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1 XVIII Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias SNBU 2014 O LIVRO RARO NA BIBLIOTECA CENTRAL ZILA MAMEDE Tércia Maria Souza de Moura Marques Kalline Bezerra da Silva Flor Renata Jovita Granze de Oliveira 2 RESUMO Apresenta a coleção de obras raras da Biblioteca Central “Zila Mamede” - BCZM, unidade suplementar da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Constitui-se em um relato de experiência que objetiva por um lado, apresentar os critérios de raridade adotados pela Instituição para classificação de raridade e/ou preciosidade, por outro apresentar uma metodologia para execução do tratamento da coleção no que concerne a sua conservação e preservação, visto que o livro raro, entendido como objeto cultural de disseminação do conhecimento é, também, valorizado como objeto de memória, através do qual é possível recuperar os conhecimentos desenvolvidos ao longo da história da humanidade. Assim, a investigação é conduzida gradativamente, revelando questionamentos a respeito do tratamento apropriado que deve ser aplicado e quais argumentos legitimam uma obra como rara, única ou preciosa. Sugere que é fundamental atentar para as atividades realizadas com uma equipe adequada, com uma interpretação bibliológicamente encorpada e sensível, em que não se predomine a premissa de “velho, antigo, portanto raro”. Palavras-Chave: Biblioteca universitária; Obras Raras; Critérios de raridade bibliográfica. ABSTRACT This paper presents the rare books collection of The “Zila Mamede” Central Library (BCZM), a supplementary unit of the Federal University of Rio Grande do Norte (UFRN). It consists of an experience report which aims, on one hand, present the criteria of rarity adopted by the Institution; on the other hand, this study aims to present a methodology for the execution of the treatment of the collection, concerning its conservation and preservation. The rare book, understood as a cultural object of dissemination of knowledge, is also valued as a memoir object through which it is possible to retrieve the knowledge developed throughout the history of mankind. Thus, this investigation is conducted gradually, revealing questions about the proper treatment and what arguments justify a book as rare, unique or precious. It suggests that it is fundamental to notice the activities carried out by a proper team, with a bibliologically sturdy and sensitive, in which being "old" does not equal being rare. Keywords: University library; Rare books; Criteria of bibliographical rarity. 3 1 Introdução A Biblioteca Central “Zila Mamede” – BCZM, unidade suplementar da Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN, tem um acervo informacional constituído, segundo dados fornecidos pelo Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas - SIGAA, no dia 23 de abril de 2014 por trezentos e cinquenta e oito mil, oitocentos e quarenta e oito volumes que começou a ser formado a partir da junção dos acervos das primeiras escolas e faculdades de ensino superior que, em conformidade com Souza (1984) foram: Escola de Serviço social de Natal ( instalada em 2 de junho de 1945 por iniciativa da Ação Católica, especialmente pela Juventude Feminina Brasileira de Natal), Faculdade de Farmácia e Odontologia de Natal (criada por Decreto-Lei Estadual nº 682, de 3 de fevereiro de 1947), Faculdade de Direito de Natal (Lei Estadual nº 149, de 15 de agosto de 1949), Faculdade de Medicina de Natal (Decreto Estadual nº 37.931, de 20 de setembro de 1955), Faculdade de Filosofia de Natal (Decreto Federal nº 40573, de 18 de dezembro de 1956 e da Escola de engenharia de Natal (Lei Estadual nº 2.045, de 11 de setembro de 1957), nessa ordem, bem como da aquisição nos anos de 1974 a 1978 de sete bibliotecas particulares a saber: prof. Othon de Oliveira, Prof. Edgar Barbosa, Prof. Ewerton Cortês, Prof. José Bonifácio, Dr. Gerardo Dantas Barreto, Prof. Américo de Oliveira Costa e Dr. Oswaldo Lamartine de Farias (UNIVERSIDADE,1979, p.126-130). Ao darmos inicio aos estudos da coleção de raridades da Biblioteca Central “Zila Mamede” identificamos que a mesma contém obras com mais de 300 anos, sendo a mais antiga o Castrioto Lusitano. Parte I. Entrepresa, e restauração de Pernanbuco, & das Capitanias confinantes. Varios e bellicos sucçcessos entre Portuguezes e Belgas. Acontecidos pello discurso do vinte e quatro annos, e tirados de noticias, relações e memorias certas. Oferecido a João Fernandes Vieira Castrioto Lusitano e por elle dedicados ao Principe D. Pedro. Lisboa, na Impressão de Antonio Craesbeeck de Mello, obra de Rafael de Jesus, datada de 1679. Trata-se, segundo o Manual bibliographico portuguez de livros raros, clássicos e curiosos, coordenado por Ricardo Pinto de Matos de 1878 (p. 332), “de livro raro e estimado”. Além do Castrioto Lusitano e do Manual bibliographico portuguez, a Biblioteca Central “Zila Mamede” organizou uma coleção intitulada obras raras, formada por 1213 4 volumes em livros, 9 títulos de periódicos com 346 fascículos e 4.332 folhetos de cordel, armazenados em um espaço amplo, mas que ainda necessita de adequações em sua estrutura física, no que concerne as condições de acondicionamento da coleção (iluminação, umidade, entre outros), bem ainda em suas áreas de leitura, e de tratamento técnico da coleção. Esse conhecimento preliminar suscita algumas inquietações – existem em meio ao acervo circulante obras de estimado valor histórico e cultural e, portanto, que precisam de tratamento diferenciado? Foi estabelecido critérios de raridade para subsidiar a recolha de obras das coleções circulante e de desbaste para guarda na coleção de obras raras? Foi sistematizada alguma metodologia para tratamento da coleção com vistas a sua conservação? Essas inquietações se avolumam na medida em que conhecemos o acervo de obras raras e o acervo circulante da Biblioteca Central “Zila Mamede”, nesse último identificamos, mesmo em uma avaliação superficial, obras raras, sejam por sua data de publicação ou pelo seu conteúdo. Assim, torna-se premente a necessidade da realização de estudos que venham a responder tais questionamentos, bem como que possa viabilizar uma avaliação de toda a coleção circulante com vistas à identificação de obras com características de raridade e/ou preciosidade para constituir a sua coleção de obras raras e com isso garantir um acondicionamento adequado com vistas a sua conservação e preservação, bem como a sua divulgação, acessibilidade e uso uma vez que o livro raro pode representar o resgate de uma fase histórica ou nos apresentar um conhecimento que nos faça compreender o presente. 2 O que é uma obra rara? Na tentativa de definir o que seja “obra rara” nos apropriamos inicialmente do trabalho de Köni (2010) e da aproximação que a mesma faz entre monumento e obra rara. Para essa aproximação ela nos apresenta o conceito de monumento segundo Riegl (2008, p. 23), para quem monumento é toda obra criada pelo homem com o objetivo de conservar presente e viva na consciência das gerações futuras a lembrança, uma ação ou destino. Podemos imprimir esse conceito à obra rara, no nosso estudo especificamente ao livro raro? Se pensarmos que o homem, através do livro pode expressar todas as suas descobertas a muitas gerações futuras, possibilitando o entendimento histórico e ainda o desenvolvimento de novos conhecimentos, 5 sim. Recorremos ainda a Cambi (1999, p.35) que nos diz que “a história é o exercício da memória realizada para compreender o presente e para nele ler as possibilidades de futuro a construir, a escolher, a tornar possível”. Então o livro raro, entendido como objeto cultural de disseminação do conhecimento humano, passa a ser também valorizado como objeto de memória, uma vez que através dele é possível recuperaros conhecimentos educacionais, históricos, religiosos, literatos, científicos e técnicos desenvolvidos ao longo da história da humanidade. O livro então carrega a história da evolução humana, a resgata e, também, a projeta para o futuro. Conceituado livro raro, surge uma nova inquietação – como reconhecer um livro raro, um objeto de memória? recorremos desta feita, aos conhecimentos de Pinheiro (2001) e através dela vimos que para pensarmos na construção de critérios de raridade é preciso ter claro 3 conceitos fundamentais: raro, único e precioso, para quem raro “é aquilo que é raro em qualquer lugar do mundo”, havendo, portanto um consenso; único – único exemplar conhecido no mundo e precioso – as coleções importantes para uma instituição, particular. Pinheiro (2001) nos esclarece ainda, que tão fundamental quanto os conceitos é termos uma metodologia de trabalho rigorosamente detalhada e para tanto nos sugere cinco aspectos para observação das obras: limite histórico, aspecto bibliológico, valor cultural, pesquisa bibliográfica e características do material e ao que nos parece são esses os aspectos norteadores dos critérios utilizados pela Biblioteca Nacional do Brasil e, por conseguinte foram adotados pela Biblioteca Central “Zila Mamede”. 3 Critérios de raridade para a Biblioteca Central “Zila Mamede” - BCZM Para a constituição dos seus critérios de raridade e/ou preciosidade a Biblioteca Central “Zila Mamede” lançou mão, a princípio, dos critérios internacionalmente reconhecidos e amplamente divulgados pela Biblioteca Nacional do Brasil, que tem sede no Rio de Janeiro, entendendo que essa instituição é a guardiã da memória cultural e intelectual do Brasil, portanto paradigma na temática. Os critérios de raridade e/ou preciosidade ficam assim entendidos: 6 Primeiras impressões (século XV ao XVI) - equivalente ao Limite histórico apontado por Pinheiro (2001) Em meados do século XV, como escreveu Lucien Febvre (2000), surgiu o tipo móvel fabricado em metal que “revolucionaria a produção de livros”, uma vez que mudaria todo um processo produtivo, sendo a Bíblia de Gutenberg ou a Bíblia de 42 linhas, a primeira publicação impressa por volta do ano de 1455. Os demais livros impressos até 1500, denominados Incunábulos – livro impresso nos primeiros tempos da imprensa com tipos móveis (não manuscrito) mantiveram alguns costumes dos manuscritos uma vez que continuaram iniciando as suas obras com Incipit que significa “aqui começa”, contendo muitas vezes o nome do autor e o título da obra; o Explicit – “aqui termina”, informação que aparece no final dos primeiros livros, fornecendo, algumas vezes, o nome do autor e o título da obra. Outras características mantidas dizem respeito à manutenção do uso de caracteres góticos, de textos compactos e em duas colunas, do largo uso de abreviaturas, de iluminuras – adornos, de xilogravuras, da ausência da paginação (às vezes folheados), do emprego de glosas (comentários feitos nas margens do livro), registros, assinaturas, reclamos, grandes formatos (in-folio), texto em latim (3/4 das obras), livros litúrgicos (a maioria), literatura antiga e obras jurídicas (1/10 da produção), com a utilização de papel fabricado a base de trapo, e portanto, apresentando as seguintes características: grosso, desigual e de cor amarelada. Tudo isso segundo a Biblioteca Nacional ([2000]) justifica “o critério cronológico já determinar a raridade da obra”(grifo nosso). Impressões dos séculos XVII e XVIII Os séculos XVII e XVIII se destacam pela industrialização do processo produtivo do livro na Europa, pelo aparecimento de grandes nomes da literatura mundial como Cervantes, Shakespeare, Molière e outros, e, pela instalação do estabelecimento oficial para tipógrafos, gravadores, impressores como exemplo a Typographie Royale (França), Oficina da Universidade de Oxford (Inglaterra); Oficina dos Plantin (Antuérpia) e dos Elzevieres (Holanda). Brasil, Século XIX 7 No Brasil a produção gráfica se desenvolve a partir do Segundo Reinado razão pela qual, a exemplo da Biblioteca Nacional estendemos o conceito de obra rara até 1841. Essa decisão se justifica na medida em que se confirma que a tipografia oficial no Brasil data de 13 de maio de 1808 com a criação da Impressão Régia, por D. João VI, em que o primeiro documento impresso no Brasil – um folheto com a Relação dos despachos publicados na corte pelo expediente da Secretaria de Estado dos Negócios Estrangeiros – foi produzido no Rio de Janeiro, em 13 de maio de 1808 na Impressão Régia. Até a Independência do Brasil em 1822 a Impressão Régia mantinha o monopólio da imprensa no Rio e Janeiro, mesmo que a partir do ano de 1811 tenha iniciado a expansão da tipografia no Brasil com a primeira tipografia particular estabelecida na Bahia. A partir desse feito outras províncias em conformidade com a Biblioteca Nacional passam a adquirir os seus prelos: Bahia em 1811, Pernambuco em 1815, Paraíba em 1817, Pará em 1822, Ceará em 1824, São Paulo e Rio Grande do Sul em 1827, Goiás em 1830, Santa Catarina e Alagoas em 1831. O Rio Grande do Norte, em particular, recebeu seu primeiro prelo da província do Recife no ano de 1832, no entanto as publicações oficiais continuaram a ser impressas em Olinda, Estado de Pernambuco até o ano de 1878. (HALLEWELL, 1985, p.121). Edições especiais (de luxo para bibliófilos) – São as edições elaboradas segundo o modelo de livros antigos, que utilizam papel de boa qualidade, folhas soltas em cadernos, ilustradas artesanalmente por algum artista de renome, geralmente in folio e colocadas em caixas, com tiragem limitada e podendo ter a assinatura do autor. Uma obra pode também ser avaliada como rara pelo seu valor extrínseco: encadernações em couro, pergaminho, veludos, gravadas a ouro, com filetes e seixas douradas, etc. Segundo Mello (apud GONÇALVES, 2008) a história da encadernação começa junto a história do livro, a partir da necessidade de proteger os pesados códices e pergaminhos. Contudo, foi se desenvolvendo ao longo dos séculos trazendo em cada período um estilo próprio sendo por ele reconhecido. Segundo a Associação Brasileira de Encadernação e Restauro as principais características das encadernações ao longo dos tempos são: Séculos VIII – XI 8 Encadernações em pele de cervo, porco e tecido. Cabeceado de alinhavo, sendo as capas de madeira grosseira. Guardas ausentes ou uma de pergaminho. Cortes aparados. Decoração simples. Séculos XII – XIII Cobertura de antílope, couros tingidos e pergaminho. Costura sobre nervos. Pranchas de madeira como capas. Lombadas achatadas ou ligeiramente arredondadas. Cabeceado em ponto de seleiro. Cortes aparados. Títulos sobre os cortes. Guardas de pergaminho. Decoração mais variada, com fechos. Séculos XIV – XV Livros menos imponentes. Surgem novas técnicas e materiais. Passagem do pergaminho ao papel. Utilizam-se vaqueta, carneiro e porco. Meia encadernação (fim do século XV). Encadernações de tecidos (sedas-brocados). Costura sobre nervos. A lombada começa a arredondar-se. Nervos salientes, em geral duplos marcados na pele. Cabeceado trançado de fio ou tirinhas de pele. Guardas de pergaminho ou papel branco. Surgem os cortes decorados, dourados ou coloridos para manuscritos. Decoração com filetes ou ferrinhos estampados a frio. Placas, cantoneiras e fechos. Século XVI Aparecem as encadernações de pequenos formatos. Estilos da renascença, incluindo as encadernações Aldinas. Coberturas de tecido até 1530. Aparecimento do marroquim tingido de várias cores nas encadernações de luxo a partir de 1537. No final do século aparecem as encadernações flexíveis em pergaminho. Costura de nervos marcados e banda de pergaminho reforçando o entrenervo da cabeça e do pé. Desaparecimento das pranchas de madeira como capas. Papelões compostos de papéis contra-colados.Cortes aparados, dourados ou cinzelados para encadernações de grandes ornamentos. Lombada pouco decorada, sem título, depois florões e título incompleto. Capas estampadas a frio. Aparição das dourações. Século XVII Cobertura de pergaminho, pele de carneiro, marroquim e vaqueta para encadernações de luxo. Costura sobre nervos simples ou duplos. Lombada com banda de pergaminho reforçando o lombo. Cabeceado em cores. Guardas brancas até 1640, depois coloridas, penteado fino em sete cores. Capas de cartões rígidos feitos com várias camadas de papéis. Cortes aparados, pintados nas cores vermelho ou azul e dourados para as encadernações de luxo. Decoração no 9 início, com riqueza de ornatos, depois, de excessiva sobriedade no final da época de Luiz XIV. Século XVIII Cobertura em couro. Meia encadernação para os livros comuns no final do século. Marroquim para as encadernações de luxo. Costura entre nervos. Lombada com nervos longos no final do século. Cabeceado de várias cores. Guardas de seda ou couro. Papéis de cores variadas. Capas de papelões de várias camadas. Cortes tingidos de vermelho, às vezes marmorizados e dourados para os de luxo. Títulos inteiros no final do século. Algumas encadernações com mosaicos. Surge a decoração com estampagem ou impressão com placa matriz, substituindo os ferros avulsos. Século XIX Aparecimento da encadernação industrial, cartonagem simples ou à Bradel, capa solta. De 1830 a 1850, expande-se a encadernação francesa, com reflexos em Portugal e no Brasil. Aparecimento da costura sobre cadarços. Nervos falsos. Cortes marmorizados combinando com as guardas. Cortes dourados nas encadernações de luxo. Século XX Encadernações em couros diversos, percalina (tecido recoberto com resina não plástica colorida). Durante a Semana de Arte Moderna (11-18 de fevereiro de 1922), surgem florões e estilos de encadernações alusivos ao evento. Encadernações meia cana/canaleta, início do século, muito resistente e lombo quadrado para folhas soltas, final do século, resistência e abertura deixando a desejar. Pinheiro (2001, p. 30) define outros aspectos que equivalem ao valor cultural das obras raras: Edições clandestinas As obras são consideradas Clandestinas por motivos morais, religiosos, políticos ou por pirataria editorial. No Brasil até 1808 todo livro publicado seria considerado clandestino, pois até essa data obras compostas no Brasil deveriam ser publicadas na Europa ou manterem- se na forma manuscrita. Edições de tiragens reduzidas 10 São edições em papel especial, numerados e geralmente assinadas. Podem incluir a indicação do proprietário para o exemplar numerado. Pode ocorrer a utilização de tipos diferentes de papel numa mesma edição e para cada tipo é dada uma nova numeração. São, enfim, edições limitadas com um número específico de exemplares, geralmente reduzidos. Exemplares com anotações manuscritas de importância, incluindo dedicatórias; Obras que tragam dedicatórias dos autores das obras, de reis, de governantes ou autógrafos de celebridades, bem como comentários sobre o conteúdo da obra. Obras esgotadas. Edições consagradas esgotadas e não reeditadas. Pinheiro (2001, p. 31) ainda aponta outras características de valor cultural: Assuntos tratados à luz da época em que foram pensados e escritos; Obras científicas que datam do período inicial de ascensão daquela ciência; Histórias de descobrimentos e de colonização; Teses; obras impressas em circunstâncias pouco convenientes a esta arte, tais como guerra, seca, fome ... Memórias históricas de família nobres e usos e costumes; Edições censuradas, interditadas e expurgadas; Obras “desaprecidas”, face às contingências do tempo e da sorte; Edições contrafeitas 1 e emissões; Edições príncipes, primitivas e originais; Edições populares, especialmente romances e folhetos literários, panfletos, papéis impressos, folhas volantes; Edições de artífices renomados e/ou considerados na história das artes que representam tais como tipógrafos, impressores, editores, desenhistas, pintores, gravadores; Edições de clássicos, assim considerados nas histórias das literaturas específicas. Como visto anteriormente, Pinheiro (2001, p. 31) ainda aponta dois aspectos a serem observados no estudo de raridades – a pesquisa bibliográfica e as características do exemplar. Para o primeiro, a autora destaca que é preciso pesquisar nas fontes de informação bibliográficas, buscando as seguintes características na obra: a) unicidade e rareza, sob o ponto de vista de bibliógrafos, bibliófilos e especialistas no assunto da obra; 1 O mesmo que divergentes, mas com a nítida intenção de assemelhá-las. 11 b) preciosidade e celebridade, referindo-se àquelas obras mais procuradas por bibliófilos – por quaisquer razões – e/ou mais estudadas por eruditos; c) curiosidade – referindo-se àquelas obras em que o assunto foi tratado de maneira “sui generis” ou de apresentação tipográfica incomum; d) nas fontes de informação comerciais, que vão avaliar, em espécie, cada unidade bibliográfica – o preço passa a ser indicador de “raridade”. No que se refere a características do exemplar Pinheiro (2001, p. 32), lista os aspectos que se referem a elementos acrescentados a unidade bibliográfica em período posterior a sua publicação, como: Marcas de propriedade: ex-libris 2 , super-libris 3 , assinaturas indicado que aquele exemplar pertenceu a um conjunto bibliográfico de personalidade famoso e/ou importante, marcas de fogo; Marcas de artífices/comerciantes renomados e/ou considerados no mercado livresco, tais como encadernadores, restauradores, livreiros, etc; Dedicatórias de/a personalidades famosas e/ou importantes. Pinheiro (2001, p.32-33) ao apontar uma metodologia para determinação de critérios de raridade afirma que não quis determinar princípios irremovíveis e que partiu da premissa de que não existe uma realidade objetiva e que suposições devem adequar-se ao contexto, ao momento crítico e a uma situação particular. A Biblioteca Nacional, por sua vez coloca que outros critérios, adequados aos interesses específicos de bibliotecas e/ou colecionadores, podem e devem ser acrescidos, contudo, enfatiza que a classificação de qualquer obra dentro destes padrões, exige um apoio bibliográfico. Assim, tendo como base os argumentos de Pinheiro e da Biblioteca Nacional, a Biblioteca Central “Zila Mamede” optou por estabelecer alguns critérios que chamou de “Critérios Institucionais” que, doravante descrevemos. 3.1 Critérios Institucionais Em conformidade com Hallewell (1985, p.121) o Rio Grande do Norte, recebeu o seu 2 ex libris – marcas de propriedades que identificam uma personalidade ou coleção documentando e comprovando sua origem 3 Super-libres – marca de propriedade de um livro gravada na encadernação da obra. 12 primeiro prelo, da Província do Recife no ano de 1932, continuando as publicações oficiais sendo impressas em Olinda/PE até o ano de 1878. Assim, amparado nas pesquisas de Hallewel (1985), ficou definido que as obras impressas no Rio Grande do Norte até início do século XX, ano de 1901 serão tratadas e acondicionadas como raridade. Marca-se assim, como raro os primeiros 23 anos de publicação impressa no Rio Grande do Norte. As Publicações da Universidade Federal do Rio Grande do Norte como os relatórios de gestão, as publicações da Editora e outros; Port-fólios com lâminas soltas – pois essas possuem valor estimável no mercado livreiro, uma vez que despertam interesse não só em colecionadores, mas também em decoradores de ambientes. Estar em obras raras implica, portanto garantir a segurança desse acervo; Miniaturas – por serem em geral manufaturas; Folhetos e panfletos por seremrepresentativos de época e cultura, como por exemplo, a Literatura de Cordel e panfletos de movimentos literários e políticos. Proposto os critérios para nortear à avaliação e a seleção de obras do acervo da Biblioteca Central “Zila Mamede” em suas coleções circulante, desbaste e de referência, o passo seguinte, foi pensar os procedimentos para tratamento dessas obras visando o seu adequado acondicionamento, bem como sua conservação, preservação e principalmente a sua disseminação. 4 Construindo um Manual de Procedimentos Cientes do valor cultural das obras sob a sua guarda, foram adotados alguns procedimentos técnicos e específicos, voltados prioritariamente à conservação e preservação das obras: tombamento e identificação da coleção, tratamento técnico, crescimento da coleção, tratamento para conservação, restauração e preservação, bem ainda o atendimento ao usuário. 13 Tombamento e identificação das obras raras O tombamento das obras é feito através do Sistema Integrado de Patrimônio, Administração e Contratos (SIPAC), o qual gera um termo de responsabilidade constando os números de patrimônio para cada bem, especificação do documento, forma de aquisição, fornecedor, preço e respectivas quantidades. Na identificação das obras são realizados os procedimentos de preenchimento das informações extraídas do Termo de Responsabilidade com utilização de grafite. (Em se tratando de obra rara ou preciosa não deverá ser usado carimbo, nem tão pouco tinta para a escrita das informações). Concluídas essas atividades, as obras são encaminhadas à Coordenadoria de Processos Técnicos para fins de execução do tratamento técnico dos bens. Tratamento técnico: análise descritiva e temática As atividades de catalogação e classificação são realizadas por meio do Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas, possibilitando aos usuários a busca e recuperação de informações sobre o acervo de obras raras seja por autor, título ou assunto, através do catálogo on-line disponível no site da biblioteca: www.bczm.ufrn.br. As obras raras ou preciosas seguem os padrões de catalogação adotados pela Biblioteca Central “Zila Mamede”, sendo todo o tratamento técnico das mesmas executados pela Coordenadoria de Processos Técnicos, cabendo ao bibliotecário responsável pela coleção preencher o campo 590 (notas locais), quando necessário. Na avaliação das obras são identificadas as características de raridade ou preciosidade das obras que justifiquem a sua armazenagem na sala de obras raras. Para tanto, são usados os critérios de raridade proposto, bem ainda o glossário elaborado pela equipe de obras raras, o manual do encadernador do Instituto do Emprego e Formação Profissional de Coimbra, entre outras fontes consideradas pertinentes. Faz-se necessário, também, uma pesquisa nos acervos raros de outras instituições: Fundação Biblioteca Nacional (Rio de Janeiro), Real Biblioteca Espanhola, Biblioteca Nacional da França, Biblioteca Nacional de Portugal, Biblioteca Nacional de Londres, Biblioteca do Congresso Norte-Americano, universidades brasileiras para citar algumas. 14 Entretanto, a preparação final é executada na Sala de Obras Raras. Esse procedimento envolve inicialmente à limpeza folha a folha da obra, na fixação na fita de papel Ph neutro das etiquetas de identificação e de código de barras, na conferência das anotações técnicas no verso da folha de rosto e, em seguida, no encaminhamento da obra para armazenagem no acervo. Arranjo e organização das estantes A organização do acervo de obras raras é realizada por assunto, de acordo com a Classificação Decimal Universal (CDU), estruturada em tabelas principais e auxiliares, possibilitando o agrupamento das obras por área de conhecimento. As obras estão separadas por tipo de material – Obras de Referência, Livros, Periódicos, Folhetos de Cordel. Para o arranjo das estantes é seguida a ordem de arquivamento vertical dos símbolos da CDU, a qual se baseia na progressão do geral para o particular. Tratamento para conservação, preservação e restauração Os cuidados com a coleção visam a sua conservação e preservação, haja vista entender que a capacidade de resistir à ação mecânica sobre livros e documentos, esta diretamente relacionada com as condições ambientais em que esses materiais são manuseados e acondicionados. Dentre os agentes de degradação de acervos documentais, os agentes biológicos, notadamente insetos (tisanuros representado pela família das traças (peixe de prata); ortópteros – representados pela família dos besouros - e isópteros representado pela família dos cupins), fungos e roedores, constituem certamente ameaças sérias devido aos danos que podem gerar, por vezes irreparáveis. Em razão disso, vigilância e controle de proliferação devem constituir um cuidado permanente dentro da política de preservação do acervo. Com vistas à garantia da conservação, preservação e restauração das obras que constituem o acervo de obras raras e preciosas da Biblioteca Central “Zila Mamede”, foi definida uma rotina que se inicia com a higienização folha a folha das obras, usando, sempre, equipamento de proteção individual (luvas, máscara e óculos). 15 Esse procedimento consiste em limpar com pincel adequado, toda a obra (capas, lombos, cortes e folhas) sempre no sentido da margem inferior para a superior. Ressalta-se a necessidade de extremo cuidado na execução desse procedimento, pois o emprego de força excessiva poderá danificar as obras, visto que, em geral chegam a sala de obras raras já fragilizadas pelo desgaste natural do tempo, do modo inapropriado de guarda ou pelo mal uso. Durante a limpeza, observar a existência ou não de vestígios de broca – furos, rasgos nas páginas, cadernos ou folhas soltas, e registrar no formulário Ficha de Avaliação das Obras Raras e Preciosas. Ainda com o intento de conservação e preservação das obras, orienta-se que as mesmas sejam, a cada três meses, movimentadas, afastadas umas das outras, para que assim circule o ar e se evite a proliferação de insetos. DICAS PARA LIMPEZA EM BIBLIOTECAS Retire os livros, uma prateleira por vez, em pilhas de 30 a 40 cm e coloque sobre uma mesa longe da estante[...] Coloque as pilhas com a lombada do livro voltada para a esquerda, e conforme vai limpando cada pilha coloque-os com a lombada voltada para a direita, o que permite não modificar a ordem em que estavam. Comece sempre pela prateleira superior da estante e vá descendo. Com uma trincha (pincel largo e chato) macia, retire a poeira dos cortes (3 lados do livro). Sempre que usar o pincel ou a trincha faça-o em direção contrária à pessoa. Abra o livro e passe a trincha junto ao lombo, no interior das capas. Com um pano seco, limpe o lado externo das capas e da lombada. Oxigene o livro, folheando-o por inteiro e depois dê uma batida leve sobre a mesa para retirar o pó que tenha ficado e também para verificar se há pó produzido por broca ou cupim. Durante todo o processo observe bem se o livro não tem brocas, nem outros insetos. Tire o pó das estantes e se forem de madeira jamais use lustra móveis, nem outros produtos, cuja química danifica o papel. Reponha os livros nas estantes sem apertá-los e nunca os encoste ao fundo das estantes. Se o ambiente é úmido, coloque atrás tampinhas ou pires com sílica gel e/ou use um desumificador de ar. 16 O ideal é repetir todo este processo a cada 6 meses ou fazê-lo em rodízio. Fonte: Araújo (2010, p. 7). Ao término da limpeza, se forem observados danos às obras, essas deverão ser encaminhadas à Coordenadoria de Processos Técnicos para providências junto ao Setor de Restauração. Para a manutenção de um ambiente adequado a conservação do acervo, faz-se necessária também à higienização da área física conforme procedimentos descritosa seguir: Limpeza das estantes: trimestralmente, nos meses de janeiro, abril, julho e outubro. Esta deverá ser executada pela equipe de apoio sob o acompanhamento e orientação do responsável pela sala de obras raras. A limpeza deverá ser feita com a utilização de pano úmido, em mistura de água e álcool. Para tanto, os livros deverão ser cuidadosamente retirados das prateleiras e colocados em carrinhos. Em seguida, mediante a certeza de que as prateleiras estejam completamente limpas e secas os livros deverão ser inseridos nas estantes, após também passarem por uma limpeza individual, externa. Limpeza dos livros: trimestralmente, concomitante a limpeza das estantes, utilizando espanador ou pano seco nas áreas externas dos documentos. Limpeza do piso: diária, com utilização de mope de algodão ou aspirador. Jamais limpar as áreas de acervo com utilização de vassouras. Limpeza das janelas e portas: semanal, com utilização de flanela e álcool ou outro produto apropriado para esse fim. Limpeza do ar condicionado: quinzenalmente, mediante limpeza dos filtros com água corrente. A revisão geral do equipamento deverá seguir as cláusulas do contrato de manutenção vigente na Universidade. Ainda visando à conservação e preservação das obras faz-se necessário o controle da iluminação, tanto natural, quanto artificial, e também, a umidade relativa do ar que deverá ser mantida em 45%, conforme recomendação da Biblioteca Mário de Andrade. Ademais, torna- 17 se imprescindível um bom acondicionamento das obras em suportes apropriados conforme orientações dos modelos apresentados por Araújo (2010). Restauração Em vistoria periódica, ou durante a higienização das obras, seja no recebimento das mesmas ou durante as rotinas de trabalho, ao ser identificada obras com necessidade de restauro, essas deverão ser encaminhadas a Coordenadoria de Processos Técnicos, Setor de Restauração, acompanhado de relatório em que conste: número de sistema, número de registro, referência, descrição do dano, bem como a orientação a Coordenadoria de Processos Técnicos. Imprescindível, também, informar no Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas a transferência de setores da obra. Atendimento ao Usuário As obras que constituem o acervo de obras raras e preciosas da Biblioteca Central “Zila Mamede”, não são de livre acesso, mas estão disponíveis para a consulta local, não sendo permitido o empréstimo (domiciliar, especial ou para fotocópia). A consulta as obras somente é feita dentro do espaço “sala de obras raras”, obedecendo o horário de funcionamento da biblioteca e com a presença de um servidor. Aos usuários é fornecido o documento solicitado, bem como luvas e máscaras, e ainda, as instruções quanto ao manuseio adequado das obras: não marcar às páginas; não rabiscar; não se apoiar sobre o documento; não forçar a encadernação; não recolocar o material na estante. É facultado ao usuário a possibilidade de fazer fotografia das obras, desde que não use o dispositivo Flash. Entretanto, não é permitida a fotocópia das obras. O atendimento a visita programada deverá ser realizada com agendamento prévio junto ao Setor de Informação e Referência. Os visitantes serão encaminhados até a sala de Obras Raras onde receberão informações quanto às especificidades da coleção bem como os critérios para o acesso e uso das obras. Exposição de obras raras 18 As obras da coleção de raridades e/ou preciosidades poderão ser utilizadas nas exposições internas da Biblioteca Central “Zila Mamede”, desde que em mobiliário adequado e levando-se em consideração os critérios de segurança, conservação e preservação, estabelecidos por um comitê da National Information Standards Organization (NISO). O uso das obras da coleção em exposições externas somente serão liberadas mediante documento de autorização da direção da Biblioteca Central “Zila Mamede” e em consonância com os trâmites legais vigentes na instituição. Inventário da coleção O inventário da coleção deverá ser realizado anualmente, de preferência no mês de dezembro. A metodologia adotada será executada mediante o levantamento da coleção a partir da impressão da “listagem geral do acervo” gerado pelo Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas, na aba Relatórios, para posterior conferência nas estantes. 5 Considerações Finais As inquietações apresentadas no início desse trabalho como visto, foram em parte sanadas: a Biblioteca Central “Zila Mamede” possui uma proposta de critérios de raridade, que embora ainda não tenha sido aprovada, tem norteado o trabalho de avaliação das obras que constituem sua coleção de obras raras. Ao mesmo tempo, um manual das rotinas a serem desenvolvidas na sala de obras raras, com vistas, principalmente, a conservação e preservação das obras sob a sua guarda foi escrito e aprovado. Contudo, falta ainda, em parceria com a equipe de bibliotecários estabelecer uma rotina de avaliação das coleções circulante e de desbaste, principalmente, para fins de identificação de obras raras ou preciosas para a guarda apropriada. Trabalhar com obras raras, portanto, exige conhecimento da história do livro, mas também experiência com a atividade, pois como nos aponta Pinheiro (2005 apud RODRIGUES; CALHEIROS; COSTA, [200-?]) não basta o conhecimento dessa História, pois, tão importante quanto, é a convivência diária com livros raros, uma vez que o “ver” e o “tocar” o livro raro, rotineiramente, irá favorecer a revelação contínua de aspectos bibliológicos, muitas vezes, não indicados na literatura. 19 Portanto, é importante capacitar toda a equipe de bibliotecários para que estejam aptos a identificar no acervo, obras com características de raridade, esquecendo a premissa “velho, antigo, portanto raro”. Sugerimos então, como fundamental, a constituição de uma equipe de obras raras, para que essa mantenha o contato diário e rotineiro de avaliação o que, por conseguinte proporcionará o olhar bibliológico apurado necessário para a atividade. 6 Referências ARAÚJO, Diná Marques Pereira. Introdução às técnicas de acondicionamento e higienização de livros raros e especiais: atividades da Oficina de Conservação da Divisão de Coleções Especiais. Belo Horizonte: Biblioteca Universitária, Sistema de Bibliotecas/UFMG, Divisão de Coleções Especiais, 2010. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENCADERNAÇÃO E RESTAURO. Breve histórico da encadernação: principais características das encadernações ao longo dos séculos. Disponível em: <www.aber.org.br.>. Acesso em: 15 de maio de 2014. BIBLIOTECA NACIONAL (Brasil). Divisão de Obras Raras. Planor. Critérios de raridade [e] Catálogo Coletivo do Patrimônio Bibliográfico Nacional - CPBN: séculos XV e XVI. Rio de Janeiro: FBN, [2000]. 1 CD-ROM : il. son., color. Sistema requerido: Windows 95. Compact Disc. Sonopress: 17595/00. CAMBI, Franco. História da pedagogia. Tradução de Àlvaro Lorencine. São Paulo: UNESP, 1999. GONÇALVES, Edmar Mores. Estudo das estruturas das encadernações de livros do século XIX na coleção Rui Barbosa: uma contribuição para a conservação-restauração de livros raros no Brasil. Belo Horizonte, 2008. 100 f. Dissertação (Mestrado em Belas Artes) – Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2008. HALLEWELL, Laurece. O livro no Brasil (sua história). Tradução de Maria da Penha Villalobos e Lólio Lourenço de Oliveira. São Paulo: EDUSP, 1985. INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL. Manual de encadernação. Coimbra: CEARTE, 2007. Disponível em: <http://opac.iefp.pt>. Acesso em: 6 nov. 2012. JESUS, Raphael de. Castrioto lusitano. Lisboa: Antônio Craesbeeck de Mello, 1679. MATOS, Ricardo Pinto de (Coord.). Manual bibliographico portuguez de livros raros, clássicos e curiosos. Porto: Portuense, 1878. OGDEN, Sherelyn (Ed.). Meio ambiente. Tradução Elizabeth Larkin Nascimento, Francisco de CastroAzevedo. 2. ed. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2001. PINHEIRO, Ana Virgínia Teixeira da Paz Pinheiro. Que é livro raro? uma metodologia para o estabelecimento de critérios de raridade bibliográfica. Rio de Janeiro: Presença, 1989. http://opac.iefp.pt/ 20 RODRIGUES, Alessandra Hermógenes; CALHEIROS, Maria Fernandes; COSTA, Patrícia da Silva. Análise bibliológica de livros raros: a preservação ao “pé da letra”, [200-?]. Disponível em: <http://www.bn.br/planor/documentos/ARTIGOS/AnaliseBibliologica.pdf>. Acesso em: 11 de nov. 2011. SOUZA, Itamar de. Universidade para que? Para quem? Natal: Clima, 1984. UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE. Relatório: Administração Domingos Gomes de Lima 1975/1979. Natal: Editora Universitária, 1979. ______. Regulamento do Sistema de Bibliotecas da UFRN. Natal: UFRN, 2013.
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