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De acordo com Galeano (2000, p. 38), “investigações recentes melhor fundamentadas atribuem ao México pré-colombiano uma população que oscila entre 25 e 30 milhões, e se calcula que havia um número parecido de índios na região andina; na América Central e nas Antilhas, entre dez e treze milhões de habitantes. Os índios das Américas somavam entre 70 e 90 milhões de pessoas, quando os conquistadores estrangeiros apareceram no horizonte; um século e meio depois tinham-se reduzido, no total, a apenas 3,5 milhões”. GALEANO, E. As veias abertas da América Latina. Porto Alegre: L&PM, 2000. Com base no trecho anterior e no conhecimento sobre o tema, avalie as afirmativas a seguir quanto às causas do extermínio indígena. I. A escravidão indígena. II. As doenças trazidas pelos europeus. III. A escassez de alimentos por conta da diminuição da população e, portanto, da produção agrícola. IV. As guerras indígenas, causadas somente pelos europeus. V. A desagregação total de territórios indígenas, causada pelos europeus. Está correto o que se afirma em: a. I e V, apenas. b. I, II, III e IV, apenas. c. I, II, IV e V, apenas. d. I e II, apenas. e. I, II e V, apenas. Leia o excerto a seguir. “O risco do anacronismo estaria não apenas na incapacidade de compreender o que está em jogo na emissão desta ou daquela proposição (de seu significado), mas também na imputação de caráter contraditório a elaborações teóricas que, em seu contexto de enunciação, eram plenamente legítimas e racionais”. JASMIN, M. G.História dos conceitos e teoria política e social: referências preliminares. Revista brasileira de ciências sociais, v. 20, n. 57, 2005. p. 29. Como visto no trecho anterior, o anacronismo consiste em um erro que os historiadores devem ter cuidado para não cometer. Em relação à história da conquista e colonização da América, marque a opção abaixo que está de acordo com uma conduta correta do historiador: a. Utilizar termos eurocêntricos para analisar as sociedades nativas pré-colombianas. b. Respeitar à temporalidade histórica dos eventos estudados, evitando impor visões do presente sobre o passado. c. Analisar os fatos a partir de suas consequências. d. Apresentar características culturais posteriores ao fato histórico analisado. e. Pensar as sociedades antigas a partir de concepções contemporâneas de economia, política e cultura. De acordo com Cortez (1986, p. 45), “Procurarei dar, mui poderoso senhor, um pequeno relato das grandezas, maravilhas e estranhezas desta grande cidade de Tenochtitlán, de sua gente, seus ritos e costumes, assim como da maneira ordeira como a governam [...]. Esta cidade é tão grande como Sevilha e Córdoba. As ruas principais são muito largas e retas. [...]. Há duas pontes, de vigas muito bem trabalhadas e fortes. Tem muitas praças, onde há contínuos mercados e pontos de compra e venda”. CORTEZ, H. A conquista do México. Porto Alegre: L&PM Editores, 1986. A cidade de Tenochtitlán foi a capital do Império Asteca. Sobre as práticas políticas e sociais dessa sociedade ameríndia, é correto afirmar que: a. a capital Asteca era o local onde o imperador, chamado de tlatoani, governava seu império. b. por meio da escrita alfabética, os astecas registravam os acontecimentos em monumentos de pedra e em papéis feitos de fibra vegetal. c. eles possuíam uma moeda própria, que utilizavam para comprar comida e outros bens, o que estimulou o desenvolvimento urbano e econômico da sociedade. d. a capital Asteca foi destruída na Conquista, atualmente as casas, os palácios e o lago desapareceram, sepultados sob o que hoje compreendemos como a cidade de Bogotá, na Colômbia. e. a divisão política dessa sociedade era descentralizada e não hierarquizada, isso significa que não havia um imperador. Leia o trecho na sequência. “Aqueles que foram de Espanha para esses países (e se têm na conta de cristãos) usaram de duas maneiras gerais e principais para extirpar da face da terra aquelas míseras nações. Uma foi a guerra injusta, cruel, tirânica e sangrenta. Outra foi matar todos aqueles que podiam ainda respirar ou suspirar e pensar em recobrar a liberdade ou subtrair-se aos tormentos que suportam, como fazem todos os senhores naturais e os homens valorosos e fortes; pois comumente na guerra não deixam viver senão mulheres e crianças: e depois oprimem-nos com a mais horrível e áspera servidão a que jamais tenham submetido homens ou animais”. LAS CASAS, F. B. de. O paraíso destruído: brevíssima relação da destruição das Índias [1552]. Porto Alegre: L&PM, 2001. p. 68. O texto de Bartolomeu de Las Casas denuncia o processo de extermínio étnico causado pela colonização espanhola nas Américas. A partir dele, é possível afirmar que uma das práticas condenadas por Las Casas é: a. o colonato indígena, regime de trabalho compulsório ao qual os povos indígenas foram submetidos. b. o processo de aldeamento, ao qual algumas etnias da Mesoamérica foram submetidas. c. a escravidão e outras formas de submissão forçada, a qual os povos indígenas foram submetidos. d. a guerra bacteriológica, doenças que os indígenas portavam e contaminaram os europeus. e. a obrigatoriedade da Mita, prática de trabalho forçado incorporada das tradições incas e maias. Leia o trecho na sequência. “Uma das características mais importantes da Conquista é o fato de ter sido efetuada segundo modalidades diversas, explicadas principalmente pela relação existente entre as motivações da empresa espanhola e o estágio cultural e a densidade demográfica das populações indígenas [...] Em função desses determinantes destacam-se duas modalidades: 1) nas regiões habitadas por grupos indígenas de Cultura Primitiva, que não possuíam excedentes de produção e cujo potencial como força de trabalho era praticamente nulo, a Conquista resultou na expulsão ou eliminação das populações nativas; 2) nas regiões habitadas por sociedades indígenas de Média e Alta Culturas, deu-se a subjugação das populações para apropriação da produção excedente e domínio da força de trabalho indígena. Foi o que ocorreu, por exemplo, nas regiões densamente povoadas do império Asteca e Inca”. AQUINO, R. S. L. História das sociedades: das sociedades modernas às sociedades atuais. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 2006, p. 95. Pizarro e Cortés são considerados os principais conquistadores do Novo Mundo, responsáveis pela conquista efetuada na modalidade dois destacada no trecho anterior. Analise as frases a seguir relacionando as conquistas do Império Inca e Asteca. I. Quando Pizarro iniciou a tarefa de dominação do atual Peru, Cortés ainda estava no processo de dominação da capital do atual México. II. Uma das táticas utilizadas pelos espanhóis para subjugação dos indígenas foi primeiro derrubar os imperadores, Montezuma II e Atahualpa, consequentemente o líder asteca e o líder inca. III. Somente na conquista do México os espanhóis se valeram das disputas internas das sociedades locais. Já no Peru, isso não foi possível, dada a unidade entre os povos da região. IV. Considerar que somente os europeus tiveram um papel na conquista da América é uma perspectiva que ignora os agentes e forças políticas ameríndias nesse processo, fato que contribuiu significativamente para a estratégica geopolítica de dominação espanhola. Está correto o que se afirma em: a. Apenas II, III, IV. b. Apenas I e II. c. Apenas I, II e V. d. Apenas II e IV. e. Apenas I e IV.
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