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DESENHOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS Docentes: Andréa Amorim, Mauricio Maltez, Simone Barbosa e Patricia Jacob ESTUDO ECOLÓGICO OU ESTUDO DE AGREGADOS DEFINIÇÃO Estudo epidemiológico em que a unidade analítica não é o indivíduo e sim um conjunto deles (um agregado) Estabelecem comparações entre grupos populacionais ou entre o mesmo grupo em momentos distintos Abordam áreas geográficas bem delimitadas, analisando de forma comparativa variáveis globais, geralmente através da correlação entre os indicadores de condições de vida e de situação de saúde. Estudos Ecológicos Indicados para levantar hipóteses etiológicas; Avaliar a efetividade de intervenções na população; Testar hipóteses etiológicas (ecológicas). SINONÍMIA Atenção : neste tipo de estudo não se sabe se um particular indivíduo da população estudada é exposto ou doente porque só interessa as informações globais O grupo, na maioria das vezes, pertence a uma área geográfica definida como: Estado, Cidade, Setor Censitário, etc AGREGADOS -OBSERVACIONAIS -TRANSVERSAL Estudos Ecológicos São obrigatórios quando medidas coletadas a nível individual não são suficientes para explicar os processos que ocorrem no coletivo, sendo necessário levar em conta o contexto social e ambiental . SÓ PERMITEM SABER SOBRE : Ocorrência de expostos População exposta e não- exposta Taxa de incidência variando no tempo, região CLASSIFICAÇÃO: Estudos de comparação ecológica ou de agregados espaciais Estudos de tendência/série temporal Estudos mistos Estudos de Agregados Espaciais Classificação baseada na natureza do agregado base de referência para a produção de dados: referência geográfica (bairros, municípios etc.) estudos de base territoriais organizações coletivas ( escolas, fábricas, prisões etc.) estudos de agregados institucionais Estudo de tendência Estudo de tendência ou séries temporais: é quando uma mesma área ou população é investigada em momentos diferentes no tempo. Nesta condição, cada unidade de tempo definida passaria a ser uma unidade ecológica completa. Requisito essencial : conhecimento suficiente de como foi gerada sua base de dados, principalmente no que diz respeito as definições empregadas e o reconhecimento das limitações da mesma. Combina as características básicas dos estudos exploratórios de múltiplos grupos e série temporal Estudos mistos Estudos Mistos Exploratório: Avalia a evolução das taxas de doença ao longo do tempo em uma determinada população geograficamente definida Prever tendências futuras da doença ou avalia o impacto de uma intervenção populacional. Pode apresentar problemas: região com poucos casos = grande variabilidade na taxa da doença. Regiões vizinhas tendem a ser mais semelhantes do que regiões mais distantes Analítico: Avalia a existência de associação entre as mudanças no tempo do nível médio de uma exposição e das taxas de doença em uma população geograficamente definida. ESTUDO ECOLÓGICO facilidade de execução e baixo custo simplicidade analítica capacidade de gerar hipóteses rapidez conclusões generalizáveis Vantagens: baixo poder analítico acesso só as informações e não aos indivíduos difícil controle de fatores confundidores técnicas de análise pouco desenvolvidas Desvantagens: Falácia ecológica: Assim, não podemos atribuir a um indivíduo o que se observou a partir de estatísticas grupais. uma associação observada no nível agregado não necessariamente significa que essa associação exista no nível individual Na verdade, os coeficientes devem ser entendidos como o resultado de uma média da variação por subgrupos que têm características internas diferentes. É um a inferência causal sobre um fenômeno individual a partir da população do estudo ecológico É quando consideramos que os coeficientes de uma dada área referem- se à população total dessa área. Medidas de Ocorrência TIPOS: Agregadas: derivadas dos agrupamentos de indivíduos média de fumantes média de famílias abastecidas com água potável; renda média familiar. Ambientais: deriva das características físicas do lugar exposição à luz solar; nível de poluição do ar; nível de saneamento. Globais: deriva de atributos de grupos, organizações ou lugares densidade demográfica; (des )organização social; nível de concentração de renda Fonte de dados Mortalidade - Declarações de Óbito, SIM Morbidade - SINAN, Inquéritos, Registros de câncer etc. Demográficos - Censos, SINASC Fatores de Risco - Censos, Registros de órgãos públicos, Inquéritos, etc. Utiliza -se, em geral, dados secundários Análise análise de correlação linear evolução de indicadores análise gráfica Análise: ESTUDO ECOLÓGICO Doentes1 População 1 Expostos1 Doentes2 População 2 Expostos2 Doentes3 População 3 Expostos3 ESTUDO ECOLÓGICO t t1 t2 t3 População 1 População 2 População 3 Doentes 1 Doentes 2 Doentes 3 Expostos 1 Expostos 2 Expostos 3 QUAL A UTILIDADE DESSE TIPO DE ESTUDO? É útil quando não se pode obter dados a nível individual Pode ser investigada muitas variáveis independentes É útil quando temos mais interesse em dados de grupo INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS: procura-se encontrar as possíveis relações testa-se hipóteses ecológicas avalia-se efeito de intervenções INDICADORES DE OCORRÊNCIA USADOS: médias, coeficientes, proporções entre outros. Tabela Padrão de um Estudo Epidemiológico _________________________________________________ NÃO DOENTES DOENTES TOTAL _________________________________________________ EXPOSTOS a b a + b NÃO EXPOSTOS c d c + d TOTAL a + c b + d a + b + c + d _________________________________________________ Tabela Padrão de um Estudo Ecológico _________________________________________________ NÃO DOENTES DOENTES TOTAL _________________________________________________ EXPOSTOS ... ... a + b NÃO EXPOSTOS ... ... c + d TOTAL a + c b + d a + b + c + d _____________________________________________ TABELA DE ANÁLISE 2X2 Efeito + - + Exposição A ? D ? C ? B ? 0 20.000 40.000 60.000 80.000 100.000 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Número casos 0 200 400 600 Casos/100.000hab Casos Coef inc Fonte:DIS/SESAB 1998 Figura 1 - Evolução temporal e espacial de casos de dengue segundo ano de ocorrência. Brasil, 1997-2002 1997 2000 2001 2002 1999 ESTUDO DE PREVALÊNCIA OU ESTUDO TRANSVERSAL DEFINIÇÃO são investigações que retratam instantâneos da situação de saúde de uma população ou comunidade, com base na avaliação individual do estado de saúde de cada um dos membros do grupo para produzir indicadores globais. É o estudo epidemiológico no qual se observa a exposição e a doença simultaneamente Conhecido como Inquérito Características Gerar dados quantitativos sobre a situação de saúde da população ou de seus segmentos em atividades de rotina, em serviços diferenciados ou em condições especiais; Identificar a gravidade dos principais problemas de saúde; Caracterizar o padrão de consumo da população; Identificar grupos de risco e compará-los; Caracterizar a magnitude da carga de morbidade; Fornecer instrumentos para os programas de saúde; Gerar hipóteses que direcionam novos estudos. ESTUDO TRANSVERSAL baixo custo e simplicidade alto potencial descritivo rápido, objetivo e simplicidade de análise Menor perda de participantes Fornece estatística descritiva prevalência Fornece estatística analítica - razão de prevalência Vantagens: não há formação de grupos controle/ teste; não analisa relação causal ou seja, causa e seu efeito; não analisa a determinação temporal entre a exposição e o desenvolvimento da doença, tem baixo poder analítico; o valor da inferência causal é muito limitado - confudidores vulnerável a erros de classificação Não é bom para estudar doenças raras Limitações: SINONÍMIA Subtipos : estudos de grupos em tratamento inquéritos na atenção primária estudos em populações especiais inquéritos domiciliares estudos multifásicos ESTUDO INDIVIDUADO -OBSERVACIONAL-SECCIONAL