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Classificação e Levantamento de Solos Classificação de Solos Para classificar um solo → análises químicas e físicas: Granulometria; pH; Ca, Mg, K, Na; Valor de S, CTC, V%, Al%; C orgânico; SiO2, Al2O3, Fe2O3, TiO2, P2O5; Relações Ki e Kr. Sistemas de Classificação de Solos. Genético: Baseado nos processos de formação do solo; Natural: Baseado em propriedades observadas; Técnico: Baseado em um determinado tipo de uso. Cerosidade Serve para identificar horizonte B textural e B nítico. Relação silte/argila Identificação do grau de intemperização do solo. Usada para diferenciar Hz B latossólico de Hz incipiente. SiBCS 1º NC: ordens 2º NC: subordens 3º NC: grandes grupos 4º NC: subgrupos 5º NC: famílias 6º NC: séries Atributos Diagnósticos Alta saturação (Eutróficos): V% for superior a 50%; Baixa saturação (Distróficos): V% inferior a 50%. Caráter Alumínico A teor de alumínio extraível 4 cmolc/kg de solo e saturação com Al 50% e/ou saturação por bases < 50%. Caráter Caráter Sódico Saturação por sódio 15% Caráter Solódico Saturação por sódio entre 6 a 15%. Caráter Salino Refere à presença de sais solúveis em água, em quantidades que interferem no desenvolvimento das culturas. CE do extrato de saturação 4 dS/m e < 7 dS/m (a 25°C). Caráter Sálico Refere a presença de sais mais solúveis em água em quantidades tóxicas para as culturas. CE 7 dS/m (a 25°C). Caráter Abrúptico Aumento de argila entre o horizonte A ou E e o Hz subjacente B; Caráter Carbonático; Presença de 15% ou mais de CaCO3. Caráter Hipocarbonático CaCO3 entre 5% à 15%. Caráter Plíntico É requerida plintita em quantidade mínima de 5 % por volume. Caráter Litoplíntico Apresentam petroplintita, em quantidade mínima de 10% do volume total do(s) horizonte(s). Caráter Vértico Presença de "slickensides" (superfícies de fricção), fendas, ou estruturas cuneiformes e/ou paralepipédicas. Caráter Ebânico Para matiz 7,5 YR ou mais amarelo: cor úmida: valor < 4 e croma < 3 e cor seca: valor < 6. Para matiz mais vermelho que 7,5 YR: cor úmida: preto ou cinzento muito escuro (Münsell) e cor seca: valor < 5. Caráter Crômico Apresentam, na maior parte do horizonte B; Matiz 5 YR ou mais vermelho: com 3 e croma 4 ou; -matiz mais amarelo que 5 YR: valores 4 a 5 e cromas 3 a 6. Caráter Argilúvico Concentração de argila no horizonte B com gradiente textural (B/A) de 1,4 ou mais Caráter Ácrico Para solos com CTC efetiva ≤ 1,5 cmolc kg-1 de argila associada a pH KCl ≥ 5 ou ΔpH positivo ou nulo. Teor de óxidos de ferro Cores brunas ou amarelas estão associadas à presença de goethita. Material Orgânico Originários de resíduos vegetais em diferentes estágios de decomposição, fragmentos de carvão finamente divididos, substâncias húmicas, biomassa meso e microbiana, e outros compostos orgânicos, apresentando proporção variável de material minera. O Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SBCS) utiliza no primeiro nível categórico o tipo de horizonte diagnóstico subsuperficial. Exceção: Neossolos, pois tem ausência de Horizonte B diagnóstico; Chernossolos: Horizonte A Chernozêmico; Organossolos: Horizonte Hístico. Horizonte A Chernozêmico Horizonte mineral superficial, em geral espesso, de coloração escura e saturação por bases elevada. Estrutura: estrutura bem desenvolvida com grau de desenvolvimento predominantemente moderado ou forte; Espessura: 10 cm ou mais quando imediatamente acima da rocha; 18 cm no mín. se o solo tiver menos de 75 cm; 25 cm no mín. se o solo tem mais de 75 cm. Cor: valor e croma 3 (úmido) e valor 5 (seco). Saturação por bases (V%): 65% ou mais. Carbono orgânico: 0,6%. Horizonte A Proeminente Têm características semelhantes as do Hz A chernozêmico, porém apresenta saturação por bases (Valor V) inferior a 65%. Horizonte A Húmico Apresenta cor escura com valor e croma igual a 4,0 ou menor (úmido) e V% menor que 65, apresentando espessura e teor de carbono dentro dos seguintes limites: Teor de carbono orgânico inferior ao limite mínimo para caracterizar o horizonte hístico; Espessura mínima comparável à descrita para o horizonte A chernozêmico; Teor de carbono orgânico igual ou maior que o valor obtido pela equação abaixo: (C-org (g/kg) de cada suborizonte A x espessura do suborizonte) 60 + (0,1 x média ponderada de argila do horizonte superficial em g/kg). Horizonte A Fraco Horizonte fracamente desenvolvido, identificado pelas seguintes características: Cor do material de solo com valor 4,0 (úmido), e 6,0 (seco); Teor de carbono inferior a 6 g kg-1; Espessura < que 5 cm. Horizonte A Moderado Quando não houver enquadramento em nenhuma das definições anteriores. É o Hz superficial mais comum nos solos do Brasil. Horizontes diagnósticos subsuperficiais Situados abaixo do Horizonte A. Em alguns casos pode estar com o Hz A, ou estar exposto na superfície devido à erosão. Horizonte B Textural Hz com acúmulo de argila; O conteúdo de argila no B textural é sempre maior do que no A; Herdado de material de origem; Pode apresentar cerosidade; OBS: Grande aumento de argila do Hz A para o Hz B = Mudança textural abrupta. Argissolo; Chernossolo; Luvissolo. Horizonte Plânico Tipo especial de Hz B textural, apresenta mudança textural abrupta, permeabilidade baixa. Cor: cinzentos ou cinzentos escuros. Horizonte Plíntico Caracteriza-se pela presença de plintita em quantidade igual ou superior a 15% e espessura de pelo menos 15 cm. Horizonte Espódico Hz mineral que apresenta acumulação iluvial de matéria orgânica. Horizonte Glei Hz mineral com espessura de 15 cm ou mais, caracterizado por redução de ferro; Vertissolos Hidromórficos. Horizonte E Albico Hz subsuperficial; Teve perda ou segregação de material coloidal orgânico e inorgânico; A cor do Hz é clara. Horizonte B latossólico Hz em avançado estágio de intemperização; Baixa relação textural; Pouca diferenciação de cor entre os horizontes; CTCpH7 < 17 cmolc/kg de argila; Cerosidade: pouca e fraca. Horizonte B incipiente Mínimo 10 cm de espessura CTCpH7 > 17 cmolc/kg de argila; Hz B incipiente → Cambissolos Horizonte B nítico Textura argilosa ou muito argilosa; Com ou sem pequeno incremento no conteúdo de argila do A para o B; B nítico → Nitossolos Horizonte vértico Superfícies de fricção; Textura argilosa ou muito argilosa, ou média com no mín. 30% de argila; Fendas em algum período do ano com no min. 1 cm de largura. Hz vértico → Vertissolos Horizonte cálcico Deve ter no mínimo 15 cm de espessura, conter 15 % ou mais de CaCO3. Horizonte Petrocálcico Horizonte resultante da consolidação do Hz cálcico. Horizonte sulfúrico Composto de material mineral ou orgânico que apresenta valor de pH 3,5 ou menor. Níveis categóricos do Sistema Brasileiro de Classificação de Solos 1° Nível Categórico → ordens Presença ou ausência de atributos, Hz ou propriedades identificadas no campo. Atuação de processos na formação do solo. Argissolo Argissolos Horizonte B textural, abaixo do Hz A ou E; Argila atividade ↓ ou argila ↑ e saturação de bases ↓. Cambissolos Horizonte B incipiente, abaixo de qualquer tipo de Hz superficial. Exceto: Hz hístico com 40 cm ou mais de espessura; e Hz A chernozêmico quando o B incipiente apresentar argila de atividade alta e saturação por bases alta. Chernossolos Ricos em matéria orgânica; coloração escura. Apresentam Hz A chernozêmico seguido de: Hz B incipiente, ou B textural, com argila de atividade alta e eutróficos (V% > 50%). Gleissolos Hz glei; não apresenta: Hz B textural, mudança textural abrupta, horizonte plíntico ou vértico. Latossolos Hz B latossólico, abaixo de qualquertipo de horizonte A. Luvissolos Hz B textural, abaixo de horizonte A ou horizonte E; Argila de atividade↑ e saturação por bases ↑. Neossolos Não apresenta Hz B. Regolítico é mais profundo que o Litólico. Nitossolos Hz B nítico abaixo do horizonte A; Com 35 % ou mais de argila; apresenta argila de atividade ↓ ou ↑. Organossolos Hz hístico; constituídos por material orgânico. Planossolos Hz A ou E seguido de Hz B plânico; constituídos por material mineral. Plintossolos Hz plíntico, litoplíntico ou concrecionário, abaixo do horizonte A ou E. Vertissolos Hz vértico, entre 25 e 100 cm de profundidade. 2° Nível Categórico → subordens São subdivisões das ordens e relaciona características que representam processos secundários na formação dos solos. Argissolo Vermelho Atuação de outros processos que atuaram junto com os processos dominantes. Envolve propriedades → desenvolvimento plantas. Ressaltam as características responsáveis pela ausência de diferenciação de horizontes diagnósticos; Ressaltam propriedades ou características diferenciais que representam variações importantes dentro das classes do 1º nível categórico. Cor do Solo: Amarelo; Acinzentado; Bruno- Acinzentado; Bruno; Vermelho; Vermelho-Amarelo. Ferrilúvico, Humilúvico e Ferrihumilúvico →Tipos de horizonte espódico. Flúvico → Camadas estratificadas e/ou decréscimo irregular de carbono. Fólico → Hz hístico + contato lítico. Háplico → Solos modais. Húmico → Hz A Húmico. Litólico → Contato lítico dentro de 50 cm da superfície. Melânico → Hz O hístico, A húmico, proeminente e chernozêmico. Nátrico → Caráter sódico. Quartzarênico → Textura arenosa. Regolítico → A, C + contato lítico; 50 cm da superfície + 4% de minerais alteráveis ou 5% de fragmentos de rocha. Tiomórfico → Horizonte sulfúrico e/ou materiais sulfídricos. 3° Nível Categórico → Grandes Grupos São subdivisões das subordens, de acordo com a morfologia, características químicas ou físicas. (distrófico/eutrófico); Tipo e arranjamento de horizontes; Atividade da argila; Saturação por bases ou Al ou Na. Presença de propriedades restringe o desenvolvimento das plantas. Argissolo Vermelho distrófico 4° Nível Categórico → subgrupos São subdivisões dos grandes grupos e estão relacionados a variações em relação ao conceito central. Pode ser: Latossólico; arênico; típico; espódicos; planossólicos; vérticos. Argissolo Vermelho distrófico arênico. 5° Nível Categórico → Famílias São subdivisões dos subgrupos baseados em propriedades que refletem condições ambientais do solo; Propriedades físicas, químicas e mineralógicas. Fins agrícolas e não agrícolas. 6° Nível Categórico → Séries São subdivisões das famílias relacionadas com o desenvolvimento das plantas. Facilitam as interpretações quantitativas sobre uso e manejo dos solos, seja agrícola ou não.
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