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GTO - GESTÃO DA TRANSFORMAÇÃO ORGANIZACIONAL INTRODUÇÃO • Auxiliar o alinhamento das GTO é uma proposta de abordagem estratégica, abrangente e integrada para gerenciar o processo de transformação e melhoria organizacional. Ela visa criar alinhamento entre a organização e o seu ambiente externo, assim como criar alinhamento dos elementos internos, procurando elevar a possibilidade de sucesso do processo de transformação. Auxilia na condução do processo de mudança de forma aberta e honesta, estimulando a participação de elementos chaves da empresa de todos os níveis organizacionais na identificação dos problemas raízes, remoção de obstáculos e criação das idéias de melhoria. Oferece subsídios para um detalhamento eficaz das iniciativas de melhorias organizacionais, criando marcos de curto prazo com comunicação clara dos ganhos que podem ser alcançados. Auxilia o alinhamento das estratégias organizacionais e iniciativas com ações e medidas de desempenho, com mecanismos de revisão periódica de progresso do processo de melhoria. Auxiliar na comunicação eficaz de todo o processo de mudança, tornando transparente a necessidade de mudar, a visão da empresa, os obstáculos existentes, os problemas relacionados, os objetivos de curto prazo e as melhorias alcançadas. O diagrama seguinte apresenta a perspectiva da GTO Numa outra perspectiva, podemos ter a seguinte leitura: 1 – CONSCIÊNCIA DA NECESSIDADE DE TRANSFORMAÇÃO: POR QUE PRECISAMOS MUDAR? O primeiro estágio representa a necessidade de membros da organização em identificar e formular um conjunto de disparadores de mudanças para a organização alvo, seja ela uma divisão, um departamento, uma fábrica ou uma empresa como um todo. A questão a ser respondida aqui é "porque nós precisamos mudar?". Normalmente os disparadores de mudanças estão associados a uma ameaça existente ou em potencial aos atuais processos da organização. No entanto, existem empresas que efetuam mudanças de grande porte baseadas em oportunidades externas ou a partir da identificação da existência de competências internas que possam ser consideradas uma vantagem competitiva relevante. Sendo assim, estes disparadores de mudanças podem ser tanto internos quanto externos à organização e podem representar tanto uma ameaça quanto uma oportunidade. É importante ressaltar que a empresa está constantemente sendo exposta a disparadores de mudanças. No entanto, existem disparadores de mudanças de diferentes proporções quanto às ameaças ou oportunidades que eles representam. Em alguns casos, o surgimento de um único disparador de mudança é suficiente para motivar o início do processo de mudança. Outras vezes, é necessário o surgimento de um conjunto de "pequenos" disparadores de mudanças, que atuando em conjunto, dão início ao processo. A clara identificação deste conjunto possibilita à empresa (ou aos agentes de mudança da empresa) comunicar a necessidade imediata de mudança, fornecendo as razões necessárias à motivação dos demais funcionários e ao conseqüente rompimento da inércia. Chamaremos esta razão imperiosa de impulso motivador A idéia de um impulso motivador para mudança é de que é necessária a existência de uma ameaça ou oportunidade suficientemente grande para motivar a organização a vencer as diversas barreiras do processo de mudança, incluindo a inércia da estabilidade e os históricos passados de mudanças mal-sucedidas. Definiremos aqui impulso motivador como o sub-conjunto dos disparadores de mudanças que em um dado momento vem a causar uma necessidade imperiosa de mudança em uma dada organização. Neste passo é portanto identificado um impulso motivador inicial, que será confirmado, formalizado e comunicado adequadamente em uma etapa posterior. Um impulso motivador pode ser constituído por disparadores de mudanças que representam tanto ameaças quanto oportunidades para a empresa, podendo estas serem internas ou externas, imediatas ou futuras. Essa análise de ameaças e oportunidades pode ser feita usando-se um modelo adaptado a partir da Análise de Forças Competitivas de Porter (1980). Este é um esquema que talvez auxilie a entender e classificar os disparadores de mudanças que compõem um impulso motivador, mas não auxilia necessariamente a "descoberta" ou identificação dos disparadores de mudanças com antecedência. Fazer esta descoberta é um trabalho de intuição e sensibilidade do líder da organização ou do agente de mudança. A análise de forças competitivas originalmente proposta por Porter era muito mais orientada para as ameaças e oportunidades externas à empresa e partia do pressuposto de que a empresa, antes de mais nada, reage ao seu ambiente externo. Por isso é necessário incorporar as ameaças e oportunidades internas à empresa e a possibilidade de atuação proativa da empresa em relação ao ambiente externo, através da exploração de suas capacidades e competências internas e criação de oportunidades. Desta forma este modelo, como um mapeamento das forças reais que atuam e interagem com a empresa, pode ser uma poderosa ferramenta de análise e comunicação dos disparadores de mudanças. Ele também pode ser simplesmente um interessante "modelo mental" para o líder da organização, para visualizar o contexto da empresa no processo de formalização do impulso motivador. Um outro output chave deste passo é a definição das expectativas de mudança, baseadas nas visões dos patrocinadores e dos agentes de mudança. Estas expectativas podem definir o que os patrocinadores e agentes pretendem atingir como resultado do esforço de transformação, as áreas (processos, sistemas, áreas funcionais, etc.) alvos de mudanças e os objetivos de alto nível. O conjunto destas expectativas pode aqui ser chamado simplesmente de visão. Independente de o que exatamente constitui o impulso motivador e a visão, um ponto vital para o sucesso é a capacidade do patrocinador em formalizar de forma clara a existência desta plataforma, criar e formalizar as suas expectativas de mudança para a organização e comunicar eficazmente este impulso motivador e a sua visão. Esta comunicação é um processo que deve ser preparado pelo líder da organização. Basicamente deve conter os passos: 1. Desenvolvimento de uma mensagem clara sobre impulso motivador e visão; 2. Levar essa informação para todos os envolvidos na organização, mesmo àqueles que não são diretamente afetados pela mudança; 3. Identificar e selecionar os potenciais agentes que irão ajudar na condução do processo de mudança. Esta etapa de comunicação é a primeira etapa de um intenso processo de aprendizado envolvido na transformação bem sucedida. O que é recomendado é que durante o processo de comunicação da necessidade de mudança, seja institucionalizado um painel de visibilidade do processo de transformação. Este painel serve como um ponto de referência para o processo e vai, pouco a pouco, agregando as informações mais importantes do processo, servindo como ferramenta de concentração de informações, evitando que estas fiquem dispersas e indisponíveis para os participantes. Este painel também atua como um mecanismo de comunicação entre os participantes, indicando próximas reuniões e resultados esperados em cada etapa. Pode servir também para apresentar os resultados já obtidos, como ferramenta de treinamento/educação para os demais membros da organização e como ferramenta de comunicação com grupos condutores de outros esforços em paralelo. 2 . ESTABELECIMENTO DAS BASES PARA A TRANSFORMAÇÃO Estabelecer as bases para a transformação é proceder a criação de infraestrutura para a mudança. É uma etapa que inclui diversos elementos chaves: a criação de equipe necessária para liderar o esforço de transformação (que freqüentemente inclui a necessidade de formação de equipes de liderança e de equipes de projeto), o desenvolvimento de um programa de treinamento para essa equipe, a elaboração de um sistema de medidas de desempenhopara esta equipe e para o processo de transformação, e a disponibilização de recursos para o processo de mudança. A questão aqui é "como nós vamos dar suporte à mudança?". Esta etapa é representada no centro da figura da GTO exatamente porque ela vai sendo executada em paralelo com as demais etapas ao longo do processo de transformação. Por exemplo, um time que pode inicialmente ser formado é uma pequena equipe de liderança do processo, para uma análise do impulso motivador para a mudança e criação de visão inicial. A seguir, na etapa de Análise da Situação Atual, uma ou mais equipes vão ser formadas para realizar essa atividade. Na etapa de Estabelecimento de Direção para a Mudança esta equipe pode eventualmente se modificar, através da inclusão e exclusão de membros, ou até mesmo ser formada uma nova equipe para delineamento da situação futura. O mesmo ocorre em outras etapas. Sendo assim, esta questão de formação de equipes, que é apresentada como parte da etapa de Criação de Infraestrutura, na verdade é extremamente dinâmica, ocorrendo ao longo de todo o processo. Esta mesma dinâmica pode ser observada na questão de treinamento e de desenvolvimento de sistema de medidas de desempenho. Portanto, as atividades que compõem esta etapa de Criação de Infraestrutura para a Mudança ocorrem, na verdade ao longo de todo o processo. 2.1- FORMAÇÃO DE TIMES PARA MUDANÇA Um requisito básico para a condução da transformação é a formação de equipes específicas para atuar no processo. É muito importante fazer uma distinção clara entre as equipes formadas e as equipes que executam atividades operacionais regulares na organização. As equipes de transformação devem ser: Eminentemente ad hoc. Multifuncionais, contendo membros com formações e conhecimentos diferentes. Multiníveis, contando com membros de diversos níveis da organização. Compostas por indivíduos com reconhecida habilidade, competência e respeitados pelos pares. Compostas por indivíduos motivados. Autodirigida. Devidamente treinadas para o processo de transformação. Dotadas de poderes para efetivamente proceder à transformação. Reconhecidas e recompensas com base nos resultados obtidos no processo. Estas equipes são "times paralelos". Times paralelos são pessoas de diferentes unidades de trabalho, agrupadas para realizar funções que a estrutura organizacional comum não está equipada para realizar adequadamente - estas estruturas existem em paralelo com a estrutura organizacional formal. A composição destas equipes deve fazer parte do painel de visibilidade do processo de transformação. Uma representação gráfica é adequada, de forma a explicitar as intersecções e lideranças destas equipes. A figura abaixo mostra esquematicamente esta representação. 2.2 – TREINAR AS EQUIPES RESPONSÁVEIS PELAS MUDANÇAS Para cada equipe formada no processo de transformação, deve ser providenciado o treinamento adequado, de forma a inserir esta equipe no contexto do processo de transformação e maximizar o potencial desta equipe na obtenção de bons resultados. Basicamente este treinamento deve cobrir: Informações de negócio: Impulso motivador para as mudanças visão. objetivos mais imediatos do processo de transformação. resultados já obtidos. equipes formadas. ações e iniciativas em andamento, etc. Informações referentes à GTO: idéia geral do processo de transformação. princípios básicos da GTO. ferramentas complementares e técnicas de apoio à condução do processo, etc. Informações tecnológicas: informações básicas sobre as tecnologias sendo propostas. conceitos de produção necessários, etc. 2.3 CRIAÇÃO DE UM SISTEMA DE MENSURAÇÃO DE DESEMPENHO Quem não mede não pode gerenciar. A criação de um sistema de medidas para avaliar o processo de transformação é extremamente importante para o gerenciamento deste processo. Deve-se ressaltar aqui a diferença existente entre o sistema de avaliação do processo de transformação e o sistema existente para avaliar a organização e as suas funções. A rigor existem dois tipos de sistemas de medidas distintos sendo considerados na GTO. O primeiro é o sistema de avaliação ao processo de transformação em si – SAT. O outro, mais abrangente é o sistema de avaliação de desempenho da organização como um todo, chamado aqui de SAOrg. O SAT leva em consideração um subconjunto das métricas do SAO e um conjunto de métricas específicas ao processo de transformação, tais como desempenho da equipe do projeto, atingimento do cronograma, objetivos intermediários para as melhorias em andamento, percepção de falhas no processo, etc. Ele é o conjunto de parâmetros que vai ser utilizado para determinar se a melhoria pretendida no processo de transformação teve sucesso ou não. Um dos conjuntos de critérios mais conhecidos, a ser utilizado como "pano de fundo conceitual" para a construção de um sistema de medidas de desempenho, é o proposto pelo Balanced Scorecard. O Balanced Scorecard é um sistema de medidas de desempenho criado por Robert S. Kaplan e David P. Norton (KAPLAN & NORTON, 1996). Este sistema leva em consideração medidas financeiras e não financeiras de desempenho, fazendo um "balanceamento" entre elas.Os objetivos e medidas do scorecard são derivados a partir da visão e estratégia global da organização. Estes objetivos e medidas de desempenho observam a organização a partir de quatro perspectivas: financeira, clientes, processos de negócio internos e aprendizado&crescimento. Estas quatro medidas fornecem a estrutura para o Balanced Scorecard, 3 – PROCEDER DIAGNÓSTICO DA ORGANIZAÇÃO Este passo inclui os processos e ferramentas para a obtenção de um entendimento abrangente da questão "onde nós estamos agora?". O primeiro passo nesta etapa é a definição da estrutura de negócios da organização. A idéia aqui é representar o estado atual da organização, relacionando os processos internos de negócio, a visão da organização, etc. Nesta fase é promovida a clarificação, desenvolvimento, comunicação e consensualização da burning platform na organização, a formalização da visão, a definição dos objetivos estratégicos e a definição do sistema organizacional, composto pelo conjunto dos processos gerenciais, operacionais e de suporte que serão envolvidos na mudança. Para esta definição de sistema organizacional podem ser utilizadas diversas ferramentas, tais como: análise de input/output do sistema organizacional e mapeamento de processos. Estas ferramentas servem para compreender melhor a empresa e facilitar o processo de mudança. Esta ferramenta ajuda a criar uma clara visão do escopo da organização, através da identificação dos processos nela existente e das entradas e saídas destes processos, provenientes dos fornecedores e clientes. Um segundo tipo de processamento nesta etapa, é o de diagnose da situação atual. Aqui são utilizadas ferramentas e técnicas que possibilitam o diagnóstico dos pontos fortes e fracos da organização e as oportunidades de melhoria. Isto pode ser feito utilizando-se categorias de "ferramentas de percepção" sobre eventuais problemas ou efeitos indesejáveis da organização. Uma primeira ferramenta importante para o diagnóstico é o sistema de medidas de desempenho da organização. Ele pode apontar para falhas e problemas em determinadas áreas de desempenho. Este sistema deve funcionar na empresa como um sistema de "diagnóstico contínuo", uma vez que potencialmente a análise dos resultados, e eventualmente de problemas que estejam afetando os resultados, pode ser tão freqüente quanto o processo de atualização das métricas de desempenho. Metodologias como o Marcador Balanceado (Balanced Scorecard) e os Fatores Chave de Sucesso utilizadas em Sistemas de Informações Gerenciais cumprem bem esse papel. Uma segunda ferramenta de diagnóstico é a modelagem ou mapeamento do processo atual em si. Esta pode servir como um catalisadorpara uma análise deste processo por um grupo de trabalho. É uma ferramenta que possibilita um compartilhamento do conhecimento sobre o processo, inicialmente fragmentado e distribuído entre os elementos participantes do processo de análise. Ela permite a localização de pontos a serem melhorados no processo, auxiliando também no atingimento de consenso entre os elementos participantes sobre quais os pontos específicos a serem melhorados. A ferramenta de Mapeamento da Linha de Valor pode ser utilizada num contexto mais amplo, chamado de Análise da Linha de Valor, onde é estabelecido um procedimento de análise e diagnóstico da situação atual do processo mapeado. Uma terceira categoria de ferramentas de diagnóstico é a de levantamento de problemas (assessment) por entrevista ou questionário. Esta é uma ferramenta que explora mais o lado da percepção que cada indivíduo tem da organização e de seus problemas. Pode tanto ser um formulário a ser aplicado individualmente, entrevistas individuais, entrevistas de grupos ou ferramentas gráficas, como o diagrama de causa e efeito de Ishikawa. Finalmente, uma quarta categoria muito importante é a de ferramentas de focalização. Estas ferramentas são úteis na identificação e obtenção de consenso sobre qual o processo ou problema que efetivamente tem que ser trabalhado. As ferramentas apresentadas anteriormente têm um grande potencial como veículos de comunicação, possibilitando a discussão e a obtenção de consenso. No entanto, a ferramenta Árvore da Realidade Atual é uma ferramenta especialista na condução do processo de focalização. Sendo assim, a etapa de Análise da Situação Atual, deve fornecer um panorama bastante correto de "Onde nós estamos agora?" Os outputs deste passo são fundamentais para guiar a definição das iniciativas ou ações de melhoria em etapas posteriores da GTO. 3.1 – ANÁLISE DE ENTRADAS E SAÍDAS DA ORGANIZAÇÃO A ferramenta Análise de Entradas e Saídas permite uma rápida visão da organização que está sendo considerada no processo de transformação. Esta ferramenta, proposta por Sink e Tuttle (1989) possibilita o consenso sobre o domínio da aplicação, o escopo e a unidade de análise. Uma característica importante é que este consenso é obtido através de um exercício de grupo, pois a Análise de Input/Output é uma ferramenta que pode ser utilizada durante uma reunião do time de projeto, estimulando a participação de todos os membros deste grupo, durante o processo de construção. A figura abaixo apresenta um esquema básico de construção da Análise de Input/Output. __Esquema de Análise de Entradas e Saídas Uma aplicação típica leva de 2 a 3 horas para completar o painel, apresentando os principais processos que agregam valor à organização, uma visão dos inputs e outputs destes processos e uma visão de quem fornece estes inputs e quem recebe os outputs do processo. Esta ferramenta na GTO é aplicada para obter uma visão não aprofundada da operação da organização. Mas esta visão é suficiente, em muitos casos para entender essas operações dos processos. Ela é basicamente uma ferramenta de comunicação, que deve ser também divulgada no painel de comunicação do processo de transformação, garantindo visibilidade do escopo e fronteiras deste processo. 3.2 - MAPEAMENTO DE PROCESSOS Para mapeamento dos processos de negócio em geral, existem diversas ferramentas disponíveis que podem ser utilizadas no contexto da GTO. Ferramentas como SADT (DOUMEINGTS et al., 1987), IDEF (MAYER et al., 1994) e EPC (SCHEER, 1999) são bastante populares na representação de processos de negócio. A IDEF é uma ferramenta de modelagem bastante conhecida e utilizada. A sigla IDEF vem de Integrated Computer Aided Manufacturing Definition, e foi desenvolvida na década de 70 pela força aérea americana. A idéia da ferramenta é mostrar o fluxo de informações dentro dos processos. Ela apresenta 3 tipos de representações básicas: IDEF0 é uma notação para representação gráfica que mostra o processo e as suas atividades componentes. IDEF1X é uma notação projetada para representar graficamente a estrutura de informação existente em um negócio. IDEF2 é uma técnica dinâmica que descreve o comportamento de um sistema. A representação IDEF0 é a mais utilizada. Ela é adequada para a representação estática de processos. A figura abaixo mostra a representação básica de informações e função. Visão básica dos elementos do IDEF0. Através do IDEF0 o fluxo de informações existentes entre funções é mapeado, possibilitando uma visão gradativamente detalhada do processo. Esse detalhamento é feito para cada função ou atividade, através de sucessivas explosões das funções. A figura abaixo ilustra este tipo de detalhamento. Esquema de detalhamento de funções do IDEF0. Algumas destas ferramentas estão em um contexto bastante amplo de modelagem, como por exemplo a EPC (Event-Driven Process Chain), que pertence à arquitetura ARIS (Architecture of Integrated Information Systems) de W. Scheer. Esta ferramenta se insere dentro de um pacote computacional bastante amplo, chamado de ARIS Toolset, que reflete a arquitetura e que é bastante amplo, possibilitando a modelagem integrada de diversos outros aspectos da organização, tais como estrutura organizacional, árvore de objetivos, sistemas de informação, etc. A figura abaixo mostra esquematicamente como estes diferentes aspectos são integrados na modelagem. Integração de modelos na arquitetura ARIS. A EPC foi desenvolvida em uma colaboração da empresa IDS (que desenvolveu a ARIS Toolset) com a SAP AG, sendo o componente chave de modelagem de business process do SAP R/3. A figura abaixo mostra um exemplo de modelo de processo utilizando EPC na ARIS Toolset, no contexto de uma aplicação da GTO. Visão de um EPC usando a ferrmaneta ARIS Toolset A principal crítica com relação a este tipo de ferramenta computacional é sobre o alto custo da ferramenta, a complexidade de utilização e a barreira que este tipo de ferramenta impõe à participação de todos os membros da equipe. Ela dificulta a atividade de "mão na massa", distanciando um pouco as pessoas do modelo gerado. Uma ferramenta relativamente nova que vem tendo grande aplicação em modelagens de processos industriais é a Value Stream Mapping (ROTHER e SHOOK, 1998) ou Mapeamento da Linha de Valor. Esta ferramenta foi projetada para ser aplicada manualmente e facilitar, devido à sua simplicidade, uma maior participação das pessoas envolvidas no processo de modelagem. 3.3 – MAPEAMENTO DA LINHA DE VALOR A GTO é uma metodologia genérica que ajuda a definir toda a infraestrutura necessária ao processo de mudança e quais os tipos de ações de integração, ou projetos específicos, a empresa deve adotar. No entanto, em empresas de manufatura, existe uma linha de ação específica para transformação dos processos de produção denominada Lean Production, que é um conjunto de técnicas que podem funcionar integradas a uma aplicação da GTO. O conceito de Lean Production foi inicialmente introduzido por Womack e Jones (A Máquina que Mudou o Mundo, 1996) e é uma visão bastante similar ao conceito de JIT, com a diferença que ela introduz novas ferramentas, como CONWIP e Heijunka box, que trabalham integradas ao elenco tradicional de ferramentas do JIT. Particularmente, uma ferramenta bastante interessante introduzida pela Lean Production é a de Mapeamento da Linha de Valor (Value Stream Mapping). Esta ferramenta, introduzida por Mike Rother e John Shook (Aprendendo a Enxergar, 1998) é um método de modelagem de empresas com um procedimento para construção de cenários de manufatura. Esta modelagem leva em consideração tanto o fluxo de materiais como o fluxo de informações e ajuda bastante no processo de visualização da situação atual e na construção da situação futura. Entende-se por linha de valor o conjunto de todas as atividades que ocorrem desde a obtenção da matéria primaaté a entrega ao consumidor do produto final. Ela pode incluir todo o fluxo de um sistema produtivo, desde a entrada de material na fábrica até a entrega do produto final, incluindo até atividades de fornecedores e distribuidores, e em alguns casos o desenvolvimento de produtos. Esta técnica apresenta um conjunto de ícones a serem utilizados na modelagem. Outros ícones específicos podem ser ainda criados e incluídos pela equipe, para representar detalhes de situações peculiares ao processo. A figura a seguir mostra alguns destes ícones pré-definidos para a técnica de Mapeamento da Linha de Valor. Alguns ícones definidos para Mapeamento da Linha de Valor Nesta técnica o processo é modelado no sentido inverso ao fluxo, a partir da entrega do produto ao cliente e indo à direção dos fornecedores, mostrando um retrato instantâneo da situação atual de produção. Ela é orientada para o trabalho em grupo e tem o objetivo de auxiliar a visualização de todo o ciclo produtivo, identificar os desperdícios e suas causas, criar um mecanismo de comunicação a respeito dos processos de manufatura e permitir a definição de melhorias a serem realizadas. Ela permite a identificação não só do fluxo de materiais, mas também o fluxo de informações necessárias à produção. Ela identifica os processos e suas características, representando isso em caixas de dados, e mostra também o fluxo entre fornecedores e clientes. A representação do processo permite também a indicação do lead-time, através de uma linha de tempo na parte inferior do mapa. Esta linha mostra o tempo aplicado nas atividades que agregam valor e o tempo desperdiçado em atividades e esperas, que não agregam valor à produção. A figura abaixo apresenta um exemplo simples de Mapa da Linha de Valor para um processo específico de manufatura. No entanto, o método permite a representação da cadeia mais completa, como apresentado por Jones (1999), mostrando a cadeia de suprimentos e os processos de distribuição integrados ao processo de manufatura. 3.4 – DIAGRAMA DE CAUSA E EFEITO DE ISHIKASWA Uma forma de levantamento de sintomas na etapa de Análise de Situação Atual da GTO é a construção de diagramas de causa-efeito de Ishikawa. Este diagrama, originalmente proposto por Kaoru Ishikawa na década de 60, já foi bastante utilizado em ambientes industriais para a localização de causas de dispersão de qualidade no produto e no processo de produção. Ele é uma ferramenta gráfica utilizada para explorar e representar opiniões a respeito de fontes de variações em qualidade de processo, mas que pode perfeitamente ser utilizada para a análise de problemas organizacionais genéricos. É proposta a utilização deste diagrama na GTO em situações onde existe um grande Efeito Indesejável bem localizado e consensuado pelos elementos da organização. Ele é utilizado para a identificação de direcionadores, ou drivers, que potencialmente levam ao Efeito Indesejável. Ele é uma ferramenta analítica que, utilizada por um grupo de projeto, parte de um "problema de interesse" e possibilita a ocorrência de um "brainstorm" no sentido de identificar as causas possíveis para o problema. No entanto, no contexto da GTO entende-se que o conceito de causa-raiz não é propriamente expresso no Diagrama de Causa-e-efeito. Entende-se aqui que o Diagrama de Ishikawa é uma ferramenta poderosa para a identificação dos direcionadores que potencialmente causam os Efeitos Indesejáveis. Estes direcionadores, por sua vez, também podem ser EIs originados por outras Causas-raizes. Diagrama de Causa-e-Efeito de Ishikawa Sendo assim, o diagrama de Ishikawa conduz a uma miríade de causas, sem estabelecer exatamente quais as raízes do problema. O diagrama apresenta como pontos fortes: é uma boa ferramenta de levantamento de direcionadores. é uma boa ferramenta de comunicação. estabelece a relação entre o efeito e suas causas. possibilita um detalhamento das causas. Mas, também apresenta os seguintes pontos fracos: não apresenta os eventuais relacionamentos entre as diferentes causas. não focaliza necessariamente as causas que devem efetivamente ser atacadas. Assim, para sanar estes pontos fracos, é sugerida a utilização combinada do Diagrama de Ishikawa com uma ferramenta de focalização, chamada de Árvore da Realidade Atual, da Teoria das Restrições. 3.5 ANÁLISE ORGANIZACIONAL Para o diagnóstico da organização é aqui apresentada a Ferramenta de Análise Organizacional - FAO. Esta ferramenta procura coletar a percepção de membros da organização (uma fatia diagonal) sobre pontos fortes e fracos desta. Esta coleta é baseada na visão e percepção que os membros têm a respeito de cada frente. Esta ferramenta é um questionário que pode ser aplicado através de entrevistas individuais, entrevistas de grupos de focalização ou preenchimento individual de questionário. Ele é dividido em frentes e fornece uma lista dos problemas considerados mais comuns associados a estes. Este conceito de frentes foi extraído de Sink e Morris (1995). Os autores apresentam estas "frentes de batalha", ou subsistemas, como dimensões do negócio que devem ser gerenciadas e incrementadas para "vencer a guerra" da competitividade. No contexto da FAO, estas frentes não estão apenas relacionadas ao processo de mudança em si, mas sim a como a organização vem desempenhando como um todo. Na FAO foi incluída ainda uma frente adicional específica para o levantamento da situação atual: Produtos/Serviços. Esta frente não é considerada na avaliação do processo de transformação, mas apenas na avaliação da organização em si. Sendo assim, o diagnóstico a ser efetuado na etapa de Análise da Situação Atual deve considerar todas estas dimensões, de forma a analisar os problemas sobre os mais diversos ângulos. Na FAO para cada frente é apresentado um conjunto de afirmações. Os dados coletados são qualitativos na forma de escala de Likert, onde são observadas a presença ou nível de desempenho organizacional e a importância do tópico no contexto da organização. A presença varia de 1 a 5, enquanto a importância varia de 0 a 4 ou de 1 a 5, dependendo do tipo de análise pretendida. Dimensões ou frentes utilizadas na ferramenta de Análise Organizacional Frentes Descrição Impulso Motivador Capacidade da organização em formalizar, comunicar e compreender real e objetivamente as ameaças e oportunidades, transmitindo a certeza da necessidade de mudança. Liderança Existência de indivíduos que fornece, a direção, as metas, a energia e a confiança necessária para a condução dos processos operacionais e melhoria da organização. Visão Existência de uma visão completa e objetiva da direção a ser perseguida pela organização. Focalização Capacidade da organização em focalizar os requisitos de seu mercado e focalizar os processos e pontos a serem trabalhados para o atingimento de seus objetivos. Alinhamento Capacidade da organização em alinhar os objetivos de suas áreas e indivíduos com os objetivos maiores da organização. Crenças e Valores Existência de valores, crenças e normas que norteiem positivamente as decisões e ações da organização. Comunicação Capacidade de distribuição eficiente de informações relevantes à organização em seus processos operacionais e de melhoria da organização. Motivação Capacidade da organização em motivar os seus elementos a realizar as tarefas necessárias para condução dos processos operacionais e de melhoria da organização. Participação Capacidade da liderança em envolver as pessoas nas atividades e capacidade dos indivíduos em participar nos grupos e equipes operacionais e de transformação. Infraestrutura Infraestrutura organizacional, física, material e humana para a condução dos processos operacionais e de melhoria da organização. Tecnologia Tecnologia computacional, de produto, de processo e gerencial necessária para a condução dos processos operacionais e de melhoriada organização. Sist. Informação Mecanismo de comunicação manual, computacinal e visual exigentes para suportar o fluxo de informação geral da organização. Educ/Treinamento Capacidade da empresa em desenvolver as pessoas para atuar adequadamente em seus processos operacionais e de melhoria. Planejamento Capacidade da organização em planejar os seus recursos, tanto para o desenvolvimento das atividades operacionais, quanto para as atividades de melhoria. Ger. de Processos Capacidade da organização em gerenciar o conhecimento existente sobre seus processos de produção, de apoio e de transformação. Med. Desempenho Existência de mecanismos de avaliação de desempenho que possibilitem a orientação das tomadas de decisão, avaliação de desempenho dos processos, avaliação dos indivíduos. Produtos / Serviços Capacidade da organização em prover produtos e serviços adequados ao mercado em que ela atua. A presença na FAO indica como a organização vem atuando em um determinado aspecto. É formulada uma afirmação e é oferecida ao entrevistado as opções "Discordo Fortemente", "Discordo", "Neutro", "Concordo", "Concordo Fortemente" como resposta à afirmação feita. A resposta vai fornecer uma avaliação de performance no tópico da pergunta, variando de 1 a 5. A importância indica a percepção do entrevistado sobre a relevância que o tópico tem no desempenho da organização e na sua capacidade de transformação. A importância varia entre "Não Importante", "Pouco Importante", "Neutro", "Importante" e "Muito Importante". O range de variação das respostas vai depender do tipo de análise que se pretende. As respostas vão variar de 0 a 4 para o caso de uma análise de presença ponderada pela importância, e as respostas serão convertidas para uma variação de 1 a 5 no caso de uma análise de diferenças entre presença e importância. Após o levantamento dos dados, é feita a média dos resultados das afirmações para presença e importância. Esta média representa uma percepção geral dos entrevistados em relação a cada uma das afirmações da Ferramenta de Análise Organizacional. É logicamente importante ficar atento à ocorrência de grandes desvios nos resultados de cada questão. Estes desvios serão discutidos mais adiante. A seguir é desenvolvida uma Análise de Diferenças (Gap Analysis) entre os resultados de presença e importância. São recomendados três tipos diferentes de representação da Análise de Diferenças. Um exemplo da primeira representação é mostrado na figura a seguir. Ela compara o resultado médio de presença e importância para cada afirmação. Análise de Diferenças-Presença versus Importância Uma segunda representação tem o objetivo de explicitar os pontos onde ocorrem maiores diferenças entre Presença e Importância. A figura abaixo mostra um exemplo deste gráfico. Uma terceira representação é o diagrama de variações, que mostra a variação ocorrida tanto nas respostas sobre presença quanto nas sobre importância. Isto mostra o nível de consenso que existe e entre os entrevistados em relação às afirmativas. Impulso Motivador ___Análise de Diferenças - Gaps entre importância e presença O diagrama de variações mostra o range de distribuição da amostra e o range dos 50% da amostra mais próximos da média. Isto é ilustrado na figura abaixo. Os pontos fracos e fortes resultantes são apresentados e revisados juntos à equipe de liderança. A identificação de pontos fortes é também importante para a avaliação de melhorias passadas e para um melhor entendimento dos "terrenos firmes" que podem ser explorados. Impulso Motivador ________Visão da distribuição das respostas A seguir, os pontos identificados como pontos fracos devem ser detalhados e melhor entendidos. Um segundo levantamento mais específico pode ser efetuado de forma a identificar as causas dos pontos fracos. Assim, se o objetivo da primeira fase do Levantamento de Situação era identificar "quais" os problemas relacionados às frentes na organização, o objetivo da segunda fase é efetuar um levantamento mais dirigido a estas frentes, tentando-se identificar "por quê" essas frentes são pontos fracos. Na GTO são propostas duas formas para se fazer isso: através de levantamento baseado em formulário específico ou através de diagrama de causa-efeito de Ishikawa. 3.6 ARVORE DE REALIDADE O objetivo desta ferramenta é inter-relacionar os problemas levantados, chamados aqui de "efeitos indesejáveis", procurando, a partir de uma relação de causa-e-efeito, identificar as causas raízes dos problemas. A Árvore da Realidade Atual - ARA - é uma ferramenta lógica desenvolvida por Elyiahu Goldratt que usa os princípios da Teoria das Restrições. Ela é uma ferramenta de análise de problemas que permite examinar lógicas de causa-e-efeito que caracterizam uma situação. A aplicação da ARA inicia-se com a definição dos efeitos indesejáveis que os membros da organização percebem em seu ambiente. Ela possibilita uma análise que identifica os poucos problemas raízes que originam os efeitos indesejáveis. Impulso Motivador O processo utilizado na GTO para o desenvolvimento da ARA é apresentado na Tabela 1. É uma versão diferente da originalmente proposta por Dettmer (1997). Ela é mais sintética (6 passos ao invés de 10) e acredita-se ser mais simples de ser ensinada e utilizada. Existem regras que determinam como as entidades e as relações entre estas entidades da ARA devem ser construídas. Estas regras são chamadas Categorias de Reservas Legítimas e são apresentadas na Tabela 2. Estas regras permitem uma construção relativamente padronizada e de melhor qualidade, limitando o escopo das críticas que podem ser efetuadas durante o processo de escrutínio da árvore. As críticas às entidades e à construção da árvore devem se limitar aos oito tipos definidos pelas Categorias de Reservas Legítimas. Tabela 1 - Processo para a Construção da Árvore da Realidade Atual a) Criação de uma lista de Efeitos Indesejáveis. Colete os Efeitos Indesejáveis (EI) levantados. Individualize estes efeitos em uma lista de EI na forma de afirmações claras. Utilize um post-it para cada afirmação Disponha os EI em um quadro. b) inter-relação (um a um) entre os EI. Inter-relacione os EI, criando relações de causa e efeito. Construa pequenos fragmentos de árvore c) Construção da primeira tentativa de Árvore da Realidade Atual (ARA). Construa ligações entre os fragmentos (use papel de flip chart) Pense na existência de causas mais profundas, que possam fazer conexões entre os fragmentos. Leia a ARA resultante, considerando as Categorias de Reservas Legítimas. Adicione mais informações se necessário. d) Escrutínio da ARA. Apresente a árvore para o grupo de projeto que foi entrevistado durante o Levantamento de Situação. Identifique e registre as críticas e observações complementares à realidade apresentada na ARA. e) Reconstrução da ARA, caso necessário. Individualize as novas entidades ou EI em afirmações, incluindo- as na ARA. Modifique as relações entre as entidades, caso necessário. Questione se a ARA resultante reflete a sua intuição sobre a área. Adicione novas entidades se necessário. Apresente a ARA novamente para o grupo de projeto. f) Identificação das Causas Raízes. Examine as "entradas da ARA", isto é, entidades que não têm seta "entrando", só saindo. Identifique as causaa raízes que apresentam mais contribuições em termos de efeitos indesejáveis. Tabela 2. Categorias de Reservas Legítimas. 1. Claridade (bom entendimento da estrutura) Pode ser adicionada alguma nova entidade que facilite a leitura para uma terceira pessoa? O significado/contexto das palavras não é ambíguo? As conexões entre causa e efeito estão "imediatamente" convincentes? Não estão faltando passos intermediários entre as entidades conectadas? 2. Existência da Entidade. (afirmações propriamente estruturadas e completas) A sentença está completa? A sentençafaz sentido? A sentença está livre de afirmações do tipo "se-então"? A sentença comporta apenas uma idéia? (não é uma entidade composta?). Esta afirmação existe na realidade? 3. Existência da Causalidade. (ausência de elemento dependente). A conexão de causa-efeito realmente existe da forma como está escrita? A causa que está apresentada realmente é a responsável pelo efeito? A relação "se-então" entre as entidades realmente faz sentido quando lida? 4. Insuficiência de Causa. (ausência de elemento dependente). A causa, da forma como está escrita, pode levar ao efeito por si só? Não existe outra causa faltando na relação causa-efeito? As causas relacionadas são suficientementes para fustificar todas as partes do efeito? As relações de "e" e "ou"entre as causas estão corretas? 5. Causa Adicional. (uma causa separada, independente que pode causar o mesmo efeito). Não existe outra causa independente que poderia causar o mesmo efeito? Se forem eliminadas as causas apresentadas o efeito realmente desaparece? 6. Causa-e-efeito Reverso. (seta apontada na direção errada). Não existe a possibilidade da inversão entre a causa e efeito fazer sentido? O efeito reflete o "porque a causa ocorre", ou reflete um indício de ocorrência da causa? 7. Existência de Efeitos Previsíveis. (efeitos adicionais que deveriam ocorrer decorrentes da causa) A causa é inatingível? Existem outros efeitos inevitáveis decorrentes da causa que deveriam também estar declarados? 8. Tautologia. (lógica circular). O efeito apresentado é racional e ocorre ou ele é apenas suposto, considerando a existência de uma causa? Existe outro efeito adicional verificável? A ARA, desta forma, aponta para “o que” deve ser mudado na organização (as causas raízes) - ajudando a definir que tipo de mudança organizacional poderá trazer osmaiores benefícios para a companhia. Algumas ARAs acabam apresentando apenas uma única causa raiz. Esta é a situação ideal. No entanto, na maioria dos casos, isto não ocorrerá, e a árvore irá apresentar um pequeno conjunto de causas raízes independentes. Um sub-conjunto ainda menor dessas causas raízes independentes (idealmente composto por uma só causa) deverá ser o responsável pela grande maioria dos efeitos indesejáveis (pode-se falar em 90%). Este sub-conjunto representa os chamados problemas raízes. Sob o ponto de vista da Teoria das Restrições, o problema raiz é normalmente a restrição do sistema como um todo e é exatamente o que precisa ser mudado. 4 – DETERMINAR UMA DIREÇÃO PARA A TRANSFORMAÇÃO A questão colocada aqui é "para onde nós queremos ir?" Neste estágio é formalizada e detalhada de uma visão consensual da situação futura da empresa. A visão é um termo normalmente utilizado para uma "fotografia de um futuro desejado" para a organização a longo prazo. Este "longo prazo" pode variar de acordo com a natureza da organização. Por exemplo, uma empresa desenvolvedora de software, que atua num ambiente altamente contingencial, tem uma noção de longo prazo muitas vezes medida em meses. Esta visão pode também assumir diversas formas diferentes. Ela pode ser um conjunto de objetivos numéricos, bem definidos, a serem atingidos. Ela pode ser um projeto conceitual de medidas de desempenho a serem desenvolvidas. Ela pode ser o desenho de um processo de negócio a ser implementado. Existem, portanto uma grande quantidade de processos de desenvolvimento desta visão, ou situação futura. Como regra geral, é importante que seja definido um processo com passos bem definidos para o atingimento desta situação. A aplicação de conceitos de Análise da Linha de Valor é um bom exemplo de desenvolvimento de visão. Qualquer que seja o desenvolvimento de situação futura a ser trilhado, é recomendável nesta etapa uma reavaliação da equipe de desenvolvimento. Esta reavaliação deve ser feita pela equipe de liderança em conjunto com o patrocinador e assessores. Eventualmente a equipe de transformação deve ser enriquecida com novos elementos, com habilidades e criatividade para a construção mais detalhada da situação proposta. O mesmo nível de treinamento oferecido na formação original da equipe de transformação deve ser oferecido para os novos participantes. Um outro aspecto de treinamento relacionado à manutenção das equipes nesta fase é o relativo às propostas de utilização de novas tecnologias. O desenvolvimento da situação futura muitas vezes envolve a consideração de novas tecnologias a serem empregadas na organização. É extremamente importante que estas tecnologias sejam entendidas suficientemente pela equipe nesta fase de projeto conceitual da sua aplicação. O treinamento neste sentido deve ser providenciado. Finalmente, uma saída importante nesta etapa é o estabelecimento de princípios de atuação. Estes princípios são as "regras básicas" (ground rules) ou princípios operacionais da empresa que vão guiar, e às vezes delimitar eticamente, o atingimento da visão. Estes devem considerar: política de condução de negócios, incluindo fatores éticos, estilo da empresa, compromissos firmados anteriormente com clientes e fornecedores, políticas firmadas e reavaliadas; e premissas técnicas de desenvolvimento, envolvendo procedimentos e técnicas de construção de uma situação futura. Recomenda-se fortemente que o processo proposto para desenvolvimento da situação futura, a equipe de transformação envolvida nesta construção, os princípios e regras estabelecidas e a visão final gerada, sejam devidamente comunicados à organização e expostos no painel de visibilidade do processo de transformação. 4.1 ANÁLISE DA LINHA DE VALOR A partir do mapa da linha de valor obtido para a situação atual, a lean production propõe um processo para desenvolvimento de situação futura em ambientes de manufatura. Para isso é feita uma Análise da Linha de Valor. Esta análise é composta por 8 questões, que também já direcionam a construção das alternativas de situação futura da produção (ROTHERS&SHOOK,1998): Questão no. 1: Qual é o Takt-time do processo? O Takt-time é o ritmo da unidade de produção que deve ser observado para atender a demanda dos clientes. Ele deve ser calculado com base nas informações de venda. Logo, o cálculo é feito da seguinte forma: Takt-time = TTt / DCt Onde : TTt = tempo de trabalho disponível por turno DCt = demanda média do consumidor por turno Questão no.2: A produção se destina a um "supermercado" de produtos finais ou atende à expedição diretamente? O termo "supermercado" aqui corresponde ao estoque de produtos acabados estrategicamente localizado no fim do sistema produtivo, de forma que os consumidores podem ser atendidos imediatamente, simplesmente retirando-se produtos acabados deste estoque. Isso liberará um Kanban, ou cartão, para a produção de forma a repor o supermercado. A outra alternativa, que é atender à expedição diretamente, é a fabricação total ou parcial a partir da requisição do consumidor. Isto significa produzir a partir da liberação de ordem de produção em determinada parte do processo produtivo. A resposta a essa questão depende de diversos fatores: se os produtos são padronizados, qual o número de configurações diferentes do produto, confiabilidade dos processos produtivos. Etc. A figura abaixo mostra graficamente essas duas opções. Produção para supermercado versus produção para expedição. Questão no. 3 : Em que parte do processo podemos estabelecer um fluxo contínuo de produção? Fluxo contínuo aqui significa a produção de uma peça de cada vez ao longo de um processo ou cadeia de recursos, sem inventário ou estoque de material entre os recursos. O fluxo contínuo é considerado a maneira mais eficiente de se produzir e é representado no Value Stream Map como se fosse um único processo. Processos contínuos são normalmente chamados de FIFO ou CONWIP (HOPP e SPEARMAN, 1996). Questão no. 4: Aonde será necessária a utilizaçãode "supermercado" para puxar a produção a fim de se controlar os processos anteriores (upstream)? Isso significa utilizar supermercados controlados por Kanbans aonde não for possível estabelecer um fluxo contínuo. A palavra Kanban em japonês quer dizer cartão e no sistema Toyota de Produção, os cartões são utilizados para controlar o fluxo de material pela fábrica. Existe uma série de propostas de utilização de Kanbans na literatura (HOPP e SPEARMAN, 1996). No entanto todas acabam sendo derivadas de 3 tipos básicos: o kanban de produção, o de transporte e o de sinal. O kanban de produção é um cartão que informa ao operador que determinada parte está sendo requerida por um processo adiante. O kanban de transporte é um cartão que indica a um operador ou transportador que um determinado material deve ser retirado de um determinado estoque e encaminhado para um determinado ponto da produção. Uma explicação mais detalhada do processo de utilização de kanbans pode ser visto em Hopp&Spearman (1996). O kanban de sinal é um cartão que auxilia o controle de reposição convencional de estoques. Ele é um cartão que fica junto com o material estocado e que é retirado e transportado até um painel quando o volume de estoque atinge o ponto de reposição. Questão no. 5: Em que ponto da cadeia produtiva a produção será programada? O "processo de controle" é chamado processo pacemaker, porque o ritmo de produção neste processo determina o ritmo de produção dos processos anteriores. A transferência de material para os processos subseqüentes deve ocorrer de maneira contínua. Esse processo pacemaker representa o início do fluxo contínuo na produção. Os processos anteriores devem ser controlados por "supermercados" e sistemas de kanbans. A figura abaixo mostra dois exemplos de localização do pacemaker. Questão no. 6 : Como será determinado o mix de produção no pacemaker? Uma diretriz da Lean Production para responder a essa questão é efetuar o mix de diferentes produtos e repetir a seqüência no menor intervalo de tempo possível. Isso significa criar pequenos lotes de produto ao se programar o pacemaker, ao invés de lotes maiores. Isso permite atender a diferentes demandas dos clientes com pequenos lead-times, enquanto se mantém um baixo estoques de produtos acabados, permitindo que os supermercados sejam menores. Questão no. 7 : Qual a quantidade de trabalho a ser liberada e retirada do pacemaker? A indicação aqui é para se liberar pequenos incrementos gradativamente. Isso significa a definição de um período de tempo entre cada liberação de material (acompanhado de um kanban) a ser processado. Este intervalo de tempo é chamado pitch. Desta forma, a cada pitch é dado ao pacemaker a instrução de produzir a quantidade de um kanban. Esta também é a freqüência de retira de produto acabado da montagem final. Questão no. 8 : Que melhorias nos sub-processos serão necessárias ao sistema produtivo para a implantação do novo processo projetado? Neste ponto é necessário definir claramente as melhorias em procedimentos e equipamentos que serão necessários. Exemplos disso são: redução de tempo de preparação em processos, redução do nível de retrabalho em peças, otimização no processo de manutenção programada, etc. Existe um ícone especial no método de Mapeamento da Linha de Valor para indicação das melhorias necessárias para a implantação da situação futura. Esta última questão a rigor, em termos de GTO, se localiza na próxima etapa, a de Definição de Iniciativas de Melhoria. O processo proposto também é desenhado utilizando-se a técnica de Mapeamento da Linha de Valor. A figura abaixo mostra um exemplo de mapa da situação futura. Exemplo de Mapa da Situação Futura da Linha de Valor. 5 – DEFINIÇÃO DAS INICIATIVAS DE MELHORIA Uma vez compreendido "onde nós queremos ir", o próximo passo é responder à questão de "como nós vamos lá?" Esta questão é respondida na forma de iniciativas de mudança. Iniciativas de mudança são objetivos específicos ou ações planejadas para eliminar o gap existente entre a situação atual e o futuro proposto refletido na visão da organização. Em adição à visão e princípios operacionais definidos na etapa anterior, os seguintes regras básicas são usados para guiar a definição do conjunto de iniciativas de melhoria: É importante a identificação das "poucas e vitais" iniciativas que vão ter impacto na performance e utilizar os recursos eficientemente, ao invés de estabelecer uma longa lista de iniciativas que não serão adequadamente implementadas. As iniciativas de melhoria devem representar um equilíbrio entre a obtenção de resultados de curto prazo versus a obtenção de resultados de longo prazo. Iniciativas de melhoria devem representar um equilíbrio entre desenvolvimento/aplicação de tecnologia e desenvolvimento de pessoas. Nesta etapa da GTO os participantes do processo de mudança começam realmente a projetar como desenvolver as ações para situação futura da empresa, isto é, como deverá ficar após a mudança (situação TO-BE). Isto deverá ser guiado pela visão e pelos princípios definidos no passo anterior. Nesta etapa recomenda-se a definição dos líderes de desenvolvimento das iniciativas de melhoria. Estas iniciativas, bem como os nomes dos líderes devem ser apresentadas no painel de visibilidade do processo de transformação. 6 – DETALHAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DA MELHORIA Os melhores planos de melhoria não têm valor se não forem eficazmente detalhados e implementados. É extremamente importante que as iniciativas estejam claramente relacionadas a um processo chave ou a um problema raiz a ser solucionado. As lideranças das equipes devem ter o cuidado de reavaliar as iniciativas propostas à luz dos objetivos do processo de melhoria, visão e impulso motivador. Uma vez as iniciativas consolidadas, são formadas equipes de implementação. Estas equipes devem ser formalizadas e todos os cuidados para a formação da equipe de transformação devem ser novamente tomados. Cada equipe resultante deve ter um quadro de equipe (team charter), onde são indicados: missão (ou iniciativa de melhoria) da equipe à participantes. seus papéis na equipe. objetivos da iniciativa pela qual a equipe de implementação é responsável. relação desta equipe com a equipe de transformação (intersecções). medidas de desempenho da equipe e da implementação.cronograma de implementação com ações intermediárias. 6.1 – QUADRO GERAL DE AÇÃO Quadro Geral de Ação é uma ferramenta de planejamento e visualização que apresenta de forma condensada o plano de mudança da empresa. Trata-se de um painel ou mural onde, em um lado são apresentados resumidamente os "pontos de partida" do processo de mudança, ou seja, aspectos da situação atual e em outro lado do painel são indicados os "pontos de chegada", ou seja, a situação desejada, com os objetivos também resumidos da empresa. No centro do painel é montado a um cronograma macro das iniciativas de melhoria. Esta visão macro das iniciativas está relacionada ao cronograma detalhado de cada uma que se encontra nos quadros de equipes. Este painel deve apresentar: Pontos de Partida: Impulso Motivador; Pontos fortes; Problemas raízes; Recursos (equipes e recursos adicionais). Pontos de Chegada: Visão; Objetivos estratégicos; Resultados de negócio (valores a serem atingidos). Ferramenta de Planejamento e Visualização 7 – REVISÃO DO RESULTADO Finalmente, a Revisão dos Resultados do processo de transformação deve ser desenvolvida de forma a avaliar a mudança e a registrar os aprendizados ocorridos ao longo do processo. Esta fase na verdade, tal como a de Criação de Infraestrutura de Mudança, não ocorre pontualmente no final do processo, mas é uma fase que ocorre continuamente a partir da definição das equipes e definição do plano de trabalho destas equipes. A revisão do processo essencialmentedeve ocorrer em duas direções: revisão comum dos processos em andamento, feita de forma contínua ao longo das atividades do processo, através da observação das implementações das melhorias e do impacto causado por elas nas métricas de desempenho; e revisão do próprio processo da metodologia GTO, identificando-se o que funcionou adequadamente e as melhorias que podem ser propostas à metodoogila. Baseados na revisão dos resultados e nos progressos obtidos, as recompensas e reconhecimentos dos esforços dos participantes devem ser definidos dentro desta etapa da GTO. Recompensas/reconhecimento podem ser financeiras e não financeiras e devem reafirmar o reconhecimento do progresso efetuado e celebrar o sucesso atingido com as iniciativas e resultados. Como visto, a GTO é uma metodologia projetada com a intenção de propiciar um caminho mais seguro no processo de transformação. 7.1 REVISÃO DO PROCESSO Uma lista de barreiras serve para auxiliar no processo de revisão da aplicação da GTO, com indicação dos pontos onde a aplicação falhou ou teve sucesso. Esta revisão deve ocorrer de forma contínua, possibilitando avaliação e correções de rumo na condução do processo, bem como ações preventivas sobre problemas que possam vir a ser identificados. Retrospectivamente, a GTO pode utilizar as lições aprendidas a partir destes erros, e sofrer modificações, de forma a evitá-los em aplicações futuras. A tabela abaixo apresenta um formato para este processo de análise. A ocorrência dos problemas relacionados pode ser classificada em: Deficiente: A aplicação falhou em eliminar a barreira e isto comprometeu inteiramente ou parcialmente os resultados. Regular: Houve a preocupação em eliminar a barreira, mas esta perdurou e teve algum impacto negativo nos resultados. Adequada: A aplicação teve sucesso em eliminar a barreira ou não foi afetada por esta. Outro detalhe a ser enfatizado é que o processo de revisão, sendo contínuo, está constantemente identificando novos disparadores de mudança, renovando o ciclo de ocorrência da GTO. Além disso, como um processo que ajuda a corrigir o rumo da aplicação, ele também está constantemente fornecendo inputs para ações corretivas nas demais etapas do processo. Assim, a figura mais adiante ilustra possíveis outputs desta etapa. Sendo assim a GTO, mais do que apenas um processo "circular", deve ser vista como uma estrutura dinâmica e flexível, capaz de se adequar aos conturbados processos de transformação encontrados na prática. Frentes Barreiras Qualidade de Aplicação Def. Reg. Ade. Impulso Motivador 1 Não identificação de uma clara burning platform x x X 2 Excesso de complacência x x X Liderança 3 Falhar na criação de liderança para o processo x x X Visão 4 Falta de uma visão clara para o processo xx xx Xxx Focalização 5 Falha na focalização de processos e problemas raízes x x X 6 Falha na orientação/focalização nas necessidades dos clientes x x X 7 Declarar vitória cedo demais x x X Alinhamento 8 Falhar no alinhamento de objetivos x x X 9 Falhar na criação de objetivos de curto prazo x x X Crenças e Valores 10 Subestimar crenças e valores vigentes x x X 11 Supervalorizar crenças e valores vigentes x x X 12 Negligenciar a ancoragem das mudanças na cultura x x X Comunicação 13 Falhar no processo de comunicação da visão e burning platform x x X 14 Negligenciar a comunicação durante o processo de mudança x xx X 15 Não colher feedback 360o x x X Motivação 16 Ausência de um claro sistema de compensações e recompensas x x X 17 Permitir que obstáculos bloqueiem a visão xx xx Xx 18 Falta de empowerment aos agentes de mudança e equipe xx xx Xx Participação 19 Conduzir a transformação de forma apenas topdown xx xx Xx 20 Ignorar os receios das pessoas participantes do processo xx xx Xx Infraestrutura 21 Confundir estrutura de transformação com estrutura operacional x x X 22 Falha na adaptação da estrutura organizacional à mudança x x X 23 Não criar disponibilidade de tempo na agenda dos participantes x x X 24 Falha na alocação de pessoas à equipe de transformação xx xx Xx Tecnologia 25 Subestimar a importância de novas tecnologias x x X 26 Falha na adequação entre a necessidade e a tecnologia selecionada x x X Sist. Informação 27 Falha na obtenção de dados relevantes para a transformação x x X 28 Falha no sistema de divulgação dos resultados da transformação x x X Educ/Treinament 29 Falta de conhecimento sobre o processo e ferramentas de transf. x x X 30 Falha no compartilhamento de conhecimentos x x X 31 Falha no treinamento sobre novas tecnologias a serem utilizadas x x X Planejamento 32 Inexistência de cronograma de transformação com milestones x x X 33 Falha na escolha do momento de iniciar a mudança x x X 34 Conduzir o processo vagarosamente x x X Ger. de Processos 35 Falha na criação de uma visão de processos consensual e clara x x X 36 Fragmentação dos processos entre subgrupos durante a transform. x x X Med. Desempenho 37 Falha no estabelecimento de critérios de avaliação da transform. x x X 38 Não manter aderência dos grupos às medidas de avaliação x x x Deficiente Aplicação falhou em eliminar a barreira e isto comprometeu inteiramente ou parcialmente os resultados Regular Houve preocupação em eliminar a barreira, mas esta perdurou e teve algum impacto negativo nos resultados Adequada Aplicação teve sucesso em eliminar a barreira ou não foi afetada por esta. Ferramenta de acompanhamento da aplicação da GTO Possíveis outputs da etapa de Revisão dos Resultados -------------------------------------------------------------------------------------------------------------- NOTA: Baseado nas pesquisas do VirginiaTech e nas pesquisas do Prof. Rentes. Mudanças na GTO Estabelecer as Bases Para a Transformação Consciência da Necessidade de Transformação Diagnosticar Organização
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