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Sala de aula inovadora Taxonomia de Bloom e Designer Thinking

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Prévia do material em texto

Indaial – 2022
Thinking
Prof. Cristian Hernando Sardo da Cunha
Prof.ª Mariana Correia
1a Edição
Sala de aula 
inovadora: 
Taxonomia de 
Bloom e deSigner
Elaboração:
 Prof. Cristian Hernando Sardo da Cunha
Prof.ª Mariana Correia
Copyright © UNIASSELVI 2022
Revisão, Diagramação e Produção:
 Equipe Desenvolvimento de Conteúdos EdTech
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Ficha catalográfica elaborada pela equipe Conteúdos EdTech UNIASSELVI
Impresso por:
C972s
Cunha, Cristian Hernando Sardo da
Sala de aula inovadora: taxonomia de bloom e designer thinking / 
Cristian Hernando Sardo da Cunha; Mariana Correia. – Indaial: UNIASSELVI, 
2022.
216 p.; il.
ISBN 978-85-515-0644-8
ISBN Digital 978-85-515-0645-5
1. Educação. – Brasil. I. Correia, Mariana. II. Centro Universitário 
Leonardo da Vinci.
CDD 370
Prezado acadêmico! Seja bem-vindo à disciplina “Sala de aula inovadora: 
taxonomia de Bloom e Designer Thinking”. Este livro didático tem como objetivo 
proporcionar a compreensão de aspectos fundamentais que permeiam as discussões 
sobre aprendizagem, de modo que o debate sobre a inovação no campo da educação 
seja estabelecido através da compreensão dos diferentes aspectos que envolvem o 
ensino e a aprendizagem. Com o propósito de dialogar sobre estes assuntos no âmbito 
da educação e dos instrumentos metodológicos propostos pela Taxonomia dos Objetivos 
Educacionais e do Designer Thinking, esta obra foi dividida em três unidades, que serão 
detalhadas a seguir.
Na Unidade 1 serão debatidos os princípios básicos da aprendizagem, desde o 
conceito desta e sua relação com o ensino, até as propostas que envolvem a criatividade 
neste processo de aprendizado. Além disso, também serão discutidas as diferentes 
formas de aprendizagem, os estilos e etapas. Depois serão apresentados os aspectos 
relevantes quanto à gestão da aprendizagem e o planejamento didático-pedagógico, 
ou seja, neste ponto, veremos como a estruturação da aprendizagem está conectada 
aos diferentes elementos do planejamento pedagógico e aos aspectos de delimitação 
dos objetivos institucionais, instrucionais e avaliativos. Por fim, estudaremos a inovação 
no contexto da sala de aula, as características de um espaço escolar inovador, a forma 
como as metodologias ativas são imprescindíveis neste contexto e a avaliação como 
escolha diagnóstica.
A seguir, na Unidade 2, serão apresentadas as características históricas, 
conceituais e metodológicas da Taxonomia de Bloom, para que possamos compreender 
o uso pedagógico para o aprendizado que este instrumento pedagógico proporciona no 
contexto de uma sala de aula (ou instituição) que tem a inovação como objetivo. Ainda 
serão apresentados os níveis hierárquicos dos objetivos educacionais, e os objetivos da 
aprendizagem nos níveis cognitivo, afetivo e psicomotor. Por fim, serão apresentados 
apontamentos sobre a Taxonomia de Bloom, seus usos e atravessamentos que 
possibilitam aplicar, fazer e criar no contexto da educação.
Finalmente, na Unidade 3, será apresentado o Designer Thinking, um método de 
resolução de problemas que nasceu no mundo corporativo, mas foi acolhido de modo 
bastante interessante no ambiente escolar. Primeiro, estudaremos suas bases históricas 
e conceituais, bem como sua relevância, contexto de utilização e relação com as bases 
da educação. Após, serão caracterizadas as etapas do processo de estruturação do 
pensamento no método do Designer Thinking aplicado ao contexto da educação. A 
seguir, encerraremos as discussões com o estabelecimento das relações estruturantes 
entre uma sala de aula inovadora e os instrumentos proporcionados pela Taxonomia de 
Bloom e pelo Designer Thinking.
APRESENTAÇÃO
GIO
Você lembra dos UNIs?
Os UNIs eram blocos com informações adicionais – muitas 
vezes essenciais para o seu entendimento acadêmico 
como um todo. Agora, você conhecerá a GIO, que ajudará 
você a entender melhor o que são essas informações 
adicionais e por que poderá se beneficiar ao fazer a leitura 
dessas informações durante o estudo do livro. Ela trará 
informações adicionais e outras fontes de conhecimento que 
complementam o assunto estudado em questão.
Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os 
acadêmicos desde 2005, é o material-base da disciplina. A partir 
de 2021, além de nossos livros estarem com um novo visual 
– com um formato mais prático, que cabe na bolsa e facilita a 
leitura –, prepare-se para uma jornada também digital, em que 
você pode acompanhar os recursos adicionais disponibilizados 
através dos QR Codes ao longo deste livro. O conteúdo 
continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada 
com uma nova diagramação no texto, aproveitando ao máximo 
o espaço da página – o que também contribui para diminuir 
a extração de árvores para produção de folhas de papel, por 
exemplo. Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto 
de ações sobre o meio ambiente, apresenta também este 
livro no formato digital. Portanto, acadêmico, agora você tem a 
possibilidade de estudar com versatilidade nas telas do celular, 
tablet ou computador. 
Junto à chegada da GIO, preparamos também um novo 
layout. Diante disso, você verá frequentemente o novo visual 
adquirido. Todos esses ajustes foram pensados a partir de 
relatos que recebemos nas pesquisas institucionais sobre os 
materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, 
possa continuar os seus estudos com um material atualizado 
e de qualidade.
Acadêmico, como você pode perceber, este livro didático tratará de uma 
quantidade significativa de conceitos e temáticas. A ideia básica é exatamente 
proporcionar um momento de estabelecimento de conexões entre diferentes princípios, 
a fim de estabelecer ligações teóricas e metodológicas entre ensino, aprendizagem, 
inovação e metodologias inovadoras. Assim, você perceberá que os assuntos serão 
tratados de maneira breve, com o destaque aos pontos principais de cada uma das 
discussões. Para ampliar seus estudos serão colocadas ao longo do livro referências 
a materiais de apoio, leituras, vídeos e demais elementos que poderão servir para 
aprofundamento dos assuntos estudados. Além disso, ao final de cada tópico, você terá 
um resumo daquilo que foi debatido e autoatividades para auxiliarem o desenvolvimento 
de seus estudos.
Boa leitura!
Prof. Cristian Sardo
Profª. Mariana Correia
Olá, acadêmico! Para melhorar a qualidade dos materiais ofertados a 
você – e dinamizar, ainda mais, os seus estudos –, a UNIASSELVI disponibiliza materiais 
que possuem o código QR Code, um código que permite que você acesse um conteúdo 
interativo relacionado ao tema que está estudando. Para utilizar essa ferramenta, acesse 
as lojas de aplicativos e baixe um leitor de QR Code. Depois, é só aproveitar essa facilidade 
para aprimorar os seus estudos.
QR CODE
ENADE
LEMBRETE
Olá, acadêmico! Iniciamos agora mais uma 
disciplina e com ela um novo conhecimento. 
Com o objetivo de enriquecer seu conheci-
mento, construímos, além do livro que está em 
suas mãos, uma rica trilha de aprendizagem, 
por meio dela você terá contato com o vídeo 
da disciplina, o objeto de aprendizagem, materiais complementa-
res, entre outros, todos pensados e construídos na intenção de 
auxiliar seu crescimento.
Acesse o QR Code, que levará ao AVA, e veja as novidades que 
preparamos para seu estudo.
Conte conosco, estaremos juntos nesta caminhada!
Acadêmico, você sabe o que é o ENADE? O Enade é um 
dos meios avaliativos dos cursos superiores no sistema federal de 
educação superior. Todos os estudantes estão habilitados a participar 
do ENADE (ingressantes e concluintes das áreas e cursos a serem 
avaliados). Diante disso, preparamos um conteúdo simples e objetivo 
para complementar a sua compreensão acerca do ENADE. Confi ra, 
acessando o QR Code a seguir. Boa leitura!
SUMÁRIO
SUMÁRIO
UNIDADE 1 - APRENDIZAGEM E SALA DE AULA INOVADORA ............................................ 1
TÓPICO 1 - COMO OCORRE A APRENDIZAGEM?..................................................................3
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................................3
2 DIDÁTICA, ENSINO E APRENDIZAGEM ..............................................................................4
3 TEORIAS DA APRENDIZAGEM ............................................................................................ 7
4 COMO SE DESENVOLVE A APRENDIZAGEM? ..................................................................14
5 ESTILOS DE APRENDIZAGEM .......................................................................................... 21
5.1 APRENDIZAGEM ATIVA E PASSIVA .................................................................................................24
5.2 APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA, CRIATIVA E COLABORATIVA ...............................................25
RESUMO DO TÓPICO 1 ........................................................................................................ 29
AUTOATIVIDADE .................................................................................................................. 31
TÓPICO 2 - PLANEJAMENTO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO E APRENDIZAGEM ................... 35
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 35
2 GESTÃO DA APRENDIZAGEM: ESTRUTURAÇÃO E ORGANIZAÇÃO
 DIDÁTICO-PEDAGÓGICA ................................................................................................. 36
3 FERRAMENTAS PEDAGÓGICAS ....................................................................................... 41
4 A AVALIAÇÃO COMO CONTRUÇÃO DO CONHECIMENTO E
 NORTEADOR PEDAGÓGICO ............................................................................................. 42
RESUMO DO TÓPICO 2 ........................................................................................................ 49
AUTOATIVIDADE .................................................................................................................. 51
TÓPICO 3 - SALA DE AULA INOVADORA ........................................................................... 53
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 53
2 SALA DE AULA, APRENDIZAGEM E INOVAÇÃO ............................................................. 54
3 CARACTERÍSTICAS DE UMA SALA DE AULA INOVADORA .............................................57
4 METODOLOGIAS ATIVAS ..................................................................................................59
5 ESTRATÉGIAS PEDAGÓGICAS DE APRENDIZAGEM ATIVA .......................................... 63
LEITURA COMPLEMENTAR ................................................................................................ 66
RESUMO DO TÓPICO 3 .........................................................................................................70
AUTOATIVIDADE ..................................................................................................................72
REFERÊNCIAS ......................................................................................................................75
UNIDADE 2 — A TAXONOMIA DOS OBJETIVOS EDUCACIONAIS ....................................... 77
TÓPICO 1 — APRENDIZAGEM, CONCEITO E DOMÍNIOS .....................................................79
1 INTRODUÇÃO .....................................................................................................................79
2 APRENDIZAGEM E A TAXONOMIA DE BLOOM .................................................................79
3 CARACTERÍSTICAS DA TAXONOMIA DOS OBJETIVOS EDUCACIONAIS ......................81
4 DOMÍNIOS DE APRENDIZAGEM ...................................................................................... 86
4.1 DOMÍNIO COGNITIVO .......................................................................................................................... 88
4.2 DOMÍNIO AFETIVO ..............................................................................................................................89
4.3 DOMÍNIO PSICOMOTOR .....................................................................................................................92
RESUMO DO TÓPICO 1 ........................................................................................................ 94
AUTOATIVIDADE ..................................................................................................................96
TÓPICO 2 - OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM DA TAXONOMIA DE BLOOM .......................99
1 INTRODUÇÃO .....................................................................................................................99
2 DEFINIÇÃO DE OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E OBJETIVOS INSTRUCIONAIS .......99
3 NÍVEIS HIERÁRQUICOS DOS OBJETIVOS EDUCACIONAIS
 PARA A TAXONOMIA DE BLOOM .....................................................................................103
3.1 OBJETIVOS RELACIONADOS AO DOMÍNIO COGNITIVO ............................................................103
3.2 OBJETIVOS RELACIONADOS AO DOMÍNIO AFETIVO ...............................................................106
3.3 OBJETIVOS RELACIONADOS AO DOMÍNIO PSICOMOTOR ......................................................108
4 TAXONOMIA DE BLOOM COMO INSTRUMENTO DE 
ESTRUTURAÇÃO DA APRENDIZAGEM ..............................................................................111
RESUMO DO TÓPICO 2 ....................................................................................................... 118
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................120
TÓPICO 3 - USOS E ATRAVESSAMENTOS DA TAXONOMIA:
 APLICAR, FAZER E CRIAR .............................................................................123
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................123
2 COMPETÊNCIAS E HABILIDADES NA BNCC E TAXONOMIA DE BLOOM ......................124
3 TAXONOMIA DE BLOOM E PLANEJAMENTO DA EAD....................................................128
4 TAXONOMIA DE BLOOM E A EDUCAÇÃO ESPECIAL .....................................................132
5 TAXONOMIA DE BLOOM E METODOLOGIAS ATIVAS .....................................................134
LEITURA COMPLEMENTAR ...............................................................................................136
RESUMO DO TÓPICO 3 .......................................................................................................142
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................... 144
REFERÊNCIAS .................................................................................................................... 147
UNIDADE 3 — DESIGN THINKING ......................................................................................149
TÓPICO 1 — RELEVÂNCIA E CONTEXTO ........................................................................... 151
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 151
2 ORIGENS E CONCEITUAÇÃO .......................................................................................... 151
3 INOVAÇÂO E RELEVÂNCIA DO DT ..................................................................................158
4 CONTEXTO DE UTILIZAÇÃO: O DESIGN THINKING NA EDUCAÇÃO............................. 161
RESUMO DO TÓPICO 1 ....................................................................................................... 167
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................169
TÓPICO 2 - DT NA EDUCAÇÃO: ETAPAS DO PROCESSO DE
 ESTRUTURAÇÃODO PENSAMENTO ............................................................. 173
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 173
2 DESCOBERTA (PRIMEIRA FASE) ................................................................................... 175
3 INTERPRETAÇÃO (SEGUNDA FASE) ..............................................................................183
4 IDEAÇÃO (TERCEIRA FASE) ...........................................................................................186
5 EXPERIMENTAÇÃO OU PROTOTIPAGEM (QUARTA FASE) ...........................................188
6 IMPLEMENTAÇÃO OU EVOLUÇÃO (QUINTA FASE) ....................................................... 191
RESUMO DO TÓPICO 2 .......................................................................................................193
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................195
TÓPICO 3 - SALA DE AULA INOVADORA: TAXONOMIA DE BLOOM
 E DESIGNER THINKING ................................................................................... 197
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 197
2 COLOCANDO EM PRÁTICA: PASSO A PASSO ................................................................198
3 COMPETÊNCIAS GERAIS DA BNCC RELAÇÃO COM O DESIGN
 THINKING E OS DOMÍNIOS DA TAXONOMIA DE BLOOM ............................................... 203
4 INOVAÇÃO NA SALA DE AULA: TAXONOMIA DE BLOOM E DESIGNER THINKINGH .......... 206
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................. 208
RESUMO DO TÓPICO 3 .......................................................................................................213
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................214
REFERÊNCIAS ....................................................................................................................216
1
UNIDADE 1 -
APRENDIZAGEM E SALA DE 
AULA INOVADORA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• apresentar os conceitos referentes à aprendizagem;
• debater os modos como se dá a aprendizagem;
• discutir a relação entre aprendizagem e criatividade;
• estruturar elementos para gestão da aprendizagem em instituições de ensino;
• perceber os modos pelos quais os objetivos instrucionais são defi nidos;
• compreender a avaliação como ferramenta diagnóstica;
• relacionar aprendizagem, educação e inovação;
• identifi car as características de uma sala de aula inovadora;
• reconhecer as metodologias ativas no contexto da sala de aula inovadora;
• apresentar estratégias pedagógicas no contexto das metodologias ativas.
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer dela, você encontrará 
autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
TÓPICO 1 – COMO OCORRE A APRENDIZAGEM?
TÓPICO 2 – PLANEJAMENTO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO E APRENDIZAGEM
TÓPICO 3 – SALA DE AULA INOVADORA
Preparado para ampliar seus conhecimentos? Respire e vamos em frente! Procure 
um ambiente que facilite a concentração, assim absorverá melhor as informações.
CHAMADA
2
CONFIRA 
A TRILHA DA 
UNIDADE 1!
Acesse o 
QR Code abaixo:
3
COMO OCORRE A APRENDIZAGEM?
1 INTRODUÇÃO
Acadêmico, no Tópico 1 desta unidade, iremos desenvolver nossa discussão 
sobre alguns aspectos centrais nas discussões sobre a aprendizagem. Isso porque, 
quando pensamos na razão de ser de uma sala de aula, nos damos conta de que o objetivo 
de todas as discussões, teorias, adaptações e debates é, exatamente, tentar garantir 
que os alunos aprendam aquilo que pretendemos ensinar. Esta discussão, que poderia 
parecer simples num primeiro momento, tem vários desdobramentos e possibilidades, 
pois, quando se pensa em aprender, existe a noção do ensinar, das metodologias, 
teorias e atravessamentos que podem ser relacionados ao entendimento do aprendiz, 
da forma como ele se relaciona com o conhecimento, do que está sendo ensinado, para 
quem, por que e de que jeito. Assim, as discussões para responder à pergunta que é 
título deste tópico são bastante amplas e envolvem múltiplas compreensões sobre o 
fazer didático.
Portanto, este tópico tem como objetivo apresentar alguns dos conceitos 
e teorias que fazem parte da discussão pedagógica sobre aprendizagem, contudo, 
temos a percepção de que este texto apesentará uma síntese sobre os principais 
elementos que fazem parte das temáticas abordadas dentro das concepções de 
ensino e aprendizagem. Logo, o assunto e os debates pertinentes não se esgotam 
no que está sendo apresentado a seguir, pois a ideia é que você, acadêmico, obtenha 
um conhecimento panorâmico sobre os princípios que envolvem o debate sobre a 
aprendizagem. Para isso, iremos começar com a delimitação basilar dos conceitos 
de ensino, didática e aprendizagem, em seguida, estudaremos as cinco principais 
abordagens teóricas que debatem os aspectos relativos aos conhecimentos didáticos 
e pedagógicos. Nesta parte da discussão, a ideia é observar de modo sintético como a 
aprendizagem é compreendida teoricamente.
Em seguida, teremos um subtópico em que serão apresentadas algumas 
das concepções sobre os modos como a aprendizagem se desenvolve, assim, neste 
momento, veremos alguns dos princípios teóricos que procuram perceber quais são 
os diferentes estágios ou condições para que o ato de aprender se concretize. Depois 
serão explicitados as dimensões e estilos de aprendizagem e traçaremos um paralelo 
entre as noções de aprendizagem ativa e passiva, bem como, da ideia que sustenta as 
compreensões de aprendizagem criativa, significativa e colaborativa.
TÓPICO 1 - UNIDADE 1
4
2 DIDÁTICA, ENSINO E APRENDIZAGEM
Acadêmico! Na maioria das discussões, podemos perceber que os conceitos 
de Ensino e Aprendizagem são apresentados desta maneira em conjunto, como uma 
expressão quase que inseparável. Assim, o entendimento acaba parecendo ser possível 
apenas na unidade, como um todo, um processo que vai do ensino até a aprendizagem. 
No entanto, se pensarmos no modo como as situações em sala de aula acontecem 
(seja ela presencial, remota ou virtual), podemos observar que, nesta relação entre 
o ensinar e o aprender existe ainda mais um elemento envolvido que estabelece a 
conexão entre estas duas etapas do processo de aprendizagem, este componente é 
a peça-chave que irá nortear a maioria das discussões é a didática, ou seja, a parte do 
processo que responde à pergunta: Como fazer com que a aprendizagem ocorra? Antes 
de prosseguirmos, é necessário colocar os conceitos para as noções de ensino, didática 
e aprendizagem:
QUADRO 1 – ENSINO, DIDÁTICA E APRENDIZAGEM
FONTE: Adaptado de De Aquino (2007), Illeris (2013), Dicio (2022) e Significados (2022)
ENSINO DIDÁTICA APRENDIZAGEM
Ação, arte 
de ensinar, 
de transmitir 
conhecimentos, 
de instruir 
alguém através 
da informação; 
instrução.
É a análise e 
desenvolvimento 
de técnicas 
e métodos 
que podem 
ser utilizados 
para ensinar 
determinado 
conteúdo para um 
indivíduo ou um 
grupo. A didática 
faz parte da ciência 
pedagógica, 
sendo responsável 
por estudar 
os processos 
de ensino e 
aprendizagem.
Fenômeno que faz parte da pedagogia, 
a aprendizagem é uma modificação 
do comportamento do indivíduo em 
função da experiência. A aprendizagem 
escolar se distingue pelo caráter 
sistemático e intencional e pela 
organização das atividades (estímulos) 
que a desencadeiam, atividades que se 
inserem em um quadro de finalidades e 
exigências determinadas pela instituição 
escolar.
“[...] a aprendizagem refere-se à 
aquisição cognitiva, física e emocional, 
e ao processamento de habilidades 
e conhecimento em diversas 
profundidades, ou seja, o quantouma 
pessoa é capaz de compreender, 
manipular, aplicar e /ou comunicar esse 
conhecimento e essas habilidades” (DE 
AQUINO, 2007, p. 6).
 “Qualquer processo que, em organismos 
vivos, leve a uma mudança permanente 
em capacidades e que não se deva 
unicamente ao amadurecimento 
biológico ou ao envelhecimento” 
(ILLERIS, 2013, p. 3).
5
Como podemos ver no Quadro 1, a didática é o modo pelo qual o Ensino e a 
Aprendizagem se conectam, pois ela estabelece os métodos, técnicas e processos através 
dos quais o processo pedagógico se estabelece. Ou seja, é através da compreensão 
das técnicas e metodologias sobre o ensino que o link entre ele a aprendizagem se 
estabelece. Assim, “A didática fornece ferramentas de como o professor media essa 
relação entre aluno e objeto do conhecimento” (NUNES, 2017, s.p.), a fim de promover a 
aprendizagem significativa. Dito de outro modo, para que seja feita a conexão entre o 
aprendiz e o conhecimento, a fim de gerar a aquisição deste conhecimento, é necessário 
que sejam pensados métodos que façam a intermediação entre o aluno e aquilo que é 
o objetivo da aprendizagem.
Para explicar como se dá a relação entre ensino, didática, aprendizagem e o 
aprendiz/professor no processo de ensino e aprendizagem, elaboramos o esquema a 
seguir:
 FIGURA 1 – ESQUEMA DE ENSINO, DIDÁTICA E APRENDIZAGEM
FONTE: Os autores (2022)
Observe que o esquema pressupõe uma relação de mão dupla entre os diferentes 
elementos que o compõe, isso porque, nos processos de ensino e aprendizagem, 
as relações estabelecidas nunca serão estanques, pois, a conexão feita através dos 
conceitos integrantes do esquema se modifica na prática docente, na forma como eles 
interagem entre si a fim de proporcionar ao aprendiz a aquisição do que foi proposto 
em um processo específico de aprendizagem. Inclusive proporcionando a reflexão e a 
alteração de metodologias e técnicas caso o aprendiz ou o professor percebam que o 
objetivo proposto para aquela sala de aula não está sendo atingido.
6
O conceito de sala de aula evoluiu a partir da noção de um espaço físico em que 
ocorriam as aulas para a ideia de que ela é “[...]um local onde se manifesta, em 
plenitude, a educação como fenômeno social. Isso nos faz pensar que a sala de 
aula não está constituída só por estudantes, docentes e saberes, mas também 
por ações/relações que se estabelecem neste tema” (BECK, 2017, s.p.). Assim, 
ao nos referirmos à sala de aula estamos, na verdade, remetendo ao todo 
que envolve a educação na perspectiva de uma ação social. Assim, é tanto o 
local, quanto as relações estabelecidas entre as pessoas que o compõem e 
as ações através das quais estes agentes interagem a fim de proporcionar 
a aprendizagem como bem social.
NOTA
Para exemplificar, vamos pensar em uma aula de Língua Portuguesa em que o 
sexto ano tenha como objetivo a seguinte habilidade da BNCC:
Num exemplo simples, pensemos o seguinte esquema do processo de 
aprendizagem em ciclo contínuo:
FIGURA 2 – EXEMPLO DE PROCESSO DE APRENDIZAGEM EM CICLO CONTÍNUO
FONTE: Os autores (2022)
(EF06LP05) Identificar os efeitos de sentido dos modos verbais, considerando 
o gênero textual e a intenção comunicativa.
7
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é, atualmente, o documento 
norteador das escolas no Brasil. Nela são apresentadas as habilidades 
básicas para todos os níveis da Educação Básica (pré-escolas, Ensino 
Fundamental e Ensino Médio).
As abordagens teóricas sobre o processo de ensino e aprendizagem serão 
detalhadas no próximo subtópico.
NOTA
ESTUDOS FUTUROS
Observe que, neste esquema, a refl exão do professor e dos alunos sobre o 
processo de ensino e aprendizagem motivou a alteração na perspectiva didática adotada, 
de modo que a mesma habilidade fosse trabalhada de modo diverso do tradicional a fi m 
de adequar o ensino, através da didática para que a aprendizagem fosse proporcionada.
3 TEORIAS DA APRENDIZAGEM
Ao longo da história, muitas abordagens teóricas sobre o ensino e a aprendizagem 
foram desenvolvidas, desde que as pessoas ensinam e aprendem existem indivíduos 
tentando entender como isso acontece e delimitando compreensões que demonstram 
visões de mundo, de sociedade, de indivíduo e sobre os demais elementos que se 
inter-relacionam durante o desenvolvimento das atividades didáticas. De acordo com 
Mizukami (2019, s.p.), cada abordagem, carrega em si “[...] diferentes concepções de 
ser humano, sociedade, conhecimento e escola”, logo, todas as teorias sobre ensino e 
aprendizagem também são refl exos das percepções que cada teórico apresenta sobre 
o fazer pedagógico e o que ele envolve.
Além disso, a autora destaca que “cada uma delas foi defendida por determinados 
autores e todas nos trazem contribuições válidas para refl etirmos sobre a Educação 
contemporânea” (MIZUKAMI, 2019, s.p.). Assim, os enfoques dados pelos autores que 
se fi liaram a cada uma das vertentes têm valor para que possamos debater sobre os 
atravessamentos teóricos e metodológicos que emergem nas compreensões sobre 
Ensino e Aprendizagem na atualidade. Além disso, é necessário compreendermos como 
estas teorias são presentes nas realidades escolares, mesmo que mescladas, mixadas e 
rearranjadas de acordo com o fazer pedagógico de cada docente e das orientações de 
cada instituição de ensino ou mantenedora pública ou privada.
8
As abordagens teóricas apresentadas por Mizukami (2019) são as seguintes:
Observe que a cada uma delas foi atribuído um símbolo, sendo que estas 
imagens representam a principal característica das visões conceituais debatidas:
• Tradicional: maçã e livros, remete ao combo clássico da professora que recebe 
maçãs dos alunos e utiliza apenas materiais clássicos de ensino.
• Comportamentalista: as engrenagens rementem à visão de que o indivíduo 
frequenta a escola para aprender a se inserir no sistema social vigente.
• Humanista: a digital demonstra o ponto de vista em que o indivíduo é o centro do 
processo de ensino e aprendizagem.
• Cognitivista: a lupa e a mão são características dos detetives clássicos, seres 
solitários que utilizam o seu raciocínio para compreender, interpretar e depreender 
o conhecimento a partir da sua mente, as pequenas “células cinzentas”, como diz a 
personagem Hercule Poirot, o célebre detetive criado por Agatha Christie.
• Sociocultural: três punhos erguidos que fazem referência à aprendizagem 
vinculada ao entorno social e à perspectiva que envolve a consciência social, 
histórica e pedagógica do sujeito.
Assim, a compreensão dos símbolos pode nos auxiliar na fixação e entendimento 
das principais características que as percepções teóricas têm sobre o desenvolvimento 
dos tópicos vinculado ao ensinar e ao aprender, pois são bastante emblemáticas na 
representação a que se propõem.
A seguir, apresentamos um quadro em que características dadas as cinco 
abordagens teóricas foram categorizadas a partir de elementos vinculados à 
compreensão didático-pedagógica delas e dos constituintes do processo pedagógico:
FIGURA 3 – SÍMBOLOS PARA AS PRINCIPAIS ABORDAGENS TEÓRICAS SOBRE ENSINO E APRENDIZAGEM
FONTE: Mizukami (2019, s.p.)
9
QUADRO 2 – QUADRO COMPARATIVO ENTRE AS ABORDAGENS TEÓRICAS SOBRE ENSINO E 
APRENDIZAGEM
Para fazer o quadro com as abordagens teóricas sobre ensino e 
aprendizagem, utilizamos um Recurso Educacional Digital (REA), elaborado 
por Mizukami (2019), que é um jogo de cartas. Nele, são dadas as 
características de cada abordagem teórica como se fossem pessoas e 
precisamos identificar através delas a qual teoria pertence a carta. Vale a 
pena verificar!
Nome do REA: Que Teoria Sou Eu? Acesse: https://apps.univesp.br/que-
teoria-sou-eu/.
DICA
TEORIA
TRADICIO-
NAL
A partir do 
século XVIII
COMPORTAMEN-
TALISTA
Aproximada-
mente 1950
HUMANISTA
Entre 1960 e 
1970
COGNITIVISTA
A partir de 
1950
SOCIOCUL-
TURAL
A partir de 
1970
Ser 
humano 
Indiví-
duo
Cultura
Socie-
dade
Uma tábula 
rasa, um 
receptor 
passivo que 
acumula in-
formações e 
as reproduz.A sociedade 
perpetua 
a ordem 
estabelecida 
por meio da 
reprodução 
do conheci-
mento.
O indivíduo é 
consequência 
das influências ou 
forças existentes 
no ambiente.
A cultura é re-
presentada pelos 
costumes domi-
nantes e pelos 
comportamentos 
reforçados na 
medida em que 
servem ao poder.
A Sociedade pode 
ser planejada e 
controlada para 
o bem-estar das 
pessoas, aplican-
do- se a teoria do 
reforço.
Não aceita um 
projeto de pla-
nificação social, 
nem o controle e a 
manipulação das 
pessoas.
Acredita que cada 
pessoa no mundo 
é única, portanto, 
não existem mo-
delos prontos ou 
regras a seguir.
Não trata espe-
cificamente de 
sociedade, mas se 
preocupa com a 
pessoa, a confian-
ça no humano e no 
pequeno grupo.
A sociedade 
deve caminhar 
no sentido da 
democracia, com 
a participação 
ativa na elabo-
ração de regras 
comuns para 
grupo.
O desenvolvi-
mento do ser 
humano ocorre 
por fases que se 
inter-relacionam 
e se sucedem 
(estágios).
Toda atividade 
humana envolve 
inteligência e 
afetividade
Prioriza o sujeito 
ativo e o desen-
volvimento da 
inteligência.
A partici-
pação do 
ser humano 
como 
sujeito na 
sociedade, 
na cultura e 
na História 
se faz na 
medida de 
sua cons-
cientização.
Busca 
superar a 
dicotomia 
sujeito-ob-
jeto.
https://apps.univesp.br/que-teoria-sou-eu/
https://apps.univesp.br/que-teoria-sou-eu/
10
Educa-
ção
Um pro-
duto, com 
resultados 
e modelos 
pré-estabe-
lecidos.
A Educação 
é a transmis-
são cultural de 
conhecimentos e 
comportamentos, 
por isso, tenta 
prever e controlar 
o comportamento, 
que acredita ser 
regido por leis 
identificadas e 
perpassadas atra-
vés da Educação.
A Educação 
assume poder 
controlador, cuja 
finalidade é pro-
mover mudanças 
desejáveis em 
direção ao auto-
controle e à maior 
liberdade.
Educação demo-
crática, centrada 
no aluno, incenti-
vando a autono-
mia, o espírito livre 
e criativo.
O objetivo da 
educação é que 
o aluno aprenda 
por si próprio 
(autonomia 
intelectual).
Educação como 
um todo indisso-
ciável formado 
pelos elementos 
intelectual e 
moral.
A Educa-
ção não 
é neutra, 
mas sim um 
ato político 
que não é 
restrito à 
escola.
Educação 
problema-
tizadora, 
em que o 
ensino e a 
aprendiza-
gem devem 
buscar 
superar 
a relação 
opressor-
-oprimido.
A Educação 
tem caráter 
utópico.
Escola
Escola deve 
ser um 
ambiente 
austero, onde 
o aluno não 
se distraia.
As relações, 
na escola, 
são verticais 
e individua-
listas.
Restrita a um 
processo de 
transmissão 
de ideias e 
informações.
Uma instituição 
que atua em 
conjunto com 
outras agências 
controladoras 
da sociedade 
(governo, política, 
economia).
Uma agência 
educacional de 
controle de com-
portamentos que 
pretende instalar e 
manter.
A escola deve res-
peitar a criança e 
oferecer condições 
para que ela se 
desenvolva.
A escola deve 
possibilitar ao 
aluno o desen-
volvimento de 
suas possibili-
dades (moto-
ras, ‘verbais e 
mentais) para 
que ele possa 
intervir e inovar a 
sociedade.
Deve pos-
sibilitar o 
crescimento 
mútuo de 
professores 
e alunos.
Uma insti-
tuição que 
existe num 
contexto 
histórico 
de uma de-
terminada 
sociedade.
11
Aula
Meto-
dologia
Modelo ex-
positivo, com 
conteúdo 
pronto é alu-
no passivo.
Método mai-
êutico: o pro-
fessor dirige 
a classe a 
um resultado 
desejado, 
seguindo 
passos para 
chegar a 
um objetivo 
proposto.
As práticas de 
ensino incluem a 
especificação de 
objetivos, o fee-
dback constante e 
o ensino modular.
Método é não 
diretivo: dirigir a 
pessoa a sua pró-
pria experiência, 
para que ela possa 
estruturar-se e 
agir.
Processo 
progressivo de 
assimilação, 
acomodação e 
superação.
Antes da 
ação edu-
cativa, re-
flete sobre 
o homem 
e analisa 
o meio de 
vida desse 
homem 
concre-
to, que é 
sujeito da 
educação.
Ensino 
e
Apren-
diza-
gem
Aprendiza-
gem padroni-
zada, a rotina 
e memoriza-
ção.
Ensinar é planejar 
condicionantes 
que assegurem 
a aquisição do 
comportamento 
desejável (elogios, 
notas, diplomas).
A aprendizagem 
como mudança 
comportamental 
e/ou mental na 
vida do indivíduo, 
resultado de uma 
prática reforçada.
As práticas de 
ensino estimulam 
a curiosidade, o 
aluno escolhe o 
que quer aprender, 
e o conteúdo deve 
ser significativo.
Despreza a 
padronização 
de produtos de 
aprendizagem e 
competências.
O objetivo básico 
é liberar no aluno 
a capacidade de 
autoaprendizagem 
(desenvolvimento 
intelectual e emo-
cional).
Didática é base-
ada na inves-
tigação, com 
experiências 
e jogos feitos 
pelos alunos em 
um ambiente 
desafiador.
O ensino e a 
aprendizagem 
se baseiam em 
ensaio e erro, 
na pesquisa, na 
investigação e 
na solução de 
problemas.
Divide a aquisi-
ção do conheci-
mento em duas 
fases: exógena 
(cópia, repetição) 
e endógena
(compreensão).
Práticas 
de ensino 
são ativas, 
dialógicas e 
críticas.
12
Profes-
sor/
Aluno
Professor 
detém o po-
der decisório 
quanto à 
metodologia, 
ao conteúdo 
e à avaliação, 
conduzindo 
alunos e 
transmitindo 
conhecimen-
tos (relação 
vertical).
O professor deve 
ser como um 
engenheiro com-
portamental, con-
trolando os passos 
e percursos de 
aprendizagem.
O relacionamento 
entre professor e 
aluno é pessoal 
étnico.
O docente como 
uma personalidade 
única, que assume 
a função de facili-
tador da aprendi-
zagem.
Livre cooperação 
dos alunos entre 
si não apenas 
entre profes-
sor e aluno. 
O professor 
também deve 
ser pesquisador, 
investigador.
Relação 
professor 
aluno que 
seja hori-
zontal.
O profes-
sor deve 
valorizar a 
linguagem 
e a cultura 
do aluno e, 
junto a ele, 
questiona 
a cultura 
dominante.
Conhe-
cimen-
to
Inteli-
gência
Caráter 
cumulativo 
do conhe-
cimento 
humano, que 
é adquirido 
por meio da 
transmissão 
(educação 
formal/es-
cola).
Inteligência é 
a capacidade 
de acumular 
/ armazenar 
informações, 
das mais 
simples às 
mais comple-
xas.
O conhecimento 
é resultado direto 
da experiência 
planejada, já que é 
possível controlar 
o comportamento 
observável.
Ao experienciar, o 
sujeito conhece.
O conhecimento 
é construído na ex-
periência pessoal e 
subjetiva.
O conhecimento é 
construído no de-
correr do processo 
de vir a ser da 
pessoa humana.
Conhecimento 
como fruto da 
interação entre 
mundo, sujeito e 
objeto.
Conhe-
cimento 
como cons-
cientiza-
ção, isto é, 
progressivo 
desvela-
mento da 
realidade 
(reflexão 
crítica).
O ser hu-
mano como 
o sujeito da 
Educação, o 
elaborador 
e criador do 
conheci-
mento.
Avalia-
ção
A avaliação 
mede a 
quantidade e 
a exatidão de 
informações 
que o aluno 
consegue 
reproduzir.
As notas 
obtidas pelo 
aluno são de-
monstração 
de patrimônio 
cultural.
A avaliação con-
siste em constatar 
se o aluno atingiu 
os objetivos 
propostos no 
início, no decorrer 
do processo e no 
final.
A autoavaliação 
com critérios: só o 
indivíduo pode co-
nhecer sua própria 
experiência.
A avaliação deve 
ser apoiada em 
múltiplos crité-
rios, consideran-
do a assimilação 
e a aplicação do 
conhecimento.
Autoava-
liação e/ou 
avaliação 
mútua e 
perma-
nente, por 
professor e 
aluno.
13
Prin-
cipais 
autores
Durkheim
Chartier
Snyders
Glaser
Papay
Madsen.
Skinner
Popham,
Gerlach
Briggs
Alexander Neill
Erich Fromm
Jean Piaget
Jerome Bruner
Henry Wallon
Vygotsky
Álvaro Viera 
Pinto
Paulo Freire
FONTE: Adpatado de Mizukami (2019, s.p.)
A partir da análise do quadro exposto, pode-se perceber que as visões teóricas 
abordadas apresentam características que vão desde as mais centradas na perspectiva 
tradicional verticalizada, até uma compreensão horizontal da relação entre professor 
e aluno; ou seja, partem do modo de ensino em que o aluno não tem autonomia com 
relação ao seu próprio processo de aprendizagem, até aqueles pontos de vista em que 
o aprendiz é visto como um indivíduo social capaz de ser um elemento ativo da sua 
própria aprendizagem.Quando refletimos no modo como estas abordagens teóricas se inserem 
na realidade das instituições de ensino, é necessário compreender que é muito 
complicado utilizar apenas uma compreensão teórico-metodológica, pois o espaço 
escolar é atravessado por inúmeros outros fatores que irão influenciar no modo como 
o processo de Ensino/Aprendizagem. Deste modo, o mais comum é encontrarmos 
diferentes mesclas metodológicas e diversos modos de as pessoas que fazem parte 
conduzirem o desenvolvimento didático-pedagógico. Isso porque os seres humanos 
são complexos e diversos, logo, as suas vivências, experiências e formações também 
serão bastante intrincadas, logo, o fazer pedagógico também acaba por, mesmo que de 
modo inconsciente, trazer à tona aquilo que os sujeitos conheceram e experimentaram 
ao longo de sua caminhada na educação, seja como alunos, seja como professores.
Assim, existe uma influência pessoal em toda a escolha teórico-metodológica 
estabelecida, ousamos dizer que, quando a pressão se acumula, o docente retorna ao 
modelo de ensino com o qual mais tem afinidade. Ou são criadas colchas de retalho 
em que partes do programa de ensino são feitas através de diferentes perspectivas 
teóricas, o que demonstra a necessidade de formação continuada, orientação e 
supervisão para que possam proporcionar um ensino mais ativo, criativo, colaborativo 
e significativo aos aprendizes, tendo em vista a necessidade de adequar o Processo de 
Ensino e Aprendizagem às exigências de um mundo que constrói sua relação com o 
conhecimento de modo cada vez menos tradicional e cada vez mais hiperconectado, 
em rede e com a necessidade de compreensão ecológica da vida em sociedade.
Com relação às abordagens apresentadas, poderíamos classificá-las numa 
escala da mais tradicional para a menos tradicional:
14
FIGURA 4 – ESQUEMA CLASSIFICAÇÃO DAS ABORDAGENS TEÓRICAS SOBRE ENSINO E APRENDIZAGEM
FONTE: Os autores (2022)
Como podemos ver no esquema acima, as abordagens vão deste a compreensão 
individual, pessoal e tradicional por si, apresentada pelo ensino Tradicional, até, no outro 
extremo, a percepção Sociocultural da Educação, em que o indivíduo é indissociável da 
sociedade.
Acadêmico, a seguir, veremos alguns dos entendimentos sobre o modo através 
do qual ao ensino e aprendizagem se desenvolvem. No entanto, antes de prosseguirmos, 
gostaríamos de salientar que a neutralidade não existe, pois todas as concepções 
elaboradas pelos seres humanos são permeadas pelas crenças, valores, vivências e 
experiências de cada pessoa, logo, as abordagens teóricas sobre educação também 
carregam em si os entendimentos, as crenças e os conceitos prévios de cada pessoa 
que contribuiu para com os desdobramentos teóricos de cada vertente.
4 COMO SE DESENVOLVE A APRENDIZAGEM?
Como vimos nos subtópicos anteriores, o processo de aprendizagem se 
desenvolve a partir de diferentes compreensões didáticas e metodológicas que trazem 
em seu centro o entendimento que cada teoria tem sobre o indivíduo e a sociedade. 
Ademais, cada abordagem também apresenta refl exões sobre o papel da escola, do 
professor e da aquisição de conhecimento dentro da percepção social em que se insere.
Neste subtópico, iremos estudar algumas das respostas possíveis para a 
pergunta-título, ou seja, veremos como a aprendizagem se desenvolve a partir de 
diferentes perspectivas.
No link, a seguir, você poderá ver uma apresentação interativa que resume 
as visões de ensino no Brasil desde o período Pré-Colonial (antes de 
1500) até a atualidade. Vale a pena verifi car! Acesse: https://prezi.com/p/
nzx7hxnaipys/linha-do-tempo-da-didatica-no-brasil/.
DICA
15
Com relação ao ensino Tradicional, o ciclo da aprendizagem é uma repetição 
centrada na aula expositiva em que:
1ª Apresentação: o professor apresenta o conteúdo a partir do conceito e exemplos ou 
modelos de uso.
2ª Exercitação: o aluno realiza exercícios em que deve reproduzir o conteúdo 
apresentado pelo professor, ou fazer a aplicação específica em contextos de repetição 
do que foi ensinado.
3ª Correção: o professor corrige os exercícios fornecendo a única resposta correta, 
delimitando as demais como erradas.
4ª Avaliação: o estudante faz uma avaliação que reproduz os exercícios dados e seu 
valor é mensurado pelo resultado obtido.
5ª Repetição: começa tudo novamente, até, no final do período letivo, o estudante é 
aprovado ou reprovado pela quantidade de acertos ao longo das avaliações feitas.
Deste modo, o ciclo de aprendizagem, na abordagem teórica vinculada a uma 
perspectiva tradicional, é composto por etapas repetidas em um ciclo predefinido em 
que os conteúdos se sucedem e o conhecimento adquirido é medido através de testes 
padronizados em que as respostas são dadas apenas para aferição de memorização e 
aplicação em contextos específicos previamente dados.
Com relação à perspectiva que compreende a aprendizagem como aquisição 
de comportamentos esperados através de estímulo e resposta, Oliveira (1973, p. 88) 
coloca as seguintes etapas de input (aquisição de comportamentos válidos socialmente) 
vinculadas ao Comportamentalismo:
1) Estímulo: evento que afeta os sentidos do aprendiz.
2) Reforço: evento que resulta no aumento da probabilidade de inci-
dência do ato que o precedeu.
3) Contingência de reforço: arranjo de uma situação para o apren-
diz, na qual a ocorrência de reforço é tomada contingente à ocorrên-
cia imediatamente anterior de uma resposta a ser aprendida.
Deste modo, a abordagem Comportamentalista vê a aprendizagem como uma 
sequência de incentivos que, quando adequados, deverão ser reforçados para que sejam 
repetidos, demonstrando, assim, a aprendizagem de comportamentos desejáveis. Além 
disso, são organizadas situações em que o aluno é exposto a momentos em que o reforço 
acontece apenas através da possibilidade de acontecimento imediatamente anterior a 
uma reposta a ser demonstrada pelo aprendiz. Dito de outro modo, a contingência é a 
reação entre a ocasião da resposta, a própria resposta e as consequências que reforçam 
ou não a resposta esperada (SKINNER, 1975). Por exemplo:
16
QUADRO 3 – CONTIGÊNCIA DE ESTÍMULO RESPOSTA
FONTE: Adaptado de Skinner (1975)
Assim, a contingência remete às possibilidades de estímulo resposta presentes 
na relação estabelecida entre o que o aprendiz faz, a resposta e a consequência 
conectados ao comportamento a ser aprendido. Ou seja, a aprendizagem é uma 
sequência de comportamentos aprendidos através de estímulos e respostas previsíveis 
que podem ser reforçados ou não através das ações do professor.
Observe que as duas abordagens vistas até aqui (Tradicional e Comportamental) 
são aquelas mais conservadoras em que a aprendizagem é estabelecida através das 
ações do professor e controlada a partir delas, em ciclos de ações semelhantes que não 
pressupõe alterações nas vivências dos aprendizes, mas que estabelecem parâmetros 
de conteúdos ou comportamentos a serem repetidos pelo estudante, sem que isso 
leve a modificações nas relações de ensino e aprendizagem ou que sejam levadas em 
consideração as características pessoais dos estudantes.
Em oposição a estas compreensões, a abordagem da Educação proposta 
por Delors em 1997, apresenta uma visão humanista, em que o objetivo do Ensino e 
aprendizagem é a formação integral do ser humano num ciclo em que é necessário 
aprender a fazer, ser, conviver e conhecer. Deste modo, o conhecimento é apenas 
uma das facetas da educação e está conectado com relação à experiência, à empatia 
e à autorregulação de modo não hierárquico. Dito de outro modo, a relação com os 
demais seres, a atividade concreta e o autoconhecimento são tão importantes quanto o 
conhecimento, servindo este como motivação para aprendizagem.
Assim, a aprendizagem se desenvolve através da conexão entre os quatro 
pilares que sustentam a educação e não apenas tendo como meta o conhecimento 
em contextos artificiais (como o Ensino Tradicional) ou os comportamentos adequados 
(como a abordagemComportamental), mas a percepção destes quatro elementos 
basilares que envolvem o aprendiz, o conhecimento de si, o conhecimento do outro, o 
conhecimento acumulado e o conhecimento aplicado.
Observe o esquema a seguir, retirado de Faria (2015, s.p.).
Ocasião Resposta Consequência
Aula expositiva em que é 
necessário ficar sentado na 
cadeira.
Ficar sentado na 
cadeira.
Ganhar uma estrela ao lado do 
seu nome no mural da turma.
Aula expositiva em que é 
necessário ficar sentado na 
cadeira.
Correr por cima das 
classes.
Não ganhar uma estrela ao 
lado do seu nome no mural da 
turma.
17
FIGURA 5 – OS 4 PILARES DA EDUCAÇÃO
FONTE: Faria (2015, s.p.)
Neste esquema, é evidenciado o caráter global da percepção da aprendizagem 
em que o aluno é visto como centro do processo de Ensino e Aprendizagem, sendo ele 
inserido num contexto de Educação em que as habilidades cognitivas, autorregulatórias, 
empáticas e práticas se correlacionam na prática docente.
Outra compreensão que discute o modo como o aprendizado ocorre é a 
cognição, nela, a ideia do fazer mental envolvido para a apreensão do conhecimento 
ganha destaque e a percepção do Ensino e Aprendizagem com relação à evolução do 
conhecimento é percebida em uma relação de espiral.
Analise a espiral a seguir, retirada de Beber, Silva, Bonfiglio (2014, p. 146)
FONTE: Beber, Silva, Bonfiglio (2014, p. 146)
FIGURA 6 – A ESPIRAL DA EVOLUÇÃO DO CONHECIMENTO
18
Observe que situação de aprendizado é o centro do processo, por isso, é, 
ao mesmo tempo a base e a menor parte da espiral, após, aparecem as atividades 
relacionadas ao raciocínio lógico e ao produto mental decorrente da situação de 
aprendizagem; a seguir, numa parte mais ampla da espiral, o emergir do raciocínio 
mental que envolve a compreensão de como o próprio conhecimento do aprendizado 
estabelece a compreensão sobre si e sobre o processo de aprendizagem. Deste modo, 
a compreensão Cognitivista percebe a aprendizagem como a oportunidade de vivenciar 
situações que irão reverberar através do processo de raciocínio mental a ponto de 
proporcionar ao aprendiz a reflexão sobre o processo em que está inserido.
Assim, vimos, até este momento do texto, como o Ensino Tradicional, a 
abordagem comportamental, a dimensão humana dos quatro pilares e a compreensão 
mental da visão Cognitiva respondem à pergunta: como a aprendizagem ocorre? Pois 
bem, a seguir será apresentado um quadro em que são apresentadas mais quatro visões 
sobre as fases do desenvolvimento do Ensino e da Aprendizagem de acordo com outras 
compreensões teóricas:
QUADRO 4 – PERSPECTIVAS SOBRE O PROCESSO DE APRENDIZAGEM
PIAGET
(COGNITIVISTA)
VIGOTISKY
(SOCIOCULTURAL)
A Programação 
Neurolinguística 
(PNL) de Bandler 
e Grinder
(HUMANISTA)
As etapas para 
assimilação de 
conteúdo de Vic-
tor Hugo Ferreira 
Júnior
(SOCIOCULTURAL)
1) Primeiro 
período: o 
sensório-motor 
e o começo 
da percepção: 
0 a 2 anos, a 
criança começa 
a desenvolver 
a fala, a 
capacidade de 
controlar os seus 
reflexos, as suas 
ações motoras e 
a percepção do 
mundo físico.
A interação do 
indivíduo com 
outros indivíduos 
e com o meio (a 
interação entre 
as pessoas 
resulta em novas 
experiências e, 
por consequência, 
na possibilidade 
de aquisição de 
conhecimento).
1) Incompetência 
inconsciente: o 
indivíduo não 
tem consciência 
do que não sabe 
e está satisfeito 
com o que já 
conhece.
1) Compreender: o 
indivíduo é exposto 
ao conhecimento.
19
2) Segundo 
período: o pré-
operatório e a 
representação: 
2 a 7 anos, 
capacidade de 
desenvolver o 
pensamento 
simbólico e de 
comunicar-se de 
forma verbal.
Aprendizagem é 
uma experiência 
social, mediada 
tanto pelo uso de 
instrumentos e 
signos – este último 
refere-se a algo 
que significaria 
alguma coisa para o 
indivíduo (é o caso 
da linguagem falada 
e da escrita, por 
exemplo) – quanto 
pela interação entre 
a linguagem e a 
ação.
2) Incompetência 
consciente: o 
indivíduo passa 
a entender que 
não possui 
conhecimento 
ou habilidade 
para executar 
certas funções ou 
atividades.
2) Reter: a 
informação ou 
ensinamento é 
fixado.
3) Terceiro 
período: as 
operações 
concretas e o 
pensamento 
lógico: 07 
a 12 anos, 
desenvolvimento 
de conceitos, 
da aplicação 
dos princípios 
e da lógica, da 
capacidade 
de realizar 
ações em seus 
pensamentos.
Para que aconteça 
a aprendizagem, 
essa interação 
social precisa 
acontecer dentro da 
chamada Zona de 
Desenvolvimento 
Proximal (ZDP).
3) Competência 
consciente: o 
indivíduo tem 
consciência de 
uma determinada 
capacidade.
3) Praticar: 
colocar em prática 
aquilo que se 
compreendeu e 
conseguiu reter.
20
4) Quarto 
período: as 
operações 
formais e a 
assimilação do 
conteúdo: a partir 
12 anos, já existe 
a capacidade 
de administrar 
o pensamento 
abstrato, bem 
como de gerar 
hipóteses 
e investigar 
suas possíveis 
consequências. 
O adolescente 
adquire, aqui, 
o pensamento 
científico – ele 
consegue ir além 
das coisas reais, 
sendo capaz de 
desenvolver suas 
próprias teorias 
e ideias sobre o 
mundo.
Necessidade de 
possibilitar a criação 
de ambientes 
de participação, 
de atividades 
colaborativas e 
troca de ideias, e 
com constantes 
desafios.
4) Competência 
inconsciente: já 
se domina uma 
habilidade ao 
ponto de executar 
uma certa tarefa 
de maneira 
natural.
4) Disseminar: 
Além de ensinar 
aos outros, esta 
também é uma 
maneira de fixar 
ainda mais o que se 
aprendeu.
5) Criar: gerar novos 
conhecimentos 
a partir daqueles 
adquiridos.
FONTE: Adaptado de Sophia (2020, s.p.)
Ao analisarmos o quadro, podemos perceber que as abordagens apresentadas 
estabelecem períodos, condições, etapas e fases para que o processo de Ensino e 
Aprendizagem ocorra, assim, delimitam as partes que compõem o desenvolvimento 
didático-pedagógico do aprendiz a partir de compreensões dos elementos que 
fazem parte dele. Assim, demonstram a perspectiva de que a aprendizagem pode ser 
estabelecida a partir de unidades menores de estágios não excludentes e repetíveis. 
Contudo, estes estágios não são delimitados de forma a limitar a aprendizagem, mas 
pretendem compreender como ela ocorre, tendo uma visão mais descritiva do que 
prescritiva do processo.
A partir do que discutimos neste subtópico, podemos afirmar que as visões 
Tradicional e Comportamental estão dentro de uma visão prescritiva do aprendizado, 
em que a teoria subjacente pretende delimitar como o curso da aprendizagem deve 
21
se dar, sem levar em consideração as especificidades do educando e nem prever 
como o conhecimento adquirido pode ser utilizado em outros contextos ou em outras 
percepções da realidade. Já nas demais abordagens, a ideia principal é descritiva, pois 
procuram descrever o processo de desenvolvimento do indivíduo dentro da perspectiva 
de ensino e aprendizagem através da compreensão de que um ser humano está inserido 
socialmente.
Assim, na compreensão de uma Sala de Aula Inovadora, é importante termos 
em mente a necessidade de revisitarmos as práticas vivenciadas como estudantes 
para entendermos que as abordagens mais clássicas, que delimitam os objetivos 
educacionais de modo mais prescritivo, não combinam de maneira alguma com a 
uma didática de sala de aula que se pretenda criativa, inovadora e significativa para o 
ensino e a aprendizagem.
5 ESTILOS DE APRENDIZAGEM
Acadêmico, neste subtópico, nós iremos discutir brevemente as noções que são 
permeadas pela concepção de que cada estudante tem seu modo de aprender. Assim, a 
aprendizagem precisa ser mediada através de perspectivas que levem em consideração 
as diferentes formas através das quais os alunos aprendem, o modo como se organizam 
e o estilo de apresentação dos desafios educacionais que mais se adequa ao público-
alvo a ser atendido.
Antes de prosseguir, é interessante destacar que todo o processo de ensino 
e aprendizagem pressupõe papéis diferentes para os professores e alunos, com a 
responsabilidade por estruturar as possibilidadesde aprendizagem do educando, porém, 
nas abordagens didáticas não prescritivas, o professor ganha o papel de mediador do 
conhecimento, deixando de lado a ideia de ser o único detentor dele. Para que esta 
mediação possa acontecer, um dos aspectos mais importantes é a noção de que cada 
indivíduo tem as suas potencialidades e dificuldades, que ninguém é único ou aprende 
de um único modo.
Neste contexto, observe como a figura a seguir representa as potencialidades e 
dificuldades de cada pessoa:
22
FIGURA 7 – DIFERENTES APRENDIZAGENS
FONTE: <https://bit.ly/3OhtoyS>. Acesso em: 4 fev. 2022.
Podemos perceber que as duas pessoas representadas têm acesso a todos 
os símbolos que representam diferentes áreas dos conhecimentos, por exemplo, o 
telescópio representando algo ligado à astronomia ou as letras que rementem a um 
conhecimento linguístico. Contudo, mesmo que as setas relacionem os elementos 
simbólicos às duas pessoas, os desenhos deles estão mais próximos ou mais afastados 
de uma das pessoas, observe, por exemplo, a paleta de tinta com o pincel, ela está mais 
próxima da figura à direita da imagem, assim mesmo conectada às duas pessoas, a 
ideia de conhecimento artístico está mais perto de uma das representações humanas. 
Logo, a figura representa que a arte pode ser explorada pelos dois indivíduos, mas um 
deles terá mais facilidade para compreender as aprendizagens que sejam mediadas 
pela percepção artística.
Observe também que existem elementos que se repetem perto das duas 
figuras humanas, como a silhueta de uma pessoa que está com um livro aberto, estes 
elementos representam os alguns dos modos de acesso às aprendizagens, pois seriam 
os suportes através dos quais podemos aprender. Logo, a figura representa a noção de 
que cada indivíduo pode ter acesso aos diferentes conhecimentos, através de diferentes 
suportes e modos de apresentação, ao mesmo tempo, deixa em destaque que alguns 
indivíduos terão maior facilidade se o conhecimento se der a partir da área que ele tem 
maior afinidade.
Ainda sobre os estilos de aprendizagem, a Teoria das Inteligências Múltiplas, de 
Howard Gardner, traz a compreensão de que cada indivíduo apresenta o predomínio 
de um tipo de inteligência, ou seja, os seres humanos têm um tipo de inteligência que 
prevalece na sua relação com o conhecimento. Assim, o ensino e a aprendizagem 
deverão levar em consideração os deferentes tipos de inteligência, e não apenas a 
Linguística e a Lógico-Matemática como a escola tradicional prioriza.
23
Inicialmente, a abordagem apresentava oito tipos de inteligência, na versão 
revisada aparecem nove categorias, e, alguns autores ainda inserem a inteligência 
tecnológica, como a capacidade de adquirir e gerenciar conhecimentos tecnológicos. 
Na figura a seguir, são apresentadas as nove inteligências detalhadas pela maioria dos 
autores:
FIGURA 8 – TEORIA DAS INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS
FONTE: <https://www.coladaweb.com/pedagogia/inteligencias-multiplas>. Acesso em: 4 fev. 2022.
Perceba que a estruturação em círculo permite o entendimento de que as 
diferentes inteligências estão correlacionadas, porque elas estão presentes em todas 
as pessoas em diferentes graus. A importância desta teoria é que ela pressupõe a 
compreensão de que todas as inteligências e estilos de pensamento são importantes 
para a aprendizagem, sem dar ênfase a apenas algumas delas, logo, o professor 
poderá identificar os estilos de aprendizagem de cada um dos estudantes e elaborar 
atividades que priorizem diversos tipos de inteligência. Por exemplo, ao trabalhar um 
conteúdo vinculado à interpretação de texto (inteligência linguística), o professor 
poderá proporcionar que a análise textual possa ser apresentada através de expressões 
artísticas como escultura, pintura ou a transformação do texto em uma música 
(inteligência Espacial/Musical) ou ainda promover momentos em que os estudantes 
precisem se estruturar em grupos em que cada um tenha um papel na elaboração de 
um produto final, assim, emergiria a liderança da inteligência emocional ou interpessoal.
https://www.coladaweb.com/pedagogia/inteligencias-multiplas
24
Desta maneira, a importância de se compreender que existem diversos modos 
de se perceber e interpretar a realidade para o entendimento do Ensino e Aprendizagem 
é que se possibilita o acolhimento dos estudantes em suas mais variadas combinações 
entre as diferentes inteligências, assim, as potencialidades dos estudantes podem ser 
combinadas para a aprendizagem que não segue os moldes do Ensino Tradicional. 
A seguir, veremos a diferença entre a aprendizagem ativa e passiva e, por fim, 
apresentaremos as características da aprendizagem, criativa, significativa e colaborativa.
5.1 APRENDIZAGEM ATIVA E PASSIVA 
A aprendizagem ativa, de acordo com Titton (2021), é uma abordagem didática 
em que o aluno tem uma postura ativa na construção do conhecimento, pois é, ao 
mesmo tempo receptor, pensador e produtor de seu processo de aprendizagem, neste 
processo feito ativamente o professor é mediador do conhecimento, sendo aquele que 
orienta a atividade, aquele que faz a intermediação entre o estudante e a aprendizagem, 
nunca tendo todas as respostas, mas auxiliando no desenrolar do processo de modo 
a encaminhar e aconselhar sem restringir. Além disso, na aprendizagem ativa a 
criatividade, inovação e colaboração são ferramentas que tornam possível ao estudante 
a participação ativa na compreensão, aplicação e inovação do conhecimento.
Deste modo, a perspectiva ativa do processo de Ensino e Aprendizagem está 
no extremo oposto daquilo que o ensino tradicional prescreve, tendo em vista que esta 
prima por uma estrutura passiva de aquisição do conhecimento, em que o professor 
é o detentor de todas as respostas, sendo estas previsíveis, modelares e individuais e 
ao aluno cabe o papel de mero receptor das informações dadas pelo docente, logo, este 
aprendiz também tem a reprodução de conteúdos como meta, não sendo desafiado a 
criar, colaborar ou significar aquilo que está sendo estudado.
De acordo com o teórico William Glasser (apud ANGELIS, 2020, s.p.), a aprendi-
zagem está relacionada às ações que o aprendiz executa. Sobre quanto cada uma das 
ações contribui para a aprendizagem, observe a figura a seguir, em que apresentamos a 
pirâmide da aprendizagem proposta por Glasser (apud ANGELIS, 2020, s.p.).
25
FONTE: Adaptado de Angelis (2020, s.p.)
Ao analisar a pirâmide acima, podemos observar que as ações vinculadas às 
metodologias passivas são aquelas em que aparecem verbos vinculados ao ensino 
tradicional e que são, por si mesmos, aqueles relativos a ações passivas, ou seja, que 
envolvem pouca interação, reorganização e reelaboração do conhecimento. Já as ações 
que têm maior retenção da aprendizagem, são aquelas conectadas a propostas ativas 
de aprendizagem e são aquelas vinculadas aos verbos que identificam situações 
em que o conhecimento foi compartilhado, reestruturado, reelaborado, ensinado e 
transformado em outra forma de execução, como ilustrar aquilo que foi estudado 
através de imagens ou mapas conceituais.
Deste modo, a aprendizagem ativa está ligada as noções de criatividade, 
significado e colaboração, pois depreendem a necessidade de envolver os aprendizes 
na resolução da atividade de modo a provocar a reflexão, reelaboração e compreensão 
da situação de aprendizagem em que estão inseridos. Cabendo lembrar que esta deverá 
estar relacionada à vivência dos estudantes para ter significância dentro do contexto 
específico de inserção pedagógica.
5.2 APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA, CRIATIVA E 
COLABORATIVA
A noção de significado está conectada com a ideia de propósito, de algo que 
ressoa nas experiências do indivíduo de maneira que o conhecimento a ser aprendido e 
apreendido é perpassado pelas vivências anteriores e interpretado pelo sujeito a partir 
delas. Segundo Machado (2016, p. 37), esta aprendizagem se torna significativa porque 
“[...] é esse conhecimento específico, existente na estruturade conhecimentos do 
FIGURA 9 – COMO APRENDEMOS: PIRÂMIDE DE WILLIAM GLASSER
26
sujeito, que permite dar significado a um novo conhecimento, seja de forma mediada, 
seja pela própria inferência do sujeito”. Em outas palavras, o conhecimento prévio do 
indivíduo irá fazer com que ele dê sentido ao que está aprendendo, seja com o auxílio 
do professor ou através de suas próprias conclusões.
Assim, “a aprendizagem significativa ocorre quando ideias expressas 
simbolicamente interagem de maneira substantiva e não arbitrária com aquilo que o 
aprendente já sabe” (BRASIL, 2018, s.p.) Logo, é na conexão coordenada e orgânica 
entre as noções conceituais e os saberes dos educandos que a aprendizagem ocorre.
De acordo com Garofalo (2019, s.p.), o link existente entre a aprendizagem 
criativa e a aprendizagem significativa é que “a aprendizagem criativa considera que 
o aluno terá um aprendizado mais efetivo, a partir do momento que estiver engajado na 
construção deste aprendizado e que esse aprendizado seja significativo para ele”. Assim, 
o aprendizado será efetivo quando o estudante estiver comprometido com a proposta de 
aprendizagem, sendo que este compromisso é atravessado pela inter-relação entre os 
saberes a serem aprendidos e aqueles que ele já tem. Dito de outro modo, a criatividade 
aplicada à aprendizagem torna o processo de ensino mais conectado às vivências dos 
aprendizes e, quando isso ocorre, a aprendizagem ganha sentido e propósito, o que 
proporciona a aprendizagem de fato.
Ainda segundo a autora, a aprendizagem criativa permite que o estudante 
construa a partir de uma experimentação concreta e ativa, ou seja, na prática. Esse 
movimento aprendizado, com erros e acertos, acontece dentro da construção 
cognitiva e é isso que chamamos de aprendizagem criativa (GAROFALO, 2019). Ou seja, 
a metodologia de aprendizagem criativa utiliza do saber motivado e palpável, dando 
espaço para a reflexão motivada pelos resultados obtidos independentemente de 
acertos ou erros.
A aprendizagem criativa se estrutura do seguinte modo:
27
FONTE: Garofalo (2019, s.p.)
A partir do esquema da aprendizagem criativa exposto, podemos perceber que 
as etapas desta aprendizagem se relacionam num ciclo de desenvolvimento contínuo 
que pode ser revisado inúmeras vezes para que seja estabelecido um processo sucessivo 
de aprendizagem que envolve planejamento, emoções, sujeito e interações entre estes 
sujeitos. Deste modo, a aprendizagem criativa engloba a compreensão da colaboração 
como estratégia de aplicação, logo, se relaciona com a aprendizagem colaborativa, 
pois o conceito dela contém:
[...] um entendimento da aprendizagem como um processo que 
ocorre não a partir de indivíduos isolados, possuidores de aspirações 
e motivações pessoais, mas sim a partir de uma dinâmica de 
compartilhamento de metas, de resolução de problemas em 
conjunto e compreensão dos impactos positivos que o trabalho de 
colaboração, dotado de toda sua complexidade, pode proporcionar à 
aprendizagem (MACHADO, 2016, p. 36-37).
Assim, a aprendizagem colaborativa compreende a percepção de que os 
indivíduos aprendem na interação com seus pares e com a mediação do professor, sendo 
que este último também irá aprender na interação com os aprendizes. Assim, o papel 
do professor é ao mesmo tempo de orientar a colaboração e participar verdadeiramente 
dela. Segundo Machado (2016, p. 37):
FIGURA 10 – OS QUATRO Ps DA APRENDIZAGEM CRIATIVA: PROJECT (PROJETO), PASSION (PAIXÃO), 
PEOPLE (PESSOAS) E PLAY (BRINCAR)
28
Tal reconhecimento é respaldado pela crescente confirmação 
da aprendizagem como um processo de engajamento social e, 
paralelamente, à defesa de que os professores devem desempenhar 
um papel não de detentores do saber, mas sim de facilitadores 
e coaprendizes. Nesse sentido, o processo de disseminação e 
democratização da produção de conhecimento envolve profunda 
revisão de conceitos.
Assim, a aprendizagem é um processo de mudança de paradigmas em que 
todos os envolvidos estão verdadeiramente interagindo através do desenvolvimento 
do processo de ensino e aprendizagem. Logo, o compromisso com a aprendizagem 
é colaborativo porque necessita da participação engajada e verdadeira de todos os 
sujeitos que estão envolvidos nela, ou seja, de uma situação em que o resultado não 
é conhecido previamente por nenhuma das pessoas participantes, tendo em vista que 
emerge da situação específica, vivenciada por um grupo específico, num momento de 
tempo delimitado.
Aqui encerramos as discussões sobre aprendizagem apresentadas neste tópico, 
em que vimos, a compressão da didática como intermediadora da relação entre ensino 
e aprendizagem, as abordagens teóricas mais recorrentes sobre a aprendizagem, as 
compreensões sobre estilos de aprendizagem e as aprendizagens mais passivas e 
prescritivas e as mais ativas e mais livres. Por fim, encerramos o debate, com a breve 
conceituação e conexão da aprendizagem em que as dimensões significativas, criativas 
e colaborativas estão interconectadas.
29
Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:
• A didática é o modo pelo qual o ensino e a aprendizagem se conectam, pois ela 
estabelece os métodos, técnicas e processos através dos quais o processo 
pedagógico se estabelece.
• Nos processos de ensino e aprendizagem, as relações estabelecidas nunca serão 
estanques.
• Ao longo da história, muitas abordagens teóricas sobre o ensino e a aprendizagem 
foram desenvolvidas, desde que as pessoas ensinam e aprendem existem indivíduos 
tentando entender como isso acontece.
• Todas as teorias sobre ensino e aprendizagem também são reflexos das percepções 
que cada teórico apresenta sobre o fazer pedagógico e o que ele envolve.
• O fazer pedagógico também acaba por, mesmo que de modo inconsciente, trazer 
à tona aquilo que os sujeitos conheceram e experimentaram ao longo de sua 
caminhada na educação, seja como alunos, seja como professores.
• Todas as concepções elaboradas pelos seres humanos são permeadas pelas 
crenças, valores, vivências e experiências de cada pessoa.
• O processo de aprendizagem se desenvolve a partir de diferentes compreensões 
didáticas e metodológicas que trazem em seu centro o entendimento que cada 
teoria tem sobre o indivíduo e a sociedade.
• O ciclo de aprendizagem, na abordagem teórica vinculada à uma perspectiva 
Tradicional, é composto por etapas repetidas em um ciclo predefinido em que os 
conteúdos se sucedem e o conhecimento adquirido é medido através de testes 
padronizados.
• A abordagem Comportamentalista vê a aprendizagem como uma sequência 
de incentivos que, quando adequados, deverão ser reforçados para que sejam 
repetidos, demonstrando, assim, a aprendizagem de comportamentos desejáveis.
• Delors, em 1997, apresentou uma visão humanista, em que o objetivo do ensino e 
aprendizagem é a formação integral do ser humano num ciclo em que é necessário 
aprender a fazer, ser, conviver e conhecer.
RESUMO DO TÓPICO 1
30
• A compreensão Cognitivista percebe a aprendizagem como a oportunidade de 
vivenciar situações que irão reverberar através do processo de raciocínio mental a 
ponto de proporcionar ao aprendiz a reflexão sobre o processo em que está inserido.
• Nas abordagens didáticas não prescritivas, o professor ganha o papel de mediador 
do conhecimento, deixando de lado a ideia de ser o único detentor dele.
• Cada indivíduo tem as suas potencialidades e dificuldades, que ninguém é único ou 
aprende de um único modo.
• A Teoria das Inteligências Múltiplas, de Howard Gardner, traz a compreensão de que 
cada indivíduo apresenta o predomínio de um tipo de inteligência.
• O Ensino e a Aprendizagem deverão levar em consideração os diferentes tipos 
de inteligência, e não apenas a Linguística e a Lógico-Matemática como a escola 
tradicional prioriza.
• A importância de se compreender que existem diversos modos de se perceber e 
interpretar a realidade para o entendimento do Ensino e Aprendizagem é que se 
possibilita o acolhimentodos estudantes em suas mais variadas combinações entre 
as diferentes inteligências.
• A aprendizagem ativa, de acordo com Titton (2021), é uma abordagem didática em 
que o aluno tem uma postura ativa na construção do conhecimento.
• A aprendizagem significativa ocorre quando ideias expressas simbolicamente 
interagem de maneira substantiva e não arbitrária com aquilo que o aprendente já 
sabe.
• A aprendizagem criativa permite que o estudante construa a partir de uma 
experimentação concreta e ativa, ou seja, na prática.
• A aprendizagem colaborativa compreende a percepção de que os indivíduos 
aprendem na interação com seus pares e com a mediação do professor.
31
1 A compreensão dos símbolos pode nos auxiliar na fixação e entendimento das 
principais características que as percepções teóricas têm sobre o desenvolvimento 
dos tópicos vinculado ao ensinar e ao aprender, pois são bastante emblemáticas 
na representação a que se propõem. Sobre o exposto, associe os itens, utilizando o 
código a seguir:
 
 
 
 
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
a) ( ) III – V – II – I – IV.
b) ( ) II – I – V – IV – III.
c) ( ) III – I – II – IV – V.
d) ( ) IV – III – I – V – II.
2 Ao longo da história, muitas abordagens teóricas sobre o ensino e a aprendizagem 
foram desenvolvidas, desde que as pessoas ensinam e aprendem, existem indivíduos 
tentando entender como isso acontece e delimitando compreensões que demonstram 
visões de mundo, de sociedade, de indivíduo e sobre os demais elementos que se 
inter-relacionam durante o desenvolvimento das atividades didáticas. Analisando 
visões teóricas relacionadas ao aspecto social, classifique V para as sentenças 
verdadeiras e F para as falsas:
AUTOATIVIDADE
I- Tradicional. ( ) A lupa e a mão são características dos detetives 
clássicos, que utilizam o seu raciocínio para 
compreender, interpretar e depreender o conhecimento 
a partir da sua mente.
II- Comportamentalista. ( ) A digital demonstra o ponto de vista em que o indivíduo 
é o centro do processo de ensino e aprendizagem.
III- Humanista. ( ) A maçã e livros remete ao combo clássico da professora 
que recebe maçãs dos alunos e utiliza apenas materiais 
clássicos de ensino.
IV- Cognitivista. ( ) Três punhos erguidos que fazem referência à 
aprendizagem vinculada ao entorno social e à 
perspectiva que envolve a consciência social, histórica 
e pedagógica do sujeito.
V- Sociocultural. ( ) As engrenagens rementem à visão de que o indivíduo 
frequenta a escola para aprender a se inserir no sistema 
social vigente.
32
( ) Na teoria tradicional, a sociedade jamais perpetua a ordem estabelecida por meio 
da reprodução do conhecimento.
( ) Na teoria comportamentalista, a sociedade pode ser planejada e controlada para o 
bem-estar das pessoas, aplicando-se a teoria do reforço.
( ) A teoria humanista não trata especificamente de sociedade, mas se preocupa com 
a pessoa, a confiança no humano e no pequeno grupo.
( ) Na teoria cognitivista, a sociedade deve caminhar no sentido da democracia, com a 
participação ativa na elaboração de regras comuns para grupo.
( ) Na teoria sociocultural, a participação do ser humano como sujeito na sociedade, 
na cultura e na história não se faz na medida de sua conscientização.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
a) ( ) F – V – F – F – V.
b) ( ) V – F – F – V – V.
c) ( ) V – V – V – F – F.
d) ( ) F – V – V – V – F.
3 O processo de aprendizagem se desenvolve a partir de diferentes compreensões 
didáticas e metodológicas que trazem em seu centro o entendimento que cada teoria 
tem sobre o indivíduo e a sociedade. Ademais, cada abordagem também apresenta 
reflexões sobre o papel da escola, do professor e da aquisição de conhecimento 
dentro da percepção social em que se insere. Sobre o exposto, analise as sentenças 
a seguir:
I- O ciclo de aprendizagem, na abordagem teórica vinculada à uma perspectiva 
Tradicional, é composto por etapas repetidas em um ciclo predefinido em que os 
conteúdos se sucedem e o conhecimento adquirido é medido através de testes 
padronizados.
II- A abordagem Comportamentalista vê a aprendizagem como uma sequência 
de incentivos que, quando adequados, deverão ser reforçados para que sejam 
repetidos, demonstrando, assim, a aprendizagem de comportamentos desejáveis.
III- Delors, em 1997, apresenta uma visão humanista, em que o objetivo do Ensino e 
aprendizagem é a formação parcial do ser humano num ciclo em que é necessário 
aprender a fazer, ser, conviver e conhecer.
IV- A compreensão Cognitivista percebe a aprendizagem como a oportunidade de 
vivenciar situações que irão reverberar através do processo de raciocínio mental a 
ponto de proporcionar ao aprendiz a reflexão sobre o processo em que está inserido.
V- A Teoria das Inteligências Múltiplas, de Howard Gardner, traz a compreensão de que 
cada indivíduo apresenta o predomínio de um tipo de inteligência.
Assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) As sentenças I, II, III e IV estão corretas.
b) ( ) As sentenças I, II, III e V estão corretas.
33
c) ( ) As sentenças II, III, IV e V estão corretas.
d) ( ) As sentenças I, II, IV e V estão corretas.
4 Segundo Machado (2016, p. 37), a aprendizagem se torna significativa porque “é esse 
conhecimento específico, existente na estrutura de conhecimentos do sujeito, que 
permite dar significado a um novo conhecimento, seja de forma mediada, seja pela 
própria inferência do sujeito”. Quando ocorre a aprendizagem significativa, de acordo 
com a BNCC? Justifique.
FONTE: MACHADO, D. A. O. Aprendizagem criativa-colaborativa e liderança musical: princípios e práticas. 
2016. Dissertação (Mestrado em Música) – Escola de Música, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo 
Horizonte. Disponível em: https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/AAGS-AGWGR7/1/daniel_augusto___
disserta__o_de_mestrado___2016.pdf. Acesso em: 31 jan. 2022.
5 A aprendizagem criativa engloba a compreensão da colaboração como estratégia de 
aplicação, logo, se relaciona com a aprendizagem colaborativa. Portanto, descreva o 
conceito de aprendizagem colaborativa, segundo Machado (2016).
FONTE: MACHADO, D. A. O. Aprendizagem criativa-colaborativa e liderança musical: princípios e práticas. 2016. 
Dissertação (Mestrado em Música) – Escola de Música, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte. 
Disponível em: https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/AAGS-AGWGR7/1/daniel_augusto___disserta__o_
de_mestrado___2016.pdf. Acesso em: 31 jan. 2022.
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/AAGS-AGWGR7/1/daniel_augusto___disserta__o_de_mestrado___2016.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/AAGS-AGWGR7/1/daniel_augusto___disserta__o_de_mestrado___2016.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/AAGS-AGWGR7/1/daniel_augusto___disserta__o_de_mestrado___2016.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/AAGS-AGWGR7/1/daniel_augusto___disserta__o_de_mestrado___2016.pdf
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35
PLANEJAMENTO DIDÁTICO-
PEDAGÓGICO E APRENDIZAGEM
1 INTRODUÇÃO
Prezado acadêmico! No tópico anterior, debatemos as perspectivas e 
detalhamentos sobre o Ensino e a Aprendizagem, bem como discutimos alguns dos 
estilos de aprendizagem. Ao final das discussões, pudemos perceber que as práticas 
didático-pedagógicas passivas estão fora da abordagem em que a Sala de Aula seja 
criativa e inovadora, tendo em vista que a criatividade, a inovação e o significado 
surgem na colaboração, elaboração e reelaboração do que foi aprendido, ou seja, 
eles necessitam de um ambiente de aprendizagem que seja ativo, colaborativo e não 
demarcado previamente.
A partir destas discussões anteriormente feitas, fica evidente a necessidade de 
um planejamento didático-pedagógico que seja capaz de lidar com as demandas que 
emergem nas interações entre o conhecimento, os professores e os alunos. Deste modo, 
é necessário pensarmos quais as instâncias que compõem a gestão escolar e como se 
relacionam com a gestão da aprendizagem

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