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Deficiência Física_ Fundamentos e Metodologias

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Questões resolvidas

Conceitue com suas próprias palavras a deficiência física.

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Questões resolvidas

Conceitue com suas próprias palavras a deficiência física.

Prévia do material em texto

2019
2ª Edição
Deficiência física: 
funDamentos e 
metoDologias
Prof.a Marisa Fátima Padilha Giroletti
Copyright © UNIASSELVI 2019
Elaboração:
Prof.a Marisa Fátima Padilha Giroletti
Revisão, Diagramação e Produção:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri 
UNIASSELVI – Indaial.
Impresso por:
G526d
 Giroletti, Marisa Fátima Padilha
 Deficiência física: fundamentos e metodologias. / Marisa Fátima 
Padilha Giroletti. – Indaial: UNIASSELVI, 2019.
 182 p.; il.
 ISBN 978-85-515-0268-6
1. Deficiência física - Brasil. II. Centro Universitário Leonardo Da 
Vinci.
CDD 371.91
III
apresentação
Prezado Acadêmico!
O livro de estudos está relacionado à disciplina de Deficiência 
Física – Fundamentos e Metodologias, trataremos de muitos temas dentro da 
deficiência física, disciplina interessante e que nos apresenta muitos desafios 
e curiosidades, assim como, em alguns momentos, pode nos deixar intrigados 
e medrosos com a facilidade que existe de se tornar um deficiente físico, num 
descuido, num acidente de carro e ou em casa. 
Os estudos neste livro irão buscar a discussão partindo não só da 
acessibilidade física, mas da adequação da estrutura do prédio para receber 
alunos com diferentes deficiências físicas, como rampas, elevadores, 
corrimãos e banheiros adaptados. E as adaptações e adequações na sala de 
aula, que vão desde os engrossadores de lápis, apoios para os braços, tesouras 
adaptadas e quadros magnéticos, computadores, pranchas entre outros. 
Para muitos de nós, o que vem à nossa memória quando se trata 
da deficiência física é a imagem de um cadeirante, de alguém com uso de 
um recurso para andar e também a ideia da acessibilidade, da dificuldade 
de acesso, sobretudo em prédios e edificações públicas. Esses ambientes 
(sobretudo os públicos), onde espera-se que nestes espaços tenha todo o 
aparato já citado e muito além das vagas reservadas para estacionamento 
de carros, barras de apoio nas escadas e nas paredes dos banheiros, 
bebedouros em altura acessível aos usuários de cadeiras de rodas, assim 
como telefones públicos e banheiros de portas largas com espaço suficiente 
para a movimentação de cadeira de rodas. Mas o pensar que ali por trás de 
tudo isto, existe uma pessoa. 
 
Vamos estudar sobre a pessoa com deficiência física, onde veremos 
que muitos só têm a dificuldade motora e não têm nenhum dano cerebral, 
intelectual, onde consegue aprender como as demais crianças/pessoas, 
apenas com algumas diferenças no processo de como eles aprendem, muito 
mais importante do que eles aprendem.
 Compreender as diferenças que nem todas as pessoas com deficiência 
física motora necessitam de atendimento fisioterápico, alguns precisam do 
psicológico para desenvolver todas as suas possibilidades e potencialidades, 
uma equipe multidisciplinar vai avaliar e ajudar na reabilitação.
IV
Trouxemos neste livro, na primeira unidade, alguns depoimentos/
relatos de pessoas com deficiência física, sendo a grande maioria que se 
tornou uma pessoa com deficiência, é importante você ler todas as histórias 
de vida e imaginar se colocar no lugar destas pessoas, para assim se 
sensibilizar e ter mais cuidados com algumas patologias e ou acidentes. 
O livro de estudos está dividido em três unidades: 
 
Unidade 1 – Deficiência Física, causas, características e as 
consequências.
Unidade 2 – Deficiência Física – prevenção, legislação e reabilitação.
Unidade 3 – Acessibilidade e as Tecnologias Assistivas e educacionais 
voltadas à Deficiência Física.
A Unidade 1 vai apresentar e conceituar a deficiência física, nas suas 
mais diversas causas, as características e as consequências, será necessária 
leitura, exploração das dicas de filmes e documentários para que você, caro 
acadêmico, possa se apropriar do conhecimento de forma clara e prazerosa 
que os estudos irão proporcionar, não esqueça, nesta unidade temos os 
depoimentos das pessoas com deficiência física. 
A Unidade 2 daremos continuidade no tema Deficiência Física 
trazendo as políticas da saúde pública, as legislações que amparam as pessoas 
com deficiência física e a prevenção, sendo tema muito importante para que 
muitas deficiências físicas não aconteçam e, se acontecer, é importante as 
pessoas saberem onde procurar ajuda tanto na saúde quanto na educação 
e social. Além de trazer a discussão sobre a reabilitação, a qual é um tema 
muito importante para as pessoas com deficiência física, pois através dos 
serviços e instituições, pois trata-se de um tema muito discutido e polêmico 
nos meios públicos e privados, visto que nem todas as edificações estão 
com pleno acesso às pessoas com deficiências através da obrigatoriedade na 
legislação. 
Na Unidade 3 vamos discutir sobre os serviços, sobre o acesso à 
parte educacional e as tecnologias assistivas, a comunicação alternativa, os 
serviços, os recursos educacionais, as adequações e adaptações para que o 
aluno com deficiência física tenha acesso e possa viver com autonomia e 
independência.
Prezado acadêmico, o livro da disciplina sobre deficiência física 
é mais uma especificidade dentro das deficiências, cada uma com suas 
peculiaridades, seus recursos e serviços, importante conhecer, ler, explorar 
e aprofundar seus conhecimentos, através de toda a parte teórica e das dicas 
dadas em cada unidade. 
V
O interesse e o aprofundamento dos estudos na área da deficiência 
física irão depender de cada um, se você, acadêmico, estudar e aproveitar 
este livro de estudos e seguir as dicas de filmes e documentários, tudo vai 
contribuir para que você se aproprie dos conceitos da deficiência física. 
Não esqueça: 
 “Lutar pela igualdade Sempre que as diferenças nos discriminem.
 Lutar pela diferença Sempre que a igualdade nos descaracterize.”
 Boaventura de Souza Santos, 2001
Este livro, o qual foi escrito por uma professora com mais de 25 anos 
de trabalho na área da Educação Especial, onde sempre esteve envolvida 
nas causas pelas deficiências, acessibilidade e inclusão na sociedade.
Profa. Marisa Fátima Padilha Giroletti
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto 
para você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há 
novidades em nosso material.
Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os acadêmicos desde 2005, é 
o material base da disciplina. A partir de 2017, nossos livros estão de visual novo, com um 
formato mais prático, que cabe na bolsa e facilita a leitura. 
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova 
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também 
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto de nossas ações sobre o ambiente, 
apresenta também este livro no formato digital. Assim, você, acadêmico, tem a possibilidade 
de estudá-lo com versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador. 
 
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para 
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assunto 
em questão. 
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas 
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa 
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Aproveito o momento para convidá-lo para um bate-papo sobre o Exame Nacional de 
Desempenho de Estudantes – ENADE. 
 
Bons estudos!
NOTA
VI
Olá acadêmico! Para melhorar a qualidade dos 
materiais ofertados a você e dinamizar ainda mais 
os seus estudos, a Uniasselvi disponibiliza materiais 
que possuem o código QR Code, que é um código 
que permite que vocêacesse um conteúdo interativo 
relacionado ao tema que você está estudando. Para 
utilizar essa ferramenta, acesse as lojas de aplicativos 
e baixe um leitor de QR Code. Depois, é só aproveitar 
mais essa facilidade para aprimorar seus estudos!
UNI
VII
VIII
IX
UNIDADE 1 – DEFICIÊNCIA FÍSICA, CAUSAS, CARACTERÍSTICAS E AS 
CONSEQUÊNCIAS ..................................................................................................... 1
TÓPICO 1 – PRINCIPAIS PATOLOGIAS NA DEFICIÊNCIA FÍSICA ........................................ 3
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 3
2 DEFICIÊNCIA FÍSICA – CONCEITOS E DOENÇAS ................................................................. 4
3 CARACTERÍSTICAS DA DEFICIÊNCIA FÍSICA ......................................................................... 8
3.1 PRINCIPAIS PATOLOGIAS (DOENÇAS) QUE LEVAM À DEFICIÊNCIA FÍSICA ............. 8
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 14
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 15
TÓPICO 2 – CAUSAS DAS DEFICIÊNCIAS FÍSICAS ................................................................... 17
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 17
2 PRINCIPAIS CAUSAS DA DEFICIÊNCIA FÍSICA ..................................................................... 17
3 ALGUMAS CAUSAS GENÉTICAS, AMBIENTAIS E NATURAIS ........................................... 18
3.1 ALGUMAS CAUSAS AMBIENTAIS (ACIDENTES DIVERSOS) ............................................ 21
4 PESSOAS FAMOSAS COM DEFICIÊNCIA FÍSICA – DIVERSAS CAUSAS ........................ 22
4.1 PESSOAS CONHECIDAS MUNDIALMENTE E FAMOSOS QUE SE TORNARAM 
DEFICIENTES FÍSICOS .................................................................................................................. 23
5 PARTES DO CÉREBRO RESPONSÁVEL PELOS MOVIMENTOS ......................................... 27
RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................ 30
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 31
TÓPICO 3 – CONSEQUÊNCIAS DAS DEFICIÊNCIAS FÍSICAS ................................................ 35
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 35
2 AS LIMITAÇÕES E AS POSSIBILIDADES VIVENDO COM A DEFICIÊNCIA ................... 35
3 PRINCIPAIS CONSEQUÊNCIAS DA DEFICIÊNCIA FÍSICA ................................................. 36
4 DEPOIMENTOS DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA FÍSICA .................................................. 38
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................... 51
RESUMO DO TÓPICO 3........................................................................................................................ 55
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 56
UNIDADE 2 – DEFICIÊNCIA FÍSICA, PREVENÇAO, AS LEGISLAÇÕES E A 
REABILITAÇÃO ........................................................................................................... 59
TÓPICO 1 – PREVENÇÃO DAS DEFICIÊNCIAS FÍSICAS ........................................................... 61
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 61
2 PREVENÇÃO A TODAS AS DEFICIÊNCIAS ................................................................................ 61
3 PENSANDO NA PREVENÇÃO DA DEFICIÊNCIA FÍSICA ...................................................... 62
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 70
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 71
TÓPICO 2 – LEGISLAÇÃO VIGENTE PARA A DEFICIÊNCIA FÍSICA .................................... 73
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 73
sumário
X
2 TRAJETÓRIA HISTÓRICA DA LEGISLAÇÃO BRASILEIRA VOLTADA À DEFICIÊNCIA 
FÍSICA .................................................................................................................................................... 74
3 LEIS VOLTADAS À ACESSIBILIDADE ......................................................................................... 76
RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................ 95
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 96
TÓPICO 3 – A REABILITAÇÃO DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA FÍSICA ....................... 99
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 99
2 REABILITAÇÃO .................................................................................................................................. 99
3 CENTROS VOLTADOS À REABILITAÇÃO FÍSICA .................................................................. 100
3.1 REABILITAÇÃO NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE – SUS ..................................................... 107
4 A POSSIBILIDADE DO ESPORTE PARA A REABILITAÇÃO DAS PESSOAS COM 
DEFICIÊNCIA FÍSICA ......................................................................................................................... 108
4.1 TIPOS DE JOGOS ............................................................................................................................ 111
4.1.1 Esportes coletivos ................................................................................................................... 112
4.1.2 Esportes individuais ............................................................................................................... 114
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................... 119
RESUMO DO TÓPICO 3........................................................................................................................ 124
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 125
UNIDADE 3 – ACESSIBILIDADE E AS TECNOLOGIAS ASSISTIVAS EDUCACIONAIS 
VOLTADAS À DEFICIÊNCIA FÍSICA .................................................................... 127
TÓPICO 1 – TECNOLOGIAS ASSISTIVAS ...................................................................................... 129
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 129
2 AS TECNOLOGIAS ASSISTIVAS EDUCACIONAIS VOLTADAS À DEFICIÊNCIA 
 FÍSICA ..................................................................................................................................................... 129
3 TECNOLOGIAS ASSISTIVAS AOS DEFICIENTES FÍSICOS NA LOCOMOÇÃO .............. 132
4 TECNOLOGIAS ASSISTIVAS NA ÁREA EDUCACIONAL AOS DEFICIENTES 
 FÍSICOS ..................................................................................................................................................134
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 145
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 147
TÓPICO 2 – COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA .............................................................................. 149
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 149
2 COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA .................................................................................................. 149
RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................ 157
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 158
TÓPICO 3 – RECURSOS, ADAPTAÇÕES E ADEQUAÇÕES EDUCACIONAIS AOS 
DEFICIENTES FÍSICOS .................................................................................................. 159
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 159
2 RECURSOS EDUCACIONAIS AOS EDUCANDOS COM DEFICIÊNCIA FÍSICA .............. 159
3 DIFERENÇA ENTRE ADAPTAÇÃO E ADEQUAÇÃO CURRICULAR ................................... 168
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................... 170
RESUMO DO TÓPICO 3........................................................................................................................ 172
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 173
REFERÊNCIAS ......................................................................................................................................... 175
1
UNIDADE 1
DEFICIÊNCIA FÍSICA, CAUSAS, 
CARACTERÍSTICAS E AS 
CONSEQUÊNCIAS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• identificar os conceitos dentro da deficiência física;
• compreender causas e consequências sobre a Deficiência Física;
• conhecer as principais patologias das pessoas com Deficiência Física;
• reconhecer que todos somos sensíveis as causas das deficiências físicas;
• oportunizar o conhecimento de pessoas com deficiência física através dos 
depoimentos e experiências; 
• compreender as implicações clínicas, sociais e individuais a partir da de-
ficiência;
• vivenciar fatos e histórias da deficiência física através das dicas dos filmes 
e documentários.
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade 
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo 
apresentado.
TÓPICO 1 – PRINCIPAIS PATOLOGIAS NA DEFICIÊNCIA FÍSICA
TÓPICO 2 – CAUSAS DAS DEFICIÊNCIAS FÍSICAS
TÓPICO 3 – CONSEQUÊNCIAS DAS DEFICIÊNCIAS FÍSICAS
2
3
TÓPICO 1
UNIDADE 1
PRINCIPAIS PATOLOGIAS NA DEFICIÊNCIA 
FÍSICA
1 INTRODUÇÃO
Caro acadêmico, estamos iniciando os estudos dentro da área da 
deficiência Física, onde apresentamos desde a parte clínica como a social, afetiva, 
de acessibilidade, as leis que amparam tanto as edificações quanto o específico na 
educacional e tecnológica, que só vêm contribuir com as pessoas com deficiência 
física. 
 
Compreender os conceitos aqui colocados vem ao encontro da proposta 
dos estudos deste livro, visto que, no ensino a distância, é necessário um esforço 
maior e autônomo de cada acadêmico para o processo de aprendizagem.
Procuramos usar uma linguagem clara, de fácil acesso para a compreensão 
dos textos com a intenção de ficar uma leitura leve e assim cada acadêmico além 
de aprender se empolgar com a deficiência física e suas possibilidades.
Nesta unidade estudaremos os conceitos básicos, como a caracterização 
da deficiência física, principais doenças e causas, assim como dicas de filmes e 
autoatividades para completar seus estudos.
O importante, ao conhecer as patologias que levam à deficiência 
física, é poder saber onde procurar ajuda e como ajudar no tratamento e nos 
encaminhamentos, também tem o lado da sensibilização para com o outro, pois 
ninguém está livre de se tornar um deficiente físico, por um acidente e/ ou por 
uma síndrome, uma causa genética que poderá atingir a nós e ou a nossos filhos 
e ou parentes e amigos.
Outra dica importante dada nesta unidade é a de conhecer os tipos de 
Deficiência Física para melhor compreender o comprometimento da função 
física, sob a forma de paraplegia, paraparesia, monoplegia, monoparesia, 
tetraplegia, tetraparesia, triplegia e outras que envolvem desde o nascimento, aos 
acontecimentos através de acidentes tanto domésticos, como de trânsito, os quais 
são os grandes causadores da deficiência física na idade jovem e/ ou adulta. 
 
Sendo assim, esta unidade vai tratar de termos mais técnicos e clínicos, 
porém importante para conhecer e aprender os termos. 
Bons estudos.
UNIDADE 1 | DEFICIÊNCIA FÍSICA, CAUSAS, CARACTERÍSTICAS E AS CONSEQUÊNCIAS
4
2 DEFICIÊNCIA FÍSICA – CONCEITOS E DOENÇAS 
A deficiência Física é classificada conforme alteração completa ou parcial 
de um ou mais seguimentos do corpo humano no comprometimento motor. 
Segundo o Decreto nº 3.298, de 20 de dezembro de 1999, os principais tipos 
de deficiência física são: paraplegia, paraparesia, monoplegia, monoparesia, 
tetraplegia, tetraparesia, triplegia, triparesia, hemiparesia, amputação, paralisia 
cerebral, ostomia (aberturas abdominais para uso de sondas).
É importante destacar que todas estas deficiências físicas com o final 
PLEGIA – significam perda total de um ou mais membro e/ou partes do corpo; 
quando aparece com o final PARESIA significa perda parcial de um ou mais 
membro e/ou partes do corpo. 
Veja conforme segue o quadro a seguir:
Nomes Características 
Paraplegia Perda total das funções dos membros inferiores 
Paraparesia Perda parcial das funções dos membros inferiores 
Monoplegia Perda total de um só membro (inferior ou posterior)
Monoparesia Perda parcial de um só membro (inferior ou posterior) 
Tetraplegia Perda total das funções motoras dos membros inferiores e 
superiores
Tetraparesia Perda parcial das funções motoras dos membros inferiores e 
superiores
Triplegia Perda total das funções motoras em três membros
Triparesia Perda parcial das funções motoras em três membros
Hemiplegia Perda total das funções motoras de um hemisfério do corpo 
(direito ou esquerdo) 
Hemiparesia Perda parcial das funções motoras de um hemisfério do corpo 
(direito ou esquerdo) 
Amputação Perda total ou parcial de um determinado membro ou segmento 
de membro
Paralisia Cerebral Lesão de uma ou mais áreas do sistema nervoso central, tendo 
como consequência alterações psicomotoras, podendo ou não 
causar deficiência mental/intelectual. 
Ostomia Intervenção cirúrgica que cria um ostoma (abertura, óstio) na 
parede abdominal para adaptação de bolsa de coleta: processo 
cirúrgico que visa a construção de um caminho alternativo e novo 
na eliminação das fezes e urina para o exterior do corpo humano. 
(Colostomia: ostoma instestinal; uroostomia: desvio urinário).
QUADRO 1 – TIPOS DAS DEFICIÊNCIAS FÍSICAS
FONTE: <http://www.deficienteonline.com.br/deficiencia-fisica-tipos-e-definicoes___12.html>. 
Acesso em: 19 fev. 2019.
TÓPICO 1 | PRINCIPAIS PATOLOGIAS NA DEFICIÊNCIA FÍSICA
5
Para melhor compreender estes termos, deficiências e o grau de 
comprometimento, ilustraremos a seguir: 
FIGURA 1 – O CORPO NA PARAPLEGIA E A PARAPARESIA
FIGURA 2 – O CORPO NA MONOPLEGIA E MONOPARESIA
FONTE: <https://image.slidesharecdn.com/deficinciasmotoras-140608132124-phpapp02/95/
deficincias-motoras-6-638.jpg?cb=1402233705>. Acesso em: 24 jan. 2019.
FONTE: <https://image.slidesharecdn.com/deficinciasmotoras-140608132124-phpapp02/95/deficincias-motoras-7-638.jpg?cb=1402233705>. Acesso em: 24 jan. 2019.
UNIDADE 1 | DEFICIÊNCIA FÍSICA, CAUSAS, CARACTERÍSTICAS E AS CONSEQUÊNCIAS
6
FIGURA 3 – O CORPO COM TETRAPLEGIA E TETRAPARESIA
FIGURA 4 – O CORPO NA TRIPLEGIA E NA TRIPARESIA
FONTE: <https://image.slidesharecdn.com/deficinciasmotoras-140608132124-phpapp02/95/
deficincias-motoras-8-638.jpg?cb=1402233705>. Acesso em: 24 jan. 2019.
FONTE: <https://image.slidesharecdn.com/deficinciasmotoras-140608132124-phpapp02/95/
deficincias-motoras-9-638.jpg?cb=1402233705>. Acesso em: 24 jan. 2019.
TÓPICO 1 | PRINCIPAIS PATOLOGIAS NA DEFICIÊNCIA FÍSICA
7
FIGURA 5 – AMPUTAÇÃO E PARALISIA
FIGURA 6 – OSTOMIA
FONTE: <https://image.slidesharecdn.com/deficinciasmotoras-140608132124-phpapp02/95/
deficincias-motoras-11-638.jpg?cb=1402233705>. Acesso em: 24 jan. 2019.
FONTE: <https://image.slidesharecdn.com/deficinciasmotoras-140608132124-phpapp02/95/
deficincias-motoras-12-638.jpg?cb=1402233705>. Acesso em: 24 jan. 2019.
UNIDADE 1 | DEFICIÊNCIA FÍSICA, CAUSAS, CARACTERÍSTICAS E AS CONSEQUÊNCIAS
8
3 CARACTERÍSTICAS DA DEFICIÊNCIA FÍSICA
Toda perda ou anomalia de uma estrutura ou função psicológica, 
fisiológica ou anatômica que gere incapacidade para o desempenho de 
atividade, dentro do padrão considerado normal para o ser humano 
(BRASIL, 1999).
A deficiência física caracteriza-se pela limitação na mobilidade, na 
coordenação motora, principalmente a fina, o que impede e ou dificulta a escrita, 
em alguns casos poderá afetar a fala nos mais diversos graus, sendo de causas 
neurológicas e neuromusculares, má formação, de forma adquirida, geralmente, 
a deficiência ocorre no cérebro ou sistema locomotor, levando a um mau 
funcionamento ou paralisia dos membros inferiores e/ou superiores. 
Descreveremos as causas da deficiência física, nos subtópicos a seguir. 
3.1 PRINCIPAIS PATOLOGIAS (DOENÇAS) QUE LEVAM À 
DEFICIÊNCIA FÍSICA
Definindo o que é “patologia e doença”, hoje em dia o vocabulário usado 
é o termo técnico de doença para patologia. O dicionário de significado o define 
como sendo: 
Patologia é o estudo das alterações estruturais, bioquímicas e funcionais 
nas células, tecidos e órgãos, que visa explicar os mecanismos pelos 
quais surgem os sinais e os sintomas das doenças. A palavra "patologia" 
significa literalmente "estudo da doença", e tem origem no grego, onde 
Pathos = doença e Logos = estudo. No entanto, "patologia" também é 
usada como sinônimo de doença (SIGNIFICADO, 2010). 
Entre as patologias, a que mais causou a deficiência Física no Brasil e no 
mundo foi a paralisia infantil ou poliomielite, a qual foi praticamente erradicada 
com as campanhas maciças de vacinas da gotinha nas crianças de zero a cinco 
anos de idade. Porém, a campanha continua o ano todo, pois houve casos de 
poliomielite na Venezuela em 2018, o que leva a atenção dos pais para a vacinação 
constante. 
No Brasil, até a erradicação, aconteceram 26.827 casos de poliomielite 
entre 1968 e 1989. Os anos 70 registraram a maior parte dos casos. Há um pico 
em 1975, com 3.596 registros. Outro ano com muitos casos foi 1979, com 2.564 
infecções (OLIVEIRA, 2018).
A seguir daremos alguns conceitos de patologias que levam à deficiência 
física: 
TÓPICO 1 | PRINCIPAIS PATOLOGIAS NA DEFICIÊNCIA FÍSICA
9
• Poliomielite: qualquer inflamação da substância cinza da medula espinhal; 
doença de Heine-Medin. Uma doença infectocontagiosa aguda, causada por 
um vírus, de gravidade extremamente variável e, que pode ocorrer sob a forma 
de infecção inaparente ou apresentar manifestações clínicas, frequentemente 
caracterizadas por febre, mal-estar, cefaleia, distúrbios gastrointestinais e 
rigidez de nuca, poderá ocorrer ou não as paralisias. Observe a figura a seguir. 
FIGURA 7 – POLIOMELITE 
FONTE: <https://www.cliquebrasil.com.br/saude/gfF9nnwpIy1C>. Acesso em: 18 fev. 2019.
• Ossos de Vidro: osteogênese imperfeita (doença de Lobstein ou doença de 
Ekman-Lostein), também conhecida pelas expressões “ossos de vidro” ou 
“ossos de cristal”, é uma condição rara do tecido conjuntivo, de caráter genético 
e hereditário, que afeta aproximadamente uma em cada 20 mil pessoas. A 
principal característica é a fragilidade dos ossos que quebram com enorme 
facilidade.
FONTE: <https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/osteogenese-imperfeita-ossos-
de-vidro/>.
• Paralisia cerebral: causada geralmente no nascimento por falta de oxigênio no 
cérebro, quando a criança tem anóxia perinatal. O grau de comprometimento 
vai de parcial, total e de partes como de um todo dos membros do corpo, 
afetando na maioria das vezes o desenvolvimento da fala. 
• Hidrocefalias: nem todas as hidrocefalias levam à deficiência física, mas grande 
parte das crianças pode ficar com sequelas irreversíveis no comprometimento 
motor. Em alguns casos, as crianças podem nascer com hidrocefalia e em outros 
poderá desenvolver depois do nascimento. Popularmente conhecida como 
água na cabeça e/ou cabeça grande, o que tem fundo de verdade científico, 
uma vez que o perímetro da cabeça expandido não volta mais ao tamanho 
normal. Quando identificado a tempo, é possível colocar válvula, a qual 
drena e redireciona o líquido para o intestino, que vai eliminá-lo e assim não 
pressionar o cérebro. 
UNIDADE 1 | DEFICIÊNCIA FÍSICA, CAUSAS, CARACTERÍSTICAS E AS CONSEQUÊNCIAS
10
Hidrocefalia é quando ocorre que o liquido da medula não pode 
circular normalmente e acumula-se no cérebro. Caso não controlado, 
pode prejudicar a saúde. O que pode ser feito é colocação cirúrgica de 
uma válvula para drenar o líquido acumulado e enviá-lo a bexiga para 
ser eliminado pela urina (HONORA, 2008, p. 59). 
Observe a figura: 
FIGURA 8 – HIDROCEFALIA
FONTE: <https://mieloblog.com.br/wp-content/uploads/2015/11/image10.jpg>. Acesso em: 11 
nov. 2018.
• Acidente vascular: conhecido como AVC, popularmente o “derrame”, como 
é chamado entre as pessoas, é bastante comum devido a principalmente 
malformação arterial cerebral (aneurisma), hipertensão arterial, cardiopatia, 
tromboembolia (bloqueio da artéria pulmonar), sendo a doença que mais 
mata no Brasil e a que mais causa incapacidade (sequelas físicas) no mundo: 
cerca de 70% das pessoas que sofrem um derrame não retorna à vida normal 
e praticamente 50% ficam dependentes de outras pessoas no dia a dia. As 
sequelas podem ser conforme é descrito a seguir: 
Nos músculos: fraqueza de um lado do corpo, fraqueza muscular, 
incapacidade de coordenar movimentos musculares, músculos rígidos, 
paralisia com músculos fracos, problemas de coordenação, paralisia de 
um lado do corpo ou reflexos hiperativos. Na visão: perda temporária 
da visão em um olho, súbita perda da visão, visão dupla ou visão 
embaçada. No corpo: distúrbio do equilíbrio, tontura ou vertigem. 
Na fala: dificuldade de fala, fala arrastada ou perda da fala Sensorial: 
formigamento ou redução na sensação de tato. Na cognição: confusão 
mental ou incapacidade de falar ou entender o próprio idioma. No 
TÓPICO 1 | PRINCIPAIS PATOLOGIAS NA DEFICIÊNCIA FÍSICA
11
rosto: dormência ou fraqueza muscular. Também é comum: afasia de 
wernicke, andar mancando, dificuldade em engolir, dor de cabeça, 
fraqueza de um membro ou movimento rápido involuntário dos olhos 
(EINSTEIN, 2017, p. 2). 
Na imagem a seguir, podemos ver algumas sequelas que podem deixar 
uma pessoa com deficiência física.
FIGURA 9 – SEQUELAS DE AVC
FIGURA 10 – OSTEOPOROSE
FONTE: Einstein (2017, p. 1)
FONTE: <https://www.opas.org.br/como-tratar-a-osteoporose/>. Acesso em: 18 fev. 2019.
• Osteoporose: sendo esta patologia a inimiga número um dos idosos 
principalmente, a que mais afeta as mulheres, sendo seis para cada um homem, 
levando a sequelas da deficiência física, deficiência alimentar de cálcio e 
vitaminas, levando à “morbidade e mortalidade de suas fraturas, afetando em 
especial o fêmur”. O Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into) 
criou o Programa de Osteoporose Masculino (PROMA), desde marçode 2004. 
Quanto mais idosos, mais riscos corre de envelhecer com osteoporose. 
UNIDADE 1 | DEFICIÊNCIA FÍSICA, CAUSAS, CARACTERÍSTICAS E AS CONSEQUÊNCIAS
12
• Diabetes: caracteriza-se pela elevação da glicose no sangue (hiperglicemia). 
Ocorre devido a defeitos na secreção ou na ação do hormônio insulina, que é 
produzido no pâncreas. A função principal da insulina é promover a entrada 
de glicose para as células do organismo de forma que ela possa ser aproveitada 
para as diversas atividades celulares. A diabete se divide em dois tipos, em 
tipo 1 e tipo 2. De acordo com a análise, os idosos diabéticos apresentam riscos 
de desenvolver deficiências físicas que são de 50% a 80% dos casos, devido às 
amputações que muitas vezes precisam ser feitas, em consequência do que se 
chama de Neuropatia diabética, diminuição do oxigênio que chega aos nervos 
através de pequenos vasos sanguíneos, ocasionando formação de úlceras, 
podendo progredir para amputação do pé ou perna.
DICAS
A dica desta unidade é você, acadêmico, assistir com sua turma e ou sua família 
ao filme De Porta em Porta, simplesmente inesquecível, com uma grande lição de vida 
de superação e de apoio de uma mãe que não desiste, a qual, usa a seguinte frase para 
estimular o filho com paralisia cerebral: “Paciência e Persistência”. O tempo todo ela diz esta 
frase: “Paciência e Persistência”. O filme é incrível, por favor, assista, só contribuirá com sua 
formação e com seus estudos na área da deficiência física.
CAPA DO FILME DE PORTA EM PORTA
FONTE: <http://www.planejamentodevendas.com.br/tecnicas-de-vendas/porta-em-porta/>. 
Acesso em: 28 jan. 2019.
SINOPSE E DETALHES
O filme De Porta em Porta (Door to Door, lançado em 2002) conta a história real de Bill 
Porter (interpretado por William H. Maci), um portador de paralisia cerebral nascido em 1932 
(ainda vivo) que deseja tornar-se um vendedor de porta em porta.
 
TÓPICO 1 | PRINCIPAIS PATOLOGIAS NA DEFICIÊNCIA FÍSICA
13
Portland, Oregon, 1955. Apesar de ter nascido com uma paralisia cerebral, que cria limitações 
na sua fala e movimentos, Bill Porter (William H. Macy) tem todo o apoio da sua mãe para 
obter um emprego como vendedor na Watkins Company. Bill consegue o emprego, apesar 
de certa relutância devido as suas limitações, pois teria que ir de porta em porta oferecendo 
os produtos da companhia. Bill só conseguiu o emprego quando disse para lhe darem a pior 
rota. Primeiramente Bill é rejeitado pelas pessoas "normais", mas ao fazer sua primeira venda 
para uma alcóolatra reclusa, Gladys Sullivan (Kathy Baker), ele literalmente não parou mais. 
Por mais de 40 anos Bill caminhou 16 quilômetros por dia e, para ajudá-lo nesta trajetória, 
além da sua mãe e Gladys, surgiu Shelly Soomky Brady (Kyra Sedgwick).
Observação: Este filme é usado muitas vezes por empresas em palestras de motivações de 
vendas para público de pessoas sem deficiências.
O filme mostra a importância da família na vida de pessoas com deficiência 
e neste caso com a deficiência física, onde a mãe em nenhum momento desiste 
de insistir com o filho na procura por emprego, mesmo sabendo das limitações 
físicas, ela sempre acreditou que existia possibilidade de trabalho para o filho.
A sugestão é muito especial e nos ajuda a não perder a esperança de dias 
melhores, de possibilidades, quando se tem o coração limpo de maldades e com 
fé acreditando em si poderá alcançar os objetivos, mesmo quando muitos dizem 
não. 
Caro acadêmico, assista e nunca esqueça a frase “paciência e persistência”. 
A frase do filme que a mãe lhe dizia sempre. 
14
Neste tópico, você aprendeu que: 
• Conceito da deficiência física é toda alteração completa e/ou parcial dos 
membros e segmentos do corpo levando ao comprometimento das funções 
físicas, pode apresentar sob várias formas no que diz respeito às PLESIAS E 
PARESIAS.
• As deficiências físicas com o final PLEGIA – significam perda total de um ou 
mais membro e ou partes do corpo e quando aparecem com o final PARESIA 
significam perda parcial de um ou mais membro e ou partes do corpo. 
• Os exemplos no próprio corpo destes comprometimentos são: paraplegia, 
paraparesia, monoplegia, monoparesia, tetraplegia, tetraparesia, triplegia, 
triparesia, hemiparesia, amputação, paralisia cerebral, ostomia (aberturas 
abdominais para uso de sondas).
• As Patologias (doenças) mais comuns que podem deixar com sequelas a 
deficiência física são a Poliomelite, a Hidrocefalia, Ossos de Vidro, AVC, 
osteoporose, diabetes, entre outras.
RESUMO DO TÓPICO 1
15
Prezado acadêmico, resolva as questões para melhor fixação dos conteúdos e 
também a prática dos exercícios irá ajudar que você vá bem nas provas.
1 Conceitue com suas próprias palavras a deficiência física.
2 A deficiência física apresenta-se sob várias formas, relacione as PLEGIAS, 
numerando de acordo com o conceito. 
I - Paraplegia
II - Monoplegia 
III - Tetraplegia
IV- Triplegia
V - Hemiplegia 
Relacione as opções: 
( ) Perda total das funções motoras dos membros inferiores e superiores.
( ) Perda total de um só membro (inferior ou posterior).
( ) Perda total das funções dos membros inferiores.
( ) Perda total das funções motoras em três membros. 
( ) Perda total das funções motoras de um hemisfério do corpo (direito ou 
esquerdo).
Escolha a opção que define as Plegias:
a) ( ) I-II-III-V-IV.
b) ( ) III-II-V-I-IV.
c) ( ) II-IV-V-III-I.
d) ( ) III- II-I-IV-V. 
3 A deficiência física apresenta-se sob várias formas, relacione as PARESIAS, 
numerando de acordo com o conceito. 
I – Paraparesia 
II – Monoparesia
III – Tetraparesia
IV – Triparesia
V – Hemiparesia
Relacione as opções:
( ) Perda parcial das funções motoras de um hemisfério do corpo (direito ou 
esquerdo). 
( ) Perda parcial de um só membro (inferior ou posterior). 
( ) Perda parcial das funções motoras em três membros.
AUTOATIVIDADE
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( ) Perda parcial das funções dos membros inferiores.
( ) Perda parcial das funções motoras dos membros inferiores e superiores.
Escolha a opção que define as Paresias:
a) ( ) IV-V-III-II-I.
b) ( ) V-I-II-IV-III.
c) ( ) III- II- I-V-IV.
d) ( ) V-III-V-II-I. 
4 Procure em sua comunidade conhecer e saber de pessoas que tem alguma 
deficiência física causada por alguma patologia citada no texto deste tópico. 
Descreva sua informação e ou relate na sala em uma roda de conversas.
17
TÓPICO 2
CAUSAS DAS DEFICIÊNCIAS FÍSICAS
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
Dando continuidade, neste tópico, vamos estudar as causas da deficiência 
física, sendo elas pré-natais, perinatais e pós-natais. É necessária a compreensão 
das causas para também saber como proceder no atendimento e encaminhamento 
para estimulação, para a escolarização e para, posteriormente, o mercado de 
trabalho. 
Assim, algumas características e causas precisam ser observadas como 
afirma o código das necessidades educacionais específicas (DfES, 2001a) 
[…] as deficiências físicas podem decorrer das causas físicas, 
neurológicas ou metabólicas. Algumas requerem somente um 
acesso apropriado às oportunidades e equipamentos educacionais; 
outras podem levar a necessidades sociais e de aprendizagem mais 
complexas; algumas crianças terão dificuldades multissensoriais 
associadas a dificuldades físicas. Para algumas crianças, a incapacidade 
de participar plenamente da vida escolar causa estresse emocional ou 
fadiga física significativos (DfES, 2001a, Capítulo 7, secção 62 apud 
FARRELL, 2008, p. 11). 
No estudo das deficiências físicas, nas suas inúmeras causas, as necessidades 
são diversificadas, tanto em serviços e em recursos nas quais vai depender de 
cada sequela e os encaminhamentos dados na avaliação multidisciplinar. 
2 PRINCIPAIS CAUSAS DA DEFICIÊNCIA FÍSICA 
As principais causas da deficiência física podem ser divididas em três: 
• Pré-natais: tudo que possa ocorrer durante a gestação. Sendo por malfomações 
congênitas (podem também estar relacionadas a drogas), infecções, 
medicamentos, hipertensão, genéticose em muitos casos por tentativas de 
abortos, entre outros.
• Perinatais: tudo que possa ocorrer durante o nascimento. Sendo a 
prematuridade, o sofrimento fetal, a falta de oxigênio levando a paralisia 
cerebral, o parto por fórceps, o cordão umbilical, que pode enrolar no pescoço 
e outras causas. 
UNIDADE 1 | DEFICIÊNCIA FÍSICA, CAUSAS, CARACTERÍSTICAS E AS CONSEQUÊNCIAS
18
• Pós-natais: tudo que possa ocorrer após o nascimento. Estas causas vão desde 
uma infecção hospitalar, meningite, problemas com o sangue da mãe e bebê, 
traumatismos cranianos, lesões medulares (que podem estar ligas a acidentes 
de trânsito, de armas e até mesmo de mergulhos), brigas, aneurismas, AVC 
(ligado às “plegias”) e outras patologias. Além das Artropatias: suas causas 
podem ser hemofilia, distúrbios metabólicos, processos degenerativos ou 
inflamatórios. 
3 ALGUMAS CAUSAS GENÉTICAS, AMBIENTAIS E NATURAIS
Como já citadas acima, as causas da deficiência física podem ser diversas. 
Destacamos aqui algumas e evidenciamos mais detalhadamente três, as genéticas, 
as ambientais e naturais. Segundo Socrates: "Se alguém procura a saúde, 
pergunta-lhe primeiro se está disposto a evitar no futuro as causas da doença; 
em caso contrário, abstém-te de o ajudar" (<https://www.pensador.com/frase/
ODc3OA/>), sendo a deficiência física uma que mais deixa pessoas acamadas e 
sem locomoção. 
• Causas genéticas: nas causas genéticas entram também as síndromes que 
levam à deficiência física, muitas não ocorrem logo após o nascimento, somente 
na idade adulta, como já conceituado, essas são as pré-natais. Entre estas, 
vamos esclarecer algumas que são relevantes conhecer, como, por exemplo, na 
contextualização abaixo. 
As doenças genéticas são muitas e nem todas levam à deficiência física, 
geralmente raras, mas acometem a população em menor proporção, devido às 
“alterações na sequência de nucleotídeos em uma parte do DNA que alteram a 
estrutura de uma proteína e, consequentemente, causam anomalias anatômicas e 
fisiológicas” (SANTOS, 2018, p. 2).
Entre algumas estão as síndromes e algumas outras anomalias, 
destacaremos a seguir as principais que levam à deficiência física:
• Síndromes: palavra de origem grega συνδρομή «concurso, afluência, 
composto de σύν «com, junto» e tema de δρόμος «corrida», ou seja, "ocorrer 
conjuntamente", seria um conjunto de características, de manifestações clínicas, 
muitas vezes não se consegue chegar a uma causa específica, mas a pessoa e/ou 
criança apresenta anomalias seguidas de outras especificidades. Geralmente os 
nomes das síndromes estão relacionados aos seus pesquisadores/descobridores 
daquele tipo de patologia. 
• Síndrome de Williams: nesta síndrome ocorre a desordem no cromossomo 
7. A criança/ pessoa vai ter dificuldades motoras, principalmente na motora 
fina (recortar, escrever, desenhar, andar com equilíbrio, andar de bicicleta), 
além de a criança demorar a andar, tem irritação e chora muito. Estas crianças 
apresentam características físicas “por face de gnomo ou fadinha”, nariz 
TÓPICO 2 | CAUSAS DAS DEFICIÊNCIAS FÍSICAS
19
pequeno e empinado, cabelos encaracolados, lábios cheios, dentes pequenos e 
sorriso frequente” (MACHADO, 1998, p. 56). Por outro lado, são sensíveis ao 
som alto, mas têm facilidade para a música. 
• Síndrome de Ehlers-Danlos: conhecida como Síndrome do homem elástico. 
Identificada como um grupo de distúrbios hereditários e afeta principalmente 
as articulações e o tecido conjuntivo da pele e as paredes do vasos sanguíneos. 
Pessoas com esta síndrome têm a capacidade de tocar o nariz com a língua, 
deformidade física, duplo articulado, facilidade de se machucar, fadiga, 
fraqueza muscular, luxação, má cicatrização de feridas ou sopro no coração. 
Devido a este comprometimento nas articulações, poderão, durante a vida, 
ter muitos acidentes com lesões irreversíveis, precisam sempre de fisioterapia 
(EINSTEIN, 2017). 
• Síndrome de Proteus: as características desta síndrome ocorrem pelo 
crescimento exagerado de partes do corpo e de tumores subcutâneos, patologia 
rara, que leva à deficiência física, pois pode haver crescimento de um joelho, de 
pernas em exageros, mãos e pés muito grandes se parecendo a gigantes, hemi-
hipertrofia, tumores subcutâneos, macrocefalia e outras anomalias cranianas e 
viscerais. 
Além das síndromes citadas, existem muitas outras, porém, não podemos 
deixar de citar as distrofias musculares, que incluem também algumas síndromes, 
como é a de Duchenne.
•	 Distrofia	Muscular	Duchenne: muitas pessoas com distrofia muscular têm 
síndrome de Duchenne. Esta patologia costuma afetar meninos, que podem 
ter dificuldades ao se levantar ou correr, andar oscilante, panturrilhas grandes, 
anormalidade ao caminhar, fraqueza muscular, perda de massa muscular 
ou encurtamento permanente de músculo, podendo ter dificuldades de 
aprendizagem associada (EINSTEIN, 2017).
Além das escleroses que são doenças autoimunes, como ELA – Esclerose 
Lateral Amiotrófica e EM – Esclerose múltipla. Nas doenças autoimunes, o 
sistema imunológico não consegue distinguir os antígenos dos tecidos saudáveis 
do corpo e acaba atacando e destruindo as células normais do organismo.
•	 Esclerose	Lateral	Amiotrófica	(ELA): Esta patologia paralisa os músculos, mas 
não chega a atingir as funções cerebrais. A esclerose lateral amiotrófica (ELA), 
uma rara doença degenerativa que paralisa os músculos do corpo. Há indícios 
em pesquisas que a causa esteja ligada, de certa forma, aos cromossomos 
na mutação de um gene, mas ainda são pesquisas. A avaliação dos genes 
envolvidos com a ELA permite elucidar vias moleculares responsáveis pela 
doença e abrir novos caminhos para o tratamento. 
Segundo o Instituto Paulo Contijo de pesquisa de doenças genéticas, a 
esclerose apresenta-se em: 
UNIDADE 1 | DEFICIÊNCIA FÍSICA, CAUSAS, CARACTERÍSTICAS E AS CONSEQUÊNCIAS
20
Aproximadamente 90% dos casos de ELA são esporádicos, ou seja, não 
se observa recorrência familiar da doença, ao passo que os 10% restantes 
são familiais e podem apresentar padrão de herança autossômico 
dominante ou recessivo. Entre as formas familiais, destaca-se a ELA 
do tipo 8, que tem início entre a quarta e a quinta décadas de vida 
e apresenta, em geral, progressão lenta. Caracterizada por herança 
dominante, é causada por mutação no gene VAPB (VAMP – associated 
proteina B and C), localizado no cromossomo 20 (em 20q13.32). Embora 
a realização dos testes moleculares seja importante para a confirmação 
do diagnóstico clínico em pacientes que já manifestam a doença, o 
benefício do exame para indivíduos assintomáticos, parentes adultos 
de afetados, deve ser analisado individualmente em entrevista com 
um geneticista. É norma do laboratório não realizar este exame em 
crianças assintomáticas (CONTIJO, 2016, p. 1). 
Destacam-se nesta unidade os famosos que possuem e/ou tiveram alguma 
deficiência física no decorrer da vida e entre estes está Stephen Hawking, que 
teve ELA, era físico, pesquisador e conferencista, o qual apresentaremos com 
mais detalhes no item 4 deste tópico. 
• Esclerose Múltipla: as sequelas podem variar, depende dos nervos afetados e 
de indivíduo para indivíduo. Os sintomas inicias são visão dupla e pequenos 
tremores, o diagnóstico geralmente é clínico e às vezes pode demorar para 
chegar a uma conclusão que seja EM. Porém, não há muito o que fazer, de uma 
hora para outra, pode o indivíduo perder a capacidade de andar e de falar de 
forma clara. Uma patologia que pode levar anos a ser confirmado o diagnóstico, 
não tem cura e o tratamento é só para tardar um pouco as sequelas. Geralmente 
as mulheres são em maior número e pessoas de cor branca são mais vulneráveis 
a EM. 
• A mielomeningocele: é uma malformação congênita de causa ainda não 
comprovada. Na mielomeningocele, há uma malformação na coluna do bebê 
ainda dentro do útero da mãe. Alguns casos podem ser diagnosticados durante 
a gestação. Sendo assim a coluna vai ficar com sérios problemas,como explica 
a cartilha do programa APPAM (2016, p. 6),
A coluna vertebral, também conhecida como espinha dorsal, começa a 
ser formada logo nas primeiras semanas da gravidez e vai crescendo 
junto com o feto. A partir de seis ou sete semanas começa a ossificação 
das vértebras da coluna. Dentro da coluna vertebral há um pequeno 
espaço, um canal. Por ali, bem protegidos pelos ossos, passam a 
medula (que é uma espécie de fábrica de sangue do nosso organismo) 
e os nervos espinhais, que se ligam ao cérebro e ajudam a comandar os 
movimentos do corpo. Durante a gestação, essa estrutura de ossos não 
se fecha completamente. Quando isso acontece, partes da medula e do 
sistema nervoso, que deveriam estar dentro do canal, protegidos pelos 
ossos da espinha, ficam expostas. Essa malformação recebeu o nome 
de mielomeningocele (MMC) ou espinha bífida aberta.
A criança, assim como a família, precisará de assistência tanto clínica 
quanto psicológica para praticamente a vida toda, pois a criança terá sérios 
distúrbios neurológicas com comprometimento nos membros inferiores.
TÓPICO 2 | CAUSAS DAS DEFICIÊNCIAS FÍSICAS
21
DICAS
Uma dica muito boa também é você, acadêmico, assistir ao filme 300, pelo 
menos a parte inicial, se não puder assistir tudo, e assim comprovará que haviam as mortes 
de crianças com deficiência física no nascimento. Além de você poder ver neste filme 
a participação de um brasileiro, Rodrigo Santoro. Filme de muita ação, sangue e mortes, 
mas que mostra a realidade das pessoas com deficiências no povo de Esparta. Para mais 
informações, acesse <http://www.adorocinema.com/filmes/filme-57529/>
3.1 ALGUMAS CAUSAS AMBIENTAIS (ACIDENTES 
DIVERSOS)
As causas ambientais são em grande número, visto que todo dia 
presenciamos acidentes de trânsito em grande escala, sendo hoje umas das maiores 
causas ambientais que são o trânsito. Os números nos índices nos mostram que 
30% das vítimas ficaram com membros amputados e outros 40% se tornaram 
deficientes físicos (paraplégicas ou tetraplégicas) em 2017. Estes números foram 
divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no mês de maio de 
2018, quando há a campanha Maio amarelo, o símbolo do mês para os alertas dos 
problemas que o trânsito tem apresentado por direção sem responsabilidades, 
pelo álcool, o grande vilão, e as imprudências (como ultrapassagens e alta 
velocidade) na direção. 
A definição de maio amarelo aconteceu em 2011 pela Organização das 
Nações Unidas (ONU), idealizando que seria para uma década, sendo assim até 
2020. O amarelo foi pensado devido ao semáforo amarelo que significa atenção. 
Outro grande perigo está nos mergulhos. Muitos mergulhadores ficaram 
com alguma “plegia” devido à prática do mergulho, estes são feitos geralmente 
por pessoas desqualificadas para a prática, como nos mostra a reportagem do 
jornal folha de São Paulo de 1998, comentado por Priscila Lambert, a qual afirma 
que “ toda semana no mínimo dez pessoas ficam paraplégicas e ou tetraplégicas 
no Brasil. A grande maioria dos acidentados (90%) tem idades entre 10 e 25 anos” 
(LAMBERT, 1998, p. 1). Assim, percebemos que é mais comum do que parece. 
Veja parte da reportagem: 
 
UNIDADE 1 | DEFICIÊNCIA FÍSICA, CAUSAS, CARACTERÍSTICAS E AS CONSEQUÊNCIAS
22
[…] Os números são baseados em estatísticas do Hospital das Clínicas 
de São Paulo que, preocupado com a grande incidência desse tipo 
de acidente, está preparando uma campanha de prevenção para este 
verão quando os casos tendem a aumentar.
A paraplegia (paralisação de pernas) ou a tetraplegia (braços e pernas) 
ocorrem quando há fratura na coluna vertebral (principalmente na 
altura do pescoço). Em muitos casos, há lesão da medula espinhal, 
responsável pela transmissão das ordens vindas do cérebro para as 
outras partes do corpo.
Um mergulho mal calculado -em rio, lago, piscina ou até no mar- pode 
ser suficiente para deixar uma pessoa paralisada por toda a vida. Ao 
cair de cabeça em um local raso –ou onde há pedra ou banco de areia–, 
o choque faz com que o pescoço seja dobrado, enquanto o corpo 
continua se movendo para a frente, causando fratura de uma ou mais 
vértebras.
De acordo com pesquisa do HC, o mergulho é responsável por 10% 
dos cerca de 8.000 casos de fratura na coluna vertebral que ocorrem 
anualmente no Brasil –perdendo para acidentes de trânsito, perfuração 
à bala e quedas em geral.
Das cerca de 800 pessoas que sofrem fratura vertebral durante 
mergulho por ano no país, dois terços (533) ficam paraplégicos ou 
tetraplégicos –o que resulta nos cerca de dez casos semanais no país. 
Segundo Tarcísio Eloy Pessoa de Barros Filho, diretor do serviço de 
coluna vertebral do Instituto de Ortopedia e Traumatismo do HC, o 
levantamento é feito anualmente pelo hospital, e os números vêm se 
mantendo estáveis há pelo menos uma década. Ele diz que, no verão, 
o mergulho passa a ser a segunda causa de lesões de medula –só 
perdendo para acidentes de trânsito [...] (LAMBERT, 1998, p. 1). 
Outros acidentes e ocorrências sejam domésticas ou nas ruas, como brigas 
em jogos com armas brancas e ou armas de fogo, acontecem diariamente em todo 
o mundo, infelizmente, ainda os acidentes de trânsito e os mergulhos são os que 
mais deixam pessoas com deficiência física. 
4 PESSOAS FAMOSAS COM DEFICIÊNCIA FÍSICA – 
DIVERSAS CAUSAS 
As curiosidades neste tópico referem-se a estar mostrando artistas, 
professores, modelos e pesquisadores famosos com deficiência física e ou pessoas 
que se tornaram famosas devido à deficiência física adquirida no decorrer de 
suas vidas. 
TÓPICO 2 | CAUSAS DAS DEFICIÊNCIAS FÍSICAS
23
4.1 PESSOAS CONHECIDAS MUNDIALMENTE E FAMOSOS 
QUE SE TORNARAM DEFICIENTES FÍSICOS
• Christopher Reeve: o Superman – o Super-homem viveu momentos de muita 
fama e, de repente, o ator se tornou um tetraplégico (em maio de 1995) aos 43 
anos, devido a uma queda de um cavalo, em que fraturou as duas primeiras 
vértebras cervicais lesionando a medula espinhal. Foi um grande aliado no 
patrocínio das pesquisas sobre células-tronco. Mesmo com a limitação física, 
foi homenageando em muitas partes do mundo devido ao seu empenho na 
melhoria das condições de vida das pessoas menos favorecidas financeiramente. 
Christopher faleceu em outubro de 2004, aos 52 anos, devido a uma grave 
infecção. 
FIGURA 11 – CHRISTOPHER NA CADEIRA ADAPTADA A SUA DEFICIÊNCIA
FONTE: <http://www.herbritts.com/archive/photo/christopher-reeve-side-view-
hollywood-1996/>. Acesso em: 18 nov. 2018.
• Roberto Carlos: o rei se tornou uma pessoa com deficiência física ainda criança, 
num acidente na linha ferroviária, quando estava em uma festa de padroeiro 
e teve uma parte da perna amputada quando tinha seis anos de idade em sua 
cidade natal, Cachoeiro do Itapemirim, no estado do Espírito Santo. O acidente 
fez com que a perna direita perdesse a sensibilidade, pois fora esmagada 
arrancando todos os nervos, por isso não chorava muito. Graças a um médico 
bem instruído para a época (foi no dia de São Pedro, 29 de junho de 1947), o 
qual não cortou a perna toda, somente entre o terço médio e o superior da 
canela foi amputado e um pouco abaixo colocaram uma roda de metal, o que 
impediu Roberto de perder os movimentos do joelho direito. Sempre andou 
de muletas até os 15 anos de idade, quando começou a usar prótese e a usa até 
hoje. 
UNIDADE 1 | DEFICIÊNCIA FÍSICA, CAUSAS, CARACTERÍSTICAS E AS CONSEQUÊNCIAS
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FIGURA 12 – PERNA DE ROBERTO CARLOS COM PRÓTESE 
FONTE: <http://wwwblogtche-auri.blogspot.com/2015/12/saiba-como-roberto-carlos-perdeu-
uma.html>. Acesso em: 30 jan. 2019. 
• Magdalena Carmen FRIDA KAHLO Calderón: conhecida no mundo todo 
como Frida Kahlo, natural do México, onde no ano 1913, com seis anos, contraiu 
poliomielite, a primeira de uma série de doenças, acidentes, lesões e operações 
que sofreu ao longo da vida. A poliomielite a deixou com sequelas no seu pé 
direito, por esse fato levava o apelido de Frida pata de palo (ou seja, Frida perna de 
pau). Usava calçaslongas e exóticas saias, as quais personalizava. Frida começou 
a pintar já na idade adulta, apesar de seu pai ser um pintor, seu objetivo não era 
se tornar uma artista. Aos 18 anos sofreu um grave acidente que a deixou de cama 
e no sofrimento ela encontrou a forma das telas para expressar este sentimento, 
onde também guardava um desejo muito grande de ser mãe, porém, devido 
ao acidente, teve muitos abortos. Ao longo de sua vida, tornou-se alcoólatra e 
morreu com as pernas amputadas. Usava a frase “Pés, para que os quero, se 
tenho asas para voar?” (CAMPOS, 2018, p. 3). Veja a seguir um quadro pintado 
por ela. Nele, Frida retratou a dor de perder seu segundo filho no quadro Hospital 
Henry Ford. Obra exposta no Museo Dolores Olmedo, no México. 
FIGURA 13 – QUADRO DE FRIDA
FONTE: <https://s2.static.brasilescola.uol.com.br/img/2018/02/henry-ford-hospital.jpg>. Acesso 
em: 18 nov. 2018.
TÓPICO 2 | CAUSAS DAS DEFICIÊNCIAS FÍSICAS
25
DICAS
Outros quadros estão disponíveis para quem desejar conhecer melhor as obras 
de Frida, são muito interessantes, confira no site:
<https://brasilescola.uol.com.br/biografia/frida-kahlo.htm>. Acesso em: 28 jan. 2019. 
• Christy Brown: Brown foi um escritor, poeta e pintor (artista plástico) de 
origem irlandesa que teve paralisia cerebral. Devido à paralisia ficou muitos 
anos sem falar e sem se mexer direito e os médicos e os demais acreditavam 
que apresentava também limitações intelectuais. Sua mãe, no entanto, nunca 
desistiu continuando a falar com ele e a lhe ensinar. Aos cinco anos percebeu 
que seu pé esquerdo “obedecia” a seus comandos. Através do pé foi que ele 
passou a se comunicar. Tornou-se famoso por ter escrito sua própria história 
que virou filme, Meu Pé esquerdo.
FIGURA 14 – MY LEFT FOOT (1989)
FONTE: <https://turismoadaptado.wordpress.com/2014/01/07/manual-on-accessible-tourism-
for-all-good-practices/>. Acesso em: 30 jan. 2019.
• Stephen Hawking: desde a infância era considerado um garoto diferente, mas 
nada que chamasse a atenção, na adolescência começou a apresentar problemas 
musculares, ao ser diagnosticado, por volta dos 21 anos, com esclerose lateral 
amiotrófica (ELA), uma rara doença degenerativa que paralisa os músculos 
do corpo sem, no entanto, atingir as funções cerebrais, esta patologia até hoje 
não possui cura. Formou-se na área da física e matemática, famoso por suas 
pesquisas e estudos, como exemplo, a prova que existem os buracos negros na 
atmosfera. Em sua homenagem e devido aos seus livros, foi lançado o filme A 
Teoria de Tudo, que também narra sua luta contra a doença. O filme teve base na 
sua vida. Morreu em 2018, no mês de março, na Inglaterra, aos 76 anos. 
UNIDADE 1 | DEFICIÊNCIA FÍSICA, CAUSAS, CARACTERÍSTICAS E AS CONSEQUÊNCIAS
26
FIGURA 15 – STEPHEN HAWKING
FONTE: <https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2015>. Acesso em: 22 nov. 2018.
• Barrerito: O mesmo fazia parte de um trio de cantores brasileiros da música 
sertaneja conhecido como Trio Parada Dura. O avião que o trio estava caiu 
ferindo os integrantes do grupo e o piloto do avião. O acidente ocorreu na 
cidade Espírito Santo do Pinhal em São Paulo, onde o cantor Barrerito ficou 
paraplégico. O acidente aconteceu em 6 de setembro de 1982. Em 1986 Barrerito 
seguiu carreira solo, já que em seus relatos, conta que sofreu muito preconceito 
de seus colegas de trio e tinha dificuldades de acompanhar as apresentações 
em várias cidades, com palcos sem acessibilidade. 
 O cantor venceu muitas barreiras e limitações, depois do acidente e paraplégico, 
fez canções retratando a situação física dele próprio. A canção mais famosa 
dele foi Onde estão os meus passos (1987), na qual ele clama que cada um de nós 
dê um passo por ele. 
TÓPICO 2 | CAUSAS DAS DEFICIÊNCIAS FÍSICAS
27
FIGURA 16 – BARRERITO E MARCELO
FONTE: <http://sertanejobao.blogspot.com/2016/09/barrerito-e-o-acidente-aereo-que-mudou.
html>. Acesso em: 21 nov. 2018. 
O cantor nunca aceitou sua condição de pessoa com deficiência física, 
demonstrava muito nas tristezas das letras das músicas ao longo de sua carreira, 
mas por outro lado, estes tipos de letras e canções também levou à fama. Tinha 
uma voz linda e maravilhosa tonalidade, sendo única no universo da música. 
5 PARTES DO CÉREBRO RESPONSÁVEL PELOS 
MOVIMENTOS 
Nosso cérebro é um grande motor em pleno funcionamento e interligado 
através dos neurônios. Qualquer dor que sentimos imediatamente nosso cérebro 
recebe sinal da temperatura e funciona como um alerta de perigo e a resposta é 
a retirada e ou uma ação para que não se machuque. No cérebro há o controle e 
regula todas as funções do corpo, formado por milhões de células nervosas que 
respondem a diferentes estímulos refletindo em todo o corpo. 
Há muitos estudos e pesquisas sobre o cérebro e ainda há muitos mistérios 
a serem descobertos e compreendidos pelo homem, sobre si mesmo. Nosso 
cérebro está dividido nas seguintes partes. Ele se divide em: 
Tronco cerebral, cerebelo e o cérebro propriamente dito.
Tronco encefálico: encontra-se na base do cérebro. Controla as 
funções vitais como o ritmo cardíaco, digestão, respiração, pressão 
arterial. Além disso, comunica ou conecta o cérebro com o resto do 
corpo por meio da medula espinhal. O tronco encefálico se divide em: 
bulbo raquidiano, protuberância e mesencéfalo.
UNIDADE 1 | DEFICIÊNCIA FÍSICA, CAUSAS, CARACTERÍSTICAS E AS CONSEQUÊNCIAS
28
Cerebelo: o cerebelo se encarrega de manter o equilíbrio, a postura 
e está implicado no movimento de todo o corpo. Também possui a 
tarefa de fazer com que os movimentos ocorram de forma coordenada 
e precisa.
Cérebro: cérebro está relacionado com os sentidos, as emoções, as 
lembranças e as reações. Em poucas palavras, é o chefe do nosso corpo; 
encarrega-se de receber sinais e devolvê-los em forma de resposta 
(LENT, 2002, p. 4). (grifos do autor)
Há envoltos a esta divisão os hemisférios direito e hemisfério esquerdo, 
estes dois lados controlam ao inverso, o da direita controla o lado esquerdo e do 
esquerdo controla da direita, ambos os hemisférios estão conectados através de 
uma estrutura denominada corpo caloso. 
FIGURA 17 – CÉREBRO HUMANO 
FONTE: <www.infoescola.com/anatomia-humana/cerebro/>. Acesso em: 31 jan. 2019.
Sulco central
Área do membro inf.
Área do 
membro sup.
Área da 
cabeça
Sulco lateral Área 
auditiva Área 
visual
Área do tronco
O lado direito está relacionado as emoções, as intuições e tudo que estiver 
ligado a memória, como cheiros, vozes, imagens. No lado esquerdo está a parte 
verbal, capacidade de raciocínio, resolver problemas, a lógica e a análise. 
TÓPICO 2 | CAUSAS DAS DEFICIÊNCIAS FÍSICAS
29
Na camada que chamamos de córtex, na parte do córtex motor, este é 
quem “controla e coordena a motricidade voluntária, sendo que o córtex motor 
do hemisfério direito controla o lado esquerdo do corpo do indivíduo” (LENT, 
2002, p. 4), já o outro, que o do hemisfério esquerdo controla o lado direito. O que 
ocorre é quando uma parte destas lesionadas pode haver uma deficiência física. 
 
Já quando estamos por exemplo aprendendo a andar e aos movimentos 
comuns, ocorre no córtex, vejamos:
(…) a aprendizagem motora e os movimentos de precisão são 
executados pelo córtex pré-motor, que fica mais ativa do que o 
restante do cérebro quando se imagina um movimento sem executá-lo. 
Lesões nesta área não chegam a comprometer a ponto do indivíduo 
sofrer uma paralisia ou problemas para planejar ou agir, no entanto 
a velocidade de movimentos automáticos, como a fala e os gestos, é 
perturbada (OLIVEIRA, 2010. p. 2). 
Quando movemos alguma parte de nosso corpo estamos fazendo por que 
nosso cérebro, mais precisamente o córtex pré-motor, as lesões como um AVC e 
também um acidente onde houve fraturas, se realizado um exame de imagens do 
cérebro poderá constatar a veracidade e o grau de comprometimento ocorrido. 
O que vemos geralmente nas sequelas de um AVC são paralisias no lado 
direito é um braço que perde os movimentos,uma perna, a boca que entorta, a 
fala, que fica enrolada e confusa quase sem entendimentos. Isto tudo, quando o 
acidente vascular cerebral atinge de forma mais leve, em alguns casos pode levar 
à perda total da fala e dos movimentos. 
FIGURA 18 – CÉREBRO DIVIDIDO
FONTE: LENT (2002, p. 4)
30
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que: 
• As causas das deficiências sendo as que estão incluídas nas pré-natais, perinatais 
e pós-natais.
ᵒ	 Pré-natais: durante a gestação (malformações congênitas, drogas, infecções, 
medicamentos, hipertensão e genéticas). 
ᵒ	 Perinatais: durante o nascimento (prematuridade, o sofrimento fetal, a 
falta de oxigênio levando à paralisia cerebral, o parto por fórceps, o cordão 
umbilical).
ᵒ	 Pós-natais: após o nascimento (infecção hospitalar, meningite, traumatismo 
craniano, lesão medular, entre outros). 
• Entre as causas já citadas, destacam-se as causas ambientais (pós-natais) por 
acidentes de trânsito, por mergulho, armas de fogo e armas brancas, brigas e 
outros, geralmente acidentes diversos.
• Nas genéticas (pré-natal), citam-se as síndromes e as patologias relacionadas às 
escleroses e distrofias.
• Há alguns artistas, cantores, professores, pesquisadores e gente famosa que 
ficaram com alguma deficiência física no decorrer da vida.
31
As autoatividades são de extrema importância para fixação e revisão dos 
conteúdos trabalhados no tópico, além de ajudar a estudar para as provas. 
Vamos lá, faça suas atividades para aprender e não porque será cobrado por 
isso. 
1 Podemos definir as causas das deficiências físicas em três categorias, 
assinale a que corresponde a cada uma delas, relacionando de acordo com 
o conceito:
A Pré-natais
B Perinatais
C Pós-natais
( ) Nessa causa as deficiências podem ocorrer durante o nascimento.
( ) Nessa causa as deficiências podem ocorrer antes do nascimento.
( ) Nessa causa as deficiências podem ocorrer após o nascimento.
Classifique na ordem dos conceitos. 
a) ( ) Todas estão relacionadas entre si. 
b) ( ) B-C-A. 
c) ( ) A -B-C. 
d) ( ) B-A-C. 
2 Estudando as causas das deficências físicas, existe uma que é a grande vilã 
nos dias de hoje. Assinale a maior causa das deficiências físicas pós-natais, 
conforme descrição. Escolha uma resposta como opção correta.
a) ( ) Há muitas brigas e uso das drogas que levam a deficiências físicas. 
b) ( ) As causas genéticas são responsáveis pelas deficiências físicas no mundo. 
c) ( ) Os acidentes de trânsito são os maiores causadores de sequelas das 
deficiências físicas. 
d) ( ) Os mergulhos deixam em média dez pessoas com deficiência física por 
semana. 
3 O papel primário do Sistema Nervoso (SN) é coordenar e controlar a maior 
parte das funções de nosso corpo. Para fazer isso, o Sistema Nervoso recebe 
milhares de informações dos diferentes órgãos sensoriais e, a seguir, integra 
todas elas, para depois determinar a resposta a ser executada pelo corpo. 
Assinale a resposta INCORRETA, que não define e não está relacionada ao 
sistema nervoso.
AUTOATIVIDADE
32
a) ( ) Consegue fazer o processamento das informações. 
b) ( ) Não é responsável pelo comportamento motor, atividade mental, fala, 
sono, procura por alimento, regulação do equilíbrio interno do corpo. 
c) ( ) Controla nossos movimentos e obedece aos estímulos recebidos.
d) ( ) Essa resposta será expressa pelo comportamento motor, atividade 
mental, fala, sono, busca por alimento, regulação do equilíbrio interno 
do corpo, entre outros.
4 Dois cantores brasileiros se tornaram deficientes físicos, Roberto Carlos e 
Barrerito. Porém, um deles gravou muitas músicas que dizem muito sobre 
a condição física e limitações em que se encontrava. Na música de Barrerito 
intitulada Onde estão os meus Passos, ele apresenta uma situação que muitas 
pessoas com deficiência física sentem e gostariam talvez de dizer.
Analise a letra da música e faça uma discussão em sala com seus colegas 
acadêmicos. Peça a seu tutor e/ou você mesmo baixe em seu celular e escute 
a música, procure perceber o tom de voz, o sentimento que o cantor passa. 
Registre aqui sua análise.
Letra da Música de Barrerito – Onde estão os meus passos 
Meus amigos, se nesse momento algum de vocês me perguntasse
Onde estão os meus passos eu não saberia dizer
Mas em nome de Deus eu agradeço e peço que cada fã, cada amigo, cada irmão 
Que dê um passo por mim porque eu não sei onde estão os meus passos"
Viver
Era o que eu mais sabia
Eu brincava, eu corria
Pelos palcos da vida
Andei
Pra cumprir meu destino
E voltei ser menino
Não encontro saída
Meus passos se afastaram de mim
Mas eu posso ouvir
E sentir os meus passos
Com eles foram minhas vontades
Minha paz de verdade
Eu fiquei aqui
Meus passos
Onde estão os meus passos
Que esqueceram meu corpo
Que é levado nos braços
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Meu Deus
Um pedido eu queria fazer
Se um dia o Senhor me atender
Devolva meus passos
Eu sei que o caminho é comprido
Tenho tantos amigos
E a fé me eleva
Meus pés se afastaram do chão
Mas o meu coração
Segue andando esta Terra
34
35
TÓPICO 3
CONSEQUÊNCIAS DAS DEFICIÊNCIAS 
FÍSICAS
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
Caro acadêmico, estamos prosseguindo com a Unidade 1, neste tópico 
estudaremos as consequências das deficiências físicas, as quais são muitas. Além 
da limitação do andar, das plegias e ou paresias, como já foi explicado nos outros 
tópicos, temos as consequências muito relevantes que são implicações sociais, 
pessoais, afetivas, profissionais e outras que relataremos.
Queremos chamar a atenção para um depoimento que traremos neste 
tópico de uma pessoa com deficiência física, cadeirante e vítima da poliomielite. 
Não deixe de ler, é de grande valia para a vida em todos os sentidos. Lembre-se 
de que o livro de estudos apresenta dicas e um caminho, mas não é tudo, assim 
mesmo, é preciso estudar e explorar todas estas dicas para, de fato, aprender. 
Bons estudos! 
2 AS LIMITAÇÕES E AS POSSIBILIDADES VIVENDO COM A 
DEFICIÊNCIA
Há sem dúvida muitas limitações na vida cotidiana de uma pessoa com 
deficiência física, às vezes caracterizada muito mais pela aparência de estar numa 
cadeira de rodas, de andar de muletas e apoiadores ou outros recursos, para os 
olhos de quem vê.
Geralmente quando se olha para uma pessoa com deficiência, não tem 
como negar que às vezes a imagem (deficiência física) que se tem é de sofrimento, 
de limites e de impossibilidades. Uma história construída desde os primeiros 
anos da humanidade, desde os tempos primitivos, na qual uma pessoa com uma 
limitação física era abandonada a sua própria sorte. 
Como já citamos, a história revela uma vida de muito sofrimento, de 
morte ao nascimento, de abandono e depois de caridade. A maior prova de 
que aconteciam as mortes ao nascimento foram os povos de Esparta, a qual 
revela-se no filme 300, logo no início do filme, aparecem as crianças nascendo 
e a verificação se elas tinham uma deficiência (principalmente física), a qual era 
aparente. Precisavam de homens para o exército, os meninos eram treinados 
36
UNIDADE 1 | DEFICIÊNCIA FÍSICA, CAUSAS, CARACTERÍSTICAS E AS CONSEQUÊNCIAS
desde muito pequenos para se tornarem bons soldados. Há registros também que 
muitas meninas eram jogadas ao penhasco, queriam meninos fortes para treinar 
para torná-los guerreiros. 
As limitações das pessoas com deficiência física são muitas, principalmente 
no que diz respeito à acessibilidade e ao preconceito produzido na sociedade, 
discutindo acessibilidade na Unidade 2. 
Tratando-se de possibilidades ao viver com a deficiência física, podemos 
dizer que deve haver a superação da própria deficiência física, isto é, se desde 
o nascimento as pessoas com deficiência tiverem a família como suporte e, 
além disso, uma boa estimulação multissensorial, acompanhamento clínico, 
psicológico, fisioterapêutico e educacional. Quando jovem e adulto, a inserção 
na sociedade através dos estudos, do mercado de trabalho, da afetividade e na 
construção de suas próprias famílias, quandosuas condições forem possíveis. 
Trataremos de alguns casos nos depoimentos apresentados no final deste 
tópico.
3 PRINCIPAIS CONSEQUÊNCIAS DA DEFICIÊNCIA FÍSICA 
Trataremos sobre as consequências relacionadas à deficiência física, as 
quais são muitas, que vão além da mobilidade e da limitação física que a maioria 
enfrenta no dia a dia. Há questões de saúde, acessibilidade, higiene, controle dos 
esfíncteres, afetividade, social, profissional e outras.
Por muito tempo as pessoas com deficiências tiveram muitos rótulos, a 
pessoa com deficiência física principalmente era chamada de “aleijado”, “manco”, 
“incapacitado”, “inválido” e outros tantos. Por algum tempo (vários anos), as 
pessoas com deficiências também eram ditas como portadoras de deficiência, 
como se portassem algo – um objeto, depois passou a serem pessoas com 
necessidades educativas especiais, mas não era um termo totalmente adequado, 
pois não necessitavam somente da parte educacional, mas de um todo. 
Só então através da Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015, na elaboração do 
estatuto das pessoas com deficiência, mudou-se a expressão para a “pessoa com 
deficiência” (seja ela física, auditiva, visual, intelectual e outras), se pronuncia 
e se escreve “pessoa com deficiência” e conceitua que a pessoa com deficiência 
é aquela que possui um impedimento de longo prazo, seja física, sensorial e ou 
intelectual. A lei também coloca sobre a igualdade de condições de acesso e de 
garantir os direitos e a autonomia das pessoas com deficiência. 
Muitas patologias levam à deficiência e estamos o tempo todo falando 
da “Física” que pode deixar como consequências perdas irreversíveis, que vão 
desde a incapacidade de locomoção (físico-motor), restrição de movimentos, 
TÓPICO 3 | CONSEQUÊNCIAS DAS DEFICIÊNCIAS FÍSICAS
37
controle da coordenação fina. Estes problemas geralmente advêm no cérebro, no 
caso de um funcionamento não adequado ao controle dos membros inferiores e 
superiores. Como é esclarecido no documento do MEC sobre quem é a pessoa 
com deficiência física. 
[...] a deficiência física como "diferentes condições motoras que 
acometem as pessoas comprometendo a mobilidade, a coordenação 
motora geral e da fala, em consequência de lesões neurológicas, 
neuromusculares, ortopédicas, ou más formações congênitas ou 
adquiridas” (MEC, 2004, p. 4).
Nem toda a deficiência física é definitiva, podendo alguns indivíduos 
estarem com uma deficiência	física	temporária, isto é, fraturou um pé, ou sofreu 
um acidente de moto, fez cirurgia de um tendão de aquiles, cirurgia de fêmur e 
ou algo que o impossibilite sua condição física por meses. 
Podemos dizer então que este sujeito está com uma limitação e voltará para 
suas condições anteriores. Temos ainda algumas condições da deficiência física, 
por exemplo a recuperável, a qual permite uma melhora com um tratamento 
correto, mas talvez não volte ao estado normal de anteriormente, em alguns casos 
do AVC, por exemplo. 
A que considera ser	definitiva, mesmo com tratamentos e cirurgias não 
haverá melhoras, somente paliativo, isto é, melhorar as condições de vida do 
sujeito que está com a deficiência, para que o sujeito viva bem, sem infecções e 
dores. E ainda o que chamam de Compensável, na qual são colocadas próteses, 
no caso de amputações (a exemplo de Roberto Carlos), substituição de fêmur, 
entre outros. 
Na deficiência física, além da condição do sujeito (estar, por exemplo, sem 
andar), ele poderá ter outra consequência na sua limitação, que são as classificadas 
como Fisiológicas. Segundo o dicionário formal, “relativo ao funcionamento 
do organismo e às funções e bioquímicas do mesmo (SP, 2014, p. 1)”. Nesta 
classificação as mais comuns são: Espástica - Atetoica - Atáxica. 
Na Espástica (geralmente os paralisados cerebrais – PC) apresentam este 
quadro, ficam com partes do corpo rígido e os movimentos quando realizados 
são involuntários (não depende do controle do cérebro), podem ocorrer quando 
de uma emoção forte e ou um sentimento de alegria e ou de raiva, ódio, susto e 
outros. 
Quanto a Atetoica (PC) também pode apresentar este movimento 
involuntário, mas isto acontece quando está até mesmo dormindo, isto é, não 
precisa de uma emoção e ou de uma situação para acontecer, é involuntário. 
Na classificação Atáxica (PC) com o tempo/anos na mesma postura pode 
desenvolver outras complicações motoras, preessão de órgãos internos, falta de 
equilíbrio, de percepção na área tátil, dificuldades de engolir, mastigar, sugar e 
na alimentação em geral. 
38
UNIDADE 1 | DEFICIÊNCIA FÍSICA, CAUSAS, CARACTERÍSTICAS E AS CONSEQUÊNCIAS
Existem alguns casos de pessoas com deficiência física que precisam de 
auxílio na higiene pessoal, tanto no banho em si quanto no simples ato de vestir-
se e despir-se, no controle dos esfíncteres, causando a quem tem só a deficiência 
física (não tem comprometimento intelectual) um certo desconforto pelo uso 
de sondas (permanentes, de alívio e ou de demora), sendo que ainda alguns, 
dependendo da patologia, usam colostomia que se trata de um processo que 
consiste na abertura do cólon, criando um desvio para as fezes, ou seja, assim o 
conteúdo fecal não sai pelo ânus, mas sim pela barriga. 
Todas as consequências da deficiência física precisam de tratamento 
adequado e das adaptações necessárias e individuais, a exemplo disso vimos 
as cadeiras de rodas de nossos educandos nas escolas, à medida que estes vão 
crescendo as cadeiras vão mudando de tamanho, de forma, com suporte para 
cabeça, pescoço, tronco, pernas, que vai depender de avaliações e de recursos. 
DICAS
Realize um passeio virtual em vídeos e documentários sobre as deficiências 
físicas, conheça mais causas, conheça outras consequências dentro da deficiência física. Por 
exemplo, acidentes de trânsitos, patologias, cirurgias e outros.
Citamos alguns, para títulos de indicação, mas vocês podem pesquisar com mais detalhes e 
escolher pelo menos um documentário (curta-metragem) para assistir. 
• Documentário Deficiência Física, disponível em: <https://www.youtube.com/
watch?v=d3kxFvm3ylA>. Apenas diferentes (Deficiência física), disponível em: <https://
www.youtube.com/watch?v=QuzRbfwtcdc>. 
• Metamorfose, disponível em: <http://curtadoc.tv/curta_tag/deficiencia/>.
4 DEPOIMENTOS DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA FÍSICA 
Em praticamente todas as cidades convivemos com pessoas nas mais 
variadas deficiências, sejam visuais, auditivas, intelectuais, múltiplas e físicas. 
Porém, são poucos destas pessoas com deficiências que sabemos suas histórias 
de vidas, suas lutas e não conhecemos as associações onde alguns estão inseridos.
Neste livro de estudos iremos trazer alguns relatos/depoimentos de 
pessoas que são líderes ou foram importantes para a sociedade, a exemplo disso 
traremos um depoimento de uma professora aposentada que se tornou deficiente 
física devido à osteoporose e outro depoimento de um homem com deficiência 
física devido à poliomielite na infância e hoje é uma líder na sua cidade e em nível 
de Brasil. 
TÓPICO 3 | CONSEQUÊNCIAS DAS DEFICIÊNCIAS FÍSICAS
39
Vejamos alguns depoimentos interessantíssimos. 
O 1º relato/ depoimento é uma descrição de uma história de vida (Uma professora 
de ensino primário). 
A história de uma professora atuante que dedicou 33 anos de sua vida 
a ensinar e a escola. Uma vida sofrida, morava no interior e trabalhava em 
duas escolas, sempre a pé de um lado para outro por muitos anos. Foi mãe de 4 
filhos e amamentou todos eles. Na menopausa teve muitos problemas de ordem 
hormonal, precisou fazer duas corretagens para que as hemorragias cessassem. 
Depois de aposentada, começaram as quedas e consequentemente o diagnóstico 
da osteoporose. 
O primeiro sinal foi uma primeira queda em seu quarto e batendo 
seu punho na cama ao cair de uma cadeira, quebrou o Ulna e o Radio, aí teve 
o diagnóstico que já estava com a osteoporose. Depois disso vieram as outras 
quebraduras, a mais complicada foi a do fêmur, a qual nos conta queem uma 
escada de apenas quatro degraus, resvalou e caiu batendo o quadril e lá se foi 
a fratura na cabeça do fêmur. Fez cirurgias para colocar próteses, a primeira foi 
uma onde deu problemas devido à osteoporose, então seis meses depois, outra 
cirurgia para outra prótese mais leve e especial para a paciente com os ossos 
comprometidos com a osteoporose. 
Viveu muitos anos (15) usando uma bengala de apoio e não podia 
mais andar grandes distâncias. Até que um dia a prótese precisou ser trocada, 
novamente por uma mais moderna, pois aquela havia desencaixado da cabeça 
do fêmur, grandes parafusos já não eram suficientes para cegar. Desta vez um 
médico muito respeitado e grande conhecedor de pacientes com a osteoporose 
trocou a prótese por uma cimentada, a qual deu mais alguns anos de vida de 
forma paliativa, agora retornou andando de andador. 
No decorrer destes vinte e poucos anos convivendo com a osteoporose, 
sempre teve atendimento de fisioterapeuta na clínica e nos últimos anos em casa. 
Segundo a família, a senhora acabou falecendo faz um ano. Novamente em um 
dia qualquer quando foi se deitar, torceu a perna e a prótese, que vinha até o 
joelho, acabou fraturando-se ficando quase exposta a quebradura. Precisou de 
cirurgia e nesta houve complicações circulatórias, entupimento de veias artérias, 
não conseguiram mais trazer a circulação e houve então comprometimentos de 
outros órgãos, segundo a família, a senhora veio a óbito em poucos dias, por falta 
de circulação sanguínea. 
 
Segundo a família, a mãe deixa grande legado no que diz respeito à 
profissão de professora e à convivência com a deficiência física, uma mulher que 
tinha sido sempre muito dinâmica, caminhava muito, pois viveu em uma época 
em que circulavam poucos carros, suas condições financeiras e também por ser 
muito atuante, fazia suas compras tudo a pé, trabalhava e era da igreja católica 
onde se dedicou-se a vida a comunidade. Soube lidar com a deficiência física 
40
UNIDADE 1 | DEFICIÊNCIA FÍSICA, CAUSAS, CARACTERÍSTICAS E AS CONSEQUÊNCIAS
adquirida, com a ajuda da família e de carro, continuou se dedicando a orações e 
ajudar os outros com otimismo e sempre uma palavra de conforto, esperança e fé. 
O 2º relato/depoimento é de um homem que faz parte da liderança das pessoas 
com deficiência física de Santa Catarina e é conhecido em todo o Brasil através da 
FCD – Fraternidade Cristã das pessoas com Deficiência.
Nasceu em uma família de sobrenome tradicional e humilde de uma 
cidade do interior. A pessoa sobre a qual falaremos é do sexo masculino e 
chamaremos de Mateus (nome fictício). Hoje está com pouco mais de 50 anos. 
Teve paralisia infantil com um ano e meio de idade, numa época que não se tinha 
ainda o recurso da vacina da poliomielite, a patologia deixou sequelas somente 
físicas.
A família sempre foi muito presente na vida de Mateus, o qual, com 
muitas dificuldades dos anos 60 e 70 quando ainda não se falava em inclusão e 
nem integração de crianças com deficiências nas escolas, a mãe ensinou-o em casa 
onde praticamente o alfabetizou. 
Chegou a idade dos 7 anos, foi procurar matrícula na escola regular na 
primeira série e impedido de fazer. Sua mãe não desistiu, procurou ajuda e através 
de uma equipe que avaliou realizando testes para ver o seu QI, precisando vir 
uma ordem da secretaria da Educação da capital do estado que permitiu que ele 
entrasse na turma regular de primeira série. Conta Mateus, que sua mãe o trazia 
para estudar no colo, no período da manhã para a escola a pé e vinha também nos 
recreios para levar no banheiro, nesta época os professores não se comprometiam 
com nada e muito menos a direção. 
Assim foi até a 4ª série, os anos passando e ele ficando grande, pesado 
para colo e com dificuldades para andar. Seu pai, tinha então um fusca e começou 
a trazê-lo para a escola de carro. Continuou estudando e fez ensino médio 
profissional na área de administração e contabilidade. Não tinha dificuldades de 
aprendizagem e nem para a escrita.
Neste tempo todo Mateus nunca deixou de fazer tratamentos e tentativas 
para voltar a andar, usou muitos aparelhos ortopédicos, muletas e muitos outros 
aparatos da época. Mas acabou na cadeira de rodas por outras consequências e 
limitações das sequelas da poliomielite.
Desde sempre Mateus fora um menino muito inteligente e crítico. Já 
na escola participava dos movimentos estudantis, um jovem que lia muito e se 
envolvia com as causas coletivas.
Chegando o período de ir para uma faculdade escolheu a área da 
administração e cursou o ensino superior também com dificuldades arquitetônicas, 
pois não existia acessibilidade no prédio onde estudava, eram escadas para 
TÓPICO 3 | CONSEQUÊNCIAS DAS DEFICIÊNCIAS FÍSICAS
41
subir, e lá ia ele com dificuldades no andar e ou na cadeira de rodas, às vezes era 
ajudado por colegas, apesar de nunca gostar muito, pois sempre presou pela sua 
autonomia e independência.
Depois de alguns anos formado, prestou concurso para o banco do Brasil 
e se efetivou na função no administrativo até ano passado quando se aposentou. 
Prestou outro concurso e hoje atua na justiça do trabalho, continua trabalhando. 
Participante ativo do movimento das pessoas com deficiências e em 
especial das pessoas com deficiências físicas, sócio efetivo fundador da FCD de 
sua cidade, lutou para conseguir terreno e depois a sede a construção do prédio 
com projetos e verbas vindos principalmente da Alemanha. 
Na cidade onde reside até hoje, também foi sempre o mentor de 
implantação e implementação das leis sobre a acessibilidade presente nas 
calçadas, nos prédios e nas lojas, às vezes Mateus é amado e admirado por muitos 
e outros, como alguns empresários, talvez nem tanto, pois é uma pessoa crítica e 
sabedora das legislações e dos direitos das pessoas com deficiências.
Foi um dos criadores do conselho e presidente por dois mandatos 
do COMDE – Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência na cidade onde 
reside, sempre esteve muito presente nos movimentos em prol das pessoas com 
deficiências.
Algumas vezes precisou também de ajuda de instituições como a AACD 
– Associação de Assistência à Criança com Deficiência em São Paulo e em outros 
centros para fazer atividades de reabilitação. 
Mateus constituiu família, casou e teve duas filhas, tem sua casa, vida 
independente e autônoma, dirige carro adaptado, tem motociclo adaptado que 
pode entrar com a cadeira de rodas e sair dela, circula pela cidade de cadeira 
motorizada. Finalizando este relato, apesar de se ter muito a falar desta pessoa 
muito importante e ao mesmo tempo polêmica da cidade e do movimento das 
pessoas com deficiências físicas, por as vezes não ser compreendido, ser exigente 
com ele mesmo e com os demais, visando a independência e autonomia na vida. 
 
3º depoimento/relato 
Sou jovem, tenho apenas 24 anos, sou casada e não tenho filhos ainda. 
Atuo na área da Educação. Quando criança demorei muito a andar, comecei 
pelos dois anos e com dificuldades, caia muito e chorava demais. Com estes 
sinais que algo não estava normal, minha família me levou ao pediatra e este 
solicitou um raio -X, no qual apareceu uma síndrome chamada de doença de 
Legg-Calvé-Perthes, consiste na destruição da placa de crescimento do fêmur. 
É uma patologia que em outras palavras falta sangue na parte superior da placa 
que forma o fêmur. Geralmente a incidência é em meninos e a partir dos 5 anos 
42
UNIDADE 1 | DEFICIÊNCIA FÍSICA, CAUSAS, CARACTERÍSTICAS E AS CONSEQUÊNCIAS
aos 10 anos de idade, em mim, foi algo diferente, com nem dois anos de idade e 
por ser menina. Segundo meus pais, os médicos sempre disseram que era algo 
raro e positivo, por aparecer tão cedo, sendo uma doença hereditária de um dos 
pais.
O próximo passo foi procurar especialista e este um ótimo entendedor, o 
qual me encaminhou com as medidas e a indicação de um aparelho ortopédico 
com urgência, chamado de Atlanta, o qual consistia em um suspensório de couro 
e uma estrutura também decouro na cintura com armação de ferro e no meio dos 
dois joelhos havia uma barra de metal que separava os joelhos e consequentemente 
os quadris. O aparelho fora medido e colocado em pouco tempo, custava caro e 
foi pago particular.
O interessante deste aparelho é que dava movimento podendo subir e 
descer de rampas, cercas, árvores e alturas, podia se abaixar e levantar, correr, 
enfim, tinha uma vida quase que normal, só poderia tirá-lo para tomar banho. O 
aparelho foi usado até os 5 anos de idade. Contam meus pais, que voltei a usar 
fraldas, era difícil lidar com o aparelho para dormir e para colo. 
O uso deste aparelho e a boa indicação clínica e mais o esforço do meus 
pais fizeram com que hoje eu me tornasse uma pessoa quase que praticamente 
sem sequelas da patologia que tive na infância. Ouço meus pais falarem que se 
não tivessem agido logo, hoje eu seria uma pessoa com uma das pernas mais 
curtas, as que a gente costuma ver e ouvir “mancos”, além de não só a questão 
estética, mais dores e outras consequências que poderia vir a ter. 
Costumo acompanhar a doença com exames, de 3 a 5 anos faço uma 
revisão na qual sempre aparece que tive Legg-Calvé-Perthes, mas está curada. No 
entanto, fui alertada de que se um dia eu engravidar, posso ter dores e problemas 
de posição da vertebra na coluna. Há uma diferença de milímetros de uma perna 
para outra, que se eu andar ninguém percebe, só se comprova nos exames. 
A foto a seguir faz parte do arquivo pessoal da depoente, foi cedida para 
nós para compor e completar o depoimento neste livro de estudos. 
TÓPICO 3 | CONSEQUÊNCIAS DAS DEFICIÊNCIAS FÍSICAS
43
FIGURA 18 – FOTO DE CRIANÇA USANDO O APARELHO ATLANTA
FONTE: Arquivo da depoente. 
4º relato/depoimento de um rapaz cadeirante – deficiência física. 
 
O relato é de um rapaz que aqui vamos chamar de Bruno, deficiente físico, 
com 30 anos e que desde o seu nascimento se tornou um deficiente físico. Filho 
de agricultores, o primeiro filho do casal. Num parto demorado e em casa com 
parteira, parto complicado, cordão umbilical com várias voltas ao pescoço e no 
corpo, principal fator e explicação da deficiência física de Bruno. Porém, hoje nem 
sempre os obstetras orientam que o cordão pode trazer problemas as crianças 
para as mulheres na hora do parto normal. Mas se o bebê passar muito tempo 
sob fluxo sanguíneo reduzido, pode sofrer as consequências da falta de oxigênio 
para o cérebro, com complicações neurológicas, o motivo provável da deficiência 
de Bruno. 
Cresceu com dificuldades no desenvolvimento e desde os primeiros meses 
já se conseguiu perceber que a parte motora não ocorria da mesma forma de uma 
criança “normal” por exemplo, segurou o pescoço – o tronco até o terceiro mês, 
sim isto sim, fez. Mas com problemas aparente no sentar, nem com 6 meses, com 
ajuda sentou aos 12 meses e nunca sozinho, sempre com apoio de travesseiros, 
caixas, cadeiras e cintos. 
Houve inúmeras tentativas de fazer Bruno caminhar também, por parte da 
família e de ortopedistas, fisioterapeutas, equipes técnicas de Apaes e entidades 
da época, foi testado vários aparelhos ortopédicos, mas Bruno nunca conseguiu. 
Em casa ele anda no chão de joelhos e de quatro pés ele consegue, 
organizar a casa, andar por ela, interagir sem ser na cadeira de rodas. Fora de 
casa anda na cadeira motorizada e de carro com a família, como caroneiro, não 
tem carro adaptado.
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UNIDADE 1 | DEFICIÊNCIA FÍSICA, CAUSAS, CARACTERÍSTICAS E AS CONSEQUÊNCIAS
Perdeu a mãe enquanto ainda era pequeno, foi criado pelo pai e por tias 
que sempre deram o apoio. Estudou em escolas públicas onde concluiu até o 
ensino médio e não continuou para uma universidade e ou um curso técnico 
superior. Fez várias tentativas de trabalho em casa de vendedor de roupas, de 
culinária e pela internet de outros produtos, porém não houve muito êxito. 
Atualmente, cuida da casa, faz comida e ajuda na instituição de deficiência física 
como voluntário. 
5º relato/depoimento – “Me tornei um nadador” a história é como um rapaz 
deficiente físico se tornou um nadador medalhista do Brasil. 
“Minha deficiência física não foi uma escolha, mais se tornar nadador sim, 
pelo esforço e pela dedicação de professores de Ed. Física e de treinadores.
A História de RUI começa aos 19 anos, um dia no fundo do poço, 
mergulhado nas drogas e nas dívidas por causa das drogas, apanhou tanto numa 
briga, um acerto de contas que foi parar numa UTI por vários meses, com lesão 
medular se tornou um paraplégico. 
A vida segue e Rui muito triste, revoltado, volta a usar drogas e bebidas 
por algum tempo, fica doente e só então aceita ajudas e começa o processo 
de reabilitação. Volta a estudar no ensino de adulto e consegue em dois anos 
concluir o ensino fundamental, em seguida continua estudado e faz o ensino 
médio frequentado.
Aos poucos entre recaídas e altas e baixas no mundo das drogas é 
convidado para participar dos jogos de pessoas com deficiências e de treinar a 
natação, onde sempre gostou muito de nadar antes do acidente e de se tornar 
deficiente físico. Começou os treinos em piscina emprestada de clube, professor 
voluntário, até suas primeiras premiações. Logo se torna conhecido e consegue 
apoio para os treinos e participações em campeonatos e disputadas nacionais, é 
reconhecido seu potencial de nadador, consegue bolsas de estudos e entra para a 
universidade. 
 Na universidade, cursa Ed. Física com muito êxito na sua inclusão no 
curso, com certeza sua participação traz algo a mais para a formação dos colegas 
acadêmicos que convivem com um cadeirante, estes conhecimentos que a inclusão 
proporciona, a escola não ensina, mais se aprende na experiência e na prática. 
Rui hoje é um campeão nacional em natação ficando entre o primeiro e o 
segundo lugar nas disputas, graças a sua garra, a sua determinação e o incentivo 
de professores e técnicos que nunca desistiram dele. Não faz mais uso de drogas 
já faz muito tempo, está limpo e por onde anda da palestra de motivação de 
superação. 
TÓPICO 3 | CONSEQUÊNCIAS DAS DEFICIÊNCIAS FÍSICAS
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6º relato/depoimento - Do interior para a cidade. Mateus possuí 39 anos, nasceu no 
dia 1º de outubro de 1998, ele possuí Paralisia Cerebral congênita, ou seja, desde o 
seu nascimento. A Paralisia atingiu seu sistema nervoso, a parte responsável pelo 
movimento de suas pernas. Estudou até o 2º grau da escola regular, e iniciou 
seus estudos no ensino superior. Atualmente reside em uma cidade com 49 mil 
habitantes no oeste de Santa Catarina.
Na época de seu nascimento ele e sua família residiam no interior e viviam 
uma vida pacata, porém lá não possuía os recursos necessários para seus cuidados. 
Mateus tem também tem um irmão com baixa visão. Diante desses fatos, quando 
ele completou 7 anos, seus pais decidiram que o melhor a fazer seria se mudar 
para cidade na esperança de encontrar recursos, estudo, oportunidades e ajuda 
médica necessário para a vida dele e de seu irmão. 
No início, quando começou a frequentar sua vida acadêmica as escolas 
ainda não tinham segundos professores e lugares adaptados. Geralmente 
precisava de auxilio de seus pais que o carregaram para lá e para cá, para ajudar 
a ter acesso à escola. Os dias mais difíceis eram os dias de chuva, seu pai tinha 
que segurá-lo nas costas e tinha mais o guarda-chuva para se proteger da chuva. 
A vida reservou muitas surpresas, uma delas foi a perda precoce de sua 
mãe, como relata com o ditado popular “Quando se perde um pai a casa balança, 
quando se perde a mãe a casa caí”. Como seu pai trabalhava fora, ele teve que 
se virar sozinho para cozinhar, organizar a casa e cuidar do seu irmão caçula. A 
deficiência física nunca o impediu de organizar e encontrar forças dentro de si 
para fazer o seu melhor.
Logo que iniciou a vida adulta, ele ressalta que a tarefa mais difícil para 
ele, foi encontrar um trabalho. Mesmo diante da lei Nº 8.213, de 24 de Julho de 
1991 Art. 93 que determina que: 
A empresa com 100 (cem) ou mais empregadosestá obrigada a 
preencher de 2% (dois por cento) a 5% (cinco por cento) dos seus cargos 
com beneficiários reabilitados ou pessoas portadoras de deficiência, 
habilitadas, na seguinte proporção:
I - até 200 empregados......................................................................2%;
II - de 201 a 500..................................................................................3%;
III - de 501 a 1.000..............................................................................4%;
IV - de 1.001 em diante. ...................................................................5%.
Mesmo diante da lei, que determina que a cada tanta quantidade de 
funcionários deve ter uma porcentagem de pessoas com deficiências, nem todas 
as empresas cumprem com a lei. O que dificultou muito, o entrevistado ainda 
comenta que esse fato ocorre devido às pessoas, infelizmente, olharem a sua 
deficiência, e não o seu “eu” e sua capacidade. 
Sua família continuou a incentivá-lo e continuar procurando emprego. 
Foi então que um empresário de uma rede de dois mercados na época em sua 
cidade, que hoje já cresceu para três grandes mercados, o contratou para trabalhar. 
46
UNIDADE 1 | DEFICIÊNCIA FÍSICA, CAUSAS, CARACTERÍSTICAS E AS CONSEQUÊNCIAS
Ele guarda um grande sentimento por seu ex-chefe, se emocionada a falar dele 
destacando que o considera como seu pai, ele trabalhou nessa empresa por 10 
anos, onde pode mostrar que uma pessoa com deficiência é capaz e a deficiência 
não o impede de ter uma vida normal. 
Ele faz parte da Associação de sua cidade, onde tem outras pessoas com 
deficiência física. Lá eles se motivam, dividem experiências e recebem atendimento 
necessário. Duas vezes por semana, Mateus necessita de sessões de fisioterapia, 
uma dessas sessões a associação cede gratuitamente. 
No ano de 2018 o mesmo iniciou os estudos no ensino superior, mais uma 
grande vitória, era o único menino em uma sala de 30 alunos. Estava cursando 
Assistente Social, porém por questões financeiras o mesmo teve que trancar 
a faculdade. Emocionado, ele falou que pretende voltar a fazer a faculdade 
novamente. 
Quando questionado sobre a acessibilidade ele destaca em sua cidade que 
possuí 49 mil habitantes, tem muitas coisas que podem ser feitas ainda, mas fica 
feliz pela evolução, pois muitas cidades maiores ainda não tem a acessibilidade 
que sua cidade possuí. Se tratando da inclusão, ele relata que ainda é uma inclusão 
mascarada, pois, as pessoas ainda veem a deficiência, não o convidam para ir nos 
lugares passear, conversar entre amigos. O que faz com que sua vida seja um 
pouco solitária.
Sua família é a base para sua vida, pois, a família sempre o estimula e 
acredita no seu potencial. O que lhe dá forças para continuar sempre, e ir se 
desenvolvendo e conquistando novos objetivos de vida. 
7º relato/depoimento – Um Amor sem preconceitos 
Duara tem 26 anos, nasceu dia 24 de abril de 1992, ela é Deficiente Física e 
tem Paralisia Cerebral Congênita. 
A mesma relata que no dia de seu nascimento quando sua mãe chegou 
ao hospital não tinha médico disponível no local para fazer o atendimento 
necessário. Sua única ajuda foi uma enfermeira, sendo assim, houve atraso no 
seu nascimento o que ocasionou a paralisia cerebral que afetou sua coordenação 
motora e um pouco da sua fala. Nós dia atuais a mesma tem menos dificuldade na 
fala por ter passado por um procedimento cirúrgico que a ajudou. Na época, sua 
mãe era muito jovem e não tinha conhecimento sobre o que era sua deficiência, 
porém, ela foi batalhadora e foi de atrás buscar informações e conhecimentos.
No início de sua vida, ela frequentou a APAE de sua cidade, aonde 
foi estimulada desde cedo e foi alfabetizada. Então, quando iniciou o Ensino 
TÓPICO 3 | CONSEQUÊNCIAS DAS DEFICIÊNCIAS FÍSICAS
47
Fundamental I na 1ª série ela frequentava meio período a APAE e meio período a 
escola regular. Uma pessoa especializada em cuidar das crianças dessa instituição 
percebeu que o cognitivo da mesma não tinha afetado, então, aos 10 anos de idade 
a mesma foi desligada da APAE começando a frequentar apenas o ensino regular.
Quem a levava na escola era seu avô, mesmo com problema no coração. O 
caminho até a instituição tinha muitos aclives, porém ele nunca desistiu de levar 
a sua neta até lá. Com emoção ela lembra que nas subidas ele parava descansar 
um pouco, para depois continuar o caminho. Os desafios maiores eram os dias de 
chuvas, quando a chuva começava antes de saírem para ir à escola ela infelizmente 
tinha que faltar. Quando já estava lá, voltavam para casa na chuva, se molhando.
Ela destaca que foi difícil seu ensino fundamental pelo fato que sofria 
bastante bullying. Relembra emocionada de vários acontecimentos. Mas o que 
mais lhe marcou, foi quando por duas semanas seguidas, no recreio onde as 
salas faziam filas uma do lado das outras, dois meninos no 4º ano chamavam ela 
de “alejada e Débil mental” e ainda usavam palavras ofensivas para se referir a 
sua mãe. O que a magoava muito, até que um dia a mesma relatou a sua mãe o 
que acontecia. Na mesma semana, ela se deslocou a escola e tomou as devidas 
precauções. 
Até seu 5º ano, ela não tinha segundo professores. Tinha que contar com 
a ajuda de colegas, muitas vezes emprestar os cadernos dos amigos para sua mãe 
em casa ajudar no registro dos conteúdos. No 6º ano em diante Duara conseguiu 
ter uma segunda professora, essa professora ficou mais o menos uns 3 anos como 
professora dela. A ajudou juntamente com sua mãe a conseguirem transporte 
escolar para o seu deslocamento até a escola.
Outro fato marcante na vida dessa batalhadora, foi que no início de sua 
adolescência ela tinha uma amiga inseparável. Sua amiga, chamada Raquel 
também era cadeirante e tinha Hidrocefalia. Todo dia se viam na APAE e mesmo 
depois que cada uma voltava para sua casa no tempo livre se ligavam e trocavam 
mensagens. Mas como na vida nada é constante, ela nos surpreende, as vezes com 
altos, as vezes com baixos um dia sua amiga ficou doente e foi para o hospital, o 
dreno havia infeccionado, teve que ficar dias internada. A infecção se generalizou 
e sua amiga de infância, infelizmente, não resistiu. Depois desse momento ela 
sentiu dificuldades para fazer novas amizades. Desde nova também teve que 
aprender a lidar com as perdas e que infelizmente as pessoas que amamos, 
também por impasses da vida, acabam falecendo.
Já na adolescência, a mesma via suas amigas e colegas de aulas tendo 
paixões de adolescência e sendo correspondidas. Ela por sua vez, quando 
gostava de alguém, não era correspondida, porque as pessoas não haviam como 
a Duara, mas sim como a “cadeirante”, sem compreender que ela também tinha 
sentimentos e uma vida amorosa normal.
48
UNIDADE 1 | DEFICIÊNCIA FÍSICA, CAUSAS, CARACTERÍSTICAS E AS CONSEQUÊNCIAS
Ela terminou seu ensino médio em 2011 e iniciou seus estudos do ensino 
superior na faculdade, cursando História. Porém, percebeu que não era isso que 
queria para sua vida. Mas nunca parou de pensar em retomar seus estudos. Com 
esse pensamento em 2015 retomou seus estudos no curso de magistério. Sua mãe 
no início tinha receio pelo fato de não se sentir segura em relação aos estágios e 
como iriam ocorrer esse processo. Depois de muito dialogo percebeu que tudo 
daria certo e foi o que aconteceu, no ano de 2016 se formou no Nível Magistério, 
e foi forte, enfrentou bullying, fofocas de colegas que não acreditavam em sua 
capacidade por causa da deficiência. Mas sempre mostrando que a Duara era 
capaz, e sua deficiência era um detalhe, para quem quer conquistar seus objetivos 
na vida.
Como para todos a história de amor acontece, para ela não foi diferente. 
Um dia cansada de decepções amorosas e pessoas vivendo mentiras em redes 
sociais, ela tomado a decisão de excluir seu facebook. Porém, recebeu uma 
solicitação de amizade, na hora que foi excluir a solicitação acidentalmente clicou 
na opção “Aceitar”, logo seu novo amigo a chamou para conversar e logo o amor 
nasceu.Depois de muitos erros e decepções o amor chegou em sua vida. Ele 
não era um príncipe do cavalo branco, como contam os contos de fada, mas era 
alguém, que decidiu enxergar a Duara e não a sua deficiência.
Mas esse casal também, sofreu bastante preconceito das pessoas que 
vivem e se relacionam no dia a dia. Um dos fatos mais marcantes foi quando 
aconteceu um contratempo e por esse motivo tiveram que se mudar para uma 
cidade, onde ouve vários julgamentos das pessoas. Em uma dessas ocasiões, 
naquela cidade as pessoas acreditavam que todas as pessoas com deficiência 
deveriam frequentar a APAE, e a Duara, teve que passar por um médico para 
comprovar que não necessita mais frequentar a APAE, mais uma vez as pessoas 
agiram com preconceito não vendo a pessoa que ela é sua capacidade. 
Hoje em dia eles são casados e fazem a graduação na área de Serviço Social. 
Duara e seu esposo moram sozinhos. Ela é coordenadora de uma Associação de 
sua cidade, que trabalha com várias pessoas com deficiência física. Uma vez por 
semana ela faz fisioterapia e hidroginástica, e duas vezes por semana ainda faz 
academia para ter uma vida mais saudável. 
Ela busca viver uma vida normal e quebrando o preconceito das pessoas, 
ela destaca que ela não quer que as pessoas tenham dó dela, mas sim respeito, 
não apenas por ser uma pessoa com deficiência, mas sim pela pessoa que ela é.
TÓPICO 3 | CONSEQUÊNCIAS DAS DEFICIÊNCIAS FÍSICAS
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DICAS
O livro conta a história de um menino chamado Paulo, sendo ele cadeirante 
paraplégico, consequência de um acidente de carro sofrido com seu pai, que estava dirigindo 
bêbado, aos três anos de idade. A casa onde morava havia sido adaptada para ele circular 
com a cadeira de rodas em todos os cômodos da casa e ir até a rua.
 Paulo morava próximo a sua escola e sempre ia de cadeiras de rodas sozinho, mas 
na rua não tinha praticamente nada de acessibilidade e Paulo sofria para andar nas ruas 
esburacadas, alguns ajudavam e outros não, zombavam e dificultavam sua passagem. 
 Paulo tinha alguns bons amigos na escola com os quais sempre saia para fazerem 
programas juntos, tais como ir ao cinema, reunirem-se para estudar, conversar e ouvir 
músicas. 
 Um dia aconteceu um incidente em sala de aula com outro amigo, no qual a cadeira 
em que ele estava sentado quebrou e todos riram da situação, pois ele caiu no chão, o que 
causou espanto e reação do professor que xingou a todos escrevendo no quadro a palavra 
“cidadania” perguntando se sabiam o que era a palavra, questionava os alunos e foi dizendo 
o que era e os direitos de cada cidadão. 
 Deste impasse surgiu um documento para a direção da escola comprar cadeiras 
personalizadas conforme tamanho e peso dos alunos, principalmente para este que passou 
a humilhação de ir para o chão. E a partir deste episódio surgiram outras manifestações de 
cidadania na escola.
 Paulo e seus amigos junto com o professor movimentaram a cidade toda, com 
documentos e pedidos de rampas nos espaços públicos, ônibus adaptados, espaços 
reservados a cadeirantes em cinemas, supermercados e outros lugares.
CAPA DO LIVRO
FONTE: <https://www.ciadoslivros.com.br/livros-ferias/garoto-estranho-colecao-universo-
jovem-741327-p619076>. Acesso em: 2 nov. 2018.
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UNIDADE 1 | DEFICIÊNCIA FÍSICA, CAUSAS, CARACTERÍSTICAS E AS CONSEQUÊNCIAS
A Uni dica em forma de leitura recomendada neste tópico é do livro Garoto 
Estranho, de Aristeo Foloni. Apresentaremos uma resenha desta obra, você pode 
ler o livro todo, pois tem na maioria das escolas, foram distribuídos pelo MEC e 
são usados para leitura com jovens de 8º a 9º ano e no ensino Médio. 
TÓPICO 3 | CONSEQUÊNCIAS DAS DEFICIÊNCIAS FÍSICAS
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LEITURA COMPLEMENTAR
A indicação de leitura é a do caderno produzido pelo MEC para um curso 
direcionado aos professores que atuam no AEE, o curso foi em EAD. Escolhemos 
três páginas para sugerir a leitura complementar. Visto que na deficiência física 
está envolvido o sistema nervoso que controla o corpo. O objetivo deste caderno 
do MEC foi: Buscar [...] entender a deficiência física, introduzindo o conhecimento 
de uma organização básica do Sistema Nervoso – SN, que desempenha uma 
função coordenadora de nossas ações, a partir de experiências e aprendizados 
(MEC – O Aee deficiência Física, 2007, p. 11). 
CONHECENDO O ALUNO COM DEFICIÊNCIA FÍSICA
Rita Bersch Rosângela Machado
Organização Básica do Nervoso
O papel primário do Sistema nervoso (SN) é coordenar e controlar a maior 
parte das funções de nosso corpo. Para fazer isso, o Sistema Nervoso recebe 
milhares de informações dos diferentes órgãos sensoriais e, a seguir, integra todos 
elas, para depois determinar a resposta a ser executada pelo corpo. Essa resposta 
será expressa pelo comportamento motor, atividade mental, fala, sono, busca por 
alimento, regulação do equilíbrio interno do corpo, entre outros.
Emissão de Comportamento
Pensamento das Informações
Experiência Sensorial
&
&
Experiências Sensoriais podem provocar uma reação imediata no corpo 
ou podem ser armazenadas como memória no encéfalo por minutos, semanas ou 
anos, até que sejam utilizadas num futuro controle de atividades motoras ou em 
processos intelectuais.
A cada momento somos bombardeados por milhares de informações, 
no entanto, armazenamos e utilizamos aquelas que, de alguma forma, sejam 
significativas para nós e descartamos outras não relevantes.
52
UNIDADE 1 | DEFICIÊNCIA FÍSICA, CAUSAS, CARACTERÍSTICAS E AS CONSEQUÊNCIAS
Aprendemos aquilo que vivenciamos e a oportunidade de relações e 
correlações exercícios, observações, autoavaliação e aperfeiçoamento na execução 
das tarefas fará diferença na qualidade e quantidade de coisas que poderemos 
aprender no curso de nossas vidas. Conforme explica o documento do Ministério 
da Educação (MEC, 2003, p.19): 
Piaget Afirma que a inteligência se constrói mediante a troca entre 
o organismo e o meio, mecanismo pelo qual se dá formação das 
estruturas cognitivas. O organismo com sua bagagem hereditária, em 
contato com o meio, perturba-se, desequilibra-se e, para superar esse 
desiquilíbrio e se adaptar, constrói novos esquemas (MEC, 2003, p. 19).
E continua o documento...
Dessa maneira, as ações de criança sobre o meio fazer coisas, brincar e 
resolver problemas podem produzir formas de conhecer e pensar mais 
complexas, combinando e criando novos esquemas, possibilitando 
novas formas de fazer, compreender e interpretar o mundo que o cerca 
(MEC, 2003, p. 19).
O aprendizado tem início muito precoce. Durante a primeira etapa do 
desenvolvimento infantil a criança especializa e aumenta seu repertório de 
relações e expressões através dos movimentos e das sensações que estes lhe 
proporcionam; das ações que executa sobre o meio; novamente percebida por ela. 
Sensações experimentadas, significadas afetiva e intelectualmente, armazenadas 
e utilizadas, reutilizadas e percebidas em novas relações e, assim por diante, vão 
formando um banco de dados que no futuro será retomado em processamentos 
cada vez mais complexos e abstratos.
Camargo (1994, p. 20) citando Piaget diz: “ É a criança cientista, interessada 
em relações de causalidade, empírica ainda, mas sempre em busca de novos 
resultados por tentativa e erro.” Desta forma podemos dizer que à medida que 
a criança evoluiu no controle de sua postura e especializa seus movimentos, 
sendo cada vez mais capaz de deslocar-se e aumentar sua exploração no meio, 
está lançando as bases de seu aprendizado, seu corpo está sendo marcado por 
infinitas e novas sensações.
Lefèvre é também citado por Camargo (1994, p. 17) e diz:
Desde o nascimento, o cérebro infantil está em constante evolução 
através de sua inter-relação com o meio. A criança percebe o mundo 
pelos sentidos, age sobre ele, e está interação se modifica durante a 
evolução, entendendo melhor, pensamento de modo mais complexo, 
comportando-se de maneira mais adequada, com maior precisão 
práxica, à medida que domina seu corpo (Camargo. 1994, p. 17).
Nestesentido, a criança com deficiência física não pode estar em um 
mundo à parte para desenvolver habilidades motoras. É preciso que ela receba os 
benefícios tecnológicos e de reabilitação em constante interação com o ambiente 
ao qual ela pertence. É muito mais significativo à criança desenvolver habilidades 
TÓPICO 3 | CONSEQUÊNCIAS DAS DEFICIÊNCIAS FÍSICAS
53
de fala e mais significativo à criança desenvolver habilidades da fala se ela tem 
com quem se comunicar. Da mesma forma, é mais significativo desenvolver 
habilidades de andar se para ela está garantido o seu direito de ir e vir.
O ambiente escolar é para qualquer criança o espaço por natureza de 
interação de uns com os outros. É nesse espaço que nos vemos motivadas a 
estabelecer comunicação, a sentir a necessidade de se locomover, entre outras 
habilidades que nos fazem pertencer ao gênero humano. O aprendizado de 
habilidades ganha muito mais sentido quando a criança está imersa em um 
ambiente compartilhado que permite o convívio e a participação. A inclusão 
escolar é a oportunidade para que de fato a criança com deficiência física não 
esteja à parte, realizando atividades meramente condicionadas e sem sentido.
Plasticidade Neural 
Uma das importantes características do Sistema Nervoso é denominada 
“Plasticidade Neural”. Mas o que é a plasticidade? É a habilidade de tomar a 
forma e funcionamento a partir da demanda ou exigência do meio.
A plasticidade do Sistema Nervoso acontece no curso do desenvolvimento 
normal e também em casos de pessoas que retomam seu desenvolvimento, após 
sofrerem agressões e lesões neurológicas.
Durante o 1º ano de vida da criança percebemos alterações constantes 
de sua expressão motora com progressivo incremento de habilidades. Essa 
evolução normal corresponde às aquisições do desenvolvimento motor normal, 
determinado filogeneticamente, ao longo da evolução. Sabemos, portanto, que a 
qualidade de oportunidades e vivências dessa criança acelerará ou retardará essa 
evolução.
O desenvolvimento englobará também interferências de fatores genéticos 
e ambientais e neste ponto encontramos diferenciações entre indivíduos e grupos 
de indivíduos com características genéticos distintas.
Posteriormente o desenvolvimento evolui para o surgimento de 
habilidades, que dependem de aprendizado especifico e por isso acontece 
somente naqueles que receberam estímulos próprios para o desenvolvimento 
dessa habilidade.
No curso de todo o desenvolvimento humano os fatores ambientais estarão 
provocando e instigando o desenvolvimento dos centros neurológicos que vão 
se organizando e reorganizando a partir desta demanda. Pessoas que sofreram 
lesões neurológicas não fogem desta regra, eles devem então reorganizar seus 
sistemas de controles neurais para a retomada de tarefas perdidas ou aprendizado 
de outras desejadas.
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UNIDADE 1 | DEFICIÊNCIA FÍSICA, CAUSAS, CARACTERÍSTICAS E AS CONSEQUÊNCIAS
Mais o que nunca, a “oportunidade” fará a diferença e precisaremos instigar 
através da estimulação os “centros de controle” a reorganizarem-se para assumir 
a função da parte lesada. Nesse caso, a quantidade e, mais ainda, a qualidade 
de estímulos proporcionados à criança possibilitará o desenvolvimento máximo 
de suas potencialidades e isso justifica a importância de criarmos oportunidades 
comuns de convivências e desafios para o desenvolvimento.
A abordagem pedagógica para as crianças com deficiência múltipla 
na educação infantil enfatiza o direito de ser criança, poder brincar e 
viver experiências significativas de forma lúdica e informal. Assegura 
ainda o direito de ir à escola, aprender e construir o conhecimento 
de forma adequada e mais sistematizada, em companhia de outras 
crianças em sua comunidade. (MEC, 2003, p. 12).
A educação infantil, nesse contexto, tem duas importantes funções: 
cuidar e educar. Cuidar tem o sentido de ajudar o outro a se 
desenvolver como ser humano, atender às necessidades básicas, 
valorizar e desenvolver capacidades. Educar significa propiciar 
situações de cuidado, brincadeiras e aprendizagens orientadas de 
forma integrada que possam contribuir para o desenvolvimento das 
capacidades infantis de relação interpessoal, de ser e estar com os 
outros em uma atitude básica de aceitação, respeito, confiança, e o 
acesso, pelas crianças, aos conhecimentos mais amplos da realidade 
social e cultural (BRASIL, 1998, p. 23 e 24).
Como fica o conhecimento sobre a plasticidade neural no ambiente 
escolar? O ambiente escolar promove desafios de aprendizagem. Privar uma 
criança ou um jovem dos desafios da escola é impedi-los de se desenvolverem. 
Não podemos aprisionar a nossa concepção equivocada de limitação. O estudo 
da plasticidade neural vem nos demonstrar que o ser humano é ilimitado e que, 
apesar das condições genéticas ou neurológicas, o ambiente tem forte intervenção 
nesses fatores. Quanto mais o meio promove situações desafiadoras ao indivíduo, 
mais ele vai responder a esses desafios e desenvolver. 
OBSERVAÇÃO: O destaque para o livro do MEC sobre deficiência física 
direcionado ao trabalho do AEE e com orientações sobre como trabalhar, esclarece 
conceitos e traz materias, tiramos apenas algumas páginas para sugerir leitura 
e de suma importância para conhecimento e compreensão de como acontece a 
neuroplasticidade. 
FONTE: MEC (2007, p.15-18), disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/
aee_df.pdf>. 
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RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
• Ao longo da história, desde os povos espartanos que matavam no nascimento as 
crianças com defeitos físicos e outros povos que se não matavam abandonavam 
a sua própria sorte, com a dica do filme 300. O filme nos ensina sobre a separação 
das crianças com deficiências ao nascimento, provando o que tem na história. 
• Na deficiência Física, as patologias podem deixar como consequências perdas 
irreversíveis, que vão desde a incapacidade de locomoção (físico-motor,) 
restrição de movimentos, controle da coordenação fina. Estes problemas 
geralmente encontram-se no cérebro, no caso de um funcionamento não 
adequado ao controle dos membros inferiores e superiores.
• Nem toda a deficiência física é definitiva. Existem a deficiência	 física	
temporária, derivada de uma fratura e ou uma cirurgia, podemos dizer que 
este sujeito está com uma limitação e voltará para suas condições anteriores; a 
deficiência física recuperável, a qual permite uma melhora com um tratamento 
correto, como um AVC; a definitiva, mesmo com tratamentos e cirurgias não 
haverá melhoras; e a compensável, em que são colocadas próteses, no caso 
de amputações (a exemplo de Roberto Carlos), substituição de fêmur, entre 
outros.
• Na deficiência física há uma classificação sendo que: 
ᵒ	 Espástica: com partes do corpo rígido e os movimentos quando realizados 
são involuntários, (não depende do controle do cérebro); 
ᵒ	 Atetoica: pode apresentar este movimento involuntário;
ᵒ	 Atáxica: com o tempo/anos na mesma postura pode desenvolver outras 
complicações motoras, pressão de órgãos internos, falta de equilíbrio, 
de percepção na área tátil, dificuldades de engolir, mastigar, sugar e na 
alimentação em geral.
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Prezado acadêmico, é muito importante você realizar as atividades para 
fixação do conteúdo e para que você consiga ir bem nas avaliações, as quais 
servem de parâmetros para seus estudos.
1 A deficiência física muitas vezes causa impacto visual aos olhos de quem 
vê, pelos recursos como a cadeira de rodas, uma muleta, um andar com 
pouco equilíbrio, entre outros. No entanto, existem alguns conceitos que 
dizem respeito à acessibilidade e aos preconceitos produzidos na sociedade. 
Partindo deste pressuposto, numere as afirmações a seguir. 
1 – Superação
2 – Limitação 
3 – Preconceitos
( ) As pessoas com deficiências são contratadas pelas empresas somente pelas 
leis das contas. 
( ) Encontrar possibilidades vivendo com a deficiência física, a família 
como suporte, estimulação multissensorial, acompanhamentoclínico, 
psicológico, fisioterapêutico e educacional. 
( ) A pessoa com deficiência física pode ficar impedida de realizar algumas 
atividades comuns da vida, dependendo da sua patologia e de seu 
comprometimento. 
( ) Uma pessoa com deficiência física dificilmente poderá ter filhos. 
A sequência de associação CORRETA é:
a) ( ) 1-2-3-1.
b) ( ) 2-3-1-1.
c) ( ) 3-1-2-3. 
d) ( ) 2-1-3-3.
2 Existem muitas patologias que levam à deficiência e estamos o tempo 
todo falando da “Física” que podem deixar como consequências perdas 
irreversíveis, que vão desde a incapacidade de locomoção (físico-motor), 
restrição de movimentos, controle da coordenação fina. Estes problemas 
geralmente advêm no cérebro, no caso de um funcionamento não adequado 
ao controle dos membros inferiores e superiores, como esclarece o documento 
do MEC sobre quem é a pessoa com deficiência física. Assinale a resposta 
que indica o documento do MEC citado no decorrer do texto. 
a) ( ) A deficiência física apresenta-se sob a forma de paraplegia, paraparesia, 
monoplegia, monoparesia, tetraplegia, tetraparesia, triplegia. 
b) ( ) […] tipos e definições de deficiência física, refere-se a alteração completa 
ou parcial de um ou mais segmentos do corpo humano, acarretando o 
comprometimento da função física. 
AUTOATIVIDADE
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c) ( ) A deficiência física se classifica em limitação e impossibilidades na 
locomoção. 
d) ( ) Diferentes condições motoras que acometem as pessoas comprometendo 
a mobilidade, a coordenação motora geral e da fala, em consequência de 
lesões neurológicas, neuromusculares, ortopédicas, ou más formações 
congênitas ou adquiridas. 
3 Nem toda a deficiência física pode ser definitiva. Assinale F para as sentenças 
falsas e V para as sentenças verdadeiras. 
( ) A deficiência	física	temporária, derivada de uma fratura e ou uma cirurgia, 
podemos dizer que o sujeito que a tem está com uma limitação e voltará 
para suas condições anteriores. 
( ) A deficiência física recuperável, permite uma melhora com um tratamento 
correto, como um AVC. 
( ) A deficiência física definitiva, mesmo com tratamentos e cirurgias, não 
haverá melhoras.
( ) A deficiência compensável, trata-se daquela em que são colocadas próteses, 
no caso de amputações.
Assinale a sequência CORRETA:
a) ( ) F-F-V-V.
b) ( ) V-V-V-V.
c) ( ) V-V-F-F.
d) ( ) F-F-F-F.
4 A deficiência física classifica-se em:
( ) Com partes do corpo rígido e os movimentos quando realizados são 
involuntários (não depende do controle do cérebro). 
( ) Pode apresentar este movimento involuntário. 
( ) Com o tempo/anos na mesma postura pode desenvolver outras complicações 
motoras, pressão de órgãos internos, falta de equilíbrio, de percepção na área 
tátil, dificuldades de engolir, mastigar, sugar e na alimentação em geral.
Assinale a sequência CORRETA:
a) ( ) Espástica – Atetoica – Atáxica.
b) ( ) Atetoica – Espástica – Atáxica.
c) ( ) Espástica – Atáxica – Atetoica.
d) ( ) Atetoica – Atáxica – Espástica.
5 Você, acadêmico, deve coletar pelo menos mais um depoimento de alguém 
com deficiência física de sua cidade e traga para a sala de aula se puder o 
caso para discutir com seus colegas, se tiver oportunidade, convide a própria 
pessoa para fazer uma conversa e ou uma palestra em sua sala. Se em seu 
curso não for possível, faça para você aprender e compreender através de 
uma experiência, também para ter contato com alguém com deficiência física. 
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UNIDADE 2
DEFICIÊNCIA FÍSICA, PREVENÇAO, 
AS LEGISLAÇÕES E A 
REABILITAÇÃO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• conhecer os programas de prevenções das deficiências;
• divulgar conscientizando sobre a importância de prevenir;
• desenvolver ações de prevenção no dia a dia para com a deficiência física; 
• conhecer as legislações para com a pessoa com deficiência física;
• oportunizar a ampliação do conhecimento para com a reabilitação.
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade você 
encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
TÓPICO 1 – PREVENÇÃO DAS DEFICIÊNCIAS FÍSICAS
TÓPICO 2 – LEGISLAÇÃO VIGENTE PARA A DEFICIÊNCIA FÍSICA
TÓPICO 3 – A REABILITAÇÃO DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA FÍSICA
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TÓPICO 1
PREVENÇÃO DAS DEFICIÊNCIAS FÍSICAS
UNIDADE 2
1 INTRODUÇÃO
Na Unidade 2, neste tópico 1, vamos estudar como podemos fazer a 
prevenção da deficiência física sendo antes do nascimento, no momento do 
nascimento e após. Discutiremos o que já foi colocado na Unidade 1 sobre as 
causas que podem levar a deficiências físicas, mas com foco na prevenção, nas 
legislações e na reabilitação. 
Faremos um passeio histórico sobre as legislações que amparam e 
reconhecem a deficiência física, visitaremos instituições e entidades, hospitais, 
como a AACD, que faz um trabalho maravilhoso na reabilitação, conheceremos 
recursos que vêm ao encontro da reabilitação.
Assim, prezado acadêmico, procure ter atenção acessando aos vídeos 
disponíveis no AVA, aos conteúdos, as atividades e as dicas disponíveis no livro 
de estudos, não esqueça que boa parte da formação depende de você, aproveite 
todas as oportunidades de aprofundamento teórico que lhes são possibilitadas e 
indicadas a cada unidade e tópico. 
 
2 PREVENÇÃO A TODAS AS DEFICIÊNCIAS
Prevenção – significa o Ato ou efeito de prevenir. Disposição ou preparo 
antecipado. Modo de ver antecipado (DICIONÁRIO AURÉLIO, 1999, p. 1636). 
Assim, vimos a todo instante campanhas fazendo a prevenção, seja nas vacinas, 
seja para não dirigir alcoolizado, gravidez indesejada, aconselhamento genético, 
entre tantas, na tentativa de prevenir, não deixar acontecer algo que geralmente 
não é um fato positivo, há uma consequência vindo muitas vezes de uma 
imprudência. 
 
Muitas das deficiências poderiam ser evitadas por cuidados simples, 
como dar as vacinas corretamente, ter prudência no trânsito, ponderação no dia 
a dia com acidentes em geral. 
No Brasil existem muitas campanhas para prevenir as deficiências no 
modo geral, pois comprovadamente a maioria destas em torno de 70% poderiam 
ser prevenidas de várias formas como discutiremos no decorrer deste tópico. 
UNIDADE 2 | DEFICIÊNCIA FÍSICA, PREVENÇAO, AS LEGISLAÇÕES E A REABILITAÇÃO
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3 PENSANDO NA PREVENÇAO DA DEFICIÊNCIA FÍSICA
Se pensarmos que a cada dez pessoas uma tem deficiência, talvez seja um 
índice bastante alarmante e nos faça de fato analisar situações e ações que todos 
podemos realizar em prol da prevenção e de um índice menor. 
“É melhor prevenir do que remediar” é um velho ditado, que quer dizer 
que depois que acontece não adianta falar, reclamar, que não tem mais o que fazer 
depois que acontece, aconteceu, visto que o custo de depois dar o atendimento e a 
orientação é mais alto do que campanhas prevenindo. 
Toda a prevenção pode ser uma ação e ou impedimentos de que algo 
aconteça. Podemos classificar a prevenção em três níveis, sendo elas: primária, 
secundária e terciária. 
 
Na primária afirma que as ações podem ser realizadas para que não 
aconteçam algumas deficiências previsíveis, assim como:
Prevenção primária: tem como objetivo promover a melhoria na condição de vida 
da população por agências político-sociais de forma a garantir saúde, educação, 
trabalho e moradia. Assim, o objetivo é reduzir a incidência de novos casos. A 
prevenção primária implica em alterar as condições para um subgrupo particular 
considerado como de risco (CORDE, 2004 apud OLIVEIRA; GIROTO; OMODE, 
2008, p. 3).
Este nível inclui a prevenção principalmente da deficiência intelectual, no 
que diz respeito a grupos restritos, por exemplo, moradores de ruas, alcoólatras, 
pessoas com doenças contagiosas (sífilis e Aids), pessoas com deficiência 
intelectual de origem genética. Alguns cuidados podem ser realizados, como: 
aconselhamento genético; programas de imunização; melhora no cuidado de 
saúde pré-natal, perinatal e pós-natal.Na prevenção secundária já está posto o que trouxe de sequelas de uma 
deficiência, o que pode ser feito para amenizar e conviver apesar da deficiência. 
Prevenção secundária: nesta, a criança já foi exposta às condições adversas e as 
intervenções são feitas para reduzir e/ou eliminar a duração ou a severidade dos 
seus efeitos (CORDE, 2004 apud OLIVEIRA; GIROTO; OMODE, 2008, p. 4).
No nível secundário as estratégias usadas na prevenção são os exames 
do pré-natal e o neonatal, no que diz respeito aos exames no nascimento de 
averiguação se há uma deficiência e o encaminhamento para um tratamento 
nem que seja paliativo. E nos pré-natais existem muitos recursos, como a 
ultrassonografia morfológica, que detecta possíveis anormalidades, em alguns 
casos, cirurgias são realizadas ainda no útero da mãe e ajudam na prevenção da 
deficiência. 
 
TÓPICO 1 | PREVENÇÃO DAS DEFICIÊNCIAS FÍSICAS
63
A prevenção terciária inclui a reabilitação, sobre a qual estaremos 
discutindo no tópico 3 desta unidade. 
Prevenção terciária: a condição de atraso no desenvolvimento já está instalada 
e os investimentos são feitos para minimizar as condições, desenvolvendo ações 
que resultem em maior independência e autonomia do indivíduo. A prevenção 
terciária visa prevenir complicações da deficiência intelectual e a reabilitação 
(CORDE, 2004 apud OLIVEIRA; GIROTO; OMODE, 2008, p. 5).
É a prevenção que vai cuidar ao longo da vida, a reabilitação estará 
presente neste nível. Nesta terciária permite com que a pessoa participe e seja 
estimulada a estar nos programas de Educação Especial e serviços especializados 
para que a pessoa se torne mais independente e autônoma possível. 
Nas prevenções hoje que se tornam muito relevante são as de acidentes 
automobilísticos, nos impressiona o número assustador de pessoas que se tornam 
com deficiência física devido a acidentes de transito.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), os acidentes 
de trânsito são a principal causa de morte e de sequelas à deficiência física na 
faixa etária de 15 a 29 anos de idade. A OMS também alerta sobre a quantidade 
de crianças que se tornam deficientes físicos devido aos acidentes de trânsito e 
muitas mortes também.
Recomenda dez estratégias para garantir a segurança das crianças nas 
estradas. Sendo elas: o controle da velocidade, condições de trafegar sem efeitos 
do álcool, uso de capacete (corretos) por ciclistas e motoqueiros, proteção para 
as crianças nos veículos (as cadeirinhas), maior visibilidade de que no veículo 
tem crianças, monitoramento das vias com as sinalizações corretas, proteção 
de impactos caso aja acidentes no próprio carro, atenção com a idade para 
dirigir alguns ainda muito jovens, atendimento adequado nos traumatismos 
em acidentes e por último, maios vigilância das crianças na beira das estradas. 
Com o uso de alguns cuidados poderíamos estar reduzindo o número de vítimas 
crianças em acidentes. 
Na realidade temos muitas crianças que nascem com alguma patologia e 
se tronam uma pessoa com deficiência. Reduzir os acidentes vai fazer com que 
reduzimos o número de mortos e de crianças com deficiência, visto que a criança 
se torna a mais sensível pelo seu desenvolvimento físico, cognitivo e social, sendo 
vulnerável as atitudes de adultos irresponsáveis.
 
Mesmo com inúmeros recursos na era das tecnologias, os acidentes de 
trânsitos tornam-se cada vez mais frequentes e com mais vítimas que ou levam a 
óbito ou adquirem uma deficiência, principalmente física, decorrente do trânsito. 
UNIDADE 2 | DEFICIÊNCIA FÍSICA, PREVENÇAO, AS LEGISLAÇÕES E A REABILITAÇÃO
64
Mas outro fator que está chamando muita atenção dos brasileiros é o uso 
do celular enquanto dirige, tirando toda concentração importante para o dirigir 
com cautela e responsabilidade. 
Em se tratando de moto, as mortes ou lesões graves são quase sempre 
certas, em função da exposição direta do corpo ao impacto, sendo a motocicleta 
é o veículo mais perigoso do mundo, por exigir do condutor equilíbrio e 
atenção. Porém por ser de fácil acesso, tanto de compra, quanto de manter com 
o combustível, é comum este veículo transitar livremente e na grande proporção 
sem habilitação. 
As lesões vitimadas dos acidentes e que levam à deficiência física são as 
paraplegias e tetraplegias e os principais motivos são colisão, capotagem, choques 
em objetos fixos e atropelamentos. 
Além dos acidentes de trânsito, como discutimos e trouxemos dados, que 
estes se enquadram no grande vilão da deficiência física e na constante prevenção 
para que os mesmos diminuam e ou não aconteçam. 
Mas a prevenção da deficiência deve estar baseada na realidade 
socioeconômica e cultural das comunidades. Segundo a Coordenadoria Nacional 
para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência (BRASIL, CORDE, 1994 
p. 24), “as ações preventivas devem ser executadas sempre com baixo custo e 
dependem do grau de participação e de organização das pessoas, além da 
integração entre os diversos serviços oferecidos à população”.
Os programas que trabalham com a prevenção nos mostram que dependem 
muito das ações e dos resultados destas, da análise que se levanta em termos de 
comunidade e da realidade envolvida. Sendo que as estatísticas mostram, por 
exemplo, que cerca de 70% das deficiências poderiam ser evitadas se houvesse 
políticas mais apropriadas e maior envolvimento comunitário. (BRASIL, CORDE, 
1994, p. 116). 
No que trata a Prevenção de Deficiências, no documento que esclarece 
do sistema único de saúde – o SUS, o qual nos apresenta as seguintes definições:
Prevenção compreende ações e medidas orientadas a evitar as causas 
das deficiências que possam ocasionar incapacidade e as destinadas a 
evitar sua progressão ou derivação em outras incapacidades. 
(Decreto nº 3.298/99) A prevenção pode incluir muitos e diferentes 
tipos de ações como: cuidados primários da saúde, puericultura, 
pré-natal e pós-natal, educação em matéria de nutrição, campanhas 
de vacinação contra doenças transmissíveis, medidas contra doenças 
endêmicas, normas e programas de segurança para evitar deficiências 
e doenças profissionais, e a prevenção das deficiências resultantes 
da combinação do meio ambiente ou causada por conflitos armados. 
Dados revelam que 40% dos casos graves de deficiência mental e 60% 
das deficiências visuais podem ser evitados por medidas preventivas. 
As ações de prevenção estão vinculadas diretamente ao trabalho das 
Equipes de Saúde da Família, as quais deverão ter, em sua formação, 
TÓPICO 1 | PREVENÇÃO DAS DEFICIÊNCIAS FÍSICAS
65
profissionais também capazes de contribuir com a identificação de 
pessoas com doenças incapacitantes e/ou com deficiências já instaladas. 
A atenção básica é também desenvolvida por meio das visitas dos 
agentes comunitários às famílias, para realização do acompanhamento 
de crianças, adultos, gestantes e idosos (BRASIL, 2008, p. 9).
 
Percebemos que há uma distinção no atendimento das pessoas com 
deficiências na rede do SUS, mas em termos de prevenção, o que existe são 
os testes, como o do pezinho, da orelhinha, do olhinho, estes ajudarão como 
parâmetros para dar os devidos encaminhamentos se acaso a criança tiver algum 
indício de alguma deficiência, tem tempo hábil de tratamento. 
UNI
A IMPORTÂNCIA DAS VACINAS E AS DOENÇAS INFANTIS
 A revista da Unimed nos esclarece sobre a vacina e os tipos de doenças e o que 
previne as deficiências. 
 Muitas vacinas podem evitar e até extinguir algum tipo de deficiência, como é o 
caso da Poliomelite, prevenida por vacinas realizadas em várias doses por gotinhas na boca 
da criança, e que é uma patologia viral que pode afetar os nervos e levar à paralisia parcial ou 
total. É causada pela infecção pelo poliovírus. O vírus se espalha por contato direto pessoa 
a pessoa, por contato com muco, catarro ou fezes infectadas. Veremos outras doenças e 
outras vacinas em texto da Unimed, como leitura complementar, a seguir. 
 
VOCÊ CONHECE A HISTÓRIA DA VACINA? VIVERBEM – Cobertura vacinal Unimed
A vacina surgiu em um importante momento histórico de combate à varíola, uma 
das doenças mais temidas no mundo no século XVIII, com taxa de mortalidade em torno de 
10 a 40%.
A descoberta de que os sobreviventes não contraíam a doença novamente trouxe 
à tona a ideia de provocar a enfermidade de forma branda para evitar que ela fosse contraída 
de maneira mais potente. Essa prática ficou conhecida como variolação e acredita-se que ela 
tenha surgido inicialmente entre os chineses, mas era conhecida por diversos povos da África 
e da Ásia, como os hindus, egípcios, persas, circassianos, georgianos e árabes. 
Em 1798, vieram a público as investigações feitas pelo médico inglês Edward 
Jenner.
Por longos anos, ele observou que ordenadores que haviam sido contaminados 
pela cowpox, doença branda semelhante à varíola que atingia gados, eram imunes à varíola. 
Mesmo sendo infectadas pelo vírus, estas pessoas se mantinham refratárias à doença. 
 
Jenner inoculou um garoto de oito anos com o pus retirado da pústula (crosta 
cheia de pus formada sobre a pele do doente) de uma ordenadora que sofria com a 
doença. O garoto contraiu uma infecção extremamente benigna e, dez dias depois, estava 
recuperado. 
 
UNIDADE 2 | DEFICIÊNCIA FÍSICA, PREVENÇAO, AS LEGISLAÇÕES E A REABILITAÇÃO
66
Em pouco tempo o processo passou a ser adotado mundialmente. Em 1800, a 
Marinha britânica passou a utilizar vacinação. No Brasil, a vacina chegou em 1804, trazida 
pelo Marquês de Barbacena. 
Em 1956 ocorreu o primeiro projeto de erradicação global de uma doença, 
patrocinado pela OMS (Organização Mundial da Saúde). Quatro anos depois, a varíola já não 
era mais encontrada nos países industrializados, e uma organização sólida permitiu que em 
1977 se estabelecesse o primeiro e único episódio de erradicação de uma doença infecciosa 
humana em escala planetária. 
 
Até hoje vacinação em massa tem possibilitado o controle da disseminação de 
várias outras doenças infecciosas.
A importância da vacina
A vacina é uma importante aliada no controle, combate e eliminação de doenças, 
pois protege não apenas quem a recebe, mas também a comunidade como um todo. Isso 
significa que quanto maior o número de pessoas protegidas pela vacina, menor será a chance 
de qualquer indivíduo de uma comunidade – vacinado ou não – ser contaminado. 
 
No Brasil, o Ministério da Saúde criou o Programa Nacional de Imunizações (PNI), 
que se destaca entre os melhores programas de imunização do mundo com atuação na 
ampliação da prevenção, no combate ao controle e erradicação de doenças, além de 
disponibilizar diversas vacinas à população. 
Atualmente, o Brasil é um dos países que oferece o maior número de vacinas à 
população, disponibilizando mais de 300 milhões de doses anuais, sendo 43 tipos diferentes 
de imunobiológicos: 26 vacinas, 13 soros heterólogos (imunoglobulinas animais) e quatro 
soros homólogos (imunoglobulinas humanas), utilizados na prevenção e/ou tratamento de 
doenças. 
As campanhas nacionais de vacinação resultaram na eliminação da varíola, em 
1973, da poliomielite, em 1989. Além disso, o programa de vacinação controla o tétano 
neonatal, as formas graves da tuberculose, a difteria, o tétano acidental e a coqueluche.
O papel da vacina na prevenção de doenças no Brasil
O Programa Nacional de Imunizações tem trabalhado para erradicar e controlar 
doenças, tais como o tétano neonatal, formas graves da tuberculose, difteria, tétano acidental 
e coqueluche. 
Para tanto, realiza três campanhas fixas por ano contra a Poliomielite, Influenza e 
atualização da caderneta de vacinação focando os grupos prioritários. 
O esforço para imunizar a população está dando resultados. O Brasil alcançou a 
erradicação da poliomielite e da varíola, e a eliminação da circulação do vírus autóctone do 
sarampo, desde 2000, e da rubéola, desde 2009. 
 
Também foi registrada queda acentuada nos casos e incidências das doenças 
imunopreveníveis, como as meningites por meningococo, difteria, tétano neonatal, entre 
outras.
Doenças muito graves podem ser evitadas com a vacinação. Por isso, é essencial 
seguir o calendário de vacinação em todas as faixas de idade, com objetivo de estimular o 
sistema imunológico e produzir anticorpos para proteger o organismo de vírus e bactérias. 
 
TÓPICO 1 | PREVENÇÃO DAS DEFICIÊNCIAS FÍSICAS
67
Grande parte da população crê que a vacina é obrigatória apenas para crianças, 
mas é importante ressaltar que a carteira de vacinação deve ser mantida em dia em todas as 
idades para evitar o retorno de doenças já erradicadas, o cuidado deve ocorrer principalmente 
na infância, já que recém-nascidos não possuem imunidade (proteção formada), o que os 
deixa mais suscetíveis a contrair doenças.
Nesse contexto, é necessário estar atento às atualizações da caderneta de 
vacinação de crianças entre 0 e 5 anos, bem como adolescentes, adultos e idosos em relação 
a cinco tipos diferentes de vacinas contra a hepatite B, febre amarela, difteria, tétano, sarampo, 
rubéola e caxumba e o vírus da gripe, Influenza. 
 
Em 2014, o Ministério da Saúde determinou a vacinação contra o Papiloma Vírus 
Humano (HPV) em adolescentes de 9 aos 13 anos. 
 
Para as gestantes, existem quatro vacinas disponíveis no Calendário Nacional de 
Vacinação, que protegem tanto a mãe quanto o recém-nascido. São elas: influenza, hepatite 
B, dupla adulto e dTpa contra a hepatite, difteria, tétano e coqueluche.
Quais doenças podem ser prevenidas pela vacinação? Veja, abaixo, algumas 
das doenças prevenidas por vacina:
Poliomielite: doença contagiosa, provocada por vírus e caracterizada por paralisia súbita 
geralmente nas pernas.
Tétano: infecção, causada por uma toxina (substância tóxica) produzida pelo bacilo tetânico, 
que entra no organismo por meio de ferimentos ou lesões na pele (tétano acidental) ou 
pelo coto do cordão umbilical (tétano neonatal ou mal dos sete dias) e atinge o sistema 
nervoso central. Caracteriza-se por contrações e espasmos, dificuldade em engolir e rigidez 
no pescoço.
Coqueluche: doença infecciosa, que compromete o aparelho respiratório e se caracteriza por 
ataques de tosse seca. É transmitida por tosse, espirro ou fala de uma pessoa contaminada. 
Em crianças com menos de seis meses, apresenta-se de forma mais grave e pode levar à 
morte.
Haemophilus influenzae tipo B: é uma bactéria que causa um tipo de meningite (inflamação 
das meninges, membranas que envolvem o cérebro), sinusite e pneumonia. A doença mais 
grave é a meningite, com início súbito de febre, dor de cabeça intensa, náusea, vômito e 
rigidez da nuca (pescoço duro).
Sarampo: doença muito contagiosa, causada por vírus que provoca febre alta, tosse, coriza 
e manchas avermelhadas pelo corpo. É transmitida de pessoa a pessoa por tosse, espirro ou 
fala, especialmente, em ambientes fechados.
Rubéola: doença muito contagiosa, provocada por um vírus que atinge principalmente 
crianças e provoca febre e manchas vermelhas na pele. É transmitida pelo contato direto 
com pessoas contaminadas.
Caxumba: doença viral, caracterizada por febre e aumento de volume de uma ou mais 
glândulas responsáveis pela produção de saliva na boca (parótida). Caso ela “desça” – em 
homens – pode causar inflamação nos testículos deixando-os inférteis. Nas mulheres pode 
ocorrer infertilidade devido à inflamação dos ovários. É transmitida pela tosse, espirro ou fala 
de pessoas infectadas.
UNIDADE 2 | DEFICIÊNCIA FÍSICA, PREVENÇAO, AS LEGISLAÇÕES E A REABILITAÇÃO
68
Febre amarela: doença infecciosa, causada por vírus transmitido por vários tipos de 
mosquito. O Aedes Aegypti pode transmitir a doença, causando a febre amarela urbana, 
o que, desde 1942, não ocorre no Brasil. A forma da doença que ocorre no País é a febre 
amarela silvestre, transmitida pelos mosquitos Haemagogus e o Sabethes, em regiões fora 
das cidades. É uma doença grave, que se caracteriza por febre repentina,calafrios, dor de 
cabeça, náuseas e leva a sangramento no fígado, no cérebro e nos rins, podendo, em muitos 
casos, causar a morte.
Difteria: causada por um bacilo, produtor de uma toxina que atinge as amídalas, a faringe, o 
nariz e a pele, onde provoca placas branco-acinzentadas.
Hepatite B: doença causada por vírus que provoca mal-estar, febre baixa, dor de cabeça, 
fadiga, dor abdominal, náuseas, vômitos e aversão a alguns alimentos. O doente fica com a 
pele amarelada. A Hepatite B é grave porque pode levar a uma infecção crônica (permanente) 
do fígado e, na idade adulta, levar ao câncer de fígado.
Encontre mais conteúdos para o seu bem-estar em <www.unimed.coop.br/viverbem>.
Caros acadêmicos, durante todos os tópicos, estivemos dando dicas 
de filmes maravilhosos, pedimos com muito carinho, para que vocês assistam 
e compartilhem, comentem entre os colegas de sala e com a comunidade onde 
você está inserido. Faça um grupo, ou assista com sua família, o filme é bastante 
relevante e importante, pois apresenta o outro lado da deficiência e os desafios 
que a vida de um cadeirante é imposto todo dia. 
TÓPICO 1 | PREVENÇÃO DAS DEFICIÊNCIAS FÍSICAS
69
DICAS
A dica é para você, acadêmico, assistir ao filme Intocáveis (2012). 
O filme conta a história de Philippe, um homem rico que, após sofrer um grave acidente, fica 
tetraplégico. Precisando contratar um assistente, sua história cruza com a de Driss, jovem 
de baixa renda e sem nenhuma experiência na função de cuidador. O percurso trilhado 
pelos dois é de aprendizagem mútua. Driss contribui para a retomada da identidade e da 
autoestima de Philippe a partir de um trabalho que mostra o cuidado com as deficiências, 
mas também uma atenção ímpar com as potencialidades envolvidas.
FONTE: <http://t2.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQQL22zMkQfWk8d8gVo6K3qCUm
jO-yLHPEbnMtmroovs-cXhXI4>. Acesso em: 18 dez. 2018. 
70
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
• Em relação à prevenção da deficiência, medidas simples podem mudar a 
história de muitas vidas. E podemos citar os três níveis de prevenção, que são 
a primária, a secundária e a terciária. 
ᵒ	 Prevenção	primária: ela tem como objetivo promover a melhoria na condição 
de vida da população por agências político/sociais de forma a garantir saúde, 
educação, trabalho e moradia. Assim sendo, o objetivo é reduzir a incidência 
de novos casos. A prevenção primária implica em alterar as condições para 
um subgrupo particular considerado como de risco (CORDE, 2004 apud 
OLIVEIRA; GIROTO; OMODE, 2008, p. 3).
ᵒ	 Prevenção	 secundária: onde nesta, a criança já foi exposta às condições 
adversas e as intervenções são feitas para reduzir e/ ou eliminar a duração 
ou a severidade dos seus efeitos. (CORDE, 2004 apud OLIVEIRA; GIROTO; 
OMODE, 2008, p. 4).
ᵒ	 Prevenção	 terciária: onde a condição de atraso no desenvolvimento já 
está instalada e os investimentos são feitos para minimizar as condições, 
desenvolvendo ações que resultem em maior independência e autonomia do 
indivíduo. A prevenção terciária visa prevenir complicações da deficiência 
intelectual e a reabilitação (CORDE, 2004 apud OLIVEIRA; GIROTO; 
OMODE, 2008, p. 5).
• As vacinas surgem em um importante momento histórico de combate à 
varíola, uma das doenças mais temidas no mundo no século XVIII, com taxa 
de mortalidade em torno de 10 a 40%. 
• A vacina é uma importante aliada no controle, combate e eliminação de 
doenças, pois protege não apenas quem a recebe, mas também a comunidade 
como um todo. Isso significa que quanto maior o número de pessoas protegidas 
pela vacina, menor será a chance de qualquer indivíduo de uma comunidade – 
vacinado ou não – ser contaminado.
• No Brasil, o Ministério da Saúde criou o Programa Nacional de Imunizações 
(PNI) que se destaca entre os melhores programas de imunização do mundo 
com atuação na ampliação da prevenção, no combate ao controle e erradicação 
de doenças, além de disponibilizar diversas vacinas à população. 
• O esforço para imunizar a população está dando resultados. O Brasil alcançou 
a erradicação da poliomielite e da varíola, e a eliminação da circulação do vírus 
autóctone do sarampo, desde 2000, e da rubéola, desde 2009. Também foi registrada 
queda acentuada nos casos e incidências das doenças imunopreveníveis, como 
as meningites por meningococo, difteria, tétano neonatal, entre outras. 
71
AUTOATIVIDADE
As atividades têm como objetivo de revisão do conteúdo já estudado no 
tópico. Portanto é importante que você as faça para aprender e para revisar os 
conteúdos, o que ajudará no momento das provas. 
1 A prevenção é importante pois ela antecipa um acontecimento ajudando 
a conscientização e a sensibilização de muitos para com ações e atitudes 
no dia a dia. Sendo assim, assinale a alternativa que melhor define o que é 
prevenir. 
a) ( ) Prevenção é o aviso para que não aconteça.
b) ( ) Prevenir e acatar as consequências e fazer o melhor que puder para a 
autonomia. 
c) ( ) Prevenção são ações antecipadas para que não aconteça o pior. 
d) ( ) Significa o Ato ou efeito de prevenir. Disposição ou preparo antecipado. 
Modo de ver antecipado 
2 Entre os níveis de prevenção, encontramos a primária, a secundária e a 
terciária. Segundo as definições, relacione os conceitos referentes a cada um 
destes níveis. 
A – Prevenção Primária
B – Prevenção Secundária
C – Prevenção Terciária 
D – Primária, Secundária e Terciária 
 
( ) A condição de atraso no desenvolvimento já está instalada e os investimentos 
são feitos para minimizar as condições, desenvolvendo ações que resultem 
em maior independência e autonomia do indivíduo. 
( ) Nesta, a criança já foi exposta às condições adversas e as intervenções 
são feitas para reduzir e/ou eliminar a duração ou a severidade dos seus 
efeitos.
( ) Tem como objetivo promover a melhoria na condição de vida da população 
por agências político/sociais de forma a garantir saúde, educação, trabalho 
e moradia. Assim sendo, o objetivo é reduzir a incidência de novos casos. 
( ) A prevenção primária implica em alterar as condições para um subgrupo 
particular considerado como de risco. Reduz os efeitos e trabalha dentro 
das possibilidades. A prevenção terciária visa prevenir complicações da 
deficiência intelectual e a reabilitação.
Assinale a sequência CORRETA:
a) ( ) A-B-C-D
b) ( ) C-A-B-D
c) ( ) C-B-A-D 
d) ( ) C-B-D-A
72
3 Sobre a origem das vacinas, as quais surgiram no século XVIII para o 
combate à varíola. No seguir dos tempos, surgem estudos e novas vacinas, 
as quais vêm sendo cada vez mais pesquisadas e usadas em todo o mundo, 
sendo a vacina uma aliada no combate e eliminação de doenças, não só 
pelos que são vacinados, mais acaba protegendo a comunidade no geral. 
Assinale F para as respostas falsas e V para as respostas verdadeiras sobre 
as vacinas.
( ) Proteção contra as formas graves da tuberculose, doença contagiosa, 
produzida por bactéria que atinge principalmente os pulmões e que, se não 
tratada, pode provocar sérios problemas respiratórios, emagrecimento, 
fraqueza e até levar à morte. 
( ) Combinação da vacina contra difteria, tétano e coqueluche (DTP), feita com 
bactérias mortas e produtos de bactérias (toxinas), com a vacina contra 
Haemophilus Influenzae tipo b (Hib), produzida com substâncias da parede 
da bactéria. 
( ) A coqueluche, também conhecida como tosse comprida, coqueluche é 
uma doença infecciosa, que compromete o aparelho respiratório (traqueia 
e brônquios) e se caracteriza por ataques de tosse seca. É transmitida por 
tosse, espirro ou fala de uma pessoa contaminada. Em crianças com menos 
de seis meses, apresenta-se de forma mais grave e pode levar à morte. 
( ) O sarampo é uma doença muito contagiosa, causada por um vírus que 
provoca febre alta, tosse, coriza e manchas avermelhadas pelo corpo. É 
transmitida de pessoa a pessoa por tosse, espirro ou fala especialmente em 
ambientes fechados. Facilita o aparecimento de doenças como a pneumoniae diarreias e pode levar à morte, principalmente em crianças pequenas. 
Assinale a sequência CORRETA:
a) ( ) F-F-V-V.
b) ( ) V-V-V-V. 
c) ( ) V-V-V-F.
d) ( ) F-V-F-V.
73
TÓPICO 2
LEGISLAÇÃO VIGENTE PARA A DEFICIÊNCIA 
FÍSICA
UNIDADE 2
1 INTRODUÇÃO
Discutiremos, dando continuidade neste tópico 2 da Unidade 2, sobre 
a legislação que se refere à Educação Especial no geral e na deficiência física, 
levantaremos vários pontos sobre a acessibilidade, a qual compromete a todos 
no geral, seja o comércio, sejam órgãos públicos e até mesmo condomínios e 
residências particulares, pois sendo na terceira idade e/ ou com pessoas com 
deficiências físicas, poderá ser de grande utilidade para a vida de pessoas sem 
deficiência a uma gestante, a uma pessoa obesa, idosa, entre outras. 
Apresentaremos neste tópico as leis e decretos que embasam os direitos 
das pessoas com deficiência, ressaltando a deficiência física que trata os nos 
estudos. 
Veremos muitos direitos e responsabilidades da sociedade, a princípio, na 
Lei de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Lei nº 13.146/2015), acessibilidade é a:
(…) possibilidade e condição de alcance para utilização, com segurança 
e autonomia, de espaços, mobiliários, equipamentos urbanos, 
edificações, transportes, informação e comunicação, inclusive seus 
sistemas e tecnologias, bem como de outros serviços e instalações 
abertos ao público, de uso público ou privados de uso coletivo, tanto 
na zona urbana como na rural, por pessoa com deficiência ou com 
mobilidade reduzida (...) (BRASIL, 2015, p. 14).
 
Conhecer nossos direitos e o que diz respeito ao acesso, os quais só 
se concretizaram através da obrigatoriedade sob forma das Leis. Por isso 
da importância do conhecimento e da divulgação deste, visto que a maioria 
dos acadêmicos, senão a todos que terão acesso a este livro e a disciplina de 
deficiência física, devem ser professores e ou futuros professores e ainda ligados 
a área da Educação Especial. Destacando que o conhecimento da legislação se 
torna imprescindível, visto que nos auxilia a termos base legal e de direitos de 
igualdade do acesso à vida social, ao mundo do trabalho e ao educacional. 
Vamos aos estudos!
UNIDADE 2 | DEFICIÊNCIA FÍSICA, PREVENÇAO, AS LEGISLAÇÕES E A REABILITAÇÃO
74
2 TRAJETÓRIA HISTÓRICA DA LEGISLAÇÃO BRASILEIRA 
VOLTADA À DEFICIÊNCIA FÍSICA 
Encontramos os direitos da acessibilidade e muitos outros em outras 
áreas, por exemplo, a acessibilidade, os quais estão assegurados a todos os 
cidadãos brasileiros a partir da Constituição Federal (BRASIL, 1988), a qual nos 
garante o direito de ir e vir, segue nos demais artigos 5º sobre a locomoção que 
estabelece que: “XV – (…) é livre a locomoção no território nacional em tempo de 
paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele 
sair com seus bens”. 
O artigo 227 define que: “§ 2º – A lei disporá sobre normas de construção 
dos logradouros e dos edifícios de uso público e de fabricação de veículos de 
transporte coletivo, a fim de garantir acesso adequado às pessoas portadoras 
de deficiência” e o artigo 244 define que a lei disporá sobre a adaptação dos 
logradouros, dos edifícios de uso público e dos veículos de transporte coletivo 
atualmente existentes a fim de garantir acesso adequado às pessoas com 
deficiência (CREA, 2017, p. 11).
Hoje não se deveria mais discutir sobre normas, já que seria normal um 
estudante sair da universidade com este conceito formado e internalizado, sem 
sombras de dúvidas o desenho universal é a solução. 
Temos as leis federais, como a 10.048 e a 10.098, de 2000, as quais 
estabeleceram normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade 
das pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida, temporária ou 
definitivamente. A Lei no 10.048, de 2000, vem tratar do atendimento prioritário e 
de acessibilidade nos meios de transportes e inova ao introduzir penalidades ao seu 
descumprimento; a Lei no 10.098, de 2000, subdivide o assunto em acessibilidade 
ao meio físico, aos meios de transporte, na comunicação e informação e em ajudas 
técnicas.
Um decreto muito importante e que regulamenta a 10.048 e a 10.098 
de 2000 é o Decreto nº 5.296, de 2 de dezembro de 2004, o qual vem definir a 
implementação da acessibilidade de um modo geral, sendo: 
(…) que definiu critérios mais específicos para a implementação da 
acessibilidade arquitetônica e urbanística e aos serviços de transportes 
coletivos. No primeiro caso, no que se refere diretamente à mobilidade 
urbana, o decreto define condições para a construção de calçadas, 
instalação de mobiliário urbano e de equipamentos de sinalização 
de trânsito, de estacionamentos de uso público; no segundo, define 
padrões de acessibilidade universal para “veículos, terminais, estações, 
pontos de parada, vias principais, acessos e operação” do transporte 
rodoviário (urbano, metropolitano, intermunicipal e interestadual), 
ferroviário, aquaviário e aéreo (CREA, 2017, p. 11).
TÓPICO 2 | LEGISLAÇÃO VIGENTE PARA A DEFICIÊNCIA FÍSICA
75
Este decreto vem regulamentar as duas leis da acessibilidade e assim 
inova todos os conceitos que até então estavam de certa forma garantidos na 
Constituição, porém não discriminados como aparece no decreto. 
A Convenção da ONU sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência 
foi incorporada à legislação brasileira em 2008. No congresso em 2008, o 
Brasil ratificou a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, 
adotada pela ONU, bem como seu Protocolo Facultativo. O documento obteve, 
assim, equivalência de emenda constitucional, valorizando a atuação conjunta 
entre sociedade civil e governo, em um esforço democrático e possível. Deste 
documento surgiu o minilivro e a distribuição fora gratuita. Sobre a deficiência 
física, o decreto 6949/2009 prevê medidas como o direito de todas as pessoas a 
acessibilidade em todos os espaços: 
O artigo 9 da Convenção da ONU sobre os direitos da pessoa com 
deficiência, transformada em emenda constitucional pelo Decreto 
6949/2009, prevê a adoção de medidas apropriadas para assegurar o 
acesso, em igualdade de oportunidades com as demais pessoas, ao 
meio físico, ao transporte, à informação e comunicação, bem como 
a outros serviços e instalações abertos ao público, tanto na zona 
urbana quanto na zona rural. Inclui a identificação e a eliminação de 
obstáculos e barreiras à acessibilidade, devendo ser aplicadas, entre 
outros, a edifícios, rodovias, meios de transporte e outras instalações 
internas e externas, inclusive escolas, moradia, instalações médicas 
e local de trabalho, e informações, comunicações e outros serviços, 
inclusive serviços eletrônicos e serviços de emergência (CREA, 2017, 
p. 11).
O artigo 9 da convenção acabou virando Lei.
Os exemplares destes minilivros foram distribuídos em grande proporção 
em todo o Brasil, as Tiragens: 15.000 exemplares - 1ª Edição (2008) Tiragem: 4.000 
exemplares - 2ª Edição Revista e Atualizada (2010). Tiragem: 20.000 exemplares 
- 3ª Edição Revista e Atualizada (2010). Tiragem: 20.000 exemplares - 4ª Edição 
Revista e Atualizada (2011). 
FIGURA 1 – MINILIVRO DE CAPA BRANCA
FONTE: <http://www.pessoacomdeficiencia.gov.br/app/sites/default/files/publicacoes/
convencaopessoascomdeficiencia.pdf>. Acesso em 25 jan. 2019. 
UNIDADE 2 | DEFICIÊNCIA FÍSICA, PREVENÇAO, AS LEGISLAÇÕES E A REABILITAÇÃO
76
Dentre tantas leis, cabe destacar que a década de 2000 foi a mais promissora 
de todas as que já passamos, lógico que podemos pensar também que tudo fora 
uma construção anterior aos anos 2000 e de certa forma foi, mas seu esplendor 
aconteceu nesta década. Uma Lei federal, a LBI – Lei Brasileira de Inclusão, traz 
novamente a cidadania e o respeito, a inclusão social e a igualdade de direito de 
todos. 
Lei Federal nº 13.146, 6 de julho de 2015: institui a Lei Brasileira de 
Inclusão da Pessoa com Deficiência. A LBI,Lei Brasileira de Inclusão, 
tem como base a Convenção da Organização das Nações Unidas 
(ONU) e é destinada a assegurar e a promover, em condições de 
igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais 
por pessoa com deficiência, visando sua inclusão social e cidadania 
(CREA, 2017, p. 13).
Muitos avanços significativos ocorreram principalmente referentes 
à acessibilidade, mas vimos no último ano de 2018, alguns apontamentos 
de retrocessos, tanto em nível federal como em alguns estados brasileiros. 
Comentaremos na próxima unidade sobre as ameaças que rondam o sistema 
brasileiro de Educação Especial. 
3 LEIS VOLTADAS À ACESSIBILIDADE
Quanto ao conceito de acessibilidade, segundo a própria Lei 10.098, de 
dezembro de 2000, no artigo 2º, apresenta a “acessibilidade como a possibilidade 
e condição de alcance para utilização”, nesta utilização seria o uso de verdade dos 
locais e dos objetos dos instrumentos em geral e com “segurança e autonomia, dos 
espaços, mobiliários e equipamentos urbanos, das edificações, dos transportes e 
dos sistemas e meios de comunicação, por pessoa portadora de deficiência ou 
com mobilidade reduzida” (BRASIL, 2000, p. 3). 
Quando se fala em acesso, também é evidente que se não há acesso é 
porque temos barreiras, estas “barreiras” podem ser, neste caso, arquitetônica, de 
comunicação, de qualquer impedimento, seja de acesso à informação, em geral. 
A Lei 10.098, de dezembro de 2000, conceitua as barreiras das seguintes formas:
Barreiras: qualquer entrave ou obstáculo que limite ou impeça o 
acesso, a liberdade de movimento e a circulação com segurança das 
pessoas, classificadas em:
a) barreiras arquitetônicas urbanísticas: as existentes nas vias públicas 
e nos espaços de uso público.
Ex.: Falta de rampa de acesso para cadeirantes nas vias públicas;
Falta de calçadas com guias para portadores de deficiência visual.
b) barreiras arquitetônicas na edificação: as existentes no interior dos 
edifícios públicos e privados.
Ex.: Falta de banheiros com portas largas, que permitam o acesso 
para cadeirantes; Falta de rampas de acesso para cadeirantes em 
estabelecimentos públicos e privados.
c) barreiras arquitetônicas nos transportes: as existentes nos meios de 
transportes.
TÓPICO 2 | LEGISLAÇÃO VIGENTE PARA A DEFICIÊNCIA FÍSICA
77
Ex.: Coletivos urbanos que não possuem elevador para cadeirantes.
d) barreiras nas comunicações: qualquer entrave ou obstáculo que 
dificulte ou impossibilite a expressão ou o recebimento de mensagens 
por intermédio dos meios ou sistemas de comunicação, sejam ou não 
de massa. (BRASIL, 2000, p. 1).
Na nova redação, na Lei 13.146, de 2015, há algumas mudanças nesses 
conceitos com acréscimos sempre para melhorar as condições e garantir direitos, 
pois esta lei, no 13.146, de 2015, é a última versão e com nova redação das demais 
leis de 2000 até a data de 2015, assim como os decretos. Assim estabelece que: 
Parágrafo único. Esta Lei tem como base a Convenção sobre os Direitos 
das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo, ratificados 
pelo Congresso Nacional por meio do Decreto Legislativo no 186, de 
9 de julho de 2008, em conformidade com o procedimento previsto 
no § 3o do art. 5o da Constituição da República Federativa do Brasil, 
em vigor para o Brasil, no plano jurídico externo, desde 31 de agosto 
de 2008, e promulgados pelo Decreto nº 6.949, de 25 de agosto de 2009, 
data de início de sua vigência no plano interno (BRASIL, 2015. p. 1). 
Então, revisando e resumindo, as leis que vão tratar da acessibilidade são 
a Constituição Brasileira, no artigo 5º, as Leis no 10.098 e 10.048, de 2000, onde 
encontramos também os decretos de 2008 e 2009, e por último, esta de 2015, a Lei 
15.146. 
Porém, percebemos que mesmo existindo as leis que dão o suporte legal 
para que os órgãos públicos façam a cobrança, ainda vimos que no dia a dia dos 
espaços urbanos, seguidos da estrutura das cidades as quais não foram projetadas 
e sim surgiram de pequenas vilas, a maioria fora de padrão da acessibilidade e 
das leis e normas que asseguram a inclusão das pessoas com deficiências nos 
espaços principalmente físicos. 
Assim faz o alerta na cartilha da acessibilidade de SC, que por meio do 
CREA foi criada para esclarecer e a que todos tenham acesso, pensando nos 
estudantes e futuros engenheiros e arquitetos. A qual destaca que: 
As barreiras arquitetônicas são impostas por projetos equivocados, e 
também por execuções inadequadas, por falta de conhecimento, de 
manutenção e principalmente fiscalização, do projetado e efetivamente 
executado. A inclusão social não é resultado de doações, ela busca o 
compromisso pessoal e atitudinal para melhorar a vida da sociedade 
como um todo, o direito à dignidade plena. A falta de conhecimento 
da sociedade que a todos envolve, reforça ainda mais os critérios de 
acessibilidade. Não apenas como atendimento à Legislação vigente, 
mas como a necessidade de direitos iguais ao uso dos equipamentos 
urbanos, aos acessos de espaços públicos. Não se trata de sensibilizar 
as pessoas, mas conscientizá-las, principalmente os profissionais 
que necessitam apresentar a técnica na qual foram agraciados pelo 
conhecimento e do saber científico (CREA, 2017, p. 9).
UNIDADE 2 | DEFICIÊNCIA FÍSICA, PREVENÇAO, AS LEGISLAÇÕES E A REABILITAÇÃO
78
Em todos os setores existem os profissionais habilitados para as funções, 
porém ainda em nível municipal encontramos alguns poucos comprometidos 
com o seguimento das normas e projetos. É necessário estes projetos estarem 
sempre pensados em todos os níveis de acessibilidade, tornar-se “normal” um 
projeto, uma edificação dentro das normas. Sendo assim, se cumpre ao decreto 
5.296/04. 
(…) cumprimento ao Decreto Federal nº 5.296/04, a concepção e a 
implantação dos projetos arquitetônicos e urbanísticos devem atender 
aos princípios do desenho universal, tendo como referências básicas as 
normas técnicas de acessibilidade da ABNT, a legislação específica e as 
regras contidas neste Decreto. Da mesma forma, a construção, reforma 
ou ampliação de edificações de uso público ou coletivo, ou a mudança 
de destinação para estes tipos de edificação (CREA, 2017, p. 9).
No que se refere ao desenho universal, está embasado em sete princípios: 
IGUALITÁRIO - Uso equiparável (para pessoas com diferentes 
capacidades); 
ADAPTÁVEL - Uso flexível (com leque amplo de preferências e 
habilidades); 
ÓBVIO - Simples e intuitivo (fácil de entender); 
CONHECIDO - Informação perceptível (comunica eficazmente a 
informação necessária) SEGURO - Tolerante ao erro (que diminui 
riscos de ações involuntárias); 
SEM ESFORÇO - Com pouca exigência de esforço físico; 
ABRANGENTE - Tamanho e espaço para o acesso e o uso 
(GABRILLI, 2016, p. 4). 
Se fossem seguidos os princípios do desenho universal nos que se refere 
aos projetos de modo geral, onde haverá a acessibilidade, onde especifica, por 
exemplo, no igualitário contemplaria a todos, as pessoas com deficiências, 
o obeso, a gestante. E assim os demais princípios, se respeitados, estariam no 
desenho universal.
Voltando à discussão do Decreto no 6.949, de 25 de agosto de 2009, em 
que é promulgada a Convenção Internacional sobre Direitos das Pessoas com 
Deficiência e Protocolo facultativo, assinados em Nova York, em 30 de março 
de 2007. Não podemos esquecer a grande participação do Brasil em legalizar de 
fato estes direitos das pessoas com deficiências ao acesso em todos os sentidos. 
Vejamos uma parte desta constituição no Preâmbulo (na introdução), no artigo 1. 
Acordaram entre os estados e países, no artigo 1, o Propósito
- O propósito da presente Convenção é promover, proteger e 
assegurar o exercício pleno e equitativo de todos os direitos humanos 
e liberdades fundamentais por todas as pessoas com deficiência e 
promover o respeito pela sua dignidade inerente. 
- Pessoas com deficiência são aquelas que têm impedimentos de longoprazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em 
interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação 
plena e efetiva na sociedade em igualdades de condições com as 
demais pessoas (BRASIL, 2009, p. 2). 
 
TÓPICO 2 | LEGISLAÇÃO VIGENTE PARA A DEFICIÊNCIA FÍSICA
79
 No objetivo maior que era, sem dúvida, de assegurar os direitos equitativos, 
isto é, algo justo e de igual valor e preocupação para com as pessoas com 
deficiências, no que diz respeito aos direitos, principalmente na acessibilidade. 
No artigo 2 para o propósito da convenção, vem falar sobre a comunicação 
ao acesso sob todas as formas de línguas e também sobre a adaptação e ao desenho 
universal, vejamos: 
“Adaptação razoável” significa as modificações e os ajustes 
necessários e adequados que não acarretem ônus desproporcional ou 
indevido, quando requeridos em cada caso, a fim de assegurar que as 
pessoas com deficiência possam gozar ou exercer, em igualdade de 
oportunidades com as demais pessoas, todos os direitos humanos e 
liberdades fundamentais;
“Desenho universal” significa a concepção de produtos, ambientes, 
programas e serviços a serem usados, na maior medida possível, por 
todas as pessoas, sem necessidade de adaptação ou projeto específico. 
O “desenho universal” não excluirá as ajudas técnicas para grupos 
específicos de pessoas com deficiência, quando necessárias (BRASIL, 
2009, p. 2). 
Entende-se por adaptação razoável, por exemplo, para os espaços urbanos 
onde já existiam prédios, escadarias e locais de difícil acesso ao cadeirante e ao 
com mobilidade reduzida, que sejam realizadas as adaptações e estas venham 
melhorar o acesso possibilitando assim a igualdade de direitos de acessar locais 
antes não disponíveis.
Sobre o desenho universal, é fazer com que todos os engenheiros, os 
arquitetos e quem vai lidar com o Design comecem a pensar como algo natural 
aos seus projetos, se esta ideia se tornar natural. 
No artigo 3 – sobre os princípios gerais, os quais trazem à tona novamente 
a base, que é respeito pelas diferenças, nas ações. Vejamos: 
Os princípios da presente Convenção são:
a) O respeito pela dignidade inerente, a autonomia individual, 
inclusive a liberdade de fazer as próprias escolhas, e a independência 
das pessoas;
b) A não-discriminação;
c) A plena e efetiva participação e inclusão na sociedade;
d) O respeito pela diferença e pela aceitação das pessoas com 
deficiência como parte da diversidade humana e da humanidade;
e) A igualdade de oportunidades;
f) A acessibilidade;
g) A igualdade entre o homem e a mulher;
h) O respeito pelo desenvolvimento das capacidades das crianças com 
deficiência e pelo direito das crianças com deficiência de preservar sua 
identidade (BRASIL, 2009, p. 3).
UNIDADE 2 | DEFICIÊNCIA FÍSICA, PREVENÇAO, AS LEGISLAÇÕES E A REABILITAÇÃO
80
Zelando pelo respeito e a autonomia entre as pessoas, pela liberdade de 
escolhas, pois a gente sabe e muitos também vivenciaram a época em que as 
pessoas com deficiências não poderiam opinar e fazer suas próprias escolhas, 
eram alvo dos ditos normais para decidir suas vidas. 
 
Por muito tempo também se tinha os chavões, diziam “o aleijado, o 
manco, pessoa especial”, isto causava uma certa discriminação da pessoa perante 
os demais, então até em nomes não podem mais ser discriminados, o correto é a 
pessoa com deficiência física, ou visual e/ ou intelectual, entre outras. 
O principal é o respeito pelas diferenças, ser aceito na sociedade como 
eles são, a participação na vida social, igualdade de direitos entre os homens e 
mulheres e entre as pessoas com alguma deficiência. 
O decreto é extenso e em sua redação total apresenta 50 artigos, indicamos 
a vocês acadêmicos que leiam e discutam com seus colegas, para que se em algum 
momento precisarem de esclarecimentos e embasamento legal. 
Daremos continuidade à discussão, não de todos os artigos, mas de alguns 
principais que estão relacionados à deficiência física. Assim, comentaremos mais 
alguns artigos. 
O artigo 4 propõe que sejam implementadas as políticas de educação 
especial, que sejam realizadas pesquisas para o desenvolvimento tecnológicos e 
na área da saúde e educacional e informação acessível. 
Os artigos 5 e 6 dispõem novamente sobre a não discriminação das 
pessoas com deficiências e também para com as mulheres com alguma deficiência 
proporcionando o empoderamento das meninas e mulheres com algum tipo de 
deficiência. 
O artigo 7 vai tratar das crianças com deficiência, as quais guardam “o 
direito de expressar livremente sua opinião sobre todos os assuntos que lhes 
disserem respeito, tenham a sua opinião devidamente valorizada de acordo com 
sua idade e maturidade, em igualdade de oportunidades com as demais crianças” 
(BRASIL, 2009, p. 5). 
No artigo 8 o decreto vai discorrer sobre a conscientização, onde estipula 
aos estados a seguinte redação na lei: 
a) Conscientizar toda a sociedade, inclusive as famílias, sobre as 
condições das pessoas com deficiência e fomentar o respeito pelos 
direitos e pela dignidade das pessoas com deficiência;
b) Combater estereótipos, preconceitos e práticas nocivas em relação a 
pessoas com deficiência, inclusive aqueles relacionados a sexo e idade, 
em todas as áreas da vida;
c) Promover a conscientização sobre as capacidades e contribuições 
das pessoas com deficiência.
TÓPICO 2 | LEGISLAÇÃO VIGENTE PARA A DEFICIÊNCIA FÍSICA
81
2.As medidas para esse fim incluem:
a) Lançar e dar continuidade a efetivas campanhas de conscientização 
públicas, destinadas a:
i) Favorecer atitude receptiva em relação aos direitos das pessoas com 
deficiência;
ii) Promover percepção positiva e maior consciência social em relação 
às pessoas com deficiência;
iii) Promover o reconhecimento das habilidades, dos méritos e das 
capacidades das pessoas com deficiência e de sua contribuição ao local 
de trabalho e ao mercado laboral;
b) Fomentar em todos os níveis do sistema educacional, incluindo 
neles todas as crianças desde tenra idade, uma atitude de respeito para 
com os direitos das pessoas com deficiência;
c) Incentivar todos os órgãos da mídia a retratar as pessoas com 
deficiência de maneira compatível com o propósito da presente 
Convenção;
d) Promover programas de formação sobre sensibilização a respeito 
das pessoas com deficiência e sobre os direitos das pessoas com 
deficiência (BRASIL, 2009, p. 4). 
Que haja uma conscientização sob forma de sensibilização, onde possa se 
combater estereótipos, mudança atitudinal de todas as pessoas, na construção de 
uma sociedade inclusiva, que o processo de inclusão possa estar permeado em 
todos os espaços. 
No artigo 9, voltamos ao decreto no que se refere à acessibilidade, onde faz 
com que esta possa se transformar em algo corriqueiro e não mais uma obrigação 
que está na lei e precisa ser cumprida,
a fim de possibilitar às pessoas com deficiência viver de forma 
independente e participar plenamente de todos os aspectos da vida, 
os Estados Partes tomarão as medidas apropriadas” onde será exigido 
que cada estado cumpra de fato e faça cumprir, executando multas as 
quem não cumprir. Assim, deve “assegurar às pessoas com deficiência 
o acesso, em igualdade de oportunidades com as demais pessoas, 
ao meio físico, ao transporte, à informação e comunicação, inclusive 
aos sistemas e tecnologias da informação e comunicação, bem como 
a outros serviços e instalações abertos ao público ou de uso público, 
tanto na zona urbana como na rural (BRASIL, 2009, p. 4).
Seguindo nos comentários dos artigos, incluímos o de número 10, 11 e 
12, em que no 10 vai enfatizar o direito à vida, como já comentamos na unidade, 
muitos povos matavam as crianças e pessoas com deficiência, no decreto, 
assegura-se o direito à vida e com as mesmas oportunidades às demais pessoas. 
O artigo 11 assegura as situações de risco e emergências humanitárias e o artigo 
12 garante a igualdade de direitos perante a lei. 
 Os artigos 13,14,15, 16,17 e 18 continuamtratando dos direitos, como o 
enunciado de cada um nos apresenta, sendo: Artigo 13 - Acesso à justiça; Artigo 
14 - Liberdade e segurança da pessoa; Artigo 15 - Prevenção contra tortura ou 
tratamentos ou penas cruéis, desumanos ou degradantes; Artigo 16 - Prevenção 
contra a exploração, a violência e o abuso; Artigo 17 - Proteção da integridade da 
pessoa; Artigo 18 - Liberdade de movimentação e nacionalidade.
 
UNIDADE 2 | DEFICIÊNCIA FÍSICA, PREVENÇAO, AS LEGISLAÇÕES E A REABILITAÇÃO
82
No artigo 19, nos traz a questão sobre a vida independente e inclusão 
na sociedade, em que as pessoas com deficiência poderão exercer os direitos de 
morara sozinhas e onde quiserem. Claro, mediante condições favoráveis a isto. 
Assim assegura a Lei:
a) As pessoas com deficiência possam escolher seu local de residência 
e onde e com quem morar, em igualdade de oportunidades com as 
demais pessoas, e que não sejam obrigadas a viver em determinado 
tipo de moradia;
b) As pessoas com deficiência tenham acesso a uma variedade de 
serviços de apoio em domicílio ou em instituições residenciais ou 
a outros serviços comunitários de apoio, inclusive os serviços de 
atendentes pessoais que forem necessários como apoio para que as 
pessoas com deficiência vivam e sejam incluídas na comunidade e 
para evitar que fiquem isoladas ou segregadas da comunidade;
c) Os serviços e instalações da comunidade para a população em 
geral estejam disponíveis às pessoas com deficiência, em igualdade de 
oportunidades, e atendam às suas necessidades. (BRASIL, 2009, p. 8). 
Percebemos que nos locais comunitários, por exemplo, os lares (abrigos), 
nem sempre há vaga se tratando de pessoas com deficiências e, em locais 
particulares, o benefício que estas pessoas recebem não contempla o valor, 
geralmente eles recebem até um salário-mínimo e os locais cobram em torno de 
três a quatro salários para dar moradia, ficando impossibilitados de morar nestes 
locais. Nas famílias, nem sempre os familiares querem esta pessoa com deficiência 
para morar na casa, muitas vezes é necessária a intervenção judicial para definir 
um local e colocar na obrigação da família os cuidados da pessoa com deficiência.
Os artigos 20 - Mobilidade pessoal e o artigo 21 - Liberdade de expressão 
e de opinião e acesso à informação vão tratar da garantia das pessoas com 
deficiências ao acesso às tecnologias, às informações com uso de recursos de 
línguas e de sistemas de escrita e leitura, como o Braille e a Língua de Sinais, 
assim como o acesso às tecnologias assistivas para as pessoas com deficiências 
físicas.
Continuando nossas reflexões sobre o que tratam os artigos do decreto, 
nos artigos 21 e 22, será assegurada a questão do respeito à privacidade e o 
respeito pelo lar e pela família, onde “As pessoas com deficiência têm o direito à 
proteção da lei contra tais interferências ou ataques” (BRASIL, 2009, p. 9). Onde 
o direito a ter sua própria família esteja incluso na sua vida social e de escolha 
dos pretendentes, ou “seja reconhecido o direito das pessoas com deficiência, em 
idade de contrair matrimônio, de casar-se e estabelecer família, com base no livre 
e pleno consentimento dos pretendentes” (BRASIL, 2009, p. 9).
 
O artigo 24 – da Educação – garante e assegura totalmente a igualdade 
de oportunidades à Educação, matricular-se e manter a seriação, sendo dever e 
obrigação das escolas públicas. Sendo assim, destacamos: 
TÓPICO 2 | LEGISLAÇÃO VIGENTE PARA A DEFICIÊNCIA FÍSICA
83
(…) b) As pessoas com deficiência possam ter acesso ao ensino 
primário inclusivo, de qualidade e gratuito, e ao ensino secundário, 
em igualdade de condições com as demais pessoas na comunidade 
em que vivem;
c) Adaptações razoáveis de acordo com as necessidades individuais 
sejam providenciadas;
d) As pessoas com deficiência recebam o apoio necessário, no âmbito do 
sistema educacional geral, com vistas a facilitar sua efetiva educação;
e) Medidas de apoio individualizadas e efetivas sejam adotadas em 
ambientes que maximizem o desenvolvimento acadêmico e social, de 
acordo com a meta de inclusão plena (BRASIL, 2009, p. 10). 
Com a política de inclusão em todos os estados e a proposta sendo 
cumprida pelo MEC, o apoio, a distribuição de materiais e a fomentação desta 
política vieram a favorecer a todos os alunos com algum tipo de deficiência, 
a exemplo disso, as verbas vindas para as escolas para que fossem feitas as 
adaptações necessárias a acessibilidades dos alunos com deficiência física. 
A exemplo da aplicação destas verbas vindas diretas para as escolas, para 
aquisição dos recursos, alguns traremos imagens para exemplificar.
FIGURA 2 – BEBEDOURO ACESSÍVEL – A MAIORIA DAS ESCOLAS ADQUIRIU ESTE PARA OS 
ALUNOS
FONTE: <http://brasildecorar.com.br/bebedouro_acessivel.html>. Acesso em: 28 jan. 2019.
Nas escolas também foram feitas as adaptações mais urgentes e 
necessárias, como diz a lei, assim algumas não ficaram dentro dos padrões, 
porém, por existir prédios antigos e sem condições de adequações. Vejamos 
alguns exemplos destes acessos, construídos com o dinheiro da acessibilidade 
nas escolas. 
UNIDADE 2 | DEFICIÊNCIA FÍSICA, PREVENÇAO, AS LEGISLAÇÕES E A REABILITAÇÃO
84
FONTE: <http://especiais.g1.globo.com/educação/2015/censo-escolar-2014/a-escola-acessivel-
ou-nao.html>. Acesso em: 28 jan. 2019.
FIGURA 3 – RAMPA E BANHEIRO ADAPTADOS – CONSTRUÇÕES ANTIGAS (ESCOLA EM 
GOIÁS)
FONTE: <http://especiais.g1.globo.com/educação/2015/censo-escolar-2014/a-escola-acessivel-
ou-nao.html>. Acesso em: 28 jan. 2019.
FIGURA 4 – CARTEIRAS ADAPTADAS
Os artigos 25 – saúde e o Artigo 26 – Habilitação e reabilitação contemplam 
a saúde, garantem o acesso e a preferência ao atendimento às pessoas com 
deficiência. “Fortalecerão e ampliarão serviços e programas completos de 
habilitação e reabilitação, particularmente nas áreas de saúde, emprego, educação 
e serviços sociais, de modo que esses serviços e programas” (BRASIL, 2009, p. 
10). Inclui neste caso a reabilitação das pessoas com deficiência em atendimento 
pelo Sistema Único da Saúde, neste caso, na deficiência física, atendimento em 
casa de fisioterapia, entre outros. Em Brasil (2009, p. 10): “Oferecerão às pessoas 
com deficiência programas e atenção à saúde gratuitos ou a custos acessíveis da 
mesma variedade, qualidade e padrão que são oferecidos às demais pessoas (…)”.
No artigo 27 – Trabalho e emprego. “Os Estados Partes reconhecem o 
direito das pessoas com deficiência ao trabalho, em igualdade de oportunidades 
com as demais pessoas” (BRASIL, 2009, p. 10). Igualdade de acesso ao trabalho, 
onde muitas empresas acabam praticamente implorando pessoas com deficiência 
para cumprir com a Lei, nem sempre o acesso é igual aos demais, muitas vezes 
oferecem menos tempo de trabalho e o salário menor. A dificuldade das pessoas 
com deficiência física é o local adequado para exercer o trabalho. “Esse direito 
TÓPICO 2 | LEGISLAÇÃO VIGENTE PARA A DEFICIÊNCIA FÍSICA
85
abrange o direito à oportunidade de se manter com um trabalho de sua escolha ou 
aceitação no mercado laboral, em ambiente de trabalho que seja aberto, inclusivo 
e acessível a pessoas com deficiência” (BRASIL, 2009, p. 10). 
Artigo 28 – Padrão de vida e proteção social adequados e Artigo 29 – 
Participação na vida política e pública. Ambos vêm tratar das questões sociais, 
oferecer condições de vida digna. Assim como a garantia da participação na 
política, vimos várias pessoas com deficiência exercendo este direito. 
A exemplo temos a Deputada Federal Mara Gabrilli, cadeirante, eleita em 
2018 senadora por São Paulo. 
FONTE: <https://goo.gl/FHxaxC>. Acesso em: 28 jan. 2019.
FONTE: <https://goo.gl/tYkKLg>. Acesso em: 28 jan. 2019.
FIGURA 5 – SANTINHO DA CANDIDATA A SENADORA EM SP. ELEIÇÕES 2018
FIGURA 6 – SENADORA MARA GABRILLI, REPRESENTANTE TAMBÉM NA ONU DO BRASIL
UNIDADE 2 | DEFICIÊNCIA FÍSICA, PREVENÇAO, AS LEGISLAÇÕES E A REABILITAÇÃO
86
O artigo 30 visa a participação na vida cultural e em recreação, lazere 
esporte, este é um dos artigos que são bem complicados de serem cumpridos, 
observando as pessoas com deficiências físicas, visto que uma grande parte é de 
pessoas com restrição financeira, outro agravante é a capacidade de sair viajar 
sozinho, por exemplo, poucos têm autonomia e vida independente. Quanto ao 
esporte, muitos conseguem praticar algum tipo de esporte, basquete sobre rodas, 
futebol, natação, entre outros. Muito importante nesta luta são as associações de 
pessoas com deficiência em cada município.
Algumas pessoas com deficiências conseguem se destacar no quesito 
laser, esportes, viagens, são os com deficiência visual e auditivo, estes com suas 
carteirinhas de passe livre, têm autonomia e são independentes, viajam, passeiam 
pelo país todo, mas deveria estar garantido, neste caso, o acesso a estes locais, 
com o uso da Língua de Sinais e audiodescrição num cinema e outros. 
No artigo 31 – Estatísticas e coleta de dados. Neste caso vimos que “... 
coletarão dados apropriados, inclusive estatísticos e de pesquisas, para que 
possam formular e implementar políticas destinadas a pôr em prática a presente 
Convenção” (BRASIL, 2009, p. 11). 
 
Seguindo na discussão dos artigos do Decreto, o artigo 32 – Cooperação 
internacional, no que diz respeito à cooperação, declara: “b) Facilitar e apoiar 
a capacitação, inclusive por meio do intercâmbio e compartilhamento de 
informações, experiências, programas de treinamento e melhores práticas; 
c) Facilitar a cooperação em pesquisa e o acesso a conhecimentos científicos e 
técnicos” (BRASIL, 2009, p. 11). Neste artigo, o Brasil vem colaborando de forma 
significativa, desde os seminários realizados de forma local, regional, estadual, 
nacional e internacional. 
No artigo 33 – Implementação e monitoramento nacionais assegura-
se que: “Os Estados Partes levarão em conta os princípios relativos ao status e 
funcionamento das instituições nacionais de proteção e promoção dos direitos 
humanos” (BRASIL, 2009, p. 12).
No artigo 34 – Comitê sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, trata-
se da eleição do comitê, regulamenta como deverá ser esta eleição. E os demais 
artigos, de 35 ao número 50, vai tratar de relatórios e considerações. 
Todos precisam estar atentos à legislação para não perder direitos e 
oportunizar a todos o acesso e o pleno exercício da cidadania. 
TÓPICO 2 | LEGISLAÇÃO VIGENTE PARA A DEFICIÊNCIA FÍSICA
87
Breve trajetória histórica do movimento das pessoas com deficiência
 
 Izabel Maior 
 A história das pessoas com deficiência no Brasil evoluiu no século XIX, com a 
educação especial de cegos e de surdos em internatos, como na Europa. Nessa época foi 
introduzido o sistema Braille de escrita para os cegos e, entre 1880 e 1960, os surdos foram 
proibidos de usar a língua de sinais para não comprometer o aprendizado compulsório da 
linguagem oral. (LANNA JÚNIOR, 2010). Esse fato representa no Brasil a mais emblemática 
dominação da cultura hegemônica de ouvintes sobre o grupo minoritário de surdos, o qual 
foi impedido de se desenvolver em sua cultura natural. 
 No início do século XX estabeleceram-se as escolas especiais para crianças com 
deficiência mental (atualmente deficiência intelectual), nas redes paralelas ao ensino 
público, devido à omissão do Estado. A educação especial é aplicada principalmente nas 
associações Pestalozzi (nome do criador do método) e nas Associações de Pais e Amigos 
dos Excepcionais (APAE). Os termos “excepcionais” e “portadores de necessidades especiais”, 
embora anacrônicos e incorretos, persistem na sociedade, particularmente por serem 
repetidos pela mídia, evidenciando o modelo integrador da deficiência. 
As pessoas com deficiência física (antes chamadas “deficientes físicos”) eram ligadas à área da 
saúde, em centros de reabilitação, mantidos por iniciativa não governamental. 
 Esses centros surgiram a partir da epidemia de poliomielite nos anos 1950 e 1960, 
adotando terapias instituídas a partir da II Guerra Mundial. 
 Na área pública no século XX, desenvolveram-se políticas assistencialistas, divorciadas da 
inserção social. Essas iniciativas correspondem também ao modelo biomédico ou de integração, 
calcado nos esforços de normalização das pessoas com deficiência para atender os padrões de 
desempenho e estética exigidos pela sociedade, sem que se alterem seus sistemas e práticas. 
 Ao final dos anos 1970, cresceu a consciência que resultaria no movimento político 
das pessoas com deficiência. Evidenciou-se o contraste entre instituições tradicionais para 
atendimento e associações de pessoas com deficiência. (LANNA JÚNIOR, 2010). Esse cenário 
persiste nos dias atuais. 
 A “fase heroica” do movimento das pessoas com deficiência coincide com a abertura 
política, quando reunidas em Brasília em 1980, as associações 2 construíram a pauta comum 
de reivindicações de seus direitos. O 1° Encontro fez nascer o sentimento de pertencimento 
a um grupo, a consciência de que os problemas eram coletivos e, portanto, as batalhas e as 
conquistas deveriam visar ao espaço público (SÃO PAULO, 2011). 
 Segundo Figueira, “Se até aqui a pessoa com deficiência caminhou em silêncio, 
excluída ou segregada em entidades, a partir de 1981, Ano Internacional da Pessoa 
Deficiente, promulgado pela ONU, passou a se organizar politicamente” (FIGUEIRA, 2008). 
Em depoimento, Sassaki conta que “pela primeira vez surgiu a palavra pessoa para conferir 
dignidade e identidade ao conjunto das pessoas deficientes” (LANNA JÚNIOR, 2010). 
 O movimento culmina com a ratificação da Convenção sobre os Direitos das 
Pessoas com Deficiência pelo Brasil, A participação direta e efetiva dos indivíduos não foi 
fruto do acaso, mas decorre do paulatino fortalecimento deste grupo populacional, que 
passou a exigir direitos civis, políticos, sociais e econômicos (GARCIA, 2011). 
IMPORTANT
E
UNIDADE 2 | DEFICIÊNCIA FÍSICA, PREVENÇAO, AS LEGISLAÇÕES E A REABILITAÇÃO
88
 No âmbito do governo federal foi criada a Coordenadoria Nacional para Integração 
da Pessoa Portadora de Deficiência (CORDE), responsável pela Política Nacional para 
Integração da Pessoa Portadora de Deficiência e, posteriormente, surgiu o Conselho Nacional 
dos Direitos da Pessoa com Deficiência (CONADE). 
 Em 2009 a CORDE tornou-se a Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da 
Pessoa com Deficiência, na estrutura da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência 
da República. Cabe ao órgão propor e avaliar as leis e decretos, articular as políticas 
interministeriais para a agenda de inclusão e o apoio aos. A CORDE conduziu, em parceria 
com a sociedade, o processo de ratificação da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com 
Deficiência e é responsável por seu monitoramento. 
 Em São Paulo foi criada a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com 
Deficiência pela Lei Complementar 1.038/2008, para exercer funções que contribuam para 
a adequada condução das políticas públicas que visem à melhoria da qualidade de vida 
das pessoas com deficiência e de suas famílias. (SÃO PAULO, 2008) Essa Secretaria vem se 
destacando no âmbito interno com estudos e políticas inovadoras e iniciativas internacionais 
de repercussão. 
Legislação Brasileira 
 O conjunto das leis brasileiras destinadas aos direitos das pessoas com deficiência 
é reconhecido como um dos mais abrangentes do mundo. Na Constituição Federal (BRASIL, 
1988) estão os direitos específicos do segmento distribuídos em vários artigos. A política de 
inclusão, acessibilidade, garantias 3 para surdos, cegos e pessoas com baixa visão têm leis 
próprias. Outra parte importante dos direitos está inserida, de forma transversal, na legislação 
geral da saúde, educação, trabalho, proteção social, cultura, esporte, etc. As leis mais recentes 
apresentam o recorte da pessoa com deficiência, como, por exemplo, a acessibilidadenos 
programas habitacionais públicos e a política de mobilidade urbana. 
 A primeira lei federal abrangente sobre as pessoas com deficiência é a Lei 7.853/1989 
(regulamentada pelo Decreto 3.298/1999). A lei dispõe sobre o apoio às pessoas portadoras 
de deficiência, sua integração social, sobre a Coordenadoria Nacional para Integração da 
Pessoa Portadora de Deficiência – Corde institui a tutela jurisdicional de interesses coletivos 
ou difusos dessas pessoas, disciplina a atuação do Ministério Público e define crimes. 
 É importante conhecer os crimes puníveis com reclusão de um a quatro anos e multa: 
recusar matrícula, obstar acesso a cargo público, negar emprego ou trabalho, recusar internação 
ou deixar de prestar assistência médica, deixar de cumprir a execução de ordem judicial expedida 
na ação civil a que alude esta lei e recusar, retardar ou omitir dados técnicos indispensáveis à 
propositura da ação civil objeto desta lei, quando requisitados pelo Ministério Público. 
 A acessibilidade é tratada nas Leis 10.048 e 10.098/2000 e no Decreto 5296/2004, 
que regulamenta a prioridade de atendimento às pessoas com deficiência ou mobilidade 
reduzida (idosos, gestantes) e estabelece normas para a promoção da acessibilidade. Esse 
decreto é o mais conhecido entre as pessoas com deficiência porque disciplina as condições 
que impactam sua vida cotidiana. O decreto trata da acessibilidade amplamente: acesso 
aos espaços públicos e edificações, moradias, bens culturais imóveis, todos os modais de 
transportes coletivos e terminais de embarque e desembarque. 
 Essa legislação assegura a acessibilidade na comunicação e informação, telefonia 
fixa e móvel, legendas, janela com intérprete da Libras, audiodescrição (narrativa de imagens 
para cegos) na televisão, no cinema, no teatro, em campanhas publicitárias e políticas; sites 
acessíveis e tecnologia assistiva (equipamentos que conferem autonomia, desde talher 
adaptado à embreagem manual de carro ou o programa computacional de leitura da tela 
para cegos). 
TÓPICO 2 | LEGISLAÇÃO VIGENTE PARA A DEFICIÊNCIA FÍSICA
89
 A Lei 10.436/2002 é específica para a pessoa surda ao oficializar a Língua Brasileira de 
Sinais – Libras, mantido o português escrito como segunda língua. É obrigatória a capacitação 
dos agentes públicos em Libras. O Decreto 5626/2005 define a educação bilíngue, a 
formação de tradutores e intérpretes de Libras, que tiveram a profissão regulamentada pela 
Lei 12.319/2010, fato que permite concursos públicos e contratação desses profissionais.
 As pessoas cegas ou com baixa visão, após a Lei 11126/2005 e o Decreto 5904/2006, 
podem ingressar e permanecer com o cão-guia em ambientes e transportes coletivos, com 
espaço preferencial demarcado. 
 A ação afirmativa mais importante para as pessoas com deficiência é o acesso 
ao trabalho. A Lei 8112/1990 determinou a reserva de cargos nos concursos públicos e 
a Lei 8213/1991 estabeleceu a reserva de 2 a 5% dos cargos nas empresas com 100 ou 
mais empregados para beneficiários reabilitados e pessoas com deficiência habilitadas 
profissionalmente. Apesar da fiscalização e multas há uma grande resistência dos 
empresários em contratar trabalhadores com deficiência, por discriminação e recusa de 
prover acessibilidade nos ambientes de trabalho. Algumas sentenças judiciais aceitam as 
justificativas dos empresários e perpetuam a exclusão das pessoas com deficiência. Se o 
direito ao trabalho não for respeitado não haverá inclusão. 
 O direito à educação especial está assegurado na Lei 9394/1996, referente às 
bases da educação nacional e prevê recursos pedagógicos específicos para cada aluno 
com deficiência. Em 2007, o MEC editou a Política de educação especial na perspectiva da 
educação inclusiva, obedecendo à Convenção da ONU: sistema de ensino inclusivo, com 
aula na classe comum e atendimento educacional especializado em turno oposto, para 
garantir a inclusão com qualidade. São exigidas: sala de recursos multifuncionais, instalações 
acessíveis, formação de professores para o atendimento de alunos surdos na educação 
bilíngue e para o ensino do sistema Braille aos alunos cegos ou com baixa visão, além de 
material didático acessível. Persiste a defesa das escolas especiais separadas para alunos com 
deficiência intelectual e múltipla principalmente, pois parte da sociedade ainda as considera 
necessária e usa sua força política para mantê-las, apesar disso a educação inclusiva avança. 
 A Lei 8742/1993 estabeleceu o atendimento da pessoa com deficiência em diversos 
tipos serviços da Assistência Social, tais como residências inclusivas, modelo de moradia 
com apoios para a autonomia e a vida independente na comunidade. Essa modalidade pode 
atender aos casos de violência que precisam sair de casa. A lei também define a concessão do 
benefício de prestação continuada (BPC), no valor de um salário mínimo mensal, destinado 
ao enfretamento da situação de extrema pobreza de vida de muitas pessoas com deficiência. 
 A legislação relativa à pessoa com deficiência do Estado de São Paulo encontra-se 
consolidada na Lei 12.907/2008 (atualizada até a Lei 14.467, de 08 de junho de 2011). 
Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência
 A Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, homologada em 2006 
pela Organização das Nações Unidas (ONU), é o mais recente tratado internacional de direitos 
humanos e foi o primeiro a contar com a voz dos movimentos sociais na fase de elaboração 
(PAULA e MAIOR). Sob o lema “Nada sobre nós, sem nós”, o documento apresenta o conjunto 
de medidas a serem cumpridas pela sociedade e governos, com igual responsabilidade, 
visando à justiça social com igualdade de oportunidades. 
 No Brasil, a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência foi ratificada 
com base no § 3º do artigo 5º da Constituição, incluído pela Emenda Constitucional nº 45, 
de 2004, passando a marco constitucional. O Decreto legislativo 186/2008 (BRASIL, 2008) 
ratificou-a e o Decreto 6.949/2009 completou o processo de internalização (BRASIL, 2009). É 
a única convenção com status constitucional. A denominação oficial do segmento passou a 
ser “pessoa com deficiência”. 
UNIDADE 2 | DEFICIÊNCIA FÍSICA, PREVENÇAO, AS LEGISLAÇÕES E A REABILITAÇÃO
90
 São princípios da Convenção: a autonomia, a liberdade de fazer as próprias 
escolhas, a não-discriminação, a participação e inclusão, o respeito pelas diferenças e a 
pessoa com deficiência como parte da diversidade humana, a igualdade de oportunidades, 
a acessibilidade, a igualdade de gênero e o respeito pelo desenvolvimento das capacidades 
das crianças com deficiência. 
 A Convenção estabelece a acessibilidade como princípio e como direito, a condição 
para a garantia de todo e qualquer direito humano (BEZERRA, 2014). O descumprimento 
da acessibilidade equivale à discriminação com base na deficiência. Não existe liberdade 
de expressão sem as tecnologias de informação e comunicação acessíveis, tal como não 
se realiza o acesso ao trabalho sem respeito pela diferença, transporte e acomodações 
acessíveis. 
 Devido à força constitucional, a Convenção condiciona todas as leis, decretos, e 
outras normas atinentes às pessoas com deficiência, assim como aumentaram as obrigações 
do Estado, em todas as esferas de governo, do segundo e terceiro setores, com ativa 
participação da pessoa com deficiência e das famílias (MAIOR; MEIRELLES, 2010). 
 Tão importante quanto a Convenção é o seu Protocolo Facultativo, pois se não 
forem suficientes as instâncias nacionais, o Comitê da Convenção atuará no monitoramento 
e na apuração de denúncias de violações dos direitos humanos, individuais e coletivos, 
oriundos dos países signatários do documento opcional (PAULA; MAIOR, 2008). 
 Cabe destacar alguns artigos da Convenção que trazem significativos avanços à 
proteção e garantia dos direitos das pessoas com deficiência. 
 O artigo 1 permite o entendimento do modelo social da deficiência adotado: 
“Pessoascom deficiência são aquelas que têm impedimentos de longo prazo 6 de natureza 
física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem 
obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as 
demais pessoas”. 
 Segundo Fonseca, esse conceito de deficiência é revolucionário devido à percepção 
de que a deficiência está na sociedade, não nos atributos dos cidadãos que apresentem 
impedimentos e, na medida em que as sociedades removam essas barreiras culturais, 
tecnológicas, físicas e atitudinais, as pessoas com impedimentos têm assegurada (ou não) a 
sua cidadania (FONSECA, 2007).
 O artigo 2 define “discriminação por motivo de deficiência” como qualquer 
diferenciação, exclusão ou restrição baseada em deficiência, com o propósito ou efeito de 
impedir o reconhecimento, o desfrute ou o exercício, em igualdade de oportunidades com 
as demais pessoas, de todos os direitos humanos. É essencial para o enquadramento de 
casos de denúncia do cotidiano. 
 O artigo 23 – respeito pelo lar e pela família – aborda os diretos relativos a casamento, 
família, paternidade e relacionamentos. As pessoas com deficiência, inclusive crianças, têm 
o direito de manter a fertilidade e os direitos sexuais, sem ressalvas em razão da deficiência, 
e devem receber orientação acessível sobre planejamento familiar; têm direito à guarda, 
custódia, curatela e adoção de crianças, bem como contar com assistência na criação dos 
filhos. 
 Para evitar ocultação, abandono, negligência e segregação de crianças com 
deficiência, o governo fornecerá informações abrangentes sobre serviços e apoios a crianças 
com deficiência e suas famílias. Uma criança não será separada de seus pais contra a vontade 
destes, sob a alegação de deficiência da criança ou de um ou ambos os pais. 
TÓPICO 2 | LEGISLAÇÃO VIGENTE PARA A DEFICIÊNCIA FÍSICA
91
 O artigo 12 – igualdade perante a lei - estabelece que todas as pessoas com 
deficiência gozem de capacidade legal, a ser exercida de forma independente ou com os 
apoios sociais necessários para a expressão da sua vontade. A atuação do representante 
legal passará por revisão regular de uma autoridade competente, que impeça conflitos de 
interesse. Somente é permitida a interdição parcial prevista na lei brasileira, sob a supervisão 
do Ministério Público e da Justiça. 
 O artigo 13 – acesso à Justiça – determina adaptações processuais para facilitar o 
efetivo papel das pessoas com deficiência como participantes, inclusive como testemunhas, 
em todos os procedimentos jurídicos, tais como investigações e outras etapas preliminares. 
O mesmo artigo obriga os governos a promover a capacitação apropriada daqueles que 
trabalham na área de administração da justiça, inclusive a polícia e os funcionários do sistema 
penitenciário. 
 No artigo 14 – liberdade e segurança da pessoa – assegura-se que, se pessoas 
com deficiência forem privadas de liberdade mediante algum processo, receberão apoios e 
adaptações razoáveis de acordo com sua deficiência. 
 O artigo 15 – prevenção contra tortura ou tratamentos ou penas cruéis, desumanos 
ou degradantes – impede experimentos médicos ou científicos sem seu livre consentimento. 
 O artigo 17 – proteção da integridade da pessoa – o artigo reflete o ranço histórico 
a ser vencido; reafirma que toda pessoa com deficiência tem o direito de sua integridade 
física e mental ser respeitado, em igualdade de condições com as demais pessoas. Ressalta-
se o artigo 16 - prevenção contra a exploração, a violência e o abuso apresentado de forma 
didática. Atenção ao recorte de gênero e à visibilidade para a criança, já que mulheres, 
meninas e meninos estão em dupla vulnerabilidade.
 
 Os Estados Partes tomarão todas as medidas apropriadas de natureza legislativa, 
administrativa, social, educacional e outras para proteger e prevenir as pessoas com 
deficiência, tanto dentro como fora do lar, contra todas as formas de exploração, violência e 
abuso, assegurando:
- formas apropriadas de atendimento e apoio que levem em conta o gênero e a idade das 
pessoas com deficiência e de seus familiares e atendentes;
- informação e educação sobre a maneira de evitar, reconhecer e denunciar casos de 
exploração, violência e abuso;
- serviços de proteção que levem em conta a idade, o gênero e a deficiência das pessoas;
- programas e instalações destinados a atender pessoas com deficiência efetivamente 
monitorados por autoridades independentes;
- medidas apropriadas para promover a recuperação física, cognitiva e psicológica, inclusive 
mediante a provisão de serviços de proteção;
- medidas de reabilitação e a reinserção social de pessoas com deficiência que forem vítimas 
de qualquer forma de exploração, violência ou abuso; 
- recuperação e reinserção em ambientes que promovam a saúde, o bemestar, o autorrespeito, 
a dignidade e a autonomia da pessoa e levem em consideração as necessidades de gênero 
e idade;
- adoção de leis e políticas efetivas, inclusive legislação e políticas voltadas para mulheres e 
crianças, a fim de assegurar que os casos sejam identificados, investigados e, caso necessário, 
julgados. 
 As medidas determinadas pela Convenção e pelos artigos 57 a 59 da Lei Estadual 
12907/2008 (SÃO PAULO, 2008), encontram-se devidamente aplicadas à realidade de São 
Paulo no Programa Estadual de Prevenção e Combate à Violência contra Pessoas com 
Deficiência. 
UNIDADE 2 | DEFICIÊNCIA FÍSICA, PREVENÇAO, AS LEGISLAÇÕES E A REABILITAÇÃO
92
 O programa foi instituído pelo Decreto 59316/2013, junto à Secretaria dos Direitos da 
Pessoa com Deficiência de São Paulo e envolve instâncias correlatas. (SÃO PAULO, 2013) 
Considerações finais 
 A trajetória do movimento de luta das pessoas com deficiência descreve os 
sucessivos “não” enfrentados em suas vidas, marcadas pela discriminação, invisibilidade e 
desigualdade. Essas graves circunstâncias ainda persistem, todavia contabilizam-se avanços 
na sociedade brasileira, tanto devido aos esforços iniciais das famílias e dos profissionais, 
quanto, principalmente, em decorrência da organização do movimento sociopolítico 
das próprias pessoas com deficiência, sem tutela e alicerçadas no paradigma dos direitos 
humanos. 
 A inserção de suas demandas na Constituição Federal de 1988, a elaboração de leis 
específicas e suas peculiaridades atendidas na legislação geral são provas da atuação direta 
e efetiva. Soma-se a isso o crescimento da presença das pessoas com deficiência na escola, 
no trabalho, em conselhos de direitos e em cargos de gestão da política de inclusão. 
 No entanto, o quantitativo de pessoas com deficiência incluídas é ainda reduzido. A 
participação do segmento na elaboração e na ratificação da Convenção sobre os Direitos das 
Pessoas com Deficiência como marco constitucional reflete a capacidade de mobilização e 
atuação política. 
 O desafio atual é o cumprimento da lei, com políticas de Estado, ações concretas 
e permanentes, provisão de acessibilidade em todas as áreas, fiscalização, responsabilização 
dos agentes públicos e da sociedade pelos atos de discriminação no cotidiano. 
 A falta de intérpretes de Libras, a inexistência de calçadas e transportes 
acessíveis, a recusa de matrícula nas escolas e a resistência à contratação para o trabalho 
exemplificam problemas em pauta. Existem outras questões de violação dos direitos até 
agora não enfrentadas. A violência contra as pessoas com deficiência é a mais cruel face da 
desvalorização da vida humana e não pode ser ignorada nem tolerada. 
 Espera-se que o conhecimento sobre a situação das pessoas com deficiência, o 
engajamento das instâncias públicas, as mudanças em todo o sistema e a capacitação para 
o enfretamento das diversas formas de violência represente um novo marco para a inclusão 
e a justiça social. 
Referências (resumida): 
 
A Constituição Federal e as leis e decretos federais citados estão disponíveis no Portal da 
legislação do governo federal: http://www4.planalto.gov.br/legislacaoConvenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência. Consulta direta em: 
BRASIL. Decreto Legislativo n. 186, de 9 de agosto de 2008. Disponível em: <http://www2.
camara.leg.br/legin/fed/decleg/2008/decretolegislativo-186-9-julho2008-577811-norma-pl.
html>. Acesso em: 5 fev. 2015. 
BRASIL. Decreto n. 6.949, de 25 de agosto de 2009. Disponível em: <http://www.planalto.
gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/decreto/d6949.htm>. Acesso em: 5 fev. 2015.
 
Legislação do Estado de São Paulo citada: 
SÃO PAULO. Lei Complementar n. 1038, de 6 de março de 2008. Disponível em: http://www.
al.sp.gov.br/repositorio/legislacao/lei.complementar/2008/lei.complementar-1038-06.03.2008.
html Acesso em: 26 janeiro 2015 
TÓPICO 2 | LEGISLAÇÃO VIGENTE PARA A DEFICIÊNCIA FÍSICA
93
SÃO PAULO. Lei n. 12.907, de 15 de abril de 2008. Disponível em: <http://www.al.sp.gov.
br/repositorio/legislacao/lei/2008/alteracao-lei-12907- 15.04.2008.html>. Acesso em: 26 jan. 
2015. 
SÃO PAULO. Decreto n. 59.316, de 21 de julho de 2013. Disponível em: <http://www.al.sp.
gov.br/repositorio/legislacao/decreto/2013/decreto-59316- 21.06.2013.html>. Acesso em: 26 
jan. 2015. 
BEZERRA, Rebeca Monte Nunes. Artigo 9. Acessibilidade. In DIAS, Joelson et al. (orgs.) 
Novos Comentários à Convenção sobre os Diretos das Pessoas com Deficiência, Brasília, 
Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Secretaria de Promoção dos 
Direitos da Pessoa com Deficiência, 2014. 
FIGUEIRA, Emilio. Caminhando em silêncio: uma introdução à trajetória da pessoa com 
deficiência na história do Brasil. São Paulo, Giz Editorial, 2008. 
FONSECA. Ricardo Tadeu Marques da. O conceito revolucionário da pessoa com deficiência, 
2007. Disponível em: <http://www2.portoalegre.rs.gov.br/smacis/default.php?reg=4&p_
secao=96>. Acesso em: 15 out. 2014. 
GARCIA, Vinicius Gaspar. As pessoas com deficiência na história do Brasil. 2011. Disponível 
em: <http://www.bengalalegal.com/pcd-brasil>. Acesso em: 22 jan. 2015. 
LANNA JUNIOR, Mário Cléber Martins (Comp.). História do Movimento Político das Pessoas 
com Deficiência no Brasil. Brasília: Secretaria de Direitos Humanos. Secretaria Nacional de 
Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência, 2010. 
MAIOR, Izabel de Loureiro; MEIRELLES, Fábio. A Inclusão das Pessoas com Deficiência é uma 
Obrigação do Estado Brasileiro. In: LICHT, Flavia Boni; SILVEIRA, Nubia (orgs.). Celebrando 
a Diversidade: o direito à inclusão, ebook, Planeta Educação, São Paulo, 2010. Disponível 
em: <http://www.planetaeducacao.com.br/portal/Celebrando-Diversidade.pdf>. Acesso em: 
18 dez. 2014. 
PAULA, Ana Rita de; MAIOR, Izabel Maria Madeira de Loureiro. Um mundo de todos para 
todos: Universalização de direitos e direito à diferença. Revista Direitos Humanos. Brasil. 
Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República. Brasília/DF, n.1. 
Dezembro de 2008.
FONTE: <http://violenciaedeficiencia.sedpcd.sp.gov.br/pdf/textosApoio/Texto2.pdf>.
Prezado acadêmico, a revista do CREA é muito importante para todos 
e em especial aos estudantes de arquitetura, de engenharia, mestre de obras, 
pedreiros e aos municípios que executam algumas obras pública, sendo assim a 
dica a seguir é acessar esta revista completa em pdf na internet e ou no CREA de 
sua cidade. 
UNIDADE 2 | DEFICIÊNCIA FÍSICA, PREVENÇAO, AS LEGISLAÇÕES E A REABILITAÇÃO
94
DICAS
Procure o CREA (Conselho regional de agronomia e engenharia) de seu 
município e ou estado, em cada estado tem o CREA e você coloca as iniciais de seu estado. 
No CREA você consegue a cartilha de orientação à acessibilidade, de forma física impressa, 
que seria muito melhor, mas você baixa da internet em PDF e salva para uso quando 
necessário, também é um recurso para ter e orientar quando necessário.
CAPA DA CARTILHA DE ORIENTAÇÃO SOBRE ACESSIBILIDADE, ORGANIZADA PELO 
CREA – SC
FONTE: <http://www.crea-sc.org.br/portal/arquivosSGC/cartilha-acessibilidade-final-2017_
FINAL_WEB.pdf>. 
95
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
• Há leis e documentos voltados a garantir os direitos das pessoas com 
deficiências, enfocamos mais na área da deficiência física. 
• Os direitos da acessibilidade estão assegurados a todos os cidadãos brasileiros 
a partir da constituição Federal a qual nos garante o direito de ir e vir, segue 
nos demais artigos 5º sobre a locomoção que estabelece que: “XV – (…) é livre a 
locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, 
nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens” (CREA, 
2017, p. 11, Cartilha de orientação da acessibilidade de SC).
• As leis federais, como a 10.048 e a 10.098, de 2000, estabeleceram normas gerais e 
critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas com deficiência 
ou com mobilidade reduzida, temporária ou definitivamente. A Lei no 10.048, 
de 2000, vem tratar do atendimento prioritário e de acessibilidade nos meios 
de transportes e inova ao introduzir penalidades ao seu descumprimento, a Lei 
no 10.098, de 2000, subdivide o assunto em acessibilidade ao meio físico, aos 
meios de transporte, na comunicação e informação e em ajudas técnicas.
• O Decreto nº 5.296, de 2 de dezembro de 2004, o qual vem definir a 
implementação da acessibilidade de um modo geral, sendo: (…) a 
implementação da acessibilidade arquitetônica e urbanística, à mobilidade 
urbana, a construção de calçadas (CREA, 2017, p. 11, Cartilha de orientação 
da acessibilidade de SC). Poderão pesquisar mais na íntegra do decreto. 
• Dentre tantas leis, cabe destacar que a década de 2000 foi a mais promissora de 
todas as que já passamos, lógico que podemos pensar também que tudo fora 
uma construção anterior aos anos 2000 e de certa forma foi, mais seu esplendor 
aconteceu nesta década. Uma Lei federal a LBI – Lei Brasileira de Inclusão.
• A Lei no 10.098, de dezembro de 2000, conceitua as barreiras da seguinte forma: 
Barreiras: qualquer entrave ou obstáculo que limite ou impeça o acesso, a 
liberdade de movimento, em barreiras arquitetônicas urbanísticas; barreiras 
arquitetônicas nos transportes; barreiras nas comunicações (BRASIL, 2000, p. 1).
• É preciso saber o número das leis e o que contém cada uma delas, para que o 
dia que precisarem procurar e/ ou reclamar algum direito, possam estar cientes 
das leis que vão tratar da acessibilidade, que são: a Constituição brasileira, 
artigo 5º, as Leis no 10.098 e no 10.048, de 2000, os decretos de 2004, 2008 e 2009, 
e por último esta de 2015, a Lei no 15.146. 
• A importância do desenho universal, que precisa ser estudada e divulgada. 
96
AUTOATIVIDADE
Nas atividades a seguir faremos uma revisão da legislação quanto à 
acessibilidade das pessoas com deficiência física. 
1 A lei no 10.098, de 19 de dezembro de 2000, foi uma das primeiras leis, 
após a constituição que vem esclarecer garantindo os direitos quanto 
a acessibilidade. É correto afirmar sobre a acessibilidade as seguintes 
afirmações, “exceto” uma. 
a) ( ) Esta Lei estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção 
da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade 
reduzida, mediante a supressão de barreiras e de obstáculos nas vias e 
espaços públicos, no mobiliário urbano, na construção e reforma de edifícios 
e nos meios de transporte e de comunicação. 
b) ( ) Acessibilidade: possibilidade e condição de alcance para utilização, com 
segurança e autonomia, de espaços, mobiliários, equipamentos urbanos, 
edificações, transportes, informação e comunicação, inclusive seus sistemas 
e tecnologias, bem como de outros serviços e instalações abertos ao público, 
de uso público ou privados de uso coletivo, tanto na zona urbana como na 
rural, por pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida. 
c) ( ) Acessibilidade: possibilidade e condição de alcance para utilização, com 
segurança e autonomia, de alguns espaços, e alguns mobiliários, e nem 
todos os equipamentos urbanos estarão disponível com acesso, porémvai 
depender de governantes e de pessoas com deficiência física que tenha 
movimentos a favor destes direitos. 
d) ( ) Pessoa com deficiência: aquela que tem impedimento de longo prazo de 
natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com 
uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na 
sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas. 
2 Em 2004, através do Decreto no 5296, regulamentam-se as Leis nº 10.048, 
de 8 de novembro de 2000, que dá prioridade de atendimento às pessoas 
que especifica, e no 10.098, de 19 de dezembro de 2000, que estabelece 
normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das 
pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras 
providências. No decreto deixa mais claro e esmiuçado o que se quer 
dizer através de artigos e parágrafos mais definidos para com os direitos. 
Assim, analise e classifique em V para as afirmações verdadeiras e F para as 
afirmações falsas. 
a) ( ) A aprovação de projeto de natureza arquitetônica e urbanística, de 
comunicação e informação, de transporte coletivo, bem como a execução de 
qualquer tipo de obra, quando tenham destinação pública ou coletiva. 
97
b) ( ) Deficiência física: alteração completa ou parcial de um ou mais 
segmentos do corpo humano, acarretando o comprometimento da 
função física, apresentando-se sob a forma de paraplegia, paraparesia, 
monoplegia, monoparesia, tetraplegia, tetraparesia, triplegia, triparesia, 
hemiplegia, hemiparesia, ostomia, amputação ou ausência de membro, 
paralisia cerebral, nanismo, membros com deformidade congênita ou 
adquirida, exceto as deformidades estéticas e as que não produzam 
dificuldades para o desempenho de funções.
c) ( ) Mobiliário e/ ou espaço urbano: um componente das obras de 
urbanização, tais como os referentes à pavimentação, saneamento, 
distribuição de energia elétrica, iluminação pública, abastecimento e 
distribuição de água, paisagismo e os que materializam as indicações do 
planejamento urbanístico. 
d) ( ) I - a priorização das necessidades, a programação em cronograma e a 
reserva de recursos para a implantação das ações; e II - o planejamento, de 
forma continuada e articulada, entre os setores envolvidos.
Assinale a sequência CORRETA das respostas. 
a) ( ) V-V-F-V.
b) ( ) V-V-F-F.
c) ( ) F-F-V-V. 
d) ( ) V-V-V-V.
3 Muito se tem falado sobre o desenho universal para a arquitetura em geral. 
Neste sentido, o Desenho Universal ou Desenho para Todos visa à concepção 
de objetos, equipamentos e estruturas do meio físico destinados a ser 
utilizados pela generalidade das pessoas, sem recurso a projetos adaptados 
ou especializados. Assinale a resposta que mais combina com o conceito do 
desenho universal. 
a) ( ) Nem em todos os projetos é preciso respeitar os sete princípios. 
b) ( ) No desenho para todos assume-se, assim, como instrumento privilegiado 
para a concretização da acessibilidade e, por extensão, de promoção da 
inclusão social, e o seu objetivo é o de simplificar a vida de todos, qualquer 
que seja a idade, estatura ou capacidade, tornando os produtos, estruturas, a 
comunicação/ informação e o meio edificado utilizáveis pelo maior número 
de pessoas possível, a baixo custo ou sem custos extras, para que todas as 
pessoas e não só as que têm necessidades especiais, mesmo que temporárias.
c) ( ) No desenho universal, talvez nem todas as pessoas poderão ser 
privilegiadas e integrar-se totalmente numa sociedade inclusiva.
d) ( ) Em 1985, foi criada a primeira norma técnica brasileira relativa à 
acessibilidade, “Acessibilidade a edificações, mobiliários, espaços 
e equipamentos urbanos à pessoa portadora de deficiência”. Em 
1994, essa norma passou por uma primeira revisão e em 2014 pela 
última, a qual vale até hoje para regulamentar todos os aspectos de 
acessibilidade no Brasil. 
98
99
TÓPICO 3
A REABILITAÇÃO DAS PESSOAS COM 
DEFICIÊNCIA FÍSICA
UNIDADE 2
1 INTRODUÇÃO
Dando continuidade, neste tópico 3 da Unidade 2, sobre a reabilitação das 
pessoas com deficiência física, veremos as várias possibilidades de reabilitar, de 
formas também paliativas de lidar com a deficiência, se tornando menos dolorosa 
a todos, à pessoa com sequelas e aos que convivem com ela. Conheceremos os 
centros que se dedicam à reabilitação das pessoas com deficiências físicas e dicas 
importantes para o dia a dia de conviver e usar de recursos especiais voltados à 
reabilitação. 
2 REABILITAÇÃO 
Segundo o dicionário Aurélio (1999, p. 1710), a reabilitação conceitua-se 
como: “Restituir direitos e prerrogativas (que se tinham perdido por sentença 
judicial); Declarar que o sentenciado está inocente; Ajudar à reinserção social 
de: Reabilitar um toxicômano, Reparar, renovar (um imóvel, um bairro antigo), 
reabilitação motora como reeducação motora”. 
 
O processo de reabilitação geralmente é demorado e dolorido para quem 
passa, porém muito importante a todos que estão envolvidos e é um processo, 
depende muito de cada um e de cada comprometimento. 
Vários encaminhamentos para reabilitação geralmente se dão por meio de 
uma equipe multidisciplinar, profissionais capacitados, tratamento humanizado 
no atendimento à pessoa com deficiência.
Nas principais patologias que são encaminhadas para a reabilitação estão 
as paralisias cerebrais, doenças neuromusculares, malformações congênitas, 
lesões encefálicas adquiridas causadas por traumas, acidentes e também alguns 
casos de AVC, tumores e amputação. 
 
A reabilitação, como já comentamos, exige uma equipe, pois há casos 
e casos, alguns necessitam de outros acompanhamentos, como psicólogos, 
neurologistas, psiquiatras, terapias serviço social, hidroterapia, equoterapia, 
práticas desportivas, que poderão incluir natação, basquete, entre outros. 
100
UNIDADE 2 | DEFICIÊNCIA FÍSICA, PREVENÇAO, AS LEGISLAÇÕES E A REABILITAÇÃO
Não podemos esquecer também que com a idade e com a mobilidade 
reduzida começam a aparecer a comorbidade e nisso as patologias, os problemas 
cardíacos, respiratórios, urinários, de rins, de olhos e de ouvidos, entre outros. 
Assim vão precisar de profissionais destas áreas para tratamento específico que 
irão passar a fazer parte da reabilitação também.
3 CENTROS VOLTADOS À REABILITAÇÃO FÍSICA 
Quando pensamos em centros de reabilitação, logo vem em mente a 
AACD, vem a fisioterapia como grande base deste trabalho e sem dúvida são 
dentro da normalidade, isto é, uma reabilitação comum, é o que acontece de mais 
corriqueiro no dia a dia, a fisioterapia principalmente. 
 
A AACD é a referência de centro de reabilitação no Brasil, mas nem todos 
conseguem uma vaga e também se deslocar até os centros, quem mora no interior 
dos estados. A ACD tem o trabalho fixado no Brasil há mais de 50 anos, vejamos 
um pouco desta história.
UNI
Desde a sua fundação em 1950, a AACD cresceu e diversificou seus serviços 
para melhor atender seus pacientes. E foi com essa perspectiva que, em 12 de julho de 1993, 
foi inaugurado o Hospital Abreu Sodré. Em 1995, iniciaram-se as atividades da Unidade de 
Terapia Intensiva (UTI), que complementou a estrutura instalada. Com modernas instalações, 
hoje ele é considerado um dos melhores centros cirúrgicos do País na área de Ortopedia. 
Em 2013, houve mudança no nome do Hospital Abreu Sodré, passando para Hospital 
Ortopédico AACD. Com 125 leitos, incluindo os setores de internação e a UTI, possui um 
dos mais completos centros tecnológicos do País para cirurgias ortopédicas. Dispõe de 
instalações com modernas salas cirúrgicas, equipe altamente qualificada e um histórico de 
sucesso nos procedimentos ortopédicos. A atuação importante do Serviço de Controle de 
Infecção Hospitalar (SCIH), que mantém a taxa de infecção hospitalar anual (0,8%) a valores 
de excelência internacional, faz do Hospital Ortopédico AACD referência em patologias 
musculoesqueléticas.
FONTE: <https://aacd.org.br/hospitalaacd/>. Acesso em: 30 dez. 2018.
Criadapelo médico Renato da Costa Bonfim, que após fazer um estágio na 
ortopedia nos Estados Unidos, onde havia participado de vários centros e com isto 
trouxe a ideia de fundar no Brasil um centro, a AACD – Associação de Assistência 
à Criança Deficiente, a qual a partir de 1962 passou a produzir prótese, órtese 
e acessórios e fazer a entrega e a reabilitação. Também em 1998, a entidade é 
assistida pela campanha Teleton, para arrecadação de fundos, em parceria com 
o SBT. Desde então, já foram construídos sete novos centros de reabilitação. Em 
2012, incorporou o Lar Escola São Francisco, centro de reabilitação fundado em 
1943, que era administrado pela Unifesp (AACD, 2018).
 
TÓPICO 3 | A REABILITAÇÃO DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA FÍSICA
101
No Brasil existem em torno de 14 unidades espalhadas em todos os 
estados. Em cada unidade existe a parceria com a Teleton e com municípios e 
verbas de empresas privadas, das redes estaduais e federais. Para agendar uma 
consulta para avaliação, poderá ser feito através do telefone que você encontra 
nas páginas da AACD e também através da secretaria da saúde de seu município, 
com encaminhamentos de um médico especialista. 
Temos no Brasil outro centro respeitadíssimo na área de reabilitação, 
o Alberto Einstein, chamado de Centro de Reabilitação Einstein, situado em 
São Paulo foi o primeiro do Brasil a ser integrado aos serviços de um hospital 
geral de alta complexidade. Inaugurado em maio de 2003, prima hoje por ser 
uma referência nacional em reabilitação de alta complexidade, com uma equipe 
multidisciplinar de alto nível.
 
Uma equipe multidisciplinar geralmente faz o plano terapêutico com 
objetivos funcionais para cada paciente, respeitando a especificidade de cada um. 
Assim também é no centro de reabilitação Einstein, como os demais, a equipe 
avalia e apresenta para execução um plano de ação.
Em cada estado brasileiro existem outros centros menos conhecidos, mas 
que atuam de forma bem funcional, pelas redes públicas no Sistema Único de 
Saúde, basta procurar em seu município, alguns até vocês poderão encontrar no 
próprio município, além das associações de pessoas com deficiências físicas que 
fazem um trabalho significativo em parceria com o sistema de saúde de cada 
cidade. 
Vejamos alguns exemplos de atendimentos e serviços e dos centros de 
reabilitação, principalmente da AACD. 
FIGURA 7 – TÉCNICOS TRABALHANDO NA FÁBRICA DE PRÓTESES DA AACD – SP
FONTE: <https://revistapegn.globo.com/Administracao-de-empresas/noticia/2016/09/uma-
fabricas-lider-no-setor-de-proteses-funciona-nos-fundos-da-aacd.html>. Acesso em: 28 jan. 2018.
102
UNIDADE 2 | DEFICIÊNCIA FÍSICA, PREVENÇAO, AS LEGISLAÇÕES E A REABILITAÇÃO
A AACD atende a todo o país na produção de próteses e órteses (pernas, 
braços, mãos, entre outros membros do corpo) e estes são distribuídos conforme 
avaliação realizada com antecedência. Na AACD acontece a venda das próteses 
e órteses ao Sistema Único de Saúde (SUS) também de forma particular, é um dos 
negócios que a AACD criou para manter seu trabalho filantrópico. 
No Brasil temos mais de 14 unidades de atendimento da AACD, com 
reabilitação, mais a maior delas encontra-se em São Paulo, mais completa delas, 
com o funcionamento do hospital, da fábrica de próteses e órteses e os demais 
atendimentos com equipes multidisciplinares. 
FIGURA 8 – FRENTE DO PRÉDIO DA ACCD – SP.
FIGURA 9 – CLIENTE FAZENDO ATIVIDADES COM USO DAS TECNOLOGIAS
FONTE: <http://solarsocial.net/item/aacd/>. Acesso em: 28 jan. 2019.
FONTE: <http://solarsocial.net/item/aacd/>. Acesso em: 28 jan. 2019.
Em São Paulo, a sede da AACD faz os seguintes atendimentos, além de 
contar com a fábrica de prótese e órtese, piscina com atividades fisioterápicas, 
atendimento de treinamento com as novas próteses e órteses, recursos para a 
reabilitação dentro das tecnologias, entre outros. 
TÓPICO 3 | A REABILITAÇÃO DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA FÍSICA
103
Na AACD, há inúmeros serviços como já citamos nos textos acima. 
Vejamos:
FIGURA 10 – ATENDIMENTO DE FISIOTERAPIA NA AACD
FONTE: <http://solarsocial.net/item/aacd/>. Acesso em: 28 jan. 2019.
Quando as pessoas (clientes) pacientes e/ ou também é dito usuários, 
os quais são encaminhados de fora do estado, geralmente costuma-se fazer 
a avaliação multidisciplinar e então os encaminhamentos. Nem sempre são 
atendidos no mesmo dia, às vezes é necessário ficar dois a três dias para fechar 
um atendimento completo, dependendo do caso. 
Para concluir sobre a AACD, mais duas imagens. 
FONTE: <http://solarsocial.net/item/aacd/>. Acesso em: 28 jan. 2019.
FIGURA 11 – ATENDIMENTOS DA AACD
104
UNIDADE 2 | DEFICIÊNCIA FÍSICA, PREVENÇAO, AS LEGISLAÇÕES E A REABILITAÇÃO
Em Brasília a grande referência é o hospital da rede SARAH, onde existem 
duas unidades de atendimento para adultos e crianças em vários tipos e níveis de 
tratamento. O SARAH Brasília caracteriza-se por atendimento predominantemente 
hospitalar. O Centro Internacional de Neurociências e Reabilitação, o SARAH 
Lago Norte, com atendimento exclusivamente ambulatorial, atua em uma etapa 
mais avançada do processo de reabilitação do paciente.
Leva o nome de SARAH, em homenagem ao presidente Juscelino 
Kubitschek, nome da sua esposa. Na época da criação do hospital e do centro de 
reabilitação, com o objetivo de dotar Brasília de moderno centro de reabilitação, 
a Fundação das Pioneiras Sociais implanta, na nova capital, um centro de 
reabilitação, inaugurado em 21 de abril de 1960, pelo Presidente Juscelino 
Kubitschek. 
O SARAH Brasília está localizado na Asa Sul, no Plano Piloto. 
Inaugurado em 1980, gerou e consolidou princípios, conceitos e 
técnicas que o transformaram em centro de referência internacional e 
que fundamentaram o processo de criação da Rede SARAH. 
Acumulando as funções de hospital, centro de administração e 
de gestão hospitalar, de treinamento e pesquisas, de controle de 
qualidade e de formação de recursos humanos, esta unidade constitui 
infraestrutura voltada tanto para o atendimento quanto para o 
conhecimento e o avanço da medicina.
São admitidos adultos e crianças com demandas relacionadas a 
reabilitação de patologias neurológicas e ortopédicas, atendendo, 
principalmente, aqueles com lesão medular, lesão cerebral, alterações 
decorrentes de perdas cognitivas progressivas, relacionadas à idade e 
a outros transtornos neurológicos e ortopédicos.
O SARAH Brasília dispõe do Programa de Educação e Prevenção de 
Acidentes da Rede SARAH, que elabora e ministra palestras para 
estudantes das redes pública e privada de ensino (SARAH, 2019).
Em Brasília o SARAH tem duas unidades, mais no Brasil existem outras 
unidades distribuídas mais para o norte e nordeste. Vejamos no Mapa, 
TÓPICO 3 | A REABILITAÇÃO DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA FÍSICA
105
FIGURA 12 – UM MAPA MÚNDI COM DESTAQUE O BRASIL E AS LOCALIZAÇÕES DAS CIDADES 
QUE TÊM O SARAH
FONTE: <http://www.sarah.br/>. Acesso em: 27 jan. 2019.
Para atender às demais regiões do Brasil, o SARAH abre em São Luiz 
do Maranhão, depois Rio de Janeiro e Fortaleza, e assim expande para demais 
regiões, como mostra o mapa acima. A rede SARAH continua em implantação 
em novas regiões do Brasil, pois há muitas pessoas na fila de espera em locais 
onde não têm este atendimento. 
É possível ser atendido no SARAH em várias especialidades, mas se 
tratando da deficiência física, oferece a reabilitação, o atendimento para quem 
tem Lesão Medular e ortopedia em geral. Vejam o que diz o anúncio na página 
do SARAH (2019). 
A equipe de Neurorreabilitação em Lesão Medular atende adultos 
com lesões medulares congênitas ou adquiridas, que podem 
ser de origem traumática ou não traumática. Os programas de 
reabilitação são individualizados e organizados de forma dinâmica e 
contextualizada, de acordo com o potencial de recuperação funcional, 
e podem ser realizados ambulatorialmente, em regime de hospital-dia 
ou internação.
Essa especialidade é atendida nas unidades Belo Horizonte,Brasília,Fortaleza,Rio de Janeiro,Salvador e São Luís.
Critérios de atendimento
• Lesão traumática (acidentes de trânsito, as quedas, os mergulhos, os 
ferimentos por armas brancas e por armas de fogo, entre outros).
• Lesão não traumática (tumores, infecções, malformações 
arteriovenosas e de doenças degenerativas).
Atenção
Para iniciar acompanhamento com a equipe de Neurorreabilitação em 
Lesão Medular é necessário que o paciente esteja apto para reabilitação, 
apresentando condições clínicas favoráveis, como:
• Ter concluído o tratamento da fase aguda do trauma| fraturas;
106
UNIDADE 2 | DEFICIÊNCIA FÍSICA, PREVENÇAO, AS LEGISLAÇÕES E A REABILITAÇÃO
• O paciente não deve estar recebendo nutrição parenteral (NPT) e nem 
ser dependente de ventilação mecânica. O orifício da traqueostomia, 
caso exista, deverá estar cicatrizado;
• É importante que o paciente não apresente lesões por pressão.
Todos esses fatores são restritivos para realização das terapias de 
reabilitação.
O paciente precisa cumprir os requisitos exigidos antes mesmo de passar 
por avaliação com a equipe, agendar o atendimento e estar à disposição no local 
para fazer a reabilitação. O que dificulta em alguns casos é que muitos pacientes 
não conseguem ser independentes e precisam de acompanhantes, e estes 
precisam também de local para ficar, há gastos em alimentação e estadia, além 
do tempo mínimo, que é muitas vezes de meses, depende muito de cada caso. 
Nestes atendimentos há muitos pacientes vindos de todos os lugares do Brasil e 
até mesmo de outros países. 
Já a ortopedia, geralmente, atende os casos mais regionais, visto que a 
maioria das cidades tem a parte da ortopedia e fisioterapia para atendimentos 
mais urgentes e emergentes. Enquadram-se nesta especialidade da ortopedia 
os tratamentos clínicos e cirúrgicos, as doenças que causam as deformidades, 
complicações de coluna vertebral e membros superiores e inferiores. Na área da 
ortopedia, o SARAH atende em Belo Horizonte, Brasília, Salvador e São Luís. 
Vejamos os critérios estipulados pelo SARAH para receber e agendar aos 
pacientes para ser atendidos na ortopedia. 
 Critérios de atendimento para adultos
• Doença inflamatória dos tendões e articulações
• Doença degenerativa (osteoartrose) da coluna, membros superiores 
e do pé
• Deformidades de membros
• Sequela de fraturas
• Sequela de trauma articular
• Tumores ósseos primários
 Critérios de atendimento para a criança
• Artrogripose
• Disparidade de membros inferiores
• Doença de Perthes
• Doenças genéticas que acometem os membros
• Epifisiólise da cabeça femoral
• Escoliose / Cifose
• Lesões de nervo periférico
• Luxação congênita de quadril
• Luxação da rótula
• Pé torto congênito
• Sequela de trauma em ossos e articulações
• Torcicolo congênito
• Tumores ósseos primários
• Alterações na forma do andar e assimetrias corporais
TÓPICO 3 | A REABILITAÇÃO DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA FÍSICA
107
Atenção
Para iniciar acompanhamento com a equipe de Ortopedia é necessário 
que o paciente esteja apto para reabilitação, apresentando condições 
clínicas favoráveis, como:
 Ter concluído tratamentos clínico e cirúrgico 
iniciados externamente. 
Em razão do número de pacientes já admitidos no SARAH Brasília 
e que aguardam procedimento de Artroplastia Total de Quadril e de 
Joelho, suspendemos temporariamente a admissão de novos pacientes 
portadores de artrose no quadril e joelho;
Não apresentar fratura ou trauma em fase aguda*.
As fraturas e os traumas agudos são condições que requerem avaliação 
em serviços de urgência ou emergência. A Rede SARAH atua na fase 
de reabilitação, não dispondo de serviços de pronto atendimento 
(SARAH, 2019).
 
Através de depoimentos de pessoas que já receberam atendimentos 
nas redes SARAH, sempre muito positivo e os que passam pela reabilitação a 
avaliação e o retomo são excelentes, voltam animados, de fato reabilitados e 
trazendo muita esperança para os que ficaram. 
3.1 REABILITAÇÃO NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE – SUS
No Sistema Único de Saúde, o SUS, foi criada em 2008 uma cartilha 
contendo 16 páginas para esclarecer aos seus usuários, conceitos e procedimentos.
 
Sendo assim, vejamos alguns conceitos de reabilitação coletados desta 
cartilha. Leia: 
Reabilitação: A assistência à saúde e as ações de reabilitação visam 
ao desenvolvimento de capacidades, habilidades, recursos pessoais e 
comunitários para promover a independência e a participação social 
das pessoas com deficiência, frente à diversidade de condições e 
necessidades. Toda pessoa que apresente redução funcional tem direito 
ao diagnóstico e à avaliação de uma equipe multiprofissional (formada 
por médicos, fisioterapeutas, psicólogos, terapeutas ocupacionais, 
fonoaudiólogos, assistentes sociais, enfermeiros, nutricionistas e 
outros). De igual forma, tem direito de se beneficiar dos processos 
de reabilitação de seu estado físico, mental ou sensorial, quando este 
constituir obstáculo para sua inclusão educativa, laboral e social. A 
busca por atenção à saúde compreende não só o acompanhamento e a 
manutenção dos ganhos adquiridos com a reabilitação e a prevenção 
de deformidades, como com a aquisição e adequação de órteses e 
próteses (cadeiras de rodas, bolsas de colostomia, próteses auditivas, 
visuais e ortopédicas, etc.) (BRASIL, 2008, p. 10). 
A reabilitação geralmente vai atingir mais as pessoas com deficiência 
física e visual. Aos demais, os auditivos também procuram o Sistema Único de 
Saúde, porém para aparelhos auditivos e algumas sessões de fonoaudiólogos; 
os intelectuais, autistas e outras deficiências, a parte da reabilitação é menos 
procurada, só para consultas de rotinas na saúde no geral. 
108
UNIDADE 2 | DEFICIÊNCIA FÍSICA, PREVENÇAO, AS LEGISLAÇÕES E A REABILITAÇÃO
A reabilitação das deficiências físicas são as que mais procuram e usam, às 
vezes para a área da fisioterapia, de prótese e terapias. Mas a comunidade pode 
estar ajudando neste processo de reabilitação, conforme orientação da cartilha do 
SUS. Desta forma: 
De que forma pode ocorrer a participação da comunidade no 
processo de reabilitação? Todas as medidas assistenciais voltadas 
à saúde da pessoa com deficiência, incluindo a reabilitação, levam 
em conta, sobretudo, as necessidades, as potencialidades e os 
recursos da comunidade, de modo a se assegurar a continuidade 
e as possibilidades de autossustentação, visando, em especial, à 
manutenção da qualidade de vida das pessoas com deficiência e à 
sua inclusão ativa na comunidade. A participação da comunidade no 
processo de reabilitação poderá se dar junto aos conselhos de saúde e 
de direitos, lideranças da comunidade, igrejas, escolas, mobilizando-
os para que o processo de reabilitação seja completo e eficaz (BRASIL, 
2008, p. 14). 
Na comunidade encontramos as associações que dão o suporte para as 
famílias e para as pessoas com deficiências, tanto no atendimento à pessoa com 
deficiência quanto na orientação as famílias. Nos atendimentos geralmente fazem 
o que o sistema único não faz, visto que são muitos usuários para poucas vagas e 
nas associações é possível haver um esporte adaptado, uma piscina, uma equipe 
multidisciplinar, além da divisão de problemas e experiências entre as próprias 
pessoas com a deficiência física. 
4 A POSSIBILIDADE DO ESPORTE PARA A REABILITAÇÃO 
DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA FÍSICA
 Surgiu por volta de 1870, anteriormente ao movimento pós-guerra, já 
se tinha conhecimento sobre o desporto adaptado para pessoas surdas, iniciava 
nos Estados Unidos as primeiras participações desportivas organizadas por 
escolas especiais (WINNICK, 2004; ARAÚJO, 1997). 
Em Paris, 1924, aconteceram os “Jogos do Silêncio”, reunindo atletas 
de diversos países (WINNICK, 2004). Para Adams et al. (1985), a prática 
desportiva para pessoas com deficiência física na Alemanha teria se iniciado 
em 1918, para amenizar os horrores da Primeira Guerra Mundiale 1932 em 
Glasgow no Reino Unido Inglaterra existiu uma associação de jogadores de 
golfe, abarcando amputados unilaterais de membros superiores (COMITÊ 
OLÍMPICO ESPANHOL, 1994; MAUERBERG-DE-CASTRO, 2005). 
O término da Segunda Guerra Mundial (1939-1945) foi um marco 
para a evolução do desporto adaptado para pessoas com deficiência, muitos 
soldados retornavam aos seus países, traziam em seu corpo marcas que jamais 
esqueceriam. O pós-guerra deixou muitos soldados mutilados, com distúrbios 
motores, visuais e auditivos, isso fez com que seus governos tomassem uma 
TÓPICO 3 | A REABILITAÇÃO DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA FÍSICA
109
série de providências sobre a qualidade de vida desses indivíduos, com isso 
muitos começaram a ter acesso as práticas esportivas e atividades físicas 
adaptadas como forma de tentar minimizar as adversidades causadas pela 
guerra. Em países da Europa e nos Estados Unidos essa preocupação foi 
maior e os resultados dela foram evidenciados notavelmente. Aos poucos ex-
veteranos de guerra começaram a obter grande êxito em atividades esportivas, 
as mais visadas foram: o basquete sobre cadeira de rodas e o atletismo. Para 
Mattos (1994), enquanto na Inglaterra o objetivo maior era a reabilitação pelo 
desporto, nos Estados Unidos a meta final era a competição. 
O primeiro programa em cadeira de rodas do hospital foi iniciado em 
1945 com o objetivo de trabalhar o tronco e os membros superiores e diminuir 
o tédio da vida hospitalar (ARAÚJO, 1997). 
Sobre isso, o Jornal Superação (1988) divulga que: “Os primeiros 
resultados dessa prática relatam que, em um ano de trabalho, o Dr. Gutmann 
conseguiu preparar seis paraplégicos para o mercado de trabalho e reconheceu 
que as atividades desportivas, como medida terapêutica, eram importantes 
para a reabilitação psicossocial dos deficientes”. 
Em 1948 aconteceram os Jogos Olímpicos de Verão, em Londres, 
Inglaterra, e Sir Ludwig Gutmann, que passou a sonhar com uma olimpíada 
especial que reunisse milhares de deficientes em torno do desporto, aproveita 
o evento e cria paralelamente os primeiros jogos de Stoke Mandeville para 
paraplégicos, estes jogos contaram com a participação de 16 atletas ingleses 
nas modalidades de: arco e flecha, tiro ao alvo e arremesso de dardo (ARAÚJO, 
1997; WINNICK, 2004; CIDADE; FREITAS, 2002; GORGATTI; GORGATTI, 
2005). 
Após isso em 1952, os jogos desenvolveram-se para a primeira 
competição internacional de desporto em cadeira de rodas para deficientes 
físicos, com cento e trinta participantes, equipes dos EUA, Inglaterra e Holanda 
(ARAÚJO,1997; WINNICK, 2004; CIDADE; FREITAS, 2002). Os 9º Jogos de 
Stoke Mandeville foram realizados em Roma na Itália em 1960, logo após o 
encerramento dos Jogos Olímpicos, este evento contou com cerca de duzentos 
e trinta atletas de vinte e três países, contou com o apoio do Comitê Olímpico 
Italiano (COI), tendo como madrinha dos jogos a primeira dama italiana, Srª. 
Carla Grounchi. 
Este evento marca o envolvimento político e social do mundo todo 
com os jogos para pessoas com deficiência. O nome “Paraolimpíadas” foi 
cunhado durante a Olimpíada de Tóquio, em 1964 e surgiu com uma paciente 
paraplégica do Stoke Mandeville Hospital, Alice Hunter, que escreveu seu 
relato intitulado “Alice of the Paralympiad” (Alice das Paraolímpiadas), para 
uma revista de desportos “The Cord Journal of the paraplegics”, na época 
o termo foi associada a paraplegia e posteriormente foi cunhado Rev. Bras. 
110
UNIDADE 2 | DEFICIÊNCIA FÍSICA, PREVENÇAO, AS LEGISLAÇÕES E A REABILITAÇÃO
Ciênc. Esporte, Florianópolis, v. 33, n. 2, p. 529-539, abr./jun. 2011 533 para 
batizar os Jogos Paraolímpicos (PARALYMPIC SPIRIT apud MAUERBERG-
DECASTRO 2005). 
No Brasil, a história do desporto adaptado surge em 1958, quando 
foram fundados dois clubes de desporto em cadeira de rodas, um em São Paulo 
e outro no Rio de Janeiro. Foram fundados por Sérgio Serafim Del Grande e 
Robson Sampaio de Almeida, que trouxeram a ideia do desporto adaptado ao 
Brasil após retornarem de tratamentos de reabilitação em hospitais americanos, 
onde adquiriram o conhecimento da prática do desporto em cadeira de rodas 
(ARAÚJO, 1997; CIDADE; FREITAS, 2002; MAUERBERG-DE-CASTRO, 2005; 
GORGATTI; GORGATTI, 2005). 
A participação brasileira nos Jogos Paraolímpicos só aconteceu em 1972, 
em Heidelberg, Alemanha. A modalidade foi a bocha, mas sem conquista de 
medalhas, em 1976, nos Jogos de Toronto, Canadá, nessa mesma modalidade, 
Robson de Almeida e Luis Carlos Coutinho conquistam as duas primeiras 
medalhas paraolímpicas (prata) para o Brasil (ARAÚJO, 1997; MAUERBERG-
DE-CASTRO, 2005).
De 1984 a 2008 os Jogos Paraolímpicos sempre contaram com a 
participação do Brasil, neste período o número de medalhas conquistadas 
pelos atletas paraolímpicos ultrapassa ao dobro das conquistadas por atletas 
sem deficiência nos Jogos Olímpicos. 
A prática de atividades desportivas para pessoas com deficiências, além 
de proporcionar todos os benefícios para seu bem-estar e qualidade de vida, 
também é a oportunidade de testar seus limites e potencialidades, prevenir as 
enfermidades secundárias à sua deficiência e promover a integração social e a 
reabilitação da pessoa com deficiência. 
Souza (2004) apud Melo e López (2002) enfatiza que o desporto 
adaptado deve ser considerado como uma alternativa lúdica e prazerosa, sendo 
parte da reabilitação de pessoas com deficiências físicas. Através dessa prática 
desportiva lúdica e prazerosa para o indivíduo, estas atividades surgem como 
facilitadoras para a melhoria da qualidade de vida. O desporto adaptado é 
indicado desde a fase inicial do processo de reabilitação. 
Os indivíduos têm a oportunidade de vivenciar sensações e movimentos, 
que muitas vezes não realizaram pela limitação física ou por barreiras sociais 
e ambientais. 
Sporner et al. (2009), em estudo com cento e trinta e dois indivíduos 
participantes do National Veterans Wheelchair Games (NVWG) e do 20º Winter 
Sports Clinic (WSC) nos Estados Unidos, recomendam que a participação 
de pessoas com deficiência nesse tipo de eventos pode promover benefícios 
psicológicos e também proporcionar a reabilitação física em pessoas com 
TÓPICO 3 | A REABILITAÇÃO DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA FÍSICA
111
deficiência. Martin (2006) relata em seu estudo com cento e doze atletas com 
deficiência, que o desporto é um importante aspecto para a ampliação das 
relações sociais desses indivíduos.
Através das relações sociais dentro do desporto é possível promover 
a qualidade de vida de pessoas com deficiência. Em estudo realizado na 
Universidade Federal de Santa Maria por Borges et al. (2007), onde 23 alunos 
com deficiência física participaram da adaptação de regras e fundamentos do 
basquete e do futebol, os autores afirmam que através da prática desportiva 
para pessoas com deficiência, foi possível observar melhoras significativas 
em relação ao aspecto afetivo-social, na cooperação e o respeito entre os 
participantes durante as práticas desportivas e também em relação ao 
desenvolvimento motor dos participantes. Soler (2005) aborda que os esportes 
servem para aumentar o sentimento de autonomia. 
Os jogos servem para explorar o mundo que os rodeia; reforça a 
convivência, o alto grau de liberdade faz com que os relacionamentos fiquem 
mais saudáveis. Steinberg e Bittar (1993) consideram que o desporto deveria 
ser sempre, parte da reabilitação de um indivíduo, lembrando que todos 
indivíduos apresentam um grau de potencial residual que deve ser estimulado 
em busca de uma vida mais saudável e digna.
FONTE: <http://www.scielo.br/pdf/rbce/v33n2/17.pdf>.
4.1 TIPOS DE JOGOS 
Alguns exemplos citaremos e mostraremos imagens de jogos adaptados 
para pessoas com deficiência física, as regras que mudam em algumas adaptações. 
A todo instante está sendo dito e divulgada a importância do esporte para todos e 
se possível para as pessoas com deficiências, mais ainda. 
O exercício físico e a prática regular deesportes têm o poder de dar mais 
força à pessoa com deficiência, melhorando a circulação sanguínea e o fôlego. 
Além do mais, exercitar-se faz com que o cérebro libere endorfina, o que resulta 
em sensações de prazer e alegria.
Além disso, praticar esportes é de grande auxílio para a reabilitação da 
pessoa com deficiência, mas há a necessidade de uma certa adaptação às regras e 
ao modo como se pratica as modalidades.
Entretanto, isso não é problema algum, pois hoje já existem muitos 
esportes adaptados que têm cumprido sua função de melhorar a qualidade de 
vida das pessoas com deficiência.
112
UNIDADE 2 | DEFICIÊNCIA FÍSICA, PREVENÇAO, AS LEGISLAÇÕES E A REABILITAÇÃO
Apresentaremos na íntegra os 17 esportes que podem ser realizados pelas 
pessoas com deficiências, conheça como é cada um deles e os materiais físicos e 
humanos que necessitam para a sua prática. 
4.1.1 Esportes coletivos
 
A prática de esportes coletivos é de grande ajuda para a inclusão e a 
socialização de uma pessoa com deficiência
Conheça adiante um pouco mais sobre os principais tipos de esportes 
coletivos.
1 Basquete
 
É um esporte que, à primeira vista, não poderia ser adaptado para a prática 
por pessoas com deficiência, porém, ele tem ganhado cada vez mais espaço.
Quando nos referimos às pessoas com dificuldade para locomoção, o 
basquete, em nível de competições oficiais, deve ser praticado com cadeiras de 
rodas adaptada e padronizadas à prática do esporte, seguindo uma certa linha.
Os atletas são classificados de acordo com o nível de comprometimento 
motor que obedece a uma escala previamente determinada.
Além de ser um dos esportes mais praticados no mundo, o basquete 
apresenta vantagens, como dinamismo, estímulo das funções cognitivas, 
aumento do senso de estratégia, desenvolvimento da capacidade motora, criação 
de vínculos afetivos e sociais etc.
 
2 Bocha adaptada
 
A bocha adaptada é praticada por pessoas com deficiência e faz parte 
dos Jogos Paralímpicos desde 1984. Trata-se de um esporte que requer bastante 
concentração e precisão.
 
Ele é indicado para pessoas com paralisia cerebral e outros problemas 
neurológicos. A disputa consiste em lançar bolas — que podem ser vermelhas 
ou azuis —, de modo que elas cheguem o mais próximo possível da bola branca 
(jack).
O atleta pode disputar sozinho, em dupla ou em equipes maiores. Eles 
podem utilizar as mãos, os pés e, até mesmo, a cabeça como auxiliares. Se o 
participante tiver maior comprometimento dos membros, pode contar com o 
apoio de um assistente. Na classificação funcional, eles são divididos em quatro 
classes, conforme o grau da deficiência e da necessidade de auxílio ou não.
TÓPICO 3 | A REABILITAÇÃO DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA FÍSICA
113
3 Tênis de mesa
Tênis de mesa é uma das modalidades mais tradicionais dentro do esporte 
inclusivo. Tanto que, esteve presente na primeira edição dos Jogos Paralímpicos, 
em 1960.
As regras são as mesmas do tênis de mesa convencional. A única exceção 
é o saque, que é diferente para os usuários de cadeiras de rodas. Nesse caso, o 
sacador precisa fazer com que a bola ultrapasse a linha de fundo da mesa sem 
deixá-la sair pelas laterais. Além disso, para o tênis em cadeira de rodas, a bolinha 
pode pular duas vezes na mesa.
O saque deve ser feito com a mão contrária à que segura a raquete. Mas, 
para os atletas andantes que não têm condição de usar o braço livre — por causa 
de amputação ou outra deficiência —, é permitido utilizar a mão que segura a 
raquete para realizar o saque.
 
A grande vantagem desse esporte é que ele abrange quase todos os grupos, 
com exceção apenas para as pessoas com deficiências visuais. Além disso, os 
participantes podem competir sozinhos em duplas ou em times maiores.
4 Voleibol sentado
Dinâmico e divertido, o voleibol sentado é uma ótima alternativa. Ele 
estimula o espírito de equipe e pode ser praticado por homens e mulheres 
com deficiência física.
No voleibol sentado, a quadra é menor. Ela tem 10m x 6m, e a rede apresenta 
uma altura de 1, 15m e 1, 05m para homens e mulheres, respectivamente.
Dentro da quadra, ficam dispostos seis atletas em cada time. Vale destacar 
que os atletas precisam manter a pélvis encostada no chão.
5 Futebol de 5
O futebol de 5 é uma modalidade esportiva voltada para atletas cegos. 
Ela é disputada em uma quadra semelhante à de futsal, com apenas algumas 
alterações.
Os participantes usam vendas nos olhos já que alguns apresentam 
percepção luminosa e podem levar vantagem por causa disso. O diferencial nesse 
time é o goleiro, que enxerga normalmente. Além disso, a bola possui um barulho 
para orientar os jogadores.
A partida tem dois tempos de 25 minutos cada e um intervalo de 10 
minutos. A modalidade começou a fazer parte dos Jogos Paralímpicos em 2004 e 
o Brasil até então vem conquistando todos os pódios.
114
UNIDADE 2 | DEFICIÊNCIA FÍSICA, PREVENÇAO, AS LEGISLAÇÕES E A REABILITAÇÃO
6 Goalball
Trata-se de uma modalidade esportiva feita exclusivamente para pessoas 
com deficiência visual. Presente nos Jogos Paralímpicos desde 1976, o goalball se 
baseia nas percepções táteis e auditivas dos atletas, exigindo também bastante 
orientação espacial.
Nessa competição, a bola é lançada e, rolando no piso da quadra, os 
jogadores tentam fazer o gol. Enquanto uma equipe ataca, a outra tenta impedir 
o gol, deitando-se no chão para realizar a defesa.
São três jogadores em cada equipe e vence o jogo aquela que fizer o 
maior número de gols. Como você pode notar, é um esporte bastante dinâmico e 
interessante, tanto para quem está jogando como para quem está torcendo.
 
4.1.2 Esportes individuais
7 Natação
A natação é um dos esportes que mais trabalha todas as funções do corpo 
e também acabou se tornando um dos mais completos. Esse é um dos poucos 
esportes que têm a capacidade de dar leveza ao corpo, proporcionando extrema 
sensação de prazer ao flutuar na água.
A natação também acalma a pessoa, de modo que as partes do seu corpo 
que são diariamente sobrecarregadas, finalmente conseguem atingir um estágio 
de leveza e relaxamento.
Independentemente do tipo de deficiência, esse é um esporte que, com o 
auxílio de um profissional capacitado, se tornará uma tarefa prazerosa e ajudará 
na mobilidade dos membros.
Pode ser praticado por pessoas com deficiência visual ou física. As 
competições variam de 50 a 400 metros, nas modalidades peito, livre, borboleta e 
costas, e também com provas de revezamento, como medley e livre. Conforme a 
lesão, é dada a categoria a ser desenvolvida pelo atleta.
8 Remo Adaptável
O esporte de remo exige muita disciplina, potência, resistência e técnica 
apurada, sendo uma ótima opção para o desenvolvimento e recuperação da pessoa 
com deficiência, principalmente para quem tem dificuldade na mobilidade.
Para que seja praticado, a adaptação vai no equipamento. Dessa forma, as 
regras do remo são aplicadas igualmente para a modalidade adaptável.
TÓPICO 3 | A REABILITAÇÃO DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA FÍSICA
115
Esse esporte já existe de forma adaptável no Brasil, desde 1980 e, em 2008, 
foi parar nos Jogos Paralímpicos, em Pequim.
9	Arco	e	flecha
O esporte conhecido como arco e flecha é um dos tipos mais democráticos 
quando nos referimos aos esportes para pessoas com deficiência. Ele pode ser 
praticado em pé ou sentado na cadeira de rodas.
Atualmente, há muitas competições que simulam a modalidade olímpica 
do esporte, de modo que deve haver um treinamento constante para se atingir 
um bom nível e uma boa mira.
10 Musculação
Chegamos ao esporte que é considerado essencial para pessoas que têm 
algum tipo de deficiência que afete os membros, pois, como já foi dito, uma parte 
do corpo tende a ficar sobrecarregada em detrimento de outra.
E é a musculação que tem a maior capacidade de fortalecimento dos 
músculos, uma vez que há um grande trabalho de vários grupos musculares 
isoladamente. Dessa maneira, a prática regular da musculação contribui para a 
resistênciae a força do corpo.
A partir do momento em que há um fortalecimento dos músculos dos 
membros mais usados, haverá, também, a diminuição nas dores sentidas no dia 
a dia.
Mas é sempre bom lembrar que esse, como qualquer outro exercício físico, 
deve ser praticado sob a orientação de profissionais especializados no assunto, 
pois os exercícios se iniciarão de forma leve, aumentando gradativamente a 
intensidade.
11 Ciclismo
 
Para as pessoas cuja deficiência atinge os membros superiores ou inferiores, 
já existem bicicletas com uma adaptação que permite a prática do esporte.
Há também aquelas bicicletas que têm espaço para duas pessoas, em que 
um ciclista pode auxiliar o outro a guiá-la.
Nas competições de ciclismo, os atletas são divididos em três classes de 
acordo com a deficiência que eles têm.
116
UNIDADE 2 | DEFICIÊNCIA FÍSICA, PREVENÇAO, AS LEGISLAÇÕES E A REABILITAÇÃO
12 Artes marciais
A prática de artes marciais como judô, karatê, jiu-jitsu, muay thai e kung 
fu é uma excelente opção para quem se sente entediado com a musculação, mas 
quer trabalhar os músculos do corpo.
Além disso, elas proporcionam força e equilíbrio a quem as pratica, 
de modo que são extremamente importantes no processo de recuperação da 
autoconfiança.
As artes marciais são exercícios que podem ser facilmente adaptados e 
tudo o que se necessita para praticá-las é vontade e determinação. Isso resultará 
numa melhora global do desenvolvimento corporal e trará os benefícios do 
fortalecimento dos músculos do corpo.
13 Atletismo
No atletismo, há uma classificação que é feita em função da capacidade 
do esportista em realizar movimentos, além da potencialidade dos músculos que 
não sofreram lesão e das sequelas do tipo de deficiência.
Sendo assim, existem modalidades para pessoas com deficiência física, 
mental e visual – nesta o atleta é acompanhado de um guia –, cada uma com suas 
particularidades. As provas podem ser de arremesso, salto, lançamento e pista.
14 Esgrima
Nessa prática esportiva, as cadeiras de rodas ficam fixadas ao solo — para 
dar estabilidade — e uma armação especial garante que os atletas se posicionem 
a uma determinada distância e ângulo.
Na parte superior do corpo, o esgrimista tem liberdade de movimentos 
para marcar os pontos necessários para a vitória. As provas podem ser individuais 
e por equipe, e as armas utilizadas são o sabre, a espada e o florete.
A esgrima sobre cadeira de rodas é um esporte muito vibrante, ideal para 
pessoas que gostam de competições acirradas.
15 Tiro paralímpico
O tiro esportivo paralímpico é um esporte para homens e mulheres 
com deficiências físicas — amputação, lesões na medula, pessoas com paralisia 
cerebral, dentre outras.
Trata-se de um esporte de precisão e muito controle. Os participantes 
utilizam rifles ou pistolas para disparar em um alvo estático a uma distância que 
pode variar entre 10, 25 e 30 metros. Os atletas competem em duas classes: em pé 
e em cadeira de rodas.
TÓPICO 3 | A REABILITAÇÃO DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA FÍSICA
117
16 Hipismo paralímpico
Esse esporte é um dos mais indicados para a reabilitação física e também 
social das pessoas com deficiência física ou visual. As partidas são organizadas 
de acordo com a habilidade funcional dos atletas. Diferentemente do hipismo 
olímpico, o paralímpico consiste apenas no adestramento — não há provas de 
salto. Além disso, a areia deve ser mais compacta para oferecer maior segurança 
para os competidores.
Vale destacar que o local deve ter sinalização sonora para orientar os 
atletas com deficiência visual.
17	Halterofilismo	paralímpico
Essa modalidade é aberta para homens e mulheres com deficiências 
físicas, como: amputações, nanismo, acidente vascular cerebral, lesões cerebrais, 
perda de membro, paralisia cerebral, dentre outros.
É um esporte que exige muita força dos competidores já que, deitados, eles 
devem trazer a barra com pesos ao peito. Em seguida, devem mantê-la estável e 
reerguê-la estendendo completamente os braços antes de colocá-la na posição 
original. Vence o atleta que levantar o maior peso.
Um detalhe interessante é que o halterofilismo faz parte dos Jogos 
Paralímpicos desde 1964, mas apenas no ano 2000 as mulheres competiram pela 
primeira vez.
Como vimos, opções para aderir à prática de esportes é o que não 
falta. Cada modalidade tem as suas particularidades e cada pessoa tem suas 
possibilidades, mas é unanimidade a ideia de que competir melhora a autoestima 
de qualquer um.
Mas lembre-se de sempre buscar a ajuda de um profissional 
especializado nesse tipo de atividade, tanto da área da saúde, como do esporte. 
É essa pessoa que saberá quais são as suas dificuldades e como está ocorrendo a 
evolução, de modo que se possa aumentar, ou não, o nível exigido.
O importante é nunca parar de se exercitar e não se deixar entregar à 
vontade de ficar apenas em casa. Praticar esportes para pessoas com deficiência é 
muito mais importante do que se imagina para a recuperação, não só física, como 
mental.
Para ajudar nesses cuidados, existem alguns acessórios que podem ser 
úteis para prevenir lesões nas atividades não esportivas do dia a dia, como é o 
caso das almofadas ergonômicas. Por mais simples que esse acessório pareça, 
para a pessoa com deficiência, sua utilização pode ser um grande diferencial e 
ajudar a manter o corpo em dia para a prática do esporte.
118
UNIDADE 2 | DEFICIÊNCIA FÍSICA, PREVENÇAO, AS LEGISLAÇÕES E A REABILITAÇÃO
Prevenindo pequenos incômodos, você evita problemas mais graves e 
garante que o esporte se torne uma prática saudável na sua vida.
Como você pode observar, existem muitos esportes praticados por pessoas 
com deficiência. Agora, basta escolher um e começar a praticar!
DICAS
Se necessário pesquisar mais sobre os esportes adaptados, você poderá 
continuar com as pesquisas sobre os tipos de esportes no site <http://blog.freedom.ind.br/>
Prezados acadêmicos, precisamos canalizar nossos estudos, assumir 
e executar as dicas dadas a todos com muito carinho e estudos são feitas as 
indicações, cujos filmes, por exemplo, servem para compreendermos de forma 
diferenciada alguns conceitos trabalhados, como a reabilitação. Não perca, junte 
alguns amigos, familiares e vamos aprender analisando situações de aceitação à 
deficiência física, através do filme. 
DICAS
A dica deste tópico é de você assistir a este filme simplesmente maravilhoso 
e nos mostra o processo e reabilitação física através das memórias de Jeff Bauman (Jake 
Gyllenhaal) sobre o dia mais impactante de sua vida, 15 de abril de 2013. Enquanto esperava 
seu grande amor, Erin (Tatiana Maslany), finalizar a participação na Maratona de Boston, ele 
foi atingido por uma das bombas do atentado terrorista e perdeu as duas pernas.
FONTE: <http://www.adorocinema.com/filmes/filme-230249/>. Acesso em: 28 dez. 2018
TÓPICO 3 | A REABILITAÇÃO DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA FÍSICA
119
LEITURA COMPLEMENTAR
O sistema público de saúde e as ações de reabilitação no Brasil
Carla Trevisan Martins Ribeiro,1 Marcia Gonçalves Ribeiro,2
Alexandra Prufer Araújo,2 Lívia Rodrigues Mello,3
Luciana da Cruz Rubim 3 e Joyce Espírito Santo Ferreira 3
O conceito de reabilitar inclui diagnóstico, intervenção precoce, uso 
adequado de recursos tecnológicos, continuidade de atenção e diversidade de 
modalidades de atendimentos visando à compensação da perda da funcionalidade 
do indivíduo, à melhoria ou manutenção da qualidade de vida e à inclusão 
social (1, 2). Como afirmam Coelho e Lobo (1), o trabalho de reabilitação deve 
englobar tanto o aspecto técnico quanto o aspecto da cidadania do indivíduo com 
deficiência, que tem o direito de fazer escolhas e de ser o autor de sua própria 
história. No Brasil, de acordo com a Constituição de 1988, a saúde é um direito de 
todo o cidadão e deve ser garantida pelo Estado (3), sendo o direito à habilitação 
e à reabilitação das pessoas portadoras de deficiência garantido por lei federal (4). 
Contudo, esse tipo de prerrogativaé bastante recente na história do país. 
 
A saúde pública no Brasil tem duas fases bastante distintas, sendo a 
criação do Sistema Único de Saúde (SUS) o marco divisor dessas fases (3). Antes 
da reforma sanitária e da criação do SUS, em 1988, a saúde era restrita a uma 
parcela da população que contribuía com um seguro social para desfrutar de 
tal benefício. As ações de saúde pública eram de caráter preventivo e coletivo, 
com escassas exceções de assistência à saúde voltada para doenças específicas ou 
grupos populacionais (3, 5). Nessa época, a assistência ao portador de deficiência 
e ao doente mental baseava-se na caridade e na filantropia (1, 2). A reabilitação 
não ficava a cargo de nenhuma esfera governamental, com exceção dos centros 
de reabilitação profissional do Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) (2, 
6). 
Após a instituição do SUS, a saúde passou a ser um direito de todos e um 
dever do Estado. A partir de então houve uma descentralização da política de 
saúde e os estados e municípios passaram a administrar serviços comprometidos 
com os princípios da proposta de reforma sanitária a fim de garantir o direito 
universal e integral à saúde (3, 7). Entretanto, os programas de reabilitação 
brasileiros passaram a ter administração federal e consequente organização 
centralizada. O governo federal passou a desenvolver programas de atendimento 
em reabilitação para deficientes na rede pública de saúde (2). 
 
Entender o impacto das transformações das políticas de saúde no Brasil, 
tendo como eixo principal a análise do direito à saúde e da reabilitação de pessoas 
portadoras de deficiência, é essencial para a compreensão crítica do que significa 
atualmente o sistema de saúde para essa população. Contudo, são escassos os 
estudos sobre programas e políticas de reabilitação no Brasil. 
120
UNIDADE 2 | DEFICIÊNCIA FÍSICA, PREVENÇAO, AS LEGISLAÇÕES E A REABILITAÇÃO
Dessa forma, o objetivo deste trabalho é apresentar uma revisão histórica 
da literatura sobre políticas de saúde pública no Brasil quanto ao surgimento das 
ações de reabilitação para portadores de necessidades especiais.
MATERIAIS E MÉTODOS
Um levantamento bibliográfico foi realizado nas bases de dados SciELO, 
LILACS e MEDLINE para o período de 1980 a 2009. Foram utilizadas as 
seguintes palavras-chave em português: Sistema Único de Saúde, reabilitação, 
políticas de saúde, assistência médica, história. Foram combinadas as seguintes 
palavras: Sistema Único de Saúde/SUS com reabilitação/ políticas públicas/
história; e reabilitação com história ou assistência médica (separadamente). Em 
inglês foram utilizadas as palavras rehabilitation e public health, com o objetivo 
de localizar artigos nacionais que tivessem sido publicados em outra língua, ou 
que fossem informativos para noções históricas da reabilitação. Consultaram-se 
ainda leis federais e manuais do Ministério da Saúde. Esse material foi buscado 
junto à Coordenação de Reabilitação do Rio de Janeiro, na biblioteca da Fundação 
Instituto Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) e na base de dados BIREME. Foram excluídos 
artigos que não contemplavam o tema ou aos quais os autores não obtiveram 
acesso.
RESULTADOS
Foram incluídos quatro livros (3, 8– 10), três manuais do Ministério da 
Saúde (5, 7, 11), quatro artigos nacionais (1, 12–14), uma dissertação de mestrado 
(15) e uma tese de doutorado (16). Esses materiais foram revisados com foco na 
história do direito à saúde e no tratamento da reabilitação, conforme descrito 
a seguir sendo esse contexto que se insere a atenção à saúde das pessoas com 
necessidades especiais.
DISCUSSÃO 
A despeito da evolução das políticas públicas no Brasil e da instituição da 
saúde como direito de todos, o Estado ainda precisa implementar medidas que 
garantam ou suportem essa premissa. Entretanto, não é simples colocar em prática 
uma política tão abrangente. A reforma do sistema de saúde brasileiro ainda está em 
curso e só será finalizada se o Estado e a sociedade concordarem que há necessidade 
urgente de uma política mais justa, solidária e melhor distribuída no Brasil (4). 
 
Apesar de todas as medidas tomadas até o momento, ainda persistem 
fatores que dificultam o alcance de ótimos resultados na atenção à pessoa com 
necessidades especiais, dentre os quais se destacam a desinformação da sociedade, 
a precária distribuição dos recursos financeiros e a visão limitada dos serviços 
sobre como podem contribuir para melhoria da qualidade de vida (5). Logo, cabe 
especialmente aos municípios o desafio de assumir o planejamento das ações, 
estabelecendo a oferta adequada de serviços e promovendo, assim, a equidade ao 
acesso e a integralidade da assistência (13). 
 
TÓPICO 3 | A REABILITAÇÃO DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA FÍSICA
121
Um exemplo é o Estado do Rio de Janeiro, que, segundo Almeida (15), 
é um dos que mais alcançou a descentralização dos serviços e ações de saúde e 
que já organiza os serviços de reabilitação de acordo com a normativa nacional. 
Em especial, o Município do Rio de Janeiro criou, em 2002, a Coordenação de 
Programas de Reabilitação, com o objetivo de articular as diversas especialidades 
terapêuticas e iniciar a implantação de uma rede de reabilitação hierarquizada por 
níveis de complexidade, de modo a assegurar ao usuário uma rede de referência 
e contrarreferência, além de tentar contemplar as necessidades de cada área 
programática, garantindo melhor acessibilidade e integralidade de assistência 
(1). Contudo, essa rede, que ainda se encontra em construção, permanece 
desarticulada de outros setores da prefeitura: por exemplo, não está disponível 
à sociedade e à comunidade médica uma listagem oficial com todos os locais de 
atendimento (públicos e privados) do Município do Rio de Janeiro. 
A articulação entre as esferas governamentais e as ações não-
governamentais mostra-se imprescindível, sobretudo para apontar necessidades, 
sugerir soluções ou oferecer serviços complementares às pessoas portadoras 
de deficiência (5). Entretanto, tal articulação e parceria encontram-se ainda em 
processo de construção, sendo permeadas por disputas de interesses (13). 
Diante disso, faz-se necessária a criação de uma rede de reabilitação 
articulada com atribuições específicas para cada serviço, público e/ou privado, 
evitando a superposição. Outrossim, é imprescindível a formalização de um 
sistema de informação acessível à sociedade e à comunidade médica sobre os 
locais disponíveis de atendimento, bem como o tipo de assistência oferecida, de 
forma a tornar eficiente o sistema de referência e contrarreferência. 
Além das importantes lacunas no desenho da proposta do SUS, como o 
financiamento e descentralização das ações, outro aspecto importante é o fato de 
que os serviços, os profissionais de saúde e também a população aprenderam 
durante anos uma prática de saúde que não buscava o olhar integral. Com a 
reforma ocorrida no sistema de saúde é necessário incorporar e construir uma 
nova concepção de saúde, capaz de compreender o indivíduo em meio a uma 
coletividade (3). 
Desse modo, sugere-se que o governo apoie pesquisas que busquem 
o diagnóstico da situação atual dos serviços de reabilitação em cada região 
administrativa. Também é preciso incentivar uma formação mais abrangente dos 
profissionais da área de saúde, que os habilite a compreender o indivíduo em 
todas as suas necessidades.
REFERÊNCIAS
1. Coelho AEBD, Lobo ST. Gestão participativa na organização de uma rede de reabilitação em 
saúde pública. Rev Virt Gestão Iniciat Soc. 2004;1(out) 37–45.
122
UNIDADE 2 | DEFICIÊNCIA FÍSICA, PREVENÇAO, AS LEGISLAÇÕES E A REABILITAÇÃO
2. Brasil, Ministério da Saúde, Coordenação de Atenção a Grupos Especiais. Programa de Atenção 
à Saúde da pessoa portadora de deficiência. Atenção à pessoa portadora de deficiência no Sistema 
Único de Saúde: planejamento e organização de serviços. Brasília: Secretaria de Assistência à Saúde; 
1993. Disponível em: www.inep.gov.br/PESQUISA/BBE-ONLINE/det.asp?cod=53152 &type=M. 
Acessado em 26 de novembro de 2009.
3. Baptista TWF. O direito à saúde no Brasil: sobre como chegamos ao sistema único de saúde e 
o que esperamos dele. Rio de Janeiro: Fiocruz; 2005. Pp. 11–41. [Fundação Oswaldo Cruz, Escola 
Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio. Textos de apoio em políticas de saúde].
4. Brasil, Presidência da República. Lei 7 853, de 24 de outubro de 1989. Disponível em: www.
planalto.gov.br/CCIVIL/LEIS/L7853. htm. Acessado em 26 de novembro de 2009.
5. Brasil, Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde. Manual de legislação em saúde da 
pessoa com deficiência. Brasília: Ministério da Saúde; 2006. Disponível em: bvsms.saude.gov.br/
bvs/publicacoes/legislacao_ deficiencia.pdf. Acessado em 26 de novembro de 2009.
6. Brasil, Ministério da Saúde, Secretaria de Assistência à Saúde, Coordenação de atenção à saúde 
da pessoa portadora de deficiência. Atenção à pessoa portadora de deficiência no Sistema Único de 
Saúde: planejamento e organização de serviços. Brasília: Ministério da Saúde; 1995.
7. Faleiros VP, Silva JFS, Vasconcellos LCF, Silveira RMG. A construção do SUS: história da reforma 
sanitária e do processo participativo. Brasília: Ministério da Saúde; 2006. Disponível em: portal.
saude.gov.br/portal/ arquivos/pdf/construcao_do_SUS.pdf. Acessado em dezembro de 2009.
8. Costa JF. História da psiquiatria no Brasil: um corte ideológico. Rio de Janeiro: Xenon; 1989.
9. Santos L. Distribuição de competências no Sistema Único de Saúde: o papel do Estado nas três 
esferas de governo no SUS. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial 
da Saúde; 1994.
10. Rebelatto JR, Botome SP. Fisioterapia no Brasil: fundamentos para uma ação preventiva e 
perspectivas profissionais. 2a ed. São Paulo: Manole; 1999.
11. Brasil, Ministério da Saúde, Secretaria Executiva, Subsecretaria de Planejamento e Orçamento. 
Plano Nacional de Saúde: um pacto pela saúde do Brasil. Brasília: Ministério da Saúde; 2005. 
Disponível em: dtr2001.saude. gov.br/editora/produtos/livros/pdf/05_03 06_M.pdf. Acessado em 
novembro de 2009.
12. Paulus Jr A, Cordoni Jr L. Políticas públicas de saúde no Brasil. Rev Espac Saude. 2006; 8(1):13–9.
13. Santos FP, Merhy EE. A regulação pública da saúde no Estado brasileiro: uma revisão. Interface 
Comun Saude Educ. 2006;10(19): 25–41.
14. Cruz G, Peralta RL. CIAD: Uma experiência de política pública integrada. Rev Virt Gestão 
Iniciat Soc. 2004;1(out):3–6.
15. Almeida LGR. Estudos sobre a distribuição dos serviços de reabilitação: o caso do Rio de Janeiro 
[dissertação]. Rio de Janeiro: Escola Nacional de Saúde Pública; 2004.
16. Almeida MC. Saúde e reabilitação de pessoas com deficiência: políticas e modelos assistenciais 
[tese]. Campinas: Universidade Estadual de Campinas. 2000.
17. Costa NR. Lutas urbanas e controle sanitário: origens das políticas de saúde no Brasil. Rio de 
janeiro: Vozes; 1985.
18. Oliveira JA, Teixeira SM. (Im)Previdência Social: 60 anos de história da previdência no Brasil. 
Rio de Janeiro: Vozes; 1985.
19. Braga JCS, Paula SG. Saúde e previdência: estudos de política social. São Paulo: Hucitec; 1986.
20. Brasil, Presidência da República. Constituição Federal do Brasil de 1988. Artigo 196. Disponível 
em: www.dji.com.br/constitu icao_federal/cf196a200.htm. Acessado em 26 de novembro de 2009.
21. Ratliffe KT. Fisioterapia na clínica pediátrica. São Paulo: Santos; 2002.
22. Flehming I. Texto e atlas do desenvolvimento motor normal e seus desvios no lactente: 
diagnóstico e tratamento precoce do nascimento até o 18o mês. São Paulo: Atheneu; 2002.
23. Meisels SJ, Shonkoff JPE. Early childhood intervention: a continuing evolution. Em: Shonkoff 
JP, Meisels SJ, eds. Handbook of early childhood intervention. 2a ed. Nova Iorque: Cambridge 
University; 2000. Pp. 3–31.
24. Silva OM. Políticas para pessoas portadoras de deficiência: “o papel e a influência das 
organizações internacionais”. Mensagem da APAE. 1992;65:22–6.
25. Vital J. A proteção do excepcional na Previdência Social. Mensagem da APAE. 1975;2: 79–80.
26. Bertoti DB. Retardo mental: foco na síndrome de Down. Em: Tecklin JS, ed. Fisioterapia 
pediátrica. 3a ed. Porto Alegre: Artmed; 2002. Pp. 236–56.
TÓPICO 3 | A REABILITAÇÃO DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA FÍSICA
123
27. Brasil, Ministério da Saúde. Portaria nº 818/GM em 05 de junho de 2001. Disponível em: dtr2001.
saude.gov.br/sas/PORTARIAS/ Port2001/GM/GM-818.htm. Acessado em 26 de novembro de 2009.
28. Brasil, Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde. Agenda de compromisso para a 
saúde integral e redução da mortalidade infantil. Brasília: Ministério da Saúde; 2004.
29. Sistema Único de Assistência social (SUAS) [site da Internet]. Disponível em: www.mds. gov.br/
programas/rede-suas. Acessado em dezembro de 2009.
FONTE: <https://scielosp.org/pdf/rpsp/2010.v28n1/43-48/pt>.
124
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que: 
• Existem a prevenção, a acessibilidade e, neste tópico específico, a reabilitação, 
um tema de extrema importância para quem de repente precisa, devido a um 
acidente e ou um trauma vascular e outras sequelas. 
• O conceito de reabilitação é um processo global e dinâmico orientado para a 
recuperação física e psicológica. A medicina física e de reabilitação pretende 
tratar ou atenuar as incapacidades causadas por doenças crônicas, sequelas 
neurológicas ou lesões derivadas da gestação e do parto, acidentes de trânsito e 
de trabalho. Algumas vezes se faz distinção entre habilitação – que visa ajudar 
os que possuem deficiências congênitas ou adquiridas na primeira infância a 
desenvolver sua máxima funcionalidade – e a reabilitação, em que aqueles que 
tiveram perdas funcionais são auxiliados a readquiri-las.
• Centros de reabilitação, como a AACD e o Einstein, e outros locais encaminhados 
pelos municípios de forma mais simples e que são as vezes reabilitação de 
curto tempo são importantes. 
• Uma equipe multidisciplinar geralmente faz o plano terapêutico com objetivos 
funcionais para cada paciente, respeitando a especificidade de cada um. Assim 
também é no centro de reabilitação Einstein e/ ou AACD e ainda outros centros 
existentes em todo o Brasil, a equipe avalia e apresenta para execução um plano 
de ação.
• Entre as principais patologias que são encaminhadas para a reabilitação estão 
as paralisias cerebrais, doenças neuromusculares. Malformações congênitas, 
lesões encefálicas adquiridas causadas por traumas, acidentes e também alguns 
casos de AVC, tumores e amputação. 
• A reabilitação exige uma equipe, pois há casos e casos, alguns necessitam 
de outros acompanhamentos como, psicológicos, neurológicos, psiquiatras, 
terapias serviço social, hidroterapia, equoterapia, práticas desportivas onde 
poderá incluir (natação, basquete, entre outros). 
• Com a idade e com a mobilidade reduzida começam a aparecer a comorbidade, 
e nisso as patologias, os problemas cardíacos, respiratórios, urinários, de rins, 
de olhos e de ouvidos, entre outros. Sendo assim vão precisar de profissionais 
destas áreas para tratamento específico que vão passar a fazer parte da 
reabilitação também.
125
Faremos as atividades de revisão dos conteúdos para que você, acadêmico, possa 
ter a possibilidade de fixação da teoria e assim se preparar melhor para as provas.
1 Na questão a seguir, apresentaremos um conceito sobre reabilitação no qual 
visto como um processo de recuperação seja física, psicológica e ou neurológica. 
Sendo assim, assinale a alternativa que mais condiz com esta justificativa. 
a) ( ) Algumas terapias podem devolver as habilidades e fazer a readaptação 
das pessoas limitadas fisicamente, assim fazem a reabilitação.
b) ( ) Na deficiência física algumas vezes se faz distinção entre habilitação 
– que visa ajudar os que possuem deficiências congênitas ou adquiridas 
na primeira infância a desenvolver sua máxima funcionalidade – e a 
reabilitação, em que aqueles que tiveram perdas funcionais são auxiliados a 
readquiri-las.c) ( ) A reabilitação consiste em fazer a fisioterapias, hidroterapias e 
equoterapia, sendo suficiente para o programa de reabilitar. 
d) ( ) Não faz parte da reabilitação o encaminhamento desportivo, como a 
natação, o basquete sobre as rodas e futebol aos amputados e as lutas de 
capoeiras. 
2 A AACD, associação de apoio a criança deficiente, tem por missão: 
Acreditamos em uma sociedade que convive com as diferenças porque reconhece 
em cada indivíduo a sua capacidade de evoluir e contribuir para um mundo mais 
humano. Com base no que é e nos objetivos da AACD, assim como os 
princípios e história, assinale as respostas verdadeiras com V e as respostas 
falsas com F, nas sentenças a seguir. 
a) ( ) Em 1950, nascia a AACD, fundada pelo médico especialista em 
Ortopedia Dr. Renato da Costa Bomfim, que, inspirado na evolução 
tecnológica dos centros de reabilitação no exterior, criou uma estrutura 
semelhante no Brasil.
b) ( ) AACD está entre os melhores hospitais da Área de Ortopedia e é 
referência em qualidade no tratamento de pessoas com deficiência física, 
além de ser um dos complexos hospitalares mais admirados do País, de 
acordo com pesquisas realizadas com profissionais da Área de Medicina.
c) ( ) O Teleton, objetiva garantir à Instituição autonomia e proposta de 
sustentabilidade, porém nem sempre repassa o dinheiro o que é divulgado 
através da rede SBT. 
d) ( ) Além da reabilitação física, a AACD também desenvolve diversas 
outras atividades, como a inserção no esporte paraolímpico e o empenho 
em assegurar a plena integração social aos pacientes, promovendo 
melhorias por meio da superação diária e da orientação de uma equipe 
multidisciplinar especializada.
AUTOATIVIDADE
126
Assinale a sequência CORRETA:
a) ( ) V-V-F-F.
b) ( ) F-V-F-V.
c) ( ) V-V-F-V. 
d) ( ) V-V-V-V.
3 O Centro de Reabilitação do Hospital Israelita Albert Einstein foi o 
primeiro do Brasil a ser integrado aos serviços de um hospital geral de alta 
complexidade. Inaugurado em maio de 2003, é uma referência nacional 
em reabilitação de alta complexidade, com uma equipe multidisciplinar 
de alto nível, é formada por profissionais especializados em reabilitação 
e contamos com Médicos Fisiatras e Cardiologista, Fonoaudiólogos, 
Terapeutas Ocupacionais, Fisioterapeutas, Neuropsicólogos, Psicólogos, 
Nutricionistas e Enfermeiros. Todos os profissionais são especializados e 
preparados para tratar desde uma simples contusão até sequelas originárias 
de casos mais complexos como lesão medular, traumatismo craniano entre 
outras. Assinale quem define como o paciente deverá ser tratado, como e 
por quanto tempo.
a) ( ) O paciente informa a equipe multidisciplinar que já se sente bem e 
reabilitado podendo assim dar alta e cessar o tratamento. 
b) ( ) O plano terapêutico é definido pela equipe multidisciplinar com 
objetivos e metas realistas visando sempre o melhor resultado funcional do 
paciente, com intensidade, frequência e tempo de tratamentos coerentes 
com as necessidades individuais de cada paciente. 
c) ( ) O paciente poderá fazer o tratamento com várias interrupções, depende 
do estado de saúde de cada um.
d) ( ) O plano terapêutico é definido por uma avaliação do médico local e ou 
regional que faz o encaminhamento, visa sempre buscar o melhor resultado 
funcional do paciente, com intensidade, frequência e tempo de tratamentos 
coerentes com as necessidades individuais de cada paciente.
4 Na reabilitação neurológica do Hospital Israelita Albert Einstein, o objetivo 
maior é de que os pacientes saiam com um bom resultado, sendo assim o 
objetivo delimita-se em: 
a) ( ) Para atender pacientes com deficiência física, psicológicas e intelectuais, 
tornando o paciente o mais independente possível.
b) ( ) Para pacientes acamados e de difícil reabilitação, sem movimentos. 
c) ( ) O objetivo é de realizar muitos exames de imagens para achar a causa da 
limitação. 
d) ( ) Para atender pacientes neurológicos de alta complexidade e foi 
elaborado com o objetivo de reduzir os efeitos das incapacidades físicas, 
psicológicas e intelectuais, tornando o paciente o mais independente 
possível. Para pacientes com dificuldade de movimentar um lado do 
corpo, o Centro de Reabilitação adota a técnica de contenção induzida 
(Constrain Induce Therapy), metodologia voltada à reabilitação do 
membro superior. 
127
UNIDADE 3
ACESSIBILIDADE E AS 
TECNOLOGIAS ASSISTIVAS 
EDUCACIONAIS VOLTADAS À 
DEFICIÊNCIA FÍSICA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• contextualizar as tecnologias assistivas voltadas à deficiência física; 
• conhecer a comunicação alternativa e sua importância na construção da 
linguagem; 
• compreender os recursos, os serviços nas tecnologias assistivas; 
• possibilitar a discussão sobre adaptação e adequações educacionais.
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade 
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo 
apresentado.
TÓPICO 1 – TECNOLOGIAS ASSISTIVAS 
TOPICO 2 – COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA 
TÓPICO 3 – RECURSOS, ADAPTAÇÕES E ADEQUAÇÕES 
EDUCACIONAIS AOS DEFICIENTES FÍSICOS
128
129
TÓPICO 1
TECNOLOGIAS ASSISTIVAS
UNIDADE 3
1 INTRODUÇÃO
Na Unidade 3, no tópico 1, vamos ver sobre as tecnologias assistivas 
voltadas à deficiência física, citando algumas em outras áreas das deficiências, 
onde foi evoluindo com o passar dos anos, com as pesquisas e as necessidades 
das pessoas com deficiências. 
As tecnologias assistivas vão desde uma simples bengala que os deficientes 
visuais usam ao uso de um software para possibilitar a leitura e ou navegação na 
internet, assim como uma prótese que faz os movimentos muito precisos, como os 
humanos. O uso das tecnologias vem contribuir para dar vida e funcionalidade às 
pessoas com deficiências em geral, mas falaremos especificamente da deficiência 
física. 
Assim, prezado acadêmico, procure ter atenção aos conteúdos, às 
atividades e às dicas disponível no livro de estudos, não esqueça que boa parte da 
formação depende de você, aproveite todas as oportunidades de aprofundamento 
teórico que lhes são possibilitadas e indicadas a cada unidade e tópico. 
 
2 AS TECNOLOGIAS ASSISTIVAS EDUCACIONAIS 
VOLTADAS À DEFICIÊNCIA FÍSICA
Como pontua a citação a seguir, se para as pessoas sem deficiências as 
tecnologias só ajudam a tornar as coisas fáceis, imagine para quem tem uma 
deficiência principalmente física, o que vem colaborar e possibilitar tantas ajudas 
é na comunicação, é na locomoção, é tornar a vida funcional possível. “Para as 
pessoas sem deficiência a tecnologia torna as coisas mais fáceis. Para as pessoas 
com deficiência, a tecnologia torna as coisas possíveis” (RADABAUGH, 1993 
apud BERSCH 2017, p. 2).
Vejamos alguns conceitos sobre tecnologias assistivas:
Tecnologia Assistiva é um termo ainda novo, utilizado para identificar 
todo o arsenal de Recursos e Serviços que contribuem para proporcionar ou 
ampliar habilidades funcionais de pessoas com deficiência e consequentemente 
promover Vida Independente e Inclusão. É também definida como "uma ampla 
UNIDADE 3 | ACESSIBILIDADE E AS TECNOLOGIAS ASSISTIVAS EDUCACIONAIS VOLTADAS À DEFICIÊNCIA FÍSICA
130
gama de equipamentos, serviços, estratégias e práticas concebidas e aplicadas 
para minorar os problemas encontrados pelos indivíduos com deficiências" 
(COOK; HUSSEY, 1995 apud BERSCH, 2017, p. 2).
 
Aqui no Brasil o termo é definido seguindo de amparo legal, conforme 
portaria nº 142, de 16 de novembro de 2006.
 
(...) propõe o seguinte conceito para a tecnologia assistiva: "Tecnologia 
Assistiva é uma área do conhecimento, de característica interdisciplinar, 
que engloba produtos, recursos, metodologias, estratégias, práticas 
e serviços que objetivam promover a funcionalidade, relacionada à 
atividade e participação de pessoas com deficiência, incapacidades 
ou mobilidade reduzida, visando sua autonomia, independência,qualidade de vida e inclusão social" ATA VII - Comitê de Ajudas 
Técnicas (CAT) - Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa 
Portadora de Deficiência (CORDE) - Secretaria Especial dos Direitos 
Humanos - Presidência da República (BRASIL, 2006, p.1). 
As tecnologias assistivas são classificadas desde uma simples bengala que 
a pessoa cega usa ao software mais requintado e mais bem desenvolvido, sendo 
tudo que venha a contribuir com a promoção de uma vida melhor da pessoa com 
deficiência com o uso de recurso e serviços. 
 
O que são recursos e serviços na Tecnologias Assistivas, vejamos dois 
conceitos:
“Recursos são todo e qualquer item, equipamento ou parte dele, produto ou 
sistema fabricado em série ou sob medida utilizado para aumentar, manter 
ou melhorar as capacidades funcionais das pessoas com deficiência” (ADA 
apud BERSCH, 2017, p. 3). E os que chamamos de serviços sendo aqueles que: 
“Serviços são definidos como aqueles que auxiliam diretamente uma pessoa com 
deficiência a selecionar, comprar ou usar os recursos acima definidos” (ADA 
apud BERSCH, 2017, p. 3).
Como recursos, podemos dar exemplos de uma fabricação de uma série 
de bengalas e ou de andador, todos de mesmo tamanho e/ ou mesmo modelo, daí 
podemos dizer que é recurso. No serviço, quando aquele objeto e/ ou prótese foi 
feito para aquela pessoa em particular, a pedido, sob medida e só serve para ela. 
Alguns exemplos, dentro das tecnologias assistivas, que podemos citar 
são desde as rampas de acesso a calçadas e a prédios, os andadores, as lupas 
manuais ou eletrônicas, os softwares ampliadores de tela, os aparelhos para 
surdez e os avatares Libras.
Segundo as diretrizes do ADA, a tecnologia assistiva conta com algumas 
categorias e recursos fundamentais, classificados de acordo com cada grupo e 
seus níveis de necessidade, de forma resumida, são elas:
TÓPICO 1 | TECNOLOGIAS ASSISTIVAS
131
Auxílios	gerais	para	a	vida	diária: materiais e produtos básicos para a 
independência da pessoa com deficiência, para que ela possa cozinhar, 
comer, vestir, tomar banho, ir ao banheiro, entre outras ações.
1.Comunicação Alternativa: essencial para uma educação inclusiva, 
para a comunicação eficiente por meio de aparelhos eletrônicos, 
pranchas e demais materiais com símbolos diversos que garantem 
a interação tanto de modo básico quanto avançado daqueles que 
possuem limitações na fala. 
2.Sistemas de controle de ambiente: meios tecnológicos de controle 
para acessibilidade, segurança e locomoção em todos os espaços, da 
casa à empresa, da escola ao lazer, para que esse grupo usufrua de 
tudo que é pertinente para sua presença em vários lugares.
3.Recursos de acessibilidade ao computador: referem-se à informática, 
todos os dispositivos e softwares necessários para aumentar a 
integração e a inclusão digital das pessoas com diversas deficiências. 
Graças à máquina, muitos podem se comunicar e aprender com 
excelência.
4.Órteses e próteses: são aparatos que substituem partes faltantes ou 
com funcionamento comprometido, proporcionando trocas e ajustes, 
como pernas ou braços mecânicos.
5.Adequação de postura: sistemas utilizados para garantir a postura 
correta de quem tem problema de mobilidade e condições similares, 
para todos os ambientes possíveis.
6.Projetos arquitetônicos: é tudo aquilo que demanda arquitetura em 
si, rompendo barreiras físicas e otimizando espaços para que todos 
possam transitar normalmente.
7.Auxílios	de	mobilidade: são aparelhos que garantem a mobilidade 
de pessoas com deficiência física, como cadeira de rodas de todos os 
tipos, veículos, andadores, entre outros, que devem ficar à disposição 
nos espaços públicos para cumprimento dos parâmetros de inclusão 
social. 
8.Adaptação em veículos: nesse caso, a tecnologia assistiva deve 
servir para implantar recursos para que motoristas e passageiros com 
deficiência possam dirigir um carro e andar em transportes adaptados 
(ônibus, avião, entre outros).
9.Auxílios	para	surdos	e	pessoas	com	déficit	auditivo: como o próprio 
termo revela, são métodos e acessórios direcionados às pessoas com 
deficiência auditiva. Incluem-se tanto produtos indispensáveis quanto 
o uso da famosa Língua Brasileira de Sinais (Libras). 
10.Auxílios	 para	 cegos	 e	 pessoas	 com	 visão	 subnormal: já nesse 
caso, são aparatos para indivíduos com deficiência visual e demais 
condições relacionadas à dificuldade em enxergar. Podemos listar 
desde o Braille até sistemas de voz, telas de impressão e produtos com 
lentes e lupas (BERSCH, 2017, p. 5-9).
O uso destes recursos vai depender de cada um, conforme a deficiência, 
que vai desde a visual, a múltipla, física, autismo e entre outras. Sem dúvida 
quem mais foi beneficiado com estes recursos e serviços foram as pessoas com 
deficiência visual e as com deficiência física e múltipla.
Vejamos as indicações do uso das tecnologias e da comunicação 
alternativa nos livros a seguir no UNI DICAS. 
UNIDADE 3 | ACESSIBILIDADE E AS TECNOLOGIAS ASSISTIVAS EDUCACIONAIS VOLTADAS À DEFICIÊNCIA FÍSICA
132
DICAS
As leituras indicadas de dois livros do MEC disponíveis para baixar em pdf e em 
algumas escolas, os livros estão disponíveis nos AEE. 
Literatura disponível no portal do MEC sobre deficiência física e tecnologia assistiva
Acesse os links: <http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/ajudas_tec.pdf>
<http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/rec_adaptados.pdf>.
Os livros indicados acima são excelentes e são uma grande referência na 
área das tecnologias assistivas e comunicação alternativa, principalmente para a 
a escola. Até pouco tempo o MEC dispunha de exemplares, porém, não é possivel 
conseguir de forma física os livros, é preciso baixar em pdf e imprimir se quiser. 
3 TECNOLOGIAS ASSISTIVAS AOS DEFICIENTES FÍSICOS 
NA LOCOMOÇÃO
Um dos recursos que é muito usado é a bengala pelos deficientes visuais 
em todo o mundo, aliás, um recurso usado desde o tempo de Moisés, com um 
cajado para se locomover. Hoje alguns testes vêm sendo realizados com o uso 
de câmaras no pescoço para identificar o local e possíveis obstáculos, outras 
invenções estão sendo testadas, como sensor na bengala para quando a pessoa 
com deficiência visual ande com ela, este deveria acusar algo/ perigo/ obstáculo, 
mais não foi muito aceito pelos seus usuários. 
 
Na locomoção das pessoas com deficiências físicas as tecnologias estão 
muito presentes, pois a cada dia vimos mais sua evolução nas pessoas que andam 
nas ruas com suas cadeiras, sejam motorizadas ou não. Entre as cadeiras temos a 
de banho, a de rodas manual, a motorizada, a Scooter Hospitalar e os triciclos e 
quadriciclos. Ainda temos os Acessórios para Cadeiras.
TÓPICO 1 | TECNOLOGIAS ASSISTIVAS
133
E os andadores, o andador articulado, andador ortopédico, bengala, 
muleta e a outra muleta, a canadense. Algumas pessoas com deficiência física vão 
necessitar de guinchos de remoção (entre eles temos os Guinchos Lift, Stand-up e 
o guincho transfer). 
 
Para ajudar ainda na locomoção para maiores distâncias existem, como 
já citamos, os triciclos quadriciclos, mas o que muito contribui também para a 
independência e autonomia são os carros adaptados, sendo de fácil manuseio, de 
certa forma de fácil aquisição. 
 
Hoje, a legislação também beneficia pessoas que não dirigem. Nesse 
caso, o veículo é comprado em nome do beneficiário, que pode indicar até 
três condutores legais. Autistas, pessoas com deficiência visual ou aqueles que 
dependam de terceiros para se locomover (como tetraplégicos) estão inseridos 
nesse cenário. Já para as pessoas com deficiência mental profunda ou severa, a 
isenção na modalidade não condutora exige que a doença tenha se manifestado 
antes dos 18 anos.
Vale lembrar também que, como a isenção fiscal só é válida para 
automóveis fabricados no Brasil de até R$ 70 mil, carros que estejam acima desse 
valor ou importados têm abatimento apenas para o IPI, o que corresponde a 11% 
do preço total do modelo. Outra exigência, ainda, é que ocomprador fique com o 
veículo por, no mínimo, quatro anos.
Veja no quadro a seguir as regras para a isenção dos impostos e aquisição 
do veículo adaptado. 
INTERVALO 
PARA 
ISENÇÃO
QUEM TEM 
DIREITO
DISPONÍVEL 
PARA NÃO 
CONDUTORES?
CARACTERÍSTICAS 
DO 
CARRO
IPVA 
Imposto Sobre a 
Propriedade de 
Veículos 
Automotores
Anual. Somente 
um carro por 
indivíduo
Pessoas com deficiência 
física (que necessitem 
de adaptação), 
deficiência visual, 
mental severa ou 
profunda, e autistas, 
dependendo do estado
Previsto nos estados: 
AL, AP, BA, CE, DF, 
MT, MG, PB, PR, PE, 
RS, RR, SC (motores 
até 2.0), SE e TO
IPI 
Imposto sobre 
Produto 
Industrializado
Dois anos, sem 
limite de uso
Portadores de 
deficiência física 
(que necessitem de 
adaptação), visual, 
mental severa ou 
profunda, ou autistas, 
ainda que menores de 
18 anos
Sim
Automóvel de 
passageiros ou veículo 
de uso misto, de 
fabricação nacional
ICMS 
Imposto sobre 
a Circulação de 
Mercadorias e 
Serviços
Dois anos, a não 
ser em caso de 
desaparecimento 
ou destruição 
total do veículo
Pessoas portadoras 
de deficiência física 
(que necessitem de 
adaptação)
Sim Valor máximo de R$ 70 mil
QUADRO 1 – QUADRO DAS REGRAS DA ISENÇÃO
UNIDADE 3 | ACESSIBILIDADE E AS TECNOLOGIAS ASSISTIVAS EDUCACIONAIS VOLTADAS À DEFICIÊNCIA FÍSICA
134
IOF 
Imposto sobre 
Operações 
de Crédito, 
Câmbio e 
Seguros
Somente uma 
vez. O carro 
não pode ser 
vendido antes de 
três anos
Pessoas portadoras 
de deficiência física 
(que necessitem de 
adaptação)
Não
Automóveis de 
passageiros de 
fabricação nacional de 
até 128 cv de potência
RODÍZIO DE 
SÃO PAULO
É necessário 
fazer novo 
pedido após 
trocar de carro
Veículos dirigido por 
pessoas portadoras de 
deficiência ou por quem 
as transportem
Não Não há
FONTE: <https://revistaautoesporte.globo.com/Noticias/noticia/2018/02/13-carros-e-versoes-
para-pessoas-com-deficiencia-pcd-ate-r-70-mil>. Acesso em: 3 jan. 2019.
Como vimos, a parte sobre o transito, sobre os carros adaptados onde 
é necessário fazer a divulgação deste quadro aos pais, porém muitos não têm 
acesso a esses direitos, nos quais alguns tem filhos paralisados cerebrais que 
talvez nunca estes vão dirigir, mais seus pais podem adquirir o carro e estes 
serem beneficiados com a locomoção. 
4 TECNOLOGIAS ASSISTIVAS NA ÁREA EDUCACIONAL 
AOS DEFICIENTES FÍSICOS
O Decreto no 5.296, de 2 de dezembro de 2004, dentre outras orientações, 
afirma que as pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida tem direito de 
atendimento prioritário e a acessibilidade e, caso não seja cumprido, os órgãos 
públicos estarão sujeitos a sanções. 
 
Já na tecnologia assistiva (TA) é a grande responsável pela acessibilidade 
das pessoas com deficiência físicas, principalmente os paralisados cerebrais ao 
acesso educacional. Além de estar compreendida como uma área do conhecimento 
constituída por “recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que 
objetivam promover a funcionalidade, relacionada à atividade e participação de 
pessoas com deficiência, incapacidades ou mobilidade reduzida” por meio de 
sua utilização mediada pelas orientações dadas por professores especializados, 
esse aluno especial irá estimular “sua autonomia, independência, qualidade de 
vida e inclusão social” (GALVÃO FILHO et al., 2009, p. 26). 
 
Na escola é o espaço onde o aluno poderá se habilitar nas tecnologias pela 
exigência da funcionalidade acadêmica, muitos por não ter outro acesso a não ser 
nesta, outros por realmente não ter função.
 
Contamos com os serviços educacionais especializados e outros centros 
de atendimentos que podem estar iniciando estes primeiros contatos com as 
tecnologias. Nestes é importante a avaliação da pessoa que vai usar um recurso, 
sendo a maioria personalizado, visto que as deficiências poderão ser muito 
diferentes uma das outras, mesmo seguindo uma mesma patologia. 
TÓPICO 1 | TECNOLOGIAS ASSISTIVAS
135
Assim citaremos aqui alguns recursos mais utilizados pelos alunos na 
escola regular que da funcionalidade, porém no próximo tópico, trataremos de 
comunicação alternativa e por isso vai completar e as informações. 
 
Alguns recursos disponíveis e que não são de grande orçamento, por 
exemplo:
TECLADOS: ampliado, em Braille e em forma de colmeia.
Ampliado – serve para o aluno baixa-visão e o aluno com pouca mobilidade nas 
mãos e dedos, assim como o teclado colmeia que também pode ser usado por 
pessoas com mobilidade reduzida das mãos e o em Braille para pessoas cegas. 
FIGURA 1 – TECLADO COLORIDO AMPLIADO
FIGURA 2 – TECLADO PARA BAIXA VISÃO E CEGOS COM TECLAS EM BRAILLE
FONTE: <https://www.lojaciviam.com.br/baixa-visao/teclados/teclado-ampliado-e-colorido>. 
Acesso em: 3 jan. 2019.
FONTE: <http://www.terraeletronica.com.br/tecladopretoamarelocombraille.html>. Acesso em: 
3 jan. 2019
Quanto aos teclados hoje são encontrados vários modelos e, como já 
frisamos em outros momentos, vai depender de cada aluno e sua necessidade.
UNIDADE 3 | ACESSIBILIDADE E AS TECNOLOGIAS ASSISTIVAS EDUCACIONAIS VOLTADAS À DEFICIÊNCIA FÍSICA
136
FIGURA 3 – TECLADO COLMEIA
FONTE: <http://www.terraeletronica.com.br/tecladopretoamarelocomcolmeia.html>. Acesso 
em: 3 jan. 2019.
FIGURA 4 – CATEGORIAS DAS TECNOLOGIAS 
FONTE: <https://pt.slideshare.net/cpscetec/aula-paula-souza>. Acesso em: 3 jan. 2019.
As tecnologias se dividem em alta, média e baixa tecnologia, como mostra 
o quadro acima. Vejam que, com nossos educandos no dia a dia, acabamos por 
usar esta de médio e baixo devido até mesmo ao acesso a estes recursos, sendo 
facilitado usarmos o que temos na escola no momento que planejamos. 
TÓPICO 1 | TECNOLOGIAS ASSISTIVAS
137
FIGURA 5 – FATORES SOCIAIS
FONTE: <https://pt.slideshare.net/cpscetec/aula-paula-souza>. Acesso em: 3 jan. 2019.
Vimos na tabela de alto, média e baixa tecnologia que acabamos por usar a 
baixa por termos disponíveis recursos mais simples e de acesso na própria escola. 
Porém se a família tem mais condições e tem conhecimento, interesse na procura 
do melhor recursos para seu(sua) filho(a) vai fazer de alguma forma e de outra. 
Por exemplo, para um tratamento de reabilitação em uma sede da AACD e ou de 
Albert Einstein, precisa de dinheiro para se manter lá nos alojamentos e ou hotel, 
lanches, transportes e a aquisição do recurso indicado que quase nunca se tem 
pelo SUS.
UNIDADE 3 | ACESSIBILIDADE E AS TECNOLOGIAS ASSISTIVAS EDUCACIONAIS VOLTADAS À DEFICIÊNCIA FÍSICA
138
FIGURA 6 – POSSIBILIDADES DE RECURSOS E SERVIÇOS
FIGURA 7 – ÓRTESES
FONTE: <https://pt.slideshare.net/cpscetec/aula-paula-souza>. Acesso em: 3 jan. 2019.
FONTE: <https://pt.slideshare.net/cpscetec/aula-paula-souza>. Acesso em: 3 jan. 2019.
Existem muitos outros recursos nas tecnologias assistivas em todas as 
áreas, vejamos algumas. 
TÓPICO 1 | TECNOLOGIAS ASSISTIVAS
139
FIGURA 9 – HARDWARE 1
FONTE: <https://pt.slideshare.net/cpscetec/aula-paula-souza>. Acesso em: 3 jan. 2019.
FIGURA 8 – ADAPTAÇÕES DAS ÓRTESES
FONTE: <https://pt.slideshare.net/cpscetec/aula-paula-souza>. Acesso em: 3 jan. 2019.
Observem que em cada figura e em cada adaptação, há uma necessidade 
física, portanto, são exemplos e em cada situação deverá passar por várias 
avaliações e testes para que se chegue a um ideal e adequado àquela deficiência 
física. 
UNIDADE 3 | ACESSIBILIDADE E AS TECNOLOGIAS ASSISTIVAS EDUCACIONAIS VOLTADAS À DEFICIÊNCIA FÍSICA
140
FIGURA 10 – HARDWARE 2
FIGURA 11 – HARDWARE 3
FONTE: <https://pt.slideshare.net/cpscetec/aula-paula-souza>. Acesso em: 3 jan. 2019.
FONTE: <https://pt.slideshare.net/cpscetec/aula-paula-souza>. Acesso em: 3 jan. 2019.
TÓPICO 1 | TECNOLOGIAS ASSISTIVAS
141
FIGURA 12 –HARDWARE 4
FIGURA 13 – REPOSICIONAMENTO 1
FONTE: <https://pt.slideshare.net/cpscetec/aula-paula-souza>. Acesso em: 3 jan. 2019.
FONTE: <https://pt.slideshare.net/cpscetec/aula-paula-souza>. Acesso em: 3 jan. 2019.
Foi possível observar nas imagens acima sobre Hardware adaptadospara 
o uso no dia a dia das pessoas com deficiência, os quais vem contribuir no acesso 
aos programas, a leitura, a escrita e a pesquisa e cada um na sua especificidade.
UNIDADE 3 | ACESSIBILIDADE E AS TECNOLOGIAS ASSISTIVAS EDUCACIONAIS VOLTADAS À DEFICIÊNCIA FÍSICA
142
FIGURA 14 – REPOSICIONAMENTO 2 
FIGURA 15 – REPOSICIONAMENTO 3
FONTE: <https://pt.slideshare.net/cpscetec/aula-paula-souza>. Acesso em: 3 jan. 2019.
FONTE: <https://pt.slideshare.net/cpscetec/aula-paula-souza>. Acesso em: 3 jan. 2019.
TÓPICO 1 | TECNOLOGIAS ASSISTIVAS
143
FIGURA 16 – SOFTWARES
FONTE: <https://pt.slideshare.net/cpscetec/aula-paula-souza>. Acesso em: 3 jan. 2019.
Como puderam observar nos exemplos que as tecnologias assistivas 
vieram para contribuir com o processo de independência e autonomia das 
pessoas com deficiências, a cada um é realizado a avaliação e destinado um 
recurso específicos dependendo de suas necessidades. É magnífico o modo como 
cada vez mais os homens (pesquisadores) estudam e descobrem novas maneiras 
dentro das tecnologias para que ninguém fique de fora, tanto da escola quanto do 
sistema social, fazendo parte da inclusão em todos os sentidos. 
UNIDADE 3 | ACESSIBILIDADE E AS TECNOLOGIAS ASSISTIVAS EDUCACIONAIS VOLTADAS À DEFICIÊNCIA FÍSICA
144
DICAS
Caro acadêmico, Como pôde observar as dicas deste livro de estudos na sua 
maioria são dicas de filmes relacionados ao assunto do tópico e da unidade. Aproveite para 
aprender de várias formas. A dica é do filme O escafandro e a borboleta, dirigido por Julian 
Schnabel. Com: Mathieu Amalric, Emmanuelle Seigner, Marie-Josée Croze, Anne Consigny, 
Olatz López Garmendia, Jean-Pierre Cassel, Niels Arestrup, Isaach De Bankolé, Marina Hands, 
Patrick Chesnais e Max von Sydow de um homem de inteligência viva e sensibilidade ímpar 
que se encontrava tragicamente preso a um corpo inútil. 
FONTE: <http://cinemaemcena.cartacapital.com.br/critica/filme/6524/o-escafandro-e-a-
borboleta>. 
Sinopse: Em 1995, o editor da revista francesa de moda “ELLE”, Jean-Dominique Bauby, 
sofreu um derrame colossal que o mergulhou num estado de coma profundo. Porém, ao 
despertar três semanas depois num hospital localizado na pequena Berck-sur-Mer, situada 
ao norte da França e às margens do Canal da Mancha, foi que o verdadeiro horror de sua 
situação tornou-se claro: vitimado pela rara Síndrome do Encarceramento, Bauby descobriu-
se completamente paralisado e incapaz de falar. Com as pálpebras do olho direito suturadas 
para impedir o ressecamento da córnea, ele contava apenas com o olho esquerdo para se 
comunicar com o mundo – e, simplesmente através do piscar de suas pálpebras, ditou um 
livro de 139 páginas no qual, através de ensaios curtos e tocantes sobre sua condição e suas 
memórias (e fantasias), pintou o retrato 
FONTE: <http://cinemaemcena.cartacapital.com.br/critica/filme/6524/o-escafandro-e-a-
borboleta>. 
Solicitamos a você, acadêmico, que leve bem a sério as dicas e execute 
conforme sugestão, só terá a ganhar com estas dicas em aprendizagem e em 
ideias para o trabalho na escola. 
145
Neste tópico, você aprendeu que:
• Há diferentes tipos de tecnologias assistivas e que cada uma destas tem sua 
importância e funcionalidade para as pessoas com deficiências e também para 
quem não tem nenhuma deficiência. 
• O conceito de tecnologia assistiva é todo o arsenal de Recursos e Serviços que 
contribui para proporcionar ou ampliar habilidades funcionais de pessoas com 
deficiência e consequentemente promover Vida Independente e Inclusão. É 
também definida como uma ampla gama de equipamentos, serviços, estratégias 
e práticas concebidas e aplicadas para minorar os problemas encontrados pelos 
indivíduos com deficiências. 
• Na tecnologia assistiva temos os Recursos e os Serviços, sendo que os recursos 
são todo e qualquer item, equipamento ou parte dele, produto ou sistema 
fabricado em série ou sob medida utilizado para aumentar, manter ou melhorar 
as capacidades funcionais das pessoas com deficiência. 
• Serviços são definidos como aqueles que auxiliam diretamente uma pessoa 
com deficiência a selecionar, comprar ou usar os recursos acima definidos.
• Auxílios gerais para a vida diária são materiais e produtos básicos para a 
independência da pessoa com deficiência, para que ela possa cozinhar, comer, 
vestir, tomar banho, ir ao banheiro, entre outras ações. 
• A Comunicação Alternativa é essencial para uma educação inclusiva, para a 
comunicação eficiente por meio de aparelhos eletrônicos, pranchas e demais 
materiais com símbolos diversos.
• Sistemas de controle de ambiente são meios tecnológicos de controle 
para acessibilidade, segurança e locomoção em todos os espaços, da casa à 
empresa, entre outros. 
• Recursos de acessibilidade ao computador referem-se à informática, todos os 
dispositivos e softwares necessários para aumentar a integração e a inclusão 
digital. 
• Órteses e próteses: são aparatos que substituem partes faltantes ou com 
funcionamento comprometido, proporcionando trocas e ajustes, como pernas 
ou braços mecânicos.
RESUMO DO TÓPICO 1
146
• Na Adequação de postura, há os sistemas utilizados para garantir a postura 
correta de quem tem problema de mobilidade e condições similares, para todos 
os ambientes possíveis.
• Nos Projetos arquitetônicos, é tudo aquilo que demanda arquitetura em 
si, rompendo barreiras físicas e otimizando espaços para que todos possam 
transitar normalmente.
• Nos Auxílios de mobilidade: são aparelhos que garantem a mobilidade 
de pessoas com deficiência física, como cadeira de rodas de todos os tipos, 
veículos, andadores, entre outros.
• Na Adaptação em veículos: implantar recursos para que motoristas e 
passageiros com deficiência possam dirigir um carro e andar em transportes 
adaptados (ônibus, avião, entre outros).
• Nos Auxílios para surdos e pessoas com déficit auditivo: como o próprio termo 
revela, são métodos e acessórios direcionados às pessoas com deficiência 
auditiva.
• Nos Auxílios para cegos e pessoas com visão subnormal: já nesse caso, 
são aparatos para indivíduos com deficiência visual e demais condições 
relacionadas à dificuldade em enxergar. 
147
Nas atividades a seguir, vamos rever alguns conceitos e refletir sobre o que foi 
apresentado no tópico sobre as tecnologias assistivas.
1 Vimos que as tecnologias assistivas são os serviços e os recursos que 
vêm contribuir para com as pessoas com deficiências ao proporcionar 
independência e autonomia na vida diária em todos os âmbitos, sendo assim 
relacione conceitos e exemplos no que diz respeito aos recursos e aos serviços.
A – Recursos
B – Serviços
( ) São todos os itens equipamentos e ou parte deles, um produto fabricado 
em grande quantidade. 
( ) Nos serviços vêm auxiliar de forma particular aquela pessoa a selecionar 
os recursos. 
( ) Ajudam a para aumentar, manter ou melhorar as capacidades funcionais 
das pessoas com deficiência. 
( ) Servem para ampliar as estratégias, ajudam na avaliação e assim resolvem 
problemas que possam vir a ter com os recursos e na vida autônoma e 
independente. 
Relacione: 
a) ( ) A-B-A-B 
b) ( ) A-B-A-A
c) ( ) B-B-A-B
d) ( ) B-A-B-A
2 Entre o conceito sobre tecnologias assistivas, as afirmações a seguir 
demonstram sua importância e sua funcionalidade, exceto uma. Assinale a 
alternativa INCORRETA:
a) ( ) Uma simples bengala que ajuda na locomoção da pessoa cega, pode ser 
considerado uma tecnologia assistiva. 
b) ( ) É também definida como uma ampla gama de equipamentos, serviços, 
estratégias e práticas concebidas e aplicadas para minorar os problemas 
encontrados pelos indivíduos com deficiências.
c) ( ) O conceito de tecnologia assistiva, em todo o arsenal de Recursos e 
Serviços que contribuem para proporcionar ou ampliar habilidades 
funcionais de pessoas com deficiência e consequentemente promover 
Vida Independente e Inclusão.
d) ( ) Nas tecnologias assistivas temos os recursos e os serviços, porém 
importantes mesmo sãoos serviços pois estes orientam e de fato colaboram 
com as pessoas com deficiências. 
3 Relacione a sequência de letras a seguir com a sequência de orações.
AUTOATIVIDADE
148
A – Auxílios gerais para a vida diária: 
B – Comunicação Alternativa: 
C – Sistemas de controle de ambiente: 
D – Recursos de acessibilidade ao computador:
( ) essencial para uma educação inclusiva, para a comunicação eficiente por meio 
de aparelhos eletrônicos, pranchas e demais materiais com símbolos diversos. 
( ) materiais e produtos básicos para a independência da pessoa com 
deficiência, para que ela possa cozinhar, comer, vestir, tomar banho, ir ao 
banheiro, entre outras ações. 
( ) meios tecnológicos de controle para acessibilidade, segurança e locomoção 
em todos os espaços, da casa à empresa, entre outros.
( ) eferem-se à informática, todos os dispositivos e softwares necessários para 
aumentar a integração e a inclusão digital. 
Assinale a sequência CORRETA:
a) ( ) B-C-A-D
b) ( ) B -D- C -A 
c) ( ) C-A-D-B
d) ( ) D-C-A-D
4 Complete com F as sequências falsas e com V as verdadeiras:
( ) Órteses e próteses: são aparatos que substituem partes faltantes ou com 
funcionamento comprometido, proporcionando trocas e ajustes, como 
pernas ou braços mecânicos.
( ) Adequação de postura: sistemas utilizados para garantir a postura correta 
de quem tem problema de mobilidade e condições similares, para todos os 
ambientes possíveis.
( ) Projetos arquitetônicos: é tudo aquilo que demanda arquitetura em si, 
rompendo barreiras físicas e otimizando espaços para que todos possam 
transitar normalmente.
( ) Auxílios de mobilidade: são aparelhos que garantem a mobilidade de 
pessoas com deficiência física, como cadeira de rodas de todos os tipos, 
veículos, andadores, entre outros.
Assinale a sequência CORRETA:
a) ( ) V-V-F-F.
b) ( ) F-F-V-V.
c) ( ) V-V-V-V.
d) ( ) V-F-V-F.
5 Na proposta da questão número 5, é de livre escolha do acadêmico de 
participar dela ou não, visto que a proposta é de navegação na internet 
para ver os tipos de carros adaptados para as pessoas com deficiências e 
como cada um é adaptado, no uso de botões na mão, comandos somente 
nos pés e entre outros. Depois comente em sala de aula, veja alguns vídeos 
destes carros e destas adaptações. 
149
TÓPICO 2
COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA
UNIDADE 3
1 INTRODUÇÃO
Na Unidade 3, no tópico 2, vamos ver sobre a comunicação alternativa 
descoberta e indicada para pessoas com a comunicação comprometida, nos 
casos relacionados à deficiência física. Neste caso a comunicação alternativa é 
como o nome já define: comunicar-se de alguma forma, seja pelos gestos, pelo 
desenho e pictogramas, o qual é a forma mais antiga de comunicação entre os 
seres humanos nas cavernas e pedras, entre outros, mas que se estabeleça uma 
forma de comunicação para que haja entendimento. 
 
2 COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA 
Como surgiu a comunicação alternativa? Como o nome mesmo já define, 
comunicação – uma maneira de comunicar-se, uma necessidade básica de todo o ser 
humano, o animal também se comunica, mais não tem a intenção com a consciência 
de comunicar. Estudos com comunicação alternativa e/ou suplementar começaram 
a ser desenvolvidos na década de 1970. No Brasil, a instituição Quero Quero iniciou 
o trabalho com comunicação alternativa na década de 1980. A partir de 2000, esta 
área passou a ser o centro de interesses de vários pesquisadores e profissionais 
que buscavam melhorar a comunicação de pessoas que apresentavam severos 
distúrbios na comunicação oral e também com as dificuldades nas realizações das 
atividades pedagógicas e no processo de inclusão social e escolar.
No termo C.A.A (1997) de acordo com Glennem, a C.A.A – Comunicação Al-
ternativa e Ampliada, tudo o que for possível ser feito para estabelecer uma comuni-
cação além da modalidade oral, isto é, fazendo o uso de gestos, língua de sinais, ex-
pressões faciais, o uso de pranchas de alfabeto, símbolos pictográficos, uso de sistemas 
sofisticados de computador com voz entre outros. Quando dissemos CA – É só comu-
nicação alternativa, sem ser ampliada e C.A.A – Comunicação alternativa ampliada. 
Assim alternativa e ampliada são o que explicam os termos a seguir:
… como o uso de gestos, língua de sinais, expressões faciais, o uso 
de pranchas de alfabeto, símbolos pictográficos, uso de sistemas 
sofisticados de computador com voz sintetizada, dentre outros. Dessa 
forma, a comunicação é considerada alternativa quando o indivíduo 
não apresenta outra forma de comunicação e, considerada ampliada 
quando o indivíduo possui alguma forma de comunicação, mas essa 
não é suficiente para manter elos comunicativos e estabelecer trocas 
sociais (ZAPOROSZENKO, 2008, p. 6) (grifo nosso).
150
UNIDADE 3 | ACESSIBILIDADE E AS TECNOLOGIAS ASSISTIVAS EDUCACIONAIS VOLTADAS À DEFICIÊNCIA FÍSICA
Alguns destes usuários do CAA necessitam de que a comunicação seja 
ampliada, porque além da dificuldade na comunicação por meio da voz, a maioria 
tem também dificuldades físicas e visuais. 
Sendo assim, poderíamos definir que a comunicação alternativa como 
sendo toda e qualquer forma de estabelecer um vínculo, uma comunicação 
suplementar (Fala – Escrita) substituta (Linguagem – Leitura). 
Quem serão os usuários desta comunicação: Na comunicação alternativa 
poderão se beneficiar todas as pessoas que tenham alguma patologia que 
comprometa a fala, a escrita e de alguma forma a comunicação, podendo estar 
incluídas as deficiências congênitas – TEA – PC – Def. desenvolvimento – Def. 
intelectual – Apraxia de fala – Síndromes genéticas. E quanto a deficiências 
adquiridas – AVC – TCE – Doenças neurodegenerativas (ELA) – Deficiências após 
cirurgias (glossectomia, laringectomia) – Condição temporária (intubação). 
Vejamos as dicas dadas a todos, muito importante pesquisar e completar 
seus estudos.
DICAS
Indicamos alguns documentários para que você, acadêmico, possa assistir e 
fazer sua análise sobre a funcionalidade desta comunicação. 
Sobre a mídia – comunicação alternativa. 
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=bh0SWu7sl9o>. 
Sobre como surgiram as tecnologias: 
Introdução a tecnologia assistiva na educação inclusiva
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=GIduwVVM67c>.
Sobre a importância das tecnologias para a vida no dia a dia, a importância da autonomia, 
comunicação e da interação. 
TVE reporter | tve - tecnologias assistivas 
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=-i9Av0gfzFI>. 
Prezado acadêmico, você pode fazer as pesquisas e ver outros documentários, pois existem 
muitos sobre o assunto tecnologias assistivas. Procure, veja e traga novidades para a turma.
TÓPICO 2 | COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA
151
No sistema de comunicação podemos encontrar várias formas de realizar 
a comunicação, sobre a Integração de várias formas de comunicação sendo os 
Gestos Sinais imagens e os Símbolos que podem ser em Apontar, Acompanhar, 
Segurar, usadas como técnicas. Podendo ser também pelo Incentivo “à 
comunicação através das Pranchas, Álbuns, Software e recursos como o uso de 
histórias, brincadeiras, jogos, músicas, sendo estas como estratégias” (GLENNEM, 
1997 apud BÓ, 2004, p. 21). 
Veremos em exemplos práticos estas formas de estabelecer uma forma de 
comunicação, lembrando sempre que cada usuário é único, visto que nem todos 
os recursos e estratégias podem ser usados para os mesmos, onde cada um requer 
uma avaliação, um olhar minucioso para sua necessidade básica. 
O importante antes de qualquer confecção de um recurso é fazer o 
acompanhamento do processo todo detalhado, onde leva-se em consideração a 
vontade do estudante na dinâmica da escola, encontrar um meio de gerar ideias e 
alternativas de materiais em conta e que esteja disponível para o uso.
Neste pensar, neste gerar ideias levar em consideração também os 
seguintes itens: Como escolher a alternativa viável, como fazer para representar a 
ideia do que se quer, construir um protótipo para experimentar,fazer a avaliação 
e acompanhar o uso e sua funcionalidade no dia a dia dos alunos. 
 
No que se refere ao uso e as necessidades de CAA, os quais apresentam 
níveis de competência linguística diversificados, por isso o conhecer o aluno é 
de extrema importância para saber como você vai introduzir não esquecendo o 
objetivo maior que é o da comunicação.
Os aspectos a serem considerados visando à funcionalidade são as 
competências linguísticas onde serão avaliados os diferentes contextos na 
comunicação. 
 Outras formas de expressão: Verificar como o aluno se expressa e se 
compreende o que os outros expressam. Ex. O aluno entende tudo o que você 
fala? Ele puxa pela mão e leva até o objeto/lugar de interesse, emite sons, usa 
determinados lugares para expressar alguma necessidade? Lembre-se: é difícil 
obter uma ideia clara do nível de compreensão. Há muitos exemplos em que se 
atribui um elevado nível de compreensão a crianças/jovens, na realidade, quando 
são avaliados, demonstram não compreender as palavras, mas sim os gestos 
que as acompanham ou outros dados específicos da situação. Formas não verbal 
auxiliam na compreensão da linguagem oral. 
As habilidades, nestas existem as limitações por exemplo as físicas; sendo 
a acuidade auditiva e visual, habilidades motoras (preensão manual, flexão e 
extensão dos membros superiores), habilidades perceptivas, dentre outras. 
152
UNIDADE 3 | ACESSIBILIDADE E AS TECNOLOGIAS ASSISTIVAS EDUCACIONAIS VOLTADAS À DEFICIÊNCIA FÍSICA
Nas emocionais se haverá mesmo o uso pelo educando e ou serão 
familiares que vão usar e, se for de uso do educando, se este poderá contar com 
o apoio de alguém da família. A competência, a cognitiva – vai influenciar o local 
onde o sistema será utilizado, verificar nível de escolaridade, compreensão, por 
parte dos alunos dos acontecimentos cotidianos. Além da autonomia pessoal que 
o uso do material deve dar. 
Na avaliação depois de se ter um caminho, um diagnóstico, é possível 
saber qual sistema e/ ou recurso nosso aluno vai usar:
• sistema de baixa tecnologia composto por fotografias, figuras, desenho; 
• sistema composto por objetos concretos em miniaturas;
• sistema composto por sistemas gestuais; 
• sistema de alta tecnologia (pictográficos, ideográficos ou aleatórios – sistemas 
PIC, computadorizado, Bliss, entre outros); 
• sistemas combinados; 
• analisar também se ele faz uso da escrita de alguma forma ou não. 
 
Esta aplicação dos recursos vai comprovar as habilidades do aluno que 
serão aos poucos exploradas e ele, instigado a continuar o uso. 
No sistema de comunicação tem a sua disposição o artefato que se chama 
Prancha de Comunicação. As Pranchas de Comunicação podem ser construídas 
com materiais simples, ou seja, cadernos, álbuns, quadro de pregas, flanelógrafo, 
painel de alumínio para fixar cartões com imãs, pastas, coletes, aventais, livros, 
fichários tipo pasta arquivo, cavalete de pintura, cartões fixos em chaveiros, 
dentre outros (JOHNSON, 1998, p. 18). As pranchas devem ser personalizadas 
de acordo com as possibilidades de ação do aluno, ou seja, sua condição motora 
(ALENCAR, 2002, p. 14). Vejamos alguns exemplos: 
TÓPICO 2 | COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA
153
FIGURA 17 – EXEMPLOS DE PRANCHAS DE COMUNICAÇÃO
FONTE: Zaporoszenko (2008, p. 10)
154
UNIDADE 3 | ACESSIBILIDADE E AS TECNOLOGIAS ASSISTIVAS EDUCACIONAIS VOLTADAS À DEFICIÊNCIA FÍSICA
O QUE O SISTEMA DEVE COMUNICAR 
Após a avaliação, o professor deverá identificar as necessidades básicas 
e reais dos alunos quanto a suas necessidades comunicativas mais imediatas 
para num momento posterior ampliá-lo. Recomenda-se que o professor elabore 
uma lista para registrar as necessidades comunicativas de seu aluno. Após a 
identificação das necessidades básicas o professor deverá selecionar imagens, 
juntamente com o aluno, quando for possível, para compor o sistema. 
 
As imagens (fotos; recortes de revistas, encartes, jornais, desenhos) 
selecionadas devem retratar o objeto, ou seja, o aluno tem que reconhecer nela 
(imagem) o que de fato quer expressar e/ou comunicar.
Assim vejam o quadro de algumas necessidades;
FIGURA 18 – QUADRO DE NECESSIDADES
FONTE: Zaporoszenko (2008, p. 11)
TÓPICO 2 | COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA
155
FIGURA 19 – LISTA DE NECESSIDADES
FONTE: Zaporoszenko (2008, p. 12)
INICIANDO O TRABALHO COM C.A.A. – MATERIAIS NECESSÁRIOS 
Neste texto, abordaremos os recursos compreendidos como “baixa 
tecnologia”, ou seja, confecção de cartões pictográficos utilizando imagens 
fotográficas para ilustração e imagens de cliparts. Materiais necessários para 
elaboração do sistema: 
Tesoura, cola, cola quente;
Imagens (Figuras de programas computadorizados, fotografias, gravuras de 
revistas, jornais, encartes, desenhos, desenhos estilizados, símbolos diversos, 
palavras etc.). 
• Papel cartão e/ ou cartolina;
• Contact ou fita adesiva de PVC transparente; 
• Velcro/alfinete ou ímã; 
• Fraselógrafo (Painel forrado c/ feltro, emborrachado (EVA) ou revestido de 
papel pardo disposto em pregas); 
• Caixa de sapatos (para guardar os cartões); 
• Máquina fotográfica digital (armazenar imagens em CDs). 
156
UNIDADE 3 | ACESSIBILIDADE E AS TECNOLOGIAS ASSISTIVAS EDUCACIONAIS VOLTADAS À DEFICIÊNCIA FÍSICA
FIGURA 20 – EXEMPLO DE CARTÃO PICTOGRÁFICO
FONTE: Zaporoszenko (2008, p. 13-14)
Num segundo momento o professor irá dispor esse cartão pictográfico, 
sujeito-ação, junto ao sistema e reiniciar as atividades de elaboração de frase. O 
aluno começará a perceber que para formar a frase solicitada ele necessitará de 
dois cartões, no nosso exemplo um cartão de cor verde e outro vermelho. Nessa 
etapa, além da função comunicativa, o professor poderá intervir nos aspectos 
referentes à noção espacial e lateralidade apresentada pelo aluno. 
 
A forma como o aluno dispõe os cartões para formar a frase não significa 
que o mesmo não entendeu o solicitado ou deu uma resposta inadequada. Muitas 
vezes a lacuna refere-se a noções de lateralidade, a forma como uma escrita 
convencional, por exemplo, se configura, ou seja, da direita para esquerda. A 
estratégia de solicitar a leitura da atividade realizada por ele, iniciada na fase 
anterior “escrevendo frases simples” torna-se primordial, pois possibilita 
identificar se há erros de interpretação ou de noção de lateralidade.
Sendo assim a cada professor(a) será necessário fazer inúmeras tentativas, 
conhecer o aluno, os recursos e aos poucos ir introduzindo para ver até que ponto 
há habilidades e competências. 
Saiba mais em
<http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/producoes_pde/md_
ana_zaporoszenko>.
157
Neste tópico, você aprendeu que: 
• A comunicação alternativa é de grande importância para que haja a comunicação 
entre pessoas que não tem a fala e nenhum outro tipo de se comunicar com os 
demais. Na comunicação – uma maneira de comunicar-se, uma necessidade 
básica de todo o ser humano, o animal também se comunica, mais não tem a 
intenção com a consciência de comunicar. 
 
• Os estudos com comunicação alternativa e/ou suplementar começaram a ser 
desenvolvidos na década de 1970. No Brasil, a instituição Quero Quero iniciou o 
trabalho com comunicação alternativa na década de 1980. A partir de 2000, esta 
área passou a ser o centro de interesses de vários pesquisadores e profissionais 
que buscavam melhorar a comunicação de pessoas que apresentavam severos 
distúrbios na comunicação oral e também com as dificuldades nas realizações 
das atividades pedagógicas e no processo de inclusão social e escolar
 
• O termo C.A.A - (1997) de acordo com Glennem, a C.A.A – Comunicação 
Alternativa e Ampliada, tudo o que for possível ser feito para estabelecer uma 
comunicação além da modalidade oral, como o uso de gestos, língua de sinais, 
expressões faciais, o uso de pranchas de alfabeto, símbolos pictográficos, uso 
de sistemas sofisticados de computador com voz. Quando dissemos CA – É só 
comunicação alternativa, sem ser ampliada.que entranestas também o “ … uso 
de gestos, língua de sinais, expressões faciais, o uso de pranchas de alfabeto, 
símbolos pictográficos, uso de sistemas sofisticados de computador com voz 
sintetizada, dentre outros.” (ZAPOROSZENKO, 2008, p. 6).
 
• Há diversos exemplos de materiais, leituras importantes e vídeos na área da 
comunicação alternativa, sendo que o acadêmico deverá fazer um esforço para 
pesquisar e se inteirar melhor do assunto. 
• Há exemplos práticos destas formas de estabelecer uma forma de comunicação, 
lembrando sempre que cada usuário é único, visto que nem todos os recursos 
e estratégias podem ser usadas para os mesmos, onde cada um requer uma 
avaliação, um olhar minucioso para sua necessidade básica. 
 
• O importante antes de qualquer confecção de um recurso é fazer o 
acompanhamento do processo todo detalhado, onde leva-se em consideração 
a vontade do estudante na dinâmica da escola, encontrar um meio de gerar 
ideias e alternativas de materiais em conta e que esteja disponível para o uso.
RESUMO DO TÓPICO 2
158
AUTOATIVIDADE
Vamos fazer algumas atividades para fixação do conteúdo e revisão. 
1 Assinale a resposta que melhor define o que é comunicação alternativa.
a) ( ) Comunicação Alternativa e ou Ampliada, tudo o que for possível ser 
feito para estabelecer uma comunicação além da modalidade oral, como 
o uso de gestos, língua de sinais, expressões faciais, o uso de pranchas de 
alfabeto, símbolos pictográficos, uso de sistemas sofisticados de computador 
com voz.
b) ( ) Toda e qualquer forma de comunicação que leve a interação entre os 
seres humanos. 
c) ( ) Uma maneira de comunicar-se, uma necessidade básica de todo o ser 
humano, o animal também se comunica, mais não tem a intenção com a 
consciência de comunicar. 
d) ( ) A Comunicação poderá ser CAA e ou CA. 
 
2 Vimos que os estudos com comunicação alternativa e/ou suplementar 
começaram a ser desenvolvidos na década de 1970. No Brasil, a instituição 
Quero Quero iniciou o trabalho com comunicação alternativa na década 
de 1980. A partir de 2000, esta área passou a ser o centro de interesses de 
vários pesquisadores e profissionais que buscavam melhorar a comunicação 
de pessoas que apresentavam severos distúrbios na comunicação oral e 
também com as dificuldades nas realizações das atividades pedagógicas e 
no processo de inclusão social e escolar. Em relação ao exposto, assinale F 
para respostas Falsas e V para as respostas Verdadeiras. 
a) ( ) Todas as pessoas poderão usufruir da comunicação – CAA e ou CA – 
dependerá de uma boa avaliação e encaminhamentos da funcionalidade do 
processo. 
b) ( ) Na escola a CA (comunicação alternativa) veio contribuir para que 
realmente pudéssemos ver e comprovar a capacidade e habilidade dos 
alunos prejudicados na fala e ou na comunicação. 
c) ( ) Não é necessário estabelecer uma forma de comunicação, lembrando 
sempre que cada usuário é único, visto que nem todos os recursos e 
estratégias podem ser usadas para os mesmos, onde cada um requer uma 
avaliação, um olhar minucioso para sua necessidade básica.
d) ( ) Um recurso criado para um determinado aluno poderá ser usado para 
vários.
Agora assinale a sequência CORRETA:
a) ( ) V-V-F-F.
b) ( ) V-V-V-F.
c) ( ) V-V-F-V.
d) ( ) V-V-V-V.
159
TÓPICO 3
RECURSOS, ADAPTAÇÕES E ADEQUAÇÕES 
EDUCACIONAIS AOS DEFICIENTES FÍSICOS
UNIDADE 3
1 INTRODUÇÃO
Na Unidade 3, tópico 3, o que faremos é uma revisão da unidade e 
traremos exemplos e materiais, jogos para que sirvam de ideias a você, caro 
acadêmico, quando se deparar com alguma situação de alunos com deficiência 
e que necessite destes recursos da comunicação alternativa e das tecnologias 
assistivas possa usufruir e criar. 
Percebemos que todos nós professores e profissionais da área da Educação 
Especial e da deficiência física precisamos estar muito atentos e muito curiosos 
em relação ao uso das tecnologias. Pensar que cada um é um e que as adaptações 
e as indicações das tecnologias precisa respeitar a especificidade e a necessidade 
de cada um. Sendo assim, passa pela avaliação multidisciplinar a qual estaremos 
falando muito neste tópico. 
 
 
2 RECURSOS EDUCACIONAIS AOS EDUCANDOS COM 
DEFICIÊNCIA FÍSICA
Os estudos deste livro são voltados às pessoas com deficiência física, 
mesmo quando falamos e trouxemos as tecnologias assistivas e comunicação 
alternativa foi com o objetivo de mostrar recursos e serviços para as pessoas 
com deficiência física, os quais vêm tornar as coisas possíveis, a comunicação, a 
interação, as intencionalidades no fazer pedagógico e na inclusão não só na escola 
mais no geral. 
O cuidado que se tem é com o diagnóstico dos alunos. Não para tabular 
e rotular, mas para avaliar até que ponto houve evolução no quadro, alterações 
no processo de aprendizagem e no uso dos recursos indicados a cada um destes 
alunos. As informações sobre os alunos são importantes para partir das perguntas 
que podemos fazer que são: o que sabe esta criança? O que ela precisa saber? E 
por último, como ela aprende? São muito mais complexas do que se pensa em um 
simples diagnóstico, o como ela aprende do que o que ela aprende. 
 
Essas informações auxiliarão o professor especializado a conduzir seu 
trabalho com o aluno e orientar o professor da classe comum sobre questões 
específicas de cuidados. 
UNIDADE 3 | ACESSIBILIDADE E AS TECNOLOGIAS ASSISTIVAS EDUCACIONAIS VOLTADAS À DEFICIÊNCIA FÍSICA
160
[...] é necessário que os professores conheçam a diversidade e a 
complexidade dos diferentes tipos de deficiência física, para definir 
estratégias de ensino que desenvolvam o potencial do aluno. De 
acordo com a limitação física apresentada é necessário utilizar recursos 
didáticos e equipamentos especiais para a sua educação buscando 
viabilizar a participação do aluno nas situações prática vivenciadas no 
cotidiano escolar, para que o mesmo, com autonomia, possa otimizar 
suas potencialidades e transformar o ambiente em busca de uma 
melhor qualidade de vida (BRASIL, 2006, p. 29). 
A partir de uma avaliação criteriosa e de um olhar diferenciado de uma 
equipe multidisciplinar quando possível, fazer os encaminhamentos necessários 
com os recursos personalizados, visando e oportunizando o acesso à educação a 
informação e ao conhecimento. 
Na área da deficiência física, os recursos educacionais básicos e de grande 
uso são os seguintes:
 
O uso da comunicação alternativa, a adequação dos materiais didático-
pedagógicos, como o lápis, o quadro magnético com letras com ímã fixado, 
tesouras adaptadas, entre outros. Podendo ainda ser feitos projetos em parceria 
com profissionais da arquitetura, engenharia, técnicos em edificações para 
promover a acessibilidade arquitetônica. 
Vejamos uma dica muito legal de filme o qual podemos vivenciar o dia a 
dia da deficiência física. 
TÓPICO 3 | RECURSOS, ADAPTAÇÕES E ADEQUAÇÕES EDUCACIONAIS AOS DEFICIENTES FÍSICOS
161
DICAS
A dica é o filme que trata de um garoto com deficiência física: A chave da casa. 
SINOPSE E DETALHES
Paolo (Andrea Rossi) tem 15 anos e sofre de deficiências físicas e psicológicas provocadas pelo 
parto, que culminou com a morte de sua mãe. Criado pelos tios na Itália, Paolo precisa viajar 
anualmente até um hospital de Berlim para terapia de reabilitação. Seu pai, Gianni (Kim Rossi 
Stuart), aparece para acompanhá-lo pela primeira vez durante a viagem, numa tentativa de 
se aproximar do filho. Suas vidas se transformam quando eles encontram Nicole (Charlotte 
Rampling), uma mulher forte que se dedica de corpo e alma aos cuidados de sua filha deficiente.
Disponível em: <http://www.adorocinema.com/filmes/filme-55605/>. 
A adequação de recursos da informática: teclado, mouse, ponteira de 
cabeça, programas especiais, acionadores, entre outros. O uso de mobiliário 
adequado: mesas, cadeiras, quadro, entre outros, bem como os recursos de auxílio 
à mobilidade: cadeiras de rodas, andadores, entre outros. 
Veremos alguns exemplos utilizados na escola.Conforme caderno do 
MEC para a orientação do AEE para deficiência física.
UNIDADE 3 | ACESSIBILIDADE E AS TECNOLOGIAS ASSISTIVAS EDUCACIONAIS VOLTADAS À DEFICIÊNCIA FÍSICA
162
FIGURA 21 – TESOURA ADAPTADA 
FONTE: Brasil (2007, p. 42)
TÓPICO 3 | RECURSOS, ADAPTAÇÕES E ADEQUAÇÕES EDUCACIONAIS AOS DEFICIENTES FÍSICOS
163
FIGURA 22 – LÁPIS E CANETAS ADAPTADAS
FONTE: Brasil (2007, p. 43)
UNIDADE 3 | ACESSIBILIDADE E AS TECNOLOGIAS ASSISTIVAS EDUCACIONAIS VOLTADAS À DEFICIÊNCIA FÍSICA
164
FIGURA 23 – MODELOS DE ADAPTAÇÕES COM O USO DE ESPUMAS
FONTE: Brasil (2007, p. 44)
TÓPICO 3 | RECURSOS, ADAPTAÇÕES E ADEQUAÇÕES EDUCACIONAIS AOS DEFICIENTES FÍSICOS
165
FIGURA 24 – LIVROS E MANUSEADOR DE LIVROS
FONTE: Brasil (2007, p. 45)
UNIDADE 3 | ACESSIBILIDADE E AS TECNOLOGIAS ASSISTIVAS EDUCACIONAIS VOLTADAS À DEFICIÊNCIA FÍSICA
166
FIGURA 25 – EXEMPLOS DE ALGUNS JOGOS ADAPTADOS
TÓPICO 3 | RECURSOS, ADAPTAÇÕES E ADEQUAÇÕES EDUCACIONAIS AOS DEFICIENTES FÍSICOS
167
FONTE: Brasil (2007, p. 46-51)
UNIDADE 3 | ACESSIBILIDADE E AS TECNOLOGIAS ASSISTIVAS EDUCACIONAIS VOLTADAS À DEFICIÊNCIA FÍSICA
168
FIGURA 26 – EXEMPLOS DE PROGRAMAS E RECURSOS PARA A ALFABETIZAÇÃO
FONTE: Brasil (2007, p. 52)
Veremos a seguir alguns exemplos que diferenciam o que é adaptação e 
adequação curricular, muitos professores tem dificuldades em diferenciar estes 
dois conceitos. 
3 DIFERENÇA ENTRE ADAPTAÇÃO E ADEQUAÇÃO 
CURRICULAR
Vamos discutir agora dois conceitos, que são a Adaptação Curricular e 
Adequação curricular, que geralmente é confuso e difícil achar a diferença entre 
um e outro. Segundo o MEC, a adaptação curricular é: 
TÓPICO 3 | RECURSOS, ADAPTAÇÕES E ADEQUAÇÕES EDUCACIONAIS AOS DEFICIENTES FÍSICOS
169
O conceito de adaptações curriculares, consideradas como: estratégias 
e critérios de atuação docente, admitindo decisões que oportunizam 
adequar a ação educativa escolar às maneiras peculiares de 
aprendizagem dos alunos, considerando que o processo de ensino-
aprendizagem pressupõe atender à diversificação de necessidades dos 
alunos na escola (MEC/SEESP/SEB, 1998, p. 15). 
São as adaptações que fazemos no dia a dia em sala de aula, muitas vezes 
precisamos adaptar certo conteúdo para o aluno de forma que este venha a fazer 
e compreender o que queremos. 
A adequação vai além de uma adaptação, ele envolver a todos na escola, 
um currículo funcional por exemplo, vai depender do aluno, da escola e dos 
que estão envolvidos na avaliação deste aluno. Onde no currículo funcional se 
observa e se parte da experiência deste aluno no saber fazer, nas suas habilidades 
o qual o foco é nas competências para desenvolver o trabalho em sala de aula e 
também para o dia a dia deste educando. 
E o conceito de Adequação curricular é as possibilidades educacionais 
de atuar frente as dificuldades de aprendizagem dos alunos. Pressupõe que 
se realize a adequação do currículo regular, quando necessário, para torná-lo 
apropriado às peculiaridades dos alunos com necessidades especiais. Não é um 
novo currículo, mas um currículo dinâmico, alterável, passível de ampliar, para 
que atenda realmente a todos os educandos. Nessa circunstância, as adequações 
curriculares implicam a planificação pedagógica. 
UNIDADE 3 | ACESSIBILIDADE E AS TECNOLOGIAS ASSISTIVAS EDUCACIONAIS VOLTADAS À DEFICIÊNCIA FÍSICA
170
Como leitura fizemos uma seleção do livro do MEC - FONTE: BRASIL, 
MEC. AEE para Deficiência Física, 2007, em que é apresentado como acessar o 
teclado para leitura e escrita no computador para alunos com deficiência física. 
Disponível na íntegra em: <http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/
aee_df.pdf>, o qual você pode pesquisar e aproveitar bem esta dica.
Vamos trazer alguns itens deste livro enquanto as sugestões de adaptações 
e exemplos de recursos, estaremos discutindo e mostrando algumas imagens 
para que você possa compreender melhor e poderá ser alguma ideia para ser 
usada com o aluno em sala de aula. 
Vejamos alguns recursos que voltamos e reforçamos a importância destes 
para a sala de aula no trabalho com o aluno.
LEITURA COMPLEMENTAR
TÓPICO 3 | RECURSOS, ADAPTAÇÕES E ADEQUAÇÕES EDUCACIONAIS AOS DEFICIENTES FÍSICOS
171
172
Neste tópico, você aprendeu que: 
• Tivemos exemplos mais práticos e vimos de forma física que podemos fazer 
uso de recursos tanto tecnológico, quanto não, de adaptações simples e que 
dão funcionalidade ao uso na escola e na vida no dia a dia das pessoas com 
deficiência física principalmente. 
• No qual trouxemos as tecnologias assistivas e comunicação alternativa foi com o 
objetivo de mostrar recursos e serviços para as pessoas com deficiência física, os quais 
vem tornar as coisas possíveis, a comunicação, a interação, as intencionalidades no 
fazer pedagógico e na inclusão não só na escola mais no geral. 
• O cuidado que se tem é com o diagnóstico dos alunos. Não para tabular e rotular, 
mas para avaliar até que ponto houve evolução no quadro, alterações no processo 
de aprendizagem e no uso dos recursos indicados a cada um destes alunos. As 
informações sobre os alunos são importantes para partir das perguntas que 
podemos fazer que são: o que sabe esta criança? O que ela precisa saber? E por 
último, como ela aprende? São muito mais complexas do que se pensa em um 
simples diagnostico, o como ela aprende do que o que ela aprende. 
• A partir de uma avaliação criteriosa e de um olhar diferenciado de uma equipe 
multidisciplinar quando possível, fazer os encaminhamentos necessários com 
os recursos personalizados, visando e oportunizando o acesso a educação a 
informação e ao conhecimento. 
• Na dica de leitura apresentamos sobre o caderno do MEC de orientação para 
o AEE para deficiência física, onde trouxemos imagens e as orientações para 
inserir no ensino regular com alunos com estas deficiências. 
• Outro conceito importante que trouxemos para esclarecer neste tópico foi 
de adequação curricular e adaptação curricular. Sendo que: O conceito de 
adaptações curriculares, consideradas como: estratégias e critérios de atuação 
docente, admitindo decisões que oportunizam adequar a ação educativa 
escolar às maneiras peculiares de aprendizagem dos alunos, considerando 
que o processo de ensino-aprendizagem pressupõe atender à diversificação de 
necessidades dos alunos na escola (MEC/SEESP/SEB, 1998). E o de Adequação 
curricular sendo como: Estas constituem, pois, possibilidades educacionais 
de atuar frente ‡s dificuldades de aprendizagem dos alunos. Pressupõem que 
se realize a adequação do currículo regular, quando necessário, para torná·-lo 
apropriado as peculiaridades dos alunos com necessidades especiais. Não é um 
novo currículo, mas um currículo dinâmico, alterável, passível de amplia„o, 
para que atenda realmente a todos os educandos. Nessa circunstância, as 
adequações curriculares implicam a panificação pedagógica. 
RESUMO DO TÓPICO 3
173
AUTOATIVIDADE
Olá, caro acadêmico. Enfim, a última atividade deste tópico e também do 
livro, se dedique para que não haja dúvidas na hora de fazer as avaliações. 
1 Relacione assinalando a resposta correta para o conceito de adequação 
curricular e adaptação curricular.
1 - Adaptação Curricular 
2 - Adequação Curricular 
a) ( ) Demonstrar o resultado da avaliação da efetivação de uma atividade 
prática, para facilitar o progresso acadêmico de alunos com necessidades 
educacionais especiais. 
b) ( ) … considerando que o processo de ensino-aprendizagem pressupõe 
atender à diversificação de necessidades dos alunos na escola
c) ( ) Quando há flexibilização, planificação curricular, poderá ser 
considerado a adequação. 
d) ( ) ...consideradas como: estratégias e critérios de atuação docente, 
admitindo decisões que oportunizam adequar a ação educativa escolar 
às maneiras peculiares de aprendizagem dos alunos. 
Assinale a sequência CORRETA:
a) ( ) 2-2-1-1
b) ( ) 2-1-2-1 
c) ( ) 1-1-2-2
d) ( ) 2-1-2-2 
2 Precisamos ter cuidado com o diagnóstico dos alunos.Não podemos 
tabular e rotular, mas para avaliar até que ponto houve evolução no quadro, 
alterações no processo de aprendizagem e no uso dos recursos indicados a 
cada um destes alunos. As informações sobre os alunos são importantes 
para partir das perguntas que podemos fazer, quais são? Todas as respostas 
estão corretas, exceto uma que não condiz com o conceito de como o aluno 
aprende e como avaliamos. Assinale a INCORRETA: 
a) ( ) O que sabe esta criança? O que ela precisa saber? E por último, como 
ela aprende? São muito mais complexas do que se pensa em um simples 
diagnóstico, o como ela aprende do que o que ela aprende. 
b) ( ) Esta criança não aprende? Não precisa ensinar a ler e escrever, pois esta 
criança não fala e não interage. Como vai ensinar esta criança? 
174
c) ( ) O processo, para que o sistema educacional atue de modo a promover os 
ajustes necessários, para atender a todo e qualquer aluno, o entendimento 
sobre os pressupostos teóricos que norteiam a Educação Inclusiva é de suma 
importância para que o aluno aprenda. 
d) ( ) São necessários os recursos personalizados, visando e oportunizando o 
acesso à educação, à informação e ao conhecimento.
175
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