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APG 15 - Broncoaspiração

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Verusca Luiza 
 
 
 
Objetivos: 
• Revisar a anatofisiologia das vias aéreas (superiores e inferiores); 
• Entender o mecanismo da broncoaspiração; 
• Compreender os sinais e sintomas da broncoaspiração; 
• Verificar os exames diagnósticos da broncoaspiração; 
• Pesquisar a prevenção da broncoaspiração infantil. 
Referências: Processos aspirativos pulmonares em crianças (2009), Corpos estranhos em vias aéreas em crianças 
(2022), Silverthorn (7ed) , Anatomia Humana (Martini – 6ed – CAP 24). 
Anatomia básica do sistema respiratório 
• O aparelho respiratório pode ser classificado de duas formas: estrutural e funcional 
Estruturalmente 
1. Trato superior (Nariz, cavidade nasal, seios paranasais, faringe, laringe) 
2. Trato respiratório inferior (Traqueia, brônquios, pulmões). 
Funcionalmente 
1. Zona condutora: cavidades e tubos que conduzem o ar até os alvéolos pulmonares. Estes incluem: o nariz, a 
cavidade nasal, a faringe, a laringe, a traqueia, os brônquios, os bronquíolos e os bronquíolos terminais. (Aqui 
não ocorre trocas gasosas) 
Função: Filtrar, aquecer e umidificar o ar e conduzi-lo para os pulmões. 
2 Zona respiratória: tubos e tecidos nos pulmões onde ocorre as trocas gasosas. Estes incluem: bronquíolos 
respiratórios, os ductos alveolares, sacos alveolares e os alvéolos. 
 
Função: realizar trocas gasosas 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Os pulmões são revestidos por uma túnica serosa chamada pleura; 
• A pleura apresenta suas lâminas: visceral e parietal 
• O espaço entre as pleuras é chamado de cavidade pleural e uma pequena quantidade de líquido pleural é 
secretado por ambas as pleuras. 
APG 15 
 Verusca Luiza 
 
Epitélio respiratório 
• Consiste em um epitélio colunar pseudo-estrati- ficado ciliado, com numerosas células mucosas (Figura 24.2). O epitélio 
respiratório reveste todo o trato respiratório, exceto a parte inferior da faringe, as menores vias condutoras e os alvéolos.; 
 
• Células mucosas no epitélio e glândulas mucosas profundas ao epité- lio respiratório na lâmina própria produzem um muco 
viscoso que reco- bre as superfícies expostas. Na cavidade nasal, os cílios “varrem” qualquer resíduo ou microrganismo 
aprisionado no muco até a faringe, onde serão deglutidos e expostos aos ácidos e às enzimas do estômago. Em porções 
inferiores do trato respiratório, os cílios também se movimentam em di- reção à faringe, criando um mecanismo semelhante 
ao de uma “escada rolante” que limpa as vias respiratórias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fisiologia do sistema respiratório 
 Verusca Luiza 
 
• Funções primárias do sistema respiratório: 
✓ Hematose (troca de gases); 
✓ Manutenção do Ph (eliminação ou retenção de Co2); 
 
• Funções secundárias do sistema respiratório 
• Defesa contra irritantes e patógenos instalados (no epitélio 
respiratório existem mecanismos de defessa que são 
capazes de eliminar partículas nocivas antes que ela possa 
entrar no corpo) 
• Olfato: células quimiorreceptoras localizadas no teto das 
cavidades nasais que são responsáveis por captar estímulos olfativos; 
• Fonação. 
• Regulação da temperatura (modula a perda de água e calor); 
• Aquecimento, umidificação e filtração do ar. 
Mecanismo da respiração 
• Sistema nervoso central (Bulbo – centro respiratório); 
• A respiração é um movimento involuntário (respirar dormindo) mas posso disparar movimentos voluntários 
(inspirar e expirar à comandos); 
• É deflagrado um estímulo para os nervos periféricos que irão contrair a musculatura torácica e diafragma; 
• Na inspiração: diafragma contrai – pressão negativa dentro do tórax (Patm > Pvias aéreas) – mecanismo ativo; 
• Na expiração: diafragma relaxa – pressão positiva dentro das vias aéreas (Patm < P vias aéreas) – mecanismo 
passivo 
• Ar segue pelas vias aéreas superiores e inferiores; 
• Barreira alvéolo capilar e ocorre a hematose. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Hematose 
• Ocorre nos alvéolos; 
• O Co2 sai dos capilares (arteríolas pulmonares) para os alvéolos e o O2 sai dos alvéolos para os capilares e se 
liga na hemoglobina; 
• Lei dos gases: lei de Boyle – A pressão e o volume são inversamente proporcionais; (Rege a ventilação pulmonar) 
 Verusca Luiza 
 
• Lei de Dalton (Rege a troca gasosa) – os gases migram através da membrana de forma independente (Para 
o oxigênio migrar no alvéolo para o capilar, ele só depende do teror de O2 nos alvéolos e do teor de O2 nos 
capilares) 
• Três fatores influenciam a troca dos gases: área de troca gasosa, diferença de pressão dos gases e difusão 
simples. 
 
 
 
 
 
Capacidades e volumes pulmonares 
 
 
Zonas de West 
 
• A relação ventilação perfusão (V/Q) é a razão existente 
entre a quantidade de ventilação e a quantidade de sangue 
que chega a esse pulmão, tendo como valores normais por 
volta de 0,8. 
 
• Para que ocorra uma troca gasosa ideal é necessário que o 
volume de ar que entra no alvéolo (V) seja próximo ao 
volume de sangue (Q) que passa através do pulmão. Essa 
relação entre o ar alveolar e o débito cardíaco, é chamada relação ventilação/perfusão (índice V/Q). 
 
 
 
Conceitos adicionais 
Espaço morto: regiões que não ocorre troca efetiva de gases; 
EM anatômico: sistema de condução; 
EM fisiológico: oxigênio que está nos alveolos mas não participa efetivamente da troca gassoa; 
Volume corrente: volume que entra e sai dos pulmões a cada respiração; 
Volume minuto: VC x FC 
 Verusca Luiza 
 
 
 
 
 
Broncoaspiração 
• Alimento ou substâncias estranhas nas vias aéreas inferiores; 
• Deveria seguir pelo esôfago, mas vai pela traqueia; 
• Evento potencialmente fatal, pois, pode bloquear a respiração ao obstruir as vias aéreas prejudicando a 
oxigenação e ventilação. 
• Pode ser aguda (acidental) ou crônica (habitual) 
• Aguda é mais comum desde o período neonatal até adolescência e a crônica estão mais relacionadas com 
refluxo gastroesofágico (RGE) 
 
Epidemiologia 
• Aspiração de corpos estranhos é muito comum em crianças com menos de dois anos de idade (1 a 3 anos); 
• Habilidades para colocar objetos na boca; 
• As crianças pequenas também são particularmente vulneráveis à FBA devido ao menor diâmetro de suas vias 
aéreas, que é propensa à obstrução; 
• Mecanismos de deglutição descordenados e imaturos; 
• Em crianças mais velhas e adultos, distúrbios neurológicos [ 17 ], perda de consciência e abuso de álcool ou 
sedativos 
Causas 
• Distúrbios neurológicos (Déficit de deglutição) 
• Perda da consciência; 
• Refluxo gastroesofágico 
• Itens alimentares são os itens mais comuns aspirados por bebês e crianças pequenas; 
https://www.uptodate.com/contents/airway-foreign-bodies-in-children/abstract/17
 Verusca Luiza 
 
• Os fatores que tornam os corpos estranhos mais perigosos incluem redondeza (objetos redondos são mais 
propensos a causar obstrução completa das vias aéreas e asfixia); falha em quebrar 
facilmente; compressibilidade; e superfície lisa e escorregadia; 
• A maioria dos corpos estranhos aspirados por crianças estão localizados nos brônquios: 
✓ Laringe – 3 por cento 
✓ Traqueia/carina – 13 por cento 
✓ Pulmão direito – 60 por cento (52 por cento no brônquio principal, 6 por cento no brônquio do lobo inferior 
e <1 por cento no brônquio do lobo médio) 
✓ Pulmão esquerdo – 23 por cento (18 por cento no brônquio principal e 5 por cento no brônquio inferior) 
✓ Bilateral – 2 por cento 
 
• Quanto ao estado físico dos corpos estranhos os mais comumente aspirados são sólidos, como brinquedos, 
vegetais oleosos como amendoim e não oleosos como milho e feijão. Como material líquido os principais são o 
leite e material gástrico. 
Sinais e sintomas 
• Variam de acordo com a localização do CE; 
• A apresentação da aspiração de corpo estranho (AFB) depende, em certa medida, do grau de obstrução dasvias aéreas e da localização do objeto, bem como da idade da criança, tipo de objeto aspirado (particularmente, 
seu tamanho e composição) e tempo decorrido desde o evento. 
• Laringotraqueal – CEs laringotraqueais são incomuns (5 a 17 por cento dos CEs), mas são particularmente 
propensos a ameaçar a vida. Os sintomas incluem estridor, sibilos, salivação, dispneia e, às vezes, alterações na 
voz. CE neste local são mais propensos a apresentar desconforto respiratório agudo, que deve ser tratado 
imediatamente 
• Grandes brônquios – Os sintomas habituais são tosse e chiado no peito. Hemoptise, dispneia, engasgos, falta 
de ar, desconforto respiratório, diminuição do murmúrio respiratório, febre e cianose também podem ocorrer; 
• O brônquio principal direito é a localização mais comum, seguido pelo brônquio esquerdo e brônquios 
bilaterais. Em comparação com os adultos, as crianças têm menos predileção pelo brônquio principal direito 
versus esquerdo porque a via aérea em crianças não está totalmente desenvolvida e há poucas diferenças 
anatômicas significativas entre a árvore brônquica esquerda e direita. 
Exames diagnósticos 
• A sequência de avaliação e manejo depende das características clínicas do paciente na apresentação e durante 
a investigação inicial. Pacientes com obstrução completa ou iminente das vias aéreas passam imediatamente 
para a intervenção, enquanto pacientes estáveis com suspeita de aspiração de corpo estranho (FBA) passam 
por avaliação adicional; 
• Nível de suspeita — A extensão da avaliação depende da suspeita clínica de FBA 
• Uma suspeita moderada ou alta de FBA é sugerida por qualquer um dos seguintes: 
✓ Testemunhou FBA, independentemente dos sintomas. 
✓ História de asfixia, com quaisquer sintomas subsequentes ou características suspeitas na imagem. 
✓ Criança pequena com sintomas sugestivos sem outra explicação, especialmente se houver características 
suspeitas nos exames de imagem. Os sintomas suspeitos incluem crises cianóticas, dispnéia, estridor, início 
 Verusca Luiza 
 
súbito de tosse ou sibilos (geralmente focais e monofônicos) e/ou sons respiratórios diminuídos 
unilateralmente. 
 
• A árvore traqueobrônquica deve ser examinada em todos os casos com suspeita moderada ou alta de FBA, 
usando broncoscopia rígida (ou, em alguns casos, tomografia computadorizada [TC]). Ocasionalmente, o uso 
adjuvante de um broncoscópio flexível pode ser útil. Radiografias de tórax normais não são suficientes para 
descartar FBA, principalmente porque a maioria dos CE é radiolúcida. A morbidade e mortalidade podem ser 
aumentadas se a avaliação broncoscópica for atrasada. Portanto, a suspeita clínica de FBA é o passo mais 
importante no diagnóstico. 
• Uma baixa suspeita de FBA é apropriada se nenhuma das características acima estiver presente. Nesse caso, 
os resultados normais das radiografias simples são suficientes para excluir provisoriamente a FBA. No 
entanto, esses pacientes devem ser observados, com acompanhamento em dois a três dias e avaliação 
adicional (por exemplo, broncoscopia) se os sintomas persistirem ou progredirem. 
 
• Todas as crianças com suspeita de AF estável devem ser submetidas a uma história e exame físico focados, 
seguidos de radiografia simples do tórax; 
• Os cuidadores devem ser questionados especificamente sobre uma história de episódio de asfixia nas horas 
ou dias anteriores ao início dos sintomas; 
• O exame físico deve avaliar sibilos, estridor e variação regional nos sons respiratórios, que podem ser sutis e 
difíceis de detectar; 
 
• Radiografia convencional — A avaliação radiográfica convencional ("simples") do tórax pode ou não ser útil 
para estabelecer o diagnóstico de FBA, dependendo se o objeto é radiopaco e em que grau a obstrução das 
vias aéreas está presente. O diagnóstico de FBA é facilmente estabelecido com radiografias convencionais 
quando o objeto é radiopaco (aproximadamente 10 por cento dos CE). No entanto, a maioria dos objetos 
aspirados por crianças são radiotransparentes (por exemplo, nozes, partículas de alimentos) e não são 
detectados com radiografias convencionais, a menos que a aspiração seja acompanhada de obstrução das 
vias aéreas ou outras complicações. Como resultado, achados normais na radiografia não excluem FBA, e a 
história clínica é o principal determinante para a realização de uma broncoscopia. 
 
• Em crianças com FBA de vias aéreas inferiores, os achados radiográficos mais comuns na FBA de vias 
aéreas inferiores são: 
✓ Pulmão hiperinsuflado (lucência distal à obstrução) – É causado por obstrução parcial das vias aéreas com 
aprisionamento aéreo, de modo que o ar passa na inspiração, mas não na expiração; 
✓ Atelectasia – Isso geralmente é causado por obstrução completa de uma via aérea, uma vez que o ar é 
reabsorvido dos alvéolos distais ao longo do tempo; 
✓ Desvio do mediastino – O mediastino tende a se afastar do campo pulmonar que contém o CE. 
✓ Pneumonia – A infecção geralmente se desenvolve distalmente uma via aérea obstruída. Portanto, um 
infiltrado consolidado também é um achado possível. 
 
• TC ou ressonância magnética: são opções diagnósticas possíveis para pacientes assintomáticos ou 
sintomáticos, mas estáveis, que tem radiografias convencionais normais ou inconclusivas, mas uma suspeita 
clínica continua de FBA. 
✓ TC é valiosa no diagnóstico de FBA com uma sensibilidade de quase 100%. Ao contrário da radiografia 
convencional a TC pode detectar corpos estranhos radiolúcidos, como vegetais. Ela pode indicar a localização 
exata do CE e detectar complicações associadas. 
 Verusca Luiza 
 
✓ RM é uma boa ferramenta para imagens de CE devido a diferenciação tecidual. Apresenta uma alta 
diferenciação de contraste. No entanto, é raramente usada em avaliação em crianças pequenas devido a 
necessidade de sedação. 
 
• Broncoscopia: a rígida é geralmente utilizada para que o objeto possa ser removido com segurança. A flexível 
pode ser usada para fins diagnósticos nos casos em que o diagnóstico não é claro ou se o FBA é conhecido, 
mas a localização do objeto não é clara.

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