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Quimica Capilar unopar

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R
Química 
capilar
Claudia Stoeglehner Sahd
Vânia Aparecida Malachias Terra
Química capilar
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) 
 Sahd, Claudia Stoeglehner 
 
 ISBN 978-85-522-0319-3
 1. Cabelo – cuidado e higiene. I. Malachias, Vânia 
 Aparecida Terra. II. Título. 
 CDD 646.724 
Vânia Aparecida Terra Malachias. – Londrina: Editora e 
Distribuidora Educacional S.A., 2018.
 144 p.
S131q Química capilar / Claudia Stoeglehner Sahd,
© 2018 por Editora e Distribuidora Educacional S.A.
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida ou transmitida de qualquer 
modo ou por qualquer outro meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação ou qualquer outro tipo 
de sistema de armazenamento e transmissão de informação, sem prévia autorização, por escrito, da Editora e 
Distribuidora Educacional S.A.
Presidente
Rodrigo Galindo
Vice-Presidente Acadêmico de Graduação
Mário Ghio Júnior
Conselho Acadêmico 
Alberto S. Santana
Ana Lucia Jankovic Barduchi
Camila Cardoso Rotella
Danielly Nunes Andrade Noé
Grasiele Aparecida Lourenço
Isabel Cristina Chagas Barbin
Lidiane Cristina Vivaldini Olo
Thatiane Cristina dos Santos de Carvalho Ribeiro
Revisora Técnica
Priscila Cassolla
Editorial
Adilson Braga Fontes
André Augusto de Andrade Ramos
Leticia Bento Pieroni
Lidiane Cristina Vivaldini Olo
2018
Editora e Distribuidora Educacional S.A.
Avenida Paris, 675 – Parque Residencial João Piza
CEP: 86041-100 — Londrina — PR
e-mail: editora.educacional@kroton.com.br
Homepage: http://www.kroton.com.br/
Sumário
Unidade 1 | Conceitos de colorimetria
Seção 1 - Identificação da cor e tom dos cabelos naturais
1.1 | A estrutura da cor capilar
1.1.1 | Melanócitos
1.1.2 | Melanina
1.2 I A coloração natural nos cabelos
1.3 I Canície
Seção 2 - Os conceitos dentro da colorimetria
2.1 | Colorimetria
2.2 | Histórico
2.3 I Teoria das cores
2.3.1 I Conceito da teoria das cores
2.3.2 I Histórico da teoria das cores
2.4 I Defi nição da cor
2.5 I Espectro visível
2.6 I Fisiologia da cor
2.7 I Tricromia
2.8 I Sistemas colorimétricos
2.8.1 I Modelo RGB
2.8.2 I Modelo CMYK
2.9 I Estrela de Oswald
2.10 I Nível ou saturação da cor (altura de tom)
2.11 I Tonalidade ou nuance da cor (refl exos da cor)
2.12 I Referências das cores em colorimetria
Seção 3 - A composição bioquímica das colorações capilares
3.1 | Histórico
3.2 I Composição bioquímica
Seção 4 - Colorações capilares
4.1 | Processo de coloração
4.2 I Coloração oxidante
4.2.1 I Semipermanente
4.2.2 I Permanente
4.3 I Coloração não oxidante
4.3.1 I Temporárias
4.3.2 I Henna
4.4 I Técnicas de coloração
4.4.1 I Técnicas de coloração oxidantes (semipermanente)
4.4.2 I Técnicas de coloração oxidantes (permanente)
4.4.3 I Técnicas de coloração não oxidantes (temporária)
4.4.4 I Técnicas de coloração não oxidantes (henna)
Unidade 2 | Processos de descoloração capilar
Seção 1 - Processo de clareamento capilar
1.1 | Clareamento capilar
1.2 | Estágios de descoloração
1.3 | Reação de oxidação
1.4 | pH e o clareamento capilar
9
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49
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58
58
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Seção 2 - A composição bioquímica do descolorante capilar
2.1 | Histórico
2.2 | Composição bioquímica
2.3 | Uso de clareadores
2.3.1 | Clareadores de couro cabeludo
2.3.2 | Clareadores para haste capilar
Seção 3 - Técnicas de clareamento capilar
3.1 | Introdução
3.2 | Técnica de luzes
3.3 | Técnica de mechas
3.4 | Técnica de refl exo
3.5 | Técnica de balaiagem
3.6 | Técnica de mechas californianas
3.7 | Técnica de ombré hair
3.8 | Técnica de mechas 3D
3.9 | Técnica de mechas invertidas
3.10 | Técnica de matização
Seção 4 - Efeitos do clareamento capilar
4.1 | Oxidantes em uso
4.2 | Efeito dos clareamentos
4.2.1 | Perda proteica
4.3 | Segurança no clareamento capilar
Unidade 3 | Transformações capilares
Seção 1 - Considerações gerais sobre os transformadores capilares
1.1 | Histórico
1.2.1 | Escova progressiva (alisamento)
1.2.2 | Relaxamento capilar
1.2.3 | Permanente capilar
1.3 | Tipos de escova progressiva (nomes comerciais)
1.3.1 | Escova defi nitiva
1.3.2 | Escova inteligente
1.3.3 | Escova marroquina
Seção 2 - Modo de ação dos transformadores capilares
2.1 | Modo de ação
2.2 | Agentes redutores
2.2.1 | Tioglicolato de amônia
2.2.2 | Hidróxidos
2.2.3 | Hidróxido de sódio
2.2.4 | Hidróxido de cálcio
2.2.5 | Hidróxido de guanidina
2.2.6 | Hidróxido de lítio
2.2.7 | Ácido glioxílico
2.2.8 | Ácido tioglicólico
Seção 3 - Técnicas de transformações capilares
3.1 | Técnicas de aplicação
3.2 | Técnica de permanente capilar
3.2.1 | Técnica do permanente tradicional
3.3 | Técnica de relaxamento
3.4 | Técnica de progressiva (alisamento)
Seção 4 - Efeitos das transformações capilares
4.1 | Efeitos causados nos fi os
4.2 | Teste de mecha
4.3 | Precauções
4.4 | Cuidados
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109
Unidade 4 | Efeitos fi siológicos da coloração no organismo
Seção 1 - Processo de clareamento capilar
1.1 | A toxicidade dos corantes
1.2 | Estudos sobre a toxicidade dos colorantes
1.3 | Métodos analíticos para a determinação de corantes de cabelo 
1.4 | Descrição da rotulagem das colorações capilares
Seção 2- Efeitos fisiológicos das colorações
2.1 | Efeitos fi siológicos
2.2 | Danos à saúde
115
118
118
119
121
124
128
128
130
Caro aluno, é um prazer apresentar a você este material elaborado 
especialmente para a disciplina Química Capilar.
Esperamos contribuir para a construção do conhecimento dos 
conteúdos abordados neste livro, sendo de grande valia para a sua 
formação profissional. 
O embelezamento está diretamente ligado à saúde. As pessoas 
consideradas com excelente saúde são as que mais estimam o 
cuidado com a aparência e bem-estar. Entre esses cuidados estão a 
prática de atividade física ou comparecimento assíduo em centros de 
embelezamento facial, corporal e capilar.
Os cuidados com a face e o corpo existem desde os tempos da pré-
história, quando o homem já dispunha de artifícios para cuidados com 
o cabelo. A área da química capilar está em permanente crescimento, 
visto que vivemos em uma sociedade que cultua o belo e a beleza 
que sempre deve estar em sintonia com a qualidade de vida e a busca 
incansável pela eterna juventude.
Neste material, você, aluno, irá estudar pontos fundamentais da 
química capilar, conceitos de colorimetria, processos de descoloração 
capilar, transformações capilares e os efeitos fisiológicos da tintura no 
organismo.
Na Unidade 1, será possível conhecer e saber identificar os conceitos 
de colorimetria e compreender como os pigmentos são produzidos, 
além de aprender a composição bioquímica das colorações e as 
técnicas empregadas para sua realização.
Na Unidade 2, vamos conhecer e identificar os processos de 
clareamento capilar, a composição bioquímica do descolorante capilar, 
as técnicas de clareamento e os efeitos do clareamento nos fios.
Na unidade 3 será proposto o conhecimento sobre a identificação 
dos processos de transformações capilares, o modo de ação dos 
agentes redutores, as técnicas e os efeitos dos transformadores 
capilares nos fios.
A unidade 4 aborda a importância de conhecer e identificar os 
efeitos fisiológicos da coloração no organismo e os danos causados 
à fibra capilar.
Espero que você desfrute desse material que foi desenvolvido com 
todo o cuidado!
Apresentação
Conceitos de colorimetria 
A proposta da presente unidade é que você, aluno, saiba 
conhecer e identificar os conceitos de colorimetria e compreender 
como os pigmentos são produzidos, além de saber a composição 
bioquímica das colorações e as técnicas empregadas para sua 
realização.
É de extrema importância que o profissional da área do 
embelezamentotenha domínio da parte dos conceitos envolvidos 
dentro da colorimetria, buscando o entendimento a respeito 
da teoria das cores, definição e fisiologia da cor, pois é preciso 
conhecer a formulação bioquímica dos colorantes e como agem 
nos cabelos, para que se possa entender as técnicas de coloração e 
suas diferenças.
Objetivos de aprendizagem
Claudia Stoeglehner Sahd
Unidade 1
Abordaremos, durante esta unidade, os conceitos envolvidos 
dentro da colorimetria; como os pigmentos agem e se fixam aos fios;a 
canície e como ocorre; as composições químicas dos colorantes 
empregados no mercado cosmético; e as diferenças entre os métodos 
de coloração.
A parte mais volumosa da haste capilar é o córtex, tendo como 
constituição células fusiformes queratinizadas formadas por 
macrofibrilas e microfibrilas, nas quais encontramos os grânulos de 
pigmento (melanina) que são responsáveis pela cor dos fios capilares.
A canície é a perda da pigmentação dos cabelos, conhecida 
popularmente como cabelos brancos. Em geral, surge gradualmente 
após a terceira década de vida. Muitos fatores estão envolvidos e 
podem acarretar a canície precoce, por exemplo, a genética e a 
Síndrome de Werner. Entretanto, há a necessidade de estudar as suas 
características e as formas de se obter o aperfeiçoamento da aparência 
dos fios capilares e proporcionar um aprimoramento da qualidade de 
vida com aumento da autoestima.
Colorimetria é a ciência e o conjunto de tecnologias desenvolvidas 
para a quantificação e a investigação física do fenômeno de percepção 
de cores pelos seres humanos. E uma análise quantitativa que tem 
como base a comparação da cor de uma solução com a cor de outras 
que possuem concentrações conhecidas e tomadas como padrão.
Na Seção 1.1, conheceremos a identificação da cor e tom dos 
cabelos naturais. Durante a Seção 1.2, abordaremos os conceitos 
dentro da colorimetria. No decorrer da Seção 1.3, falaremos sobre as 
composições bioquímicas das colorações. Na Seção 1.4, discorreremos 
sobre as colorações capilares e suas técnicas de aplicação. 
Lembrando sempre que, para se tratar de qualquer procedimento 
capilar, deve-se ter conhecimentos fisiológicos capilares e de todos 
os procedimentos a fundo. Assim, será muito mais simples e fácil 
conseguir tratamentos terapêuticos e modificações químicas que 
sejam realmente coerentes àquela alteração realizada.
Esperamos que você, aluno, aproveite ao máximo esse recurso 
didático e tenha uma ótima leitura!
Introdução à unidade
Nesta seção, abordaremos a identificação e a tonalidade da cor nos cabelos 
e como são produzidos os pigmentos. Além de falarmos sobre a canície e como 
ocorre nos fios de cabelo.
Seção 1 | Identificação da cor e tom dos cabelos naturais
Nesta seção, abordaremos sobre a colorimetria, teoria das cores, definição da 
cor, espectro visível, fisiologia da cor e sistemas colorimétricos. Além de abordarmos 
o nível ou saturação e a tonalidade ou nuance da cor.
Seção 2 | Os conceitos dentro da colorimetria
Nesta seção, falaremos sobre a formulação bioquímica das colorações capilares, 
mostrando toda a parte histórica, além de compreender a composição química das 
colorações oxidantes e não oxidantes.
Seção 3 | A composição bioquímica das colorações capilares 
Nesta seção, discorreremos sobre o processo de coloração, para compreender 
as colorações oxidantes e não oxidantes e trataremos das técnicas de colorações e 
como são realizadas.
Seção 4 | Colorações capilares
U1 - Conceitos de colorimetria 13
Identificação da cor e tom dos cabelos naturais
Introdução à seção
Seção 1
Nesta seção, abordaremos a identificação e a tonalidade da cor nos 
cabelos, descrevendo a estrutura da cor capilar, como são produzidos 
os pigmentos que proporcionam cor aos cabelos, os melanócitos, e 
compreendendo sobre a melanina e sua classificação de acordo com 
suas estruturas químicas, além de falarmos sobre a canície e como 
ocorre nos fios de cabelo.
1.1 A estrutura da cor capilar
Na estrutura capilar, a haste do fio de cabelo tem como constituição 
três camadas: cutícula, córtex e medula. A superfície externa e 
protetora dos fios é a cutícula, não pigmentada e formada por escamas 
recobertas diversas vezes umas pelas outras, sendo constituída de três 
partes: epicutícula (membrana que envolve as escamas), exocutícula 
(região medial e frágil) e endocutícula (região interior e muito 
resistente). A parte mais volumosa da haste capilar é o córtex, tendo 
como constituição células fusiformes queratinizadas formadas por 
macrofibrilas e microfibrilas, nas quais encontramos os grânulos de 
pigmento (melanina) que são responsáveis pela cor dos fios capilares. 
A última porção da haste capilar é formada por células anucleadas, 
denominadas medula, suas funções não são específicas com relação 
às propriedades físicas e químicas que desempenham nos fios. 
Fonte: <https://bqafrica.wordpress.com/atividade-5/>. Acesso em: 19 jul. 2017. 
Figura 1.1 | Estrutura da haste capilar
U1 - Conceitos de colorimetria 14
1.1.1 Melanócitos
Os melanócitos são células de tamanho grande que se encontram 
presas no topo da papila dérmica. Elas produzem o pigmento melanina 
e o alterar: transfere aos queratinócitos, que constituem o córtex da 
fibra capilar. Os melanócitos utilizam seus dendritos para inserir os 
pequenos grânulos de pigmento. Dessa maneira, o cabelo é incolor 
no início. Ao contrário da pele, os melanócitos do folículo piloso não 
necessitam de luz solar para produzir melanina. 
Os melanossomos são organelas especializadas, presentes dentro 
dos melanócitos, nos quais é realizada a produção da melanina.Esse 
processo é conhecido como melanogênese. A transferência dos 
melanossomos dos melanócitos para os queratinócitos acontece por 
um processo que ainda não foi totalmente esclarecido. As hipóteses 
são de que o melanossoma é inserido diretamente no queratinócito 
ou então que ocorreu uma fagocitose da organela na extremidade 
dendrítica do melanócito. O melanócito da pele consegue munir 
até 40 queratinócitos, já os melanócitos capilares apenas quatro ou 
cinco. As diferenças na coloração são devido às diferenças no número, 
tamanho e arranjo dos melanossomos.
Fonte: <https://classconnection.s3.amazonaws.com/682/flashcards/3453682/png/picture9-148BF7A4B3264FC13C8.
png>. Acesso em: 19 jul. 2017.
Figura 1.2 | Melanócito e melanossomos
Nucleus
Basement lamina
Melanocyte
Melanosomes
Keratinocyte
Melanization 
 Melanofilaments
U1 - Conceitos de colorimetria 15
Questão para reflexão
O albinismo é uma doença hereditária, em que o indivíduo apresenta 
pele, olhos e cabelos com tonalidade muito clara. Você sabia que no 
albinismo ocorre uma incapacidade na produção de melanina em 
virtude de uma deficiência na ação da tirosinase ou uma impossibilidade 
de transporte da tirosina para o interior celular dos melanócitos?
1.1.2 Melanina
A palavra melanina tem origem grega e significa escuro. Acerca das 
melaninas naturais, estas se distinguem por suas origens, por exemplo, 
olho bovino, melanoma e sépia melanina. Comumente apresentam-
se em forma de partículas granulares, denominadas de melanossomas 
e são produtos liberados por células produtoras de pigmentos, os 
melanócitos. 
A melanina consegue revelar um fascinante conjunto de 
propriedades químicas que atua como um efetivo polímero redutor 
(troca de elétrons), troca de íons e varredores de radicais e por revelar 
uma intensa tendência para se ligar com compostos aromáticos e 
lipofílicos. De maneira oposta à maioria dos alcaloides, as reações de 
melaninas são heterogêneas e abrangem tanto a superfície como a 
parte interior das partículas. 
Pertinente a essas reações químicas heterogêneas, a classificação 
das melaninas é baseada em suas estruturas químicas: eumelaninas, 
feomelaninas, neuromelaninas e alomelaninas. 
As eumelaninas (poli 5-6 indolquinonas) são as formas mais comuns 
das melaninas de coloração marrom ou preta, são insolúveis em 
água e encontradasnos olhos, pele e cabelos, devido à sua atividade 
fotoprotetora. Nos vertebrados, a eumelanina contribui no processo 
metabólico por meio da conversão da luz em calor (temperatura), por 
exemplo, em anfíbios e répteis. 
As feomelaninas (poli-dihidrobenzothiazina) são as formas menos 
comuns das melaninas de coloração vermelha ou laranja e estão mais 
presentes nos seres humanos ruivos. Seu diferencial em relação às 
eumelaninas está na adição da molécula de cisteína no decorrer do 
processo da melanogênese. 
U1 - Conceitos de colorimetria 16
Fonte: <https://farm9.staticflickr.com/8600/16029554137_c3f01a9722_c.jpg>. Acesso em: 19 jul. 2017.
Figura 1.3 | Cabelo ruivo (feomelanina)
O terceiro tipo de melanina presente nos mamíferos é a 
neuromelanina, encontrada no cérebro, sendo uma melanina 
composta de feomelanina e eumelanina, sendo que a feomelanina 
está disposta no núcleo enquanto a eumelanina na superfície. Ela tem 
como função o transporte de impulsos elétricos entre os neurônios e 
a falta de produção desse pigmento está diretamente relacionada ao 
mal de Parkinson. 
Como quarto tipo de melaninas, temos as alomelaninas que são 
encontradas nos fungos. Essas se referem às DHF-melaninas, ou seja, 
melaninas que provêm do dihidroxifumarato. Os outros três tipos de 
melaninas citadas são derivados da DOPA, ou DOPA-melaninas. 
A eumelanina e a feomelanina apresentam propriedades químicas 
e físicas semelhantes no corpo humano. Quanto a doenças como 
Parkinson, esquizofrenia, câncer e surdez, a alteração da estrutura da 
melanina pode ser relevante para se evitar ou auxiliar no progresso de 
doenças, como no caso do câncer de pele e da doença do mal de 
Parkinson. 
Outra função biológica da melanina está ligada à quelação de íons 
metálicos, que está relacionada diretamente com a doença do mal 
de Parkinson e também à propriedade de ligação da melanina com 
remédios, dessa maneira, o tempo de permanência do medicamento 
dentro do corpo do indivíduo se torna maior.
U1 - Conceitos de colorimetria 17
Questão para reflexão
Por que estudar a coloração capilar?
1.2 A coloração natural nos cabelos
O número de grânulos de pigmento se torna importante pelo fato 
de não apenas afetar a cor do cabelo, mas por poder tornar a mudança 
da cor mais fácil ou difícil. O cabelo preto, normalmente, está associado 
aos afro-americanos, tendo o mesmo tipo de melanina que o cabelo 
castanho caucasiano. A diferença é que os grânulos da melanina são 
maiores no cabelo preto, sendo esta a diferença que proporciona uma 
densidade mais alta ao pigmento. 
O cabelo loiro possui menos e menores grânulos de feomelanina, 
estando bem espalhados pelo córtex. Dessa maneira, se torna mais 
fácil mascarar os efeitos desses pigmentos (baixa densidade) do que 
cobrir os grânulos de eumelanina que se encontram bem unidos. O 
clareamento capilar erradica os grânulos de melanina e removendo, 
assim, a influência de sua coloração.
Questão para reflexão
No momento em que o número de grânulos de pigmento começa a 
decrescer naturalmente, os cabelos com tonalidade grisalha se tornam 
perceptíveis. Normalmente ocorre dos 28 aos 42 anos de idade. Os 
cabelos grisalhos apontam o indicativo de que os melanócitos estão 
ficando tardios e produzindo menos melanina. Novas pesquisas têm 
mostrado que a produção de melanina culmina por completo durante 
as fases catágena e telógena.
A coloração natural dos cabelos muda notadamente dos 13 aos 
20 anos de idade. Essa mudança é mais evidente em cabelos com 
tonalidades loiro, ruivo e castanho-claro, que constantemente tendem 
a escurecer em virtude do aumento na produção de melanina. Quanto 
maior a densidade do pigmento, maior será o seu escurecimento. Ao 
que tudo indica, os melanócitos variam a quantidade de pigmento que 
produzem de acordo com a idade.
U1 - Conceitos de colorimetria 18
1.3 Canície
A canície é a perda da pigmentação dos cabelos, conhecida 
popularmente como cabelos brancos e surge gradualmente após 
a terceira década de vida. Muitos fatores estão envolvidos e podem 
acarretar a canície precoce, por exemplo, a genética e a Síndrome de 
Werner.
A síntese da melanina se completa no melanossomo e já não existe 
atividade enzimática, a partir desde momento está formado o grão 
de melanina. Os melanócitos presentes no folículo piloso perdem 
seu poder melanogênico. Essas alterações não estão presentes nos 
melanócitos da epiderme. A atividade da papila dérmica cessa na fase 
catágena, considerada a fase de repouso e na qual também ocorre a 
síntese da tirosinase. Após os trinta anos de idade se torna mais difícil a 
recuperação da atividade no folículo piloso.
Outra explicação para a canície pode ser pela incapacidade 
do melanócito em produzir o pigmento ou de transferi-lo aos 
queratinócitos, o que pode ser um fator genético. O tipo e a quantidade 
de melanina são determinados por meio dos genes. Com o passar dos 
anos as células pigmentares localizadas no fundo do folículo piloso 
cessam a produção da melanina, e os cabelos se tornam brancos.
Fonte: <https://alopeciaareatabrasil.files.wordpress.com/2010/05/cabelo-branco1.jpg>. Acesso em: 19 jul. 2017.
Figura 1.4 | Canície
U1 - Conceitos de colorimetria 19
Não existe uma glândula no corpo humano que produza a melanina. 
A melanina é produzida em cada um dos folículos pilosos capilares, 
então, cada haste capilar fica branca individualmente, isso explica 
porque os cabelos vão ficando brancos aos poucos, e não todos de 
uma só vez.
1. A melanina consegue revelar um fascinante conjunto de propriedades 
químicas que atuam como um efetivo polímero redutor (troca de elétrons), 
troca de íons e varredores de radicais e por revelar uma intensa tendência 
para se ligar com compostos aromáticos e lipofílicos. De maneira oposta 
à maioria dos alcaloides, as reações de melaninas são heterogêneas e 
abrangem tanto a superfície como a parte interior das partículas. Pertinente 
a essas reações químicas heterogêneas, a classificação das melaninas 
acontece de acordo com suas estruturas químicas. Quais são elas?
2. Os melanossomos são organelas especializadas, presentes dentro dos 
melanócitos, nos quais é realizada a produção da melanina, esse processo 
é conhecido como melanogênese. A transferência dos melanossomos dos 
melanócitos para os queratinócitos acontece por um processo que ainda 
não foi totalmente esclarecido. Algumas hipóteses foram levantadas acerca 
do mecanismo de transferência dos melanossomos aos queratinócitos, 
quais são essas hipóteses?
Atividades de aprendizagem
U1 - Conceitos de colorimetria 20
Os conceitos dentro da colorimetria
Introdução à seção
Nesta seção, abordaremos a colorimetria, teoria das cores, definição 
da cor, espectro visível, fisiologia da cor e sistemas colorimétricos, o 
envolvimento histórico baseado na cor, sua origem, como a cor passa 
pelo olho e assim se torna possível distingui-la e as duas teorias de 
cores existentes dentro do sistema colorimétrico. Além de estudarmos 
o nível ou saturação e a tonalidade ou nuance da cor.
2.1 Colorimetria
Colorimetria é a ciência e o conjunto de tecnologias que estão 
envolvidas tanto na quantificação como na investigação física do 
fenômeno de percepção de cores pelos seres humanos, sendo uma 
análise quantitativa que tem como base a comparação da cor de uma 
solução com a cor de outras que possuem concentrações conhecidas 
e tomadas como padrão. Quando aplicada nos cabelos, chamamos 
essa técnica de colorimetria capilar.
Sua origem deriva do latim, color (cor) e metria (medida), indicando se 
tratar da determinação da temperatura da cor, luminosidade, saturação 
e de seu grau de matiz. Está relacionada também à proporção do 
espectro relativo à radiação da cor, sendo emitida em luz ou refletida. 
A psicologia da cor tem como objetivo o estudo dos seus elementos 
e da composição estética que pertence à cromática, essa é a ciência 
que estuda a harmonia entre as cores. Em suma, a cromática tem 
como base de estudo as coresem suas dimensões.
2.2 Histórico
O ato de colorir os cabelos é uma arte muito antiga, que remonta 
no mínimo há 4000 anos. Os primeiros registros foram achados no 
Egito, onde múmias encontradas tinham seu cabelo colorido com 
“henna”. Assim, considera-se que os egípcios foram os precursores no 
desenvolvimento da arte de tingir os cabelos.
Já no Império Romano, pentes de chumbo eram mergulhados no 
vinagre para serem utilizados no escurecimento dos cabelos grisalhos. 
Seção 2
U1 - Conceitos de colorimetria 21
A partir do século XVII, inúmeras receitas foram surgindo e também 
livros sobre cosméticos. Nessa época, surgiram os profissionais da 
cosmética e em suas prescrições eram incluídos banhos de vinho ou 
de leite. 
Até o século XIX, a coloração capilar era feita à base de plantas e 
compostos metálicos, que provocavam muitos danos ao organismo.
Atualmente, os produtos de coloração capilar executam um papel 
muito importante em nosso cotidiano.
2.3 Teoria das cores
Interpretada pelo cérebro e pelos sinais nervosos provenientes do 
olho, a cor é decorrente da reemissão da luz oriunda de um determinado 
objeto que foi emanado por uma fonte luminosa através de ondas 
eletromagnéticas, condizente a uma parte do espectro eletromagnético 
visível (380 a 700 nanômetros). A cor não é considerada como um 
fenômeno físico, pois um comprimento de ondas pode ser verificado 
diferentemente por indivíduos distintos, desse modo, a cor gera um 
fenômeno fisiológico de caráter subjetivo e individual.
Fonte: <https://goo.gl/Ui8t6F>. Acesso em: 19 jul. 2017.
Figura 1.5 | Ondas eletromagnéticas e emissão de luz
U1 - Conceitos de colorimetria 22
2.3.1 Conceito da teoria das cores
A teoria das cores certifica que a cor é um fenômeno físico e está 
relacionado à existência da luz, sendo assim, se a luz não existisse, as 
cores não existiriam.
A cor preta só é percebida quando algo absorve quase que 
totalmente a luz que a atinge. Já a cor branca se constata em algo que 
possa refletir todas as faixas de luz. Pode-se, então, dizer que as cores 
branca e preta não são cores propriamente, mas, sim, a presença ou a 
ausência da reflexão de luz.
2.3.2 Histórico da teoria das cores
O primeiro momento em que se mencionou sobre a teoria das 
cores, foi quando o filósofo Aristóteles chegou à conclusão de que as 
cores são derivadas dos objetos, assim como textura, material e peso. 
Pautado pelo universo e pelos números, ele defendeu a existência de 
seis cores distintas: branco, vermelho, preto, verde, azul e amarelo.
Em 302 a.C., surgiu o estudo da refração com Euclides e o conceito 
da relação entre cor e luz. Na Idade Média, o estudo das cores foi 
impulsionado por aspectos culturais e psicológicos. Plínio teorizou 
que haviam três cores consideradas básicas: ametista, vermelho vivo e 
uma que denominou de conchífera. O amarelo foi eliminado naquela 
época visto que era associado às mulheres, pois usava messa cor no 
véu nupcial.
No século XV, Leonardo da Vinci dizia que existia um consentimento 
na afirmação de que todas as outras cores conseguiriam se formar a 
partir do amarelo, verde, azul e vermelho. Afirmava que o branco e o 
preto não eram cores, mas extremidades da luz. Da Vinci observou que 
a sombra poderia ser colorida, pesquisando a visão estereoscópica e, 
assim, tentou fabricarum fotômetro.
Para saber mais
A luz disponível é fundamental na análise da cor do cabelo? Sim, sempre 
utilizar da luz natural. Se dirija com o cliente até um ambiente externo e 
efetue a análise da cor dos cabelos. A luz artificial afeta a percepção da 
cor, isso se aplica especialmente à luz fluorescente, que pode distorcer 
a cor drasticamente.
U1 - Conceitos de colorimetria 23
Isaac Newton (1642-1727) julgava coerente a teoria corpuscular da 
luz. Foi provado que a teoria de Newton não elucidava satisfatoriamente 
esse fenômeno da cor e foi aceita devido ao seu conhecimento pela 
gravitação. 
Em 1672, Newton apresentou seu conceito de que a luz é “uma 
mistura heterogênea de raios com diferentes refrangibilidades” 
(NEWTON, 1672a, p. 321). - cada cor correspondendo a uma diferente 
refrangibilidade. Apresentou também vários experimentos para 
corroborar sua teoria. No primeiro, um feixe de luz solar passava através 
de um prisma, formando uma mancha em uma parede. Considerando, 
então, que as cores eram pertinentes ao tamanho da partícula de luz. 
Fonte: <https://goo.gl/qdXsZL>. Acesso em: 19 jul. 2017.
Figura 1.6 | Prisma de Newton
Newton notou que a mancha não era circular como o disco solar 
- ela era alongada. Para explicar este efeito, assumiu que a luz branca 
do sol era composta de muitos raios diferentes. Cada tipo de raio seria 
refratado em uma direção diferente e associado a uma cor diferente: 
“os raios menos refrangíveis são dispostos a exibir a cor vermelha, e [...] 
os raios mais refrangíveis são todos dispostos a exibir uma cor violeta 
profunda” (NEWTON, 1672a, p. 321).
No século XIX, o famoso poeta Goethe se encantou pelo assunto 
relacionado à cor e passou vários anos buscando finalizar o que 
considerava sua obra máxima: uma tratativa sobre as cores que 
conduziria para baixo a teoria de Newton. A eminente objeção de 
Goethe à teoria de Newton foi de que a luz branca não conseguiria ser 
constituída por cores, cada uma delas seria mais escura que o branco.
luz branca
prisma
vermelho
alaranjado
amarelo
verde
azul
anil 
violeta
U1 - Conceitos de colorimetria 24
Fonte: <https://tomdesign89.files.wordpress.com/2011/10/goethe24.jpg>. Acesso em: 19 jul. 2017.
Figura 1.7 | Roda criada por Goethe em 1810
2.4 Definição da cor
A ideia de cor varia de acordo com sua área de enfoque, alguns 
indivíduos definem a cor de um modo que entrelace todos os 
componentes (objeto, luz, órgão da visão e cérebro). A cor consiste 
em uma informação visual, promovida por um estímulo físico, notado 
pelos olhos e decifrado pelo cérebro.
As cores executam uma interpretação de percepção e cognição 
contínua na experiência humana. Existem três eixos para discussão do 
fenômeno cromático:
• Dimensão de discriminação: relacionada ao aspecto visual das 
cores (a estrutura da aparência das cores), por exemplo, bola 
vermelha na grama verde.
• Poder de expressão: as cores como atributos percebidos das 
coisas do mundo, por exemplo, atingem a alma.
• Capacidade de significar: discutidas como categoria 
experiencial, por exemplo, aplicação simbólica.
Questão para reflexão
Você sabia que uma das maiores dificuldades dos profissionais da área 
capilar tem sido o fato de não saberem como corrigir uma cor?
U1 - Conceitos de colorimetria 25
2.5 Espectro visível 
Segundo Einstein (1926), a luz tem característica dual, pois possui 
comportamento corpuscular e também ondulatório. Apesar desse 
comportamento corpuscular, a luz não é considerada matéria, pois 
não possui massa. A luz visível é energia e o que vemos é resultado 
da detecção de onda de radiação eletromagnética. O comprimento 
de onda define o tipo de radiação eletromagnética, e a luz visível 
encontra-se numa estreita faixa de comprimento de ondas. Ondas 
de rádio, micro-ondas, calor infravermelho e raios-X são exemplos de 
ondas eletromagnéticas invisíveis, porque o comprimento está além ou 
aquém do espectro de luz visível. A luz visível é uma pequena porção 
do espectro eletromagnético com comprimento de onda entre 400 e 
750 nm. 
Fonte: <https://goo.gl/r45hks>. Acesso em: 31 jul. 2017.
Figura 1.8 | Espectro visível
A luz violeta tem o comprimento de onda mais curto e a vermelha 
mais longo. As luzes infravermelhas e ultravioletas não são luzes, 
mas, sim, raios de radiação eletromagnética com comprimentos de 
onda que estão, respectivamente, além e aquém do espectro visível.
Para saber mais
O espectro visível sofre variação de uma espécie para outra. Os cães e 
os gatos enxergam geralmente com muita nitidez o preto e o branco, 
numa nuance de cinzas. Já os humanos enxergam, do espectro visível, 
apenas as subfaixas do azulà amarela.
U1 - Conceitos de colorimetria 26
A luz visível ou radiação visível é uma energia em forma de 
ondas eletromagnéticas que tem a capacidade de excitar o sistema 
humano (olhos-cérebro), resultando uma sensação visual.
2.6 Fisiologia da cor
A luz adentra o olho humano por meio da córnea, passando pela 
pupila. Devido à atribuição da menor ou maior quantidade de luz 
que penetra nos olhos, os músculos da íris sofrem uma contração 
ou expansão, para que dessa maneira, controle a intensidade 
luminosa que entra no globo ocular, funcionando do mesmo modo 
que um diafragma de uma máquina fotográfica. Após a entrada, essa 
luz é assentida e logo depois captada por três distintos elementos 
refratores: o humor aquoso, o cristalino e o humor vítreo. 
Fonte: <https://www.blogdebiologia.com/wp-content/uploads/2014/11/img-34.jpg>. Acesso em: 31 jul. 2017.
Figura 1.9 | Fisiologia da visão
Na parte posterior do olho, encontram-se camadas de células 
que possuem como especialidade a formação da retina. A 
camada com maior relevância neste sistema para que se obtenha 
o reconhecimento cromático é integrada por fotorreceptores 
denominados bastonetes (rods) e cones, numa proporção de 16:1.
Esclerótica Coroides
Retina
Ponto cego
Artéria e 
veia 
Nervo óptico
Fóvea (centro 
do campo 
visual) 
Músculo
Ligamento 
Ligamento 
Iris
Pupila
Cristalino
Humor vitreo
Humor
acuoso
U1 - Conceitos de colorimetria 27
Fonte: <https://www.blogdebiologia.com/wp-content/uploads/2014/11/img-44.jpg>. Acesso em: 31 jul. 2017.
Figura 1.10 | Esquema da retina com fotorreceptores
Os bastonetes são incumbidos pela visão acromática e são os 
fotorreceptores mais sensíveis, de modo que são ativados mesmo 
quando em condições de baixa luminosidade. Devido a eles, temos 
as percepções das formas, brilho e dimensões das imagens visuais, 
mesmo que produzindo uma imagem desfocada, com pouca 
precisão.
Os cones estão associados à visão em condições de alta 
luminosidade e cores, classificados em três tipos distintos, baseados 
no tipo de pigmento que possuem e gama de comprimentos de 
ondas de luz que cada um tem a capacidade de absorver, sendo 
divididos em L, M e S (long, middle e shortwavelength), pois 
absorvem na faixa do vermelho, verde e azul de maneira respectiva 
(cores primárias).
Os cones e os bastonetes transduzem a energia luminosa em 
mensagens eletroquímicas que são processadas por outras células 
na retina e conduzidas até o córtex visual do cérebro por meio do 
nervo óptico, local em que ocorre o processamento visual final das 
Questão para reflexão
O que são e qual papel exercem os fotorreceptores?
U1 - Conceitos de colorimetria 28
imagens com forma, volume, escala e cor.
2.7 Tricromia
Em 1801, o físico inglês Thomas Young propôs a teoria 
tricromática que dizia que todas as sensações de cor são formadas 
pela reação dos três comprimentos de ondas eletromagnéticas 
vigente nos cones.
A leitura cromática é gerada por impulsos das células ganglionares 
relacionadas aos cones. Eles têm eficácia na distinção do vermelho 
com o verde; do azul com o amarelo; do branco com o preto, 
vetando assim uma cor e intensificando outra. Como exemplo, 
temos a cor violeta, esta desponta da ativação lumínica dos cones 
vermelhos e inibição dos cones verdes, tendo a ativação dos azuis 
por inibição dos amarelos, portanto, na percepção cromática não 
perdura a cor vermelha esverdeada, nem a cor azul amarelada.
A colorimetria foi embasada no princípio de que todas as cores 
podem ser reproduzidas a partir da composição de cores básicas. 
Essas cores são decorrentes de dois sistemas de combinação:
• Sistema aditivo: quando empregada a combinação de luzes, 
tendo como cores básicas azul, verde e vermelho.
• Sistema subtrativo: quando empregada à combinação 
de pigmentos (tintas), tendo como cores básicas azul 
(ciano), amarelo, magenta (cor-pigmento primária e cor-luz 
secundária, decorrente da mistura das luzes azul e vermelha, 
sendo sua cor complementar o verde) e o preto.
Fonte: <https://s-media-cache-ak0.pinimg.com/736x/65/dd/2d/65dd2dafb5453cef166b8b9a9ab977fe.jpg>. Acesso 
em: 31 jul. 2017.
Figura 1.11 | Sistemas de combinação
Sistema subtrativo
U1 - Conceitos de colorimetria 29
2.8 Sistemas colorimétricos
A cor resulta da combinação de três elementos distintos:
• Uma fonte de luz.
• Objeto cuja cor será avaliada.
• Um observador.
Fonte: <http://slideplayer.com.br/slide/383609/3/images/24/Elementos+da+cor+X+X+observador+fonte+de+luz+obj
eto.jpg>. Acesso em: 31 jul. 2017.
Figura 1.12 | Sistemas de combinação
Os serviços de coloração química alteram a estrutura do cabelo, 
de forma que ele absorva algumas ondas e reflitam outras, portanto, 
a cor que vemos no cabelo é exatamente a dos comprimentos de 
ondas de luz disponíveis e refletidas por sua superfície. Qualquer 
mudança na luz disponível resultará em uma mudança de 
percepção correspondente na cor que vemos no cabelo. A cor 
dos cabelos do indivíduo parecerá mais quente sob a luz do sol 
e da luz incandescente, apresentando aspecto mais frio sob a luz 
fluorescente.
A lei da cor é baseada na ciência e adaptada à arte. Ela interage 
como um guia que determina como algumas cores básicas podem 
se misturar para criar uma variedade ilimitada de outras novas cores. 
Existem basicamente duas teorias de cores: cor-luz ou sistema RGB, 
e cor-pigmento ou sistema CMYK.
2.8.1 Modelo RGB
Este modelo tem como base as mesmas propriedades 
fundamentais de luz que ocorrem na natureza e é o modelo de 
cores mais utilizado. É baseado no princípio de que diversos efeitos 
cromáticos são obtidos pela projeção da luz branca através dos 
U1 - Conceitos de colorimetria 30
filtros vermelhos, verde e azul e pela superposição de círculos nas 
cores projetadas.
- Cores primárias: são cores puras e não podem ser produzidas 
por qualquer mistura, as quais são o vermelho (R), verde (G) e azul 
(B). Todas as outras são criadas pela associação entre elas.
- Cores secundárias: são obtidas através da mistura de quantidades 
iguais de duas cores primárias quaisquer.
2.8.2 Modelo CMYK
Tem como fundamento a cor-pigmento, determinando a 
concepção de leitura e interpretação usada pelos profissionais 
do setor cosmético, assim como por todo o setor da beleza. Os 
profissionais da área capilar se orientam por esse sistema para definir 
suas escolhas em um processo de mudança de cor do cabelo de 
seus clientes.
Os pigmentos são classificados em duas categorias: acromáticos 
e cromáticos. O branco, o preto e os tons cinza, produzidos pela 
mistura do preto e do branco, são acromáticos porque não contêm 
cor. Todos os outros pigmentos são cromáticos. Os cromáticos são 
classificados em três categorias:
- Cores primárias: vermelho, amarelo e o azul.
- Cores secundárias: obtidas pela combinação das primárias, 
duas a duas, em proporções iguais, violeta, laranja e verde.
- Cores terciárias: todas as demais cores, isto é, quando uma cor 
não é primária e nem secundária, ela é terciária.
Fonte: <http://transphorma.com.br/wp-content/uploads/2016/07/GUIA-CONVERS%C3%83O-CORES-RGB-CMYK.jpg>. 
Acesso em: 31 jul. 2017.
Figura 1.13 | Modelo RGB e CMYK
U1 - Conceitos de colorimetria 31
2.9 Estrela de Oswald
É uma forma de dominar a manipulação de cores, sobre como 
elas se misturam e como se apagam. Em outras palavras, atua para 
o processo de coloração e neutralização de tons que se tornam 
indesejáveis. Logo, funciona como uma tabela de orientação que 
surgiu com o disco ou roda de Goethe, e atualmente é denominada 
disco de cores ou mesmo Estrela de Oswald.
Estrela de Oswald é uma estrela de seis pontas possuindo no 
seu centro um núcleo. Cada uma dessas seis pontas indicará uma 
nuance. No meio das linhas indicadas, encontra-se o nuance 
marrom (considerada a cor neutra dos cabelos, ou seja, seja, todos 
os cabelos contêm a cor marrom).
O profissional da área capilar emprega o uso da Estrela de Oswald 
para eliminar tons que são inadequados para oprocedimento que 
se deseja obter ou para conseguir criar uma nova cor. 
Fonte: <http://www.bsg-world.com/upload/arquivos/2011/09/13/21262/21262.jpg>. Acesso em: 31 jul. 2017.
Figura 1.14 | Estrela de Oswald
A cor tem dois componentes separados: o nível ou saturação 
(também conhecido como altura de tom), e a tonalidade ou nuance 
(também conhecida como reflexos da cor, que podem ser primários, 
secundários e terciários, como é o caso da colorimetria usada nos 
grandes centros de beleza e estética).
U1 - Conceitos de colorimetria 32
2.10 Nível ou saturação da cor (altura de tom)
Saturação pode ser entendida como nível da cor ou concentração 
de cor. Ela nos informa a intensidade da cor, ou seja, a quantidade de 
cor. Saturação indica o quanto uma cor é clara ou escura. Proporções 
iguais e puras das três cores pigmento primárias resultam em preto ou 
cinza, dependendo da concentração e, a ausência da cor pigmento 
resulta em branco. Preto e cinza são as mesmas cores, mas possuem 
níveis diferentes de concentração.
2.11 Tonalidade ou nuance da cor (reflexos da cor)
A tonalidade ou nuance de cor é justamente determinada por um 
pequeno desequilíbrio de cores, e por isso determina o que, na prática, 
conhecemos como os reflexos primários e secundários. A tonalidade, 
ou nuance, informa-nos a proporção da quantidade de cores, ou 
seja, quais cores. Proporções desiguais das três cores pigmentos 
primárias resultam em variações de castanhos e louros, dependendo 
da concentração ou saturação da cor.
O cabelo de tons castanho ou louro pode ser composto por 
variações de amarelo, vermelho e azul, conforme a variação de reflexo 
desejada. No mercado, nomes fantasia são dados para expressar uma 
tonalidade ou nuance da cor. Alguns exemplos são: louro morango, 
castanho claro dourado e vermelho intenso. Muitas empresas 
especializadas em coloração capilar utilizam letras para indicar a 
nuance da cor. Exemplos: G para dourado (gold); R para vermelho 
(red); OR para laranja-avermelhado (orange-red) ou RV para vermelho-
violeta (red-violet).
2.12 Referências das cores em colorimetria
As cores são representadas nas colorações sintéticas por:
• Reflexos frios:
1. Acinzentado
2. Irisado
Questão para reflexão
Você sabe o que significa a numeração que vem na caixa da coloração, 
e qual a diferença entre os números antes e depois do ponto?
U1 - Conceitos de colorimetria 33
• Reflexos quentes:
3. Dourado
4. Acobreado
5. Acaju
6. Avermelhado
7. Esverdeado
• Tom natural - classificados em uma escala de 1 a 10, sendo a 
cor mais escura o 1 e a cor mais clara o 10.
1. Preto azulado
2. Preto
3. Castanho escuro
4. Castanho médio
5. Castanho claro
6. Louro escuro
7. Louro médio
8. Louro claro
9. Louro muito claro
10. Louro claríssimo
• Nuance ou reflexo emitido em uma coloração:
1. Cinza (azul)
2. Mate ou irisado (verde)
3. Dourado (amarelo)
4. Acobreado (laranja)
5. Acaju (roxo ou violeta)
6. Vermelho
7. Marrom
As empresas fabricantes de colorações para cabelos dificilmente 
mudam a numeração das cores básicas, mas costumam mudar a 
numeração das nuances, portanto, fique atento à cor correspondente 
apresentada pela empresa. Como ler os números das nuances:
 O primeiro número indica a cor principal, exemplo: 8 louro 
claro.
 O segundo número indica o reflexo principal: exemplo: acaju.
U1 - Conceitos de colorimetria 34
 O terceiro número indica o reflexo secundário: exemplo: 3 
dourado.
Resultado: 8.53 = Louro
O reflexo principal é reforçado pelo reflexo secundário. Após a 
vírgula o zero suaviza o reflexo principal.
1. A cor é a decomposição da luz, portanto, é ela que nos permite ver a 
cor. O olho humano só consegue enxergar uma pequena parte da energia 
eletromagnética que nos circunda, conseguimos enxergar apenas as sete 
cores básicas do espectro visível. No sistema colorimétrico, a cor existe por 
causa de três elementos. Quais são eles?
2. Como os pigmentos são classificados?
Atividades de aprendizagem
U1 - Conceitos de colorimetria 35
A composição bioquímica das colorações capilares
Introdução à seção
Nesta seção, falaremos sobre a formulação bioquímica das 
colorações capilares, conheceremos toda a parte histórica, desde o 
início, como eram usadas as colorações e suas composições, como 
surgiram as primeiras colorações industriais e suas propriedades 
químicas, além de compreender a composição química das colorações 
oxidantes e não oxidantes.
3.1 Histórico
Colorir os cabelos é uma arte muito antiga, que remete aos tempos 
dos faraós. Há pelo menos três mil anos, os egípcios introduziram e 
deram início à técnica de coloração de tecidos e cabelos, com o uso de 
inúmeros corantes que eram extraídos tanto da matéria animal, como 
vegetal (camomila, henna e índigo). Estes corantes foram manuseados 
por muitas civilizações no decorrer dos séculos e são utilizados até os 
dias atuais. 
A técnica de coloração capilar foi disseminada pelos gregos, 
romanos, hebreus assírios, persas, chineses e hindus. Os romanos 
utilizaram velhas formulações de sacerdotes gregos para promover o 
hábito da coloração nos cabelos. As pessoas que faziam o preparo e a 
plicação das colorações eram denominadas de “cinofles”.
 As colorações na Antiguidade eram preparadas com amoras 
esmagadas e extratos de plantas, dessa maneira eram aplicadas sobre 
os cabelos como um creme rinse. Nos séculos XVII e XVIII, as mulheres 
realizavam a aplicação de pó e óleo aos cabelos, de modo a conseguir 
uma coloração mais clara.
Em 1600, nas cidades de Veneza, Firenze e Salerno havia uma 
competição das melhores técnicas de estilo e perfumação para o corpo 
e cabelos. O conceito da estética capilar, dentro da beleza veneziana, 
preconiza horas de tratamento nos terraços, onde se borrifava nos 
cabelos um preparado clareador denominado "a loira", enquanto os 
cabelos ficavam expostos ao sol e como resultado, se obtinha uma 
coloração castanho amarelado que era denominada, louro veneziano.
Seção 3
U1 - Conceitos de colorimetria 36
Em 1863 surgiram as primeiras colorações industriais, o químico 
alemão August Wilhelm Von Hoffmann descobriu as propriedades de 
coloração do Paraphenylene-diamine (PPD). Alguns anos depois outro 
químico alemão verificou a propriedade que o Paraphenylene-diamine 
possuía de colorir a queratina do cabelo, de modo que nos dias atuais, 
essa substância constitui a base dos colorantes. 
Os avanços tecnológicos nessa área foram intensos e o 
desenvolvimento de colorantes sintéticos, conhecidos como tinta de 
anilina, têm sido utilizados em larga escala ultimamente: Metato-Luilen-
Diamina, a Parato-Nylene-Diamine, a Dimetil-Para-Fenileno-Diamine e 
Amino-Fenóis.
Em 1907, o químico francês Eugène Schueller inventou a primeira 
tintura de cabelo e, alguns anos mais tarde, fundou a L'Oréal. Após esse 
marco, a indústria cosmética alavancou suas pesquisas e desenvolveu 
produtos com eficiência e praticidade. Em 1924 foi lançado o primeiro 
shampoo tonalizante, e logo depois, em 1953, entrou no mercado o 
creme tonalizante com ação muito mais rápida.
O setor cosmético nos últimos trinta anos tem investido muito em 
tecnologias para aprimorar a qualidade e os resultados da coloração 
capilar. Em 2007, desenvolveram um produto com capacidade de 
descolorir e colorir os cabelos em apenas dez minutos e que ainda 
não causava muitos danos aos fios. 
Recentemente, no ano de 2015, foi desenvolvida uma molécula 
que age com maior rapidez do que o oxigênio presente no peróxido 
de hidrogênio. Essa descoberta ocasionou a produção de colorações 
que protegem a integridade da fibra capilar, agindo apenas para efetuar 
a alteração da cor.
Para saber mais
Você sabia que a nanotecnologia está sendo empregada nas tinturas 
capilares?
O pigmento é adsorvido (aderidos na superfície) das nanopartículas, 
onde penetra na estrutura do fio mais rapidamente, atingindo a matriz 
do fio e colorindo em pouco tempo.
U1 - Conceitos de colorimetria 37
Atualmente, os produtos detintura capilar executam um papel 
muito importante em nosso cotidiano, devido ao grande desejo de 
melhorar a aparência que o ser humano tem. As empresas, diante desse 
mercado que está em constante ascensão, estão sempre buscando o 
desenvolvimento de produtos inovadores e proporcionando que não 
ofereçam nenhum tipo de risco à saúde de seus consumidores.
3.2 Composição bioquímica
A composição bioquímica de uma coloração se diferencia 
conforme sua categoria (oxidante e não oxidante). 
Nas colorações oxidantes, encontramos em sua composição:
 Base, suporte ou veículo: em que os outros componentes 
da fórmula são incorporados. Sendo em creme, gel, óleo, 
emulsão e outros.
 Substâncias colorantes: estes componentes se tornam 
colorantes após ocorrer a oxidação. Sendo chamados de 
intermediários principais, pois são os maiores químicos que 
produzem cor e classificados como:
• Primários: que determinam a altura do tom.
• Secundários: que formam os reflexos e aumentam a fixação 
no fio.
Dentro de uma formulação de cores, raramente encontramos 
menos que dois intermediários principais, em algumas podemos 
encontrar quatro ou mais. Dentro das substâncias colorantes, podemos 
encontrar os modificadores ou acopladores que são incluídos para 
criar complexas misturas de cores. Para se obter cores secundárias e 
terciárias, é necessário de quatro a seis modificadores.
 Alcalinos (amônia): possuem uma função dupla: 1° abrir as 
escamas da cutícula do fio de cabelo permitindo a penetração 
da cor, e 2° facilitar a produção do oxigênio dentro do fio, 
eliminando o ambiente ácido no qual é estabilizado. A escolha 
do agente alcalinizante pode interferir no mecanismo de ação 
do produto, o que poderá influenciar no resultado final da cor.
Finalmente, estabilizantes antioxidantes são adicionados para 
prevenir a oxidação prematura. Esses aditivos previnem que as 
moléculas finais do produto sejam construídas até que a cor seja 
ativada com o peróxido de hidrogênio contido nos reveladores.
 Substâncias oxidantes: emulsão oxidante (peróxido de 
U1 - Conceitos de colorimetria 38
hidrogênio) em creme. Promove a oxidação das substâncias 
colorantes (intermediários principais) originando os pigmentos 
artificiais. Elas são utilizadas também para clarear o pigmento 
natural.
 Substâncias de tratamento: a aplicação destas substâncias 
hidratantes proporcionará um cabelo forte, luminoso e sedoso, 
favorecendo também a tonalização e a fixação da cor.
As reações químicas que criam a molécula final que é determinante 
da cor são extremamente complexas. Os cientistas e os pesquisadores 
ainda não as entendem clara e completamente. Antes da produção da 
cor final, essas formulações de cores passam por dezenas de diferentes 
reações químicas.
As evoluções mais recentes da indústria cosmética nessa área de 
colorações por oxidação estão vinculadas aos estudos de interação de 
diferentes bases dilatadoras com corantes de alto desempenho. Essa 
constante evolução vem sendo impulsionada pelos novos hábitos e 
conceitos de harmonia em beleza.
Nas colorações não oxidantes, encontramos dois métodos distintos 
de alteração da cor capilar, a henna e as colorações temporárias.
A henna possui em sua composição:
 Ingrediente ativo – Lawsone, quimicamente 2-hydroxy-1,4-
Para saber mais
Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (2000), o índice 
máximo de hidróxido de amônia que uma tintura de cabelo pode 
apresentar é de 6%, e quando superior a 2% deve estar indicado na 
embalagem.
Para saber mais
Você sabia que uma percepção do profissional da área capilar tem 
influenciado e, portanto, reorienta os critérios de mudanças nas 
imagens das pessoas?
U1 - Conceitos de colorimetria 39
naphthoquinone.
 Princípios ativos – óleos essenciais (alfa e beta-iononas).
 Naftoquinonas – (Lawsona -1,4 naphtoquinonas, herosídeos).
 Flavonoides – (epigenina, luteonina).
 Xantonas – (laxantona I, II e III).
 Cumarina – (5-aliloxi-7-hidroxicumarina).
 Ácido tânico.
A coloração temporária possui em sua composição:
 Base, suporte ou veículo: em que os outros componentes 
da fórmula são incorporados. Sendo em creme, gel, óleo, 
emulsão e outros.
 Substâncias colorantes: estes componentes se tornam 
colorantes, chamados de intermediários principais, pois são os maiores 
químicos que produzem cor e classificados como:
• Primários: que determinam a altura do tom.
• Secundários: que formam os reflexos e aumentam a fixação 
no fio.
 Substâncias de tratamento: a aplicação destas substâncias 
hidratantes proporcionará um cabelo forte, luminoso e sedoso, 
favorecendo também a tonalização e a fixação da cor.
As colorações temporárias podem ser de dois tipos diferentes:
  Existem colorações temporárias cujas moléculas são demasiadamente 
grandes e fixam-se apenas sobre a cutícula, ex.: spray, mouse, géis, 
rímel. 
 Agem como uma rinsagem, ou seja, creme condicionador mais 
molécula colorante.
1. Quais são os tipos de coloração não oxidantes?
2. O que são as substâncias de tratamento encontradas na composição das 
colorações oxidantes? 
Atividades de aprendizagem
U1 - Conceitos de colorimetria 40
Colorações capilares
Introdução à seção
Nesta seção, abordaremos o processo de coloração, visando 
compreender as colorações oxidantes e não oxidantes, além de 
falarmos a respeito das técnicas de colorações e como são realizadas.
4.1 Processo de coloração
Muitos corantes atualmente são superiores àqueles extraídosde 
substâncias naturais, o que se comprova pelas inúmeras cores que 
conhecemos, mas existe uma adversidade em relação às colorações 
utilizadas para cabelo humano: a cutícula apresenta diversas camadas 
de escamas que são interligadas; para que a cor não seja retirada do 
cabelo ou saia com facilidade nas lavagens, as moléculas do corante 
necessitam adentrar a cutícula e serem absorvidas no córtex. Diferente 
dos tecidos que conseguem ser tingidos em altas temperaturas e por 
várias horas, o cabelo humano deverá ser tingido em temperatura 
ambiente, com um determinado período de aplicação em proporção 
de curto tempo.
O creme contendo o material colorante (como os protetores 
de corantes e os acopladores) e a amônia é misturado ao produto 
contendo peróxido de hidrogênio (chamado de emulsão ou base 
reveladora). A mistura obtida é alcalina (por conter amônia) e oxidante 
(por conter peróxido de hidrogênio). Nesse momento já se inicia a 
oxidação dos precursores de corantes, embora esse processo só se 
complete nos cabelos. 
A mistura é aplicada sobre os cabelos. A amônia provoca 
inchamento, abrindo as cutículas e permitindo a absorção dos corantes 
e do peróxido de hidrogênio. Com o peróxido de hidrogênio (H2O2 - 
água oxigenada) o cabelo é também clareado (até três tons), pois o 
(H2O2) tem o poder de oxidar também a melanina natural presente 
no cabelo. 
Após a aplicação e durante o período de pausa, no qual o cabelo 
está interagindo com a tintura, as reações químicas se completam: o 
peróxido de hidrogênio clareia o cabelo; os precursores de corantes 
Seção 4
U1 - Conceitos de colorimetria 41
são oxidados e tornam se corantes; os agentes acopladores reagem 
com os corantes formados, produzindo a cor final com suas nuances e 
reflexos (na verdade, os agentes acopladores modificam a cor original 
dos corantes principais); os corantes são plenamente absorvidos pelo 
cabelo, dando-lhe cor definitiva.
Logo após a pausa, os cabelos são enxaguados para que se retire 
completamente os resíduos de produtos, e um condicionador é 
aplicado para restabelecer o pH natural, fechando novamente as 
cutículas.
Assim, as moléculas adentram a cutícula e conseguem se difundir 
de maneira rápida, mostrando desse modo que as moléculas que estão 
presentes nas colorações capilares devem ser pequenas, mas para que 
consigam colorir de modo suficiente e serem usadas como corante, as 
moléculas precisam ser relativamente grandes.
4.2 Coloração oxidante
As colorações oxidantes dependemda mistura de dois 
componentes. Não são usadas diretamente como vêm na 
embalagem; antes de usá-las devem ser misturadas a um revelador 
ou ativador, também conhecido como creme oxidante, que são 
emulsões condicionadoras com doses específicas de (H
2
O
2
) que 
predeterminaram suas volumagens. 
Os agentes oxidantes (H
2
O
2
) do revelador causam uma reação 
química que revelará a cor. Essas colorações são instáveis até serem 
reveladas e depositadas no cabelo enquanto se formam. A cor no 
frasco não é a mesma depositada no cabelo. A cor final se revela no 
cabelo durante o processamento. Colorações que agem por oxidação 
permanente podem depositar cor e clarear o cabelo em uma aplicação. 
Elas criam uma mudança química de forma que o cabelo não desbote 
com as primeiras lavadas tão rápido quanto às cores não oxidantes. 
Encontramos dois tipos: semipermanentes e permanentes.
4.2.1 Semipermanente 
Conhecidas também como demipermanentes, depositam cor 
de longa duração sem o poder de clarear a cor natural dos cabelos. 
Elas podem ser usadas para cobrir os fios brancos ou realçar a cor 
do pigmento do cabelo. Essas colorações normalmente duram entre 
quatro e seis semanas. Colorações de oxidação semipermanente, em 
geral, são mais suaves que as oxidantes permanentes. Elas promovem 
a oxidação dos corantes entre camadas de cutículas e com pouca 
U1 - Conceitos de colorimetria 42
interação com o córtex, por exercerem baixo poder de dilatação da 
estrutura externa.
Os corantes utilizados são moléculas de dimensão reduzida, cuja 
estrutura possui uma boa afinidade com a fibra capilar. Essas moléculas 
penetram até a periferia do córtex e são eliminadas gradativamente 
pela lavagem, porém, nas colorações semipermanentes são utilizadas 
moléculas de tamanho intermediário. Um determinado número 
de materiais expressa tamanho molecular pequeno para conseguir 
penetrar no cabelo, mesmo sendo grandes para serem utilizadas como 
colorações. Uma particularidade notada nesse sistema de coloração é 
que para cada cor existem dois corantes que podem ser usados, um 
que possua peso molecular baixo e outro com peso maior. 
Estes corantes penetram na cutícula capilar e são depositados 
no córtex. Não sendo removidos após uma lavagem. Como esses 
corantes são pequenos, para que se difundam da cutícula para o 
córtex, é notável que retornem novamente para fora, e a utilização de 
shampoos acabe removendo – os gradualmente. De modo geral, são 
retirados do cabelo com apenas cinco ou seis aplicações de shampoo. 
Fonte: <http://www.freedom.inf.br/artigos_tecnicos/hc25/imagens/kosmoscience/figura_6.gif>. Acesso em: 1 ago. 2017.
Figura 1.15 | Mecanismo de sistema de coloração semipermanente
Para saber mais
Estas colorações semipermanentes proporcionam abertura das 
cutículas, necessária para aperfeiçoar a absorção dos corantes pelo 
córtex. Como consequência deste mecanismo, há diminuição da 
maciez, brilho, aumento do esforço necessário para pentear, atributos 
indispensáveis e desejados em um cabelo saudável.
U1 - Conceitos de colorimetria 43
4.2.2 Permanente
As colorações permanentes oferecem muitas vantagens, pois 
podem clarear e promover a mudança de tonalidade da cor ao mesmo 
tempo, em um único processo. Elas são capazes de clarear a cor 
natural do cabelo porque são mais alcalinas que as semipermanentes, 
e normalmente são misturadas com um revelador de volumagem alta. 
O nível de dilatação da estrutura e também o nível de oxidação dos 
corantes são controlados pelo pH da coloração e pela concentração 
de peróxido de hidrogênio no revelador. O nível de dilatação aumenta, 
enquanto o pH da coloração e a concentração de peróxido se elevam. 
A maioria das colorações permanentes são misturas com o 
peróxido em partes iguais, na razão de 1:1 efeito dessa proporção de 
mistura uma vantagem competitiva. As colorações permanentes por 
oxidação, em geral, quando misturadas nas proporções determinadas 
pelos fabricantes com o peróxido de hidrogênio a 20 volumes, elevam 
sua capacidade de clareamento em um ou dois níveis. 
A coloração por oxidação é a sobreposição de duas cores, a cor 
do cabelo (natural ou artificial) que será a base a ser colorida, mais os 
pigmentos trazidos pela tinta. A coloração por oxidação ou permanente 
cobre cabelos brancos e muda a cor dos cabelos. Neste tipo de 
coloração o tempo de pausa é fundamental, o período de oxidação 
em uma coloração é de 30 a 50 minutos. Formadas por substâncias 
intermediárias ou precursoras de cor e acopladores, as substâncias 
intermediárias atuam como corantes depois de oxidadas, sofrendo 
ligação aos acopladores e propiciando a cor esperada. O processo 
tem como base reações de precursores e pigmentos que ocorrem no 
interior da fibra capilar, em meio alcalino com pH 8 a 10.
A amônia possibilita a tumefação e abertura das cutículas, 
concedendo a absorção dos corantes e do peróxido de hidrogênio. 
De acordo com as proporções de oxidante (H
2
O
2
), precursores e 
acopladores, obtém-se tonalidades mais claras ou escuras. Os corantes 
precursores são derivados da anilina. Os precursores são derivados de 
di-funcionais, orto, para-diaminas ou aminofenóis que são oxidados 
para diimina p-quinona. 
Estes produtos proporcionam uma abertura intensa das cutículas, 
sendo necessária para a absorção dos corantes pelo córtex, contudo, 
têm como consequência diminuição da maciez, brilho e aumento 
do esforço para pentear, atributos indispensáveis e desejados em um 
cabelo saudável.
U1 - Conceitos de colorimetria 44
Fonte: <http://www.freedom.inf.br/artigos_tecnicos/hc25/imagens/kosmoscience/figura_2.gif>. Acesso em: 1 ago. 2017.
Figura 1.16 | Mecanismo de sistema de coloração permanente
4.3 Coloração não oxidante
As colorações não oxidantes contêm apenas um componente. 
Elas são usadas diretamente como saem da embalagem e não são 
misturadas com revelador ou ativador. Não envolvem reações químicas 
e não há formação de novos químicos. A mudança no cabelo é apenas 
física. Esse tipo de coloração deposita corantes estáveis e diretos que 
se formaram antes da aplicação do produto.
A cor no frasco é a mesma depositada no cabelo. Essas colorações 
só podem depositar cor e não são capazes de clarear a cor natural 
do cabelo. Elas proporcionam mudanças físicas no cabelo e saem 
após um número predeterminado de lavagens sem deixar exposto um 
notável crescimento. Encontramos dois tipos: temporárias e henna.
4.3.1 Temporárias
Estas são corantes que possuem moléculas grandes em sua 
composição, excessivamente grandes que não conseguem atravessar 
a cutícula do cabelo perante condições normais. Os produtos de 
coloração capilar que utilizam tais corantes são aplicados por processo 
de deposição, deixandoa solução de corante secar sobre os cabelos, 
Questão para reflexão
Quais são os tipos de coloração com reflexos naturais?
U1 - Conceitos de colorimetria 45
assim os corantes se depositam sobre a superfície da cutícula.
Elas são consideradas cosméticos, no mais puro sentido da 
palavra. A coloração ocorre por deposição na superfície do cabelo, 
atraída, na maioria das vezes, por diferença de polaridade, sem mudar 
quimicamente a estrutura capilar. O cabelo é revestido com o pigmento 
que absorve e reflete a luz no espectro diferente de sua cor natural. 
Há vantagens e desvantagens em produtos desse tipo de coloração, 
pois são máscaras de cor, cobrem a cor natural e refletem diferentes 
ondas de luz visíveis, não podem deixar os cabelos mais claros que a 
cor original, porque a estrutura química capilar não é alterada, e lavar 
os cabelos algumas vezes provocará o desbotamento da cor, fazendo 
voltar à original.
Embora os produtos de coloração temporária não clareiem a cor 
natural do cabelo, são fáceis de usar e podem ser facilmente removidos 
com a lavagem.
Algumas desvantagens estão associadas às colorações temporárias, 
como: os corantes são removidos dos fios pelo uso de shampoo, a 
exposição à chuva pode transferir o corante paraas roupas ou colorir 
a pele e o corante pode manchar superfícies como roupas de cama.
Fonte: <http://www.freedom.inf.br/artigos_tecnicos/hc25/imagens/kosmoscience/figura_7.gif>. Acesso em: 1 ago. 2017.
Figura 1.17 | Mecanismo de sistema de coloração temporária
U1 - Conceitos de colorimetria 46
As colorações temporárias agem como uma rinsagem, ou seja, 
creme condicionador mais a molécula colorante, pois quando um 
cabelo está poroso, esse tipo de rinsagem pode fixar-se entre a cutícula 
e o córtex, e não ficar sobre ela, então são utilizadas para neutralizarem 
reflexos indesejados, principalmente em processos de descoloração 
em mechas.
4.3.2 Henna
A hena é uma coloração em pó obtida de uma planta, que 
ultrapassou a barreira do tempo e ainda é usada ocasionalmente 
em forma de pasta. O nome egípcio para essa planta é Henna. Uma 
planta pequena com uma casca esbranquiçada, folhas verdes claras 
e flores brancas cheirosas. As folhas secas trituradas são misturadas 
com água para formar uma pasta. Essa mistura dá ao cabelo escuro e 
sem tratamento um tom castanho avermelhado. Esse mecanismo de 
coloração ainda é usado em larga escala no Oriente Médio e na Índia.
Fonte: <http://madlyluv.com/wp-content/uploads/2016/01/henna-powder-and-leave-1024x658.jpg>. Acesso em: 1 
ago. 2017.
Figura 1.18 | Folhas e pó da Lawsonia inermis (Henna)
A Henna ainda é útil hoje, mas tem desvantagens. As substâncias 
encontradas naturalmente na Henna nunca são puras, pois as plantas 
contêm centenas de químicos diferentes desconhecidos. A Lawsonia, 
o agente de cor da Henna, é um dos muitos químicos encontrados na 
folha de Henn, ela equivale apenas a 1% da folha.
O ácido tânico, também encontrado nessa planta, só contribui um 
pouco na cor do cabelo. Esse químico fica escuro ao ser exposto à 
luz. Infelizmente, ele também aumenta a dureza do cabelo. A Henna 
aumenta o corpo do cabelo fino. O uso em excesso pode deixar o 
cabelo ressecado e áspero. Ela tem uma importante afinidade com as 
U1 - Conceitos de colorimetria 47
ligações salinas e pode atingir a primeira camada do córtex em alguns 
casos, como em cabelos muito finos ou descoloridos.
Essa desvantagem faz com que a Henna se acumule na superfície do 
cabelo e na primeira camada do córtex, dificultando a ação de soluções 
para ondulações permanentes. Essa coloração não é estável, e lavar os 
cabelos repetidamente fará com que a cor se desbote gradualmente, 
como é o perfil de uma coloração temporária. A Henna pode dar uma 
tonalidade esverdeada aos cabelos descoloridos e, embora seja segura 
e geralmente não sensibilizante, suas desvantagens limitam muito seu 
uso.
Fonte: <http://www.freedom.inf.br/artigos_tecnicos/hc25/imagens/kosmoscience/figura_7.gif>. Acesso em: 1 ago. 2017.
Figura 1.19 | Mecanismo de sistema de coloração de henna
Entre as funções e a aplicabilidade da hena, podemos afirmar que 
possui moléculas demasiadamente grandes e por isso fixam-se apenas 
sobre a cutícula, são colorantes apenas para colorir a superfície e saem 
nas primeiras lavagens.
Para saber mais
Antes de aplicar a Henna nos cabelos, é necessário certificar-se que 
ele está o mais saudável possível, mantendo uma rotina de cuidados 
capilares antes e depois da coloração, para que o cabelo mantenha um 
bom aspecto e saúde.
U1 - Conceitos de colorimetria 48
4.4 Técnicas de coloração
Inúmeras são as técnicas de aplicação das colorações capilares, 
tanto oxidantes como não oxidantes:
4.4.1 Técnicas de coloração oxidantes (semipermanente)
A sequência para a aplicação:
1. Separe o material e prepare o cliente.
2. Divida o cabelo em mechas (de quatro a seis).
3. Aplique a coloração e aguarde o tempo de pausa (cinco a 
trinta minutos, conforme recomendação do fabricante).
Efeitos durante esse período: as cutículas são abertas pela ação da 
alcalinidade do produto, e os corantes são absorvidos e impregnam os 
cabelos (cutícula), colorindo-os diretamente.
4. O produto é então enxaguado, retirando-se todo o excesso de 
pigmento.
Não use shampoo, mas um pouco de condicionador, para que o 
cabelo recupere seu pH natural.
5. Dê os retoques finais (secagem, penteado etc.).
4.4.2 Técnicas de coloração oxidantes (permanente)
A sequência para a aplicação:
1. Separe o material e prepare o cliente.
2. Prepare a tintura: coloque a tintura-creme e o revelador com 
água oxigenada em um recipiente não metálico e misture até 
obter um creme homogêneo.
3. Determine o ponto de partida para a aplicação do produto. O 
ideal é iniciá-la a partir da região da nuca ou a partir do local 
com maior número de fios brancos a cobrir.
4. Divida o cabelo em mechas (de quatro a seis).
5. Coloque as luvas e aplique a tintura da raiz às pontas com o 
auxílio de um pincel, mecha por mecha, de forma rápida e 
ritmada. Aguarde o tempo de pausa do produto e enxágue o 
cabelo com bastante água.
6. Aplique o condicionador e o bálsamo neutralizante.
7. Dê os retoques finais (secagem, penteado etc.).
U1 - Conceitos de colorimetria 49
4.4.3 Técnicas de coloração não oxidantes (temporária)
A sequência para a aplicação:
1. Separe o material e prepare o cliente (o cabelo poderá ser 
lavado com shampoo suave).
2. Prepare o produto misturando o shampoo (contendo os 
corantes) ao revelador (contendo peróxido de hidrogênio).
3. Divida o cabelo em mechas (de quatro a seis).
4. Coloque as luvas de plástico ou de borracha e aplique o 
shampoo, depois massageie os cabelos.
5. Aguarde o tempo de pausa sugerido pelo fabricante e retire o 
produto, enxaguando os cabelos com água.
6. Aplique o condicionador para reequilibrar o pH dos cabelos.
7. Dê os retoques finais (secagem, penteado etc.)
4.4.4 Técnicas de coloração não oxidantes (henna)
A sequência para a aplicação:
1. Separe o material e prepare o cliente (o cabelo pode ser 
molhado).
2. Divida o cabelo em mechas (de quatro a seis).
3. É necessário fazer a mistura da Henna com água morna.
4. A Henna necessita de um tempo de descanso para que seu 
pigmento possa ser liberado. Esse tempo varia de três até vinte 
e quatro horas, dependendo da temperatura ambiente.
5. Aplique a coloração e aguarde o tempo de pausa.
6. Quanto mais concentrada a mistura, maior a quantidade de 
pigmentos.
7. Quanto maior for o tempo de pausa, maior será a intensificação 
da coloração.
8. O produto é, então, enxaguado, retirando-se todo o excesso 
de pigmento.
Não use shampoo, mas um pouco de condicionador para que o 
cabelo recupere seu pH natural.
9. Dê os retoques finais (secagem, penteado etc.).
U1 - Conceitos de colorimetria 50
1. As tinturas tradicionais são conhecidas como coloração permanente. 
Descreva as características dessas colorações.
2. As tinturas mais antigas eram preparadas com amoras ou plantas e 
aplicadas nos cabelos como um creme capilar. As tinturas são divididas em 
colorantes oxidantes e não oxidantes. Escreva sobre cada um dos colorantes.
Nesta unidade, você aprendeu sobre a identificação da cor e tom dos 
cabelos naturais, os conceitos dentro da colorimetria, a composição 
bioquímica das colorações capilares e as colorações capilares.
Além disso, estudou a identificação e a tonalidade da cor nos cabelos 
e como são produzidos os pigmentos e conheceu sobre a canície e 
como ocorre nos fios de cabelo. Então, vimos o que é a colorimetria, 
teoria das cores, definição da cor, espectro visível, fisiologia da cor e 
sistemas colorimétricos, bem como abordamos o nível ou saturação e 
a tonalidade ou nuance da cor.
Esclarecemos sobre a formulação bioquímica das colorações 
capilares, mostrando toda a parte histórica. Além de compreender a 
composição química das colorações oxidantes e não oxidantes e o 
processo de coloração.
Desenvolveu o raciocínio de que o entendimento sobre os 
conceitos envolvidos dentro da colorimetria são essenciais tanto para 
o embelezamento como para a qualidade de vida, são recursos cada 
dia mais usados nos centros estéticos e de embelezamento, já que esta 
área capilar se encontraem alta, sendo um dos mercados que mais 
cresce, principalmente, no Brasil.
É fundamental saber sobre o universo da química capilar, desde 
a Antiguidade e toda sua evolução até os dias atuais, no intuito de 
compreender a importância de conhecer as colorações e de como 
agem nos fios.
Atividades de aprendizagem
Fique ligado
U1 - Conceitos de colorimetria 51
Diante do que aprendemos nesta unidade, concluímos que os 
conceitos de colorimetria são essenciais para o atendimento dos 
profissionais da área capilar. Desse modo, verifica-se a importância de 
conhecimentos específicos e profundos voltados à área capilar.
Sugerimos como conclusão do estudo desta unidade que você 
faça uma avaliação das pessoas do seu convívio para conhecer melhor 
como são realizadas as técnicas de coloração estudadas aqui, e que, 
baseado nessa avaliação, possa orientar as possibilidades que existem 
para uma melhor aplicabilidade dos conceitos envolvidos dentro da 
colorimetria.
1. Para empregar a Estrela de Oswald no seu trabalho, o profissional precisa 
ter um entendimento correto e preciso dela. Podemos dizer então:
I- Elimina tons inadequados para o procedimento que se deseja realizar.
II- Consegue criar a cor esperada para os cabelos.
III- Utilizada para que a cliente escolha a cor desejada.
Está correto o que se afirma em:
a) I apenas.
b) II e III apenas.
c) II apenas.
d) I,II e III.
e) I e II apenas.
2. O ato de colorir os cabelos também possui um momento histórico 
relativo à teoria das cores:
I- Há 4.000 anos no Egito foram encontrados os primeiros registros, onde 
múmias tinham o cabelo colorido com “henna”.
II- Os chineses foram os precursores no desenvolvimento da arte de tingir 
os cabelos.
III- No Império Romano, pentes de chumbo eram mergulhados no vinagre 
e utilizados no escurecimento dos cabelos grisalhos.
Está correto o que se afirma em:
a) I apenas.
b) II e III apenas.
c) III apenas.
d) I,II e III.
e) I e III apenas.
Para concluir o estudo da unidade
Para concluir o estudo da unidade
U1 - Conceitos de colorimetria 52
3. Quando o cliente se dirige ao salão de beleza ou centro de embelezamento 
para realização de uma coloração de cabelos, há duas categorias de 
produtos, as colorações oxidantes e as não oxidantes. De acordo com as 
colorações, relacione as colunas:
1-Não oxidante / 2-Oxidante 
( ) Ação temporária.
( ) Semipermanentes.
( ) Permanentes.
( ) Atuante por deposição.
a) 1/2/1/2.
b) 2/2/1/1.
c) 1/2/2/1.
d) 1/1/2/2.
e) 2/1/1/2.
4. Sobre a categoria das colorações que possuem uma cor duradoura, 
clareia e promove a mudança da cor ao mesmo tempo, elas podem ser 
alcalinas e são misturadas com um revelador de volumagem específico. 
Qual seria a essa coloração de oxidação?
a) Semipermanente.
b) Henna.
c) Permanente.
d) Não oxidante
e) Temporária.
5. Conseguimos enxergar uma pequena parte da energia eletromagnética 
que nos circunda, apenas as sete cores básicas do espectro visível. A luz 
existe e pode ser vista por causa de três entidades:
a) Luz; objeto visualizado; observador.
b) Olho; objeto visualizado; luz.
c) Luz; binóculo; observador.
d) Objeto visualizado; luz; lente.
e) Observador; óculos; objeto visualizado.
U1 - Conceitos de colorimetria 53
ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Diário Oficial da União de 31 de agosto 
de 2000. Resolução RDC nº 79, de 28 de agosto de 2000. Estabelece a definição e 
Classificação de Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes e outros com 
abrangência neste contexto, 2000.
BEDIN, V. Produtos capilares. Cosmetics & Toiletries, v. 18, 2006.
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HALL, J. E. Tratado de fisiologia médica. 12. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011.
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Cambridge, MA: Harvard University Press, p. 116-135, 1978. 
NEWTON, I. Óptica. Traduzido por André K. Assis. São Paulo: Edusp, 1996
OLIVEIRA, I. Conhecimentos atuais sobre a biologia dos melanócitos no folículo piloso 
humano. Anais brasileiros de Dermatologia, Rio de Janeiro, v. 78, n. 3, p. 331-343, maio/
jun. 2003.
Referências
U1 - Conceitos de colorimetria 54
SILVERTHORN, D. U. Fisiologia humana: uma abordagem integrada. 5. ed. Porto Alegre: 
Artmed, 2010.
TORTORA, G. J.; DERRICKSON, B. Princípios de anatomia e fisiologia. 12 ed. Rio de 
Janeiro: Guanabara Koogan, 2010.
WAGNER, R. C. C. A estrutura da medula e sua influência nas propriedades mecânicas 
e da cor dos cabelos, Campinas, São Paulo, 2006. Tese de doutorado - Universidade 
Estadual de Campinas - Instituto de Química, Campinas, 2006.
Processos de descoloração 
capilar
A proposta da presente unidade é que você, aluno, saiba conhecer 
e identificar os processos de clareamento capilar, a composição 
bioquímica do descolorante capilar, as técnicas de clareamento e os 
efeitos do clareamento nos fios.
É de extrema importância que o profissional da área do 
embelezamento tenha o domínio da parte dos conceitos envolvidos 
dentro dos estágios da descoloração e saiba como ocorrem a 
reação de oxidação, o pH e o clareamento capilar. Além disso, ele 
deve conhecer com propriedade a formulação bioquímica dos 
descolorantes capilares e as técnicas de clareamento capilar, além 
de saber sobre os oxidantes em uso, os efeitos dos clareadores 
capilares e a segurança no clareamento capilar.
Objetivos de aprendizagem
Nesta seção, abordaremos como acontece o clareamento capilar, quais 
são os estágios da descoloração e como ocorre a reação de oxidação, além de 
falarmos sobre o pH e o clareamento capilar.
Seção 1 | Processo de clareamento capilar
Nesta seção, falaremos sobre a formulação bioquímica dos descolorantes 
capilares, mostrando toda a parte histórica, desde o início de como eram usadas 
as descolorações e suas composições, bem como compreenderemos o uso dos 
clareadores para couro cabeludo e extensão capilar.
Seção 2 | A composição bioquímica do descolorante capilar
Vânia Aparecida Malachias Terra
Unidade 2
Nesta seção, falaremos sobre as técnicas de clareamento capilar, luzes, 
mechas, reflexo, balaiagem, californiana, ombré hair, mechas 3D e invertidas, Além 
de conhecermos sobre o procedimento de matização e sua importância após as 
descolorações.
Seção 3 | Técnicas de clareamento capilar 
Nesta seção, discorreremos sobre os oxidantes em uso e os efeitos dos 
clareadores capilares e também falaremos a respeito da segurança no clareamento

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