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Slides de Aula Unidade III

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Unidade III
ECONOMIA
Prof. Mário Guerreiro 
Agregados monetários
Na teoria monetária se contemplam os 
agregados monetários, ou seja:
a) M1 = PME + depósitos à vista.
b) M2 = M1 + depósitos em poupança + 
títulos emitidos por bancos comerciais e 
caixas econômicas.
c) M3 = M2 + fundos de renda fixa.
d) M4 = M3 + títulos públicos de alta liquidez.
 PME (Papel-Moeda Emitido) ou moeda 
corrente = moedas (cédulas) e moeda 
metálica em poder do público.
Continuação
O controle da oferta total de moeda por parte 
do Banco Central é realizado 
dentro deste conceito:
 Se a economia estiver em um processo 
inflacionário, haverá uma diminuição na 
relação entre M1 e M4, pois haverá uma 
menor retenção de moeda por parte 
das pessoas que optarão em investir no 
mercado financeiro (rendimento de juros), 
o que é denominado de desmonetização. 
Quando a taxa inflacionária diminui 
há o processo inverso, havendo maior 
retenção de moeda pela população, e a 
relação entre M1 e M4 aumenta: 
é a monetização.
Funções do Banco Central
O Bacen foi criado em 1964 em substituição 
à Sumoc (Superintendência 
de Moeda e Crédito), e sua instrução 
normativa diz:
1. Formador de política monetária.
2. Fiscalizador do sistema financeiro.
3. Promover “socorro” financeiro aos 
bancos comerciais através de operação 
de redesconto (juros menores).
4. Controlar o depósito compulsório que 
os bancos remetem ao Bacen.
5. Efetuar o controle de reservas cambiais.
6. Projetar e estipular o valor 
da Selic.
Demanda de moeda
No âmbito da política monetária, temos 
a demanda de moeda, na qual os agentes 
econômicos detêm uma parcela do estoque 
de moeda a fim de operacionalizar três 
funções:
a) Transações: os agentes econômicos 
necessitam reter moedas para compras, 
aluguel, transporte.
b) Precaução: os agentes econômicos 
necessitam reter moedas para despesas 
inesperadas ou por recebimentos 
postergados.
Continuação
c) Especulação: os agentes econômicos 
efetuam um portfólio de investimentos a 
fim de diluir os investimentos e também 
reduzir os riscos. Os agentes 
econômicos verificam quais títulos 
estão mais rentáveis no mercado e, 
assim, efetuam aplicações.
Velocidade-renda da moeda ou 
velocidade de circulação da moeda
 Conceito: é o número de vezes que 
determinado estoque nominal de moeda 
passa de indivíduo a indivíduo em um 
determinado período de tempo a fim de 
gerar produção e renda.
 Por convenção: a velocidade – renda da 
moeda – se expressa pelo PIB nominal 
ou monetário dividido pelo saldo dos 
agregados monetários ou meios de 
pagamentos.
 V = PIB nominal (monetário) / saldo dos 
meios de pagamento
 PIB nominal (monetário) = 
PIB real x nível geral de preços
Continuação
Supondo:
 PIB nominal = R$ 800 bilhões
 Saldo dos meios de pagamento = R$ 100 
bilhões
 V = 800 / 100 = 8
 Este resultado mostra que R$ 100 bilhões 
de meios de pagamento “giraram”
8 vezes a fim de produzir R$ 800 bilhões 
de produto e renda (PIB).
Origem e evolução da moeda
 Nos primórdios, cada núcleo familiar 
dedicou-se a uma área, como caça, plantio 
de alimentos, pesca, ou seja, em caráter 
primitivo, iniciou-se a primeira divisão do 
trabalho e especialização, e o excedente 
produzido começou a ser trocado com os 
próprios núcleos ou até com outros 
dentro de um modelo de escambo, isto é, 
a troca de uma mercadoria por outra.
 Com a evolução da sociedade e a maior 
complexidade das relações, houve a 
necessidade de eleger um produto como 
referencial das trocas. 
Este produto deveria possuir 
aceitabilidade e (cont.) 
Continuação
 (cont.) ser de utilidade para todos. 
Neste sentido, a mercadoria foi 
denominada de moeda.
 A partir desse momento, vários produtos 
foram utilizados como meio de troca, 
como o gado, sal, fumo, azeite de 
oliva, escravos etc. 
 A moeda deve possuir algumas 
características, como durabilidade, 
divisibilidade e transporte. Algumas 
moedas não apresentavam esses 
condicionantes. Neste contexto, surgiu a 
moeda metálica. Inicialmente, os metais 
foram cobre, ferro, bronze. Pela sua 
própria perda de valor, ou seja, pela (cont.)
Continuação
 (cont.) sua abundância, foram 
substituídos por metais mais nobres, 
como o ouro e a prata.
 Com o passar do tempo, o transporte 
dessas moedas por grandes distâncias 
aumentou os riscos de assaltos e, 
então, surgiu a moeda-papel.
 Essa moeda-papel e as moedas 
metálicas eram depositadas em casas 
de custódia, que emitiam um certificado 
de depósito, o qual os comerciantes 
carregavam.
Economia brasileira
 1987: o Plano Bresser foi um pacote 
híbrido com componentes ortodoxos e 
heterodoxos. Os salários e os aluguéis 
foram congelados no patamar de 12 de 
junho de 1987; criou-se a URP (Unidade 
Referencial de Preços) indexador para 
corrigir os ajustes salariais. Houve uma 
desvalorização cambial da ordem de 9,5% 
e políticas fiscal e monetária rigorosas. 
Houve o congelamento dos preços por 
três meses, todavia a inflação continuou 
elevada e houve aumento dos preços 
antes de terminar o congelamento. Em 
dezembro, a inflação atingiu 14,14%. 
Diante disso, pediu demissão o ministro 
Bresser Pereira.
Interatividade
A moeda sofreu uma série de modificações ao longo 
do tempo, no sentido de se adequar aos graus de 
complexidade vivenciados pela sociedade. 
Nesse contexto, aponte a alternativa que mostra 
como foi o seu surgimento. 
a) Os chineses descobriram a utilidade do papel nas 
transações comerciais e, assim, criaram a moeda.
b) China e Roma apresentavam laços culturais e 
efetuaram acordos comerciais.
c) Através da expansão do comércio, uma vez que os 
comerciantes depositavam ouro e prata em 
casas de custódia e recebiam certificados 
que eram posteriormente utilizados para 
pagamento a fornecedores.
d) Por determinação do Conselho Real Britânico, no 
sentido de evitar o roubo de ouro e prata, que 
eram utilizados como moeda na época.
e) Como forma de homenagear grandes 
personalidades da história, como César, 
imperador romano.
Resposta
c) Através da expansão do comércio, 
uma vez que os comerciantes 
depositavam ouro e prata em casas de 
custódia e recebiam certificados que 
eram posteriormente utilizados para 
pagamento a fornecedores.
Economia internacional 
No tocante à dívida externa, 
podemos caracterizar:
 Dívida pública consolidada externa: 
é a dívida externa correspondente à 
consolidação de todos os compromissos 
presentes e futuros assumidos pelo país 
em relação ao exterior e cujo pagamento 
por convenção internacional deverá ser 
feito em moeda estrangeira.
 De acordo com o FMI, conceitua-se 
pública a dívida decorrente de 
compromissos assumidos pelo Governo 
Central, suas subdivisões políticas, 
orgãos subordinados a qualquer um deles, 
empresas públicas, sociedades de (cont.)
Continuação
 (cont.) economia mista e empresas 
privadas, tendo como garantia o próprio 
governo e/ ou organismos de crédito 
internacional, como: FMI, BIRD, BID, 
EXIM Bank/USA, EXIM Bank/Japan.
 Esses organismos supranacionais têm 
como objetivo oferecer suporte ao 
sistema econômico-financeiro 
internacional.
 Em 1944, em Bretton Woods, nos USA, 
foram criados o FMI e o BIRD. As 
finalidades do FMI estão elencadas em 
seu estatuto a seguir.
Art. 1º- Promover a cooperação 
monetária internacional;
Continuação
Art. 2º- Facilitar a expansão e o 
desenvolvimento equilibrado do comércio 
internacional;
Art. 3º- Promover a estabilidade do câmbio;
Art. 4º- Auxiliar o estabelecimento de um 
sistema multilateral de pagamento e 
transações correntes;
Art. 5º- Inspirar confiança nos países 
membros;
Art. 6º- Reduzir o grau de desequilíbrio nas 
balanças internacionais de pagamentos dos 
membros;
Seção 8 - Opinião do FMI sobre as 
economias.
Dívida bruta
 Conceito: a dívida externa está expressa 
em termossomatórios e por isso 
mesmo constitui, em última análise, 
a dívida externa bruta ou 
simplesmente dívida bruta.
 Em termos de contas nacionais, a dívida 
bruta corresponde ao déficit de conta de 
transações correntes mais o serviço da 
dívida, da conta de transações de capital 
do balanço de pagamentos.
 Dívida bruta = déficit em conta corrente 
+ serviço da dívida.
Continuação
 A conta de transações correntes é 
composta, principalmente, pelos 
resultados das balanças comerciais e das 
transferências unilaterais.
 Por outro lado, o serviço da dívida externa 
se constitui da soma da amortização do 
principal emprestado do exterior mais os 
juros devidos ao mesmo e que constam 
na conta de transações de capital.
 Serviço da dívida = amortização + juros.
 O serviço da dívida corresponde à 
contrapartida financeira das chamadas 
importações invisíveis, ou seja, 
do empréstimo de capitais.
Continuação
 Um dos aspectos mais importantes a 
serem considerados em relação à dívida 
externa é a composição dessa dívida.
 Nesse sentido, países que adotam a 
política de endividamento externo 
como alavanca para o crescimento 
devem garantir persistentes superávits em 
transações correntes com o exterior 
(balança comercial e de serviço) que lhe 
possibilitem a amortização da dívida 
e o pagamento dos juros. Exemplo: 
Brasil dos anos 70 (séc. XX). 
 Se o serviço da dívida supera 
essa geração de recursos, há o 
comprometimento dessa economia.
Continuação
 É, portanto, condição básica, a 
manutenção de altas taxas de 
crescimento das exportações.
 A dívida externa bruta corresponde à 
demanda global do país por recursos 
externos, ou seja, corresponde ao total 
de poupanças externas a serem captadas 
no exterior, de modo a possibilitar a 
execução dos programas propostos 
pelo sistema econômico. Torna-se 
importante o conhecimento conceitual 
do que seja a dívida externa, pois ele 
indica a quantidade de recursos 
financeiros necessários ao atendimento 
dos compromissos já assumidos e 
aqueles projetados.
Dívida líquida
 Dívida líquida = dívida bruta – reservas 
cambiais.
 A dívida líquida constitui, portanto, o 
montante de compromissos que ainda 
restam a saldar, uma vez utilizadas as 
reservas cambiais do país.
 As reservas cambiais ou reservas 
internacionais correspondem ao total de 
ativos financeiros à disposição do 
governo, de modo a gerir as relações 
comerciais do país com o exterior.
Economia brasileira
 1988: Maílson da Nóbrega substituiu 
Bresser Pereira e praticou uma política 
econômica tímida com orientação 
ortodoxa, conhecida como “política 
do feijão com arroz”. O seu foco era 
cortar o déficit operacional de 8% para 
4% e provocar a redução da inflação 
para 15% a.m. Outro fator foi suspender 
o reajuste do funcionalismo público e 
o adiamento dos preços administrados. 
Em julho de 1988, a inflação estava em 
24% a.m. Em novembro, tentou-se um 
pacto social entre governo, empresários 
e trabalhadores, mas não houve 
êxito e o Plano não teve sucesso. 
Interatividade
A dívida líquida tem um papel preponderante 
na composição do grau de vulnerabilidade 
e volatilidade da economia, pois engloba 
fatores essenciais para que um país tenha 
sustentabilidade. Assim sendo, como a 
dívida líquida pode ser descrita? 
a) Dívida bruta – divisas conversíveis.
b) Dívida bruta – reservas cambiais.
c) Dívida bruta – serviço da dívida.
d) Dívida bruta – conta corrente.
e) Reservas cambiais – serviço da dívida.
Resposta
b) Dívida bruta – reservas cambiais.
Reservas cambiais ou 
internacionais
 Da reserva cambial, constam diferentes 
tipos de haveres financeiros. De acordo 
com o conceito de liquidez internacional 
do FMI, esses ativos são constituídos 
principalmente de ouro, direitos especiais 
de saque (moeda do FMI), direitos 
ordinários de saque (tranche-ouro) 
e divisas conversíveis (moedas 
conversíveis).
1. Reservas em ouro: custodiadas no Bacen. 
São utilizadas de modo a dar suporte às 
operações financeiras e comerciais do 
país. Quando da necessidade, essas 
reservas são negociadas no 
mercado financeiro internacional.
Continuação
 Nesse instante, seu valor depende da 
maior ou menor quantidade desse metal, 
ofertado ou procurado nesse mercado.
2. Direitos ordinários de saque ou tranche-
ouro: o direito ordinário de saque 
corresponde à sua cota participação no 
FMI. O Banco Central de cada país é o 
depositário do FMI no próprio país.
Continuação
Dependendo dessa cota de participação, o 
país tem direitos normais de saque que estão 
estabelecidos até o limite equivalente a 200% 
da cota. Entretanto,esses saques somente 
poderão ser realizados sob determinadas 
condições:
a) Cada membro somente pode sacar 
25% da cota ao ano.
b) O primeiro saque tem o nome de 
tranche-ouro e pode ser feito sem 
maiores explicações ao fundo, 
somente comunicando-o.
Continuação
c) O segundo saque é denominado 
de tranche de crédito e, para 
ser feito, pressupõe a necessidade da 
adoção de medidas econômicas impostas 
pelo FMI ao país, como, por exemplo:
 desvalorização da moeda de, no máximo, 
10% ao ano;
 variação cambial da moeda de, no 
máximo, 3% ao ano;
 o último dos créditos é o stand-by ou 
“crédito de emergência”.
Continuação
3. Direitos especiais de saque: criados em 
1969 e utilizados em 1981, correspondem 
à moeda escritural do FMI. Essa “moeda” 
foi criada em reunião do FMI, 
no Rio de Janeiro.
 O DES foi criado devido à falta de 
liquidez do mercado internacional de 
moeda na ocasião. Foram, então, 
emitidos US$ 9 bilhões de DES, e cada 
país participante do FMI recebeu parte 
dos mesmos em proporção à sua cota 
participação nesse organismo.
Continuação
 O DES corresponde, portanto, à moeda 
da linha de créditos compensatórios do 
FMI. Essa linha de crédito destina-se a 
auxiliar os países membros do FMI a 
enfrentar quedas nas exportações e 
dificuldades transitórias de pagamentos.
 O valor unitário do DES era estabelecido 
por uma cesta de moedas fortes, ou seja, 
dólar, marco, libra, franco e o iene.
 Hoje, esta cesta é estabelecida pelo dólar 
americano, o euro, a libra e o iene. 
O yuan chinês está em estudo para 
adentrar esse grupo.
Continuação
Divisas conversíveis: 
 Correspondem às principais moedas fortes 
acumuladas no país, resultantes das 
exportações e operações financeiras 
realizadas com o exterior. As moedas 
estrangeiras, em síntese, correspondem às 
obrigações de outras economias em 
relação ao importador das mesmas. 
As divisas conversíveis são utilizadas 
principalmente na importação de bens 
finais e intermediários não produzidos 
no país e necessários à sua atividade 
econômica. Podem, entretanto, ser 
aplicadas no mercado financeiro 
internacional com o objetivo de 
auferir renda de capital (juros).
Taxas de juros internacionais
 Em economia, a utilização de qualquer 
recurso de produção subentende a 
remuneração ao mesmo devida por essa 
utilização. Na utilização do capital, 
também se utiliza esse modelo, ou seja, 
sobre o capital emprestado incide uma 
determinada taxa que se destina a 
remunerar o possuidor do mesmo. 
 O eixo financeiro internacional passa 
pelos USA e Inglaterra, e é nesses 
países que se formam as taxas de juros. 
Em realidade, as taxas de juros 
internacionais têm por base as 
taxas vigentes no mercado 
dos USA. 
Continuação
A taxa de juros no mercado norte-americano
 A taxa de juros nos USA é composta 
de duas parcelas, ou seja, uma fixa 
e outra flutuante.
 Taxa de juros = prime rate + spread.
 A prime rate (prime = principal; rate = 
taxa) constitui a taxa de juros que incide 
sobre o principal ou capital emprestado. 
A prime rate corresponde à parcela 
flutuante da taxa. 
 Corresponde à parcela da taxa de juros 
que os bancos norte-americanos aplicam 
sobre os empréstimos aos seusmelhores 
clientes. Essa taxa determina o nível das 
taxas dentro e fora dos USA. 
Continuação
 Spread (spread = extensão): constitui a 
parcela fixa das taxas de juros com que 
são contratadas as operações financeiras. 
O spread constitui a taxa de risco da 
operação. Ele mede o grau de risco que 
o tomador representa para o investidor. 
Neste sentido, quanto maior o risco do 
empréstimo, maior será o spread.
 Segundo a definição do Banco Central do 
Brasil, spread é a diferença entre a taxa de 
empréstimo e a média ponderada das 
taxas de captação de CDBs (Certificados 
de Depósitos Bancários). 
Continuação
A taxa de juros no mercado europeu 
(Londres) 
 Desde o século XVI, a Inglaterra é um polo
financeiro mundial, todavia é a partir da 
década de 60 (século XX) que o mercado 
europeu como um todo – o euromercado –
se constituiu em mercado financeiro.
 Os USA injetaram uma grande quantidade 
de dólares na Europa (Plano Marshall) 
após a Segunda Guerra Mundial no 
sentido de reconstruí-la, surgindo, 
assim, espontaneamente, o mercado 
de eurodólar, isto é, uma intensidade 
de dólares que circulam 
livremente na (cont.) 
Continuação
 (cont.) Europa. Esses dólares, hoje 
disponíveis, são ofertados no mercado 
financeiro internacional. A partir de 1999, 
com a implementação do euro, esse 
mercado tem uma nova variável.
 LIBOR = London Interbank Offered Rate: 
constitui a taxa interbancária em 
eurodólares oferecida aos tomadores no 
mercado de Londres.
 Essa é, portanto, a taxa que vigora no 
mercado financeiro internacional com 
base em Londres. O LIBOR acompanha, 
invariavelmente, qualquer oscilação 
que ocorra na prime rate de 
Nova York. 
Economia brasileira
 1989: foi implementado o Plano Verão, que 
era um misto de políticas ortodoxas e 
heterodoxas. Foi criada uma nova unidade 
monetária, o Cruzado Novo. O propósito 
do Plano era contrair a demanda agregada 
e, no médio prazo, reduzir a inflação. Os 
mecanismos utilizados foram os juros 
reais elevados, restrição do crédito ao 
setor privado e promessa de ajuste fiscal. 
Os preços foram congelados por tempo 
indeterminado. Extinguiram-se a OTN e a 
URP, indexadores da economia. 
Em setembro, a indexação voltou 
com o BTN: suspendeu-se o 
pagamento dos juros externos, 
e a inflação foi de 1.764,86%.
Interatividade
Os países fazem reserva de valor a fim de 
se proteger de oscilações econômicas 
mundiais. Em quais dos itens a seguir a 
composição das reservas cambiais 
se engloba? 
a) Ouro, DES, DOS e reservas cambiais.
b) Ouro, reservas cambiais, DOS e DES.
c) Ouro, DES, DOS e divisas conversíveis.
d) Ouro, DES, divisas conversíveis e 
reservas cambiais. 
e) CFRC, serviço da dívida, DOS e DES.
Resposta
c) Ouro, DES, DOS e divisas conversíveis.
Economia – Mercado de capitais 
 O primeiro enfoque a ser analisado 
é o de ativos derivativos.
 Constituem operações que são originárias 
de outras operações, ou seja, como ativos 
e títulos denominados de ativos-objetos.
 As ações e os commodities agropecuários 
são exemplos de derivativos.
 Quando produtores e intermediários 
financeiros precisam se proteger contra a 
volatilidade de cotações futuras de suas 
produções, eles buscam se resguardar 
através do hedging.
Continuação
 Podemos caracterizar como exemplos 
de ativo-objeto, ou seja, um commodity: 
uma ação, uma moeda, um instrumento 
financeiro.
 A venda ou opção de compra de uma 
ação, optar por um commodity ou um 
contrato futuro são características 
de um derivativo.
 Podemos elucidar que futuros e opções 
são valores mobiliários derivativos, 
isto é, são títulos que derivam seu 
valor de um ativo-objeto.
Continuação
 Nos primórdios, a negociação estava 
balizada em mercadorias em geral ou 
produtos primários, como: laranja, 
milho, soja (commodities).
 Com o passar do tempo, foram tornando-
se mais sofisticadas as operações em 
que outros produtos/ativos foram 
inseridos, como metais preciosos, ouro, 
títulos do governo, moedas estrangeiras, 
madeira, petróleo, suco de laranja etc. 
Mercado futuro
 Quando os produtores começaram a ter 
necessidade de se proteger (hedgear), na 
época da colheita, contra a volatilidade e 
baixa de preços de mercado, nasce o 
que denominamos de mercado futuro. 
 Dentro do mesmo raciocínio, os 
consumidores também desejam garantir 
os preços do período de entressafra.
Continuação
 O modelo é dimensionado da seguinte 
forma: o agricultor planta e assume os 
riscos do plantio. Terceiros assumem 
os riscos como protecionismo aos 
negócios no âmbito do comércio, 
beneficiamento e transformação. 
 O conceito de hedge é um instrumento 
jurídico legítimo que atende às 
necessidades econômicas. Caracteriza-
se por um contrato que tem como 
fundamentação a proteção de risco de 
variação de preços.
Câmaras de compensação
 As câmaras de compensação bancárias 
têm como foco a compensação de 
cheques. E as de compensação de 
títulos organizam registros, 
compensação das bolsas financeiras, 
conclusão de transações de bolsa de 
valores e liquidação.
Financiamento através da 
capitalização
Quando uma empresa opta pela abertura de 
seu capital, ela estará se inserindo em um 
mercado em que o volume de variáveis é 
maior. Neste sentido, há uma série de etapas 
a serem observadas:
1. Registro na CVM e na Bolsa de Valores.
2. Marketing da operação.
3. Política de disclosure (informações dos 
fatos ocorridos e formas de leituras 
acessíveis ao público (demonstrações 
financeiras).
4. Montante a ser captado.
5. Definição do preço da emissão.
6. Contratação de uma instituição.
Abertura de capital e 
suas vantagens
A partir do momento em que uma empresa 
opta pela abertura de capital, haverá pontos 
positivos e negativos, ou seja, 
subdividindo-os em aspectos vantajosos e 
desvantajosos. Observemos então:
 Vantagens: com o aporte de um novo 
capital, haverá a renovação econômica 
da empresa e também a projeção desta.
 Desvantagens: a participação dos 
acionistas minoritários, no tocante aos 
dividendos, pode ser questionada, e 
pode haver também discussões jurídicas 
no âmbito das impugnações.
Continuação
 A globalização financeira conduziu o 
mercado a um patamar de competição 
muito acirrada, ou seja, a sobrevivência 
das empresas está assentada na utilização 
da tecnologia de informações e na forte 
competitividade entre as empresas.
O financiamento do capital apresenta 
as seguintes vertentes:
a) Capital de terceiros, isto é, empréstimos 
bancários, emissão de debêntures, 
antecipação de recebíveis.
b) Redução do rating (risco) e elevação 
do capital com a entrada de 
novos acionistas.
Continuação
A partir do momento em que a abertura de 
capital foi aprovada, há de ser verificar qual 
forma será adotada, ou seja:
a) Companhia aberta: os recursos 
são provenientes do público externo 
em geral.
b) Companhia fechada: caracteriza-se 
por serem os acionistas mesmos ou 
pessoas bem próximas.
Continuação
Quando uma empresa opta por abrir seu 
capital, ela está se inserindo em um 
“mundo” totalmente oposto ao universo em 
que vive atualmente, ou seja, estará 
enfrentando outras variáveis, todavia, 
quando esta empresa adia abrir seu capital, 
poderá enfrentar desafios e transtornos 
quanto à sua competitividade. Neste 
sentido, podemos caracterizar:
a) Hipótese otimista: poderá deixar de 
disputar o mercado.
b) Hipótese provável: inviabilizar-se 
economicamente.
Continuação
c) Hipótese pessimista: tornar-se 
irreversivelmente inviável 
economicamente.
No tocante à abertura do capital, teremos, 
no âmbito da empresa, algumas 
vantagens competitivas que 
podemos elucidar abaixo:
a) O risco do negócio é diluído com os 
outros acionistas.
b) A abertura do capital fortalece a 
empresa no tocante à obtenção
de novas fontes de recursos.
c) A capacidade deendividamento 
se eleva.
Continuação
d) Haverá a consolidação da imagem 
institucional da empresa perante o 
sistema financeiro.
e) O patrimônio dos acionistas tenderá a 
apresentar maior liquidez.
Continuação
Temos discutido quais são as vantagens 
dessa abertura de capital, mas como 
se prepara essa abertura, quais 
são os “passos”?
a) É conveniente abrir o capital 
neste momento.
b) Há de se realizar uma pesquisa, ou seja, 
verificar se aumenta ou não o patrimônio 
com a venda das ações.
c) Posição da empresa e projeções de 
ganhos frente à concorrência.
d) Avaliação dos stakehorlders.
Economia brasileira
 1990: o Plano Collor I efetuou o confisco 
dos depósitos à vista e aplicações 
financeiras, com prefixação da correção 
dos preços e salários, câmbio flutuante, 
tributação sobre as aplicações 
financeiras e reforma administrativa com 
grande demissão de funcionários 
públicos. Houve redução da dívida 
interna, atingindo um superávit primário 
de 4,5% do PIB, todavia esses efeitos 
foram passageiros, e o superávit caiu 
pela metade em 1991. O Plano Collor II 
(1991) foi adotado diante de uma forte 
aceleração da inflação. As denúncias de 
corrupção no governo levaram ao 
impeachment do presidente Collor (1992).
Interatividade
Segundo Francisco Cavalcante “Quando um empresário 
dimensiona seu empreendimento, ele está especulando sobre o 
volume de negócios que o capital ali aplicado vai gerar. Ainda que 
os objetivos empresariais se assemelhem, as expectativas de cada 
um podem ser completamente diferentes. Quem determina essas 
diferenças são os potenciais de risco e retorno assumidos em cada 
caso, e o volume de recursos que financiará o empreendimento. A 
atividade econômica é especulativa por natureza. Produtores e 
usuários de bens e mercadorias dependem uns dos outros para 
seu próprio suprimento. Entre eles surgem os primeiros indícios 
de riscos permanentes do negócio, tais como: risco de produzir, 
ser suprido e de preço. Esses riscos são assumidos pelo próprio 
empresário. Em determinados mercados, como nos de matérias 
primas agrárias e alguns ativos financeiros, existem formas de 
transferir esse risco: são as operações de mercado futuro.”
Neste momento, dos determinados mercados, quem assume esses 
riscos ?
a) O especulador,
b) O hedgear,
c) Os contratos futuros, 
d) A apólice securitária,
e) O especulador e o hedgear
Resposta
Alteranativa correta “e”.
e) O especulador e o hedgear
ATÉ A PRÓXIMA!

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