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Bases da Alimentação: Classificação dos Alimentos PROF. DAIANA B. LOPEZ Disciplina: Composição de Alimentos Campus: R9 Taquara Relembrando… As Leis da Alimentação de Escudero são: Quantidade, Qualidade, Proporção e Adequação. Tais Leis são a base dos princípios da Alimentação Saudável que visam distribuir os Nutrientes de acordo com os princípios das Leis de Escudero e suas funções Os Nutrientes podem ser classificados de acordo com as suas funções mais básicas: Proteínas: Construtores/Reparadores Lipídeos e Carboidratos: Energéticos Vitaminas e Minerais: Reguladores Alimentos não são somente nutrientes e a maneira como são transformados devem fazer parte das recomendações pois… Podem afetar a composição nutricional inicial empobrecendo ou enriquecendo-a; Ocasionalmente, agregam aditivos alimentares cujo consumo excessivo pode trazer malefícios à saúde; Afetam a rotina alimentar individual e coletiva, acarretando em uma constante análise de custo benefício. Porque Classificar os Alimentos? No Brasil como em outros países são formuladas Diretrizes Nutricionais para a promoção de saúde/prevenção de doenças. O Sistema de Classificação dos alimentos tem por objetivo agrupá-los por características desejáveis ou indesejáveis, contribuindo com as diretrizes para uma alimentação mais saudável. Tais diretrizes e Classificação são publicadas nos Guias Alimentares. ➢ 1ª versão foi lançada em 2006 2ª versão reformulada foi lançada em 2014 Dividido em: - Referencial teórico (dados atuais do perfil nutricional da população). - Recomendações e orientações para compor as refeições de indivíduos saudáveis. . OS GUIAS ALIMENTARES NO BRASIL 1º Teste: como está a sua alimentação? 2º Dez passos para uma alimentação saudável. 3º Mantenha o seu peso dentro de limites saudáveis. 4º Porções de alimentos em medidas caseiras. Dividia os alimentos em grupos e utilizava a pirâmide alimentar como esquema ilustrativo. O 1º Guia Alimentar para a população brasileira (2006) O 1º Guia Alimentar para a população brasileira (2006) O 1º Guia a ser publicado trouxe uma pirâmide alimentar adaptada por Philippi e colaboradores (1999). MS, 2013. O Novo Guia Alimentar para a população brasileira recomendou a aposentadoria da pirâmide alimentar! •Chile, 2003. Um levantamento com 898 consumidores deixou claro pessoas pensavam que os alimentos do topo eram os prioritários, e que os da base deveriam ser evitados. Essa interpretação apareceu em outros estudos. •Estados Unidos, 2002 a 2004. Pesquisadores foram convocados pelo USDA para avaliar a eficácia da pirâmide. Realizaram 18 grupos focais, que são entrevistas em conjunto voltadas a uma análise qualitativa. Apresentados à pirâmide, 80% dos participantes erraram ao menos um dos grupos de alimentos – 12% erraram tudo. As pessoas tampouco entendiam o conceito de “porção”, e no geral chutavam quantidades maiores que as da recomendação oficial. Um caso clássico de “decifra-me, ou te engordo”. •Europa, 2015. Pesquisadores revisaram as orientações nutricionais oficiais na região. De 34 países, 22 tinham a pirâmide como ícone, mesmo sem avaliações sobre a eficácia. Os autores concluíram que o símbolo não dá conta de representar diferenças culturais. “Em nossa opinião, é necessária uma distinção mais clara entre alimentos frescos e processados.” https://scielo.conicyt.cl/scielo.php?pid=S0717-75182003000100006&script=sci_arttext&tlng=en https://www.cnpp.usda.gov/sites/default/files/myplate_miplato/JNEBConsumerRes.pdf https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26015390 O Guia Alimentar para a população brasileira atual (2014) As escolhas alimentares Sugere leitura dos rótulos e da lista de ingredientes Valorização da cultura alimentar regional Classificação quanto ao processamento ❑ Capítulo 1: considerar o impacto socioeconômico, cultural e ambiental das formas de produção e distribuição dos alimentos e o caráter dinâmico do sistema alimentar, dos padrões de alimentação e dos problemas de saúde relacionados à alimentação. Defende o compromisso que guias alimentares devem ter com a promoção da autonomia das pessoas e com a defesa do direito humano à alimentação. O Guia Alimentar para a população brasileira atual (2014) ❑ Capítulo 2: Recomendações 1. Consuma alimentos in natura ou minimamente processados, predominantemente de origem vegetal e variados a base de sua alimentação. 2. Utilize óleos, gorduras, sal e açúcar em pequenas quantidades ao temperar e cozinhar alimentos. 3. Limite o uso de alimentos processados, consumindo-os, em pequenas quantidades. 4. Evite alimentos ultraprocessados. 5. Prefira alimentos in natura ou minimamente processados e preparações culinárias ao invés de alimentos ultraprocessados. O Guia Alimentar para a população brasileira atual (2014) Alimentos in natura→ são obtidos diretamente de plantas ou de animais e não sofrem qualquer alteração após deixar a natureza. Ex: legumes, verduras, frutas, carnes, castanhas... Alimentos minimamente processados → alimentos in natura que foram submetidos a processos de limpeza, remoção de partes não comestíveis ou indesejáveis, fracionamento, moagem, secagem, fermentação, pasteurização, refrigeração, congelamento e processos similares que não envolvam agregação de sal, açúcar, óleos, gorduras ou outras substâncias ao alimento original. Ex: farinha de milho ou trigo, arroz, feijão, suco de fruta... Alimentos processados→ são fabricados pela indústria com a adição de sal ou açúcar ou outra substância de uso culinário a alimentos in natura para tornálos duráveis e mais agradáveis ao paladar. Ex: vegetais em conserva, sardinha ou atum enlatado, queijos, pães. Alimentos ultraprocessados → são formulações industriais feitas de substâncias extraídas de alimentos (óleos, gorduras, açúcar, amido, proteínas), derivadas de constituintes de alimentos (gorduras hidrogenadas, amido modificado) ou sintetizadas em laboratório como corantes, aromatizantes, realçadores de sabor e vários tipos de aditivos usados para dotar os produtos de propriedades sensoriais atraentes, porém de baixa qualidade nutricional. Ex: sorvetes, biscoitos recheados, salsichas... A Classificação dos alimentos de acordo com o Guia Alimentar O QUE SÃO OS INGREDIENTES CULINÁRIOS PROCESSADOS Substâncias extraídas de alimentos do Grupo 1 ou da natureza e consumidas como itens de preparações culinárias. Os processos envolvidos com a extração dessas substâncias incluem prensagem, trituração, moagem, pulverização, secagem e refino. O propósito do processamento é a fabricação de produtos para temperar e cozinhar alimentos in natura ou minimamente processados e para confeccionar preparações culinárias. Pertencem ao grupo 2: sal, açúcar, óleos e gorduras. São também do Grupo 2 produtos compostos por duas substâncias pertencentes ao grupo (como manteiga com sal) e produtos compostos por substâncias deste grupo adicionadas de vitaminas ou minerais (como o sal iodado). Vinagres obtidos pela fermentação acética do álcool de vinhos e de outras bebidas alcoólicas também são classificados no Grupo 2 Produtos do Grupo 2, quando adicionados de aditivos para preservar suas propriedades originais, como antioxidantes usados em óleos vegetais e antiumectantes usados no sal de cozinha ou de aditivos que evitam a proliferação de micro-organismos, como conservantes usados no vinagre, permanecem classificados no Grupo 2. A Classificação dos alimentos de acordo com o Guia Alimentar Grupo 3 – Alimentos processados Produtos fabricados com a adição de sal ou açúcar e eventualmente óleos, gorduras, vinagre ou outra substância do Grupo 2 a um alimento do Grupo 1, sendo em sua maioria produtos com dois ou no máximo três ingredientes. Os processos envolvidos com a fabricação desses produtos podem envolver vários métodos de cocção e, no caso de caso de queijos e de pães, a fermentação não alcoólica. São exemplos de alimentos processados:conservas de hortaliças, de cereais ou de leguminosas, carnes salgadas, peixe conservado em óleo ou água e sal, frutas em calda, queijos e pães. A Classificação dos alimentos de acordo com o Guia Alimentar Grupo 4 – Alimentos ultraprocessados A característica básica de alimentos ultraprocessados é conter entre seus ingredientes substâncias extraídas de alimentos do Grupo 1 (como caseína, soro de leite, isolado proteico de soja e de outros alimentos e hidrolisado de proteínas), mas usadas apenas com fim industrial ou substâncias sintetizadas a partir de constituintes de alimentos ou ainda aditivos usados para modificar as características organolépticas dos produtos (óleos hidrogenados ou interestereficados, amidos modificados). Várias técnicas industriais são usadas na fabricação de ultraprocessados, incluindo extrusão, moldagem e pré- processamento por fritura. São exemplos de produtos do Grupo 4: biscoitos, sorvetes, balas e guloseimas em geral, “cereais matinais”, bolos e misturas para bolo, barras de cereal, sopas, macarrão e temperos “instantâneos”, molhos, “salgadinhos de pacote”, refrescos e refrigerantes, iogurtes e bebidas lácteas, “bebidas energéticas”, produtos congelados, pizzas, hambúrgueres, carne de frango ou peixe empanados do tipo nuggets, salsichas e outros embutidos, “pães de forma”... ❑ Capítulo 3: traz orientações sobre como combinar alimentos na forma de refeições que a maioria da população brasileira consome (ex: arroz com feijão) ❑ Capítulo 4: traz orientações sobre o ato de comer abordando as circunstâncias – tempo e foco, espaço e companhia – que influenciam o aproveitamento dos alimentos e o prazer proporcionado pela alimentação. O Guia Alimentar para a população brasileira atual (2014) Capítulo 5: examina fatores que podem ser obstáculos para a adesão das pessoas como a informação, oferta, custo, habilidades culinárias, tempo e publicidade influenciando as escolhas... O Gui propõe para sua superação a combinação de ações no plano pessoal e familiar e no plano do exercício da cidadania, incluindo políticas públicas em saúde e ações regulatórias. O Guia Alimentar para a população brasileira atual (2014) ➢ Entre essas ações e políticas, estão aquelas que visam ao aumento da renda dos mais pobres e desfavorecidos, à universalização do acesso à educação e a serviços de saúde, ao apoio e à proteção ao aleitamento materno, à assistência técnica e ao suporte financeiro à agricultura familiar e a oferta de alimentos e refeições nas escolas que participam do PSE. O Guia Alimentar para a população brasileira atual (2014) ❑ Ressalta-se que o consumo de arroz, feijão, milho, mandioca, batata e vários tipos de legumes, verduras e frutas tem como consequência natural o estímulo da agricultura familiar e da economia local, favorecendo assim formas solidárias de viver e produzir e contribuindo para promover a biodiversidade e para reduzir o impacto ambiental da produção e distribuição dos alimentos. O Guia Alimentar para a população brasileira atual (2014) ❑ O GUIA FINALIZA CITANDO OS 10 PASSOS PARA UMA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL: 1. Consuma alimentos in natura ou minimamente processados, predominantemente de origem vegetal e variados a base de sua alimentação. 2. Utilize óleos, gorduras, sal e açúcar em pequenas quantidades ao temperar e cozinhar alimentos. 3. Limite o uso de alimentos processados, consumindo-os, em pequenas quantidades. 4. Evite alimentos ultraprocessados. 5. Prefira alimentos in natura ou minimamente processados e preparações culinárias ao invés de alimentos ultraprocessados. O Guia Alimentar para a população brasileira atual (2014) ❑ O GUIA FINALIZA CITANDO OS 10 PASSOS PARA UMA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL: 6. Fazer compras em locais que ofertem variedades de alimentos in natura ou minimamente processados 7. Desenvolver, exercitar e partilhar habilidades culinárias. 8. Planejar o uso do tempo para dar à alimentação o espaço que ela merece 9. Dar preferência, quando fora de casa, a locais que servem refeições feitas na hora 10. Ser crítico quanto a informações, orientações e mensagens sobre alimentação veiculadas em propagandas comerciais. O Guia Alimentar para a população brasileira atual (2014) Roda dos alimentos dividida em 5 grupos, dos quais: -Leite e derivados - Carne, peixe e ovos - Óleos e gorduras - Cereais e leguminosas - Hortaliças, legumes e frutas. ÚNICO MATERIAL OFICIAL USADO ATÉ OS ANOS 1970-1980 Em 1992 os EUA lançaram o primeiro esquema de guia em forma de pirâmide. Em 1996 o Brasil (pesquisadores da USP) lançou a pirâmide com base na qualidade e quantidade de alimentos para um indivíduo saudável. Os alimentos são organizados em grupos. As porções correspondem as necessidades médias de adultos. USDA, 2005 Como as demais Sociedades de Ciências dos Alimentos definem os diferentes tipos de alimentos? Alimento in natura: alimento de origem vegetal ou animal, para cujo consumo imediato exija apenas a remoção de sua parte não comestível e os tratamentos indicados para a sua perfeita higienização e conservação. Alimento minimamente processado: alimento cujo processamento se limita preservar a qualidade da matéria-prima e água do processo, sanitização, descascamento e corte, uso de embalagens adequadas, controle da temperatura e umidade. As definições de “Alimento” Alimento Processado: Alimento manufaturado submetido a processos térmicos e acrescidos de aditivos alimentares intencionais Alimento ultra processado: Alimentos ultraprocessados são, industrializados prontos ou semiprontos para consumo. Alguns são processados industrialmente com nenhuma ou pouca adição de constituintes. Outros, podem conter grande quantidade de açúcar, gorduras não saudáveis e sal, pouca fibra, e alta densidade energética, ou seja, apresentam excessiva quantidade de calorias por volume. Alimento geneticamente melhorado : alimento cuja melhoria na resistência agropecuária se dá através do cruzamento genético dentro da própria espécie. Alimento transgênico: alimento cuja melhoria na resistência agropecuária se dá através do cruzamento genético entre espécies diferentes As definições de “Alimento” Alimento Orgânico: Alimento cuja cadeia produtiva é isenta de agrotóxicos, hormônios e antibióticos. Alimento funcional: Alimentos cuja composição apresenta um ou mais componentes com evidência comprovada na promoção da saúde e prevenção de doenças crônicas Alimento Reduzido (“light”) em caloria ou componentes como sódio, gordura total, açúcar ou gordura saturada – redução mínima de 25% quando comparado a um de mesma marca e porção. Alimento Zero : produto cuja composição tenha sido modificada para zerar ou substituir a níveis ínfimos alguns de seus componentes, tais como gordura total, saturada ou trans; lactose; açúcar; sódio. As definições de “Alimento” Alimentos para fins especiais: Produtos ou fórmulas alimentícias com aplicação específica para uma fase da vida (ex: leite maternizado); alergias (trigo, leite de vaca) ou intolerâncias (intolerância a lactose) erros inatos do metabolismo (ex: fenilcetonúria). “Comida de Conforto” (Comfort Food) – Alimento ou preparação associada à conforto (alento) emocional. Remete a boas lembranças, segurança e “calor” afetivo. Muitas vezes tratadas como “frustrantes da dieta” e do controle do peso. Muito Relacionada aos aspectos antropológicos, culturais e psicológicos relacionados ao hábito alimentar. As definições de “Alimento” Aprenda Mais!!! Práticas alimentares segundo o Guia alimentar para a população brasileira: fatores associados entre brasileiros adultos, 2018, disponível em: www.scielosp.org/article/ress/2020.v29n1/e2019045/ Práticas alimentares de estudantes universitários da área da saúde, de acordo com as recomendações do Guia Alimentar para a População Brasileira, disponível em: www.e- publicacoes.uerj.br/index.php/demetra/article/view/45855 http://www.scielosp.org/article/ress/2020.v29n1/e2019045/http://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/demetra/article/view/45855 http://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/demetra/article/view/45855 Slide 1 Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5: 1ª versão foi lançada em 2006 2ª versão reformulada foi lançada em 2014 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22: Capítulo 3: traz orientações sobre como combinar alimentos na forma de refeições que a maioria da população brasileira consome (ex: arroz com feijão) Slide 23 Slide 24 Slide 25 Slide 26 Slide 27 Slide 28 Slide 29: Roda dos alimentos dividida em 5 grupos, dos quais: Slide 30 Slide 31 Slide 32 Slide 33 Slide 34 Slide 35 Slide 36 Slide 37 Slide 38 Slide 39 Slide 40 Slide 41 Slide 42 Slide 43 Slide 44
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