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Profa. MSc: Camila Lemes de Souza Formada em Biomedicina pela UNIP-GO Mestre em Ciências Ambientais e Saúde pela PUC-GO Email: camilalemes_pba@hotmail.com Apaixonada pela docência Introdução à Fisiopatologia Curso: Enfermagem Objetivo Fisiopatologia Saúde x Doença Homeostase Distúrbios do crescimento e da diferenciação celular Inflamação x Reparo Metodologia Conteúdo Programático fisiopatologia Estudo dos processos fisiológicos de uma doença saúde Ausência de enfermidade/doença Estado de completo bem-estar físico, mental e social Doença Alteração biológica do estado de saúde de um ser, manifestada por um conjunto de sintomas perceptíveis ou não. Padecimento agudo ou crônico adquirido com o tempo ou desde o nascimento, que causa disfunção fisiológica em um ou mais sistemas corporais. Fisiológicas Genéticas Imunológicas Morfológicas Divididas em várias subcategorias: infecções, doenças degenerativas, distúrbios nutricionais, disfunções metabólicas, distúrbios imunológicos, neoplasmas, psiquiátricos, entre outros Doença Stress Temperatura Concentração de oxigênio pH Concentração de nutrientes Desequilíbrio hidroeletrolítico HOMEOSTASIA Processe de estabilidade da qual o organismo necessita para desenvolver suas funções. Total equilíbrio físico-químico de um organismo. 9 Doença Etiologia Patogênese Morfologia/Histologia Causas da doença: Biológica Física Química Genética Inespecífica Sequência de acontecimentos celulares e teciduais que sucedem o momento do contato inicial de um fator etiológico até a manifestação da doença. Alterações micro e macroscópicas que caracterizam ou culminam em uma enfermidade. Doença Curso clínico Tratamento É a evolução da enfermidade: Aguda Subaguda Crônica Leva em consideração a fisiopatologia da doença e deve ser feito de maneira específica para cada paciente. El curso clínico describe la evolución de una enfermedad. La enfermedad puede tener un curso agudo, subagudo o crónico. Un trastorno agudo es aquel que es relativamente grave, pero autolimitado. La enfermedad crónica implica un proceso continuo y prolongado; en ocasiones tiene un curso continuo o es posible que presente exacerbaciones (agravamiento de los síntomas y la gravedad de la enfermedad) y remisiones (un período durante el cual existe una disminución en la gravedad de los síntomas). La enfermedad subaguda es intermedia o se encuentra entre la aguda y la crónica. No es tan grave como una enfermedad aguda ni tan prolongada como una enfermedad crónica. 11 Célula: Onde tudo começa Elemento Estrutural e funcional Pluricelular Funções específicas Célula A célula é a unidade básica da vida. Componente celulares Organelas celulares Organização funcional e estrutural do corpo Os principais componentes químicos do corpo humano: Oxigênio (65%); Hidrogênio (9,5%); Nitrogênio (3,2%); Carbono (18,5%) Existem outros elementos: Na, K, cobre, zinco, entre outros. Agressão, defesa, Adaptação e Lesão Lesão ou processo patológico Passos Cronológicos Causa Período de Incubação Período Prodrômico Período de Estado Evolução Ocorrências Agressão Defesa Adaptação Lesão Sucessão de eventos São Dinâmicas: começam, evoluem e tendem a ir para cura ou para cronicidade/morte. Classificação das lesões Lesões Celulares Não letais Letais Recuperação do estado de Normalidade São apresentadas pela necrose e apoptose A letalidade/não letalidade esta freqüentemente ligada à qualidade, à intensidade, à duração da agressão e o estado funcional ou tipo celular atingido. As agressões podem modificar o metabolismo celular, causando acúmulos de substâncias intracelulares (degeneração) ou podem alterar mecanismos de crescimento e diferenciação celular (hipotrofias, hipertrofias, hiperplasias, hipoplasia, metaplasias, displasias e neoplasias). 18 Classificações das lesões Alterações do interstício: Englobam as modificações da substância fundamental amorfa e das fibras elásticas, colágenas e fibras reticulares. Distúrbios da circulação: Hiperemia, oligoemia, isquêmia,trombose, Embolia, hemorragias, edema. Inflamação: A lesão mais complexa que envolve todos os componentes teciduais. DISTÚRBIOS DO CRESCIMENTO E DA DIFERENCIAÇÃO CELULAR Respostas celulares ao estresse e aos estímulos nocivos Stress Estímulos nocivos Adaptação Lesão celular Não adaptação Reversível Irreversível Morte celular Morte celular pode acontecer por necrose ou apoptose. Se os limites da resposta adaptativa forem ultrapassados ou se as células forem expostas a agentes lesivos ou estresse, privadas de nutrientes essenciais, ou ficarem comprometidas por mutações que afetam os constituintes celulares essenciais, sobrevém uma sequência de eventos, chamada lesão celular (Fig. 1-1). A lesão celular é reversível até um certo ponto, mas se o estímulo persistir ou for intenso o suficiente desde o início, a célula sofre lesão irreversível e, finalmente, morte celular. Adaptação, lesão reversível e morte celular podem ser os estágios de uma debilidade progressiva que sucede os diferentes tipos de insultos. Por exemplo, em resposta a cargas hemodinâmicas aumentadas, o músculo cardíaco torna-se aumentado, uma forma de adaptação, podendo sofrer lesão. Se o suprimento sanguíneo para o miocárdio está comprometido ou inadequado, o músculo primeiro sofre lesões reversíveis, manifestadas por algumas alterações citoplasmáticas (ver adiante). Finalmente, as células sofrem lesão irreversível e morrem (Fig. 1-2). 21 Processos de adaptação celular Alteração no tamanho, volume ou número celular – Atrofia, Hipertrofia, Hiperplasia. Atrofia Diminuição no tamanho da célula Hipertrofia é aumento do tamanho das células e conseqüentemente do tecido e/ou órgão Hiperplasia Aumento no número de células Atrofia Atrofia Diminuição no tamanho da célula 1. Redução de carga do trabalho 2. Perda de inervação 3. Diminuição do suprimento sanguíneo Imobilização óssea Lesão do nervo Atrofia senil encefálica 4. Nutrição inadequada Caquexia 5. Perda de estimulação endócrina Atrofia do endométrio após menopausa 5. Pressão Crescimento de tumor A atrofia resulta da diminuição da síntese proteica e do aumento da degradação das proteínas nas células. Atrofia senil encefálica: encéfalo perde o aporte sanguíneo com a idade, principalmente devido a aterosclerose. 23 HIPERTROFIA Hipertrofia Aumento no tamanho das células Patológica Fonte: unilibras.wordpress.com hiperplasia Hiperplasia Aumento no número de células Fisiológica 1. Hormonal Aumenta a capacidade funcional de um tecido, quando necessário. 2. Compensatória Aumenta a massa tecidual após lesão ou ressecção parcial. Hormonal: aumento do tamanho da mama durante a gravidez. Compensatória: regeneração do fígado. 25 hiperplasia Hiperplasia Aumento no número de células Patológica Excesso de hormônios ou de fatores de crescimento Hiperplasia endometrial ou hiperplasia prostática benigna. Como discutido no Capítulo 7, no câncer, os mecanismos de controle do crescimento tornam-se desregulados ou ineficientes devido às aberrações genéticas, resultando em proliferação irrefreável. Portanto, a hiperplasia é diferente do câncer, porém a hiperplasia patológica constitui um solo fértil no qual a proliferação cancerosa pode surgir posteriormente. Por exemplo, pacientes com hiperplasia do endométrio estão sob risco aumentado de desenvolverem câncer endometrial 26 Processos de adaptação celular Alterações quanto à mudança no seu tipo ou forma celular – Metaplasia e Displasia. Metaplasia é a transformação de uma célula ou tecido em outro com características diferentes Displasia são alterações citológicas atípicas no tamanho e forma das estruturas celulares. metaplasia Metaplasia Mudança no fenótipo da célula Colunar para escamosa Trato respiratório em resposta a irritação crônica Escamosa para colunar Esôfago de Barrett Pseudoestratificado ciliado para escamoso vias respiratórias em decorrência da irritação crônica (fumo)Metaplasia é uma alteração reversível na qual um tipo celular diferenciado (epitelial ou mesenquimal) é substituído por outro tipo celular. Ela representa uma substituição adaptativa de células sensíveis ao estresse por tipos celulares mais capazes de suportar o ambiente hostil. 28 metaplasia Fonte: bvsms.saúde.gov.br Displasia Displasia Mamária desenvolvimento exacerbado das mamas devido a fatores genéticos Displasia fibrosa substituição gradual do tecido ósseo normal e da medula óssea por tecido fibroso, levando a fraturas e deformidades Displasia congênita de quadril alterações quanto ao desenvolvimento do quadril infantil, os quais prejudicam e comprometem a estabilidade da articulação coxofemoral Causas da lesão celular 1. Privação de oxigênio Hipóxia 2. Agentes físicos Queimaduras 3. Agentes químicos e drogas Glicose, sal, veneno. 4. Agentes infecciosos Reações a micro-organismos 5. Alterações genéticas Síndrome de Down 6. Desequilíbrios nutricionais Anorexia Necrose x apoptose - conceito Necrose Apoptose Morte celular programada. Células destinadas a morrer ativam enzimas que degradam seu próprio DNA e as proteínas nucleares e citoplasmáticas. Resulta da desnaturação de proteínas intracelulares e da digestão enzimática das células lesadas letalmente. Necrose x apoptose Fonte: Mazzoni, MKF, 2015. A apoptose é uma via de morte celular induzida por um programa de suicídio estritamente regulado no qual as células destinadas a morrer ativam enzimas que degradam seu próprio DNA e as proteínas nucleares e citoplasmáticas. As células apoptóticas se quebram em fragmentos, chamados corpos apoptóticos, que contêm porções do citoplasma e núcleo. As membranas plasmáticas da célula apoptótica e seus corpos apoptóticos permanecem intactos, mas sua estrutura é alterada de tal maneira que a célula e seus fragmentos tornam-se alvos “atraentes” para os fagócitos. As células mortas e seus fragmentos são rapidamente devorados, antes que seus conteúdos extravasem, e desse modo a morte celular por esta via não inicia uma resposta inflamatória no hospedeiro. O aspecto morfológico da necrose resulta da desnaturação de proteínas intracelulares e da digestão enzimática das células lesadas letalmente (células colocadas imediatamente em fixadores estão mortas, mas não necróticas). As células necróticas são incapazes de manter a integridade da membrana e seus conteúdos sempre extravasam, um processo que pode iniciar inflamação no tecido circundante. As enzimas que digerem a célula necrótica são derivadas dos lisossomos das próprias células que estão morrendo ou dos lisossomos dos leucócitos que são recrutados como parte da reação inflamatória. 34 Necrose x apoptose Característica Necrose Apoptose Tamanho celular Aumentado Reduzido Membrana plasmática Rompida Intacta, porém com estrutura alterada Conteúdos celulares Digestão enzimática. Podem extravasar da célula Intactos. Podem ser liberados em corpos apoptóticos Inflamação adjacente Frequente Nenhuma Papel fisiológico ou patológico Invariavelmente patológico Frequentemente fisiológico 35 Estudo dirigido – aula 1 Qual a definição de fisiopatologia? Diferencie patogênese de curso clínico de uma doença. Qual a diferença de hipertrofia e hiperplasia? Dê exemplos. Explique as causas que podem levar à atrofia de um tecido. Qual o principal tipo de metaplasia? Exemplifique. Diferencie necrose de apoptose, indicando pelo menos dois exemplos clínicos de cada uma. Como a saúde pode ser afetada e os nossos sistemas acometidos pela doença?