Buscar

ISSQN: Competência, Lei Complementar e Discussões Relevantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

ISSQN
Olá, Seja bem-vindo(a) à quarta e última unidade da disciplina Tributação sobre o Consumo. Finalizaremos os
nossos estudos com a compreensão das normas constitucionais e infraconstitucionais e das discussões mais
relevantes no âmbito do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISSQN.
Temáticas do resumo
O resumo contempla os principais temas para a compreensão do ISSQN. Serão abordados:
ISSQN 1
COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA 2
PAPEL DA LEI COMPLEMENTAR 2
RE784.439/DF (Tema 296) 3
GUERRA FISCAL ENTRE MUNICÍPIOS 3
ISS E IMUNIDADES 4
HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA DO ISS 4
OBRIGAÇÃO DE FAZER 5
NÃO INCIDÊNCIA DO ISS SOBRE LOCAÇÕES DE BENS MÓVEIS 5
ISS E ARRENDAMENTO MERCANTIL 6
EM BENEFÍCIO DE TERCEIRO E SEM VÍNCULO DE SUBORDINAÇÃO JURÍDICA 6
COM INTUITO ECONÔMICO 7
Objetivos
O ISSQN é um imposto de grande relevância para as Fazendas Públicas municipais, constituindo importante
fonte de receitas. Ressalte-se, porém, que é um tributo marcado por duas celeumas: (i) o excesso de limites
sobre a competência municipal, especialmente a taxatividade da lista anexa à Lei Complementar nº 116/03; e
(ii) os marcantes conflitos de competência entre as municipalidades, o que é um resultado da ausência de
critérios espaciais seguros tanto na legislação quanto na jurisprudência.
Diante desse quadro, pretende-se que, ao final desse resumo, você esteja preparado(a) para compreender os
conceitos e as principais características do regime do ISSQN, além de desenvolver familiaridade com as mais
recorrentes discussões presentes nos tribunais superiores. Desse modo, foram fixados os seguintes objetivos:
1. Compreender as características da hipótese de incidência do ISS, especialmente a sua relação com a
competência da legislação complementar;
2. Analisar a evolução do conceito de serviço, especialmente na sua aderência à definição civilista;
3. Expor a sujeição passiva no regime do imposto, de modo que se compreenda os atributos do
contribuinte e do substituto tributário;
4. Identificar os elementos da base de cálculo do ISSQN, a fim de que se entenda as razões para inclusão e
exclusão de determinados valores;
5. Avaliar o regime de alíquotas, sobretudo quanto aos limites impostos pela Constituição e pela legislação
complementar;
6. Investigar os critérios para a definição do local de ocorrência do fato gerador, bem como a noção de
resultado para fins de aplicação da isenção nos casos de exportação de serviços.
COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA
● CRFB, art. 156, III: compete aos Municípios e ao DF instituir imposto sobre serviços de qualquer
natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei complementar;
● Competência para gravar quaisquer serviços, salvo aqueles objeto do ICMS:
○ Serviços de comunicação;
○ Serviços de transporte interestadual e intermunicipal.
● Ausência de um conceito constitucional expresso para “serviços”;
● CRFB, art. 146, III, a: cabe à lei complementar a definição dos fatos geradores dos impostos
discriminados na Constituição;
● ISS: LCp116/03.
PAPEL DA LEI COMPLEMENTAR
Jurisprudência: TAXATIVIDADE
STJ: “A jurisprudência desta Corte firmou entendimento de que é taxativa a Lista de Serviços anexa ao
Decreto-lei 406/68, para efeito de incidência de ISS” (REsp1111234/PR, 1S, j. 09.09)
STF (regime do DL 406/68): “É taxativa, ou limitativa, e não simplesmente exemplificativa, a lista de serviços
anexa à lei complementar, embora comportem interpretação ampla os seus tópicos” (RE 361829, 2T, j.
13.12.05);
Tema STF 296: Caráter taxativo da lista de serviços sujeitos ao ISS a que se refere o art. 156, III, da
Constituição Federal.
● CRFB, art. 156, §3º: cabe à lei complementar:
○ Fixar as alíquotas máxima e mínima para o ISS;
■ Alíquota máxima: 5% (LCp116/03, art. 8º, II); → objeto de crítica nos municípios com
maior preparo administrativo, que têm o pleito do aumento das alíquotas máximas para
incremento das atividades arrecadatórias e municipais
■ Alíquota mínima: 2% (ADCT, art. 88, I) → somente benefício fiscal pode baixar a
alíquota para menos de 2%
○ Excluir da incidência do imposto as exportações de serviços para o exterior;
■ Isenção heterônoma (CRFB, art. 151, III);
■ Art. 2º, I, LCp116/03; → “imunização” das exportações.
○ Regular a forma e as condições como isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos
e revogados;
■ Prevenir conflitos federativos (como o Confaz no ICMS);
■ Art. 88, ADCT, c/c art. 8º-A da LCp116/03.
RE784.439/DF (Tema 296)
GUERRA FISCAL ENTRE MUNICÍPIOS
● Lei Complementar nº 157/16: inclusão do art. 8º-A na LCp116/03:
○ Municípios não podem conceder benefícios fiscais que reduzam a carga tributária para aquém da
alíquota mínima (2%), salvo para os casos de construção civil, manutenção de edificações e
transporte público intramunicipal; → inovação somente na questão do transporte público
intramunicipal, porque as demais estavam previstas no ADCT.
○ É nula a disposição que desobedeça tal vedação quando o tomador ou intermediário estiver
localizado em município diverso do prestador; → coibir a guerra fiscal dos municípios.
○ Essa nulidade implicará direito de restituição do imposto pago ao município que tiver
desrespeitado a referida vedação.
● Lei Complementar nº 157/16: inclusão do art. 10-A na Lei nº 8429/92:
○ Constitui ato de improbidade administrativa qualquer ação ou omissão para conceder, aplicar ou
manter benefício financeiro ou tributário contrário ao que dispõem o art. 8º-A da Lcp116/03;
○ Pena: suspensão dos direitos políticos de 5 (cinco) a 8 (oito) anos e multa civil de até 3 (três)
vezes o valor do benefício financeiro ou tributário concedido (art. 12, IV).
ISS E IMUNIDADES
HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA DO ISS
•Conceito de serviço no ISS:
1. Prestação de serviços se dá por meio da execução de obrigações de fazer ou não fazer, objetivando a oferta
de utilidades (materiais ou imateriais);
2. Deve ser prestado a terceiro, e não em benefício da própria pessoa que o executa;
3. A prestação é alheia a vínculo de subordinação jurídica;
4. A execução possui intuito econômico;
5. Deve ser prestado em regime de direito privado, podendo o serviço ser público, desde que executado sob
concessão ou permissão.
OBRIGAÇÃO DE FAZER
● Conceito clássico de serviço: realização de atividade (obrigação de fazer);
● Distancia se, assim, de outras materialidades relativas ao consumo:
○ ICM: operações de circulação jurídica de mercadorias (obrigações de dar);
○ IPI: operações de circulação jurídica de produtos industrializados (obrigação de dar precedida
por um fazer industrialização);
○ ISS (individualizado) x IPI (massificado)
● Atividade tendente a ofertar utilidades ou comodidades ao tomador;
○ Serviço não poderia ser algo indesejado ou prejudicial ao tomador;
○ Prestação e contraprestação
NÃO INCIDÊNCIA DO ISS SOBRE LOCAÇÕES DE BENS MÓVEIS
● Item 79 da Lista Anexa ao DL 406/68: “Locação de bens móveis, inclusive arrendamento mercantil”
● STF já havia convalidado a incidência, em prestígio da definição da materialidade pela legislação
tributária.
● RE 116.121/SP (Pleno, 11.10.00):
○ Respeito às formas e institutos de direito privado;
○ A locação não envolve uma obrigação de fazer, e sim de dar;
● Referências a locação e arrendamento na lista anexa à LCp 116/03 (3.04, 15.03, 15.09 etc)
ISS E ARRENDAMENTO MERCANTIL
● Lei 6099/74, art. 1º, parágrafo único: arrendamento é “o negócio jurídico realizado entre pessoa jurídica,
na qualidade de arrendadora, e pessoa física ou jurídica, na qualidade de arrendatária, e que tenha por
objeto o arrendamento de bens adquiridos pela arrendadora, segundo especificações da arrendatária e
para uso próprio desta.”
● Espécies:
○ Leasing financeiro: arrendadora adquire o bem de terceiro de acordo com as especificações
dadas pela arrendatária (prepondera o financiamento) → espécie “pura” de leasing.
● Leasing operacional: arrendadora já é a proprietária do bem a ser cedido a arrendatária
(prepondera a locação)
● Lease back ou leasing de retorno: arrendadora adquire o bem da arrendatária (preponderao
financiamento)
● Tema STF 125 : É constitucional a incidência do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS)
sobre as operações de arrendamento mercantil (leasing financeiro)”
EM BENEFÍCIO DE TERCEIRO E SEM VÍNCULO DE SUBORDINAÇÃO JURÍDICA
● Bilateralidade;
● Impossibilidade de prestar serviço a si próprio;
● Oferta de utilidades;
● Subordinação jurídica: empregado compromete se a acolher o poder de direção empresarial no modo de
realização da sua prestação de serviços;
● O ISS não incide sobre “ a prestação de serviços em relação de emprego, dos trabalhadores avulsos, dos
diretores e membros de conselho consultivo ou de conselho fiscal de sociedades e fundações, bem como
dos sócios gerentes e dos gerentes delegados ” LCp 116/03, art. 2º, II)
COM INTUITO ECONÔMICO
● Onerosidade;
● Capacidade contributiva;
● Base de cálculo
MUDANÇAS NO CONCEITO DE SERVIÇOS E CONTROVÉRSIAS
ISS E A DIFICULDADE NA DEFINIÇÃO DE SERVIÇO
● O conceito tributário e o conceito civilista de serviços são sobrepostos?
● Qual a Constituição escolheu? É caso de aplicação do art. 110 do CTN?
● Estamos diante de um conceito econômico?
● Serviço deve ser entendido como um tipo ou um conceito na Constituição?
● E o que fazer com as novas tecnologias e contratos complexos da economia atual? Inclui-los no campo
de incidência ou deixa-los isentos à tributação?
A DEFINIÇÃO ECONÔMICA DE SERVIÇO DE QUALQUER NATUREZA
NECESSIDADE DE IDENTIFICAR OS PRESSUPOSTOS DO CONCEITO CIVILISTA
FLERTE COM O CONCEITO ECONÔMICO: JULGAMENTO DO TEMA 125
(LEASING)
DEFESA EXPRESSA DO CONCEITO ECONÔMICO: JULGAMENTO DO TEMA 581
(PLANOS DE SAÚDE)
Retomada do conceito econômico.
HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA DO ISS: FRANQUIA E SOFTWARE
CONTROVÉRSIA NO CONCEITO DE SERVIÇO: CONTRATO DE FRANCHISING
(FRANQUIA)
● Lei 8985/94: “Art. 2º Franquia empresarial é o sistema pelo qual um franqueador cede ao franqueado o
direito de uso de marca ou patente, associado ao direito de distribuição exclusiva ou semi-exclusiva de
produtos ou serviços e, eventualmente, também ao direito de uso de tecnologia de implantação e
administração de negócio ou sistema operacional desenvolvidos ou detidos pelo franqueador, mediante
remuneração direta ou indireta, sem que, no entanto, fique caracterizado vínculo empregatício.” → série
de direitos licenciados de franquiador para franquiado.
● Lista Anexa à LCp116/03:
17 –Serviços de apoio técnico, administrativo, jurídico, contábil, comercial e congêneres.
17.08 –Franquia (franchising).
● Contrato complexo, no qual prepondera a cessão do direito de uso de marca ou patente.
RE603.136/RJ (Tema 300)
ISS E ECONOMIA DIGITAL
EM SÍNTESE…
ASPECTO ESPACIAL NO ISS
O SERVIÇO CONSIDERA-SE PRESTADO…
STJ E O PRINCÍPIO DA TERRITORIALIDADE NO ISS
Caso Potenza Leasing
Voto Min. Herman Benjamin: “Não me parece que a interpretação a ser dada ao DL 406/1968 possa ser distinta
daquela atinente à LC 116/2003. É preciso ter claro que o legislador, tanto na vigência do DL 406/1968 quanto
na da LC 116/2003, sempre reconheceu que o ISS é devido, evidentemente, no local do fato gerador. Ocorre
que, como nem sempre é fácil ou mesmo possível identificar esse local sem critérios normativos objetivos,
determinou-se a ficção legal de que ele (o local do fato gerador) corresponde ao do estabelecimento prestador
do serviço, como regra. (...) Note-se que ambos os dispositivos aplicam a mesma ficção legal: considera-se
como local da prestação do serviço (= local do fato gerador) o do estabelecimento prestador.”
Tema STJ 355: “O sujeito ativo da relação tributária, na vigência do DL 406/68, é o Município da sede do
estabelecimento prestador (art. 12); a partir da LC 116/03, é aquele onde o serviço é efetivamente prestado,
onde a relação é perfectibilizada, assim entendido o local onde se comprove haver unidade econômica ou
profissional da instituição financeira com poderes decisórios suficientes à concessão e aprovação do
financiamento -núcleo da operação de leasing financeiro e fato gerador do tributo.”
STJ e a definição do local onde ocorre o núcleo da prestação de serviço
● Tema STJ 355: núcleo do leasing financeiro é o financiamento;
● Presta-se o serviço onde ocorre a concessão e aprovação do financiamento;
● ISS sobre análises laboratoriais (REsp1.439.753/SP):
● Coleta em estabelecimento localizado no Município A e análise realizada em estabelecimento no
Município B;
● Qual é o núcleo do serviço prestado: coleta ou análise?
● STJ: “O ISS recai sobre a prestação de serviços de qualquer natureza realizada de forma onerosa a
terceiros. Se o contribuinte colhe material do cliente em unidade situada em determinado município e
realiza a análise clínica em outro, o ISS é devido ao primeiro município, em que estabelecida a relação
jurídico-tributária, e incide sobre a totalidade do preço do serviço pago, não havendo falar em
fracionamento, à míngua da impossibilidade técnica de se dividir ou decompor o fato imponível".
(REsp1439753/PE, 1T, j. 06/11/2014).
● Mero deslocamento do material biológico não implica alteração da competência (prestígio à tributação
ao destino).
Outras questões envolvendo o local de cobrança do ISS
LCp175/2020
● Altera a LCp116/03:
● Planos de saúde: tomador é pessoa física beneficiária vinculada à operadora por meio de convênio ou
contrato de plano de saúde individual, familiar, coletivo empresarial ou coletivo por adesão;
● Cartões de crédito e débito:
○ Serviços prestados diretamente ao titular do cartão: tomador é o primeiro titular do cartão;
○ Demais casos: estabelecimento credenciado
● Administração de fundos e carteiras de investimentos: tomador é o cotista;
● Administração de consórcios: o tomador é o consorciado;
● Arrendamento mercantil: o tomador é arrendatário, pessoa física ou a unidade beneficiária da pessoa
jurídica, domiciliado no País, e, no caso de arrendatário não domiciliado no País, o tomador é o
beneficiário do serviço no País.
● Obrigações acessórias:
○ Os serviços cujo ISS é cobrado no destino, nos termos da LCp157/16, serão apurados e
recolhidos pelo contribuinte por meio de plataforma eletrônica de padrão unificado e nacional;
○ O desenvolvimento ficou a cargo dos contribuintes, seguindo layout do Comitê Gestor das
Obrigações Acessórias do ISSQN (CGOA);
○ O acesso dos Municípios ao sistema deve ser franqueado e gratuito, cabendo aos Fiscos fornecer
informações de alíquotas, incluir legislações vigentes e dados de domicílio bancário.
● Regime de transição: a arrecadação seria dividida entre Município do tomador e Município do prestador
até o final de 2022.
● MC na ADI 5835 ainda vigente: impede a cobrança no destino.
RESOLUÇÃO CGOA 4/2022
•Publicada em 25 de maio de 2022;
•Regulamenta a obrigação acessória de padrão nacional, denominada Declaração Padronizada do ISSQN
(DEPISS);
•A declaração deve conter as informações de todos os serviços prestados, discriminadas por tomador do serviço
e por Município ou Distrito Federal do domicílio dele.
•Entregue mensalmente pelos contribuintes e responsáveis tributários;
•Contribuintes devem, em 3 meses, desenvolver o sistema eletrônico e submetê-lo a homologação pelo CGOA
ISS NO COMÉRCIO EXTERIOR
● Isenção do ISS sobre exportações (LCp116/03, art. 2º, I);
○ Exceção: “os serviços desenvolvidos no Brasil, cujo resultado aqui se verifique, ainda que o
pagamento seja feito por residente no exterior” (LCp116/03, art. 2º, parágrafo único);
○ Propósito: impedir planejamentos tributários abusivos, por meio da utilização de fonte pagadora
no exterior;
○ Problema: conceito de resultado ;
○ Não há tal questionamento nos regimes do PIS/Cofinse do ICMS que se basearam no local em
que o destinatário do serviço está estabelecido)
CRITÉRIOS DE QUANTIFICAÇÃO E SUJEIÇÃO PASSIVA
● A base de cálculo é o preço do serviço (LCp116/03, art. 7º);
EXCLUSÃO DE MATERIAIS DA BASE DE CÁLCULO DO ISS NA CONSTRUÇÃO
CIVIL
● Materiais utilizados na construção civil (LCp116/03, art. 7º, §2º, I)
● STJ: restringia, demasiadamente, as deduções da basede cálculo, admitindo, em alguns julgados, no
caso de materiais fabricados pelo prestador e tributados pelo ICMS;
● STF: dedutibilidade reconhecida para todos os materiais (Tema 247) –revisão da jurisprudência do STJ
AgRg no RE 603.497/MG (Tema 247)
ISS PER CAPITA DAS SOCIEDADES UNIPROFISSIONAIS
● DL 406/68, art. 9º:
○ “§1º Quando se tratar de prestação de serviços sob a forma de trabalho pessoal do próprio
contribuinte, o impôsto será calculado, por meio de alíquotas fixas ou variáveis, em função da
natureza do serviço ou de outros fatores pertinentes, nestes não compreendida a importância
paga a título de remuneração do próprio trabalho”.
○ “§3º Quando os serviços a que se referem os itens 1, 4, 8, 25, 52, 88, 89, 90, 91 e 92 da lista
anexa forem prestados por sociedades, estas ficarão sujeitas ao imposto na forma do §1°,
calculado em relação a cada profissional habilitado, sócio, empregado ou não, que preste
serviços em nome da sociedade, embora assumindo responsabilidade pessoal, nos termos da lei
aplicável.”
● Dispositivo não revogado pela LCp116/03;
● Vigência reconhecida pela jurisprudência (status de lei complementar):
● Importante: não é benefício fiscal, mas sim regime diferenciado para apuração do tributo com alíquotas
fixas.
● “a tributação diferenciada se presta a concretizar a isonomia e a capacidade contributiva. As normas
inscritas nos §§1º e 3º não implicam redução da base de cálculo” (AI 703982, j. 09.04.13);
● Não devem ser aplicadas as consequências do novo art. 8º-A da LCP 116/03 (LCp157/16).
ISS PER CAPITA EM BELO HORIZONTE
Lei municipal nº 8725/03
Trabalho pessoal do contribuinte
“Art. 12 -O ISSQN incidente sobre serviço prestado sob a forma de trabalho pessoal do próprio contribuinte
será exigido deste, trimestralmente, em função de cada atividade profissional exercida, à razão de:
I -atividade profissional de nível superior ................... R$100,00 (cem reais);
II-demais atividades profissionais................................ R$50,00 (cinqüentareais).
§1º -Para efeito de incidência do ISSQN, não se configura prestação de serviço sob a forma de trabalho pessoal
do próprio contribuinte, a do profissional que, no exercício de sua atividade, for auxiliado por mais de três
pessoas físicas, com ou sem vínculo empregatício, ou de profissional com habilitação idêntica à sua.
§2º -O Executivo, por meio de Decreto, poderá conceder desconto pelo pagamento antecipado do ISSQN
devido pelos profissionais autônomos.”
Lei municipal nº 8725/03
Sociedades uniprofissionais(art. 13)
•Exigido mensalmente;
•Não será aplicado caso observada alguma das seguintes situações: (i) natureza comercial; (ii) sócio pessoa
jurídica; (iii) atividade diversa da habilitação profissional dos sócios; (iv) sócio não habilitado para o exercício
de atividade correspondente ao serviço prestado pela sociedade; (v) sócio que não preste serviço em nome da
sociedade, nela figurando apenas com aporte de capital; (vi) caráter empresarial; (vii) sociedade
pluriprofissional, constituída por sócios com habilitações profissionais diferentes; (viii) terceirização de
serviços vinculados a sua atividade fim a outra pessoa jurídica.
•Pode ser constituída em diferentes tipos societários, desde que haja previsão nos atos constitutivos da
responsabilidade pessoal dos sócios;
•Deve registrar no documento fiscal o nome, CPF e número do órgão de classe do profissional responsável pela
prestação do serviço
•ISS limitado a 5% da receita mensal bruta da sociedade;
“§3º -O ISSQN será calculado em relação ao número de profissionais da sociedade, incluindo-se todos os
sócios mais os profissionais habilitados, empregados ou não, que prestam serviços em nome da sociedade, na
seguinte proporção:
I -pelos primeiros 5 profissionais: R$120,00 (cento e vinte reais) por profissional; (2019: R$ 192,28)
II -pelo 6º ao 10º profissional: R$180,00 (cento e oitenta reais) por profissional; (2019: R$ 288,43)
III -pelo 11º ao 20º profissional: R$240,00 (duzentos e quarenta reais) por profissional; (2019: R$ 384,58)
IV -a partir do 21º profissional: R$300,00 (trezentos reais) por profissional.” (2019: R$ 480,72)
SUJEIÇÃO PASSIVA NO ISS
● Contribuinte é o prestador do serviço (LCp116/02, art. 5º);
● Responsabilidade tributária total ou parcial sobre a obrigação pode ser atribuída em caráter exclusivo ou
supletivo (LCp116/03, art. 6º, caput);
● São responsáveis (art. 6º, §2º):
○ o tomador ou intermediário de serviço proveniente do exterior do País ou cuja prestação se tenha
iniciado no exterior do País;
○ a pessoa jurídica, ainda que imune ou isenta, tomadora ou intermediária dos serviços descritos
nos subitens 3.05, 7.02, 7.04, 7.05, 7.09, 7.10, 7.12, 7.14, 7.15, 7.16, 7.17, 7.19, 11.02, 17.05 e
17.10 da lista anexa; (hipóteses em que o tributo é devido no local do serviço ou no
estabelecimento do tomador)
○ a pessoa jurídica tomadora ou intermediária de serviços, ainda que imune ou isenta, na hipótese
de descumprimento do art. 8º-A (deslocamento da competência tributária para o destino)
SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA
● Substituição tributária: obrigação de retenção pelo tomador de serviço;
● Lei municipal nº 8725/03, art. 20: órgãos da administração pública, concessionárias de serviços
públicos, grandes tomadores de serviços (acima de R$ 240K em pagamentos por serviços de terceiros
no exercício anterior etc.);
RE nº 1.167.509/SP (Tema 1020/STF)
Outras controvérsias envolvendo o ISS
● ISS pode assumir natureza direta ou indireta;
○ Tema STJ 398: “A pretensão repetitória de valores indevidamente recolhidos a título de ISS
incidente sobre a locação de bens móveis (cilindros, máquinas e equipamentos utilizados para
acondicionamento dos gases vendidos), hipótese em que o tributo assume natureza indireta,
reclama da parte autora a prova da não repercussão, ou, na hipótese de ter a mesma transferido o
encargo a terceiro, de estar autorizada por este a recebê-los.”
● ISS x ICMS;
○ Ressalvados os casos mencionados na lista anexa à lei complementar, os serviços listados não se
submetem ao ICMS, ainda que envolvam fornecimento de mercadorias;
○ Critérios nos negócios mistos: preponderância x previsão na lista anexa à LCp 116/03 (esse
último o que tem preferência);
○ STJ: critério de previsão na lista.
● RE nº 651.703-PR → item 17 da ementa → o STF considera que a lei complementar referida no art. 156
da CRFB, item III, ao definir os serviços sujeitos ao ISS, (a) arrola os serviços por natureza e (b) inclui
serviços que, não exprimindo natureza de outro tipo de atividade, passam à categoria de serviços, para
fins de incidência do tributo por força de lei, visto que, se assim não considerados, restariam incólumes
a qualquer tipo de tributo. Equiparação.
○ Controvérsia: ativismo judicial e órgão julgador como legislador.
○ Possibilidade de alteração dos rumos da SV nº 31 do STF (“é inconstitucional a incidência de
imposto sobre serviços de qualquer natureza - ISS sobre locação de bens móveis”)
○ Mutação constitucional

Continue navegando