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1 ANALISE DE VIABILIDADE ECONOMICA E FINANCEIRA DE PROJETOS

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Prévia do material em texto

Fábio Roberto Iori
Análise de Viabilidade 
Econômica e Financeira 
de Projetos
E-Book 1
NESTE E-BOOK:
Introdução ������������������������3
Introdução à análIse de 
InvestImentos ����������������������6
Valor do dinheiro no tempo ��������������� 10
ConsIderações fInaIs ������������� 24
síntese �������������������������� 25
Introdução
Caro estudante,
Ao iniciar os estudos da disciplina Análise de 
Viabilidade Econômica e Financeira de Projetos, 
algumas dúvidas podem surgir, por exemplo:
• Qual é a sua aplicação prática?
• Qual utilidade esta disciplina terá em minha 
vida?
Nesse sentido, antes de mais nada, devemos 
considerar a importância da ampliação de seus 
conhecimentos nas diferentes áreas de gestão 
de um negócio, seja ele de micro, pequeno ou 
grande porte.
A capacidade de avaliar diferentes cenários, 
aliada a uma visão crítica por parte do gestor de 
empresas, é cada vez mais requerida no universo 
empresarial, nos dias de hoje.
O maior número de informações disponíveis para 
o agente decisor proporciona a ele um enorme 
desafio: selecionar quais serão os dados mais 
úteis e realizar diversas análises para a melhor 
tomada de decisão possível.
Parece fácil?
Depende.
3
Vamos considerar um jovem empreendedor que 
tenha à sua disposição uma grande quantidade 
de informações e dados para decidir sobre a 
criação de uma startup na área de e-commerce.
A primeira pergunta que deve vir à sua mente é: 
qual é a viabilidade deste negócio?
Esse questionamento deve fazer parte do dia a 
dia de um gestor de empresas. Seja ele o pro-
prietário ou o executivo financeiro principal de 
uma empresa.
A resposta correta para essa pergunta pode 
representar a distância entre o sucesso e o 
fracasso de uma empresa ou negócio, indepen-
dentemente de seu porte.
“O processo de elaboração, análise e 
avaliação de projetos envolve um com-
plexo elenco de fatores socioculturais, 
econômicos e políticos que influenciam 
os decisores na escolha dos objetivos e 
dos métodos.” (RAUPP, PORTON e BEU-
REN, 2002)
Mas o que realmente irá determinar se aquela 
ideia inicial de negócio pode ser colocada em 
prática é sua análise de viabilidade econômico 
e financeira.
Dessa forma, este material pretende ajudá-lo 
a conhecer essas técnicas, de modo que você 
4
possa gerenciar os seus interesses financeiros 
e de sua empresa de maneira mais eficiente.
Primeiramente, vamos nos dedicar à análise 
de investimentos, em que serão abordados os 
principais conceitos e tipos de investimentos, 
assim como os componentes de um projeto de 
investimento.
Em seguida, trataremos da teoria de risco e retor-
no, cujos aspectos são essenciais para a tomada 
de decisão financeira no dia a dia empresarial.
Finalmente, estudaremos os critérios utilizados 
para a análise econômica e financeira de pro-
jetos de investimentos, com atenção especial 
para o custo de oportunidade de um projeto e a 
otimização da relação custo-benefício.
Desejo a você uma ótima jornada de estudos e 
sucesso nesta disciplina!
5
Introdução à análIse de 
InvestImentos
Neste capítulo introdutório, você terá acesso aos 
principais conceitos relacionados à análise de 
investimentos, tipos e formas de investimento 
e os elementos que fazem parte de um projeto 
de investimento, com ênfase para o relatório de 
fluxo de caixa. Vamos lá?
O crescimento econômico mundial, cada vez 
mais acelerado pela globalização da economia, 
fez com que as empresas busquem desenvolver 
e aprimorar novas tecnologias e processos, com 
o objetivo de se manterem atualizadas para a 
oferta de novos produtos e serviços que visam 
a aumentar a rentabilidade de seus negócios.
Vale a pena a leitura deste artigo, que abor-
da a globalização financeira no processo da 
mundialização da economia. Disponível em: 
http://www.convibra.org/upload/paper/adm/
adm�1694.pdf
Entretanto, os investimentos necessários para 
este desenvolvimento requerem planejamento 
para que as metas estipuladas sejam alcançadas 
durante a execução do novo negócio.
SAIBA MAIS
6
http://www.convibra.org/upload/paper/adm/adm_1694.pdf
http://www.convibra.org/upload/paper/adm/adm_1694.pdf
Nessa direção, a análise da viabilidade econômico-
-financeira para a criação e/ou implantação de 
um determinado produto ou serviço representa 
estimar e analisar as perspectivas de desempenho 
financeiro de diversos elementos envolvidos em 
um projeto (RODRIGUES e ROZENFELD, 2008).
A análise de investimentos se faz importante 
por diversos motivos e o principal deles consiste 
na importância em se realizar um planejamento 
financeiro adequado, antes da implementação do 
novo negócio, pois, só por meio de uma análise 
financeira detalhada e criteriosa a empresa po-
derá identificar se poderá realizar o investimento 
ou não. (STRACHOSKI, 2011)
Para a realização da análise de projetos de in-
vestimentos, principalmente aqueles com ativos 
associados, é necessário adequado entendimento 
dos seguintes conceitos contábeis e financeiros.
PODCAST 1 
Demonstrativos Financeiros
Os dois principais demonstrativos contábeis para 
a obtenção de informações relevantes sobre a 
saúde financeira da empresa e a análise da via-
bilidade para a implantação de um projeto são: 
Balanço patrimonial (BP) e a Demonstração de 
Resultados do Exercício (DRE).
7
https://famonline.instructure.com/files/43079/download?download_frd=1
O Balanço Patrimonial apresenta uma “fotogra-
fia” da posição financeira da empresa em uma 
determinada data. Por meio dele, você poderá 
identificar as origens e aplicações de recursos 
financeiros da empresa, que estarão evidenciados 
nas contas de investimento (ativo) e financia-
mento (passivo e patrimônio líquido), conforme 
a Tabela 1 (CAMLOFFSKI, 2014).
Por outro lado, a Demonstração de Resultado 
do Exercício nos permite avaliar o desempenho 
financeiro de uma empresa em um determina-
do período de tempo, que poderá ser semanal, 
quinzenal, mensal ou anual, sendo um relatório 
de extrema importância para o gestor financeiro.
BALANÇO PATRIOMINAL
ATIVO
Bens+Direitos
Passivo
(Capital de Terceiros)
Patrimônio Líquido
(Capital Próprio)
Tabela 1: Estrutura básica de um Balanço Patrimonial. 
Fonte: LARA (s/i).
8
Receitas de Vendas
Deduções e Impostos
Receita Líquida
Lucro Bruto
Despesas Fixas
Resultado antes do IRPJ e CSLL
Custo dos Produtos Vendidos
(+)
(-)
(-)
(-)
(=)
(=)
(=)
IRPJ e CSLL
Resultado Líquido
(-)
(=)
Figura 1: DRE simplificada. Fonte: Adaptado de Cam-
loffski (2014).
Ao considerar a estrutura de capital de uma 
empresa (proporção entre capital de terceiros 
e capital próprio), será possível a existência 
de uma estrutura ótima de capital?
REFLITA
9
Neste momento, vale a pena a leitura sobre 
as teorias de Pecking Order e do Trade Off, 
relacionadas à estrutura de capital em em-
presas. Disponível em: https://comum.rcaap.
pt/bitstream/10400.26/11108/1/Isidro%20
Semedo%20-%20tese.pdf
PODCAST 2 
Valor do dinheiro no tempo
Considere que você possui R$ 100,00 à sua 
disposição hoje, e seu amigo acaba de lhe pedir 
emprestado para pagar de volta o mesmo valor, 
daqui a um mês. Você aceitaria?
Certamente, você vai considerar algumas ques-
tões, antes, como:
• Será que eu vou conseguir comprar as mesmas 
coisas daqui a um mês?
• Caso eu permaneça com o dinheiro, posso 
aplicar em um CDB e receber juros sobre este 
período.
Provavelmente você não aceitará esta proposta, 
pois o seu dinheiro irá “sofrer” o efeito da inflação, 
ao longo deste período, fazendo com que ele per-
ca parte de seu poder aquisitivo. Por outro lado, 
SAIBA MAIS
10
https://comum.rcaap.pt/bitstream/10400.26/11108/1/Isidro%20Semedo%20-%20tese.pdf
https://comum.rcaap.pt/bitstream/10400.26/11108/1/Isidro%20Semedo%20-%20tese.pdf
https://comum.rcaap.pt/bitstream/10400.26/11108/1/Isidro%20Semedo%20-%20tese.pdf
https://famonline.instructure.com/files/43080/download?download_frd=1
caso você resolva aplicar este capital durante 
este período, você receberá uma remuneração, 
conhecidacomo “juro”.
Este é outro fundamento básico necessário 
para que você possa avaliar alternativas de 
investimento.
Ao avaliar uma alternativa de investimento, é 
necessário considerar o impacto da inflação 
sobre o projeto, ao longo do período.
Dessa forma, não podemos utilizar a taxa 
nominal de juro, pois esta não considera o 
fator deflacionário sobre o capital investido, 
devendo ser considerada para tal finalidade 
a taxa real de juro, que é a taxa nominal, des-
contada a inflação.
Para saber mais sobre o valor do dinheiro no 
tempo e cálculos financeiros, vale a pena a 
leitura do livro:
SAMANEZ, C. P. Matemática financeira: apli-
cações à análise de investimentos, 4. ed. São 
Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007. [Minha 
Biblioteca]
FIQUE ATENTO
SAIBA MAIS
11
O conceito de taxa de juro é fundamental para 
avaliar projetos de investimentos, pois será por 
meio dele que será realizado o apreçamento do 
projeto e, diante disso, a taxa de juro será utili-
zada para remunerar o capital do investidor que 
se dispõe a abrir mão de um benefício imediato 
(consumo), em troca de um benefício futuro 
(receber juros).
Taxas de juro simples e compostas
Juro simples
“As parcelas de juros simples são sem-
pre iguais, uma vez que, sob o regime de 
capitalização simples, os juros para cada 
período resultam da aplicação da taxa 
de juros sobre o capital inicial, e ambas 
variáveis não mudam com o tempo” (CA-
VALCANTI, 2013).
A figura abaixo apresenta a evolução de R$ 
100,00 aplicados com taxa de juros de 10% ao 
ano, pelo prazo de 5 anos.
100 15010 10 10 10
c
Figura 2: Exemplo de uma aplicação com juros simples. 
Fonte: Cavalcanti (2013).
12
Juro composto
Diferentemente do regime de capitalização dos 
juros simples, aqui os juros acumulados do pe-
ríodo anterior são incorporados ao capital inicial, 
para o cálculo dos juros para o período seguinte, 
ou seja, a taxa de juros incide sobre o montante 
acumulado no final do período anterior, como 
exemplifica a figura abaixo.
T0 T1
C.i.1 C.i.2 C.i.3
C.i M1.i M2.i
T2 T3
Capital 
Inicial Montante 1 Montante 2 Montante 3
T0 T1 T2 T3
Juros Simples
Juros Compostos
Figura 3: Exemplo de uma aplicação com juros compos-
tos. Fonte: Cavalcanti (2013).
PODCAST 3 
Tipos de Investimentos
Quando você faz um investimento, seja através 
da compra de uma ação de uma empresa ou 
13
https://famonline.instructure.com/files/43081/download?download_frd=1
da aquisição de títulos do governo, por meio do 
Tesouro Direto, essas entidades oferecem uma 
remuneração em troca da utilização do seu 
capital por um determinado período de tempo.
Essas entidades competem entre si, oferecen-
do as mais variadas formas de remuneração e 
também riscos associados aos seus “produtos”, 
e a decisão de investir ou não vai levar em consi-
deração fatores como a sua disponibilidade de 
recursos, quais são os seus objetivos e fatores 
comportamentais.
Diante disso, podemos classificar os tipos de 
investimentos em:
Títulos ou propriedades
Títulos: são investimentos que representam 
dívida, propriedade ou direito legal de adquirir 
ou vender uma propriedade.
Propriedade (patrimônio): são investimentos em 
bens móveis ou imóveis, como casas, terrenos, 
veículos, ou em bens intangíveis, como direitos 
autorais, marcas e patentes, por exemplo.
Direto ou indireto
Direto: ocorre quando o investidor adquire o direito 
sobre um título ou propriedade de forma direta, 
como a compra específica de uma ação de uma 
empresa em bolsa de valores, por exemplo.
14
Indireto: ocorre quando o investidor faz o seu in-
vestimento por meio de uma carteira de títulos, por 
exemplo, a aplicação em fundos de investimento.
Credor (capital de terceiros) ou Sócio (capital 
próprio)
Credor: realiza o investimento em uma empresa, 
por meio da aplicação em títulos de dívida. A 
sua remuneração advém dos juros pactuados 
entre ele e a empresa devedora. Um exemplo 
de títulos de dívida são as debêntures.
Sócio ou acionista: realiza o investimento em 
uma empresa, seja através da compra de ações 
da companhia (S/A) ou por meio de aquisição de 
cotas da empresa (LTDA). A sua remuneração 
está condicionada à obtenção de lucros por parte 
da empresa e recebe o nome de dividendos.
Ao realizarem um investimento em uma em-
presa, os credores incorrem em menor risco, 
quando comparados aos acionistas, pois 
possuem algumas garantias quanto à devo-
lução do dinheiro aplicado na companhia e 
prioridade na devolução do seu capital, em 
caso de liquidação da empresa, enquanto 
os acionistas não possuem qualquer tipo de 
garantia para devolução do valor aplicado e, 
dessa forma, apresentam maiores riscos.
FIQUE ATENTO
15
Componentes de um projeto de investimento
O projeto de investimento pode ser definido 
como um conjunto de informações internas e/
ou externas a uma empresa, coletadas e proces-
sadas com o objetivo de analisar uma decisão 
de investimento (WOILER e MATHIAS, 1996).
De acordo com Brigham e Ehrhardt (2012), pon-
tos como custo de capital, custos operacionais, 
preços, rentabilidade, volumes operados, oportu-
nidades, taxas de risco, taxas de atratividade são 
considerados como componentes fundamentais 
para uma análise eficiente, sendo capazes de 
reduzir as incertezas e maximizar a criação de 
valor para os investidores e para a concretização 
do projeto (LIZOTE et al. 2014).
Processo de desenvolvimento 
de produtos e serviços
Front-end
Incertezas
Conhecimentos
Avaliação econômica
Figura 4: O processo de desenvolvimento de produtos e 
serviços. Fonte: Rodrigues e Rozenfeld, 2008
16
Os indicadores financeiros do projeto devem ser 
selecionados no início do processo, também 
conhecido como front-end, constituindo-se co-
mo a referência inicial para as fases seguintes. 
À medida que ocorre a evolução do processo, são 
realizadas revisões da viabilidade econômica e 
financeira do projeto relacionadas com o produto 
final e o fluxo de caixa esperado para ele.
PODCAST 4 
“No início do desenvolvimento, principalmen-
te no front-end, as incertezas são grandes e, 
conforme o desenvolvimento evolui, algumas 
decisões são tomadas e novas informações 
são obtidas e as incertezas diminuem.” (RO-
DRIGUES e ROZENFELD, 2008). 
Fluxo de Caixa
A principal razão para a existência de uma em-
presa é a sua capacidade de gerar lucro. Para 
os investidores, entretanto, não é suficiente que 
o projeto tenha um resultado positivo.
Para que um projeto seja considerado atrativo, 
é necessário que o lucro gerado, o retorno do 
projeto, seja superior em relação àquele que a 
FIQUE ATENTO
17
https://famonline.instructure.com/files/43082/download?download_frd=1
empresa poderia obter com outros investimentos, 
por exemplo, aplicando no mercado financeiro.
Dessa forma, é necessário considerar que a 
essência da avaliação econômico-financeira é 
medir o retorno do projeto de maneira compa-
rável com outros investimentos (RODRIGUES e 
ROZENFELD, 2008).
O passo inicial para realizar a avaliação econô-
mica e financeira de um projeto de investimento 
é a construção do seu fluxo de caixa, no qual 
devem ser evidenciadas as entradas e saídas 
de recursos, atribuídas durante o período de 
vida do projeto.
Em relação ao aspecto temporal, ele poderá ser:
• Diário
• Semanal
• Quinzenal
• Mensal
• Trimestral
• Anual
O critério a ser utilizado para a escolha do perío-
do em que o fluxo de caixa será analisado está 
diretamente relacionado à periodicidade com que 
18
os fluxos financeiros serão realizados, e também 
à sensibilidade do responsável financeiro pelo 
projeto, assumindo também um caráter subjetivo.
Vídeo – Como fazer o fluxo de caixa da sua 
empresa? – Palestra
Disponível em: https://www.youtube.com/
watch?v=Ifu4nQF-mwc
Um ponto importante a ser observado na cons-
trução do fluxo de caixa é em relação à utilização 
de premissas adequadas para um orçamento 
coerente.
Nesse sentido, o fluxo de caixa poderá ser estima-
do de duas formas (Bertoglio e Brasaga, 2008):
• Métododireto: necessidade de rastrear as 
entradas e saídas previstas de recursos, deter-
minando o fluxo de caixa de forma direta; 
• Método indireto: partindo-se da Demonstração 
de Resultados do Exercício (DRE), determinando 
o fluxo de caixa de forma indireta. 
A determinação correta do fluxo de caixa é um 
dos aspectos mais importantes na realização 
de um projeto de investimento, pois é a partir 
dele que serão realizados alguns dos demais 
SAIBA MAIS
19
https://www.youtube.com/watch?v=Ifu4nQF-mwc
https://www.youtube.com/watch?v=Ifu4nQF-mwc
cálculos dos índices de viabilidade do projeto, 
que determinarão sua aceitação ou rejeição.
Artigo: Método direto e indireto na Demons-
tração de Fluxo de Caixa: Um estudo sobre 
as preferências das empresas brasileiras. 
Disponível em: https://liceu.fecap.br/LICEU�ON-
-LINE/article/download/1724/979.
1 2
Fluxo de Caixa
Anos
R$ 300 mil
R$ 200 mil
R$ 100 mil
R$ -
-R$ 100 mil
-R$ 200 mil
-R$ 300 mil
-R$ 400 mil
-R$ 500 mil
3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
Figura 5: Modelo simplificado de um fluxo de caixa. 
Fonte: Rodrigues e Rozenfeld, 2008.
Um outro aspecto relevante em relação ao fluxo 
de caixa é quanto à determinação de seus com-
ponentes, que deverão ser três, em essência 
(Rodrigues e Rozenfeld, 2008):
• Receitas: são correspondentes à venda de 
produtos ou serviços gerados pela operação 
SAIBA MAIS
20
https://liceu.fecap.br/LICEU_ON-LINE/article/download/1724/979
https://liceu.fecap.br/LICEU_ON-LINE/article/download/1724/979
do projeto. Para estimar esta variável de forma 
adequada, é necessário considerar fatores como 
demanda pelos produtos ou serviços e preço 
final de venda;
• Custos e despesas: são correspondentes aos 
valores gastos, de forma direta e indireta, para a 
produção de produtos ou realização de serviços;
• Investimentos: são correspondentes aos gastos 
necessários para a obtenção de benefícios de 
longo prazo, como no desenvolvimento e prepa-
ração do produto ou serviço. Neste item, podem 
ser incluídos gastos em aquisição de ativo fixo, 
como máquinas e equipamentos, capital de giro 
para necessidade imediata de caixa, aquisição 
de softwares e registro de marca, entre outros.
Para saber mais sobre os métodos utilizados 
para a previsão de demanda utilizados na pro-
jeção do fluxo de caixa, vale a pena a leitura 
desta dissertação de mestrado disponível 
em: http://www.producao.ufrgs.br/arquivos/
publicacoes/fernandooliveiralemos.pdf
SAIBA MAIS
21
http://www.producao.ufrgs.br/arquivos/publicacoes/fernandooliveiralemos.pdf
http://www.producao.ufrgs.br/arquivos/publicacoes/fernandooliveiralemos.pdf
Mês 1 Mês 2
Re
ce
ita
s Venda de Leite R$ 50.000,00 R$ 45.000,00
Venda de Animais
Total de Entradas R$ 50.000,00 R$ 45.000,00
De
sp
es
as
Despesas 
Administrativas R$ 820,00 R$ 800,00
Despesas com 
Agricultura R$ 2000,00 R$ 63.000,00
Despesas com 
rebanho R$ 36.000,00 R$ 34.000,00
Total de Saídas R$ 38.820,00 R$ 97.800,00
Saldo Inicial R$ 30.000,00 R$ 41.180,00
Saldo Final R$ 41.180,00 R$ -11.629,00
Mês 3 Mês 4
Re
ce
ita
s Venda de Leite R$ 48.000,00 R$ 43.000,00
Venda de Animais R$ 35.000,00
Total de Entradas R$ 50.000,00 R$ 78.000,00
De
sp
es
as
Despesas 
Administrativas R$ 810,00 R$ 900,00
Despesas com 
Agricultura R$ 2000,00 R$ 2.000,00
Despesas com 
rebanho R$ 33.000,00 R$ 31.000,00
Total de Saídas R$ 35.810,00 R$ 33.900,00
Saldo Inicial R$ -11.620,00 R$ 570,00
Saldo Final R$ 570,00 R$ 44.670,00
Tabela 2: Modelo de fluxo de caixa mensal detalhado. 
Fonte: Boteon e Ribeiro (2017)
22
Olá, caro estudante!
Você sabe o que é para que serve o custo 
médio ponderado de capital (CMPC)?
O custo médio ponderado de capital (CMPC), 
também conhecido como WACC (Weighted 
Average Cost of Capital) é uma medida de 
custo para um financiamento ou projeto.
Todas as fontes de capital, incluindo capital 
próprio, por meio de ações ordinárias, ações 
preferenciais, e capital de terceiros, por meio 
de títulos e qualquer outra dívida de longo 
prazo, estão incluídos no cálculo da taxa de 
desconto.
Para a apuração deste custo é realizada a 
ponderação com seus respectivos pesos, entre 
a participação de capital próprio e capital de 
terceiros, assim como os seus respectivos 
custos.
Os analistas de investimentos, geralmente 
usam o WACC para avaliar o valor dos inves-
timentos e determinar quais deles devem ser 
escolhidos.
De forma simples, os investidores podem usar 
essa fórmula como um método simplificado 
para decidir se um investimento vale a pena 
ou não.
SAIBA MAIS
23
ConsIderações fInaIs
Até aqui, você aprendeu os principais conceitos 
e aspectos relacionados à análise da viabilida-
de de projetos de investimentos, começando 
pela importância em saber realizar a leitura 
dos demonstrativos financeiros, principalmente 
do Balanço Patrimonial e da Demonstração de 
Resultados do Exercício. Assim como o valor 
do dinheiro no tempo também constitui um 
fator de extrema importância para a análise de 
projetos, visto que é a partir dele que ocorre o 
seu apreçamento.
Também tivemos a oportunidade de estudar os 
elementos associados a um projeto de investi-
mento, suas fases e incertezas associadas a 
cada uma delas.
Por fim, estudamos o fluxo de caixa como uma 
ferramenta extremamente útil e necessária para 
a avaliação da viabilidade econômica e financei-
ra de projetos, sendo o ponto de partida para o 
processo que levará a tomada de decisão entre 
investir ou não.
24
Na disciplina Análise de Viabilidade Econômica e 
Financeira de Projetos, são estudados os principais 
conceitos relacionados à análise de investimentos, 
como:
• os demonstrativos financeiros;
• o valor do dinheiro no tempo por meio das taxas 
de juro e suas aplicações;
• os tipos de investimentos existentes.
Análise de Investimentos – introdução 
E-book 1
• Balanço patrimonial (BP) 
• Demonstração de Resul-
tados do Exercício (DRE)Demonstrativos 
Financeiros
Tipos de 
Investimentos
Valor do 
dinheiro
 no tempo
• Juro simples
• o Juro composto
Taxas de juros:
• Títulos ou propriedades
• Direto ou indireto
• Credor (capital de terceiros);
Sócio (capital próprio)
Componentes 
importantes 
para um projeto 
de investimento
• custo de capital;
• custos operacionais; 
• preços; 
• rentabilidade; 
• volumes operados;
 
• oportunidades;
 
• taxas de risco; 
• taxas de atratividade.
síntese
referênCIas
ASSAF NETO, A. Matemática financeira e suas 
aplicações. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
BERTOGLIO, O; BRASAGA, B. A. Projetos de 
investimentos, empreendedorismo e aspectos 
de mercado: caracterização e importância para 
as organizações. Revista de Administração e 
Ciências Contábeis do IDEAU. Porto Alegre, 2008.
BOTEON, M. RIBEIRO, R. Análise financeira: fluxo 
de caixa, valor presente, TIR e financiamento 
agrícola (Parte I). Gestão dos Negócios Agroin-
dustriais. Escola Superior de Agricultura “Luiz de 
Queiroz” – ESALQ. Piracicaba, 2017.
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	Valor do dinheiro no tempo
	Considerações finais
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