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Embalagens Metálicas Embalagem Metálica Recipiente hermético ou não produzido a partir de materiais metálicos, destinado a acondicionar e conservar produtos diversos Inovações ● Inovações em formatos e recursos gráficos ● Menor espessura ● Revestimentos melhores (verniz) ● Velocidade nos processos de fabricação ● Sistemas especiais de fechamento: micro-recravação ● Uso de solda elétrica ● Produtos com longo shelf-life ● Reciclável Principais Embalagens Derivadas do Aço e do Alumínio Tipos de lata ● De três peças: ○ Retangulares ● De duas peças: ○ Compostas ○ Trapezoidais ○ Para aerossóis ○ Baldes (topo aberto) ○ Cilíndricas Tampas ● Recravar ● Fácil abertura ● Cravar ● Encaixe ● Pressão Folhas Laminadas de Aço Carbono Principais Propriedades ● Segurança ● Impermeável ● Material opaco ● Barreira a gases e vapores orgânicos ● Hermeticidade, resistência física e química ● Qualidade de impressão e visualização ● Diferenciação de qualidade e apresentação ● Vida de prateleira: 2 a 3 anos ou mais ● Reciclabilidade ✗ Atributos Negativos ● Corrosão interna e externa, quando mal especificada ● Não possibilita a visualização do produto ● Tampa convencional com difícil abertura ● Não apropriada para uso em microondas ● Maior custo e peso, em relação às embalagens plásticas ● Sulfuração ● Defeitos que podem ocorrer no fechamento Folha-de-flandres Folha laminada de aço-carbono revestida em ambas as faces com estanho pelo processo de eletrodeposição. ● Produto laminado plano constituído de aço de baixo teor de carbono e revestido em ambas as faces com estanho comercialmente puro por eletrodeposição. ● Estanhagem ● Processo contínuo de eletrodeposição do estanho sobre o aço, denominada pela CSN como Ferrostan ● Quantidade de estanho depositado pode ou não ser igual em ambas as faces Confere às folhas: ● Boa resistência à corrosão ● Resistência mecânica ● Soldabilidade e boa aparência Folha cromada Folha laminada de aço-carbono revestida em ambas as faces com cromo metálico e óxido de cromo pelo processo de eletrodeposição. ● Eletrodeposição direta sobre a folha de aço ● A resistência à corrosão das folhas cromadas é conferida pela camada de óxido de cromo que se forma sobre o cromo metálico. ● Passivação eletrolítica com ácido crômico ○ Teor de Cr em cada face da folha de 5 a 15 mg/m2 Principais aplicações: ● Tampas e fundos de latas de três peças ● Rolhas e tampas metálicas ● Latas de duas peças para carnes e pescados processados ✓ Vantagens ● Mais econômicas do que as folhas-de-flandres (10%) ● Boa resistência à sulfuração ● Boa aderência aos vernizes ● Boa resistência à corrosão externa ● Resistência a ocorrência de marmorização ● Mínima porosidade de revestimento ✗ Desvantagens ● Alta dureza e maior desgaste das máquinas ● Não permite a agrafagem com solda branca ● Não são indicadas para alimentos ácidos ● Não conferem proteção catódica ao aço-base ● Baixa resistência da camada de cromo ● Requerem envernizamento em ambas as faces Folha não-revestida Folha laminada de aço-carbono sem revestimento protetor, normalmente oleada e sem nenhum outro tratamento. ● Não apresentam a proteção de estanho e de cromo ● Baixo custo ● São envernizadas em ambas as faces ● Podem ser utilizadas apenas para alimentos desidratados e óleos comestíveis ● Exemplos: leite em pó, lata de óleo Folha de flandres semi-revestida ● Só uma face contém estanho, passivada por tratamento químico ● Verniz no lado não revestido ● Uso: lata de óleo Folha Stancrom ● Folha de aço revestida em ambas as faces com uma camada de estanho menor que a da FF (sem formar FeSn2), com eletrodeposição de cromo ● A camada de óleo protege a camada de cromo ● Menor custo ● Para alimentos que não tem possibilidade de corrosão Aço Base ● Aço de baixo carbono ● Quantidade máxima de carbono (0,06 a 0,15%) ● Alta ductilidade e tenacidade ● Facilmente usináveis e soldáveis ● Apresentam baixo custo de produção Propriedades Físicas e Mecânicas ● Espessura: folha <0,45mm e chapa > 0,45mm ● Distância perpendicular entre as duas superfícies da folha metálica Processos ● Simples redução (SR) ○ Laminação: ■ A quente – controla a espessura ■ A frio – espessura e aplainamento ■ De encruamento – uniformiza, aplaina, aumenta a rigidez e reduz de 1 a 3% a espessura ● Dupla redução (DR) ○ Consiste em dar um passe no Laminador de Dupla Redução, atingindo normalmente reduções de espessura na faixa de 15 a 40%, após os processos de laminação a frio e de recozimento do material, sendo a espessura mínima de 0,15mm para o Brasil. Têmpera Tratamento térmico que resulta em grande aumento da dureza e de resistência à tração. Variáveis que influenciam a dureza (“têmpera”): ● Tipo de aço ● Processo de laminação ● Recozimento subcrítico ● Ensaio: dureza de Rockweel 30T Aplicação ● Bebidas carbonatadas: latas de 0,15 mm ou menor (se DR): resistem a pressão interna criada dentro da embalagem. ● Conservas que serão expostas à pressão negativa: só poderão ser acondicionadas em folha DR, se utilizar gases como N2 líquido ou com frisos, para evitar colapso da embalagem. Redução de Espessura das Folhas de Aço Base: ● 0,22 >>> 0,16 mm ● (14% de redução no custo de uma lata de 500 g) ● Tudo iniciou com o desenvolvimento da solda elétrica ● Fabricação de latas com os reforços circulares (beads). ● Outro fator, o desenvolvimento do processo de dupla redução ● O uso de folhas mais finas possibilitou, também, o desenvolvimento da microrencravação Folha Laminadas de Alumínio ● Brasil tem a 4a maior jazida de bauxita do mundo ● Bauxita: óxido de alumínio hidratado, óxido de ferro, silicatos (argila e quartzo) e óxido de titânio ● Alumina: aluminato de sódio (solúvel) ● Alumínio: óxido de aluminio Processo ✓ Vantagens ● Beleza, Leveza ● Não produz faíscas, não é magnético ● “Resistência mecânica” ● Resistência à corrosão atmosférica ● Maiores velocidades de envasamento, com menos problemas de vazamentos ●Resfriamento rápido ● Racionalização de uso do espaço ● Praticidade de abertura e consumo ● Sustentabilidade ambiental -Reciclabilidade ● Fácil estampagem ✗ Desvantagens ● Baixa resistência aos produtos ácidos ● Baixa resistência mecânica ● Difícil soldabilidade ● Maior custo ● Inviabilidade técnica de fabricação de latas de três peças ● Baixa resistência à deformação ○ Requerem a injeção do gás carbônico ou do nitrogênio ao produto, para evitar o amassamento durante a comercialização Para as latas usamos vernizes, vedantes etc….. Verniz Revestimento orgânico utilizado na superfície das embalagens metálicas, com a função de evitar o contato do alimento com os metais, reduzindo o processo de corrosão ● Aço: verniz e óleo ● Alumínio: verniz Funções ● Evitar corrosão ● Impedir migração de metais (Sn, Fe etc) ● Melhorar a aparência ● Ampliar o uso das latas Escolha depende: ● Acidez do produto ● Presença ou não de enxofre ● Tipo de estampagem ● Tipo de processamento do produto ● Se aplicado antes ou depois da expansão da montagem da lata (se será ou não expandida) ● Estar na lista positiva da legislação Propriedades ● Físicas (aderência, resistência a riscos, elasticidade, plasticidade, resistência térmica ● Químicas: não tóxico e resistir a ácidos, bases e sulfuração ● Estéticas: cores firmes, brilho e acabamento ● Sensoriais: ausência de sabor e odor, cor atraente Vedantes Materiais à base de borracha que preenchem qualquer espaço vazio nas recravações da tampa e/ou fundo das latas Funções ● Prevenir vazamentos, entrada de oxigênio, bactérias, umidade ● Impedir perda de carbonatação Processo Formação do copo → Corpo da lata → Lavagem → Secagem → Impressão do rótulo → Revestimento interno → Formação do pescoço → Teste de luz → Paletização Inspeção Final ● 100% de inspeção digital por imagem ● Deformações mecânicas ● Contaminações ● Falhas no verniz interno ● Defeitos de impressão Latas de 3 Peças ● Corpo, tampa e fundo ● Com costura lateral ○ Soldagem convencional ○ Costura agrafada (com ou sem ○ termoplástico) ○ Soldagem elétrica ○ Costura com poliamida → sobreposição das chapas ● Maior rapidez no processo ● Melhor aproveitamento das folhas ● Não tem perda por quebra da folha Formação de Frisos no Corpo ● Reduzir a espessura e manter a resistência Formação de pescoço ● Reduz tampa e fundo – economia de material, verniz, vedante ● Melhora empilhamento Flangeamento ou pestana ● Na extremidade do corpo para a operação de fechamento Recravação ● Responsável pela hermeticidade da lata Processo Lata de 2 Peças ● Corpo e tampa ● Uso: pescados, sucos, refrigerantes e cerveja ● Ausência de agrafagem ● Uma recravação a menos que a de 3 peças ● Menor risco de vazamento ✗ Atributos Negativos ● Baixa produção ● Maior perda da folha durante a fabricação ● Requerem o uso de verniz com alta flexibilidade ● Maior custo operacional (processo mais demorado) ● Latas retangulares – mais difícil recravação ● Aplicação do verniz depende do processo de produção Processo Estampagem simples A folha é cortada no tamanho adequado e submetida a uma operação de embutimento por prensa, obtendo-se uma lata de espessura igual à da folha de origem Estampagem e reestampagem (DRD) As folhas são submetidas a duas etapas sucessivas de estampagem: na primeira, forma-se um caneco, e na segunda, este tem seu diâmetro reduzido e a altura aumentada; a espessura permanece a mesma da folha original Estampagem e estiramento Numa primeira etapa, a folha sofre uma estampagem, e a seguir é submetida a estiramentos sucessivos até atingir a espessura e altura especificadas Tampas ● Corte dos discos ● Introdução na prensas para estampagem ● Aplicação de vedantes no encurvamento ● Empilhamento e acondicionamento para transporte ● Se vedante a base de água: estufa para secagem ● Resistência: anéis de expansão e profundidade do rebaixo ● Easy-open ● Stay-on-tab Interação Lata-Alimento ● Corrosão ● Migração de componentes metálicos para o alimento Produtos ● Produtos Sulfurosos – grande quantidade de proteínas ○ Metionina se decompõe formando produtos sulfurosos ● Pouco agressivos (se beneficiam do Sn para manter a cor, cogumelo, palmito, pêssegos, abacaxi e pera ● Ácidos-agressivos: frutas e legumes com pigmentos antocianínicos, morango, cereja, ameixa e beterraba ● Sucos e bebidas com alta acidez ● Não agressivos : desidratados, óleos e gorduras Produtos Sulfurosos ● Reagem com Sn ou Fe e formam sulfeto de estanho (violeta) e sulfeto de ferro (negra) ● Proteínas (metionina) e aditivos como metabissulfitos, glicosídeos (alho, cebola, couve-flor), impurezas e resíduos de pesticidas ● Sulfuração: ○ Estanho ou marmorização (folhas de flandres) ○ Negra (folhas de flandres e cromadas) Para evitar: ● Processamento ○ Esterilização, seguida de resfriamento rápido ○ Uso de processo HTST ○ Exaustão para eliminar o O2 ○ Reduzir o espaço livre ● Folha metálica ○ FF - camada de passivação com cromo e óxido de cromo, com maior teor de cromo metálico ○ Folha cromada: evitar dano mecânico ● Envernizamento ○ Epóxi-fenólico ○ Com alumínio ou dióxido de titânio ○ Óxido ou carbonato de zinco (sulfeto de zinco é incolor) Corrosão Interna ● Reação de oxidação anódica em que átomos do metal (M) se ionizam, perdendo elétrons, e passam da matriz metálica para à solução ● Reação de redução catódica, na qual uma espécie em solução recebe os elétrons perdidos pelo metal. Causas ● Material de embalagem (risco, verniz etc) ● Alimento ácido – mais corrosivo Processo: uso de vácuo para evitar corrosão ● Armazenamento: evitar calor, O2, umidade e luz ● Corrosão sob tensão : ambiente corrosivo e tensão de tração(mecânica, soldas, térmica) ● Corrosão externa: contaminantes corrosivos, umidade. Ex:filiforme ● Fatores: transbordamento de salmouras, sujeira nas latas ● Tipo de água, secagem inadequada, rótulos e colas com material corrosivo ● Corrosão secundária: produto que sai da embalagem em processode corrosão, ataca outras latas, do lado externo. Latas de alumínio: presença de cobre durante processamento e armazenamento aumenta a corrosão
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