R E V E S T IM E N T O S P R O T E T O R E S Revestimentos Metálicos - Técnicas de aplicação As técnicas usadas mais freqüentemente para aplicação dos revestimentos metálicos são: 1- Cladização ou cladeamento 2- Eletrodeposição 3- Imersão a quente 4- Aspersão térmica 5- Deposição em fase gasosa (CVD / PVD) 6- Deposição por soldagem Neste módulo, serão apresentados os itens 1 a 3. Revestimentos M M A T 1 8 a – R E V E S T IM E N T O S P R O T E T O R E S Revestimentos Metálicos - Técnicas de aplicação 1- Cladizaçãoou cladeamento Método de revestimento para controle da corrosão, largamente adotado na indústria química. O revestimento pode ser aplicado por laminação conjunta a quente de chapas do metal-base e do revestimento, pelo processo de explosão ou ainda por solda. No processo a explosão, a cladização ocorre em decorrência do efeito de aquecimento intenso e da forte prensagem resultante da explosão que é feita sobre as chapas a serem unidas. Na maior parte das vezes, somente o lado em contato com o meio corrosivo é revestido. O conjunto chapa de metal-base + revestimento é chamado de clad. A espessura do metal de revestimento varia entre 2 e 4mm. Revestimentos M M A T 1 8 a – R E V E S T IM E N T O S P R O T E T O R E S Revestimentos Metálicos - Técnicas de aplicação 1- Cladização ou cladeamento (Gentil) Revestimentos M M A T 1 8 a – R E V E S T IM E N T O S P R O T E T O R E S Revestimentos Metálicos - Técnicas de aplicação 1- Cladização ou cladeamento (Gentil) Revestimentos M M A T 1 8 a – R E V E S T IM E N T O S P R O T E T O R E S Revestimentos Metálicos - Técnicas de aplicação 1- Cladização ou cladeamento É largamente aplicado para revestimento de vasos de pressão, reatores e tanques de armazenamento. O aço-carbono dá ao equipamento as propriedades mecânicas necessárias e o aço inoxidável ou ligas (níquel, etc) fornece a resistência ao meio corrosivo, não havendo necessidade de usar grandes espessuras de materiais metálicos de custo elevado. O alclad é um produto formado por ligas de alumínio revestidas por alumínio metálico (puro). Revestimentos M M A T 1 8 a – R E V E S T IM E N T O S P R O T E T O R E S Revestimentos Metálicos - Técnicas de aplicação 2- Eletrodeposição É um processo largamente usado para a obtenção de revestimentos de espessura pequena e livre de poros. Assim, aplica-se camadas finas e econômicas de metais de custo elevado, ou seja, evitando desperdícios por “overcoating”. Geralmente deposita-se ouro, prata, cobre, estanho, níquel, cádmio, cromo e zinco. O material a ser protegido é colocado como cátodo em uma cuba eletrolítica, onde o eletrólito contém sal do metal a ser usado no revestimento, podendo o anodo ser também o metal a ser depositado. Revestimentos M M A T 1 8 a – R E V E S T IM E N T O S P R O T E T O R E S Revestimentos Metálicos - Técnicas de aplicação 2- Eletrodeposição Processo com anodo insolúvel Catodo (-): Mn+ + ne M (M = Cu, Ni, Zn, ...) Anodo (+): 2OH- H2O + ½O2 + 2e Processo com anodo solúvel Catodo (-): Mn+ + ne M (M = Ag, Au, ...) Anodo (+): M Mn+ + ne A espessura da película e suas propriedades dependem da densidade de corrente aplicada, concentração de sais, temperatura do banho, presença de aditivos e natureza do metal base (catodo). Revestimentos M M A T 1 8 a – R E V E S T IM E N T O S P R O T E T O R E S Revestimentos Metálicos - Técnicas de aplicação 3- Imersão a quente Processo de revestimento metálico que se obtém por imersão do material metálico em um banho de metal fundido. Processo largamente usado para revestimento do aço com zinco, alumínio e ligas alumínio-zinco. Também pode ser usados para estanho e cobre. Revestimentos Indutor Túnel de Imersão Extensão da chapa Indutor Rolo Estabilisador Navalhas Ar Posicionadores das Navalhas de ar Direção da Tira Rolo guia M M A T 1 8 a – R E V E S T IM E N T O S P R O T E T O R E S Revestimentos Metálicos - Técnicas de aplicação Esquema dos Processos de Imersão a quente e Eletrolítico Revestimentos Tira de aço Atmosfera Navalhas de ar Imersão a quente Eletrolítica Rolo Estabilizador Banho de imersão Tira de aço Eletrólito Com íons Zn Anodos (+) M M A T 1 8 a – R E V E S T IM E N T O S P R O T E T O R E S Revestimentos Metálicos - Técnicas de aplicação 3- Imersão a quente Aços Aluminizados: O aço aluminizado é obtido pela imersão a quente do aço em banho de alumínio puro ou alumínio contendo 5 a 10% de silício, fundido a 6500C. Obtém-se uma camada proterora de Al ou Al-Si e uma camada intermediária (alloy layer) Al-Fe ou Al-Fe-Si. Aços Galvanizados: A aço galvanizado convencional é obtido pela imersão a quente do aço em banho de zinco puro com cerca de 0,20 de Alumínio, fundido a cerca de 4600C. Pode ainda conter elementos como chumbo e antimônio. Forma-se uma camada protetora de zinco puro (externa) e uma camada de ligação intermediária de Zn-Fe-Al. Revestimentos M M A T 1 8 a – R E V E S T IM E N T O S P R O T E T O R E S Revestimentos Metálicos - Técnicas de aplicação 3- Imersão a quente Aços Galvanizados com ligas Zn-Al A aço galvanizado com liga Zn-Al pode ser obtido pelo mesmo processo que na galvanização convencional, sendo obtido pela imersão a quente do aço em banho de zinco-alumínio, podendo conter silício. Os revestimentos comerciais mais conhecidos são: Galfan: Aço revestido com liga 5%Al-Zn Galvalume: Aço revestido com liga 55%Al-Zn. Revestimentos • Galvanização por Imersão a Quente • HDG – Hot Dip Galvanizing Volume Produção 250 - 500 kt/ ano Largura da tira (min / máx) 700 / 1.800mm Espessura da tira (mín / máx) 0,25 / 3,00 mm Peso máximo de bobinas 25 t Diâmetro Interno de Saída 508 ou 610mm Diâmetro Externo de Saída (mín / máx) 600 / 2.070mm Passivação Cromatização / Resina Acrílica Características Técnicas Principais CARACTERÍSTICAS DA LINHA 1- Desenroladeiras 2- Máquina de Solda 3- Entalhador 4- Pré-Limpeza 5- Acumulador de Entrada 6- Limpeza Eletrolítica 7- Forno de Recozimento 8- Pote de Pré-Fusão 9-Pote de Galvalume 10- Pote de Zinco 11- Navalha de Ar 12- Pré-Resfriador 13- Minimizador de Cristais 14- Resfriador Nº 1 15- Torre de Resfriamento 16- Tanque de Resfriamento 17- Medidor de Espessura 18- Laminador de Encruamento 19- Estiradeira 20- Tratamento Químico 21- Torre de Cura/secagem 22- Acumulador de Saída 23- Inspeção Vertical 24- Inspeção Horizontal 25- Oleadeira 26- Enroladeiras Índice 1 2 3 4 5 6 7 8 9 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 10 LINHA DE GALVANIZAÇÃO CONTÍNUA 6 7 1 3 2 5 1- Desenroladeira 1 2- Desempenadeira 3- Desenroladeira 2 4- Madidor de espessura 5- Tesoura de corte 6- Máquina de solda 7- Entalhador e furador 4 SEÇÃO DE ENTRADA 8 9 11 10 12 13 14 15 8- Limpeza alcalina 9- Enxague 10- Secagem com ar 11- Acumulador de entrada 12- Limpeza Eletrolítica 13- Limpeza com escovação 14- Enxague 15- Secagem com ar LIMPEZA LIMPEZA 15 8 21 23 24 25 26 28 30 15- PHS – Pré-aquecimento 16- DFF – Chama direta 17- RTS – Tubos radiantes 18- SCS – Resfriamentro lento 19- JCS – Resfriamento rápido 20- Pote de pré-fusão 21- Pote de imersão (Zn) 22- Pote de liga 55Al-Zn 16 17 18 19 20 29 23- Navalhas de ar 24- Resfriamento 25- Minimizador 26- Perna resfriamento 27- Torre refriamento 28- Resfriamento água 29- Secador 30- Medidor espessura 27 22 SEÇÃO DE PROCESSO: FORNO E REVESTIMENTO 32 33 35 34 36 37 31- Rolo tensor 32- Laminação Acabamento 33- Estiramento 34- Coater de resina 35- Coater de cromato 36- Forno infrevermelho 37- Resfriadores 31 LAMINADOR, TENSION LEVELLER E ROLL COATERS 38 40 39 42 43 44 41 38- Acumulador de saída 39- Inspeção vertical 40- Inspeção horizontal 41- Oleadeira 42- Tesoura de saída 43- Bobinadeira 1 44- Bobinadeira 2 SEÇÃO DE SAÍDAM M A T 1 8 a – R E V E S T IM E N T O S P R O T E T O R E S Revestimentos Metálicos – Resistência à corrosão Aços Galvanizados Convencionais Revestimentos Riscos e falhas A perda de zinco é proporcional ao tempo Chapa de aço Proteção Galvânica n Chapa de aço Corrosão Vermelha n Chapa de aço Zn Zn Zn Anos de exposição Produtos de corrosão solúveis M M A T 1 8 a – R E V E S T IM E N T O S P R O T E T O R E S Revestimentos Metálicos – Resistência à corrosão Aços Aluminizados Revestimentos Perda do revestimento é reduzida com o tempo. Chapa de aço Sem proteção galvânica n Chapa de aço Corrosão vermelha n Chapa de aço Al Al Anos de exposição Risco e falha Al Produtos de corrosão permanecem sobre o metal M M A T 1 8 a – R E V E S T IM E N T O S P R O T E T O R E S Revestimentos Metálicos – Resistência à corrosão Aços Galvanizados com liga 55Al-Zn Revestimentos 55%Al-Zn consumo decresce com o tempo. Chapa de aço Proteção galvânica n Chapa de aço n Chapa de aço Al Anos de exposição Risco e falha Zn Proteção Galvânica Produtos de corrosão permanecem * 55%Al em peso significa ~ 80%Al em volume M M A T 1 8 a – R E V E S T IM E N T O S P R O T E T O R E S Revestimentos Metálicos – Resistência à corrosão Aços Galvanizados com liga 55Al-Zn (Microestrutura). Revestimentos Aço Al-rich Zn-rich 22 µm M M A T 1 8 a – R E V E S T IM E N T O S P R O T E T O R E S Revestimentos Metálicos – Resistência à corrosão Aços Galvanizados com liga 55Al-Zn Revestimentos 55% Percentual de Alumínio em revestimentos Al-Zn R e s is tê n c ia à C o rr o s ã o Proteção por Barreira [Al] 5% Galfan Proteção Galvânica [Zn] 0% 20% 40% 60% 80% 100% M M A T 1 8 a – R E V E S T IM E N T O S P R O T E T O R E S Revestimentos não-metálicos – Inorgânicos Cromatização Processo em que o revestimento obtido é produzido em soluções contendo cromatos ou ácido crômico. Este revestimento pode ser feito sobre metal ou sobre camadas de óxidos ou de fosfatos. - Quando feito sobre metal, o objetivo é o de aumentar a resistência à corrosão ou oxidação branca, além de melhorar a aderência de tintas quando os metais forem alumínio, magnésio e suas ligas. - Quando feito sobre a fosfatização, é utilizado como vedante de poros suplementando a proteção promovida pelos fosfatos. Revestimentos M M A T 1 8 a – R E V E S T IM E N T O S P R O T E T O R E S Revestimentos não-metálicos – Inorgânicos Fosfatização Processo em que camadas de fosfato sobre diversos substratos metálicos, como: ferro, alumínio, zinco, cádmio e magnésio. A principal função deste tipo de camada é ampliar a eficiência das outras camadas protetoras aplicadas. Isto é conseguido pelo aumento da porosidade (rugosidade) que permite otimizar o ancoramento de camadas orgânicas aplicadas sobre a superfície. Revestimentos Camada de fosfato sem refinador(500X) Camada de fosfato com refinador(500X) M M A T 1 8 a – R E V E S T IM E N T O S P R O T E T O R E S Revestimentos não-metálicos – Orgânicos Pintura A pintura de superfícies tem como principais finalidades: 1- Estética 2- Visual (identificação por cores) 3- Identificação de fluidos em tubulações 4- Impedir incrustações em cascos de embarcações 5- Impermeabilização 6- Permitir absorção de maior ou menor quantidade de radiação solar 7- Redução da rugosidade superficial 8- Aumento da resistência à corrosão Revestimentos M M A T 1 8 a – R E V E S T IM E N T O S P R O T E T O R E S Revestimentos não-metálicos – Orgânicos Constituição das tintas A tinta é composta de resina, solvente, pigmentos e aditivos. Revestimentos Solvente 30% Voláteis Resina+ pigmento 40% 30% Não- voláteis M M A T 1 8 a – R E V E S T IM E N T O S P R O T E T O R E S Revestimentos não-metálicos – Orgânicos Pintura As principais formas de aplicação de pintura são: 1- Imersão simples 2- Pintura eletroforética 3- Aspersão 4- Trincha 5- Rolos (coaters) Revestimentos M M A T 1 8 a – R E V E S T IM E N T O S P R O T E T O R E S Revestimentos não-metálicos – Orgânicos Pintura 1-Imersão simples Processo em que se mergulha a peça a ser revestida em um “banho” de tinta contida em um recipiente. Vantagens: - Minimização de perdas (somente perde solvente) - Facilidade de operação - Não requer pessoal especializado - Recobrimento de toda a superfície da peça Desvantagens: - Espessura irregular - Acabamento superficial irregular Revestimentos M M A T 1 8 a – R E V E S T IM E N T O S P R O T E T O R E S Revestimentos não-metálicos – Orgânicos Pintura 2- Pintura eletroforética Processo que mantém o princípio de imersão, entretanto, as tintas possuem uma formulação especial que permite a sua polarização. Assim, as peças são conectadas a retificadores e estabelece-se entre a peça e a tinta uma diferença de potencial, de modo que a tinta seja atraída pela peça. Assim, camadas uniformes entre 20 e 40 m são obtidas. Processo usado para peças pequenas e grandes, como carrocerias nas montadoras. Revestimentos M M A T 1 8 a – R E V E S T IM E N T O S P R O T E T O R E S Revestimentos não-metálicos – Orgânicos Pintura 3- Aspersão Processo que utiliza pistolas e ar comprimido para forçar a tinta a passar por pequenos orifícios onde encontra o forte jato de ar. A tinta é “atomizada” sobre a superfície que se deseja revestir. Vantagem / desvantagem: - Pintura com ótimo aspecto estético - Exige aplicadores treinados ou equipamentos automatizados. Revestimentos M M A T 1 8 a – R E V E S T IM E N T O S P R O T E T O R E S Revestimentos não-metálicos – Orgânicos Pintura 4- Trincha Processo de aplicação de tintas que ocorre pela imersão parcial da trincha num reservatório e aplicação direta na superfície a ser revestida. Deve-se cuidar para que somente a ponta das cerdas seja imersa, trazendo a quantidade adequada de tinta e evitando desperdícios. Vantagens: - Método eficiente para pintura de tubulações de pequeno diâmetro - Não requer operadores treinados Desvantagens: - Pobre acabamento superficial - Baixo rendimento Revestimentos M M A T 1 8 a – R E V E S T IM E N T O S P R O T E T O R E S Revestimentos não-metálicos – Orgânicos Pintura 5- Rolos (Coil Coating Lines) – Linhas de Pintura Contínuas Processo de pintura em que a tinta líquida está posicionada em bandejas de alimentação. A partir de um conjunto de rolos aplicadores, um de captação (parcialmente imerso na tinta) que transfere a tinta para o segundo (o aplicador) e este, por sua vez, aplica a tinta em tiras de aço, alumínio ou outro metal. Vantagens: - Excelente aderência das tintas devido a pré-tratamentos; - Uniformidade e controle da espessura de tinta aplicada - Produção de tiras revestidas em larga escala - Resistência à corrosão superior aos demais processos Revestimentos LINHA DE PINTURA CONTÍNUA • DADOS GERAIS DE UMA LINHA: SUBSTRATOS laminado a frio, galvanizado, galvalume, galvanew, folha de flandres, folha cromada e folha não revestida ESPESSURA DO SUBSTRATO (mín./máx.) 0,25 mm/1,55 mm LARGURA DO SUBSTRATO (mín./máx.) 700 mm/ 1600 mm DIÂMETRO INTERNO DA SAÍDA 508 mm DIÂMETRO EXTERNO DA SAÍDA (min./máx.) 610 mm/2100mm PESO MÁXIMO DE BOBINAS 25 t VELOCIDADE DA LINHA (máx.) 100 m/min PRODUÇÃO NOMINAL 100.000t/ano TEMPERATURA DE PICO DO METAL (máx.) 260 º C Zona 1: 350 ºC Zona 2: 370 ºC Zona 3: 400 ºC Zona 4: 450 ºC TEMPERATURAS TÍPICAS DA ESTUFA 1 2 3 1 2 3 REJEITO DESEN.#2 DESEN.#1 ROLO PUXADOR TESOURA BRIDLE BERÇOS ACUMULADOR MED. ESP. DIRECIONADOR SECADOR CARRO BOB. PRÉ LIMPEZA PRÉ ENXAGUE GRAMPEADEIRA SEÇÃO DE ENTRADA ROLO PRESSIONADOR MESA DE ENFIAMENTO DESENROLADEIRA SEÇÃO DE PRÉ-TRATAMENTO • Tem o objetivo de limpar a superfície da chapa e prepará-la para receber a tinta. • É uma das seções mais importantes de uma linha de pintura. • Geralmente a limpeza é feita através de uma solução alcalina. • Dependendo do substrato são utilizados tipos diferentes de pré- tratamento. O pré-tratamento aumenta a proteção a corrosão do substrato e a aderência da tinta. 7 8 9 CÉLULA DE REAÇÃO ENXÁGUE ATIVADOR 3 4 5 6 ENXÁGUE LIMPEZA ESCOVAS LIMPEZA • Para a limpeza, as chapas são submetidas à aplicação de sprays de soluções químicas desengraxantes, escovamento e enxágüe com água quente. • Para a aplicação dos revestimentos de conversão (fosfato), as chapas são imersas em soluções químicas com temperaturas e concentrações definidas. • Após a obtenção da camada inerte de conversão, para um aumento da proteção anticorrosiva, é feito tratamento com solução ácida de sais de cromo através de Aplicador Químico SEÇÃO DE PRÉ-TRATAMENTO APLICADOR QUÍMICO SEÇÃO DE PRÉ-TRATAMENTO • Aplicador Químico (Dry in place) • Inibe a corrosão e aumenta a durabilidade do material. • Pode ser utilizado como um “selante” da camada de fosfato ou como camada de conversão diretamente sobre o substrato. DETALHES DOS TANQUES • totalmente construídos em aço inoxidável • bicos spray para aplicação da solução • Para remoção de óleos, finos e óxidos das superfícies • Refrigerado c/ água • 900 Rpm • Controle independente da pressão • Cerdas de Nylon com abrasivo impregnado ESCOVAMENTO • Imersão em solução ácida ou alcalina • Produção de uma camada estável e inerte • Aumento da proteção anticorrosiva • Melhoria da ancoragem das tintas •06 segundos / 50º à 70º C CÉLULAS DE REAÇÃO • Selagem com solução de cromo • Maior resistência à corrosão • Aplicação por rolos • Menor geração de efluentes • Melhor controle de camada • Secagem com lâmpadas de infra-vermelho e ar quente CONJUNTO APLICADOR QUÍMICO LAMINADOR A QUENTE TANQUE RESFRIAMENTO ‘ACABAMENTO’ ESTUFA ACABAMENTO APLICADOR ACABAMENTO ‘B’ APLICADOR ACABAMENTO ‘A’ APLICADOR PRIMER TIRA ESTUFA PRIMER TANQUE RESFRIAMENTO ‘PRIMER’ MEDIDOR ESPESSURA ON LINE MEDIDOR ESPESSURA E COR ON LINE SEÇÃO DOS APLICADORES CONJUNTO APLICADOR DE PRIMER • Pintura da parte superior e inferior da chapa ao mesmo tempo • Aplicação sentido direto ou reverso • Controle independente de velocidades e pressões dos rolos. • Uniformidade de Espessura. • Protege o substrato e confere aderência a tinta de acabamento. direção da tira SEÇÃO DOS APLICADORES • ESTUFAS – Aprox. 50 m para permitir cura adequada – Garantir as propriedades físicas da tinta – Controle de temperatura e vapores de solvente – Minimização do consumo de gás natural. – Os solventes da composição das tintas são incinerados reduzindo em 99,5% a emissão de voláteis. • TANQUES DE RESFRIAMENTO – Garantir o resfriamento da tira sem afetar as propriedades físicas – Superfície isenta de impurezas • Composto por quatro conjuntos de aplicação (três acabamento superior e um acabamento inferior) • Aplicação reversa no acabamento superior • Controle e uniformidade da camada de tinta • Flexibilidade na troca do acabamento superior • Controle independente de velocidades e pressões dos rolos direção da tira direção da tira CONJUNTOS APLICADORES DE ACABAMENTO Acumulador 100% 75% 50% 25% 0% Direcionador Inspeção Aplicador de cera Aplicador de filme Protetivo Conjunto enrolador Enroladeira 1 2 3 Berços SEÇÃO DE SAÍDA • Inspeção Visual •Testes Físicos Púlpito de Saída TESTES FÍSICOS EM CAMADAS DE PINTURA - Pré-Tratamento: peso de camada - Cor: desvio de cor - Brilho - Espessura do filme: controle das camadas - Impacto - Flexibilidade T-Bend - Dureza Lápis - Cura MEK - Aderência REVESTIMENTOS ORGÂNICOS PRÉ-TRATAMENTO • Espessura da camada : Decapagem química Fosfato de zinco : solução de dicromato de amônio/hidróxido de amônio. Fosfato de ferro : hidróxido de sódio. mg/m² de fosfato = (P1 - P2) x 1000 A P1: Peso 1; P2: Peso 2; A : Área • Teor de cromo na camada : Porta Spec O controle da camada de fosfato é muito importante pois camadas muito baixas podem comprometer a proteção a corrosão do produto e camadas altas podem comprometer a flexibilidade da tinta. ESPESSURA DA TINTA Obter a camada correta de tinta (primer e acabamento) é fundamental para a boa performance do produto pré-pintado. A baixa camada no primer pode resultar em corrosão prematura ou baixa adesão da tinta. A baixa camada de acabamento pode resultar também em uma falha prematura quando o material estiver exposto. A espessura do filme de tinta nos materiais pré-pintados é medida por um aparelho chamado Tooke Gauge •Norma ASTM-D4138-94(2001) ESPESSURA DA TINTA Ele possui um lâmina de corte com ângulo definido e uma lupa com escala graduada. Para realizar a medição da camada corta-se o material com a lâmina até atingir o substrato. Com o auxílio da lupa mede-se através da escala a camada de tinta. Como o primer é aplicado com camada muito baixa, pode-se recorrer ao método gravimétrico para se obter uma camada mais precisa. Camada de primer Chapa com primer Chapa sem primer Algumas linhas de pintura também contam com o aparelho “DJH” que tem o mesmo princípio de medição e é mais preciso. O corte é feito automaticamente e a visualização é na tela de um computador. ESPESSURA DA TINTA A espessura é obtida através da média de leitura de oito pontos. COR Uma das razões de se comprar um produto pré-pintado é pela aparência colorida. Geralmente o cliente irá utilizar o material combinado com outros componentes de uma obra ou produto, tornando a verificação da cor e o seu controle crítico para o processo de pré-pintura. Muitos fatores afetam a cor do material: a formulação da tinta e sua qualidade, a espessura da tinta, a cor do substrato, a temperatura de cura e o tempo de exposição nas estufas. COR - PERCEPÇÃO DA COR OBJETO FONTE DE LUZ OBSERVADOR COR - COMPONENTES DO PROCESSO DE VISUALIZAÇÃO Componente Representação no Modelo Fonte de luz Quantificada pelo iluminante usado Objeto Quantificado pela medida da curva de reflectância ou transmissão Observador Quantificado pela escolha da função do Observador-Padrão CIE COR - ILUMINANTES Iluminante Representação A Incandescente C Luz Média do Dia D65 Luz do Meio Dia F2 Luz Branca Fria Fluorescente A cor do material pré-pintado é medida através de um sistemas de coordenadas cartesianas denominadas Lab que quantifica a diferença de cor entre o padrão e amostra. CONTROLE DE COR •Norma ASTM- D2244-02 COR - MEDIÇÃO A cor é medida através da diferença entre um padrão salvo. Leitura do padrão : L: 79,3 a :15,2 b: 32 Leitura da amostra: L: 79,6 a: 14,8 b: 32,2 Diferença : L: +0,3 /a: -0,4 / b: +0,2 Aparelho Hunter Lab. COR - MEDIÇÃO A medição geralmente é feita em uma amostra da bobina ou diretamente na linha com o auxílio de colorímetros portáteis. Algumas linhas também contam com a medição “online” onde pode-se verificar que a cor não varia ao longo da bobina. Tela do medidor “on line” com as leituras de cor Aparelho McBeth COR - CABINE DE COR O controle de cor também pode ser visual. Para isto utiliza-se uma cabine de cor onde dispõe-se de vários tipos de iluminantes. A - Incandescente D65 - Luz do dia F2 - Luz Fluorescente COR - CARTELA DE CORES O primeiro a organizar um sistema de classificação de cores consistente foi o artista e professor de arte norte-americano Albert H. Munsell, que ordenou os chips coloridos de forma lógica, estabelecendo as três dimensões da cor : luminosidade, tom e saturação. Existem outros espaços colorimétricos ou atlas de cores. Por exemplo, o RAL (Rationelle Arbeitsgrundlagen für die praktiker des Lack), muito utilizado como refêrencia pelos fabricantes de pigmentos e usuários do produto pré-pintado, e o PANTONE, muito utilizado como referência para tintas de impressão. COR - CARTELA DE CORES As cores RAL são identificadas por 4 dígitos e divididas em 9 grupos de cores conforme suas respectivas tonalidades. NÚMEROS GRUPO DE COR Nº DE CARTELAS 1000 amarelas 23 2000 laranjas 9 3000 vermelhas e marrons avermelhados 19 4000 violetas e púrpuras 6 5000 azuis 19 6000 verdes 28 7000 cinzas 29 8000 marrons 17 9000 pretas,brancas, cinzas claras e alumínio 8 CORES RAL MAIS UTILIZADAS NO MERCADO INTERNO RAL 1015 RAL 3000 RAL 5010 RAL 6002 RAL 7040 RAL 9003 Cores definidas RAL 5008 RAL 9010 RAL 9006 RAL 8012 • 90% da produção destinada ao mercado de construção civil interno é na cor RAL 9003. ADERÊNCIA DA TINTA - IMPACTO A aderência da tinta é influenciada pela formulação da tinta, espessura do filme de tinta, temperatura de cura, velocidade da linha e qualidade do pré-tratamento. Um dos testes para verificar se aderência da tinta está conforme é o teste do Impacto, que consiste na aplicação de um peso do lado oposto da superfície revestida de interesse. •Norma ASTM- D 2794-93(1999) ADERÊNCIA DA TINTA - FLEXIBILIDADE Outra maneira de avaliar a aderência da tinta no material pré-pintado e a mais utilizada é o teste de Flexibilidade (T-Bend). O teste consiste em dobrar o material sobre ele mesmo em um ângulo de 180º para avaliar a capacidade do produto sofrer conformações sem apresentar ruptura da camada. •Norma ASTM- D 522-93a Os resultados são expresso em 0T, 1T, 2T, 3T, dependendo de quantas dobras se executa no material. A mais crítica é a dobra 0T. TESTE DE FLEXIBILIDADE - T BEND 0T 1T Utiliza-se uma fita adesiva sobre a região dobrada para verificar o destacamento da tinta. ADERÊNCIA DA TINTA Outro teste muito utilizado, principalmente pelo mercado de linha branca é o teste de corte em grade. O teste consiste em se realizar cortes paralelos e transverais no material com distância de 1mm entre eles. Utiliza-se o auxílio de uma fita adesiva na região do corte para verificar desplacamentos. Compara-se a região analisada com padrões estabelecidos para se avaliar o grau de desplacamento. O resultado pode ser expresso de diferentes formas conforme acordado com o cliente. TESTE DE DUREZA - LÁPIS A dureza da tinta é importante pois mede a sua resistência ao risco durante manuseio. Geralmente no material pré-pintado compara-se a dureza superficial da tinta com à dureza de um lápis. 4B 5H 2H HB 9H F •Macio •Duro •Norma ASTM- D3363-00 Utiliza-se uma escala de grafites que varia de 4B até 9H. Esfrega-se o lápis contra a superfície pintada e analisa-se a superfície. Se o lápis riscou o material a dureza da tinta será a do lápis anterior. CURA - MEK (Metil Etil Cetona) Tem por finalidade avaliar a cura da película de tinta sobre o substrato. Propriedades como cor, brilho, dureza, adesão e flexibilidade podem variar com a cura. •Norma ASTM-D5402-93(1999) O teste consiste em friccionar um algodão ou gase embebido em MEK sobre o material. Ao final das fricções não pode-se visualiar o primer ou a chapa. BRILHO - MEDIDOR DE BRILHO O brilho é medido através da determinação do grau de reflexão da superfície pintada em relação ao padrão. O ângulo geralmente utilizado em pré-pintados é o de 60º. •Norma ASTM-D523-89(1999) Um brilho consistente é importante para a boa aparência do material. A FINALIDADE DA PINTURA COMO FUNCIONA A PROTEÇÃO DAS TINTAS : a) proteção pelo retardamento ao movimento iônico; b)proteção por pigmentos inibidores de corrosão. MECANISMOS DE RUPTURA : a) delaminação b) empolamento FOSFATIZAÇÃO A fosfatização é uma etapa fundamental no processo de pintura. • Ela ajuda na obtenção de uma superfície limpa, livre de óleos e graxas; •Aumenta a aderência da camada de tinta; •Aumenta o desempenho do produto frente a corrosão; As camadas fosfatizadas utilizadas como base para pintura são geralmente constituídas de cristais finos e são de baixa espessura. Podem ser utilizados dois tipos de fosfato : fosfato de ferro e fosfato de zinco. FOSFATIZAÇÃO •O fosfato de ferro é amorfo; • O fosfato de zinco é cristalino e necessita de um refinador (ativador) de grãos quando é utilizado para a pintura; •Os cristais do fosfato são frágeis e as deformações podem causar sua quebra. Camadas mais finas suportam mais deformações que camadas espessas. Camada de fosfato sem refinador (500X) Camada de fosfato com refinador (500X) FOSFATIZAÇÃO H3PO4 Fe (H2PO4)2 FOSFATO FERRO SOLÚVEL FOSFATO ZINCO SOLÚVEL Zn (H2PO4)2 SOLUÇÃO FOSFATIZANTE ZONA LIMITADA DE CONVERSÃO CAMADA DE FOSFATO DE ZINCO FeMICROANODO MICROCATODO H2 HIDROGÊNIO H+ Me3(PO4)2 Fosfato de zinco, primário Fosfato de zinco, terciário Zn (H2PO4) Zn3 (PO4) Solúvel insolúvel As camadas de fosfato são porosas e minúsculas superfícies do metal base ficam expostas ao ar. O último tratamento após a fosfatização tem por finalidade a passivação dessas áreas expostas entre os cristais e o fechamento dos poros. Este processo é o de cromatização: FOSFATIZAÇÃO TIPOS DE PRÉ-TRATAMENTO Pré-tratamentos geralmente aplicados: • Substrato laminado a frio - fosfato de ferro + selante a base de ácido crômico • fosfato de ferro + selante a base de titânio (atende Norma RoHS) • Substrato zincado - fosfato de zinco + selante a base de cromo • Fosfato de zinco + selante a base de titânio (atende Norma RoHS) • Substrato galvalume - camada de cromo (não é adotado fosfatização) TINTA A tinta é composta de resina, solvente, pigmentos e aditivos. O tipo de resina utilizado vai depender da aplicação do produto e das características/desempenho desejados. Solvente 30% Voláteis Resina+ pigmento 40% 30% Não- voláteis SÓLIDOS POR VOLUME Uma importante característica da tinta é o SV (Sólidos por Volume). Esta tinta possui 70% de sólidos por volume. PIGMENTOS O desempenho dos sistemas de pintura dependem do tipo de resina escolhido e da correta pigmentação. Os pigmentos conferem cor às tintas e ajudam na proteção a corrosão. TIPOS DE PIGMENTOS •Orgânicos: tem um bom desempenho mas nem sempre durável. Geralmente custam menos que os outros pigmentos. Ex. Ftalocianinas de cobre (azul e verde), diazóicos, derivados da quinacridona, do perilene, etc. •Inorgânicos : possuem uma excelente performance que acarreta um custo maior. Ex. cromatos de chumbo (de amarelo a vermelho), dióxido de titânio (branco), óxidos de ferro (vermelho, preto, amarelo), etc. •Cerâmicos: são pigmentos inorgânicos complexos. São os pigmentos que conferem maior estabilidade a cor, resistência ao calor, a luz e ao ataque químico. O preço é mais elevado que os outros. SOLVENTES Líquido volátil, geralmente de baixo ponto de ebulição, utilizado nas tintas para dissolvera resina e ajustar a viscosidade. Para se escolher um solvente para a tinta é necessário levar em consideração dois parâmetros: solubilidade e volatilidade. Um dos solventes mais utilizados em Coil Coating é o MEK (Metil Etil Cetona). Utiliza-se também outros solventes como Solvesso 100 e o Solvesso 150. CURA Cura se refere a transformação da tinta do seu estado líquido para seu estado final. Todas as tintas de “Coil Coating” sofrem cura através de um processo térmico onde duas coisas fundamentais ocorrem: - o solvente na tinta evapora; - ocorrem reações químicas que unem as moléculas da resina para formar um filme sólido e rígido. CH2 O H OH CH2 O H OH CH2 O H2O Resina melamínica Resina alquídica Molécula da resina sequência de uma cura TIPOS DE RESINA Poliéster: São as tintas mais utilizadas em pré-pintado. Representam mais da metade do volume utilizado nesta aplicação. As tintas a base de poliéster são caracterizadas por apresentarem excelente flexibilidade e adesão ao metal, razão de serem largamente utilizadas também como primer. Também apresentam razoável retenção de cor e brilho e dureza aceitável. Estas tintas são empregadas principalmente no mercado de construção civil, para telhados, tapamentos laterais e câmaras frias. TIPOS DE RESINA Poliéster siliconizado: Variações das tintas poliéster, apresentam átomos de silício nas cadeias principais, conferindo maior resistência química. Apresentam uma melhor resistência às intempéries que as resinas poliéster tradicionais e conferem melhor retenção de brilho e cor. Apresentam um preço ligeiramente superior e são muito utilizadas no mercado americano. Epóxi: Assim como o poliéster, possuem também uma grande variedade de tipos em função de variações em sua composição e peso molecular. Possuem uma grande densidade de ligações cruzadas o que proporciona uma maior barreira para água, oxigênio e ácidos, mesmo em camadas finas. Possuem baixa flexibilidade e resistência à radiação UV. TIPOS DE RESINA PVDF: É a tinta mais nobre empregada em processos de pré-pintura. É uma resina sólida que necessita ser utilizada em conjunto com resinas acrílicas na proporção usual de 70:30. Sua característica principal é a estabilidade frente ao intemperismo. Sua utilização principal é na construção civil . Seu uso é ainda um pouco limitado no mercado interno devido ao seu alto custo quando comparado com outras resinas. Mesmo assim, seu desempenho superior faz com que sua procure aumente cada vez mais. TIPOS DE RESINA Poliuretano: São tintas a base de poliéster, porém com modificação no agente de cura utilizado, geralmente um composto à base de isocianatos. Conferem melhores propriedades aos produtos, como melhor retenção de brilho e cor, flexibilidade e resistência a riscos (dureza). Da mesma forma que as tintas à base de poliéster, possuem grande variação no que diz respeito às cadeias e ramificações, adaptando-se ao uso final. Estes materiais têm sido utilizados principalmente para atendimento ao mercado de linha branca devido a sua alta flexibilidade. TIPOS DE RESINA PVC: São tintas muito empregadas na Europa. Diferentemente das demais resinas empregadas em pré-pintado, elas são aplicadas em altas camadas (80 - 200 m). Apresentam condições favoráveis de flexibilidade, não sendo danificadas mesmo em peças de estampagem profunda. Além disto, apresentam excelente resistência a corrosão. Este tipo de resina não é muito aplicada em áreas tropicais, onde a incidência solar é muito alta. Com temperaturas elevadas, o filme perde dureza e se degrada, apresentando baixa resistência ao intemperismo. COMPARATIVO Nota: 1 possui o melhor desempenho e 5 o pior. PERFORMANCE RESINA D U R EZ A FL EX IB IL ID AD E R ES IS TÊ N C IA A SO LV EN TE R ES IS TÊ N C IA Q U ÍM IC A R ES IS TÊ N C IA A C O R R O SÃ O R ES IS TÊ N C IA A O EX TE R IO R C U ST O poliéster padrão 2 2 2 2 2 3 1 poliéster de alta durabilidade 2 2 2 2 2 1 3 poliéster siliconizado 2 4 2 2 2 2 3 poliuretano 2 1 2 2 2 2 2 PVDF 2 1 1 1 2 1 5 Plastisol 4 1 1 1 1 3 4 Epoxy 1 4 1 1 1 5 2 FILME PROTETIVO • O filme protetivo é uma proteção temporária aplicada sobre o material pré-pintado. Se o material é manuseado adequadamente ele se torna um custo desnecessário. • Sua espessura, cor e nível de adesivação irão variar em função do tipo e aplicação do produto a ser revestido. • O mais comumente utilizado é o de 50 m de espessura. • Sua adesividade é influenciada pela superfície do material pré-pintado, principalmente com relação ao brilho. Quanto mais brilhante for uma superfície menos adesivo terá que ter o filme (gramatura) . • Especificação Padrão de Construção Civil: Substratos ZINCADO Z275 , GALVALUME AZM150 Resina Poliéster Cor +- 0,5 un (L,a,b) Brilho 60 o 40 +-5% Espessura primer 4 a 6 µm Espessura do acabamento 18 a 22 µm Dureza F (mínimo) Flexibilidade 2T (mínimo) NTO Impacto 80 pol/lb (mínimo) Cura (MEK) 100 duplas fricções c/ MEK s/ exposição do primer Névoa salina 1000 h, sem bolhas ou perda de aderência e com avanço da corrosão menor que 3 mm a partir do corte Umidade 1000 h, sem presença de bolhas, trincas, desplacamento ou perda de brilho QUV Após 1000 h, de exposição deve apresentar perda de brilho máxima de 30% em relação ao valor inicial CONSTRUÇÃO CIVIL • Especificação Padrão de Linha Branca: Substratos ZINCADO Z100 e LAMINADO A FRIO Resina Poliéster e poliuretano Cor Conforme especificação do cliente Brilho 60 o Geralmente acima de 80 Espessura primer 4 a 6 µ Espessura do acabamento 18 a 22 µ Dureza F (mínimo) Flexibilidade 1T (mínimo) NTO Impacto 160 pol/lb (mínimo) Cura (MEK) 100 duplas fricções c/ MEK s/ exposição do primer Névoa salina 500 h, sem bolhas ou perda de aderência e com avanço da corrosão menor que 3 mm a partir do corte Umidade 500 h, sem presença de bolhas, trincas, desplacamento ou perda de brilho LINHA BRANCA Detergente Álcool 24 h, sem perda de cor,brilho,dureza, aderência e sem empolamento. 24 h a 72ºC, sem perda de cor,brilho,dureza, aderência e sem empolamento. MONTAGEM E UNIÃO Problemas com a soldagem de aços pintados A soldagem de aços pintados tem um importante fator limitante que é o caráter isolante dos polímeros. Como na maior parte dos processos de soldagem, a fusão dos metais é uma premissa básica, a maioria dos aços pintados não é soldável. Em alguns casos, a tecnologia de união destes materiais tem evoluído a ponto de permitir a soldagem por resistência (ponto ou costura). Nestes casos, são aplicados “primers” condutores. O carácter condutor é obtidos pela adição de alumínio à composição do polímero, que permite a soldagem. Um dos aspectos mais importantes reside no fato de que a região soldada tem a camada polimérica degradada, requerendo o uso de aços galvanizados no substrato, a fim de assegurar uma boa durabilidade. MONTAGEM E UNIÃO I - Adesivos Estruturas e produtos unidos com adesivos não apresentam alterações de forma e estrutura. Em geral, adesivos fornecem melhor resistência ao cisalhamento versus resistência a flexão. II - Mecânica com fixadores As aplicações podem ser manuais, semi-automáticas ou completamente automatizadas (Parafusos e Rebites). MONTAGEM E UNIÃO III - Mecânica sem fixadores - Com sistema de costura macho/fêmea; - Encaixe com presilhas; - Clinching; Macho/Fêmea Clinching Duas ótimas fontes de informações a respeito do produto pré- pintado são as grandes Associações Americanas e Européias para os produtores de pré-pintados e seus clientes. Elas são a ECCA (European Coil Coating Association) e a NCCA (National Coil Coating Association). www.eccacoil.com (ECCA) www.coilcoating.org (NCCA) M M A T 1 8 a – R E VE S T IM E N T O S P R O T E T O R E S CORROSÃO REFERÊNCIAS 1- Gentil, V., Corrosão. Rio de Janeiro, 2003, 4º Ed., LTC – Livros Técnicos e Científicos Editora S/A. 2- Gemelli, E., Corrosão de materiais metálicos e suas caracterização, Rio de Janeiro, 2001, 1º Ed., LTC – Livros Técnicos e Científicos Editora S/A. 3- Wulpi, D. J., Understanding How Components Fail, ASM International, Ohio - USA, 2º Ed., 1999. 4- Bender, W. D., Scheid, A. 55%Al-Zn coated sheet steel (Galvalume) – one of the fastest growing steel products. Anais do 430 Seminário de Laminação da ABM, Curitiba, 2006. 5- Panossian, Z., Corrosão e proteção contra a corrosão em equipamentos e estruturas metálicas, São Paulo, 1993, 1º Ed., Volume II, IPT2032.
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