Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
ENFERMAGEM EM OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIA DOCENTE: SABRINA LIMA CONSULTA EM GINECOLOGIA: ASPECTOS ÉTICOS A mulher pertence a um dos grupos sociais de maior vulnerabilidade, não somente devido aos aspectos biológicos próprios, mas fundamentalmente aos decorrentes da desinformação, das dificuldades de acesso a programas públicos de qualidade em atenção à saúde reprodutiva,da escassa educação em saúde e, particularmente, da desigualdade de gênero. Em relação às mulheres, o princípio da Autonomia enfatiza o importante papel que devem adotar na tomada de decisões quanto aos cuidados de sua própria saúde. Neste ponto, os médicos deverão observar a vulnerabilidade feminina, questionando expressamente sobre suas escolhas e respeitando suas opiniões, como salienta, desde 1994, a Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia (FIGO). Durante o exame físico, algumas recomendações são aqui apresentadas no que diz respeito ao atendimento de saúde em Ginecologia e Obstetrícia: realizar o exame em local que preserve a privacidade da paciente; respeitar o pudor; respeitar e acatar a solicitação de acompanhante durante o exame físico; quanto ao exame ginecológico, procurar fazê-lo na presença de uma auxiliar de enfermagem ou de acompanhante da paciente; examinar com delicadeza, realizando apenas o contato físico necessário para a avaliação indispensável ao diagnóstico; examinar sem pressa ou insegurança; explanar os procedimentos que serão efetuados e seus objetivos. ANATOMIA E FISIOLOGIA DO APARELHO REPRODUTOR FEMINO ANATOMIA E FISIOLOGIA DO APARELHO REPRODUTOR FEMINO APARELHO GENITAL FEMININO: ORGÃOS EXTERNOS Grandes Lábios são 2 pregas cutâneas, medem de 6 a 10 cm de comprimento e de 1 a 2 cm de largura, são mais largos na frente, diminuindo progressivamente. Sua face externa é recoberta de pêlos e a interna é lisa e rosada. Pequenos Lábios são duas pregas cutâneas, menores que os grandes lábios, de aparência mucosa, rosada e lisa; ao se encontrarem pelas extremidades mais altas formam o Prepúcio e se ligam ao clitóris por uma pequena prega. Clitóris é o órgão erétil feminino, ricamente vascularizado e inervado, lembra um pênis atrofiado. É um ponto muito importante na sexualidade feminina e pode chegar a medir até 1cm. Vestíbulo região delimitada pelas formações labiais, resguardam a abertura da vagina e da uretra. APARELHO GENITAL FEMININO: ORGÃOS EXTERNOS Hímen é uma membrana delgada e perfurada de mucosa altamente vascularizada, localizada na entrada da vagina, com formas e espessuras variadas de uma pessoa para outra, fragmentando-se após algumas relações sexuais, havendo ou não sangramento. Períneo conjunto de estruturas que integram o espaço entre a parte posterior da vulva e o ânus. É o ponto de encontro entre os músculos do assoalho pélvico, importante na sustentação dos órgãos pélvicos APARELHO GENITAL FEMININO: ORGÃOS EXTERNOS Ph da Vagina varia de 4,0 a 4,5 (ácido) devido ao desdobramento do glicogênio do eptélio vaginal em ácido lático, sob a ação dos bacilos de Doderlein, na presença de estrogênio. Secreção: catarro fluído ou clara de ovo, aumenta sob ação estrôgenica (pico ovulatório) e terapia hormonal, secreção das células das gl. Vestibulares de Bartholin durante a excitação sexual. Pode ser tb, amarelado com odor de peixe pode (gardnerella), bolhoso (trichomonas) branco leitoso/grumoso (cândida) ou ainda aspecto de água de carne (tumores). Flora bacteriana: Bacilos de Doderlein, APARELHO GENITAL FEMININO: ORGÃOS INTERNOS VAGINA órgão ímpar, elástico que mede de 9 a 10 cm de comprimento e 2 a 4 cm de largura, se estende do útero à vulva. Possui as funções de elasticidade e contratilidade, órgão de cópula durante as relações sexuais, dá a passagem ao fluxo menstrual e é o canal de parto. ÚTERO Órgão muscular, oco, em forma de pêra, localizado no meio da pelve, com aproximadamente 8 cm de comprimento, 5 cm de largura e 2 cm de espessura, pesa em média 50 g. Encontra-se em anteversoflexão e é móvel. Comunica-se com a vagina através do colo e com a cavidade abdominal através das tubas uterinas. Armazena durante a gravidez o feto em desenvolvimento, além de ser o responsável pelas contrações que auxiliam na expulsão do feto. - FUNÇÕES a. receber o óvulo fertilizado; b. abrigar e nutrir o embrião durante o seu desenvolvimento; d. expulsar o feto no momento do parto. APARELHO GENITAL FEMININO: ORGÃOS INTERNOS TUBAS UTERINAS 2 canais de formação tubular que se interligam entre o corpo do útero em sua porção superior, estendendo-se até os ovários. Tem em média 12 cm de comprimento. - FUNÇÃO: transportar o óvulo fecundado ou não até o útero através de movimentos peristálticos dos cílios vibráteis. Na extremidade temos as Fimbrias, que irão captar o óvulo. OVÁRIOS órgão par, com formato semelhante a amêndoas situados na cavidade pélvica, uma a cada lado do útero, medem em média 3 a 4cm de comprimento, 2 a 2,5 cm de largura, e 1,5 a 2 cm de espessura. - FUNÇÃO: Produzem estrógeno e progesterona que tem um papel fundamental para o funcionamento dos órgãos genitais. Armazenam os óvulos, que são as células reprodutoras femininas e são responsáveis pelo seu amadurecimento e expulsão(ovulação). A atividade dos ovários é controlada pela hipófise. CICLO MENSTRUAL É o intervalo de tempo entre o primeiro dia de uma menstruação e a véspera do primeiro dia da próxima menstruação. Este ciclo varia de 28 a 30 dias, podendo chegar a 21 a 45 dias sem que isto represente uma anormalidade. Menstruação – é a perda da camada funcional do endométrio com duração entre 3 a 5 dias. FASES DO CICLO MENSTRUAL Fase Menstrual – perda da camada funcional do endométrio. - Hormônios envolvidos: queda dos níveis de progesterona e estrogênio. Fase Proliferativa – vai do 5º dia do ciclo até a ovulação (aproximadamente 14º dia) - Ocorre a proliferação do endométrio e amadurecimento do folículo. Fase Secretora – tem início com a ovulação (aproximadamente 14º dia) e se estende até aproximadamente o final do ciclo. - Hormônios Envolvidos (locais de produção) Nos ovários: estrogênio e progesterona Na adeno-hipófise: LH (hormônio luteinizante) Fase Isquêmica ou Pré-Menstrual – o óvulo não é fecundado, o corpo lúteo degenera. - Hormônios Envolvidos: queda dos níveis de progesterona aumento do estrogênio PLANEJAMENTO FAMILIAR E MÉTODOS CONTRACEPTIVOS PLANEJAMENTO FAMILIAR É um conjunto de ações em que são oferecidos todos os recursos, tanto para auxiliar a ter filhos, ou seja, recursos para a concepção, quanto para prevenir uma gravidez indesejada, ou seja, recursos para a anticoncepção. Esses recursos devem ser cientificamente aceitos e não colocar em risco a vida e a saúde das pessoas, com garantia da liberdade de escolha. O planejamento familiar é um direito sexual e reprodutivo e assegura a livre decisão da pessoa sobre ter ou não ter filhos. Não pode haver imposição sobre o uso de métodos anticoncepcionais ou sobre o número de filhos. O planejamento familiar é um direito das pessoas assegurado na Constituição Federal e na Lei n° 9.263, de 12 de janeiro de 1996, que regulamenta o planejamento familiar, e deve ser garantido pelo governo. PLANEJAMENTO FAMILIAR Benefícios do planejamento familiar/contracepção: Prevenir riscos de saúde relacionados à gravidez em mulheres Redução da mortalidade infantil Ajudando a prevenir o HIV/AIDS Reduzir a gravidez na adolescência Crescimento demográfico lento MÉTODOS CONTRACEPTIVOS São maneiras, medicamentos, objetos e cirurgias usados pelas pessoas para evitar a gravidez. Existem métodos femininos e masculinos. A escolha deve ser livre e informada. Não existe um método melhor que o outro, cada um tem vantagens e desvantagens. Assim como também não existe um método 100% eficaz, todos têm uma probabilidade de falha. Dessa forma, um método pode ser adequado para uma pessoa e não ser para outra, por isso a pessoa deve procurar escolher o método mais adequado para si. MÉTODOS CONTRACEPTIVOS Os métodos anticoncepcionais podem ser classificados de várias maneiras. Reconhecem-se dois grupos principais: I - Reversíveis. II - Definitivos. Os métodos reversíveis são: 1 - Comportamentais. 2 - De barreira. 3 - Dispositivos intrauterinos. 4 - Hormonais. 5 - De emergência. Os métodos definitivos são os cirúrgicos: 1 - Esterilização cirúrgica feminina. 2 - Esterilização cirúrgica masculina. MÉTODOS COMPORTAMENTAIS Os métodos comportamentais são aqueles que o casal ou a pessoa pode utilizar para evitar ou obter uma gravidez, identificando o período fértil da mulher. Muco Cervical: O muco é uma secreção produzida pelo colo do útero, que umedece a vagina e, às vezes, aparece na calcinha. Ele varia de aparência em cada período do ciclo menstrual. Aprendendo essas diferenças, é possível saber qual é o período fértil. O método do muco indica a época do ciclo menstrual em que a mulher pode ficar grávida (SMELTZER, 2005). Tabela: A tabela é um método que ajuda a mulher a descobrir a época do mês em que ela pode ficar grávida. Esta época chama-se período fértil. Tabelas prontas não são seguras. A tabela de uma mulher não serve para outra, pois cada uma tem um ciclo menstrual diferente. É importante ter um calendário para marcar a cada mês o início do ciclo menstrual (SMELTZER, 2005). Temperatura Basal: O método da temperatura ajuda a conhecer a época do ciclo menstrual em que a mulher pode ficar grávida (período da ovulação). Ele é feito através da tomada da temperatura do corpo. O corpo feminino sofre uma alteração de temperatura no período da ovulação, ou seja, no período fértil (SMELTZER, 2005). MÉTODOS DE BARREIRA São métodos que colocam obstáculos mecânicos ou químicos à penetração dos espermatozóides no canal cervical. Preservativo masculino: popularmente conhecido como camisinha, é um contraceptivo utilizado no pênis, para recolher o esperma, impedindo-o de entrar no corpo da mulher. A camisinha é descartável e o material do preservativo é composto por látex ou poliuretano. Além de prevenir uma gravidez indesejada, previne também contra doenças sexualmente transmissíveis (DST). Preservativo feminino: conhecido também como “camisinha feminina” é um contraceptivo inserido na vagina antes da penetração do pênis, para impedir a entrada do esperma no útero. O preservativo é pré-lubrificado com silicone, porém, outros lubrificantes, à base de água ou óleo, podem ser usados, para melhorar o desconforto e o ruído que o preservativo feminino pode causar. Esse método contraceptivo também reduz o risco de contrair doenças sexualmente transmissíveis (DST). MÉTODOS DE BARREIRA Diafragma: é um contraceptivo composto por uma membrana de silicone, em forma de cúpula, envolvido por um anel flexível. Existem diafragmas de vários tamanhos, podendo variar entre 50 mm a 105 mm. O diafragma é inserido na vagina antes da relação sexual, impedindo a entrada do esperma no útero. É recomendável que o diafragma seja utilizado junto a um creme ou geleia espermicida, para oferecer maior lubrificação e também para aumentar a eficácia contraceptiva. O diafragma deve permanecer no lugar durante seis a oito horas depois do coito para poder evitar a gravidez, mas deve ser removido dentro de 24 horas. Espermicidas: são substâncias químicas em forma de geleia, creme, comprimido, tablete ou espumas, que devem ser colocadas na vagina 15 minutos antes da relação sexual. Os espermicidas servem como barreira para impedir o contato dos espermatozoides com o útero. Usados isoladamente, os espermicidas não oferecem grande eficácia, mas associados a outros métodos de barreira, como o diafragma, são úteis e oferecem mais proteção. Em algumas mulheres, a substância pode provocar reações alérgicas. MÉTODOS DE BARREIRA Dispositivo Intrauterino (DIU): é um método anticoncepcional constituído por um aparelho pequeno e flexível que é inserido dentro do útero. Ele só pode ser utilizado em pacientes saudáveis e que apresentem exames ginecológicos normais; ausência de vaginites, tumores pélvicos, doença inflamatória pélvica (DIP), etc. Existem vários modelos de DIU, hormonais e não hormonais, e é um contraceptivo que deve ser colocado por um profissional da saúde. MÉTODOS HORMONAIS Os métodos hormonais servem para controlar ou interromper a ovulação, evitando a gravidez, mas não previnem contra doenças sexualmente transmissíveis (DST). Pílula contraceptiva oral combinada: ou simplesmente pílula, como é conhecida popularmente, é um método contraceptivo composto por diferentes tipos de hormônios, que servem para inibir a ovulação e evitar a gravidez. O uso de pílulas anticoncepcionais não é recomendado para mulheres fumantes, ou com pressão arterial elevada, histórico de câncer de mama, fígado, ou câncer endometrial. O melhor tipo de pílula para cada paciente deve ser indicado por um ginecologista. Contraceptivo hormonal injetável: esse método contraceptivo é feito com uma injeção de hormômios, que é administrada uma vez por mês ou a cada três meses, dependendo do tipo de contraceptivo injetável. Esse método é muito eficaz para evitar gravidez. MÉTODOS HORMONAIS Anel vaginal: é um anel fino e flexível e deve ser colocado na vagina, durante três semanas. Na quarta semana, o anel vaginal deve ser removido e, assim, reinserir um novo anel depois de sete dias de pausa. O diâmetro externo é de 54 mm e a espessura é de 4 mm. O anel vaginal contém hormônios como estrogênio e progesterona, que são absorvidos para a circulação e levam à inibição da ovulação. Sua indicação e uso devem ser feitos com o acompanhamento de um ginecologista. Esse método contraceptivo não pode ser utilizado por mulheres que apresentem histórico de coágulos de sangue, derrame ou ataque cardíaco, ou algum tipo de câncer. Adesivos cutâneos com hormônios: são pequenos selos que contêm estrogênio e progesterona. Esses dois hormônios são absorvidos pela pele e vão diretamente para a circulação sistêmica. Os adesivos devem ser usados por 21 dias, seguido de pausa de sete dias. Os benefícios, eficácia e contraindicações são as mesmas para os anéis vaginais e as pílulas. Implante contraceptivo: é um pequeno bastão implantado pelo médico sob a pele, na parte inferior do braço. O procedimento é rápido, feito com anestesia local. Dentro do corpo, o dispositivo libera progesterona. É eficaz por até três anos, mas pode ser removido antes. MÉTODOS DEFINITIVOS LAQUEADURA: É uma cirurgia simples realizada na mulher para evitar a gravidez. É um método anticoncepcional considerado permanente ou irreversível, porque, depois de feita a cirurgia, é muito difícil recuperar a capacidade de ter filhos. Nessa cirurgia, as duas trompas podem ser cortadas e amarradas, cauterizadas, ou fechadas com grampos ou anéis. A ligadura de trompas age impedindo que os espermatozóides se encontrem com o óvulo. Pode ser realizada por diferentes técnicas cirúrgicas. VASECTOMIA: É uma cirurgia simples, segura e rápida, que se faz em homens que não desejam mais ter filhos. É um método anticoncepcional considerado permanente ou irreversível, porque, depois de feita a cirurgia, é muito difícil recuperar a capacidade de ter filhos. Nessa cirurgia, os canais deferentes são cortados e amarrados, cauterizados, ou fechados com grampos. É uma cirurgia simples, que pode ser feita em ambulatório, com anestesia local e o homem não precisa ficar internado. A vasectomia age impedindo que os espermatozóides se encontrem com o óvulo LEUCORREIA E DOENÇAS INFLAMATÓRIA PÉLVICAS LEUCORREIA: - corrimento mucoso esbranquiçado ou amarelado, de origem vulvovaginal, por vezes purulento. DOENÇA INFLAMATÓRIA PÉLVICA (DIP): • É uma doença infecciosa produzida principalmente pela passagem de germes para o trato genital feminino interno através da vagina. Em raras ocasiões o germe atinge o útero, ovários ou tubos através da corrente sanguínea. • Patógenos causam infecção, principalmente nas trompas, raramente nos ovários, produzindo uma pelviperitonitis localizada . • Em alguns casos, são o resultado de interrupções de gravidez realizadas em condições assépticas ruins. Também pode acontecer no parto, na manipulação instrumental do trato genital, laparoscopia, histeroscopia, histerossalpingografia ... • Pode ocorrer após o início da relação sexual com um parceiro novo, quando ele carrega um patógeno, que através da via sexual pode causar estas infecções se o sexo acontecer sem preservativos. LEUCORREIA E DOENÇAS INFLAMATÓRIA PÉLVICAS SINAIS E SINTOMAS: • Dor na parte baixa do abdômen (baixo ventre) e/ou durante a relação sexual. • Dor abdominal e nas costas. • Febre, fadiga e vômitos. • Corrimento vaginal, odor fétido, sangramento vaginal, dor ao urinar. • Às vezes, os sintomas clínicos são latentes, sendo quase assintomáticos e são diagnosticados apenas pela ultra-sonografia dentro de um exame de rotina, ou o estudo da infertilidade, que é realizado em uma mulher que não pode ter filhos. Doenças pélvicas no envolvimento das trompas principal limita bastante a capacidade reprodutiva das mulheres. LEUCORREIA E DOENÇAS INFLAMATÓRIA PÉLVICAS DIAGNÓSTICO: • Suspeita-se doença inflamatória pélvica quando o toque bimanual, o médico detecta leucorréia, dor à pressão nas regiões anexiais (trompas e ovários) ou até mesmo uma massa em uma das fossas ilíacas. • O exame de sangue é outra ferramenta para a detecção de sinais de infecção: leucocitose, velocidade de hemossedimentação aumentada de neutrófilos no sangue ... • Ultra-som ginecológico, e mais especificamente o estudo transvaginal é o exame de diagnóstico (para a imagem mais útil) para estudar essa doença. • Deve colher amostras de fluido vaginal e endocervical, a fim de identificar o organismo causador da infecção LEUCORREIA E DOENÇAS INFLAMATÓRIA PÉLVICAS TRATAMENTO: • Antibióticos; • Anti-inflamatórios; • Anti-térmicos; COMPLICAÇÕES: • Quando o tratamento não for adequado, a doença pode se tornar crônica. Se isso ocorrer, há a formação de pus ou de fluidos (pyosalpinx ou hidrossalpinge) necessitando de cirurgia que inclui a remoção das partes do trato genital que são afetadas. CANCÊR DO COLO DO ÚTERO O câncer do colo do útero, também chamado de câncer cervical, é causado pela infecção persistente por alguns tipos do Papilomavírus Humano - HPV (chamados de tipos oncogênicos). A infecção genital por esse vírus é muito frequente e na maioria das vezes não causa doença. Em alguns casos, ocorrem alterações celulares que podem evoluir para o câncer. Essas alterações são descobertas facilmente no exame preventivo (conhecido também como Papanicolau), e são curáveis na quase totalidade dos casos. Por isso, é importante a realização periódica do exame preventivo. Excetuando-se o câncer de pele não melanoma, é o terceiro tumor maligno mais frequente na população feminina (atrás do câncer de mama e do colorretal), e a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil. CANCÊR DO COLO DO ÚTERO FATORES DE RISCO: • Infecção pelo papilomavírus humano. • Histórico sexual. • Tabagismo • Imunossupressão • Infecção por clamídia • Pílulas Anticoncepcionais • Múltiplas gestações • Idade • Má alimentação CANCÊR DO COLO DO ÚTERO CANCÊR DO COLO DO ÚTERO DIAGNÓSTICO: • Exame pélvico e história clínica: exame da vagina, colo do útero, útero, ovário e reto através de avaliação com espéculo, toque vaginal e toque retal. • Exame Preventivo (Papanicolau) • Colposcopia – exame que permite visualizar a vagina e o colo de útero com um aparelho chamado colposcópio, capaz de detectar lesões anormais nessas regiões • Biópsia – se células anormais são detectadas no exame preventivo (Papanicolau), é necessário realizar uma biópsia, com a retirada de pequena amostra de tecido para análise no microscópio. TRATAMENTO: • Entre os tratamentos para o câncer do colo do útero estão a cirurgia, a quimioterapia e a radioterapia. O tipo de tratamento dependerá do estadiamento (estágio de evolução) da doença, tamanho do tumor e fatores pessoais, como idade da paciente e desejo de ter filhos. CANCÊR DE MAMA O câncer de mama ocorre quando as células deste órgão passam a se dividir e se reproduzir muito rápido e de forma desordenada. A maioria dos cânceres de mama acomete as células dos ductos das mamas. Há vários tipos de câncer de mama. Alguns têm desenvolvimento rápido, enquanto outros crescem lentamente. A maioria dos casos, quando tratados adequadamente e em tempo oportuno, apresentam bom prognóstico. O câncer de mama também acomete homens, porém é raro, representando apenas 1% do total de casos da doença. CANCÊR DE MAMA FATORES DE RISCO: • sexo feminino, • idade crescente, • história pessoal de câncer de mama, • história familiar de câncer de mama, • mutação genética, • menarca precoce, • menopausa tardia, • nuliparidade, •terapia hormonal, •exposição à radiação ionizante, •história de doença mamária proliferativa benigna, •obesidade, CANCÊR DE MAMA SINAIS E SINTOMAS: •. presença de nódulo firme habitualmente indolor; • secreção mamilar espontânea - sanguinolenta, clara ou serosa; • assimetria mamária - mudança no tamanho ou formato da mama ou contornos anormais; • retração ou descamação mamilar; • dor, ulceração, edema, pele em casca de laranja, em virtude da interferência com a drenagem linfática CANCÊR DE MAMA DIAGNÓSTICO: São consideradas como técnicas para determinar o diagnóstico de câncer de mama os seguintes exames: • Exame Clínico da Mama • Mamografia • Galactografia • Ultrassonografia • Ressonância Magnética • Procedimentos para Análise de Tecido ( Biopsia) CANCÊR DE MAMA TRATAMENTO: • As modalidades terapêuticas disponíveis atualmente são a cirúrgica, a radioterápica para o tratamento loco-regional e a quimioterapia para o tratamento sistêmico; • A indicação de diferentes tipos de cirurgia depende do estadiamento clínico e do tipo histológico CUIDADOS DE ENFERMAGEM EM GINECOLOGIA • Realizar anamnese e exame físico • Reconhecer e descrever sinais e sintomas; • Auxiliar o profissional ginecologista/obstetra • Executar prescrições e atualizar prontuários; • Atuar no controle e prevenção de infecções hospitalares; • Preparar pacientes para consultas e exames complementares; • Preparar instrumentos e auxiliar a equipe técnica em procedimentos. TÉCNICAS DE ENFERMAGEM UTILIZADAS EM GINECOLOGIA INSTILAÇÃO VAGINAL: - Medicações usadas no canal vaginal, podendo ser supositórios, cremes, geleias, espumas, irrigações ou comprimidos. CURATIVO GINECOLÓGICO/ TAMPÃO VAGINAL: - Os tamponamentos vaginais são práticas utilizaa como forma de combater hemorragias e constituem métodos simples, seguros e prestantes de hemostasia operatória, tanto profilática como curativa. RETIRADA DE PONTOS TÉCNICAS DE ENFERMAGEM UTILIZADAS EM GINECOLOGIA COLETA DE MATERIAL PARA EXAME CITOLÓGICO: REFERÊNCIAS REZENDE, J. Obstétrica Fundamental. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002. LEVENO, Kenneth J. Manual de Obstetrícia de Williams. Porto Alegre, Artmed, 2005. 21a edição. SMITH, R. P. Ginecologia e Obstetrícia de Netter. Porto Alegre, Artmed, 2004. BRUNNER & SUDDARTH. Tratado de Enfermagem Médico-Cirúrgica. 12 ed. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan. 2011. 3v.