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1ºAula
Tecnologia Educacional: Conceitos e 
Contexto Histórico
Objetivos de aprendizagem
Ao término desta aula, vocês serão capazes de: 
•	 compreender a relação das mudanças tecnológicas e a sua influência na educação;
•	 compreender a relação da educação e tecnologia, ou seja, quais os pressupostos principais da educação tecnológica;
•	 perceber e distinguir as concepções pedagógicas na educação mediada pela tecnologia;
•	 compreender a importância do acesso à cultura digital.
Caros(a) alunos(a),
Para que possamos entender a relação entre tecnologia 
e aprendizagem, precisamos nos adentrar um pouco no 
surgimento das tecnologias. Para isso, vamos refletir sobre 
como estes recursos influenciam no modo de vida das pessoas 
e sobre a importância de se ter acesso à cultura digital.
Vamos à aula então!!!
Começaremos analisando os objetivos e verificando as 
seções que serão desenvolvidas ao longo desta aula.
Boa aula!
Bons estudos!
8Tecnologias Educacionais e Linguagem
1 - Tecnologia e Educação
2 - A tecnologia como recurso didático
3 – Surgimento das tecnologias modernas
4 – A importância do acesso à cultura digital e sua 
influência na educação
1 - Tecnologia e Educação
A partir do final dos anos de 1970, a crise estrutural do 
capital vai gerir para as próximas décadas mudanças na ordem 
econômica, política, social e cultural no mundo.
Vemos, a partir da década de 1980, novas formas 
de organização dessa economia, tratada a partir de então 
não apenas em um único estado, mas em nível global, pela 
totalidade dos países, sem se restringir a determinadas regiões 
do globo.
Assim, as transformações ocorridas nessa fase do 
capitalismo nos remetem à vivência em redes, em um mundo 
agora globalizado, que se inter-relaciona e se reorganiza em 
uma dimensão planetária.
É nesse contexto que essas transformações vão imprimir 
mudanças significativas, tanto nas relações sociais, econômicas, 
políticas quanto no que diz respeito especificamente à 
educação, impondo assim novas formas de ensinar e aprender.
A escola sempre foi palco para a inserção de tecnologias 
que, como aponta Oliveira (2001, p. 101), “são produtos 
da ação humana, historicamente construídos, expressando 
relações sociais, das quais dependem, mas que também são 
influenciadas por eles”.
Assim, do “velho” quadro negro à informática, as novas 
tecnologias estão sendo incorporadas ao processo de ensino-
aprendizagem, sendo as ferramentas atuais utilizadas por 
nossas escolas na construção do conhecimento.
Para Pretto (1999), um dos conceitos-chave do mundo 
contemporâneo é o de rede. Não se trata de um conceito 
novo, surgido somente no final do milênio, mas a partir 
da segunda metade do século XX, quando se ampliou 
de forma considerável e passou a ter uma dimensão 
planetária. É importante aprofundá-lo, articulando-o com o 
desenvolvimento crescente das tecnologias de comunicação e 
informação, para com isso compreendermos sua relação com 
a educação.
Em um pequeno histórico das mudanças na tecnologia 
da informática, podemos dizer que há três momentos 
distintos no seu desenvolvimento: o primeiro e o segundo 
ocorrem durante a década de 70. O primeiro ocorre quando 
a introdução da informática pareceu algo inusitado e até 
traumatizante, pois o acesso era restrito a um grupo pequeno e 
altamente especializado. Já o segundo momento, ocorre com o 
surgimento do microprocessador e da CPU, pois as mudanças 
começaram a desmantelar os sistemas centralizados.
A terceira fase, na década de 1980, é marcada pelo 
aumento no processamento dos dados e pesquisas, bem 
como pelo barateamento dos equipamentos, fazendo com 
Seções de estudo
que palavras como conexões em tempo real e redes interativas sejam 
citadas frequentemente.
Com isso, a informática passa a ser um instrumento de 
uso frequente em salas de aula, na gestão escolar e nos demais 
locais de trabalho e estudo.
Vale lembrar que tecnologia não se restringe apenas ao 
uso do computador. Por muito tempo, tivemos os cursos por 
correspondência, e os programas de rádio e televisão (sendo a 
TV Escola um grande exemplo).
Assim, com o advento das novas tecnologias de 
comunicação e de informação, o convívio social passa a ter 
outras maneiras de se relacionar e de se organizar e também 
de fazer educação.
Com isso, é necessário pensar nessa nova organização da 
sociedade, na qual as informações são passadas e se diluem 
como em um passe de mágica. Assim, se faz viável pensar 
além da tecnologia apresentada hoje às escolas, pois esse tema 
é bastante complexo, já que envolve não apenas o uso de 
computador.
Também é necessário pensar na formação dos 
professores dentro desse novo cenário, bem como nas 
correntes teóricas para embasar esse processo de ensino, o 
acesso e a democratização do uso das novas tecnologias.
2 - A Tecnologia como Recurso 
Didático
O uso da tecnologia tem promovido amplo debate acerca 
de sua relação com a educação. A inserção dos computadores 
no universo educacional brasileiro deu-se na década de 1970, 
por meio das universidades e, de lá para cá, a incorporação 
tem se intensificado, apresentando como um dos resultados 
a oferta de programas de educação a distância em várias 
instituições de ensino.
À medida que a tecnologia aplicada à educação foi sendo 
ampliada, a regulamentação sobre a educação a distância 
também foi se corporificando, bem como o debate no campo 
da educação e sua interface com as novas tecnologias de 
comunicação.
Um dos pontos discutidos é a aprendizagem que se 
processa nesse universo. Assim, dessa relação surgiram novas 
mediações entre a ação do professor e do aluno, conforme 
aponta Kenski:
[...] a imagem, o som e o movimento oferecem 
informações mais realistas em relação ao que 
está sendo ensinado. Quando bem utilizadas, 
provocam alteração dos comportamentos de 
professores e alunos, levando-os ao melhor 
conhecimento e maior aprofundamento do 
conteúdo estudado(KENSKI, 2007, p. 45).
De acordo com a autora, a escolha da tecnologia pode 
alterar a natureza do processo educacional e a maneira como 
a comunicação entre os sujeitos se realiza. Entretanto, em 
face do enraizamento do modelo de estrutura dos cursos, 
a tecnologia tem sido comumente utilizada como um 
recurso didático. Isso significa que ainda não mudaram, 
por exemplo, a articulação entre os conteúdos, as maneiras 
9
como os professores trabalham didaticamente com os 
alunos, a permanência das aulas seriadas ligadas a uma única 
disciplina e “graduadas em níveis hierárquicos e lineares de 
aprofundamento dos conhecimentos em áreas específicas do 
saber” (id. Ibid.).
Nesse processo em curso surgiram várias modalidades 
de educação online, tais como as indicadas por Okada apud 
Okada e Barros (2010, p. 21):
[...] novas derivações e práticas adjacentes 
surgiram, tais como o e-learning, o b-learning e 
“open-learning”. O “e-learning” cujo significado 
está associado com aprendizagem eletrônica, 
é uma convergência da aprendizagem via 
tecnologias digitais e do ensino a distância 
baseado em Web. O “b-learning” cuja descrição 
é derivada de “blended learning” refere-se 
ao sistema de aprendizagem que combina 
situações online e também presenciais, daí 
a origem da designação “blended” como 
aprendizagem mista. Já o termo “open-
learning” refere-se a aprendizagem aberta, 
onde recursos educacionais abertos REAs 
favorecem a construção colaborativa, 
socialização de processos e produtos visando 
a maior interação e autonomia da comunidade 
de aprendizes.
Na análise das autoras, a educação pode ser potencializada 
por meio de tecnologias que estabeleçam a comunicação de 
todos, principalmente se considerar a usabilidade técnica e 
pedagógica da web. 2.
Você sabia?
O que são REA’s?
Recursos Educacionais Abertos são “materiais de ensino, aprendizado e 
pesquisa em qualquer suporte ou mídia, que estão sob domínio público, 
ou estão licenciados de maneira aberta, permitindo que sejam utilizados 
ou adaptados por terceiros. O uso de formatostécnicos abertos facilita 
o acesso e reuso potencial dos recursos publicados digitalmente. Os 
REAs podem incluir cursos completos, partes de cursos, módulos, 
livros didáticos, artigos de pesquisa, vídeos, testes, software e qualquer 
outra ferramenta, material ou técnica que possa apoiar o acesso ao 
conhecimento” (Unesco e Commonwealth of Learning, 2015).
Essa constatação resulta no entendimento de que a 
tecnologia tem possibilitado novas formas de relacionamento 
e comunicação que ensejam o desenvolvimento de 
competências para lidar com essas mudanças, notadamente 
com a existência das redes que se constituem em um universo 
rico e plural para a descoberta de novas informações. 
Tal navegabilidade implica em mudanças 
comportamentais dos alunos, tais como o imediatismo quanto 
ao retorno das informações, a pouca aceitação dos métodos 
de transmissão do saber em que a oralidade do professor 
é lenta ou monótona, cujas respostas às dúvidas são dadas 
após a fala do professor e a ansiedade frente às avaliações e 
autoavaliações.
A pedagogia interativa necessária para adentrar no 
universo dos alunos que a cada dia estreitam sua convivência 
com as tecnologias de informação e comunicação deve 
romper, portanto, com essa prática assentada na transmissão, 
e compartilhar com os alunos a construção do conhecimento. 
Esse compartilhamento não significa, no entanto, que o aluno 
deva caminhar sozinho, sem referências e “solto” em razão 
de sua participação ativa. O professor deve compreender 
em que espaço esse processo se opera, com interconexões 
e sociabilidades diferenciadas para que o processo educativo 
seja materializado.
A segunda geração da internet denominada web. 2, 
mais focada no usuário e propensa a desenvolver atividades 
colaborativas, bem como com uma grande convergência de 
mídias, tem promovido uma alteração no perfil do usuário 
que se torna mais ativo e interativo com novas formas de 
aprender. Essas formas diversas ocorrem tanto no âmbito 
da escolarização formal quanto na não formal, por meio 
de competências cognitivas não lineares, polissêmicas e não 
hierarquizadas. Para que ocorra de forma eficaz, necessita 
que sejam desenvolvidas as capacidades de compreensão, 
interpretação e de postura crítica em relação ao conteúdo 
acessado para que se possa selecionar o que é importante e 
relevante.
Além da necessidade de forjar essa capacidade, há que se 
ressaltar a importância de uma prática pedagógica que seja rica 
na constituição do processo de aprendizagem, pois as vezes 
as instituições são sofisticadas do ponto de vista tecnológico, 
porém não elaboram ambientes que proporcionem a reflexão, 
a colaboração e agucem a capacidade criativa dos alunos.
A abordagem teórica escolhida guiará o método de 
ensino e aprendizagem que, por sua vez, definirão quais serão 
as atividades a serem realizadas, por meio dos recursos e 
ferramentas apropriadas para o fim almejado.
3 - Surgimento das Tecnologias 
Modernas
Os computadores modernos surgiram na década de 
40, durante a Segunda Guerra Mundial. Na década de 60, 
nos Estados Unidos, surgiram os microcomputadores, mas 
somente na década de 90 a internet promoveu grandes 
mudanças nas esferas sociais e econômicas. Estas mudanças 
alteraram também a dinâmica escolar. Em 1970 era percebido 
um movimento da informática na educação, tanto no setor 
administrativo quanto em sistemas eletrônicos de informação. 
No Brasil, a década de 80 foi marcada por grandes 
investimentos governamentais de informática na educação. 
A partir da década de 1990, projetos e programas 
passam a ser criados ou são incluídos na agenda nacional 
com o objetivo de formar mão de obra e consumidores. 
Essas ações inseriram as tecnologias digitais na educação, mas 
não ofereciam a infraestrutura básica como rede elétrica e 
conectividade. Sendo nosso país grande como é, em muitas 
regiões ainda não havia (e ainda não há) rede de esgoto, água 
encanada, moradia digna, acesso à internet. Segundo Almeida,
[...] a baixa conectividade de internet é fator de 
restrição ao uso nas escolas públicas. Muitas 
vezes é o professor que traz para dentro das 
escolas os dispositivos móveis para realizar 
o trabalho pedagógico: […] o professor está 
10Tecnologias Educacionais e Linguagem
trazendo para dentro da escola o instrumento 
da cultura que faz parte de seu cotidiano para 
auxiliar no trabalho pedagógico (2016, p.50).
Infelizmente, essa é a realidade de muitas escolas, como 
nas de aldeias indígenas e de locais, muitas vezes, de difícil 
acesso. Não somente de escolas, mas também de locais de 
trabalho de diferentes ramos. Disponibilizar o acesso à 
internet é promover uma rede de trocas, em um processo de 
comunicação livre, de conhecimento cultural tão necessário à 
cidadania.
De acordo com o FNDE (Fundo Nacional para o 
Desenvolvimento da Educação), o Programa Nacional de 
Tecnologia Educacional (ProInfo) foi criado pelo Ministério 
da Educação, em 1997, para promover o uso da tecnologia 
como ferramenta de enriquecimento pedagógico no ensino 
público fundamental e médio (PROINFO-Portal do FNDE. 
Disponível em www.fnde.gov.br>programas. Acesso em: 10 
nov. 2022).
Um dos primeiros programas governamentais a levar 
as tecnologias digitais para as escolas de rede pública foi o 
PROINFO. Criado em 1997, através da portaria nº 522, como 
Programa Nacional de Informática na Educação, foi, a partir 
de dezembro de 2007, com o decreto n° 6.300, reformulado, 
passando a denominar-se Programa Nacional de Tecnologia 
Educacional. 
A partir dele são instalados laboratórios de informática 
nas escolas e criados, nos estados e municípios, os Núcleos 
de Tecnologia Educacional - NTE e NTM, onde atuavam 
profissionais da educação e especialistas em hardware e 
software responsáveis pela formação dos educadores, tendo 
como princípio promover o uso pedagógico das tecnologias 
de informação e comunicação nas redes públicas de educação 
básica (BONILLA e CORDEIRO, 2018) (Disponível em: 
https://www.upf.br/_uploads/Conteudo/senid/2018-
artigos-completos/178958.pdf. Acesso em: 10 nov. 2022). 
No ano de 2005, o governo desenvolveu o projeto: “UM 
COMPUTADOR POR ALUNO (UCA)”, com o objetivo de 
intensificar o uso da tecnologia da informação nas escolas. 
Após um longo processo de licitação, em 2008 o governo 
efetuou a compra de 150 mil laptops que contemplou 300 
escolas brasileiras. Porém, nem todas as escolas tinham a 
estrutura necessária e nem os professores eram capacitados o 
suficiente para fazer uso de tal instrumento como processo de 
construção do conhecimento. 
Em 2008 teve início o PROUCA (Programa Um 
Computador por Aluno) sendo instituído pela Lei nº 12.249, 
de 11 de junho de 2010, sendo parte da política nacional de 
tecnologia educacional do Ministério da Educação. Neste ano, 
além da distribuição aos estudantes, os professores passaram 
por capacitação para uso do equipamento em projetos 
pedagógicos (MEC. Ministério da Educação. Disponível em: 
http://portal.mec.gov.br. Acesso em: 10 nov. 2022). 
Oferecendo formação contextualizada e atualizada, o 
Estado tem investido em programas de instrumentalização dos 
ambientes escolares e cursos de formação de professores. Por 
exemplo, um dos programas acima citados e implantados pelo 
Ministério da Educação é o Programa Nacional de Tecnologia 
Educacional (ProInfo), criado em 1997 e remodelado em 
2007, passando a denominar-se PROINFO INTEGRADO, 
que visa auxiliar no processo pedagógico dos estudantes das 
escolas públicas de educação básica como na inclusão digital 
dos mesmos (BRASIL, 2007).
Em 2013, as escolas de ensino público foram 
contempladas com TABLETS EDUCACIONAIS, 
intensificando o programa do Proinfo Integrado. Os pré-
requisitos para as escolas serem contempladas eram: ser escola 
urbana de ensino médio, ter internet banda larga, laboratório 
do Programa Nacional de Tecnologia Educacional (ProInfo) 
e rede sem fio (wi-fi). 
Estes recursos trouxeram avanços para as escolas e suas 
metodologias,mas há que equipá-las e preparar os professores 
para se fazer uso delas. O papel do professor é fundamental 
para tornar a tecnologia um recurso eficaz no ambiente 
escolar. Demo (2008, p.134) ressalta: 
Temos que cuidar do professor, pois todas as 
mudanças só entram bem na escola se entrarem 
pelo professor, ele é a figura fundamental. 
Não há como substituir o professor. Ele é a 
tecnologia das tecnologias, e deve se portar 
como tal (Apud ANDRADE, p.16).
O professor sempre será necessário para o ensino, mas 
deve atualizar-se e acompanhar o ritmo moderno que a 
sociedade vive. 
A tecnologia da informação e comunicação foi se 
desenvolvendo no decorrer do tempo e se desenvolve a cada 
ano em uma velocidade que muitas vezes achamos difícil 
acompanhar. Podemos citar evoluções no rádio, na televisão, 
no radar, no computador, na energia nuclear, que são 
tecnologias do século XX e, atualmente, celular, notebook, 
televisão de plasma/LCD/LED, câmera digital, iPhone, cloud 
computing, Inteligência Artificial, robotização, equipamentos 
autônomos, relógios digitais, realidade virtual e muitas outras 
coisas. 
Há um vasto campo de exploração que é possível 
incorporar às metodologias educacionais, como por exemplo, 
as plataformas digitais. A conectividade entre as pessoas passa 
também pelo e-mail, as redes sociais, Facebook, Instagram, 
Twitter, Whatsapp, metaverso, e tantos outros mecanismos 
de conexão interativa. Fala-se com pessoas do outro lado do 
mundo apenas com clicks e/ou digitação. O telefone fixo se 
tornou obsoleto nos lares. A grande maioria da pulação tem 
pelo menos um celular e, através dele, realiza tarefa e chega a 
qualquer lugar que desejar. 
FIGURA 2- FERRAMENTA UTILIZADA COMO 
RECURSO TECNOLÓGICO
 
Fonte: Disponível em: https://www.professordofuturo.com.br/tecnologia-
educacional-uma-ferramenta-a-favor-do-ensino. Acesso em: 10 out. 2022.
11
4 - A Importância do Acesso à Cultura 
Digital e sua Influência na Educação
Com o rápido desenvolvimento e transformações pelas 
quais passam a sociedade, é necessário uma visão ampla, 
crítica e evolutiva também na educação, para que se possa 
diminuir as diferenças, igualar as oportunidades educativas, 
o acesso às diferentes culturas e identidade nas diversas 
camadas da sociedade. É um direito humano. O não acesso 
ao mundo das tecnologias e do modo de vida da cultura digital 
contemporânea, leva à exclusão. De acordo com Franco 
(2009)
Pode-se afirmar que o conhecimento é de 
propriedade coletiva, portanto, patrimônio da 
humanidade. Assim sendo, todas as tecnologias 
que foram produzidas como resultados do 
desenvolvimento humano, decorrente do 
trabalho coletivo, são de direito de todos. 
É patrimônio de toda Humanidade, toda a 
Humanidade tem direito, tornando-se, assim, 
um direito humano universal fundamental. 
Não por um desejo ético apriorístico, mas 
como uma consequência sócio-histórica 
(p.109-110).
Corroborando o que diz o autor acima, o conhecimento 
é de propriedade coletiva e um direito de todos. Assim, 
promover a inclusão digital se faz necessário. Atualmente, 
mesmo pessoas deficientes visuais conseguem fazer uso 
das tecnologias, idosos fazem compras virtuais, acessam 
os bancos via internet, deficientes físicos não precisam ir a 
supermercados para fazerem suas compras, qualquer pessoa 
pode fazer cursos on-line, inclusive, à distância. Através 
desta inclusão, as atividades se tornam mais rápidas, facilita 
as atividades diárias, aumenta a produtividade, melhora a 
comunicação, promove a autonomia, dentre outras vantagens.
A inclusão digital representa garantir que os cidadãos e 
instituições disponham de meios e capacitação para acessar, 
utilizar, produzir e distribuir informações e conhecimento, 
por meio das TIC, de forma que possam participar de maneira 
efetiva e crítica da sociedade da informação (CGPID, 2010).
A utilização das tecnologias, em todos os contextos, faz 
emergir novas práticas sociais, principalmente na forma de se 
produzir e consumir informação. Estas práticas interferem 
diretamente nos modos de pensamento e de valores, nas 
técnicas e atitudes dos indivíduos (LÉVY, 1999) formando o 
que chamamos de cultura digital.
O uso das tecnologias na educação não pode ser 
considerado apenas como uma mudança tecnológica, pois 
não se trata simplesmente de substituir o quadro preto ou 
o livro pelo computador; mas está associado à mudança do 
modo como se aprende; das formas de interação entre aluno 
e professor e do modo como se reflete sobre a natureza do 
conhecimento (TEODORO, 2008).
A necessidade de transformação perpassa pela 
necessidade de informações qualificadas para saber agir, a 
fim de se obter uma educação de qualidade. A capacitação 
do corpo docente indica direções fundamentais para a nova 
realidade escolar.
O professor, junto com seus alunos, pode criar 
possibilidades interessantes e diversas, criando, partilhando, 
reinventando e construindo saberes. As tecnologias 
oferecem facilidades para se fazer gráficos, textos, mapas 
mentais, reuniões, salas de bate-papo, podcast e tantas outras 
possibilidades. Fazendo uso das tecnologias digitais em uma 
imensidão de recursos, potencializa-se o conhecimento. Desta 
maneira, constrói-se a cidadania em um novo tempo.
A inserção e acesso à tecnologia no currículo das 
escolas não depende apenas da instituição, dos gestores ou 
corpo docente. Depende de fatores como implantação de 
infraestrutura tecnológica, inserção dos envolvidos no mundo 
das tecnologias e políticas públicas voltadas para esta nova 
realidade.
Finalizamos nossa primeira aula. Espero que tenham 
gostado, pois o assunto é muito interessante, não é mesmo? 
Desta maneira, vamos relembrar um pouco o que vimos?
Chegamos, assim, ao final de nossa aula. Espera-se 
que agora tenha ficado mais claro o entendimento 
de vocês sobre Tecnologia Educacional: conceitos e 
contexto histórico. Vamos, então, recordar? 
Retomando a aula
1 - Tecnologia e educação
Nesta seção, vimos que as mudanças na tecnologia 
da informática têm três momentos distintos no seu 
desenvolvimento: o primeiro e o segundo ocorrem durante 
a década de 70. O primeiro ocorreu quando a introdução 
da informática pareceu algo inusitado e até traumatizante, 
pois o acesso era restrito a um grupo pequeno e altamente 
especializado; já o segundo momento ocorreu com o 
surgimento do microprocessador e da CPU, cujas mudanças 
começaram a desmantelar os sistemas centralizados. Também 
vimos que hoje em dia a sociedade tecnológica se organiza 
em rede e é importante pensar em estratégias para fazer uso 
deste recurso.
2 - A tecnologia como recurso didático
Nesta seção discutimos a tecnologia aplicada à educação 
e sua relação com a aprendizagem. Vimos também alguns 
exemplos de novas tecnologias de comunicação, que podem 
ser aplicadas em várias situações, inclusive são muito usadas, 
principalmente na educação na modalidade a distância.
3 – Surgimento das tecnologias modernas
Nesta seção estudamos que desde a década de 40 os 
computadores já existiam e através das novas e modernas 
tecnologias podemos ensinar e aprender, tornando estes 
recursos fundamentais para atingir um grande número de 
pessoas no mundo todo.
12Tecnologias Educacionais e Linguagem
4 - A importância do acesso à cultura digital e sua 
influência na educação
Nesta última seção, vimos que o acesso à cultura digital é 
um direito de todos e um dever de toda a sociedade engajar-
se em prol de uma educação de qualidade que contemple a 
todos. Vimos que fazendo uso das tecnologias digitais em 
uma imensidão de recursos, potencializa-se o conhecimento. 
Desta maneira, constrói-se a cidadania em um novo tempo.
Vale a pena ler
Vale a pena
PRETTO, Nelson de Lucca. Políticas Públicas 
Educacionais no Mundo Contemporâneo. Revista Liinc, Rio 
de Janeiro, n.1, 8-21, mar. 2006.
TEODORO, V. Educação e computadores. Secção 
Ciências da Educação, Faculdade de Ciências e Tecnologia, 
Universidade Nova de Lisboa, 2008.
UNESCO & Commonwealthof Learning (2015). 
Guidelines for Open Educaional Resources (OER) in Higher 
Education. Disponível em http://unesdoc.unesco.org/
images/0021/002136/213605e.pdf. Acesso em: 18 ago. 
2020.
Como são aplicadas as políticas educacionais no Brasil. 
Disponível em: https://tutormundi.com. Acesso em: 13 
out 2022.
Educação e tecnologias digitais: políticas públicas em 
debate. Disponível em: https://www.upf.br › 2018-artigos-
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Disponível em: https://www.gov.br › pt-br › inclusao-digital. 
Acesso em: 20 out. 2022.
Tecnologia e Educação. Disponível em: http://www.
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2022.
CITE. Disponível em: www.tecnologianaeducacao.
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ABED.ORG.BR - https://www.abed.org.br/site/pt/ 
Acesso em: 20 out. 2022.
ANPED.ORG.BR - https://anped.org.br/ Acesso em: 
20 out. 2022.
ANFOPE - anfope.spaceblog.com.br - http://portal.
mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/Recife.pdf Acesso em: 20 
out. 2022.
BONILLA, Maria H .S. CORDEIRO, Salete. F. N. 5º 
SENID – Anais SENID ISS 2238-5916 (2018). Disponível 
em: https://www.upf.br/_uploads/Conteudo/senid/2018-
artigos-completos/178958.pdf. Acesso em 10 nov. 2022. 
PROINFO. Programa nacional de informática na 
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https://www.fnde.gov.br/sigetec/relatorios/
indicadores_rel.html# 
https://www.fnde.gov.br/index.php/programas/
proinfo/eixos-de-atuacao/tablets
http://por tal .mec.gov.br/component/tags/
tag/32086-proinfo 
https://www.fnde.gov.br/index.php/programas/
proinfo/eixos-de-atuacao/tablets. Acesso em 19 nov. 2022.
Vale a pena acessar
Obs: Não se esqueçam! Em caso de dúvidas, acessem as ferramentas 
“fórum” ou “quadro de avisos” para se comunicarem com o(a) professor(a).
ANDRADE, Ana Paula Rocha de. Uso das tecnologias na 
educação: computador e internet. (monografia) Universidade 
Estadual de Goiás. Brasília, 2011.
CYSNEIROS, Paulo Gileno. Novas Tecnologias Na Sala 
De Aula: Melhoria do Ensino Ou Inovação Conservadora? 
Informática Educativa Vol 12, No, 1, 1999. UNIANDES/ 
LIDIE pp 11-24. Disponível em: https://aedmoodle.ufpa.
br/pluginfile.php/247582/mod_resource/content/0/34-
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CYSNEIROS.pdf. Acesso em: 05 out. 2022.
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