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2019 CB2

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Sumário 
 
BIOLOGIA 
BOTÂNICA E ECOLOGIA ________________________________________ 7 
CITOLOGIA E GENÉTICA _______________________________________ 51 
EVOLUÇÃO E ZOOLOGIA ______________________________________ 97 
FÍSICA 
CINEMÁTICA ________________________________________________ 125 
DINÂMICA __________________________________________________ 143 
GEOGRAFIA 
GEOGRAFIA DO BRASIL ______________________________________ 153 
GEOGRAFIA GERAL __________________________________________ 185 
HISTÓRIA 
HISTÓRIA ANTIGA ___________________________________________ 211 
HISTÓRIA DO BRASIL ________________________________________ 233 
HISTÓRIA MODERNA _________________________________________ 267 
MATEMÁTICA 
ÁLGEBRA I _________________________________________________ 287 
ÁLGEBRA II _________________________________________________ 301 
ARITMÉTICA I _______________________________________________ 315 
ARITMÉTICA II _______________________________________________ 337 
GEOMETRIA ________________________________________________ 353 
PORTUGUÊS 
LITERATURA ________________________________________________ 375 
GRAMÁTICA ________________________________________________ 385 
PRÁTICAS DE ESCRITA _______________________________________ 431 
QUÍMICA 
QUÍMICA ESTRUTURAL _______________________________________ 451 
QUÍMICA QUALITATIVA _______________________________________ 487 
QUÍMICA QUANTITATIVA ______________________________________ 549 
 
 
 
 
 
BOTÂNICA E ECOLOGIA 
Professor Victor Keller
 
 
8 
Ciclo Básico – Apostila 2 
Biologia 
 CAPÍTULO 5 – POPULAÇÕES
A dinâmica das populações 
Para a Ecologia, uma população é o 
conjunto de seres vivos da mesma espécie 
que vive em um determinado local. Sendo 
assim, populações coexistem e formam as 
comunidades. Neste capítulo, iremos estudar a 
interação entre as populações e as mudanças 
que nelas ocorrem a partir dessas interações, 
ou seja, a dinâmica das populações ao longo 
do tempo. 
No estudo da dinâmica de populações, 
deve-se analisar a estrutura populacional, 
por exemplo, o número de indivíduos, sua 
distribuição espacial, idade e tamanho dos 
indivíduos, proporção entre os sexos, e 
também a densidade populacional, que diz 
respeito ao número de indivíduos daquela 
espécie que vive em uma unidade de área ou 
volume. 
A densidade populacional é afetada por 
quatro fatores: taxa de natalidade (TN), taxa 
de mortalidade (TM), taxa de imigração (TI) e 
taxa de emigração (TE). 
As taxas de natalidade e de imigração 
aumentam o número de indivíduos e, 
consequentemente, contribuem com o 
aumento da densidade. Já as taxas de 
mortalidade e emigração, diminuem o número 
de indivíduos e, consequentemente, 
contribuem para a diminuição da densidade 
populacional. 
A partir da relação entre essas taxas, é 
possível analisar a Taxa de Crescimento (TC) 
de uma população. Para isso, utilizamos a 
expressão: 
TC = (TN + TI) - (TM + TE) 
Caso o resultado da Taxa de 
Crescimento seja positivo, diz-se que a 
população está em crescimento. Caso seja 
negativo, diz-se que a população está em 
declínio. Finalmente, caso TC=0, ou seja, a 
soma entre taxa de imigração e natalidade 
seja igual à soma entre taxa de emigração e 
mortalidade, diz-se que a população está em 
equilíbrio. 
 
Fatores que regulam a dinâmica de 
populações 
● Fatores dependentes de densidade 
populacional: 
 
 
9 
BOTÂNICA E ECOLOGIA 
Capítulo 5 
Quanto maior a quantidade de indivíduos 
por área, maior o efeito regulador desses 
fatores. 
A competição é um exemplo de fator 
dependente de densidade. Quanto maior a 
densidade de uma população, maior é a 
competição entre os indivíduos pelos recursos 
necessários à sua sobrevivência. Numa 
situação de alta densidade populacional, 
mecanismos reguladores tendem a diminuir a 
densidade. Um exemplo disso ocorre entre 
insetos quando o alimento fica escasso e a 
consequência disso é a menor produção de 
ovos. 
A predação é outro fator regulador 
dependente de densidade. Um grande número 
de indivíduos por área atrai muitos 
predadores, que, ao se alimentarem, levam à 
diminuição da densidade populacional de 
presas. Temos um exemplo da representação 
gráfica dessa dinâmica populacional no 
capítulo 4, no tópico sobre predação. 
Parasitismos e doenças também servem 
para regular densidade populacional. Alta 
densidade populacional favorece muito a 
disseminação de doenças, e o aumento de 
mortalidade causada por elas proporciona a 
diminuição da densidade, após certo tempo. 
 
● Fatores independentes de densidade 
populacional: 
Correspondem a mudanças de elementos 
abióticos do ambiente que influenciam no 
número de indivíduos de uma determinada 
área. São exemplos as geadas, nevascas, 
secas prolongadas, chuvas excessivas, 
avalanches, terremotos, incêndios, inundação, 
entre outros. 
Crescimento populacional 
O crescimento de uma população é 
regulado por dois fatores que agem 
antagonicamente: o potencial biótico e a 
resistência ambiental. 
 
● Potencial biótico 
É a capacidade potencial de uma 
população de aumentar numericamente em 
condições ambientais favoráveis. Inclui-se aqui 
a capacidade de reprodução, habilidade de 
ocupar novos hábitats (migração), capacidade 
de se defender de predadores e de doenças. 
Ou seja, o potencial biótico faz com que a 
população tenda a crescer. 
 
● Resistência ambiental 
É a combinação de fatores bióticos e 
abióticos que tendem a limitar o crescimento 
 
 
10 
Ciclo Básico – Apostila 2 
Biologia 
da população. Exemplos são a escassez de 
alimento, de água, de espaço, as doenças e 
as interações desarmônicas (como a 
competição, parasitismo, predação). 
Observe o gráfico abaixo que apresenta a 
curva de potencial biótico e a resistência do 
meio (ou ambiental). Como resultado, temos a 
curva de crescimento real de uma 
população. 
 
http://questoesbiologicas.blogspot.com.br/2015/11/bi
ologia-uesb.html 
Gráfico do crescimento populacional. 
Note que no início da curva a população se 
multiplica rapidamente até atingir o ponto de 
velocidade máxima do crescimento. No 
entanto, a medida que o crescimento continua, 
a taxa de crescimento sofre desaceleração, 
aumentando mais lentamente. Isso ocorre a 
medida que a curva se aproxima da 
capacidade de suporte do ambiente, que 
seria o número máximo de indivíduos que o 
ambiente suporta. Por isso, ao atingir essa 
capacidade de suporte, o crescimento tende a 
se manter constante. 
Dizemos que essa é uma curva em S, ou 
sigmoide. É importante perceber que as 
populações enfrentam fatores que perturbam o 
crescimento, causando leves flutuações ao 
longo dos anos, o que faz com que na verdade 
o crescimento não seja linear. A representação 
da curva em S representa um padrão de 
crescimento da população. 
Caso a resistência do ambiente seja 
retirada, como numa situação artificial de 
laboratório, em que não há predadores, as 
condições climáticas são ideais e a 
disponibilidade de alimento é praticamente 
ilimitada, a curva de crescimento populacional 
se assemelha a um J. Contudo, o crescimento 
da população encontra a resistência ambiental 
eventualmente, pois, mesmo em uma situação 
de laboratório ocorrem limitações, como de 
espaço, por exemplo. 
É possível que populações com 
crescimento de curva em J declinem 
rapidamente após atingir o ápice. Por 
exemplo, uma população de ratos que não tem 
predadores no ambiente em que estão, cresce 
rapidamente numa explosão populacional. 
Porém, ao esgotar o alimento devido o 
http://questoesbiologicas.blogspot.com.br/2015/11/biologia-uesb.html
http://questoesbiologicas.blogspot.com.br/2015/11/biologia-uesb.html
 
 
11 
BOTÂNICA E ECOLOGIA 
Capítulo 5 
consumo elevado, ocorre a morte por falta de 
alimento e o número populacional decai 
drasticamente, podendo chegar à extinção. 
 
Adaptado de: 
http://biolilian.blogspot.com.br/2016/06/Gráfico com curva de crescimento populacional em J 
e rápido decaimento da população. 
 
 
LISTA DE EXERCÍCIOS 5 
1. (Fuvest) Em 1910, cerca de 50 indivíduos 
de uma espécie de mamíferos foram 
introduzidos numa determinada região. O 
gráfico abaixo mostra quantos indivíduos 
dessa população foram registrados a cada 
ano, desde 1910 até 1950. 
 
Fonte: BSCS Biology – An ecological 
approach. 
Kendal/Hunt Pub.Co, 5th ed., 2006. 
Adaptado. 
 
Esse gráfico mostra que, 
a) desde 1910 até 1940, a taxa de 
natalidade superou a de mortalidade em 
todos os anos. 
b) a partir de 1938, a queda do número de 
indivíduos foi devida à emigração. 
c) no período de 1920 a 1930, o número de 
nascimentos mais o de imigrantes foi 
equivalente ao número de mortes mais o de 
emigrantes. 
d) no período de 1935 a 1940, o número de 
nascimentos mais o de imigrantes superou o 
número de mortes mais o de emigrantes. 
http://biolilian.blogspot.com.br/2016/06/
 
 
12 
Ciclo Básico – Apostila 2 
Biologia 
e) no período de 1910 a 1950, o número de 
nascimentos mais o de imigrantes superou o 
número de mortes mais o de emigrantes. 
2. (UFPE) O crescimento de uma população 
é ilustrado no gráfico abaixo. Em relação a 
este assunto, indique as proposições 
verdadeiras. 
 
 
( ) O crescimento da população em A é 
menor do que em B; no segmento A, o 
número inicial de organismos capazes de se 
reproduzir é pequeno. 
( ) O segmento B mostra que a população 
adquire maior velocidade de crescimento; 
fala-se em crescimento exponencial. 
( ) No segmento C, a população se 
aproxima dos limites impostos pelo ambiente. 
( ) No segmento D da curva, evidencia-se 
que ocorrem pequenas oscilações em torno 
da situação de equilíbrio. 
( ) Em E, seta indicativa, ilustra-se o 
crescimento esperado, caso não existisse 
resistência ambiental. 
 
3. (UEL-PR) Sobre uma população 
ecológica em declínio, é correto afirmar que: 
a) Ou a taxa de mortalidade ou a de 
emigração, ou ambas, devem estar 
suplantando a soma das taxas de natalidade 
e de imigração. 
b) Ou a taxa de natalidade ou a de 
imigração devem estar suplantando a soma 
das taxas de mortalidade e de emigração. 
c) A soma das taxas de natalidade e 
imigração deve estar suplantando a soma 
das taxas de mortalidade e de emigração. 
d) O declínio é resultado de uma emigração 
menor. 
e) As taxas de emigração e imigração não 
influenciam o tamanho populacional. 
 
4. (UPF) “Nas últimas décadas, a sociedade 
parece ter finalmente despertado para os 
problemas ambientais causados pelo grande 
aumento na exploração de recursos naturais 
pela humanidade. Estamos tomando 
consciência de que é preciso fazer algo para 
evitar a degradação completa do ambiente 
 
 
13 
BOTÂNICA E ECOLOGIA 
Capítulo 5 
em nosso planeta. Nesse contexto, os 
conhecimentos básicos de Ecologia são 
fundamentais para tentarmos reverter alguns 
dos graves problemas que nós mesmos 
provocamos”. (AMABIS; MARTHO, 2010) 
 
Associe os termos de ecologia apresentados 
na coluna 1 aos seus respectivos conceitos 
apresentados na coluna 2. 
 
A sequência correta de preenchimento dos 
parênteses, de cima para baixo, é: 
 
a) 1 – 2 – 5 – 3 – 4 – 6. 
b) 6 – 2 – 1 – 5 – 4 – 3. 
c) 5 – 4 – 1 – 6 – 3 – 2. 
d) 3 – 5 – 6 – 1 – 2 – 4. 
e) 6 – 4 – 5 – 1 – 3 – 2. 
 
5. (UFRJ) Em um ecossistema lacustre 
habitado por vários peixes de pequeno porte, 
foi introduzido um determinado peixe 
carnívoro. A presença desse predador 
provocou variação das populações de seres 
vivos ali existentes, conforme mostra o 
gráfico ao lado. 
 
A curva que indica a tendência da variação 
da população de fitoplâncton nesse lago, 
após a introdução do peixe carnívoro, é a 
identificada por: 
 
 
 
(A) W 
(B) X 
 
 
14 
Ciclo Básico – Apostila 2 
Biologia 
(C) Y 
(D) Z 
 
6. (UFPB) A estrutura das populações não é 
estática e mudanças bióticas e abióticas 
podem levar a um aumento ou diminuição 
dos componentes dessas populações ao 
longo do tempo. A análise dessas variações 
pode ser observada pelo estudo da dinâmica 
das populações, como mostra o gráfico a 
seguir:. 
 
 
Analisando o gráfico a partir da literatura 
sobre o tema abordado, é correto afirmar que 
a população: 
 
a) cresce independente da competição entre 
os indivíduos. 
b) não apresenta, no ponto B, os efeitos da 
idade dos indivíduos. 
c) cresce pouco até o ponto A, devido à 
elevada idade dos indivíduos. 
d) não sofre os efeitos da mortalidade dos 
seus representantes. 
e) tende, ao longo do tempo, ao equilíbrio, 
devido à capacidade de suporte do ambiente. 
 
7. (FUVEST) Considere as seguintes curvas 
de crescimento das populações de duas 
espécies A e B, sabendo que A foi 
introduzida na ilha X e B na ilha Y. 
Analisando as curvas, discuta o que pode 
explicar as semelhanças e diferenças no 
desenvolvimento das duas 
populações. 
 
 
15 
BOTÂNICA E ECOLOGIA 
Capítulo 5 
 8. (UNESP) Leia atentamente os três textos 
e analise o gráfico. 
 
I. Pela primeira vez na história, os 
empresários deparam-se com limites reais de 
crescimento econômico e de consumo, 
impostos por questões relacionadas à 
natureza. Todo produto que chega ao 
consumidor, seja um carro, um tênis ou uma 
xícara de café, tem origem na extração ou 
colheita de bens da natureza. Esses bens, a 
água, as terras cultiváveis, as florestas, são 
finitos. 
(Veja, 09.06.2010. Adaptado.) 
 
II. A população mundial era de cerca de 250 
milhões de habitantes no ano 1 da era cristã. 
Em 1999, chegou a 6 bilhões, e poderá 
alcançar 9 bilhões em 2050. Alguns autores 
consideram que a racionalidade humana e os 
avanços tecnológicos são capazes de 
resolver os problemas ambientais em uma 
situação de crescimento populacional. 
Afirmam que as taxas de mortalidade vão 
continuar caindo, o bem-estar vai continuar 
aumentando e que o crescimento 
populacional contribui para o 
desenvolvimento humano a longo prazo. 
(opensadorselvagem.org. Adaptado.) 
 
III. Alguns autores consideram que a 
espécie humana expandiu-se a tal ponto que 
ameaça a existência dos outros seres. 
Tornou-se uma praga que destrói e ameaça 
o equilíbrio do planeta. E a Terra reagiu. O 
processo de eliminação da humanidade já 
está em curso e vai se dar pela combinação 
do agravamento do efeito estufa com 
desastres climáticos e a escassez de 
recursos. “Bilhões de nós morrerão e os 
poucos casais férteis de pessoas que 
sobreviverão estarão no Ártico, onde o clima 
continuará tolerável”, afirmam. 
(opensadorselvagem.org. Adaptado.) 
 
9. (UEL) Os seres humanos modificam o 
ambiente para uso dos recursos naturais, 
criando impactos sobre os ecossistemas. O 
gráfico a seguir mostra um exemplo 
hipotético da interferência humana sobre a 
 
 
16 
Ciclo Básico – Apostila 2 
Biologia 
fauna local em um determinado rio com 
nascente na floresta nativa. 
 
a) Com base no gráfico, explique as 
variações das populações A e B. 
b) No contexto do exemplo dado na questão, 
esquematize uma cadeia alimentar em um 
ambiente aquático de uma floresta nativa. 
 
 
 
BOTÂNICA E ECOLOGIA 
Capítulo 6 
CAPÍTULO 6 – COMUNIDADES 
 
Sucessão ecológica 
 
Como já definimos no primeiro capítulo, 
uma comunidade é composta por diversas 
populações, e diversas comunidades em 
conjunto com o ambiente formam um 
ecossistema. Ou seja, as comunidades são 
unidades vivas dentro do ecossistema, e 
passam por modificações ao longo do tempo, 
tornando-se mais maduras. A essas 
modificações de uma comunidade, que vão de 
estágios iniciais de seu estabelecimento até 
estágios mais avançados e permanentes, 
damos o nome de sucessão ecológica. 
A sucessão tem início no povoamento, 
um estágio chamado acese, compostos por 
populações animas e vegetais pioneiras de 
povoamento. Ao mesmo tempo em que tais 
populações são influenciadas pelo ambienteno 
qual estão, elas também atuam sobre esse 
ambiente, provocando alterações as quais 
podem gerar condições favoráveis à instalação 
de novas espécies na comunidade, porém, 
desfavoráveis à manutenção de espécies que já 
estão lá. A essas sequências de comunidades 
que vão se instalando, damos o nome de séries 
ou seres. Dessa forma, ocorrem mudanças nas 
comunidades, sendo os estágios pioneiros 
seguidos por séries de comunidades mais 
maduras até que se torne estável, 
estabelecendo então a comunidade clímax, 
que apresenta grande diversidade de espécies. 
Quando a sucessão se inicia numa 
área estéril, onde as condições são inicialmente 
desfavoráveis, ocorre uma sucessão primária. 
Mas é possível que a sucessão se inicie num 
local onde já há condições minimamente 
favoráveis, pois já havia vida no local (como um 
campo abandonado ou área incendiada), o que 
faz com que os estágios sejam mais curtos e a 
estabilidade seja atingida mais rápido. A esse 
tipo de sucessão damos o nome de sucessão 
secundária. 
Um exemplo de sucessão primária 
pode ser observada numa grande rocha nua. A 
sua superfície é muito desfavorável a diversas 
espécies de plantas, pois a água das chuvas 
escorre ou evapora com facilidade. Os 
organismos pioneiros que resistem a essa 
condição são os liquens, que são associações 
de algas com fungos, capazes de sobreviver 
em locais inóspitos. Eles desagregam a 
superfície da rocha pela eliminação de ácidos 
orgânicos, formando uma fina camada de solo. 
Então, estabelecem-se pequenas plantas 
terrestres, como musgos e gramas, e é 
possível observar um tapete verde sobre a 
rocha. Em alguns locais dessa grande rocha 
acumula maior quantidade de terra, que 
permite enraizamento de plantas maiores, 
podendo se estabelecer arbustos e árvores 
com o tempo. 
 
http://www.cienciasnatureza.com/2013/01/lique
n-indicador-da-qualidade-do-ar.html 
http://www.cienciasnatureza.com/2013/01/liquen-indicador-da-qualidade-do-ar.html
http://www.cienciasnatureza.com/2013/01/liquen-indicador-da-qualidade-do-ar.html
 
 
18 
Ciclo Básico – Apostila 2 
Biologia 
Liquens sobre pedra. 
Ao longo da sucessão ecológica é 
possível observar tendências. A composição de 
espécies muda rapidamente no início, depois 
muda mais lentamente. O tamanho dos 
indivíduos tende a aumentar com o passar do 
tempo, assim como vimos no nosso exemplo 
da rocha nua, em que liquens, musgos e 
gramas davam lugar a arbustos e árvores. A 
diversidade de espécies também aumenta e 
atinge seu maior número na comunidade 
clímax. A biomassa total aumenta, e, 
consequentemente, a produtividade primária 
bruta também, até se estabilizar no clímax. A 
taxa de respiração da comunidade aumenta, e 
a razão de fotossíntese/respiração (F/R) que no 
início é de F > R passa para F = R. Como no 
início da sucessão há predomínio de 
produtores, a produtividade líquida é alta no 
início, mas conforme caminha para o clímax, 
vão se instalando mais consumidores, o que 
eleva o consumo e faz com que a produtividade 
líquida diminua e seja quase nula no clímax. 
Devido ao aumento da diversidade de 
espécies, as teias tróficas vão se 
complexificando, ficando mais elaboradas. 
Acredita-se que a estabilidade das 
comunidades clímax deve-se principalmente à 
sua alta diversidade de espécies. Quanto mais 
espécies houver numa comunidade, maiores 
serão as relações existentes nesse 
ecossistema, mais nichos existirão, e 
consequentemente, mais difícil será para uma 
mudança afetar negativamente o ecossistema 
como um todo. Imagine um lago com muitas 
espécies de peixes herbívoros, cada uma 
adaptada a se alimentar de um tipo de alga. 
Caso ocorra alguma mudança com a 
composição de algas do lago, apenas alguns 
peixes irão sentir a mudança, não todos eles, o 
que permite manter o lago sem modificações 
significativas de populações de peixes. 
 
Espécies invasoras 
Um modo de desequilibrar 
ecossistemas é pela introdução de espécies 
num determinado local ao qual não pertencem. 
Essas espécies invasoras são espécies 
exóticas que causam prejuízo a espécies já 
presentes no habitat no qual foram inseridas. 
Isso ocorre pois, como elas não pertencem ao 
local, precisam estabelecer relações e interagir 
com as demais espécies nativas e com o 
ambiente para conseguir sobreviver, e acabam 
desequilibrando as relações já existentes. 
As consequências da introdução de 
uma espécie exótica em um ecossistema são 
difíceis de prever: além de ocupar o espaço 
anteriormente ocupado pelas populações 
presentes naquela dada área, espécies 
invasoras podem alterar a dinâmica de uma 
comunidade de forma irreversível. A nova 
espécie pode, por exemplo, ser muito mais 
eficiente do que as espécies nativas na 
utilização dos recursos daquele ambiente, 
competindo com as espécies nativas, cuja 
abundância diminuirá. A espécie exótica pode, 
ainda, não ter predadores naturais no novo 
ambiente, o que acelera muito seu crescimento 
 
 
19 
BOTÂNICA E ECOLOGIA 
Capítulo 6 
populacional, afetando a dinâmica de 
populações do local. Tanto a competição com 
espécies nativas quanto o crescimento 
populacional acelerado da população da 
espécie invasora caracterizam um desequilíbrio 
ecológico. 
A introdução de espécies exóticas pode 
ser feita pelo homem, acidentalmente ou 
intencionalmente. Abaixo temos dois casos de 
espécies invasoras levadas pelo homem. 
 
Mexilhão-dourado (Limnoperna fortunei) 
 
http://mikamienvironmentalblog.blogspot.com.br/2014
/08/biodiversity-biodiversidade-215.html 
Mexilhões-dourados. 
 
O mexilhão-dourado é um pequeno 
bivalve de água doce com cerca de 4cm, 
originário do sul da Ásia. Em 1991 foi feito o 
primeiro registro de sua presença na América 
do Sul, na foz do rio da Prata. Acredita-se que 
o molusco tenha chegado à América do Sul por 
meio das rotas de transporte marítimo: quando 
um navio de carga sai descarregado do porto, 
enchem-no com água para que possa viajar 
com estabilidade, sem o risco de virar. Ao 
chegar ao seu porto de destino, essa água é 
despejada para que o navio suporte a carga 
sem afundar. Junto com essa água são 
liberados no ambiente milhares de organismos 
aquáticos – entre eles, o mexilhão-dourado. 
O mexilhão não tem predadores na 
América do Sul, o que permite que ele se 
reproduza e aumente em número rapidamente. 
Além disso, os mexilhões são filtradores, e 
como sua população cresce bastante, sobra 
pouco alimento para outras espécies 
filtradoras. 
Além dos problemas ambientais, o 
mexilhão causa problemas econômicos. 
Possuem estruturas que permitem a eles se 
fixar em praticamente qualquer substrato, como 
tubulações. Em 2001 populações dessa 
espécie invadiram tubulações da usina de 
Itaipu, trazendo prejuízos. Em Porto Alegre 
(RS) esses bivalves ocorrem incrustrados nas 
tubulações de captação de água do Rio 
Guaíba, prejudicando a vazão da água. Para 
solucionar o problema, mergulhadores fazem 
de dois e dois meses a limpeza dos canos, 
removendo os animais. 
Coelhos na Austrália 
 
 
20 
Ciclo Básico – Apostila 2 
Biologia 
 
http://www.mdig.com.br/index.php?itemid=20820 
Coelho da Austrália. 
 
Em 1859, o caçador Thomas Austin 
levou 24 coelhos europeus selvagens da 
Inglaterra para sua fazenda na Austrália, por 
querer divertir-se caçando “algo familiar”. 
Cruzou-os com coelhos domésticos e manteve 
os bichos em um curral. No entanto, vários 
exemplares fugiram, multiplicaram-se pela ilha 
e viraram uma praga. Em 1865 20.000 coelhos 
foram abatidos na fazenda de Austin. Por volta 
de 1900, algumas centenas de milhões de 
coelhos já se espalhavam por toda a ilha. 
Bastante resistentes, os coelhos já extinguiram 
pastos inteiros na Austrália, gerando perdas 
imensas aos agricultores. Na década de 50 o 
governo australiano tentou um controle 
biológico com os coelhos, por meio da 
introdução de umvírus letal a eles. Após um 
determinado tempo, os coelhos tornaram-se 
resistentes ao vírus, e este, menos letal aos 
coelhos. Hoje, os coelhos somam 
aproximadamente 300 milhões de indivíduos. 
LISTA DE EXERCÍCIOS 6 
1. (ENEM) Uma pesquisadora deseja 
reflorestar uma área de mata ciliar quase que 
totalmente desmatada. Essa formação vegetal 
é um tipo de floresta muito comum nas 
margens de rios dos cerrados no Brasil central 
e, em seu clímax, possui vegetação arbórea 
perene e apresenta dossel fechado, com pouca 
incidência luminosa no solo e nas plântulas. 
Sabe-se que a incidência de luz, a 
disponibilidade de nutrientes e a umidade do 
solo são os principais fatores do meio ambiente 
físico que influenciam no desenvolvimento da 
planta. Para testar unicamente os efeitos da 
variação de luz, a pesquisadora analisou, em 
casas de vegetação com condições 
controladas, o desenvolvimento de plantas de 
10 espécies nativas da região desmatada sob 
quatro condições de luminosidade: uma sob sol 
pleno e as demais em diferentes níveis de 
sombreamento. Para cada tratamento 
experimental, a pesquisadora relatou se o 
desenvolvimento da planta foi bom, razoável ou 
ruim, de acordo com critérios específicos. Os 
resultados obtidos foram os seguintes: 
 
 
 
a) a espécie 8 é mais indicada que a 1, uma 
vez que aquela possui melhor adaptação a 
regiões com maior incidência de luz. 
b) recomenda-se a utilização de espécies 
pioneiras, isto é, aquelas que suportam alta 
incidência de luz, como as espécies 2, 3 e 5. 
c) sugere-se o uso de espécies exóticas, pois 
somente essas podem suportar a alta 
http://www.mdig.com.br/index.php?itemid=20820
 
 
21 
BOTÂNICA E ECOLOGIA 
Capítulo 6 
incidência luminosa característica de regiões 
desmatadas. 
d) espécies de comunidade clímax, como as 4 
e 7, são as mais indicadas, uma vez que 
possuem boa capacidade de aclimatação a 
diferentes ambientes. 
e) é recomendado o uso de espécies com 
melhor desenvolvimento à sombra, como as 
plantas das espécies 4, 6, 7, 9 e 10, pois essa 
floresta, mesmo no estágio de degradação 
referido, possui dossel fechado, o que impede 
a entrada de luz. 
 
2. (PUC-RJ) Os pássaros a seguir são de 
espécies diferentes e coexistem na mesma 
floresta. Cada um deles se alimenta de insetos 
de espécies diversas que vivem em diferentes 
locais da mesma árvore. 
 
 
 
Isto é possível porque: 
a) apresentam protocooperação. 
b) competem entre si. 
c) ocupam nichos ecológicos diferentes. 
d) ocupam diferentes habitats. 
e) apresentam parasitismo. 
 
3. (Ufpb 2012) Com o passar dos anos, 
observa-se que os diferentes ambientes sofrem 
modificações, ocasionadas tanto por 
fenômenos naturais como pela interferência 
humana. A esse processo denomina-se 
sucessão ecológica. A figura a seguir 
representa o esquema de uma sucessão 
ecológica: 
 
 
 
Com base na figura e nos conhecimentos 
acerca desse processo, é correto afirmar: 
 
a) A comunidade que se estabelece, ao final da 
sucessão ecológica, é a mais estável possível. 
b) As espécies que iniciam o processo de 
sucessão ecológica são denominadas espécies 
clímax. 
c) A diversidade de espécies da comunidade 
que se estabelece é mantida. 
d) As relações ecológicas entre as espécies 
que se estabelecem diminuem. 
e) As mudanças que ocorrem na população 
não alteram o ambiente. 
 
4. (UFGO) Leia o texto a seguir: 
“Achantina fulica é conhecida como caramujo 
gigante africano e está inserida na lista da 
União para a Conservação da Natureza como 
uma das cem piores espécies do planeta 
devido ao alto poder invasor. Esse molusco foi 
introduzido no Brasil há cerca de vinte anos 
como opção para criação de escargot. 
Atualmente, está presente em 15 estados, nos 
quais já causou danos para o ambiente e para 
a agricultura. Esses fatos estão estimulando a 
discussão pelo Ministério da Agricultura de 
como controlar e erradicar a A. fulica.” 
IBAMA. Ofício n. 006/03, 17 de jan. de 2003. 
[Adaptado]. 
 
De acordo com o texto, atualmente, a curva de 
crescimento populacional de Achantina fulica é: 
 
 
22 
Ciclo Básico – Apostila 2 
Biologia 
a) 
 
 
b) 
 
 
c) 
 
 
d) 
 
 
e) 
 
 
 
5. (UFJF) Recifes de corais são conhecidos por 
sua beleza e grande diversidade. O Programa 
de Recifes Artificiais de Corais do Paraná 
instalou estruturas pré-fabricadas de concreto 
na região costeira do Estado. O objetivo é atrair 
peixes e organismos marinhos, criando 
ecossistemas artificiais semelhantes aos 
substratos rochosos, beneficiando as 
atividades de mergulho, pesca esportiva e 
profissional, contribuindo para a conservação 
da biodiversidade e dos recursos pesqueiros 
através da criação de áreas de proteção. Esse 
projeto tem sua sustentação teórica no 
processo de sucessão ecológica. 
 
a) Considerando apenas a absorção de gás de 
efeito estufa, qual período (ano) da sucessão 
seria mais benéfico ao ecossistema? Justifique. 
b) Qual a diferença entre as sucessões 
ecológicas que ocorrem nos recifes artificiais e 
o que ocorre na boca de quem fica sem 
escovar os dentes por alguns dias? 
 
 
6. (UFRJ) A tabela a seguir apresenta as 
composições relativas dos hábitos alimentares 
de quatro espécies A, B, C e D. 
 
 
Duas das quatro espécies apresentadas na 
tabela não vivem em simpatria, ou seja, não 
ocupam a mesma área geográfica; diversas 
tentativas de introduzir uma dessas duas 
espécies na área ocupada pela outra 
fracassaram. 
 
Identifique as duas espécies que não vivem em 
simpatria. Justifique sua resposta. 
 
7. (UFJF) Com a oportunidade de colocar em 
prática a nova lei do código florestal brasileiro 
(lei 12.631/12) e estabelecer estratégias para a 
recuperação de áreas degradadas, o Ministério 
do Meio Ambiente (MMA) está formulando o 
Plano Nacional para a Restauração da 
Vegetação Nativa no Brasil. Esse plano tem o 
objetivo de articular, integrar e promover 
 
 
23 
BOTÂNICA E ECOLOGIA 
Capítulo 6 
programas e ações indutoras da restauração 
de paisagens florestais em larga escala. 
Segundo dados do MMA, estima-se que o 
Brasil possui um déficit de 43 milhões de 
hectares de áreas de preservação permanente 
e 42 milhões de hectares de reserva florestal 
legal. Apenas na Mata Atlântica, há 15 milhões 
de hectares passíveis de restauração florestal. 
 
Fundação SOS Mata Atlântica. Política 
Nacional para Restauração Florestal: 
estratégias e perspectivas. 06 mai. 2014. 
Disponível em: . Acesso em: 12 ago. 2014. 
 
O texto mostra a preocupação com a 
restauração ecológica de áreas degradadas ou 
utilizadas para fins agrícolas e agropecuários. 
Com base no texto e em atualidades sobre 
desequilíbrio ambiental, responda ao que se 
pede. 
 
a) Uma das formas mais baratas de se 
restaurar uma floresta é por meio da 
regeneração natural. Isso ocorre, por exemplo, 
em pastagens bovinas abandonadas 
(“capoeiras”). Nesse caso, qual tipo de 
sucessão ecológica ocorrerá? 
b) Ao longo da sucessão ecológica de uma 
floresta pluvial tropical, restaurada rumo ao 
clímax, discuta o que ocorre com os seguintes 
fatores: 
 b.1) Número de nichos ecológicos 
disponíveis 
 b.2) Homeostase da comunidade 
c) Explique como o aumento de áreas de 
floresta nativa pode contribuir para reduzir o 
efeito estufa 
 
8. (UFRJ) “O Rio Amazonas está sendo 
ameaçado por um inimigo minúsculo: um 
pequeno mexilhão invasor originário da China. 
Desde que chegou à América do Sul, no 
princípio da década de 1990, o mexilhão-
dourado conquistou novos territórios em uma 
velocidade alarmante, abrindo caminho entre a 
flora e a fauna nativa e se espalhando por 
cinco países.” 
oglobo.com, 06/02/2015. 
 
Espécies invasoras são uma grande 
preocupação nos dias de hoje: proliferam 
rapidamente quando introduzidas em novos 
ambientes, através de meios de transporte 
cada vez mais eficientes. Apresente uma 
importante consequência ambiental negativa da 
introdução de espécies invasoras, para as 
populações locais. Em seguida, cite dois 
fatoresbióticos que podem explicar a facilidade 
com que esses animais se multiplicam em um 
novo habitat. 
 
 
24 
Ciclo Básico – Apostila 2 
Biologia 
CAPÍTULO 7 – BIOMAS BRASILEIROS
O que é um bioma? 
 A distribuição da vida na biosfera não é 
homogênea, pois depende de condições como 
luz, água e temperatura, e a distribuição 
desses fatores varia dependendo da região do 
planeta. Essa variação, tanto de fatores 
bióticos quanto abióticos, faz 
com que se formem paisagens com espaço 
delimitado que abrigam vida, o que os ecólogos 
chamam de biomas. Muitas vezes, o termo é 
utilizado apenas para ecossistemas terrestres, 
mas é possível encontrar definições de biomas 
aquáticos também. 
 Neste capítulo, iremos estudar 
especificamente os biomas brasileiros. 
Entretanto, muitos biomas brasileiros são 
parecidos com outros biomas do mundo, pois a 
disposição dos continentes numa mesma 
latitude faz com que as condições ambientais 
se assemelhem. Por exemplo, a Floresta 
Tropical existe na América do Sul, regiões da 
África e da Ásia, como você pode observar no 
mapa abaixo. Iremos fazer breves contrapontos 
dos biomas brasileiros com esses grandes 
biomas mundiais. 
Fatores que influenciam os biomas 
 A combinação de regime de chuvas e 
temperatura são fatores determinantes para o 
estabelecimento dos biomas ao redor do 
mundo. Isso ocorre devido à latitude em que o 
bioma se encontra. Observe o diagrama abaixo 
que mostra essa relação. Note que para uma 
mesma faixa de temperatura, por exemplo, dos 
30ºC aos 20ºC, que ocorre na região tropical do 
planeta, é possível encontrar três biomas: 
Floresta Pluvial Tropical, Floresta Sazonal 
Tropical/Savana e Deserto Subtropical, 
dependendo do regime de chuvas. 
 
Diagrama de Whittaker.
 
 
25 
BOTÂNICA E ECOLOGIA 
Capítulo 7 
 
Distribuição dos biomas terrestres
 
 
26 
Ciclo Básico – Apostila 2 
Biologia 
A altitude também influencia os biomas, 
ou seja, dependendo da altura da região, as 
características dos biomas mudam. Isso ocorre 
porque, a cada 200m de altitude, a temperatura 
cai 1ºC em média e o regime de chuvas 
também se altera. Sendo assim, uma 
montanha pode apresentar diversos biomas. 
Por isso, biomas encontrados em altitudes 
muito altas se assemelham a biomas dos 
polos, por exemplo. Note as comparações 
estabelecidas pelas linhas pontilhadas na figura 
abaixo entre biomas de uma montanha e 
biomas do equador ao pólo. 
 
Esquema mostrando influência da altitude nos biomas. 
 
Biomas brasileiros 
 
 
 
27 
BOTÂNICA E ECOLOGIA 
Capítulo 7 
• Amazônia 
A Floresta Amazônica se localiza no Norte 
do país e ocupa cerca de 40% da superfície 
nacional. O relevo é constituído por depressões 
entre planaltos, com vastas planícies. O clima 
da região é predominantemente equatorial 
úmido, com temperatura e pluviosidade 
elevadas o ano todo, o que levou a formação 
de uma grande rede hidrográfica neste bioma. 
Ele pode ser incluído no grande bioma de 
Floresta Tropical, se procurarmos 
correspondência de sua localização e 
características nos biomas do planeta. 
De maneira geral, é composta por uma 
mata muito densa, higrófila (com vegetação 
adaptada a umidade excessiva) e distribuída 
em estratos arbóreos de alturas diferentes, com 
árvores alcançando 40m de altura, além de 
muitas epífitas e trepadeiras tentando alcançar 
os raios de sol. É um ecossistema com uma 
das maiores biodiversidades do mundo, dado 
seu grande número de hábitats e nichos. 
É classificada como uma floresta em 
estágio clímax de sucessão ecológica. 
Floresta Amazônica. 
 
Harpia, também conhecida como gavião real, ave que 
vive na Floresta Amazônica. Tem aproximadamente 2,5m 
de envergadura. 
O solo da Floresta Amazônica é pobre em 
nutrientes, pois a maior parte dos compostos 
minerais está incorporada aos organismos da 
floresta. Isso ocorre pois, ao caírem restos 
vegetais no solo, como galhos, folhas, frutos, 
eles são decompostos rapidamente por 
bactérias e fungos e absorvidos pelas raízes 
das árvores mais próximas. Quando chove, a 
densa vegetação amortece a queda das gotas 
de chuva, o que impede que ela lave o solo e 
retire os sais minerais (processo de lixiviação). 
 
 
28 
Ciclo Básico – Apostila 2 
Biologia 
Isso significa que o desmatamento da floresta 
causa empobrecimento do solo, justamente por 
deixar o solo nu e suscetível à lixiviação. 
O bioma amazônico enfrenta problemas de 
desmatamento para instalação de plantações, 
pecuária, assentamentos urbanos, obras 
viárias, barragens e usinas hidrelétricas, além 
de queimadas, caça ilegal e biopirataria. Todas 
essas ações ameaçam a riqueza e a 
abundância de espécies contidas nesse bioma 
tão precioso de nosso país. 
 
• Caatinga 
Localizada na região Nordeste, o bioma da 
Caatinga ocupa cerca de 10% do território 
brasileiro. O relevo é composto principalmente 
por planaltos, chapadas e depressões. Seus 
principais rios são o Paraíba e o São Francisco, 
sendo que a maioria são temporários ou 
intermitentes (secam na época de estiagem). 
Temperaturas altas o ano todo e pluviosidade 
escassa e irregular marcam o clima tropical 
semi-árido da região, o que reflete na 
vegetação, formada por árvores baixas, 
arbustos retorcidos e com espinhos, muitas 
espécies de cactos e ervas rasteiras. 
Entretanto, próximo a serras, onde ocorrem 
mais chuvas, é possível encontrar os “brejos”, 
que são ilhas de umidade com solo fértil. Na 
época de seca, que dura cerca de 7 a 8 meses, 
as plantas em geral perdem suas folhas 
(vegetação caducifólia), o que dá um tom 
acinzentado à paisagem, de onde vem o nome 
“caatinga”, que em tupi-guarani significa “mata 
branca”. Poucas são as plantas que não 
perdem as folhas a época da estiagem, um 
exemplo é o juazeiro, típico da caatinga. 
Grande parte da vegetação foi e continua 
sendo destruída para a produção de lenha e 
carvão vegetal, que atendem à demanda de 
siderúrgicas e olarias ali instaladas. A Caatinga 
é o único bioma exclusivamente brasileiro, o 
que torna sua preservação ainda mais 
importante. 
 
Árvore de juazeiro. 
 
 
29 
BOTÂNICA E ECOLOGIA 
Capítulo 7 
 
Flor de mandacaru, cactácea típica da Caatinga. 
 
Asa Branca, ave comum da Caatinga. 
 
• Campos Sulinos 
Os Campos Sulinos são também 
conhecidos como Pampas, localizados na 
região Sul do Brasil. Corresponde ao grande 
bioma de Pradarias. Seu clima é subtropical 
úmido, com verão quente e inverno rigoroso, 
com chuvas bem distribuídas ao longo do ano. 
A maior parte da vegetação é composta por 
herbáceas (gramíneas e plantas rasteiras) e 
arbustos. As árvores com maior porte estão 
localizadas acompanhando cursos de rios da 
região. Exemplos de animais que compõem a 
fauna são pequenos roedores, capivaras, 
veados e aves migratórias. 
A região é intensamente utilizada para 
pecuária e agricultura, e por isso a maior parte 
desse bioma já se encontra completamente 
descaracterizada. Algumas áreas sofrem o 
processo de desertificação, processo 
irreversível que torna o solo inutilizável. 
 
Vegetação rasteira típica dos Campos Sulinos. 
• Cerrado 
O cerrado corresponde originalmente a 
aproximadamente 25% do território brasileiro, o 
que o torna nosso segundo maior bioma, 
abrangendo predominantemente a região 
Centro-Oeste e os estados do Tocantins e 
Minas Gerais (embora seja possível encontrar 
 
 
30 
Ciclo Básico – Apostila 2 
Biologia 
algumas manchas de cerrado em outros 
estados). 
Esse bioma é caracterizado pelo clima 
tropical semi-úmido, com duas estações bem 
definidas: verões chuvosos e invernos secos. É 
tipicamente uma formação de Savana, com 
campos herbáceos, arbustos e árvores baixas. 
No entanto, é bastante heterogêneo quanto ao 
solo, relevo e pluviosidade, o que faz com que 
a vegetação seja um mosaico. Região de 
“campo limpo”, ou campo aberto, é composta 
porcampos sem árvores, “campo sujo” 
apresenta algumas árvores, “campo cerrado” 
com formação arbórea e “cerradão” com 
árvores mais altas. Além desses, há campos 
úmidos, veredas, matas ciliares ou de galeria, 
que margeiam os rios. 
Apesar da vegetação do cerrado apresentar 
características típicas de ambientes com pouca 
disponibilidade de água, como caules tortuosos 
e de casca grossa, folhas endurecidas com 
cutícula espessa e cobertas por pelos, a água 
pode ser encontrada há cerca de dois metros 
abaixo do solo, mesmo na estação seca, e o 
lençol freático profundo pode ser atingido por 
raízes longas. Essas características na verdade 
refletem principalmente a pobreza em 
nutrientes do solo do Cerrado, que são ácidos 
e com grande quantidade de alumínio, pouco 
férteis. Além disso, essas plantas estão sujeitas 
a frequentes incêndios naturais, comuns no 
Cerrado, e algumas só germinam após o fogo. 
A flora é muito rica, e as principais plantas 
encontradas no cerrado são o araçá, o capim 
flecha, o buriti e o indaiá. Quanto a fauna, é 
possível encontrar o teiú e outros lagartos, 
muitas serpentes, ema, seriema, arara-azul, 
tamanduá-bandeira, quati, lobo guará, onça 
pintada, entre outros 
A utilização do solo do cerrado para cultivo 
é possível desde que ele seja fertilizado e sofra 
correção em sua acidez por meio da adição de 
calcário. Por conta disso, os grandes cultivos 
de grãos tem avançado sobre o cerrado, 
degradando enormemente esse bioma. 
 
Vegetação de cerrado com uma família de Emas. 
 
 
31 
BOTÂNICA E ECOLOGIA 
Capítulo 7 
 
Tamanduá-bandeira com filhote. 
 
Teiú. 
• Mata Atlântica 
Originalmente, a Mata Atlântica 
correspondia a toda a faixa litorânea do Brasil, 
do Nordeste ao Sul, adentrando para o interior 
do continente também. Desde a chegada dos 
europeus até os dias atuais, esse bioma vem 
passando por desmatamentos intensos, e 
acredita-se que hoje resta apenas cerca de 7% 
de sua área original. Seu relevo é variado, 
principalmente de planaltos e serras. 
A Mata Atlântica corresponde a uma 
Floresta Tropical e seu clima é dito tropical 
úmido, o significa que as temperaturas são 
relativamente elevadas a maior parte do ano e 
os ventos vindos do oceano provocam 
constantes chuvas, principalmente no verão. 
Sua paisagem é composta por uma vegetação 
muito rica, densa e higrófila, com árvores de 
até 30m e muitas epífitas. A biodiversidade da 
Mata Atlântica é uma das maiores do mundo, 
havendo muitas espécies endêmicas, ou seja, 
que podem ser encontradas apenas nesse 
bioma, e muitas estão ameaçadas de extinção, 
como a samambaiaçu, o mico-leão, a onça-
pintada, jaguatirica, entre outros. 
 
Samambaiaçu em meio a floresta. 
 
 
32 
Ciclo Básico – Apostila 2 
Biologia 
 
Micos. 
Ao sul do bioma de Mata Atlântica, na 
região do Paraná, Santa Catarina e norte do 
Rio Grande do Sul, há a Mata de Araucárias, 
que por vezes é considerada um bioma a parte. 
Isso se deve ao fato de que a vegetação dessa 
região está adaptada ao clima subtropical 
úmido, cujos verões são quentes, os invernos 
bem frios e chuvas bem distribuídas ao longo 
do ano. A vegetação típica dessa região 
corresponde à árvore do pinheiro-do-paraná, 
ou araucária, produtoras dos pinhões, 
sementes que servem de alimento para a 
gralha-azul, a jacutinga e o caxinguelê. 
Acredita-se que hoje reste apenas 1 a 2% de 
sua cobertura original. 
 
Araucárias. 
 
Jacutinga. 
 
Gralha-azul com pinhão no bico. 
 
 
33 
BOTÂNICA E ECOLOGIA 
Capítulo 7 
 
Caxinguelê. 
 
• Pantanal 
No Brasil, o Pantanal ocupa os estados de 
Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Trata-se 
de uma região de planície na qual os rios da 
bacia do Paraguai extravasam suas águas, 
inundando a região nos meses de cheia (entre 
outubro e abril). A volta dos rios ao seu curso 
normal nos meses de seca (maio a setembro) 
deixa para trás solos férteis, cheios de 
nutrientes, e também regiões nas quais a água 
não se esvai totalmente, originando pequenas 
lagoas entremeadas por terras firmes. Nos 
locais que continuam inundados vemos plantas 
típicas de brejos, e nas terras firmes, raramente 
inundadas, vegetação típica de cerrado e 
campos. Duas das formações vegetais típica 
desse bioma são o carandazal, onde 
predomina o carandá, e o paratudal, composto 
de ipês paratudo. 
A fauna do pantanal é bastante rica. 
Estima-se que o pantanal abrigue a maior 
concentração de aves do continente sul 
americano, sendo fácil ver nesse bioma árvores 
completamente ocupadas por grupos de aves. 
Além das aves, há grande variedade de 
espécies de peixes, répteis e mamíferos. A 
dependência em relação ao fluxo de água de 
quase todas as espécies de plantas e animais 
desse bioma é a principal característica do 
pantanal. 
Apesar de todas as características que 
fazem do pantanal um bioma tão especial, 
trata-se de paisagem seriamente ameaçada: a 
principal atividade econômica da região é a 
criação de gado bovino. No início da atividade, 
a pecuária extensiva obedecia ao ritmo das 
águas, não interferindo com as cheias dos rios. 
No entanto, a modernização das práticas 
pecuaristas implicou a divisão de terras e a 
necessidade de interferir no fluxo das águas 
por meio de barragens, represas e estradas, 
além da utilização de pesticidas, o que 
prejudica o equilíbrio desse ecossistema. Outra 
grande causa de desequilíbrio é a pesca, 
atividade bastante praticada no pantanal. 
Apesar da riqueza de peixes, estes estão 
diminuindo de tamanho e tornando-se mais 
raros, o que indica sua superexploração. Logo, 
estamos diante de área vulnerável e de 
prioridade máxima para conservação. 
 
 
Paisagem típica do Pantanal. 
 
 
 
 
34 
Ciclo Básico – Apostila 2 
Biologia 
Carandás. 
 
Tuiuiu, ave comum no Pantanal. 
 
• Zona Costeira 
A Zona Costeira é um bioma muito diverso, 
pois ocupa toda a extensão de nossa costa, 
que apresenta áreas de praias, dunas, 
restingas, costões rochosos, brejos, lagunas e 
manguezais. 
Ao Norte, nos estados de Amapá, Pará e 
Maranhão, encontram-se áreas de mata de 
várzea e mangue, que são adaptadas ao solo 
sempre encharcado por água salgada. Uma 
vegetação típica são árvores com raízes 
aéreas, os pneumatóforos, e caules que 
proporcionam sustentação das árvores. A 
fauna abriga espécies de crustáceos (como 
caranguejos), moluscos, peixes, répteis e 
muitas aves. 
 
Caules que proporcionam a sustentação de plantas de 
manguezal, em solo lamadiço. 
No Nordeste também é encontrado 
manguezal, mata de várzea e restinga. Em sua 
costa de águas quentes vivem e se 
reproduzem as cinco espécies de tartarugas 
marinhas brasileiras (verde, cabeçuda, oliva, de 
pente e gigante) e o peixe boi marinho, 
ameaçado de extinção. 
 
Peixe boi marinho. 
A Zona Costeira da região Sudeste é 
composta principalmente por fragmentos de 
Mata Atlântica e por restinga. Abriga muitos 
animais, como saguis, micos, preguiças e 
 
 
35 
BOTÂNICA E ECOLOGIA 
Capítulo 7 
diversas aves. É possível encontrar algumas 
áreas de mangues também. 
 
Vegetação de restinga. 
Ao Sul, a Zona Costeira se distingue pelos 
banhados, que são alagados com densa 
vegetação de juncos, aguapés e gravatás. É 
possível encontrar muitas espécies de aves e 
mamíferos, como a capivara. 
É um bioma que sofre de esgotamento de 
seus recursos vegetais e da fauna, com o 
despejo de esgoto e dejetos industriais não 
tratados, derramamento de petróleo, expansão 
da área urbana e construções de portos. 
 
Zona de transição 
As regiões entre um bioma e outro 
recebem o nome de zona de transição, ou 
ecótono. Elas apresentam características 
abióticas provenientes da justaposição das 
regiões de cada bioma e espécies tanto de um 
bioma como do outro, além de espécies únicas. 
São regiões de intensa competição 
interespecífica. 
No Brasil há três zonas de transiçãomais significativas: a transição Amazônia-
Cerrado, a transição Cerrado-Caatinga e a 
transição Amazônia-Caatinga. Esta última 
abriga a Mata de Cocais, que é uma floresta 
formada basicamente pela palmeira babaçu, de 
cujas sementes é extraído óleo para fazer 
margarinas, sabão e gordura de coco, e a 
palmeira carnaúba, de cujas folhas se obtém 
cera. 
 
Mata de cocais. 
 
 
36 
Ciclo Básico – Apostila 2 
Biologia 
LISTA DE EXERCÍCIOS 
 
1. (UFMA) Na coluna A estão listados alguns 
dos principais biomas brasileiros. 
Relacione-os com as suas principais 
características, descritas na coluna B e 
indique a opção correta. 
a) 4 – 1 – 3 – 2 – 5 
b) 1 – 4 – 2 – 3 – 5 
c) 4 – 1 – 3 – 5 – 2 
d) 4 – 1 – 5 – 2 – 3 
e) 1 – 4 – 3 – 5 – 2 
2. (UFPB) Observe o mapa abaixo, no qual parte 
das regiões fitogeográficas brasileiras está 
identificada por números. 
A correspondência correta entre o nome e o 
número de cada região está indicada em: 
 
3. (UERN) 
Analise as afirmativas que descrevem algumas 
características de um ecossistema terrestre: 
- ocorre no hemisfério norte, próximo a calota 
polar; 
- os bois almiscarados estão entre os animais 
que representam a fauna dessa região; e, 
- as plantas típicas dessa região são musgos e 
líquens, como também gramíneas e pequenos 
arbustos. 
As afirmativas anteriores se referem ao seguinte 
bioma: 
a) Taiga 
b) Tundra 
c) Floresta tropical 
d) Floresta temperada 
 
4. (UFRGS) Os meses que antecedem a 
primavera são os que apresentam mais focos 
de queimadas no Brasil. 
Os biomas Amazônia e Cerrado apresentam o 
maior número de focos de queimadas mensal, 
com 3490 casos (59%) e 1673 casos (28,3%), 
respectivamente. 
Fonte: <INPE.br/quimadas/sitAtual.php> 
Acesso em: 06 set. 2014. 
 
 
37 
BOTÂNICA E ECOLOGIA 
Capítulo 7 
Sobre os biomas acima citados, considere as 
seguintes afirmações. 
I - A expansão da fronteira agrícola, aliada à 
queima da vegetação para produção de carvão, 
são fatores que agravam a degradação do 
Cerrado. 
II - A vegetação do Cerrado caracteriza-se por 
apresentar cobertura predominante de 
gramíneas e árvores de grande porte com 
folhas grandes. , 
III- As regiões atingidas pelas queimadas no 
bioma Amazônia são as florestas inundadas, 
denominadas de Matas de Igapó, que abrigam 
as árvores mais altas da floresta. 
Quais estão corretas? 
a) Apenas I. 
b) Apenas III. 
c) Apenas I e II. 
d) Apenas II e III. 
e) I, II e III. 
 
5. (UEPA/2014) Um convidado em um 
programa de televisão comentou sobre 
questões ambientais o seguinte: … “os grandes 
problemas da conservação da natureza estão, 
na realidade, intimamente ligados aos da 
sobrevivência do próprio ser humano na Terra e 
que certos filósofos não hesitam em afirmar que 
a humanidade está mal encaminhada. Não nos 
cabe fazer julgamentos, mas de acordo com 
todos os biólogos, o ser humano comete um erro 
capital pensando poder isolar-se da natureza. 
Existe já há muito tempo um divórcio entre o ser 
humano e o ambiente, com seu clima e seus 
biomas”. 
Adaptado de: Sônia Lopes – BIO. A caminho de 
uma reconciliação entre os humanos e a 
natureza. 2008 
Quanto às palavras em destaque no texto, leia 
as afirmativas abaixo: 
I. Nas Florestas Tropicais, a vegetação é 
exuberante com folhas largas e perenes. 
II. A Tundra é um bioma que no degelo 
apresenta árvores que perdem as folhas no 
inverno. 
III. Nas regiões com Florestas Temperadas 
evidenciam-se as quatro estações do ano. 
IV. O Cerrado é composto basicamente de 
plantas herbáceas e árvores de pequeno porte. 
V. Há discreta variação climática e de 
temperatura nos diversos biomas mundiais. 
 
A alternativa que contém todas as afirmativas 
corretas é: 
a) I, II e III 
b) I, III e IV 
c) II, III e IV 
d) III, IV e V 
e) I, II, III, IV e V 
 
6. (Enem) O manguezal é um dos mais ricos 
ambientes do planeta, possui uma grande 
concentração de vida, sustentada por nutrientes 
trazidos dos rios e das folhas que caem das 
árvores. Por causa da quantidade de 
sedimentos — restos de plantas e outros 
organismos — misturados à água salgada, o 
solo dos manguezais tem aparência de lama, 
mas dele resulta uma floresta exuberante capaz 
de sobreviver naquele solo lodoso e salgado. 
NASCIMENTO, M. S. V. Disponível em: 
http://chc.cienciahoje.uol.com.br. Acesso em: 3 
ago. 2011. 
Para viverem em ambiente tão peculiar, as 
plantas dos manguezais apresentam 
adaptações, tais como: 
a) folhas substituídas por espinhos, a fim de 
reduzir a perda de água para o ambiente. 
b) folhas grossas, que caem em períodos frios, 
a fim de reduzir a atividade metabólica. 
 
 
38 
Ciclo Básico – Apostila 2 
Biologia 
c) caules modificados, que armazenam água, a 
fim de suprir as plantas em períodos de seca. 
d) raízes desenvolvidas, que penetram 
profundamente no solo, em busca de água. 
e) raízes respiratórias ou pneumatóforos, que 
afloram do solo e absorvem o oxigênio 
diretamente do ar. 
 
7. (UFGO) No Brasil distinguem-se diversos 
tipos de formações vegetais decorrentes de 
variações regionais, climáticas e edáficas (do 
solo). Considerando uma região de clima 
quente, semiárido, com baixo índice 
pluviométrico, estações de seca prolongada, 
vegetação de aspecto esbranquiçado, com 
plantas espinhosas e suculentas: 
a) identifique essa formação vegetal e sua 
distribuição geográfica; 
b) descreva dois mecanismos adaptativos 
desenvolvidos por esses vegetais para evitar a 
perda de água. 
 
8. (Unifesp) Leia o texto. 
É uma floresta em pedaços. Segundo 
estimativas recentes, restam de 11% a 16% de 
sua cobertura original, a maior parte na forma 
de fragmentos com menos de 50 hectares de 
vegetação contínua, cercados de plantações, 
pastagens e cidades. Há tempos se sabe que 
essa arquitetura desarticulada dificulta a 
recuperação da floresta, uma das 10 mais 
ameaçadas do mundo. Pesquisadores 
coletaram informações sobre a abundância e a 
diversidade de anfíbios, aves e pequenos 
mamíferos em dezenas de trechos no Planalto 
Ocidental Paulista, as terras em declive que se 
estendem da Serra do Mar rumo a oeste e 
ocupam quase a metade do estado. Ao 
comparar os dados, os pesquisadores 
observaram quedas dramáticas na 
biodiversidade dos fragmentos. 
(Pesquisa Fapesp, maio de 2011. Adaptado.) 
 
Responda: 
a) Qual o nome do bioma brasileiro a que 
se refere o texto? Cite uma 
característica deste bioma quanto ao 
regime hídrico e uma característica 
relativa aos aspectos da flora. 
b) O texto faz referência às terras em 
declive que se estendem da Serra do 
Mar rumo a oeste. Rumo a leste, quais 
são os outros dois ecossistemas 
terrestres que estão presentes? 
 
 
39 
BOTÂNICA E ECOLOGIA 
Capítulo 7 
 
 
 
40 
Ciclo Básico – Apostila 2 
Biologia 
CAPÍTULO 8 - A CÉLULA VEGETAL
Célula vegetal 
 A partir deste 
capítulo iremos 
estudar o grupo das 
plantas terrestres. 
Vamos começar a 
partir da unidade 
básica das plantas, a 
célula vegetal. 
A célula 
vegetal possui algumas diferenças básicas 
quando comparada a célula animal. No geral, a 
célula vegetal apresenta uma parede celular 
mais externa e uma membrana plasmática 
abaixo dela. A parede celular é composta por 
celulose, não está presente nos animais e 
garante maior resistência a célula vegetal. A 
membrana plasmática contém o citoplasma, 
com as organelas, e o núcleo, que serão 
detalhados nos próximos tópicos. 
• Citoplasma 
No citoplasma, temos as organelas e o 
citosol, que é o meio aquoso no qual estão as 
organelas. Dentro do citosol podemos citar as 
seguintes estruturas: 
 
Esquema de célula vegetal. 
 
Plastos: São organelas exclusivas de plantas e 
a principal delas é o cloroplasto, onde ocorre a 
fotossíntese. Os cloroplastos contém o 
pigmento clorofila, responsável por conferir 
coloração verde às plantas e importante para o 
processode fotossíntese. São organelas com 
DNA próprio. 
Mitocôndrias: são pequenas organelas 
responsáveis pela respiração celular, que gera 
energia para a célula. Esta organela também 
está presente na célula animal. Assim como os 
cloroplastos, as mitocôndrias também possuem 
DNA próprio. 
Retículo Endoplasmático: é um sistema 
membranoso dividido em retículo 
 
 
41 
BOTÂNICA E ECOLOGIA 
Capítulo 8 
endoplasmático rugoso (por conter ribossomos 
aderidos voltados para o citosol), onde ocorre a 
síntese de proteínas, e retículo endoplasmático 
liso (Sem ribossomos), cuja função é de 
armazenar e servir de “caminho” para 
substâncias. 
Ribossomos: são responsáveis pela síntese de 
proteínas. 
Complexo golgiense: é um sistema 
membranoso de arranjo em bolsas, que recebe 
e armazena substâncias do citosol e vindas do 
retículo endoplasmático, para então secretá-las 
em vesículas. 
Vacúolos: Os vacúolos são cavidades que 
ocupam grande parte da célula vegetal e 
contêm o suco vacuolar, composto de 
importantes substâncias como o amido, 
lipídeos, proteínas, etc. 
Microtúbulos: São túbulos constituídos por 
proteínas, componentes das fibras do fuso da 
divisão celular e do fragmoplasto. Também 
estão relacionados com a formação da parede 
celular e sua destruição pode causar 
anormalidades a célula. 
Vale lembrar que as células vegetais 
não apresentam lisossomos e nem centríolos, 
organelas presentes nas células animais. 
Como surgiram as mitocôndrias e os 
cloroplastos? 
As mitocôndrias e os cloroplastos 
apresentam características muito particulares 
que levaram os cientistas a formular a teoria 
da endossimbiose para explicar a origem 
evolutiva dessas organelas. Segundo a teoria 
da endossimbiose, ao longo do processo 
evolutivo das células eucarióticas há milhões 
de anos, as mitocôndrias eram bactérias que 
foram englobadas por células grandes 
ancestrais, enquanto os cloroplastos eram 
cianobactérias (procariontes clorofilados) que 
por sua vez também teriam sido englobados 
por células ancestrais, estabelecendo assim 
um processo de simbiose entre célula e 
bactéria e/ou célula e cianobactéria. Com o 
passar dos anos, esses simbiontes passaram a 
fazer parte permanente das células 
eucarióticas, constituindo as mitocôndrias e os 
cloroplastos. 
As principais evidências que sustentam 
essa teoria são: 
• Mitocôndrias e cloroplastos têm 
tamanhos próximos de bactérias e 
cianobactérias. 
• Ambos possuem material genético 
próprio, muito semelhante ao de 
procariontes, capazes de fazer a própria 
 
 
42 
Ciclo Básico – Apostila 2 
Biologia 
replicação e produção de parte de suas 
proteínas. 
• São capazes de se dividir, como células 
procarióticas. 
• Possuem ribossomos próprios. 
Esquema mostrando endossimbiose de célula ancestral 
com procarionte que dará origem a mitocôndria e com 
procarionte fotossintetizante que dará origem ao 
cloroplasto, ao longo do processo evolutivo. 
• Núcleo 
Por ser uma célula eucariótica, assim como 
a animal, a célula vegetal apresenta material 
genético organizado em um núcleo, delimitado 
por uma membrana chamada carioteca. Na 
região interna do núcleo estão contidos os 
cromossomos e o nucléolo. Os cromossomos 
são compostos por DNA, que é o material 
genético da célula. 
 
• Parede Celular 
Em células vegetais, a parede celular é 
formada por celulose. Ela garante resistência e 
elasticidade à célula, fazendo com que não se 
rompa facilmente. É permeável, permitindo a 
entrada e saída de substâncias da célula. Isso 
faz com que as consequências da osmose em 
uma célula vegetal sejam diferentes das que 
ocorrem em células animais, as quais não 
apresentam parede celular. Veremos a 
seguir o processo de osmose em uma 
célula vegetal. 
 
Osmose em células vegetais 
Em qualquer célula, o processo de 
osmose é a passagem de água através de uma 
membrana semipermeável. Por esta membrana 
passa água (solvente) livremente, mas não 
passa soluto (íons dissolvidos em água). A 
água passará do meio menos concentrado em 
soluto (hipotônico) para o meio mais 
concentrado em soluto (hipertônico), sempre 
obedecendo a esse gradiente de concentração, 
o que caracteriza um tipo de transporte 
passivo, ou seja, não há gasto de energia. 
Nas células vegetais há um grande 
vacúolo cheio de solução salina, o qual irá 
estabelecer o processo de osmose com o meio 
externo a célula. A membrana e a parede são 
permeáveis à água, sendo que esta última irá 
conferir um papel mecânico de sustentação e 
resistência à célula conforme a água entra ou 
sai. 
 
 
43 
BOTÂNICA E ECOLOGIA 
Capítulo 8 
Quando inserimos uma célula vegetal 
flácida em água destilada, a tendência é que a 
água entre na célula vegetal, pois o conteúdo 
do vacúolo é mais concentrado em soluto, ou 
seja, é hipertônico em relação ao meio, que é 
hipotônico. Ao entrar, a água começa a 
pressionar a parede celulósica de dentro para 
fora. A célula atinge seu volume máximo, mas 
não se rompe, devido a resistência e a 
flexibilidade da parede celular. Dizemos que a 
célula está túrgida. 
Ao inserir uma célula vegetal flácida 
numa solução hipertônica em relação ao 
conteúdo do vacúolo, que é hipotônico no caso, 
ocorre o inverso e a célula perde água. O 
vacúolo se retrai e diminui de volume, o que 
acaba arrastando o citoplasma e a membrana 
plasmática junto, mas ainda permanecendo 
ancorada em pontos da parede. Dizemos que a 
célula está plasmolisada. Ela pode retornar ao 
seu estado flácido se for colocada em uma 
solução hipotônica. 
 
Osmose em uma célula vegetal. Veja que nesse caso a 
célula não se rompe quando é colocada em um meio 
hipotônico, devido a presença de parede celular. Observe 
também que é o vacúolo que absorve e elimina a maior 
parte da água da célula. 
 
 
 
44 
Ciclo Básico – Apostila 2 
Biologia 
LISTA DE EXERCÍCIOS 
1) (VUNESP-2007) Em uma prova de biologia, 
um aluno deparou- se com duas figuras de 
células. 
 
 
 
Uma figura representava uma célula vegetal e 
outra representava uma célula animal. 
Identifique qual das figuras, A ou B, representa 
a célula vegetal, citando as estruturas celulares 
que permitem ao estudante identificá-la 
corretamente. Qual(is) destas estruturas 
permite(m) utilizar a luz na produção da matéria 
orgânica de que necessita? 
 
 
2) (UNICAMP) A figura abaixo mostra o 
esquema do corte de uma célula, observada ao 
microscópio eletrônico. 
 
 
 
 
a) A célula é proveniente de tecido animal ou 
vegetal? Justifique. 
b) Se esta célula estivesse em intensa 
atividade de síntese protéica, que organelas 
estariam mais de desenvolvidas ou presentes 
em maior quantidade? Por quê? 
 
 
3) (FEI) A ausência de cloroplastos nas células 
das raízes subterrâneas e nas células mais 
internas dos vegetais é justificada pelo fato de 
que: 
a) a presença de água e 
dos nutrientes orgânicos e inorgânicos do solo 
são fatores desencadeantes da síntese de 
todos os plastos, independentemente do fator 
luz. 
b) órgãos subterrâneos em hipótese alguma 
conseguem formar plastos e proplastos. 
c) a presença da luz é fundamental para que se 
forme a clorofila e para a organização dos 
plastos. 
d) a aeração do solo interfere diretamente na 
diferenciação dos cloroplastos, mas não no 
processo da tomada de água pelas raízes. 
e) a temperatura do solo não interfere no 
mecanismo de absorção de água pela raiz, 
mas apenas na produção de clorofila e dos 
cloroplastos. 
 
4) (FUVEST) Células de certos organismos 
possuem organelas que produzem ATPs e os 
utilizam da síntese de substância orgânica a 
partir de dióxido de carbono. Essas organelas 
são: 
a) os lisossomos 
b) os mitocôndrios 
c) os cloroplastos 
d) o sistema de Golgi 
e) os nucléolos 
 
5) Em relação aos cloroplastos, assinale a 
alternativa que expressa um conceito incorreto: 
 
a) são responsáveis pela síntese de 
substâncias orgânicas. 
b) todos os vegetaisapresentam 
cloroplastos com exceção de fungos, 
cianobactérias, bactérias. 
c) são providos de clorofila, caroteno, 
xantofilas e ácidos nucléicos. 
d) são responsáveis pelas oxidações 
celulares. 
e) libertam oxigênio quando expostos à 
luz branca do sol. 
 
6) (FEI-SP) Numa célula de planta frutífera, 
vista ao microscópio eletrônico, observaram-se 
várias organelas, exceto: 
a) mitocôndrias. 
b) ribossomos. 
c) complexo de Golgi. 
d) plastos. 
e) centríolos. 
 
 
 
45 
BOTÂNICA E ECOLOGIA 
Capítulo 8 
7) (Ufscar-SP) Em uma célula vegetal o 
material genético concentra-se no interior do 
núcleo, o qual é delimitado por uma membrana. 
Além dessa região, o material genético também 
é encontrado no interior do: 
a) retículo endoplasmático e complexo 
golgiense. 
b) complexo golgiense e cloroplasto. 
c) lisossomo e retículo endoplasmático. 
d) lisossomo e mitocôndria. 
e) cloroplasto e mitocôndria. 
 
8) (IFPE) Ao temperarmos uma salada de 
verduras, com sal e vinagre, muito tempo antes 
de consumi-la, observamos um acúmulo de 
água que é liberado pelos vegetais. Esse 
fenômeno: 
a) Recebe o nome de osmose e ocorre porque 
o meio extracelular fica hipertônico em relação 
ao meio intracelular. 
b) É chamado de osmose e ocorre porque o 
meio extracelular fica hipotônico em relação ao 
meio intracelular. 
c) Recebe o nome de difusão simples e ocorre 
porque o meio intra e o extracelular se tornam 
isotônicos. 
d) Tanto pode ser osmose como difusão 
simples, pois o meio extracelular pode se tornar 
hiper ou hipotônicos em relação à célula. 
e) O acúmulo de água verificado não tem 
nenhuma relação com a concentração dos 
meios intra e extracelular dos vegetais em 
questão. 
 
9) (IFSP) Uma espécie de alga unicelular foi 
colocada em um tubo de ensaio (I) contendo 
uma determinada solução salina e o seu volume 
vacuolar foi analisado. Após certo tempo, as 
algas foram transferidas para outro tubo de 
ensaio (II) e o seu volume vacuolar foi 
novamente analisado. E, em seguida, elas 
foram transferidas para outro tubo de ensaio (III) 
e repetiu-se a análise. As variações de volume 
foram ilustradas em um gráfico. 
 
 
Pode-se concluir que os diferentes tubos de 
ensaio (I, II e III) continham, respectivamente, 
soluções 
a) hipotônica, isotônica e hipertônica. 
b) hipertônica, hipotônica e isotônica. 
c) isotônica, hipertônica e hipotônica. 
d) isotônica, hipotônica e hipertônica. 
e) hipotônica, hipertônica e isotônica. 
 
10) (UEPG) As figuras abaixo representam o 
resultado de uma célula vegetal colocada em 
soluções de diferentes concentrações. Com 
base nas figuras, assinale a alternativa correta. 
 
Fonte: Amabis, J.M.; Martho, G.R. Biologia das Células. 
2a ed. Volume 1. Editora Moderna. São Paulo. 2004. 
 
a) Na figura C, pode-se observar que a célula 
encontrasse em um meio menos concentrado 
(hipotônico) e perde água por osmose. 
b) A água que entra por osmose na célula 
vegetal (condição representada pela figura A) 
faz com que ela inche até um ponto em que 
causa o rompimento da parede celular. 
c) Na condição representada pela figura A, a 
célula encontra-se em um meio hipotônico e, 
nessa condição, diz-se que a célula ficou 
túrgida. 
d) A célula na condição da figura B é 
denominada de plasmolisada, pois a mesma foi 
colocada em um meio isotônico, que poderia ser 
representado por água pura. 
e) Uma célula colocada em um meio 
hipertônico tende a se expandir, pois a entrada 
de água e sais por transporte ativo faz com que 
a mesma torne-se túrgida (condição da figura 
C).
 
 
46 
Ciclo Básico – Apostila 2 
Biologia 
CAPÍTULO 9 – O REINO PLANTAE
O surgimento das plantas terrestres 
O reino Plantae corresponde ao grande 
grupo das plantas terrestres, que abriga uma 
enorme diversidade de vegetais. Um 
importante marco evolutivo que permitiu essa 
diversificação foi a adaptação do meio aquático 
para o meio terrestre. Sendo assim, quando 
falamos das plantas, referimo-nos a 
organismos terrestres, eucariontes, 
pluricelulares e autótrofos fotossintetizantes. 
A hipótese evolutiva que os cientistas 
propõem sobre o surgimento das plantas é que 
elas teriam se originado das algas verdes 
carofíceas. Algumas características 
compartilhadas entre as algas verdes 
carofíceas e as plantas terrestres, que servem 
de evidências para sustentar essa hipótese, 
são: a parede celular de celulose, a reserva 
energética de amido, características estruturais 
do cloroplasto, e, principalmente, presença de 
clorofila do tipo a e b. 
A ocupação efetiva do meio terrestre 
pelas plantas só foi possível a partir de uma 
série de adaptações que ocorreram ao longo 
da evolução. Como a disponibilidade de água é 
menor no ambiente terrestre do que no 
ambiente aquático, é necessário que haja um 
mecanismo de absorção de água do solo, além 
de sua condução ao longo do corpo da planta. 
Também é importante que a perda de água 
seja reduzida, a partir da impermeabilização da 
superfície vegetal, mas que não impeça as 
trocas gasosas. A água é um meio que 
sustenta as algas, devido ao empuxo, o que 
não ocorre no ar, e mecanismos de 
sustentação se fazem necessários. A 
reprodução deve deixar de depender da água 
para levar os gametas. Assim como o indivíduo 
adulto deve estar adaptado ao meio terrestre, o 
embrião também, e o desenvolvimento de uma 
estrutura que proteja essa fase inicial da vida 
das condições já mencionadas é de extrema 
importância. 
Dadas essas condições, é possível 
observar ao longo da filogenia das plantas o 
surgimento de estruturas que possibilitaram 
resolver essas questões impostas pelo meio 
terrestre. Iremos estudar detalhadamente 
essas características nos próximos capítulos. 
Observe abaixo a filogenia na qual iremos nos 
basear.
 
 
47 
BOTÂNICA E ECOLOGIA 
Capítulo 9 
 
Classificação e evolução dos grupos vegetais e as características que teriam surgido de acordo com cada grupo vegetal ao 
longo do processo evolutivo
.
Reprodução dos vegetais 
O ciclo de vida das plantas terrestres e 
da maioria das algas é caracterizado pela 
alternância de gerações, ou seja, ocorrem duas 
fases de organismos adultos diferentes entre si: 
uma diploide (2n), em que a reprodução é feita 
por esporos, e outra haploide (n), na qual são 
produzidos gametas. É chamado de ciclo 
haplodiplôntico. 
O organismo diploide recebe o nome de 
esporófito e produz esporos a partir da 
meiose, que por isso recebe o nome de 
meiose espórica (ou intermediária). A 
germinação desse esporo produz um 
gametófito, organismo haploide, que produz 
gametas a partir de mitose. Esses gametas 
irão se fundir no processo de fecundação e 
originarão um zigoto, o qual se desenvolve em 
um esporófito, fechando o ciclo haplodiplôntico. 
Observe abaixo o esquema representado. 
Cada grupo das plantas terrestres 
(Briófitas, Pteridófitas, Gimnospermas e 
Angiospermas) apresenta particularidades 
nesse ciclo, as quais iremos estudar 
detalhadamente ao longo dos próximos 
capítulos. 
 
 
48 
Ciclo Básico – Apostila 2 
Biologia 
 
Esquema de ciclo haplodiplôntico. 
 
Outros ciclos reprodutivos dos seres vivos 
Ciclo haplôntico 
Há apenas uma geração adulta, haploide (n). A 
meiose ocorre a partir do zigoto (2n), por isso 
recebe o nome de zigótica ou inicial, e gera 
esporos (n). É comumente encontrado em 
algas. 
 
Esquema de ciclo haplôntico. 
Ciclo diplôntico 
Há apenas uma geração adulta, diploide (2n). A 
meiose ocorre no organismo adulto (2n) e gera 
gametas (n), por isso recebe o nome de 
gamética ou final. Ocorre em algumas algas e 
em todos os animais. 
 
Esquema de ciclo diplôntico. 
 
LISTA DE EXERCÍCIOS 
1. (UFMT) A meiose ocorre apenas nas células 
das linhagens germinativas masculina e 
feminina e é constituída por duas divisões 
celulares. Os produtos da meiose de um inseto 
e de uma samambaia são, respectivamente: 
a) Gametas e zigotos. 
b) Esporos e gametas. 
c) Esporose esporos. 
d) Gametas e esporos. 
e) Gametas e gametas 
2. (UEL) Os esquemas a seguir representam 
três tipos de ciclos de vida. 
 
 
49 
BOTÂNICA E ECOLOGIA 
Capítulo 9 
 
Os ciclos de vida válidos para todas as 
samambaias, certas algas e todas as aves são, 
respectivamente: 
a) I, II e III. 
b) I, III e II. 
c) II, III e I. 
d) III, I e II. 
e) III, II e I. 
 
3. (CEFET-PR) Nas algas, existem 3 tipos de 
ciclos de vida, cada um caracterizado pelo 
momento em que ocorre a meiose. Esses 
ciclos de vida podem também ocorrer em 
outros grupos de seres vivos. Observe o 
esquema abaixo e indique a alternativa que 
apresenta a correspondência correta. 
 
a) O esquema representa um ciclo em que 
ocorre alternância de gerações ou metagênese. 
b) O esquema representa um ciclo em que os 
gametas formam-se por diferenciação de 
células de indivíduo haploide. 
c) O esquema representa um ciclo haplonte-
diplonte em que há alternância de indivíduos 
diploides com indivíduos haploides. 
d) O esquema representa um ciclo haplonte em 
que a condição diploide ocorre somente no 
zigoto. 
e) O esquema representa um ciclo diplonte em 
que os indivíduos são diploides, apresentando-
se na fase haploide apenas os gametas. 
4. (FUVEST) O esquema abaixo representa o 
ciclo de vida da alga Ulva. Indique a etapa do 
ciclo em que ocorre a meiose. 
 
a) I. 
b) II. 
c) III. 
d) IV. 
e) V. 
https://djalmasantos.files.wordpress.com/2010/10/12t.jpg
https://djalmasantos.files.wordpress.com/2010/10/14t.jpg
https://djalmasantos.files.wordpress.com/2010/10/01t.jpg
 
 
CITOLOGIA E GENÉTICA 
Professora Beatriz Folchini 
 
 
 
52 
Ciclo Básico – Apostila 2 
Biologia 
CAPÍTULO 5 – METABOLISMO ENERGÉTICO – FERMENTAÇÃO, 
RESPIRAÇÃO, FOTOSSÍNTESE 
 
1 – Máquinas Eficientes 
 Os organismos são muito superiores as 
máquinas construídas pelo homem. Como já 
em capítulos anteriores, o corpo se refaz 
continuamente. A cada semana, e temos, por 
exemplo, um novo revestimento interno do 
estômago. Ganhamos um novo fígado a cada 
dois meses. Nossa pele se repõe a cada seis 
semanas. A cada ano, 98% dos átomos de 
nosso corpo são substituídos. Essa 
substituição química ininterrupta, o 
metabolismo, é um sinal seguro de vida. E a 
“máquina” requer uma entrada contínua de 
energia e de substâncias químicas (alimentos). 
 Os biólogos chilenos Humberto 
Maturana (1928) e Francisco Varela (1946 - 
2001) veem no metabolismo a essência de algo 
realmente fundamental para a vida. Dão-lhe o 
nome de “autopoiese” (nome já visto e 
discutido). Proveniente de raízes gregas que 
significam “si mesmo” (auto) e “fazer” (poein, 
como em “poesia”), a autopoiese refere-se a 
produção contínua de si mesma pela vida. Sem 
o comportamento autopoiético, os seres 
orgânicos não se sustentariam – não 
permaneceriam vivos. 
 Uma entidade autopoiética efetua 
continuamente o metabolismo; perpetua-se 
através da atividade química, da movimentação 
das moléculas. A autopoiese acarreta um gasto 
de energia e a produção de alimentos. Na 
verdade, ela é detectável pela incessante 
química biológica e fluxo energético que é o 
metabolismo. Somente as células, os 
organismos feitos de células e as biosferas 
feitas de organismos são autopoiéticos e 
podem efetuar metabolismo. 
 
Fonte: 
https://static1.squarespace.com/static/52e6960
be4b04ab8b0fe1b40/t/53077250e4b0d9a824c5
a353/1392996945215/drawing-hands.jpg 
Figura 1 – Ilustração simbolizando a atividade 
autopoiética inerente a todos os seres vivos 
https://static1.squarespace.com/static/52e6960be4b04ab8b0fe1b40/t/53077250e4b0d9a824c5a353/1392996945215/drawing-hands.jpg
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53 
CITOLOGIA E GENÉTICA 
Capítulo 5 
 Vírus, por exemplo, não são 
autopoiéticos, pois não metabolizam nada até 
encontrarem uma entidade autopoiética: uma 
célula bacteriana, animal ou de qualquer outro 
organismo vivo. Os vírus biológicos se 
reproduzem no interior de seus hospedeiros, do 
mesmo modo que os vírus digitais se 
reproduzem no interior dos computadores. 
 
2 – Mestres da Biosfera 
 O biólogo norte americano Carl Woese 
(1928 - 2012) descobriu três tipos de bactérias 
muito resistentes que distinguem-se de todas 
as demais: as “halófilas”, amantes do sal, as 
“termófilas”, das fontes termais, apreciadoras 
de calor, e as “metanógenas”, que produzem 
metano. Woese chamou esses seres 
resistentes de “arqueobactérias”, sugerindo que 
elas são descendentes diretas das formas de 
vida mais primitivas da Terra. 
 A observação de que as 
arqueobactérias habitam meios desprovidos de 
oxigênio – como fundo dos oceanos, o 
estômago dos bovinos, a água dos esgotos, 
pobre em oxigênio, e as fontes termais ácidas 
do Parque Nacional de Yellowstone, nos EUA – 
é compatível com a imagem contemporânea da 
Terra quente do período arqueano, quando a 
vida deve ter surgido há cerca de 3,6 bilhões 
de anos, no momento em que havia, se muito, 
apenas vestígios de oxigênio na atmosfera. O 
oxigênio começou a ser liberado na atmosfera 
só depois que as bactérias verde-azuladas 
(cianobactérias) desenvolveram um modo de 
usar a energia da luz solar para quebrar as 
moléculas de água e captar seu precioso 
hidrogênio. Combinando o hidrogênio com os 
átomos de carbono extraídos do dióxido de 
carbono, abundante na época, essas 
cianobactérias conseguiram fabricar DNA, 
proteínas, açúcares e todos os seus outros 
componentes celulares. Tais bactérias, 
altamente necessitadas de luz, espalharam-se 
rapidamente pelas águas ensolaradas da todas 
as partes da Terra arqueana. Ao fazê-lo, 
liberaram vastas quantidades de oxigênio 
molecular que restara de sua busca de 
hidrogênio na água. 
 Com isso, a atmosfera terrestre, 
inicialmente anóxica (sem oxigênio), via 
trabalho das bactérias mais inovadoras de 
todos os tempos, tornou-se rica em oxigênio. A 
princípio, o planeta fora povoado por 
produtores de metano, amantes de enxofre e 
outros anaeróbicos – seres que não produziam 
nem usavam oxigênio em seu metabolismo. 
 
 
54 
Ciclo Básico – Apostila 2 
Biologia 
Percebam aqui como se faz a remontagem 
evolutiva. Analisou-se seres unicelulares 
menos complexos (sob alguns aspectos), e 
notou-se uma similaridade entre os seres 
existentes hoje – arqueobactérias – com os 
primeiros seres vivos, encontrados na forma de 
fósseis e datados de 3,6 bilhões de anos. Essa 
similaridade fez com que se concluísse, de 
forma científica, que esses seres eram muito 
aparentados, evolutivamente falando. É como 
se você tivesse uma marca de nascença 
gritante e peculiar em uma parte do seu corpo 
(por exemplo, um triangulo pequeno em seu 
calcanhar direito), e esse triangulo também 
existisse em sua mãe. Se você encontrasse 
uma outra pessoa em, por exemplo, 
Budapeste, na República Tcheca, com essa 
mesma marca, o que concluiria? Que é seu 
parente. A explicação mais plausível, até 
probabilisticamente falando, é que ele seja seu 
parente, ao invés de essa marca ter surgido, 
novamente, aleatoriamente, na mesma 
posição, com o mesmo formato, tamanho e 
coloração. 
 Um ponto bem interessante do trecho 
acima é a importância vital das bactérias na 
alteração da atmosfera. Sim, foram as 
cianobactérias que, surgidas a partir de 
mutações aleatórias nas arqueobactérias, 
apresentavam um sistema metabólico 
revolucionário que as permitiu transformar 
energia luminosa em energia potencial química 
de alimentos, como a glicose, além de eliminar 
o gás oxigênio. Com isso, a atmosfera 
começou a ter um crescimento desse gás – a 
primeira poluição causada por um ser vivo - o 
que permitiu, posteriormente, o 
desenvolvimento do processo

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